704 Gestão Atmosférica Prefeitura Municipal de Curitiba Instituto Municipal de Administração Pública – IMAP Série: Desenvolvimento de Competências Área: Específica 1 2 Beto Richa Prefeito Municipal Carlos Homero Giacomini Presidente Maria do Carmo A. de Oliveira Superintendente Elaboração: Andreas Grauer Elaine Rossi Ribeiro Diretora 3 4 Apostila Emissão Atmosférica Prof. Andreas Grauer Si milar – Monitoramento de Emissões Atmosféricas Edubras – Mestrado Profissional Internacional (UFPR, SENAI-PR, Universidade de Stuttgart) Prefeitura Municipal de Curitiba – nov/dez de 2009 Índice – Gestão atmosférica 1. A atmosfera, características físicas e químicas 2. Efeitos de poluentes atmosféricos 3. A gestão atmosférica pelo impacto a) padrões de qualidade do ar b) relatórios e boletins 4. A gestão atmosférica por fontes a) b) c) d) 5. 6. 7. 8. Padrões de emissão Medição de poluentes em dutos e chaminés Relatório de Medição Banco de dados de fontes fixas Estudo de casos Equipamento de remoção de poluentes Princípios para uma boa combustão O desafio das emissões veiculares Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 1 Emissão – Transmissão - Imissão Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 2 1 Terminologia Emissão - lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa, ou de energia, efetuado por uma fonte potencialmente poluidora do ar Transmissão – O que fica entre a emissão dos poluentes e a imissão. A transmissão envolve: - Deslocação (horizontal e vertical) - Fenômenos físicos (evaporação, condensação, diluição, solubilização na água) - Fenômenos químicos (oxidação, formação de novas substâncias = poluentes secundários). Imissão – Transição de um efeito de poluente atmosférico ao homem, fauna, flora ou objeto Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 3 Ar / Atmosfera Ar: o meio que forma a atmosfera Atmosfera: camada gasosa da terra Estrutura: >1000 km: Exosfera 100-1000 km: Termosfera 50-100 km: Mesosfera 10-50 km: Estratosfera 0-10 km: Troposfera Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 4 2 Camadas da atmosfera • cada camada tem seu perfil de temperatura • entre camadas há pausas com temperaturas constantes • perfil de temperatura torto por causa de absorção da radiação solar • perfil de pressão logarítmico 5 Composição da atmosfera Nome Símbolo Concentração base seca Nitrogênio N2 78,08 % Oxigênio O2 20,93 % Argônio Ar 0,93 % Dióxido de Carbono Neônio CO2 300 – 400 ppm Ne 18 ppm Hélio He 5 ppm Metano CH4 1,6 ppm Kr 1,1 ppm Criptônio 6 Emissão global % Efeito estufa [106 t/a] antropogênico 500000-600000 3,5 – 4 Sim, +1,5 ppm/a 500-1000 2-5 Sim, +24 ppb/a Sim, +0,9 ppb/a Hidrogênio H2 0,5 ppm Gás nitroso N2O 0,3 ppm 100-145 3 Monóxido de Carbono Xenônio CO 0,2 ppm 1000-3800 13-50 Xe 90 ppb Ozônio O3 30 ppb NO2, SO2, NH3, COV CF2Cl2 Variável Variável 0,4 ppb 100 Sim, +18 ppt/a CFCl3 0,27 ppb 100 Sim, +13 ppt/a Poluentes típicos CFC-12 CFC-11 Sim 3 Porque é necessário cuidar do ar 06/10/2006: ambiente Brasil online A OMS - Organização Mundial da Saúde pediu que os governos melhorem a qualidade do ar nas cidades, dizendo que a poluição atmosférica mata 2.000.000 de pessoas anualmente, com mais da metade dessas mortes ocorrendo em países em desenvolvimento. OMS: Estudo “Preventing disease through healthy environments” ...how much death, illness and disability could be realistically avoided every year as a result of better environmental management For example, reducing levels of air pollution (measured by PM10) as set out in WHO's Air Quality Guidelines would save an estimated 865 000 lives per year. Padrões de qualidade do ar: PM10, WHO: 20 µg/m3 (ano), 50 µg/m3 (dia) Padrões de qualidade do ar: PM10, Brasil: 50 µg/m3 (ano), 150 µg/m3 (dia) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 7 Efeitos da poluição ambiental no mundo Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 8 4 Efeitos da poluição ambiental no BR 9 Gravidade de efeitos • À saúde • À expectativa de vida • Ao bem estar • À biodiversidade • Ao crescimento da vegetação 2 perguntas • qual o prazo para desaparecer o efeito do poluente? • qual o custo da poluição? Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 10 5 Efeito de CO sobre pessoas • 30 ppm seria uma concentração segura • gráfico só considera efeitos graves (com sintoma) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC Efeitos dos poluentes atmosféricos em escalas de tempo Efeitos a curto prazo: segundos – minutos nov/dez/2009 Efeitos a médio prazo ou a curto prazo repetidos: horas – dias reversível ou irreversível 12 Efeitos a longo prazo: meses – anos Tipos de efeitos normalmente reversível Ser humano cheiros, irritações doenças agudas de em mucosas, vias respiratórias olhos, brônquios, pulmão Fauna acontece uma perda estética, genética e ecológica, desequilíbrio ecológico porque as espécies resistentes à poluição permanecem (pombos) e outros somem Vegetação danos agudos em inibição do folhas e frutos crescimento borracha torna-se Materiais corrosão por ácidos, destruição ressequida e os da fibra de náilon plásticos mudam de cor Métodos de medição contínua 11 irreversível na maioria doenças crônicas de vias respiratórias, câncer do pulmão, vida mais curta acidificação do solo, colheitas reduzidas corrosão avançada, decomposição de pedras (arte) sujeira contínua ou amostras aleatórias amostras repetidas ou medições integrativas 6 Efeito estético – catedral Colônia [VCI,1990] Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 13 Necessidade de ar para a respiração Volume respiratório: 0,5 l Freqüência respiratória no repouso: 16/min Volume diário: 0,5*16*60*24 litros = 11.520 litros Volume diário para trabalho médio: 40.000 litros Volume diário para trabalho pesado: 62.000 litros 5 µg/m3 de benzeno no ar permitido: 58 – 310 µg/d água potável: 1 µg/l (ou 1 ppb m/m) benzeno * 2 l/d = 2 µg/d Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 14 7 Absorção pelo trato respiratório De forma geral podemos assumir que substâncias inaladas são absorvidas na sua maior parte, já as substâncias ingeridas são absorvidas com menor intensidade e aquelas absorvidas através de contato com a pele muito menos ainda. [Görner, Hübner,2001] Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 15 Efeito financeiro RM Santiago de Chile 5.336.500 hab.: benefício população fontes estado 10,45 -3,15 -5,00 saldo positivo:184 mi US$ (1997-2011) por ano, hab. Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 saldo 2,30 16 8 17 abril de 2009 Custo anual da poluição veicular por PM2,5 Região Metropolitana Custo da concentração diária média anual de MP2,5 por fontes veiculares + mortes (>40 anos) São Paulo R$ 325.491.176 + 3543 mortes Rio de Janeiro R$ 105.108.265 + 3389 mortes Belo Horizonte R$ 20.978.520 + 389 mortes Recife R$ 12.692.614 + 113 mortes TOTAL R$ 464.270.575 + 7434 mortes Fonte: LPAE/FMUSP LAPAt/IAG Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 18 9 Norteadores da gestão? • Princípio da proteção • Princípio da prevenção • Princípio da minimização • Princípio da melhor relação custo/benefício • Princípio do prazer de viver num ambiente limpo e saudável Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 19 As 2 colunas da gestão atmosférica desde 2002 Monitoramento da Qualidade do Ar com Estações manuais e automáticas fontes desde 1981 impacto Gestão atmosférica no PR Controle de fontes fixas de poluentes atmosféricos Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 20 10 Contexto legal •Lei federal 6.938 de 1981: estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente (define entre outros o estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental como objetivo, porém não os define!) •Portaria 002/81 Surehma: Padrões de Qualidade do Ar 21 anos •Res. CONAMA 03/90: Padrões de Qualidade do Ar •Res. CONAMA 08/90: Limites Máximos de Emissão (só queima de óleo e carvão mineral) •Set/02: Lei 13.806 (automonitoramento, inventário, padrões de emissão, gestão por fonte, relatório anual de qualidade do ar,...) •Dez/02: Resolução SEMA-PR 041/02 Padrões de Emissão •Dez/06: Resolução 054/06 SEMA Padrões de Emissão •Dez/06: Resolução Conama 382/06 Padrões de Emissão Fontes Novas (13 Anexos) •atualmente: Resolução Conama: Padrões de Emissão Fontes Existentes Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 21 Instrumentos da Gestão atmosférica preconizados pela Lei PR 13806/2002 LICENCIAMENTO AMBIENTAL PROGRAMA DE EMERGÊNCIA PARA EPISÓDIOS CRÍTICOS UTILIZAÇÃO E PROTEÇÃO DA ATMOSFERA AUTOMONITORAMENTO AMBIENTAL NA FONTE 6 PREVENÇÃO DETERIORAÇÃO SIGNIFICATIVA QUALIDADE DO AR (I, II e III) 4 PADRÕES DE QUALIDADE DO AR EO MONITORAMENTO DELE Resolução PR 041/02, 054/06 2 Lei 13806 2002 5 Gestão por fonte: PADRÕES DE EMISSÃO POR FONTE ESTACIONÁRIA RELATÓRIO ANUAL DA QUALIDADE DO AR PADRÕES DE EMISSÃO FONTES MÓVEIS 3 INVENTÁRIO DE FONTES E EMISSÕES 1 6 ELEMENTOS DA GESTÃO DA QUALIDADE DO AR 22 11 7 Padrões de qualidade do ar Poluente Tempo de amostragem Padrão primário Padrão secundário OMS [µg/m³] [µg/m³] [µg/m³] PTS 24 h 1 ano 240 80 150 60 - PI (PM10) 24 h 1 ano 150 50 150 50 50 20 PM2.5 24 h 1 ano - - 25 10 Fumaça 24 h 1 ano 150 60 100 40 - 10 min 24 h 1 ano 365 80 100 40 500 20 SO2 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 23 7 Padrões de qualidade do ar Poluente Tempo de amostragem Padrão primário Padrão secundário OMS [µg/m³] [µg/m³] [µg/m³] CO 15 min 30 min 1h 8h 40000 10000 40000 10000 100000 60000 30000 10000 O3 8h 1h 160 160 100 - 1h 1 ano 320 100 190 100 200 40 NO2 Notas: • concentrações gravimétricas ref. 25ºC e 1013 mbar • médias anuais aritméticas com exceção de PTS onde é geométrica • é permitida uma ultrapassagem dos padrões por ano, menos para as médias anuais e para os padrões do poluente NO2 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 24 12 Lei nº 13.806, art. 31: Áreas • I – Classe I – áreas de preservação, parques e Unidades de Conservação, excetuadas nestas as áreas de Proteção Ambiental: o mínimo possível • II – Classe 2 – áreas que não se enquadram nas classe 1 e 3: padrão secundário (bem-estar) • III – Classe 3 – RM de Curitiba, Londrina, Maringá, municípios > 50.000 habitantes ou áreas definidas como industriais: padrão primário (saúde da população) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 25 Padrões primários de qualidade do ar • São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de poluentes que, ultrapassadas poderão afetar a saúde da população. Podem ser entendidos como níveis máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em metas de curto e médio prazo. Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 26 13 Padrões secundários de qualidade do ar • São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio ambiente em geral. Podem ser entendidos como níveis desejados de concentração de poluentes, constituindo-se em meta de longo prazo. Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 27 Terminologia - Imissão Imissão Unidade (=µl/m3), Explicação concentração volumétrica cv ppbv ppb partes por bilhão em volume concentração gravimétrica cg µg/m3 massa de poluente por m3 (cond. 25°C, 1 atm) concentração na água de chuva mg/l, µg/l massa de poluente por litro de chuva deposição mg/(m2 d), µg/(m2 d) massa de poluente depositado por m2 e dia dose do poluente µg/m3 * t concentração multiplicada pelo tempo de exposição dose efetiva µg/kg massa de poluente absorvida por kg de receptor Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 28 14 Unidades físicas e constantes Força: Potência: Energia: 1 Newton = 1 N = 1 kg*m/s2 1 kp = 9,81 N 1 Watt = 1 W = 1 J/s 1 hp = 735,5 W 1 kcal/h = 1,163 W 1 Joule = 1 J = 1 Nm 1 kWh = 3,6 MJ 1 kcal = 4,186 kJ Pressão: Temperatura: Constante do gás perfeito: R = 8,314 kJ/kmol*K 1 Pascal = 1 Pa = 1 N/m2 1 bar = 100,000 kPa 1 libra = 1 psi = 6,895 kPa 1 at = 98,100 kPa 1 atm = 101,300 kPa 1 mmHg = 133,3 Pa 1 mmH2O = 9,81 Pa t: ° Celsius T: Kelvin T = t + 273,15 Volume gás perfeito: VN=22,4 m³/kmol (condições normais: t=0 °C, p=1 atm) Massa molar: MC: 12 kg/kmol MH: 1 kg/kmol MN: 14 kg/kmol MO: 16 kg/kmol MS: 32 kg/kmol MAr: 28,8 kg/kmol Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 29 Multiplicadores 30 15 Constante de Avogadro - mol Avogadro: 1 mol = 6,022 1023 partículas exemplos: 1 mol de carbono = 6,022 1023 átomos (12 g) 1 mol de O2 = 6,022 1023 moléculas de O2 (32 g) 1 mol de ar = 6,022 1023 moléculas de ... (28,8 g) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 31 cv– cg 1. numa amostra de gás perfeito, cada molécula ocupa o mesmo espaço 2. para gases puros e misturas vale a lei do gás perfeito pV=nRT (ou pV=m/M*RT) 3. cv é independente de temperatura e pressão 4. cv é mais prático para reações químicas 5. porém, efeitos dependem de informações mássicas, não volumétricas, por isso os padrões de qualidade do ar são concentrações gravimétricas Exercício: calcule o volume de um kmol de gás perfeito para as condições a: 273 K e 101300 Pa e b: 298 K e 101300 Pa Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 32 16 cv– cg: Conversão 1 ppm = 1 ml/m3 volume * ml * ml/m³ * densidade = massa densidade [mg/ml] = mg densidade [mg/ml] = mg/m³ logo: 1 ppm * densidade [mg/ml] = mg/m3 densidade = m/V = M/VN Exercício: densidade CO (273 K, 101300 Pa) = ? kg/m3 80 ppm de CO = ? mg/m3 densidade O3 (298 K, 101300 Pa) = ? kg/m3 20 ppb de O3 = Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 33 cv– cg: Exercícios 1. Massa de 1 m3 de ar = ? Resposta: calcule m=pVM/RT=1,18 kg (com p=101300 Pa, T=298 K e MAr = 28,8 kg/kmol) 2. cO2 = 21% (Paranaguá); cO2 = ?% (Mount Everest) 3. porque o alpinista sente falta de ar no Mount Everest? Resposta: calcule m/V=pM/RT com p=0,21*101300 Pa e T=298 K e depois com p=0,21*31100 Pa e T=253 K (275 g O2/m3 e 99 g O2/m3) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 34 17 Definições – partículas no ar Partículas Totais em Suspensão (PTS) – Representa a totalidade das partículas sólidas ou líquidas presentes na atmosfera, e que possam ser coletadas pelo Amostrador de Grandes Volumes Partículas Inaláveis (PI ou PM10) – Representa a fração das partículas totais em suspensão que apresentam diâmetro aerodinâmico equivalente, igual a 10 µm ou menor. Fumaça - Aerossol constituído por partículas resultantes da combustão incompleta de materiais orgânicos, geralmente com diâmetros inferiores a 1 µm, e que possam ser registradas pela metodologia de refletância Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 35 Partículas inaláveis 3) 2) 1) Tempo de permanência no organismo: 1): horas, 2): dias – semanas, 3): meses - anos Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 36 18 Estações de monitoramento Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 37 nov/dez/2009 38 Estação CIC Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 19 Smog Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 39 Gradiente adiabático de temperatura conservação de energia: dU = – pdV (dH = 0, adiabático) U2+p2V2 dz sendo: dU = Cv dT U1+p1V1 pV = nRT derivados os dois lados : pdV = nRdT-Vdp inserido dU e pdV: (Cv+nR)dT = Vdp sendo V=nRT/p e com dp/p = -Mgdz/RT: (Cv+nR)dT = -nMgdz gradiente adiabático seco: dT/dz = -nMg/(Cv+nR) = -g/cp = -9,81/1010 K/m = -0,97 K/100m Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 40 20 Estabilidade atmosférica 2: super-adiabático 1: adiabático 3: sub-adiabático 4: isotérmico 5: inversão térmica [Silva Lora, 2002] Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 41 Estabilidade atmosférica 2: super-adiabático instável 1: adiabático neutro 3: sub-adiabático estável 4: isotérmico 5: inversão térmica Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 42 21 Plumas [Silva Lora, 2002] Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 43 Como está o ar? Isto depende • do poluente • da proximidade às fontes • da estação do ano • da condição meteorológica • em alguns casos até da hora do dia Todos estes aspectos o relatório tenta responder Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 44 22 Índice de Qualidade do Ar (IQA) IQA categoria atende padrão 0-100 boa ou regular viola padrão 100 – 200 200 300 > 300 impacto nenhum ou apenas em pessoas muito sensíveis inadequada pessoas com sensibilidade média sentem efeitos má pessoas com sensibilidade média sentem efeitos acentuados péssima ou crítica efeitos graves Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 45 Índice da qualidade do ar Índice da qualidade do ar 0-50 Classifi cação >50-100 REGULAR >100-200 INADEQ UADA >200-300 MÁ >300-400 PÉSSIMA >400 CRÍTICA BOA PTS 24 h [µg/m3] Fumaça 24 h [µg/m3] PI 24 h [µg/m3] SO2 24 h [µg/m3] O3 1 hora [µg/m3] CO 8h [ppm] NO2 1 hora [µg/m3] 0-80 0-60 0-50 0-80 0-80 0 – 4,5 0-100 >80-240 >60-150 >50-150 >80-365 >80-160 >240375 >375625 >625875 >875 >150-250 >150250 >250420 >420500 >500 >365800 >8001.600 >1.6002.100 >2.100 >160400 >400800 >8001.000 >1.000 >4,5 9,0 >9,0 – 15 >15 30 >30 40 > 40 >100320 >3201.130 >1.1302.260 >2.2603.000 >3.000 >250-420 >420-500 >500 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 46 23 Boletim mensal Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 47 Histórico de violações 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 PTS Fumaça PI SO2 CO O3 NO2 dias* 2 2 2 524 127 97 35 1 16 10 6 1 5 9 1 19 3 11 3 1 18 85 64 3 4 2 1 11 2 28 45 9 1 2 21 73 28 1 19 6 1 46 41 15 24 4 9 46 * até 2007: cada estação pode somar no máximo 365 dias, a partir de 2008: a rede toda pode somar no máximo 365 dias 48 24 Qual a tendência do ar? Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 49 PTS Estação: Santa Casa responde aos quesitos: poluente, localização e época Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 50 25 Variação diária responde ao quesito: picos em certas horas do dia nov/dez/2009 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 51 Vincular Meteorologia com poluentes Média setor 1, setor 2, etc. N 1 9,00x10 Concentração PTS [ µg/m 3] 250 200 1,35x10 2 4,50x10 1 Estação: Colombo setembro 2006 concentração PTS: 107 µg/m3 calmarias: 15 % 150 100 50 0 O 1,80x10 2 0,00 50 100 150 2 3,15x10 2 2,25x10 L Média mês, todos os setores 200 250 2 2,70x10 S Rosa de poluentes Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 52 26 Coluna impacto: padrões qualidade do ar Vantagens: • Fácil de entender, porque relacionada aos objetos que pretende proteger • Permite quantificar impactos (à saúde da população e outros) • Permite critérios mais rigorosos para áreas sensíveis Desvantagens: • Supervisão pelo monitoramento da qualidade do ar é caro • Não identifica a fonte responsável pela impacto • Método basicamente corretivo e não preventivo • Método muito indireto para controlar fontes • Princípio de minimização inexistente • Limitado aos 7 poluentes regulamentados (no Brasil) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 53 Classificação de poluentes por tipo de gestão • 7 padrões de qualidade do ar • Material particulado • total • inorgânico, classes I, II e III Imissão = Impacto Emissão = Fonte • Substâncias cancerígenas, classes I, II e III • Substâncias gasosas inorgânicas, classes I, II e III • Substâncias gasosas orgânicas, classes I e II • Substâncias extremamente perigosas Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 54 27 Classificação de MP Categoria Tipo Material Particulado Total Inorgânico Densidade colorimétrica - Classe Exemplo - Tudo o que acrescentar massa no peso do filtro I Hg, Tl II Co, Ni, Se, Te, As III Pb, Sb, Cr, CN, F, Cu, Mn, V, Sn - fuligem Teoria: Material Particulado - Termo genérico utilizado na área de emissões para definir qualquer material sólido ou líquido, cujas dimensões são menores que 1000 µm (= 1 mm) de diâmetro. Prática: Material Particulado - Tudo o que acrescentar massa no peso do filtro. Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 55 Coletor Isocinético de Poluentes Atmosféricos 56 28 Classificação de Poluentes Gasosos Categoria Tipo Gases Classe Exemplo Inorgânicos - CO, CO2 I AsH3, CNCl, COCl2 (fosgênio), PH3 (fosfina) II HBr, Cl2, HCN, HF, H2S III NH3, HCl IV Orgânicos COT Odores I Formaldeído... Anexo II da Res. 054/06 II Anexo III da Res. 054/06 - Compostagem, suinocultura, processamento de ração e alimentos TRS Substâncias Cancerígenas extremamente perigosas Dioxinas/Furanos SOx, NOx Metano, Hexano,... tudo o que o FID mede Mercaptanas, H2S I Fibras de amianto... Anexo I da Res. 054/06 II Óxido de etileno... Anexo I da Res. 054/06 III Benzeno... Anexo I da Res. 054/06 policlorados 2,3,7,8 Dibenzodioxina (veneno de Seveso) 57 Medição de Gases Será abordada nesta seção a medição de gases com analisadores portáteis utilizando células eletroquímicas. Existem células eletroquímicas para vários gases, entre estes: • O2 • CO • NO • NO2 • SO2 • CO2 • HC • H 2S Vantagens: fácil de operação, sinal on-line, confiável (O2, CO, NO, SO2) Desvantagens: vida útil das células limitada (entre 1 a 3 anos), só serve para monitoramento contínuo em casos excepcionais Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 58 29 Perguntas relativas à medição 1. Quando medir em chaminés, quando no entorno? 2. O tempo de medição? 3. Os equipamentos aceitáveis? Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 59 Medir em chaminés ou no entorno? vazão conduzida por duto/chaminé? + fonte conduzida fonte fugitiva enquadramento Res. 054 arts. 9, 13 Res. 054 medição em duto/chaminé de acordo com o artigo específico ou por poluente Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 60 30 O tempo de medição? fonte fugitiva fonte conduzida 7 dias corridos a cada estação do ano, acompanhado de informações meteorológicas de acordo com a metodologia aplicada, no mínimo 10 minutos no caso de analisadores portáteis, acompanhado de informações operacionais do processo Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 61 Os equipamentos aceitáveis? fonte fugitiva fonte conduzida método de referência ou equivalente, de acordo com o art. 74 da Res. 054 de acordo com a metodologia aplicada, citada no anexo VI da Res. 054, ou equivalente, com os devidos laudos de calibração Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 62 31 Terminologia - Emissão Emissão Unidade Explicação concentração volumétrica cv ppmv (=ml/m3), ppm, % partes por milhão ou porcentagem em volume concentração gravimétrica cg mg/m3N mg/Nm3 massa de poluente por m3 (cond. 0°C, 1 atm) taxa de emissão kg/h, t/a massa de poluente lançado por tempo à atmosfera fator de emissão mg/kg, kg/t massa de poluente lançado por massa de produto fabricado kg/TJ, g/kWh massa de poluente por consumo de energia ou trabalho mecânico g/km massa de poluente por km rodado g/m2 massa de poluente por área pintada Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 63 Visão do órgão ambiental - Gestão por fonte • Controlar na fonte através de padrão de emissão • Isto evita 90+x % dos problemas no entorno • Conversão de fontes fugitivas para conduzidas onde possível • Na impossibilidade desta conversão: controlar o entorno, nos casos quando há predominância de fontes fugitivas (arts. 9, 13 Res. 054/06) • A gestão por fontes não eliminou a medição da qualidade do ar, entretanto, a medição no entorno é mais acompanhamento da eficácia do controle do que monitoramento Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 64 32 Obrigações da indústria - Gestão por fonte • Informar seu perfil atmosférico • Atender ao padrão de emissão da 054/06 a partir de janeiro de 2008 • Executar o automonitoramento das fontes na freqüência prevista • Reportar através de relatório de automonitoramento • Converter fontes fugitivas em conduzidas dentro do possível • Monitorar a qualidade do ar no entorno quando há predominância de fontes fugitivas próximo áreas residenciais Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 65 Perfil atmosférico e Banco de Dados balanço de massa para substâncias orgânicas monitoramento no entorno, arts. 9, 13 Indústria 1º nível pintura predominância de fontes fugitivas processo 1 monitoramento conforme Programa processo 2 monitoramento conforme Programa processo 3 monitoramento conforme Programa etc. etc. 2º nível 3º nível Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 66 33 Portaria SEMA/IAP 001 de 2008 Quadro 02: Levantamento dos processos 67 Res. CONAMA 382/06 • Geração de calor a partir da combustão externa de óleo • Geração de calor a partir da combustão externa de gás natural • Geração de calor a partir da combustão externa de bagaço de canade-açúcar • Geração de calor a partir da combustão externa de derivados de madeira • Turbinas a gás para eletricidade • Refinarias de petróleo • Fabricação de celulose • Fusão secundária de chumbo • Alumínio primário • Fornos de fusão de vidro • Cimento Portland • Fertilizantes, ácido fosfórico, sulfúrico e nítrico • Indústrias siderúrgicas integradas e semi-integradas e usinas de pelotização de minério de ferro 68 34 Resolução 054/06-SEMA PR, Estrutura Geração de calor • Caldeiras/Fornos combustível gasoso • Caldeiras/Fornos comb. óleo e assemelhados • Geração calor/energia carvão, xisto, coque e outros combustíveis assemelhados • Geração calor/energia derivados madeira, bagaço • Geração calor/energia mais de um combustível • Turbinas de gás • Motores Atividades específicas Tratamento superfície, Fundição metais, Incineração, Co-processamento, Fornos, crematórios, Aciaria LD e elétrica, Asfalto, Cimento, Vidro, Cal e calcário, Unidades recuperação de enxofre, Caldeira CO, Secadores de grãos, Exaustão de pó de grãos, Exaustão de pó de madeira, Fabricação placas aglomerado, ou MDF, Indústria celulose, Pastas de alto rendimento TMP e CTMP, Fertilizantes, Óleo comestível. Tipologia fonte Padrões de Emissão para fontes estacionárias Poluente Fumaça, Subst. cancerígenas, MP-total, MP- inorg., Subst. gasosas inorg., Subst. gasosas org. 69 Resolução 042/08-SEMA PR Estabelece critérios para a queima de resíduos em caldeiras: • não pode haver descaracterização do combustível principal • proibida a co-queima de materiais problemáticos • possuir sistema de monitoramento contínuo de CO e O2 sendo os registros guardados durante 3 anos, no mínimo • possuir sistema de intertravamento • dispor de relatórios diários de queima Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 70 35 Resolução 043/08-SEMA PR Dispõe sobre o licenciamento ambiental, estabelece condições e critérios para empreendimentos de incineração de resíduos sólidos : • distância 300m ou 30 vezes altura da chaminé para o limite da área industrial • 10 km de unidades de conservação • 1000m de residências • possuir sistema de monitoramento contínuo de CO e O2 sendo os registros guardados durante 3 anos, no mínimo • possuir sistema de intertravamento • dispor de relatórios diários de queima Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 71 Lei 13.806: Automonitoramento Art. 38. Os empreendimentos e atividades públicos ou privados, que abriguem fontes efetiva ou potencialmente poluidoras do ar, deverão adotar o automonitoramento ambiental, através de ações e mecanismos que evitem, minimizem, controlem e monitorem tais emissões e adotem práticas que visem à melhoria contínua de seu desempenho ambiental. Art. 39. Os empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores do ar, que forem listadas nas normas decorrentes desta lei, ficam obrigadas a apresentar, ao órgão estadual de meio ambiente, o programa de automonitoramento ambiental da empresa. Art. 40. Os empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores do ar, que forem listadas nas normas decorrentes desta lei, ficam obrigadas a elaborar e apresentar ao órgão estadual de meio ambiente, para análise, relatório de avaliação de emissões atmosféricas para o licenciamento ambiental, como parte integrante do processo de renovação ou alteração do licenciamento. Art. 41. O órgão estadual de meio ambiente poderá, a seu critério, exigir de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores do ar, o automonitoramento das emissões atmosféricas de forma contínua. 72 36 Programa de Automonitoramento, art.66 a Obrigatório para indústrias grandes e excepcionais Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 73 Relatório de Medição e de Automonitoramento • Resumo no formato do formulário do banco de dados • Planilhas de campo, cópias dos extratos da impressora para analisadores portáteis • Resultados individuais, além da média, para amostragens múltiplas • Certificados de calibração, prazo de validade (máximo 1 ano) • Responsável técnico com a devida ART referente a medição • Interpretação e avaliação dos resultados Medição • Manutenção de equipamentos • ART referente o Relatório de Automonitoramento e outros itens do artigo 66 b) Automonitoramento Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 74 37 Freqüência de apresentação de Relatório de Automonitoramento • Geralmente anual • O Relatório menciona todas as medições efetuadas durante o ano e apresenta medidas corretivas com cronogramas de implantação caso os padrões forem ultrapassados • A freqüência de apresentação não deve ser confundida com a freqüência de monitoramento Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 75 Freqüência de monitoramento (art. 68) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 76 38 Taxa de emissão mesma condição ! NOTA: A taxa de emissão NÃO é calculada com a concentração corrigida do poluente, senão com a concentração medida, nem existe uma taxa corrigida! • Taxa de Emissão = concentração grav.*vazão • Correção para condição referencial de O2: multiplicar a concentração do poluente medida com o fator (21-O2,ref)/(21-O2,med) NOTA: Fazer primeiro as médias das concentrações dos poluentes e de O2 durante o intervalo de medição e depois executar a correção para a condição referencial (em vez de fazer as médias dos valores corrigidos) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 77 Condição referencial de O2 I.Geração de calor ou energia utilizando combustível gasoso: Condição referencial de Oxigênio: a)para processos onde há contato dos gases da combustão com os produtos processados: 17% ou, quando comprovada a sua impossibilidade técnica, outra concentração de Oxigênio que melhor caracteriza a condição de boa queima b)para caldeiras e demais casos: 3% Potência Térmica Nominal MW MP-total mg/Nm3 CO mg/Nm3 NOx mg/Nm3 SOx mg/Nm3 Automonitoramento – Amostragem Parâmetros Freqüência Até 10 NA 500 NA NA CO, O2 Semestral Entre 10 e 50 NA 100 NA NA CO, O2 Semestral Entre 50 e 100 NA 100 320 NA CO, NOx e O2 Semestral Acima de 100 NA 100 200 NA CO, NOx e O2 Contínuo cR: conc. do poluente corrigida cM: conc. do poluente medida OR: conc. de O2 referencial OM: conc. de O2 medida 78 39 Exemplo: condição referencial de O2 • É mais nada do que uma referência de diluição com ar, visto que o excesso de ar é uma variável e quanto mais excesso tanto mais diluição (= menos concentração) • Sem definir uma cond. ref. de O2 seria possível atender a qualquer padrão apenas com suficiente excesso de ar • Fazer primeiro a média das concentrações e depois a correção Caso 1 Caso 2 vazão = 1.000 Nm3/h vazão = (1.000+1.000) Nm3/h concentração = 150 mg/ Nm3 concentração = O2 na chaminé = 5 % O2 na chaminé = taxa de emissão = taxa de emissão = O2 de referência = 3 % O2 de referência = 3 % concentração corrigida = concentração corrigida = O atendimento ao padrão é verificado depois da correção para a referência Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 79 NOx expresso como NO2 • Processos de combustão emitem NOx o que é uma mistura de NO+NO2 • A equação NO+NO2=NOx só vale pelo volume • A parcela de NO tipicamente representa 95 % • É possível dizer NOx=1,05 * NO (pelo volume) • expressos como NO2 significa que os mg/m3 são calculados como o NOx medido fosse puro NO2 • Exemplo: 100 ppm NO+5 ppm NO2 = 105 ppm NOx 105 ppm * 46 kg/22,4m³ = 215,6 mg/Nm3 NOx Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 80 40 SOx expresso como SO2 • Processos de combustão emitem SOx o que é uma mistura de SO2+SO3 • O SO2 é contabilizado a 100% e o SO3 em 80% = 64/80 • Se o analisador só mede SO2 é preciso acrescentar a diferença • Justifica-se um acréscimo de 5% no caso de uso de analisador portátil Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 81 Altura da chaminé (art. 8) aplicável para chaminés novas Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 82 41 Períodos emergenciais ou transitórios Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 83 Plano de Atendimento (artigo 5º) • Indústrias existentes: quem não apresentou o Plano deve fazé-lo, prevendo o atendimento à 054 até dezembro de 2007 • Indústrias novas: não há necessidade do Plano, entretanto, a indústria deve estar cadastrada junto com seus processos dentro dos padrões do banco de dados de fontes fixas • Sem Plano não há renovação da LO (ordem de serviço 01/2004) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 84 42 Padrões de Emissão • Expressos geralmente em mg de poluente por m3 na saída do equipamento, em alguns casos como massa de poluente por unidade de produção (g/m2 ou g/t) • A verificação do atendimento é feita através da medição da concentração do poluente na saída do processo, ou, quando não há transformação do poluente, através de balanço de massa • A vazão dos gases pode ser medida ou, no caso da combustão comum, calculada baseado no tipo e consumo de combustível e do excesso de ar • Embora a vazão não esteja limitada, a informação é importante para o inventário das fontes e para o cálculo da altura da chaminé • vale: vazão * concentração = taxa (cuidado com referências!) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 85 Padrões de Emissão, vidro Anexo 10, Res. 382/06 – Conama Art. 39 Res. 054/06 - SEMA Poluente Classificação Emissão (kg/t.v.f.) (1) Particulado Receita Soda-Cal 0,4 Receita Borossilicato Chumbo + Outras 0,8 0,5 b) NOx: 1000 mg/Nm3 Vidro Claro (Incolor) Doméstico 4,5 Plano 4,3 d) SOx: 1500 mg/Nm3 (uso de combustível óleo) Embalagem 3,2 e) HF: 5 mg/Nm3 Especiais Técnicos Vidro Colorido 4,5 Doméstico Plano 7,5 6,7 Embalagem Especiais Técnicos 5,4 6,7 Gás Natural Óleo Combustível 1,4 5,0 NOx SOx Condição referencial para Oxigênio: 8% a) Material Particulado Total: 50 mg/Nm3 c) SOx: 800 mg/Nm3 (uso de combustível gás) f) HCl: 30 mg/Nm3 g) o consumo de aditivos contendo chumbo, arsênio, selênio, antimônio ou cromo deve ser documentado e minimizado dentro do possível. Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 86 43 Classificação de Técnicas de Medição Classificação Tipo Técnica de amostragem Sinal de medição Qualquer trem de amostragem com sonda e bomba In-stack (interior do duto) Opacímetro, O2 com ZrO2, NBR 12827 A distância Escala Ringelmann, medição por satélite Online Opacímetro, O2 com ZrO2, a maioria dos analisadores que trabalham com características físicas/químicas dos poluentes Métodos com filtros, cartuchos ou borbulhadores Somente analisadores com sinal online ou quase-online Qualquer um Integral ou pontual Periodicidade Exemplo Extrativa Contínuo Esporádico Princípio de Filtração/gravimetria funcionamento Característica física CIPA, Gravimat Absorção IR Característica química Absorção por solução e posterior titulação Característica físicoquímica Característica ótica Quimiluminescência Opacímetro 87 Escala Ringelmann (desde 1976*) Res. 054/06: Artigo 55 - Fica proibida a emissão atmosférica, por parte de fontes estacionárias, com densidade colorimétrica superior a 20% equivalente ao Padrão I da Escala de Ringelmann, exceto nas operações de aquecimento, modulação e ramonagem, por um período que totalize 10 minutos, ao longo das 24 horas do dia. * Lei nº 977 e Decreto nº 8.468 de São Paulo Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 88 44 Medição a distância Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 89 Medição a distância Vantagens Desvantagens (Ringelmann) • Possível para fontes conduzidas e fontes fugitivas • Não requer instalação de plataforma, orifício e acessos • Medição a qualquer momento possível (fiscalização no caso Ringelmann) • Barato (Ringelmann) • Rápido (Ringelmann) • Resultado subjetivo • Resultado impreciso • Método insensível para partículas claras • Não existe conversão para mg/Nm³ • Método não se aplica para gases Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 90 45 Medição a distância Pergunta Resposta • Porque não existe a possibilidade para converter para mg/Nm³? • Porque o método visual não pega gases? • O que teria que mudar para medir gases? Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 91 Amostragem com saco plástico Bypass 1. Sonda 2. Filtro de partículas aquecido 3. Remoção da umidade 4. Bomba 5. Válvula reguladora 6. Saco plástico de amostragem (Tedlar) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 92 46 Amostragem com saco plástico Configuração evitando o contato dos gases com a bomba Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 93 Amostragem com saco plástico Vantagens Desvantagens • Pega substâncias de difícil captação • Não requer gasômetro • Permite amostragem sem contato com bomba • Amostragem simples • Conserva a amostra o mais original possível (olfatometria) • Transfere amostra gasosa para laboratório onde pode ser analisada por cromatografia gasosa • Não pode haver partículas no saco • Não pode haver condensação de umidade no saco • Volume amostrado limitado ao volume do saco (não há acumulação) • Análise da amostragem tem que ser rápida (dentro de 72 hs) • Amostra volumosa • Resultado integral (período programável para 1 h) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 94 47 Amostragem com saco plástico Pergunta Resposta • Porque não precisa de gasômetro? • O quê pode acontecer se o saco for estocado antes da análise muito mais do que o limite de 72 hs? • Como se determina a umidade dos gases? • Se em três coletas o primeiro saco tem 15 litros de gases, o segundo também 15 litros e o terceiro só 10 litros, então o resultado da análise do terceiro saco terá que ser multiplicado por 1,5? • Como é feita a calibração do método? Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 95 Amostragem com recipiente duro 1. 2. 3. 4. 5. 7. 8. Sonda Filtro de partículas aquecido Remoção da umidade Bomba Válvula reguladora Recipiente de vidro (Gasmaus) Septo Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 96 48 Amostragem com recipiente duro Vantagens Desvantagens • As mesmas vantagens como a amostra com saco plástico, porém, amostra é menos volumosa • O vidro é mais inerte do que o plástico • O pequeno volume desqualifica a amostra para a olfatometria • Forma para transferir a amostra para o laboratório onde será feita análise por cromatografia gasosa • Não pode haver partículas no recipiente • Não pode haver condensação de umidade no recipiente • Volume amostrado pequeno, por isso aplicável só em combinação com cromatografia gasosa • Análise da amostragem tem que ser rápida (dentro de 72 hs) • Fácil de quebrar • Resultado pontual (não é possível encher o recipiente aos poucos para 12 pontos, senão cada ponto precisa seu recipiente) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 97 Amostragem com recipiente duro Pergunta Resposta • Você daria a preferência para o método com saco plástico ou com recipiente duro? • Feita uma amostragem em São Paulo e levado para o laboratório em Santos que tipo de complicação pode acontecer na hora de inserir a seringa pelo septo? • Como é feita a calibração do método? Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 98 49 Amostragem com borbulhadores 1. Sonda 2. Filtro de partículas aquecido 4. Bomba 9. Borbulhador 10. Secante (silicagel) 11. Ajuste da vazão 12. Gasômetro com termômetro Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 99 Amostragem com borbulhadores Vantagens Desvantagens • Método mais preciso (os métodos de referência geralmente usam borbulhadores) • Permite acumulação nas soluções • Pode ser executada em combinação com amostragem isocinética de MP • A sucção isocinética não é apenas um pré-requisito para amostra de MP, ela também deve ser usada quando há uma mistura inhomogênea dos gases • Aplicável para quase tudo (emissão e imissão) • Partículas ou gases retidos na sonda e tubulações • Vazamento do trem de amostragem • Trabalhoso porque requer lavagem da sonda, das mangueiras e pesagem dos borbulhadores, além dos registros manuais de volume, temperaturas e pressões • Instabilidade de alguns reagentes (transporte refrigerado, proteção contra luz do sol, preparo dos reagentes no dia da amostragem) • Absorção incompleta • Saturação das soluções • Resultado integral • Requer equipe bem treinada 100 50 Amostragem com borbulhadores Pergunta Resposta • Porque o filtro e a sonda são aquecidos? • Se na hora de trocar os borbulhadores um pouco do reagente pinga na plataforma isso seria um problema, ou pode ser desconsiderado desde que não haja contaminação da plataforma para o reagente? • Se há um pequeno vazamento entre o filtro de MP e os borbulhadores isso altera ou não o resultado da amostra? • O que se pode fazer para aumentar a sensibilidade do método? • Como é feita a calibração do método? 101 Amostragem com cartuchos de adsorventes 1. Sonda 2. Filtro de partículas aquecido 4. Bomba 12. Gasômetro com termômetro 13. Cartucho com adsorvente (carvão ativado, Tenax, XAD-2) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 102 51 Amostragem com cartuchos de adsorventes Vantagens Desvantagens • Método muito seletivo para certos HC (p.ex. dioxinas e furanos) • Permite alta acumulação no adsorvente • Geralmente não modifica as moléculas amostradas • Aplicável apenas para alguns HC com volatilidade intermediária • Adsorção/dessorção incompleta • Contaminação (branco) • Algumas substâncias podem reagir químicamente na superfície do adsorvente • Adsorção incompleta • Saturação dos cartuchos • Resultado integral Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 103 Amostragem com cartuchos de adsorventes Pergunta Resposta • O que acontece com HC muito voláteis (metano...)? • O que acontece com HC muito pouco voláteis (HAP)? • O que significa seletividade? • Porque se usa dois cartuchos em série? • Como é feita a calibração do método? Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 104 52 Cuidados na Medição de Emissão, I Dificuldade Cuidado necessário Concentrações altas É muito útil ter uma idéia prévia sobre a concentração a ser medida, altas concentrações podem entupir filtros ou saturar soluções antes de finalizar a amostragem Altas temperaturas Verificar a compatibilidade do equipamento com a temperatura encontrada, usar eventualmente uma sonda resfriada com água Condensação de umidade Evitar condensação especialmente em filtros ou células eletroquímicas através de aquecimento ou secagem Presença de outros Estes podem aumentar ou diminuir a leitura do gases, especialmente poluente de interesse, um secador de gases é vapor de água recomendável para minimizar os efeitos de vapor de água Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 105 Cuidados na Medição de Emissão, II A condição de amostragem Para gases: • A velocidade da sucção não influencia a leitura quando há uma distribuição homogênea da concentração no duto • Quando há inhomogeneidade da concentração, a sucção deve acompanhar o perfil da velocidade, porém, não precisa ser isocinética Para partículas: • A velocidade da sucção deve ser isocinética • Condições de sucção superiores à isocinética produzem uma concentração de MP inferior do valor real • Condições sub-isocinéticas produzem uma concentração de MP superior do valor real • O efeito da condição não-isocinética é grande para partículas grandes e pequeno para partículas pequenas Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 106 53 Isocinética, I ideal superior à isocinética subisocinético nov/dez/2009 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 107 Isocinética, II sucção insuficiente -> medição acima valor real superior à isocinética subisocinético demais sucção -> medição abaixo valor real ideal Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 108 54 Cuidados na Medição de Emissão, III A variação Para o monitoramento online: temporal da • Deve ser garantido que a faixa de leitura não seja ultrapassada concentração • Registrar leituras em intervalos constantes • Intervalo de amostragem não deve ser inferior de 10 minutos • Processos por batelada devem ter suas emissões monitoradas durante um ciclo inteiro Para o monitoramento integral: • Não é um problema Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 109 Cuidados na Medição de Emissão, IV A variação local da concentração Para o monitoramento de gases: • É menor para gases do que para partículas por causa da difusão • A homogeneidade dos gases aumenta com a distância do local da sua geração, geralmente há uma boa mistura depois do exaustor, possibilitando um único ponto de amostragem • Fluxo ciclônico não é um problema Para o monitoramento de material particulado: • A homogeneidade é influenciada por singularidades • Definir local do orifício conforme a norma • Requer o monitoramento em vários pontos da seção, sendo cada ponto o representante de uma área igual e cada período de amostragem igual • O tempo mínimo de coleta é de 60 min (CIPA) e 30 min (Gravimat) • O fluxo ciclônico deve ser evitado Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 110 55 Plataforma 2m • NBR 10700: Planejamento de Amostragem em Dutos e Chaminés de Fontes estacionárias Procedimento Orifício 111 Local de Amostragem • Seção com 2 D a jusante e 0,5 D a montante de qualquer singularidade (ideal 8 D e 2 D) • Medição em dois eixos, acessados por orifícios (seção redonda) • Determinar número de pontos de acordo com a figura 1 da NBR 10701/1989 • Verificar ausência de componentes radiais no escoamento (média menor de 20°) • Verificar a possibilidade da instalação de uma plataforma junto com as instalações necessárias p/amostragem (cuidado com andaimes e questões de segurança: queimaduras, queda etc.). Largura da plataforma recomendada pela CETESB: 2m Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 112 56 Número de Pontos Distância A em diâmetros N° mínimo de pontos A B Distância B em diâmetros Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 113 Localização dos Pontos na Seção 14,6 85,4 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 114 57 Medição em vários Pontos da Seção A seção é dividida em áreas iguais, nos centros das quais é posicionada a sonda. Note que não há medição no centro do duto! Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 115 Cuidados na Medição de Emissão, V Análise do • Devem ser protocoladas as condições operacionais que resultado em possam ser percebidas pelo amostrador (p.ex. hora da função da alimentação da caldeira, número de pintores em ação...) condição • É da responsabilidade da indústria fornecer esta informação operacional e é necessário deixar claro que a equipe de amostragem vai informar apenas os horários de início e final • A condição operacional durante a amostragem deve ser típica, ou seja, aquela condição que prevalece na maioria do tempo Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 116 58 Coletor Isocinético de Poluentes Atmosféricos CIPA captação, medição temperatura remoção partículas remoção umidade (medir gases) ajuste da isocinética velocidade gases medição volume amostrado medição vazão da amostra Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 117 Funções CIPA 1) coleta isocinética ponto a ponto 2) retenção do material particulado em filtro apropriado 3) desumidificação do gás coletado 4) medição da massa de material particulado retida 5) medição do volume do gás seco coletado 6) medição da massa de água retida 7) determinação gravimétrica da concentração de material particulado 8) determinação da velocidade e vazão dos gases técnica amostragem, sinal da medição, periodicidade, principio de funcionamento ? Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 118 59 Medição da umidade CIPA: peso da água = peso final dos borbulhadores – peso inicial volume água (Nm³) = massa água / densidade água densidade vapor de água = ? umidade (%) = volume água / (volume água + volume seco) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 119 Medição em 6 etapas (planilhas) 1) Medição preliminar 2) Escolha da boquilha e cálculo do Fator K 3) Teste Vazamento 4) Dados da medição 5) Pesos 6) Resultados e Banco de Dados opção: acompanhado pelo arquivo em Excel Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 120 60 1ª etapa: Medição preliminar Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 121 2ª etapa: Escolha da boquilha e cálculo do Fator K Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 122 61 3ª etapa: Teste Vazamento Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 123 Teste de vazamento • Montar aparelhagem • Tampar a boquilha • Ligar sistema de aquecimento até atingir 120 +- 14°C • Ligar bomba com ajuste fino completamente aberto e ajuste grosso completamente fechado • Abrir, parcialmente, a válvula de ajuste grosso e fechar, vagarosamente, a válvula de ajuste fino, até que um vácuo de 380 mmHg seja atingido • Um vazamento de até 0,57 l/min é tolerável • A fim de quebrar o vácuo, primeiramente remover, vagarosamente, a rolha da boquilha e imediatamente desligar a bomba Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 124 62 4ª etapa: Dados da Medição Depois de desligar a bomba, fazer ensaio de vazamento na depressão máxima registrada durante a amostragem e anotar a taxa de vazamento na planilha Dados Gerais Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 125 nov/dez/2009 126 5ª etapa: Pesos Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 63 5ª etapa: Pesos iniciais • Colocar 100 ml de água destilada em cada um dos dois primeiros impinger (borbulhadores); NOTA: o segundo impinger é aquele com a plaqueta de impactação na haste • O terceiro impinger deve ser deixado sem água • Colocar aproximadamente 200 gramas de sílica gel seca no quarto impinger (cerca da metade do volume dele) • Pesar cada borbulhador com precisão de 0,5 g • Determinar o tara do filtro condicionado com precisão de 0,1 mg; NOTA: o condicionamento consiste em dessecá-lo a (20 ± 5)°C a pressão ambiente durante 24 hs, e pesagem em intervalos de 6 hs até a diferença entre duas pesagens seja inferior a 0,5 mg (condicionamento alternativo: um período de 2 hs a 105 °C em estufa seguida por 2 hs no dessecador) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 127 5ª etapa: Pesos finais, I • Remover a sonda e fechar com rolha todas as aberturas existentes na sonda, porta-filtro e borbulhadores • Remover para um recipiente adequado o filtro com a amostra de material particulado • Remover para um recipiente adequado , previamente pesado, todo o material particulado depositado no interior da boquilha, sonda, ciclone, Erlenmeyer e porta-filtro; NOTA: utilizar escova e uma mistura de acetona e água destilada (1:1) lavando até que nenhum material seja percebido visualmente • Registrar o volume total da mistura utilizada para determinação da prova em branco • Determinar os pesos finais Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 128 64 5ª etapa: Pesos finais, II • Para o filtro: seguir o mesmo procedimento para a determinação do peso final como adotado para o peso inicial; NOTA: o filtro não deve ficar exposto por mais de 2 min ao ambiente do laboratório, cuja umidade relativa deve ser <50% • Para o material coletado via lavagem: colocar o recipiente em um sistema de aquecimento e evaporar até quase secura, efetuando a secagem final em estufa a 105 °C, dessecar por alguns minutos e registrar o peso final com precisão de 0,1 mg • Evaporar 200 ml da mistura acetona/água com o mesmo procedimento do líquido da lavagem para calcular a massa da prova em branco, extrapolando para o volume utilizado • Pesar cada um dos borbulhadores com precisão de 0,5 g Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 129 nov/dez/2009 130 6ª etapa: Resultados MP Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 65 6ª etapa: Comentários • Na planilha resultados não ha nada a fazer, é só para consultar resultados • A verificação da isocinética é feita pela comparação do volume medido com o volume teórico, cujo valor deve se encontrar entre 90 110 % • A norma só pede o atendimento da isocinética integral, não da individual, cujas valores podem ser consultadas na planilha Dados da Medição; NOTA: a média dos valores individuais não é igual da isocinética integral • O campo Resultado válido? verifica as seguintes condições: •o volume total coletado não deve ser inferior a 0,85 m3 •a isocinética deve se encontrar entre 90 - 110 % •a condição de operação durante a amostragem deve ser caracterizada como típica (planilha Dados da Medição) •a temperatura média da caixa quente deve se encontrar entre 110 130 °C •a temperatura máxima da caixa fria deve ser <20 °C •o tempo total da amostragem deve ser no mínimo 60 min •os testes de vazamento devem atender ao limite aceito 131 Cálculos • Concentração gravimétrica = massa/volume seco amostrado em CNTP • Volume s. a. CNTP = (leitura gasômetro*Y) pg/760*273,15/Tg • Vazão da chaminé = v * A (cuidar da condição) • Isocinética = (Volume gás amostrado/Volume teórico pela boquilha) • Taxa de Emissão = concentração grav.*vazão (cuidar da condição) • Corr. p/condição referencial de O2: multiplicar a concentração do poluente medida com o fator (21-O2,ref)/(21-O2,med) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 132 66 Falhas comuns • Falta na formatação do banco de dados • Local da medição não informado • Condição operacional durante amostragem não informada • Planilhas de campo incompletas • Método inadequado/sem provar equivalência • Laudos de calibração incompletos ou vencidos • Procedimento fora da norma sem justificativa • Falta de comentário tanto para valores acima do padrão quanto para valores muito baixos • Falta da leitura do artigo 66 da Res. 054 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 133 Material Particulado: Elementos do relatório • Resumo no formato da Portaria 001 • Planilhas de campo, por exemplo, cópias das etapas 1 - 6 • Certificados de calibração, dentro do prazo de validade (máximo 1 ano), para • gasômetro (FCM ou Y) • tubo Pitot (Cp) • placa de orifício (Delta H@) • O relatório deve comentar resultados acima de padrões estabelecidos • Responsável técnico com a devida ART ou equivalente Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 134 67 Analisadores portáteis: características • Medição da temperatura dos gases • Medição da temperatura ambiental • Medição da concentração dos gases (um componente por célula instalada) • Impressão de cada conjunto de valores junto com data e hora • Cálculo de parâmetros de combustão importantes, por exemplo através do arquivo analisador_gases_Similar.xls Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 135 Analisadores portáteis: Normas • DIN EN 50379, partes 1-3 • O uso dos analisadores é aceito quando acompanhado com certificado de calibração válido (prazo máximo de validade: 1 ano) • Quanto a inexperiência do pessoal do campo, o método é mais seguro do que os métodos consagrados que são manuais; isto vale especialmente para NOx • O método também é mais seguro visto uma possível manipulação, porque os valores impressos não são editáveis Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 136 68 Analisadores portáteis: Ponto de Amostragem • A NBR 10701, NB-1202 não limita expressamente a sua aplicação para material particulado, porém, o termo singularidade para um joelho não faz sentido para gases, subentende-se assim a necessidade de construir uma plataforma só para material particulado • Geralmente, um ponto depois do exaustor ao nível do solo é suficiente para amostrar gases • O ponto correto é aquele com a maior temperatura medida • Em casos excepcionais, como dutos muito grandes, a medição em um único ponto pode ser insuficiente • ATENÇÃO: A medição de O2 como parte da medição de MP deve ser feita no mesmo local Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 137 Execução da Medição em três etapas 1) Definição do tipo de combustível e o seu consumo 2) Dados da medição 3) Resultados e Banco de dados opção: acompanhado pelo arquivo em Excel Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 138 69 1ª etapa: Combustível nesta planilha precisa apenas escolher o tipo de combustível e informar o seu consumo Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 139 2ª etapa: Dados da Medição • A cada medição corresponde uma linha, valores desta devem ser comprovadas através de impressão do extrato • O preenchimento pode ser durante a medição ou depois (valores da memória) • Manter intervalos de tempo constantes entre as leituras (por exemplo 1 minuto) • Período mínimo de medição: 10 minutos Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 140 70 3ª etapa: Resultados Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 141 Gases: Elementos do relatório gases • Resumo no formato da Portaria 001 • Cópias dos extratos da impressora do medidor • Certificados de calibração, dentro do prazo de validade (máximo 1 ano), para cada gás medido (incl. O2) • O relatório deve comentar resultados acima de padrões estabelecidos • Responsável técnico com devida ART ou equivalente Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 142 71 Critérios de atendimento aos padrões (art.19) • Monitoramento periódico a) todos os resultados atendam os padrões (na média, não pelos valores individuais) • Monitoramento contínuo a) 90 % das médias diárias atendem o padrão b) até 10 % das médias diárias atendem até 130 % do padrão • A média diária requer monitoramento válido durante 75% do tempo operado no dia • Serão desconsideradas situações transitórias até 2% do tempo operado • A disponibilidade mínima do analisador contínuo é 67% • Guardar registros durante pelo menos 3 anos Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 143 Equipamento de remoção de poluentes atmosféricos gás sujo Separadores gravitacionais Separadores de inércia mássica Filtros Lavadores Precipitadores eletrostáticos Biofiltros Adsorvedores Condensadores Incineradores gás limpo produto: seco, lodo, gasoso Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 144 72 Critérios para a escolha do equipamento • Aplicabilidade • vazão • grau de remoção • tipo de pó • regime de operação (por batelada/contínua) • temperatura • corrosividade do meio, entre outros • Custo de investimento e a sua conservação financeira • Custo operacional (energia elétrica, insumos) • Destinação dos produtos gerados • Disponibilidade operacional • Manutenção/Desgaste • Espaço necessário Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 145 Tipo de tratamento/prioridades origem do poluente? A do produto processado dos insumos do combustível do ar de combustão da forma como o processo é operado como posso diminuir a geração? pelo processo mais eficiente com insumos mais limpos melhor combustível B outro queimador com controle de processo como posso tratar o restante? tem que funcionar relação custo/benefício C Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 146 73 Faixa de operação de equipamentos Faixa de diâmetro [m-6] Tipo de equipamento filtro de carvão ativo até 0,005 filtro manga 0,1 – 100 lavador 0,5 – 100 precipitador eletrostático 0,01 – 100 câmara de sedimentação > 10 ciclones >1 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 147 Misturas gás/sólido ou gás/líquido Faixa de diâmetro [m-6] Tipo de pó moléculas de gases até 0,005 smog 0,002 – 2 vírus 0,003 – 0,7 fumaça de cigarro 0,01 – 1 bactérias 0,4 – 10 nuvens, neblina 2 – 50 cimento 4 – 100 pó sedimentável 5 – 100 cabelo humano 40 – 200 visível ao olho nu > 10 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 148 74 Exemplos de ciclones Vantagens: • barato na construção • não tem peças em movimento • barato na manutenção • produto seco • ampla faixa de temperatura e granulometria • maior eficiência do que câmaras gravitacionais Desvantagens: • baixa eficiência para pó fino • alto custo operacional Ciclones com entrada em forma espiral e helicoidal Fonte: Prof. LAERCIO MANTOVANI FRARE Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 149 Filtro Manga Foto: apresentação filtro manga Prof. Laercio Mantovani Frare Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 1. casco 2. elemento filtrante (manga) 3. gaiola da manga 4. manga durante o ciclo de limpeza 5. tubo venturi 6. reservatório de ar comprimido 6 bar 7. válvula de diafragma 8. tubo injetor 9. comporta de pó A. gás sujo B. gás limpo C. descarga pó D. ar comprimido nov/dez/2009 150 75 Etapas necessárias para lavadores de pó gás sujo contato entre partículas e gotículas gás limpo separação gás/líquido misturada líquida c/partículas líquido tratado reposição água, agentes químicos tratamento e separação líquido/sólido líquido recuperado prensa lodo Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC resíduo para destinação final nov/dez/2009 151 Etapas para absorção física gás limpo gás com produto absorção separação absorvente/ produto produto absorvente recondicionado Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 152 76 Etapas para adsorção física gás limpo vapor desorção leito 2 adsorção leito 1 gás com produto separação vapor/produto Fase: adsorção vapor condensado revezamento para reuso ou ETE Fase: desorção produto recuperado Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 153 Incineração Poluentes contendo carbono e/ou hidrogênio (incluíndo cheiros) podem ser removidos, ou seja, convertidos nas substâncias inofensivas CO2 e H2O por combustão. Problemas: a) produtos adicionais gerados pela combustão, mesmo quando ela for completa b) uma combustão incompleta c) o consumo de energia Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 154 77 Poluentes gerados na combustão configuração porte combustível condição de queima material processado resultados comb. completa: CO2, H2O, SO2, NOx } comb. incompleta: CO, HC, H2S, fuligem, odor prod. adicional: NOx, N2O impurezas: SO2, SO3, NOx, cinzas, cloretos, fluoretos, metais, dioxinas e furanos Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 155 Princípios de boa queima 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) Queimar completamente Queimar economicamente Realizar medidas primárias antes das secundárias Combustível fácil, instalação simples Combustível difícil, instalação complexa Instalação pequena, exigência ambiental básica Instalação grande, exigência ambiental completa Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 156 78 Combustão completa incompleta Produtos de queima incompleta: • CO • Fuligem (fumaça preta) • HC • Odor 4T 1. 2. 3. 4. Temperatura (>750 ºC) Turbulência (mistura homogênea dos gases) Teor de O2 (excesso de ar na faixa recomendada) Tempo de Residência (> 2 segundos) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 157 Os 4T da combustão parâmetro correção temperatura evitar excesso de umidade, tijolo refratário, diminuir excesso de ar, evitar carga baixa boa distribuição do ar e do combustível, alimentação constante fornecer ar em função do combustível dimensionamento da fornalha, não sobrecarregar fornalha turbulência teor de O2 tempo de permanência Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 158 79 Excesso de ar correto Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 159 Excesso de ar insuficiente Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 160 80 Excesso de ar acima da faixa ideal Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 161 Faixas típicas de λ (arreal/arteórico) queima de O2, ref λ excesso óleo/gás 3% 1,17 17 % carvão mineral 7% 1,50 50 % bagaço de cana 8% 1,62 62 % cavaco/lenha 11 % 2,10 110 % secagem 17 % 5,25 425 % Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 162 81 Significado das faixas de λ Excesso de ar Comentário bem menor do típico problema operacional com provável emissão de fumaça preta pouco menor do típico uma boa fornalha pode queimar bem assim, mas requer controle de CO; boa eficiência térmica típico provavelmente não há emissões acima dos padrões, rendimento médio, eventual potencial de melhoria ocioso algo acima do típico melhoria da eficiência provável, mas pode ser justificado pelo combustível complicado bem acima do típico além da energia jogada fora pela chaminé há um problema de temperatura e logo de CO nov/dez/2009 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 163 Excesso de ar Combustível amin: λ*amin Combustão gases de combustão esteq. queima esteq. excesso de ar (λ-1)*amin Fator de Ar (Lambda): λ = Ar que entra na combustão Ar estequiométrico (mín) Balanço de O2: λ = 1 + vminseco/amin O2/(21-O2) simplificado: vminseco = amin λ = 21/(21-O2) Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 164 82 O desafio das fontes móveis 30/09/2005 Poluição veicular urbana Mônica Kofler Freitas ... dados da CETESB - 2003 - mostram que 97% destes poluentes na Região Metropolitana de São Paulo são emitidos por veículos em circulação ou em processos evaporativos de seus reservatórios. Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 165 Poluentes gerados por motores de combustão • • • • • • • • • • • CO2 Legenda: CO HC pelo escapamento Poluente limitado HC pela evaporação Poluente não limitado Benzeno NOx SO2 cheiro partículas pelo escapamento partículas pelos freios, pneus, asfalto Aldeídos Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 166 83 Fatores de emissão para frotas [t/ano] CO NOx 84.200 HC MP SOx 790.200 51.800 RMSP gasolina 22.900 211.500 12.600 RMSP álcool 324.500 72.400 20.200 11.200 444.400 179.500 20.200 11.200 1.685.000 238.900 0,0299 0,0034 0,0019 0,2808 81.337 9.153 5.075 763.524 118,9% 227,2% 3,4% poluicão veicular urbana.doc RMSP óleo diesel RMSP moto 388.900 0,0648 176.222 7,1% Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC Soma para 6 mio veículos por veículo e ano detran ano 2002: 2718779 inventário fixo/móveis nov/dez/2009 167 Legislação sobre emissões veiculares - Lei nº 8.723/93 - Resolução CONAMA nº 18/86 - Resolução CONAMA nº 01/93, 07/93, 08/93 - Resolução CONAMA nº 14/95, 15/95, 16/95, 18/95 - Resolução CONAMA nº 226/97, 227/97 - Portaria IBAMA nº 085/96, 086/96 - Portaria IBAMA nº 167/97 - Resolução CONAMA nº 241/98, 242/98 - Resolução CONAMA nº 251/99, 252/99, 256/99 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 168 84 Veículos em uso - ciclo Otto Conama 07/93 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 169 Veículos em uso - ciclo Diesel Art. 1º- Toda Empresa que possuir frota própria ... movidos a óleo Diesel, deverão criar e adotar um Programa Interno de Autofiscalização da Correta Manutenção da Frota quanto a Emissão de Fumaça Preta...; Art. 4º- Os limites de emissão de fumaça preta a serem cumpridos por veículos movidos a óleo Diesel, em qualquer regime são: a) menor ou igual ao padrão nº 2 da Escala Ringelman, quando medidos em localidades situadas até 500 (quinhentos) metros de altitude; b) menor ou igual do que o padrão nº 3 da Escala Ringelman, quando medidos em localidades situadas acima de 500 (quinhentos) metros de altitude Portaria Ibama 85/96 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 170 85 Veículos em uso - ciclo Diesel (aceleração livre) ...os limites máximos são os valores certificados apresentados na etiqueta afixada na coluna da porta dianteira direita dois veículos... Para veículos anteriores à vigência da Resolução Conama 16/95 são estabelecidos os limites máximos de opacidade da tabala abaixo: Conama 251/99 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 171 Fatores de emissão para automóveis Fatores de Emissão Automóveis 40,0 CO 35,0 HC*10 30,0 NOx*10 MP*100 g/km 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 km/h Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 172 86 Fatores de emissão para ônibus Fatores de emissão para Ônibus 40,0 35,0 CO 30,0 HC g/km 25,0 NOx MP*10 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 0 10 20 30 40 50 km/h 60 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 70 80 90 nov/dez/2009 100 173 Fatores de emissão para caminhão Fatores de emissão caminhões 40 35 CO 30 HC NOx g/km 25 MP*10 20 15 10 5 0 0 10 20 30 40 50 km/h 60 Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC 70 80 90 nov/dez/2009 100 174 87 Transporte de 50 pessoas*km g de poluentes CO HC NOx (20 km/h) (20 km/h) (20 km/h) Automóvel (lotação 1 pessoa) Ônibus (lotação 50 pessoas) 11g/km* 1,4g/km 1,3g/km* 0,03g/km *50km 50km *50km 50km =1,5g =550g =70g =65g 6g 3g 16g 1,2g Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC MP (20 km/h) nov/dez/2009 175 Fontes móveis – Fontes fixas g de poluentes CO por kg de combustível HC NOx MP 11g/km* 1,4g/km* 1,3g/km* 0,03g/km (20 km/h; 13,33km 13,33km 13,33km *13,33km 13,33 km/kg) =18,7g =0,4g =146,6g =17,3g 12,42Nm3* 12,42Nm3* Caldeira a 12,42Nm3* ? 3 0,5g/Nm 0,82g/Nm3 0,25g/Nm3 óleo =6,2g =10,2g =3,1g (λ=1,17) Automóvel Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 176 88 Idéias inusitadas Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 177 Alternativas para o rodízio • Ônibus público seguro, inclusive para alunos • Usar ônibus ou tráfego não motorizado (bicicleta, caminhadas) • Vias seguras para pedestres • Infra-estrutura segura para bicicletas em prédios • Menos vagas em estacionamentos centrais • Onda verde na vias • Pedágio urbano • Descentralização/Valorização da periferia • Prioridade para formas limpas de transporte Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 178 89 Pedágio urbano Londres: • a partir do fev/2008 caminhões com altas emissões pagam um pedágio diário de 200 libras (665 R$) para entrar no centro de Londres • a partir de jul/2008 este pedágio será extendido para ônibus e vans • desde 2003 é cobrado o pedágio para automóveis de 8 libras (27 R$) o que motivou muitas pessoas utilizar o transporte público • é prevista uma economia de custos de saúde de 250 mi libras até o ano de 2012 como conseqüência do pedágio Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 179 Contato Dr. Andreas Grauer [email protected] [email protected] Fone: 3074-0323, 9968-2893 Legislação, Relatórios e Boletins Qualidade do Ar: http://www.iap.pr.gov.br/index.php Dr. Andreas Grauer Treinamento Gestão atmosférica PMC nov/dez/2009 180 90