Geral
Aná­po­lis, de 22 a 28 de outubro de 2010
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Prejuízo
Roubo de transformadores
gera falta de água em bairros
Em Anápolis comunidades inteiras chegam a ficar vários dias sem água potável devido ao sumiço de
transformadores que alimentam os sistemas de bombeamento nos poços artesianos administrados pela Saneago
Nilton Pereira
N
os últimos dois
anos foram roubados 18 transformadores em diferentes pontos
do Município. Até hoje, do
que se sabe, nenhum deles
foi recuperado. Além do
prejuízo material resultante da perda dos equipamentos, existe o problema
causado junto às comunidades, já que, centenas de
famílias ficam privadas do
abastecimento de água, um
bem considerado essencial
para a vida humana. Em
que pese os esforços da
Polícia, as investigações
em pouco avançam, nesse
tipo de crime considerado atípico. “Não é qualquer pessoa que consegue
desinstalar, desmontar e
transportar um transformador desses”, alega um
funcionário da Saneago.
Para ele, quem desenvolve
esta tarefa tem um mínimo
de conhecimento de mecânica e, principalmente, de
eletrotécnica, pois está lidando com equipamentos
e linhas de alta voltagem.
Outra coisa que intriga, a todos, é a destinação
dos transformadores. São
equipamentos de alto valor, mas que têm mercado
restrito. Quem rouba, na
avaliação dos agentes policiais, sabe o que está fazendo e, certamente, sabe
para quem irá vender.
Mesmo assim, pelo menos
por enquanto, as providências no sentido de localizar autores e o produto dos roubos não deram
resultados positivos.
Os roubos
O último caso de roubo
de transformador aconteceu no povoado de Miranápolis, entre Anápolis
e o distrito de Souzânia.
Lá, o fornecimento ficou
interrompido por mais de
duas semanas. Há casos
em que os roubos aconteceram repetidas vezes,
como já ocorreu no Distrito de Joanápolis e no
Jardim Guanabara, região
da Grande Jaiara. Em Joanápolis a audácia dos ladrões foi tanta que roubaram dois transformadores:
o que controla a energia
da parte habitada, assim
como, o que garante o funcionamento das máquinas
do poço artesiano responsável pelo abastecimento
da população local.
De acordo com a Gerente da Saneago em Anápolis, engenheira Tânia
Pereira Valeriano, as providências para, pelo menos, dificultar os roubos,
vêm sendo tomadas. No
Jardim Guanabara, por
exemplo, foi instalada
uma cerca especial, com
muro alto e arame farpado. Além disso, a Polícia
Militar intensificou as patrulhas nos setores mais
problemáticos. Sobre a
necessidade de se criar
um sistema de vigilância
com guardas em tempo
integral, ou monitoração
através de câmeras de vídeo, ela afirma que é uma
decisão que deve passar
pela direção da Saneago
em nível de Estado. A gerência em Anápolis não
tem autonomia para proceder tal investimento.
De acordo com Tânia Valeriano, trabalha-se com
a expectativa de que as
Poço artesiano no Jardim Guanabara, dentro de uma verdadeira "fortaleza", para se evitarem os roubos
autoridades responsáveis
pela segurança pública
resolvam a situação. Ainda, conforme a Gerente,
a resolução em definitivo
somente acontecerá quando os locais hoje servidos
com água dos poços artesianos receberem as redes
definitivas do sistema, o
que, em alguns casos, vai
demorar muito, devido às
Agricultura
Prefeitura assina convênio
para lavoura comunitária
Programa, em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura e a Emater,
deverá beneficiar em torno de 240 famílias de Anápolis e região
Da Redação
A Prefeitura de Anápolis,
através da Diretoria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, assinou na última
quinta-feira, 21, o convênio
para a Lavoura Comunitária
2010/2011. Estiveram presentes na assinatura do convênio, o prefeito Antônio
Roberto Gomide, o diretor
de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Álvaro Gonçalo, o gerente de programas
comunitários da Seagro, José
Orlando Forzani, e o gerente
regional da Emater, Pedro
Américo Carneiro.
A lavoura comunitária
vai ser plantada em 120
hectares, em áreas localizadas nos distritos de Joanápolis, Miranápolis, Goiâlan-
dia, Souzânia e Interlândia.
Além destes locais, a Prefeitura vai utilizar uma área
do município localizada
próxima ao aterro sanitário
da cidade.
O plantio deve ser iniciado entre 15 de novembro e
15 de dezembro e a expectativa de colheita é de três mil
sacas de arroz. A colheita
vai ser distribuída entre 240
famílias cadastradas no convênio. O arroz produzido na
lavoura comunitária, também é usado para ser distribuído na merenda escolar e
entre entidades cadastradas Prefeito Antônio Gomide aposta na lavoura comunitária
na Secretaria de Desenvolcadastramento das famílias,
e Prefeitura de Anápolis.
vimento Social.
A Secretaria Estadual de preparo do solo, plantio e
O Programa Lavoura CoAgricultura entra com os colheita. Os beneficiados
munitária é uma parceria
insumos, adubo e semen- ajudam com a limpeza das
entre Governo do Estado,
te. A EMATER contribui lavouras, através de mutiatravés da Secretaria Estaducom o projeto e assistência rões e também auxiliam na
al de Agricultura, EMATER
técnica e a Prefeitura faz o colheita.
grandes distâncias entre
as povoações e as canalizações convencionais.
Mas, o caso dos roubos de
transformadores e, até, de
cabos elétricos, não prejudica somente a Saneago.
As comunidades que sofrem com a falta de água,
reclamam com insistência
de tal situação, uma vez
que ficam privadas de
água até para as tarefas
domésticas mais simples e
inadiáveis. Quando ocorrem os roubos, as populações recorrem a vizinhos
que possuem cisternas.
Mas, na maioria das vezes, a Saneago é obrigada
a enviar água através de
caminhões-pipa, operação onerosa, demorada e
contraproducente.
Mídia
Barraco na TV
Brasil Central
Numa das cenas mais
constrangedoras de todos
os tempos na TV de Goiás,
o jornalista Paulo Beringhs, apresentador da Televisão Brasil Central, de
propriedade do Governo
do Estado, pediu demissão ao diretor da empresa,
Cleber Ferreira, em pleno
ar. Foi na noite de quartafeira, 20, durante uma entrevista com o senador Demóstenes Torres, do DEM.
De acordo com o jornalista, seu ato se deveu à censura que estava recebendo
de parte do Governo Estadual, por haver anunciado
para o dia seguinte uma
entrevista com o senador
Marconi Perillo, candidato do PSDB ao Governo de
Goiás.
Beringhs disse, no ar,
que a censura teria partido de Jorcelino Braga,
ex-secretário estadual da
Fazenda e um dos coordenadores da campanha
de Íris Rezende Machado
(PMDB-PT). O jornalista
esclareceu que Íris havia
sido convidado para uma
entrevista dias antes, mas
recusou-se a comparecer.
Diante disso, a direção da
TV vetou a entrevista com
seu concorrente, com o
que não concordou Paulo
Beringhs. O apresentador
se disse decepcionado
com o Governo Estadual
e tinha a certeza de que
seria demitido depois daquele episódio e, por isso
estava se antecipando e
pedindo as contas.
Beringhs: demissão "ao vivo"
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Prefeitura assina convênio para lavoura comunitária