Comunicado Ambientronic Número 12 – Março de 2012 Oportunidades e desafios na implementação de um sistema de gestão de substâncias perigosas (SGSP) por Marcia R. Ewald, Tiago B Rocha, Sabrina R. Sousa, José Rocha A. Silva, Marcos Pimentel e Daniela Moraes A indústria de eletroeletrônicos está cada vez mais envolvida com as questões de desempenho ambiental, incluindo a necessidade do atendimento a regulamentos que restringem a presença de substâncias que são perigosas para saúde humana e para o meio ambiente. Mesmo não sendo obrigatório em todas as regiões consumidoras de produtos eletroeletrônicos, o atendimento a estes regulamentos é utilizado como fator de diferenciação em relação a produtos concorrentes e uma forma de demonstrar a preocupação com os anseios dos usuários destes produtos. O controle de substâncias perigosas nos eletroeletrônicos pode ser também vantajoso durante os processos de reciclagem destes produtos e uma oportunidade de redução dos custos das etapas de fim de vida. Considerando o exposto, o desafio atual está relacionado a garantia de que o produto não possui substâncias perigosas ou que as mesmas são controladas de forma efetiva em todos os materiais constituintes do produto e durante todas as etapas do processo produtivo. Para enfrentar o desafio, como demonstrado na figura acima, é necessário conhecer com exatidão as necessidades dos clientes, incluindo a informação de onde o produto será utilizado (localização geográfica) e realizar uma avaliação dos riscos e das condições atuais dos materiais e componentes utilizados nos produtos, bem como avaliar o processo produtivo quanto a presença das substâncias perigosas. Estes levantamentos e avaliações devem ser feitos com a devida presteza (due diligence) e baseados em fontes documentadas e ensaios laboratoriais realizados a intervalos definidos, em especial, para os materiais onde o risco de ocorrência de substâncias perigosas é considerável. Para enfrentar o desafio, como demonstrado na figura acima, é necessário conhecer com exatidão as necessidades dos clientes, incluindo a informação de onde o produto será utilizado (localização geográfica) e realizar uma avaliação dos riscos e das condições atuais dos materiais e componentes utilizados nos produtos, assim como uma avaliação do processo produtivo quanto a presença das substâncias perigosas. Estes levantamentos e avaliações devem ser feitos com a devida presteza (due diligence) e baseados em fontes documentadas e ensaios laboratoriais realizados a intervalos definidos, em especial para os materiais onde o risco da ocorrência de substâncias perigosas é considerável. A partir do conhecimento da ocorrência e risco, ações de reprojeto, ecodesign ou substituições devem ser feitas e novas avaliações devem ser realizadas até que o produto e o processo sejam considerados livres de substâncias perigosas. Estas ações de eliminação de substâncias perigosas nos produtos eletroeletrônicos devem ser fomentadas em toda a cadeia de fornecimento que deverá, da mesma forma, demonstrar o atendimento aos requisitos de eliminação ou controle destas substâncias. Desta maneira, todo o mercado se alinhará a estes procedimentos, participando igualmente das ações para garantia ao atendimento dos requisitos por toda a cadeia produtiva, aumentado as opções de fornecimento de produtos e insumos livres de substâncias perigosas. Todos os conceitos descritos acima são aplicados durante a implantação do sistema de gestão de substâncias perigosas baseada na norma ABNT IECQ QC 080000. A implementação das ferramentas do sistema de gestão auxiliará sobremaneira no enfrentamento dos desafios de oferecer produtos eletroeletrônicos ambientalmente corretos. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------