Acesse nosso site: www.ocapuchinho.com.br Boletim informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 Igreja matriz Nossa Senhora das Mercês Demonstrativo financeiro Horários e atendimentos Setembro de 2011 ENDEREÇO da paróquia e convento Av. Manoel Ribas, 966 80810-000 CURITIBA-Pr Tel. paróquia: (041) 3335.5752 (sec.) Tel. convento: (041) 3335.1606 (freis) Tel. Catequese: (041) 3336.3982 EXPEDIENTE da Secretaria paroquial: De segunda a sexta-feira Das 8h às 12h e das 13h às 18h Sábado das 9h à 12h MISSAS horário Segunda-feira: 6h30 Terça, quarta e quinta-feira: 6h30 e 19h Sexta-feira: 6h30, 15h e 19h Sábado: 6h30, 17h e 19h Domingo: 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h ENTREAJUDA Quinta-feira: 9h, 15h e 20h NOVENA PERPÉTUA DE N. SRA. DAS MERCÊS Sexta-feira 8h30 e 19h ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO Sexta-feira das 9h às 19h Benção com o Santíssimo às 18h30 BÊNÇÃOS De segunda à sexta-feira: das 8h às 11h30 e das 14h às 18h Sábado: das 9h30 às 11h30 e das 14h às 17h Telefone para agendar bênçãos: 3335.1606 Encontros de Entreajuda Depressão, desânimo, obsessões, possessões, somatizações, fobias, timidez, complexo de culpa, conceitos falhos de Deus, dependência de drogas, dificuldades conjugais, problemas familiares e outros. Participe desses Encontros de Entreajuda com frei Ovídio Zanini, em todos os domingos, das 15 às 18h, no salão paroquial da Igreja das Mercês. O ingresso é de R$ 20,00 (vinte reais), com direito a um material de relax e programação mental. Será servido gratuitamente um lanche. Informações na secretaria paroquial, tel. 3335-5752, e-mail ovidiozanini@ bol.com.br, celular da Ir. Alzira: 9971-8844. ANIVERSARIANTES Nossa comunidade felicita os aniversariantes do mês de novembro, oferecendo a todos a prece comunitária e as intenções na Santa Missa. Saúde, paz, prosperidade e que nunca falte o amor a Jesus Cristo e Nossa Senhora em suas famílias. SUGESTÕES Caro leitor! Sua opinião e sugestões são muito importantes. Entregue-as na secretaria da paróquia ou envie-as para o e-mail [email protected]. - Se você quiser saber mais, envie suas perguntas às quais procuraremos responder. Mande seus artigos até o dia 20 de cada mês. Expediente do Boletim | Pároco: Fr. Pedro Cesário Palma. Vigários paroquiais: Fr. Ovídio Zanini, Frei Benedito Felix da Rocha e Frei João Daniel Lovato. Jornalista responsável: Luiz Witiuk - DRT nº 2859. Coordenação: Secretaria Paroquial e Diego Silva. Capa: Mayra Armentano Silvério. Diagramação: Edgar Larsen. Impressão: Ed. O Estado do Paraná (tel. 3331-5106). Tiragem: 5.000 exemplares. 2 - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 RECEITAS Dízimo paroquial......................................................................................................................... R$62.307,00 Ofertas...................................................................................................................................... R$14.570,00 Espórtulas/ batizados/ casamentos........................................................................................... R$2.605,00 Total........................................................................................................................................................................... R$79.482,00 Dizimistas cadastrados.......................................................................................................................................... 1.316 Dizimistas que contribuíram...................................................................................................................................... 921 Novos Dizimistas........................................................................................................................................................ 24 DESPESAS Dimensão Religiosa Salários/ encargos sociais/ férias/ rescisão............................................................................... R$16.813,62 Côngruas................................................................................................................................... R$3.270,00 Casa paroquial/ Auxílio Alimentação - IPAS.................................................................................. R$7.922,93 Desp.cultos /ornamentação....................................................................................................... R$750,00 Luz/ água/ telefone................................................................................................................... R$2.212,10 Conserv. dos imóveis/ Pinturas................................................................................................... R$12.892,29 Café do Dízimo e Homenagens................................................................................................... R$3.127,31 Manut. Móveis/ Escada/ Toldos................................................................................................. R$8.624,00 Rouparia/ Copa/ Alimentação/ Gás............................................................................................ R$645,57 Despesas com correio (jornal e dízimo)....................................................................................... R$529,70 Serviços de contabilidade........................................................................................................... R$96,00 Serviços de alarme..................................................................................................................... R$180,00 Manutenção de Veículos/ Combustíveis...................................................................................... R$857,10 Material de limpeza.................................................................................................................... R$904,57 Material de expediente/ xerox/ Gráficas...................................................................................... R$1.362,20 Revistas/ internet/ WEB/ “O capuchinho”.................................................................................. R$2.320,20 Pla.de saúde de func. / farmácia/ Exame................................................................................... R$1.646,98 Vales transportes e fretes........................................................................................................... R$796,50 Reforma Elétrica do Salão Paroquial............................................................................................ R$6.000,00 Total........................................................................................................................................................................... R$70.951,07 Dimensão Missionária Taxa para Arquidiocese............................................................................................................... R$7.154,00 Taxa para a Província freis Capuchinhos...................................................................................... R$6.287,93 Mat. pastoral/ catequético/ Cursos............................................................................................ R$1.942,73 Total........................................................................................................................................................................... R$15.384,66 Dimensão Social Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz....................................................................................... R$4.000,00 Total........................................................................................................................................................................... R$4.000,00 TOTAL GERAL........................................................................................................................................................... R$90.335,73 ORAÇÃO VOCACIONAL Ó Deus, que não queres a morte do pecador, e sim, que se converta e viva, nós te suplicamos pela intercessão da Bem-aventurada sempre Virgem Maria; de São José, seu esposo e de todos os santos, que nos concedas maior número de operários para a tua Igreja, que trabalhando com Cristo, se dediquem e sacrifiquem pelas almas. Por Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém. BÊNÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS “O Senhor te abençoe e te proteja. Mostre-te a sua face e se compadeça de ti. Volva a ti o seu rosto e te dê a paz” Mensagem do Pároco No início do mês de novembro comemoramos “Finados” e “Todos os Santos”. Essas duas comemorações são faces da mesma realidade. Trata-se de “comemorar”, isto é, manter vivo na memória duas celebrações de vida e de esperança. Em Finados, lembramos pessoas queridas que já partiram, honramos seus túmulos e rezamos por elas. Recordamos, também, a provisoriedade de nossa vida e a urgência de vivê-la bem, isto é, conforme Jesus Cristo viveu e ensinou. Por fim, reafirmamos nossa fé na ressurreição. Como rezamos na Liturgia, “Para os que crêem, a vida não é tirada, mas transformada; e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”. Embora a morte de uma pessoa querida nos entristeça, a certeza da ressurreição nos anima, pois sabemos que a morte não é o fim, mas a passagem para uma vida plena junto de Deus. E aqui fazemos ligação com a celebração de Todos os Santos. Quem são eles? São os que comemoramos no dia de Finados e que estão no céu, juntos de Deus. Todos nós somos chamados a ser santos. Em novembro, encerramos o ano litúrgico e iniciamos novo ano, com a celebração de Cristo Rei. O novo ano litúrgico começa com o tempo do Advento, preparação do Natal do Senhor. Em novembro, também, nossa paróquia lança a campanha “Natal Solidário”. É nosso gesto concreto para proporcionar um “Feliz Natal” às pessoas necessitadas das comunidades que atendemos. Paz e Bem! Natal solidário com Jesus Frei Pedro Cesário Palma AÇÃO SOCIAL DA PARÓQUIA N. SRA. DAS MERCÊS Graças à generosidade dos paroquianos, dizimistas e benfeitores, arrecadamos no mês de setembro de 2011, os donativos abaixo discriminados: DEMONSTRATIVO DAS DOAÇÕES: SETEMBRO/11 Peças de roupas Calçados pares Diversos Total Alimentos kg N. Sra. da Luz (Vila) 1.671 198 283 2.152 364 kg Almirante Tamandaré 1.533 206 233 1.972 355 kg Vila Verde 1.316 150 248 1.714 357 kg Cerne 20 - 5 25 120 kg Setor Mercês 56 10 - 66 152 kg 4.596 564 769 5.929 1.348 kg Destinatário Totais Repletos do sentimento de solidariedade e fraternidade, iniciamos a Campanha do Natal Solidário com Jesus para as Paróquias da Vila Nossa Sra. da Luz, na CIC (em Curitiba), e Nossa Sra. da Conceição (em Almirante Tamandaré), nossas Paróquias Irmãs, assistidas durante o ano. Contamos com a colaboração de todos para essa campanha tão importante, manifestando nossa união e amor aos nossos irmãos. Almejamos arrecadar 800 cestas de alimentos e 800 kits para crianças, contendo brinquedo, conjunto de roupas e bombons. Os envelopes para doação estão sendo distribuídos na Secretaria Paroquial e também ao final das missas e celebrações de Entreajuda. Você poderá colocar seu nome e de sua família nos envelopes que serão colocados no altar para as intenções nas Missas Natalinas, na véspera e no dia de Natal, em agradecimento por esse nobre gesto de altruísmo e amor ao próximo. Em nossas Paróquias Irmãs, vamos festejar o Natal com a entrega dos presentes em três momentos distintos. No dia 10/12/11, às 15h, a entrega será na Paróquia Nossa Sra. da Conceição, em Almirante Tamandaré. No dia 11/12/11, às 15h, será na Paróquia Nossa Sra. da Luz, na Vila Verde. Por fim, no dia 18/12/11, também às 15h, a entrega acontece na sede da Paróquia Nossa Sra. da Luz, na CIC. Com nosso coração agradecido, rogamos a Deus por saúde, paz, prosperidade e copiosas bênçãos a todos os benfeitores do Natal Solidário com Jesus! Deus abençoe! À Ação Social da Paróquia N. Sra. da Luz, doamos em dinheiro: R$ 4.000,00 para a promoção humana. “Deus ama quem dá com alegria” (2Cor. 9,7) Agradecemos a você, pela sua generosa doação. Frei Pedro Cesário Palma Pároco Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 3 Dízimo e Partilha O dízimo é sinal de compromisso com Deus, com a Igreja e com os pobres. Jesus, na sua bondade infinita, instituiu sua Igreja para ela evangelizar, catequizar, servir e santificar. E, para que ela possa desempenhar a sua vocação evangelizadora no mundo, necessita de recursos materiais e esses recursos devem provir de nós, seus filhos, que somos e formamos a Igreja viva de Cristo na Terra. Assim, devolver o dízimo é ser justo para com Deus e estar de coração aberto para colaborar com o seu Reino, que é justiça, amor e paz. Com o dízimo, você ajuda a transformar a Igreja para que ela seja cada vez mais unida e fraterna, a fim de que possa cumprir sua missão evangelizadora como Jesus quer. Portanto, podemos dizer que: • Dízimo é como uma semente, quando plantada e cultivada, teremos a certeza de que produzirá muitos frutos para Deus, para a Igreja e para os pobres. “Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para comer, vos dará rica sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça” (2Cor 9,10). É só confiar em Deus, devolver o dízimo e os frutos, com certeza, virão em abundância. • Dízimo é uma fonte de graças e bênçãos. Na medida em que eu abro minhas mãos e meu coração pra oferecer, do mesmo modo estou apto para receber as bênçãos de Deus. • Dízimo é o fruto do amor, da justiça e da misericórdia com Deus e com os irmãos menos favorecidos. • Dízimo visa e busca, acima de tudo, o bem comum de todos os fiéis, a manutenção e o desenvolvimento das Pastorais da Paróquia, como a família a serviço de todos e de cada um. Ser dizimista é, portanto, assumir uma das formas mais justas de partilha. Quem tem muito, partilha muito. Quem tem pouco, partilha pouco. Quem não tem nada, tem o direito de receber daquilo que foi colocado para ser partilhado. Devolvendo o dízimo, estou colocando em comum uma parte dos meus bens, para que todos possam viver com dignidade, como filhos de Deus. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). Pastoral do Dízimo Missas Gregorianas “Desde os primeiros tempos, a Igreja honra a memória dos defuntos e oferece sufrágios em seu favor, em particular o sacrifício eucarístico, para que, uma vez purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus.” (Catec. Igreja Cat. 1032). De fato, encontramos na Palavra de Deus que Judas Macabeus enviou dinheiro a Jerusalém para que fosse oferecido um sacrifício expiatório em favor dos mortos, e assim fossem liberados dos pecados (Cfr. 2Mc 12,46). Nossas orações, especialmente a missa, oferecidas pelos falecidos defuntos são uma ajuda preciosa para que possam completar a purificação e chegar à glória do céu. Em muitos lugares, existe o costume de oferecer uma missa gregoriana por um falecido, porém muitas pessoas nem sabem o que são estas missas. É chamada missa gregoriana aquela que um mesmo sacerdote oferece, por trinta dias seguidos, na intenção de um único falecido. Como todos os sacerdotes rezam diariamente uma missa e podem aplicar a intenção desta missa por um defunto, ele então pode assumir a celebração de uma missa gregoriana quando tiver a certeza de que, por trinta dias seguidos, poderá rezar a missa sempre na mesma intenção. Para uma missa gregoriana, a Igreja estabelece o valor da oferta que a pessoa que propõe a intenção deve entregar. O nome “Missa Gregoriana” tem a sua origem num fato que sucedeu no mosteiro que vivia São Gregório Magno, papa, no século VI. Ele conta que um monge de nome Justo, estando muito enfermo, tinha escondido três moedas de ouro, o que era um grande pecado para um monge. Por isso, quando ele morreu, não foi 4 - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 enterrado com os outros monges e todos sabiam que estaria pagando pelo seu pecado no purgatório. Depois de um tempo, seu irmão de sangue chamado Copioso, também monge, com muita tristeza pediu ao prior que se fizesse alguma coisa, pois se sentia muito triste sabendo que o seu irmão estava sofrendo. O prior então determinou que se oferecesse por ele trinta dias de missa. Os monges começaram a fazê-lo, mas se esqueceram de contar com precisão o número das missas celebradas. Certo dia, Copioso sonhou com o seu irmão morto e lhe perguntou como estava. Ele respondeu que desde hoje sou feliz, pois voltei à comunhão. Copioso comunicou este fato ao prior que, ao contar os dias para ver quantos haviam passado, se encontram com a surpresa de que naquele dia justamente haviam completado os trinta dias (Cfr. São Gregório, Diálogos Livro IV, Cap. 55). Na Paróquia das Mercês, há um bom número de freis sacerdotes que todos os dias celebram a santa missa. Alguns deles já anciãos e sem outros compromissos pastorais. Assim sendo, há a possibilidade de assumir algumas missas gregorianas em cada mês. Este é um lindo presente que se pode oferecer a nossos entes queridos que já partiram deste mundo. Frei Mariosvaldo Florentino, ofm cap Frei Mariosvaldo é doutor em Liturgia e trabalha no Paraguai Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa Dia Nacional de Ação de Graças No dia 27 de novembro de 1830, na Capela das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, Nossa Senhora apareceu à Irmã Catarina Labouré trazendo, do céu, braçadas de luz para o mundo. A Virgem apareceu sobre um globo. Pisando uma serpente e segurando em suas divinas mãos um globo menor, oferecia-o a Deus num gesto de súplica. “Este globo, diz Nossa Senhora, representa o mundo inteiro e cada pessoa em particular”. O Globo desapareceu e as mãos divinas de Maria suavemente se estendem derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se um quadro oval rodeado das palavras: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Virou-se o quadro, aparecendo no reverso, um M encimado por uma cruz e, embaixo, os corações de Jesus e Maria. A Santíssima Virgem pede: “Faça cunhar uma medalha conforme este modelo. As pessoas que a trouxerem com fé e confiança receberão graças especiais”. A Medalha foi cunhada e logo se espalhou pelo mundo, fazendo tão grande número de milagres que foi popularmente chamada de MEDALHA MILAGROSA. Comunicando a Medalha ao mundo, Maria procura despertar nossa confiança em Deus e apela para que nós nos transformemos, pela fé e seguimento de seu Filho, em medalhas milagrosas que multiplicam a fé, a esperança e a caridade cristã. Em Curitiba, às segundas-feiras, na Casa Provincial das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, que fica na Avenida Manoel Ribas, n° 02, os devotos da Medalha Milagrosa se encontram para novena às 17h30, seguida de Celebração Eucarística. Às 19h, a novena é rezada novamente, sem celebração Eucarística. De 18 a 26 de novembro de 2011, às 19h, realiza-se a novena preparatória à Festa da Medalha Milagrosa. Junte-se aos devotos da Medalha Milagrosa para pedir e agradecer as graças recebidas. Colaboração: Ir. Romilda Maria Paludo - Filhas da Caridade O Dia Nacional de Ação de Graças é celebrado sempre na 4ª quinta-feira do mês de novembro de cada ano. Neste ano será no dia 24 de Novembro. Gratidão traz saúde emocional e bem-estar Cultive a gratidão. Lembre que há tanto para agradecer. Agradeça a Deus, a fonte de onde recebemos tudo. Agradeça a vida. Agradeça ao seu corpo e sua mente. Agradeça a seus pais, filhos, parentes, amigos, a todas as pessoas e acontecimentos. Lembre-se de todas as coisas boas de sua vida. Permita que a gratidão dissolva seu cansaço, tristeza e lembranças negativas. Permita que seu coração se torne suave e doce através da gratidão e experimente entusiasmo e tranquilidade Agradeçamos a Deus de todo Coração Pelo amor Pela fraternidade, Pela partilha Que geram vida. Pela luta, Pela esperança Que nos levam a sonhar. Pelas pedras do caminho Que nos ensinam a levantar. Pela lágrima Que se transforma em prece. Pela alegria, Pelas bênçãos, Volta teu olhar a Deus E AGRADECE! Colaboração: Frei Moacir Antonio Nasato Pesquisa: Internet Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 5 Sede santos Segundo Dom Eusébio Oscar Scheid, “a celebração da Festa de Todos os Santos nos recorda os heróis da Igreja de Cristo, através dos tempos, a começar da Santíssima Virgem Maria, dos Apóstolos e dos mártires dos primeiros séculos. Essa ininterrupta sucessão chega até os nossos dias, constituindo a maior glória da Igreja. As biografias dos santos são verdadeiras apologias da veracidade e da historicidade do fato cristão e, ao mesmo tempo, do ensinamento evangélico, que norteou suas vidas, até atingirem o cume da santidade”. Será que é difícil ser santo? Será que somente alguns escolhidos podem ser santos? Afinal de contas: o que é ser santo? Se olharmos as biografias dos nossos santos, veremos que foram homens e mulheres como nós, que nunca concordaram com as próprias faltas e que sempre buscaram uma vida segundo o Evangelho. Basta lembrarmos São Francisco de Assis que, quando lhe foi pedido para escrever uma regra para o novo movimento que nascia, disse simplesmente que “a regra e vida dos frades menores era viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Sabemos que viver o Evangelho não é somente para alguns escolhidos mas para todos os batizados. Segundo o Papa Bento XVI, a santidade “consiste em unir-se a Cristo e assumir as suas atitudes, pensamentos e formas de vida. Por isso, a santidade tem a sua raiz última no batismo, pelo qual somos enxertados em Cristo e nos é comunicado o seu Espírito, a sua vida de Ressuscita- 6 - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 do. Mas Deus respeita sempre a nossa liberdade, pedindo que aceitemos este dom e vivamos as suas exigências; isto é, pede que nos deixemos transformar pela ação do Espírito Santo, conformando a nossa vontade com a d’Ele. A santidade mede-se pela estatura que Cristo atinge em nós”. A vivência do Batismo acontece no dia a dia, nas pequenas coisas, no serviço, na doação, na acolhida, na caridade. Se quisermos aprofundar mais, voltemos às palavras de nosso Papa: “Essencial é não deixar jamais um domingo sem um encontro com Cristo Ressuscitado na Eucaristia; isso não é um fardo, mas a luz para toda a semana. Não começar nem terminar jamais um dia sem pelo menos um breve contato com Deus. E, no caminho da nossa vida, seguir os “sinais do caminho” que Deus nos comunicou no Decálogo lido com Cristo, que é simplesmente a definição da caridade em determinadas situações. Penso que esta é a verdadeira simplicidade e grandeza da vida de santidade: o encontro com o Ressuscitado no domingo; o contato com Deus no começo e no final do dia; seguir, nas decisões, os “sinais do caminho” que Deus nos comunicou, que são apenas formas da caridade. Daí que a caridade para com Deus e para com o próximo sejam o sinal distintivo de um verdadeiro discípulo de Cristo (‘Lumen gentium’, 42). “Esta é a verdadeira simplicidade, grandeza e profundidade da vida cristã, do ser santos” (Bento XV). Quem vive assim está a caminho da santidade verdadeira. Sabemos que esse caminho é Jesus Cristo. E é Ele mesmo que nos disse: “sede santos porque eu sou santo”. Não esqueçamos de que, se estamos no caminho do discipulado, todos podemos chegar a esse sublime ideal de vida. É Santo Agostinho que nos lembra isso: “Se eles e elas chegaram a ser santos, porque não posso eu também?”. Quem acompanha o ano litúrgico lembra que toda semana estamos celebrando a vida de algum santo ou santa na nossa Igreja. Todos nos deixam mensagens de esperança com seu testemunho de vida. Cada santo, do seu jeito, é seta indicando o caminho a seguir. Por isso, aconselho a todos que leiam a vida dos santos, conheçam suas história e suas dificuldades. Mesmo entre nós, que ainda vivemos, encontramos pessoas simples, mas pessoas boas, que talvez nunca serão canonizadas mas que são santas. Peçamos ao Deus Santíssimo que possamos, a cada dia, vivenciarmos o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Santo porque o seu Pai é Santo. Paz e Bem! Frei Benedito Félix da Rocha Vigário paroquial [email protected] A morte como fim plenitude O que nos chama a atenção no calendário do mês de novembro é a celebração dos finados. Há quem deteste pensar na morte. Poucos dias após a inauguração do Cemitério Parque Iguaçu, em Curitiba, fui conhecê-lo. Impressionou-me a beleza do espaço todo, o bosque, aquele bem cultivado gramado. Era mesmo um parque. Ao sair, falei à jovem secretária que ali estava sentada a um birô: - gostei muito daqui e voltarei mais vezes para meditar sobre a morte. Para minha surpresa ela me disse: “não, por favor; venha sim, para nos visitar e para um cafezinho, mas não para pensar na morte”. O fenômeno morte é paralelo ao nascimento. Como diria alguém jocosamente, embora possa parecer humor macabro: “a vida é uma doença terminal e sexualmente transmissível”. Porém a verdade crua, nua, mas também serena é: quem nasceu, necessariamente vai morrer um dia. Não dá para negar que de fato, a morte seja mesmo o fim de uma jornada. Talvez pudéssemos compará-la, um pouco com o entardecer de um dia, o fim de uma festa, o último aceno de um encontro. O fechar das cortinas de um grande espetáculo. O fato é que nos costumamos associar fim com uma coisa ruim. Quando entendermos que o fim não necessariamente precisa significar algo negativo, a própria dor da separação de um ente querido, será diferente. Até mesmo quando sentirmos que a morte ronda ao nosso redor seja por uma doença terminal ou pela velhice, a nossa atitude será bem diferente. Fiquei muito impressionado e bem impressionado, quando soube da morte de frei Irineu Costela; um dos egressos da Província Capuchinha do Rio Grande do Sul e integrante do grupo fundador dos Missionários Franciscanos, que tem sua casa central em Ponta Grossa. Nos dias que antecederam minha transferência para Umuarama, em 2002, frei Irineu, vitimado por um câncer, fazia quimioterapia no Hospital Nossa Senhora das Graças e hospedava-se no Convento das Mercês. Conversei longamente com ele que me pareceu, apesar da gravidade do seu estado de saúde, extremamente sereno. Em menos de um ano fiquei sabendo da sua morte. Por ocasião de uma vinda a Curitiba, fui visitar a minha, hoje também saudosa amiga, Irmã Atília e lhe perguntei: - como foi a morte do frei Irineu. A Irmã me respondeu: foi uma verdadeira catequese, uma pregação, para todo o Hospital. Médicos, enfermeiros, demais funcionários, todos queriam vê-lo nos seus últimos dias. Tinha o semblante sempre tranquilo e sorridente. Perguntado se não estava triste, preocupado com a sua situação, dizia: “Por que devo-me preocupar? A vida toda me preparei para este encontro com o Pai. Agora está chegando a hora do grande abraço com Ele”. De fato a morte é o fim da vida terrestre. Causa sem dúvida um trauma na família, na sociedade em que conviveu o indivíduo em questão. Mas quando esse fim é entendido como meta alcançada, então passa a ser nascimento. Ou ainda, ponto de partida e não apenas ponto de chegada. É verdade que a morte é mesmo o fim de uma jornada. Ela de fato marca a ruptura de um processo. A morte cria uma separação, uma cisão entre tempo e eternidade. Mas isto diz respeito apenas ao aspecto biológico, temporal, material. Porém o homem é mais do que isto, é mais do que animal, mais do que temporal, mais do que material. O homem é mais do que o tempo. Ele aspira pela eternidade da vida. Portanto para o homem que viveu não só a sua animalidade, mas a totalidade do seu ser, a morte não é o fim de tudo. A morte é ponto de partida da vida verdadeira e eterna. O ciclo normal da vida é: nascer, crescer, amadurecer, envelhecer e morrer. Quando alguém não passa por este caminho, significa que algo de errado aconteceu com ele. E é bom que se diga, não é a vontade de Deus. Quem morre em criança ou na juventude, morre fora de hora. Deus naturalmente, não quer isto. Aquele grande potencial de vida que se tem na infância e na juventude, aos poucos vai se desgastando com o passar dos anos. A morte vai acontecendo aos poucos; vamos morrendo em prestações. Cada segundo, cada momento representa vida desgastada. A morte não pode nos assustar. Pois ela é o fim de uma vida, a biológica, a material, a temporal e o começo da vida pessoal, interior, a que não termina. A morte só deve causar medo para quem não se empenhou em construir essa vida interior. Então a morte é fechar os olhos para este mundo e abrir para a eternidade. De fato é mesmo, como dizia frei Irineu, o momento do grande abraço com o Pai, para o qual nos preparamos durante toda a nossa vida. Que estes pensamentos nos levem a ver a vida e a morte com muito mais otimismo e principalmente com muito mais sentido cristão e religioso. Frei Davi Nogueira Barboza São Paulo: evangelização em meio aos conflitos Um dos temas fundamentais na teologia paulina é a evangelização. É fundamental porque mostra a figura do verdadeiro discípulo de Cristo que escuta, crê e prega a palavra do Mestre, não obstante os momentos de crises e dificuldades. São Paulo, o apóstolo dos gentios, passou por vários conflitos por causa do Evangelho. Um conflito forte foi o que diz respeito à acusação de que ele não era apóstolo (1Coríntios 9,2). O mesmo aparece na carta aos Gálatas, e é por isso que ele insiste em dizer várias vezes que não é apóstolo “da parte dos homens” (Gálatas 1,1), e sim da parte de Cristo (Gálatas 1,12). Embora Paulo não tenha ouvido/ entendido toda a revelação por parte de outro apóstolo ou de outro evangelizador, mas por parte de Cristo (Gálatas 1,12) não quer dizer que, no encontro com Cristo, ele recebeu como que uma caixinha que continha todas as verdades que haveria de proclamar ao mundo. Paulo se refere à salvação pela Fé em Jesus Cristo sem as obras da Lei (Gálatas 2,16). Outras dificuldades decorrentes da evangelização surgem. Paulo faz questão de afirmar o direito que o missionário tem de ser sustentado por causa do trabalho que faz (1Coríntios 9,6-14; Gálatas 6,6; 2Tessalonicenses 3,9). Entretanto, quis trabalhar com as próprias mãos (1Cor 4,12) para não ser pesado para a comunidade (1Tessalonicenses 2,9). Ele tinha uma profissão: fabricante de tendas (At 18,3). Seguramente, a família de Paulo era rica. Devia ter uma empresa para a confecção de tendas, uma vez que devia dar um bom lucro, haja vista a presença dos soldados romanos (o império romano dominava toda esta região) que necessitavam das tendas. E Paulo opta em deixar tudo isso para trabalhar com as próprias mãos, o que era desprezível no mundo grego, uma vez que o trabalho manual era destinado aos escravos. Na carta aos filipenses, diz: “circuncidado ao oitavo dia, da raça de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu filho de hebreus; quanto a Lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível” (Fil 3,5-6). Esta certamente foi uma das razões de crises/ dificuldades de Paulo, uma vez que ele era legítimo judeu, a ponto de observar todas as leis, e deixou tudo por causa de Cristo. Logo, quando Paulo fala que “o que era lucro tive-o como perda, por amor de Cristo” (Fil 3,7), está falando de algo que sentiu na pele. Não era como deixar alguma coisa supérflua, e sim algo que o caracterizava naquele mundo (judeu e cidadão romano) e que lhe era fonte de subsistência (fabricante de tendas, família...). Paulo teria as seguintes formas básicas para ganhar a vida naquele tempo: poderia cobrar pelo ensino como faziam os grandes mestres no mundo grego (o filósofo Aristóteles, por exemplo); ou receber esmolas. Estas formas estariam bem de acordo com o que pensavam os gregos, para quem o trabalho manual era próprio dos escravos e impróprio para um cidadão livre. Mas Paulo nunca aceitou esmolas, a não ser da comunidade de Filipos (Filipenses 4,15-16; 2Coríntios 11,9). Poderíamos nos perguntar por que Paulo faz toda essa renúncia e decide anunciar o Evangelho em meio a tantos conflitos, e 1Coríntios 9,19-22 pode apresentar uma luz: Paulo faz a opção de se rebaixar totalmente para ganhar a todos para Cristo. Outro grande conflito que Paulo vivenciou aconteceu no Areópago, em Atenas. O apóstolo dos gentios preparou bem seu discurso e falou de Jesus, sem mencionar seu nome. Não se referiu à cruz (Atos dos Apóstolos 17,3031). E quando falou da ressurreição de Cristo os ouvintes zombaram dele e disseram: “volte outro dia e talvez te ouviremos!” (Atos 17,32). Esse foi mais um momento de crise e conflito para Paulo: fracassou no seu discurso. Talvez ele quisesse derrubar o sistema da religião pagã que havia em Atenas. Entretanto, não conseguiu. E sua chegada em Corinto revela como vivenciou este grande conflito (1Coríntios 2,3; 1Tessalonicenses 3,7). Um detalhe: depois do episódio de Atenas, Paulo começa a falar da Cruz de Cristo. Antes, parecia um grande orador que desejava mudar a opinião de todos através de sua palavra. Agora Paulo afirma: “Quando fui ao encontro de vocês não me apresentei com o prestígio da oratória ou da sabedoria, para anunciar-lhes o mistério de Deus” (1Coríntios 2,1-5). Nesse contexto de conflitos, que Paulo viveu, é possível compreender que ele teve a capacidade de transformar conflitos em fonte de fé, esperança e amor. Há quem fale em uma espiritualidade do conflito, uma vez que Paulo tirou proveito de todas estas crises, assim como os discípulos de Emaús: a cruz que era sinal de morte, desânimo, desesperança... transforma-se em sinal de vida e esperança (Lucas 24,13-35). Que o Apóstolo Paulo nos ilumine a enfrentar nossos conflitos e nunca deixar de anunciar o Cristo – “Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes, necessidade que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!” (1Coríntios 9,16). Paz e Bem! Frei Rogério Goldoni Silveira – OFMCap [email protected] Frei Rogério dá curso bíblico todas as primeiras segundas-feiras do mês na Igreja das Mercês. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 7 Tempos Litúrgicos Na Igreja Católica, o Ano Litúrgico inicia no 1º Domingo de Advento e termina no sábado anterior a ele. É dividido em quatro ciclos: Advento até Natal, Natal até o Batismo de Jesus, Quaresma de Quarta-feira de Cinzas até Domingo de Ramos, Páscoa que envolve o Tríduo Pascal e Ressurreição de Jesus, terminando no Pentecostes. Segue o Tempo Comum com 33 a 34 semanas em que se comemoram os mistérios de Cristo, as festas da Virgem Maria e dos Santos. O Tempo Comum termina com o domingo de Cristo Rei. As festas de domingos ou dias santos de guarda são dez no Ciclo Anual: 01 de janeiro (Santa Maria, Mãe de Deus); 06 de janeiro (Epifania), 19 de março (S. José); Ascensão de Jesus (quinta-feira da sexta semana da Páscoa); 1ª quinta-feira após o domingo da SS. Trindade (Corpus Christi); 29 de junho (S. Pedro e S. Paulo); 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora); 1º de novembro (Todos os Santos); 08 de dezembro (Imaculada Conceição de Maria) e 25 de dezembro (Natal). A Santa Sé concedeu, às 8 - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 Conferências Episcopais, licença para transferir para o domingo seguinte os feriados de guarda que acontecem em dias da semana. O Ano Litúrgico tem três ciclos (A, B e C), de leituras próprias. O Advento é um tempo de esperança da vinda do Messias. É marcado pelas figuras admiráveis de Nossa Senhora, grávida de Jesus, e do precursor João Batista. As leituras nas missas dominicais acenam para a Segunda Vinda de Cristo, com algumas referências ao fim do mundo. Mundo é termo latino que significa limpo. Portanto, o mundo que Deus criou jamais será destruído, mas, transformado como o pão e o vinho da Eucaristia. A História da Igreja de Cristo é simbolizada na Eucaristia. O que deve ser destruído, e isso quanto antes melhor, é o imundo do pecado. Somos todos chamados para a transformação do universo segundo os mandamentos da Lei do Senhor. Logo após a ressurreição de Cristo, os cristãos pensavam que logo iria acontecer a Parusia ou Segunda Vinda de Cristo que, para cada um de nós, acontece na hora da morte. Para nós, cristãos, morte é ressurreição e assunção ao céu, prefigurada na assunção de Nossa Senhora. Devemos preparar-nos para esta hora bendita com a prática da esmola, jejum e abstinência, especialmente de ordem interior. Jejum e abstinência são excelentes comportamentos de vida sadia e santa. Jejuar e abster-se de carne às sextas-feiras e quartas-feiras é um comportamento eclesial e também de medicina ou vida longa. Como notamos, os ciclos e tempos do Ano Litúrgico devem ser vividos com espírito linear ou de perene novidade, a caminho do encontro com Cristo Jesus. A cada ano e a cada dia, Deus nos apresenta inspirações e graças sem fim. Sentimos em cada memória litúrgica a predestinação que Deus nos fez para sermos seus filhos amados, herdeiros de suas riquezas (Ef 1, 3-14). O sentido de nossa vida é a ressurreição ou assunção. Frei Ovídio Zanini Cristo é Rei e Senhor Jesus Cristo é rei e senhor do universo Para tratar deste tema tão importante, busquei os textos bíblicos que me ajudaram a compreender a profunda natureza de Jesus Cristo. Não é possível comentá-los todos num espaço tão pequeno, mas apresento as citações para o amigo leitor conferir: Dn 7,13-14; Ap 1,5-8; Jo 18,33-37; 2Sm 5,1-3; Cl 1,12-20; Lc 23, 35-43; 1Cor 15, 20-28; Mt 25,31-46. Jesus de Nazaré se apresenta como rei, mas seu reino não é deste mundo. Ele é rei de um reino diferente. Sabemos que durante toda sua vida pública, ele teve extremo cuidado para que não se desse uma interpretação política à sua missão. Várias vezes querem fazê-lo rei, mas ele sempre se esquiva. Jesus é Pastor e Rei, sua realeza se estende e se exerce sobre toda a humanidade. A realeza de Jesus é de origem divina e tem o primado sobre tudo, porque o Pai pôs nele a plenitude de todas as coisas. O universo compreende todas as coisas que serão sujeitas a Deus Pai e são redimidas em relação a Cristo. Tem-se uma visão cósmica da realeza de Cristo. Ele é rei de reconciliação, de perdão, que veio para salvar a humanidade toda e de todos os tempos. Para o Cristo convergem os caminhos da história da humanidade. pótico, mas no serviço de um perdão que busca a reconciliação. Ele é o primogênito de toda a criatura e, como todas as coisas foram criadas nele, “foi do agrado de Deus reconciliar consigo todas as coisas, por meio dele, estabelecendo a paz no sangue de sua cruz”. Cristo é rei porque, perdoando e morrendo para remissão dos pecados, cria uma nova unidade na humanidade. Quebrando a corrente do ódio, oferece a possibilidade de um novo futuro. REI QUE SERVE RECONCILIAÇÃO E PERDÃO A solenidade de Cristo Rei foi instituída pelo Papa Pio XI, em 1925, para reagir contra os excessos do laicismo moderno, corrente que pretende passar sem Deus ou dispensar Deus da vida, da existência. Cristo é rei para criar um povo real, isto é, livre de qualquer escravidão humana, para favorecer e acolher os recursos, os costumes, as riquezas dos povos, purificá-los, consolidá-los, elevá-los (cf LG 13). Cristo, o homem novo, solidário com a comunidade humana, eleva e aperfeiçoa, em seu ministério pascal, a atividade dos homens e das mulheres para uma melhor, mais humana convivência na colaboração, na fraternidade e na paz (cf GS 22). Cristo é rei que reconcilia e perdoa Vemos no Evangelho (Lc 9,28-36) o episódio dos dois ladrões, como que a indicar que, para o Cristo, o modo de exercer sua realeza sobre toda a humanidade, inclusive sobre seus inimigos, é oferecendo-lhes o perdão (24,39-43). Segundo os especialistas, Lucas é muito sensível a esta ideia em toda a narrativa da paixão, mas aqui Jesus chega ao máximo diante dos seus adversários: “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Jesus perdoa sem limites. Ele exerce, pois, e manifesta sua realeza não nas afirmações de um poder des- Reconhecendo que Jesus é rei, cremos que, com ele, Deus manifestou plenamente que a realização do homem e da mulher só pode se dar pela obediência à sua vontade e aceitação de seu projeto. Não há qualquer ação humana que não esteja sob o juízo de Deus. Não pode haver lugar na história, de quem quer que seja, sem a relação com Deus por meio de Jesus Cristo. O ensinamento da realeza de Cristo, portanto, nos ensina ainda, que a vida a que somos cha- REI DIFERENTE Cristo é um rei diferente, pois seu reino não é deste mundo, é o único mediador da salvação de toda a humanidade e de toda a criação. Nele, todas as coisas encontram seu acabamento, sua verdadeira subsistência, segundo o desígnio criador de Deus. Ele continua a criar por meio do amor, e toda a criação é chamada, no homem e na mulher, a participar de sua vida divina, a entrar em sua Família. Toda a criação encontra, em Cristo, seu ponto de apoio, de subsistência (Hb 1,3;Cl 1,17). Por isso, nesse sentido, Jesus Cristo é o primogênito de toda a criatura; é o rei da criação porque só ele é a imagem de Deus invisível, e a realização do desígnio criador depende unicamente dele. E a realeza de Cristo assume o aspecto de uma reconciliação universal pelo seu sangue derramado na cruz. Amiga e amigo leitor! mados é a mesma que viveu Jesus Cristo: a vida de serviço aos irmãos e às irmãs. Vivendo-a, confessamos seu senhorio e nos tornamos, como ele, pessoas de paz e de reconciliação. Cristo, Bom Pastor, veio não para ser servido, mas para servir (cf Mt 20,28; Mc 10,45) e dar a vida pelas ovelhas (cf Jo 10,11). Chegará o tempo em que a humanidade toda reconhecerá Jesus Cristo, como Rei e Senhor do universo e da história. CRISTO REI E SENHOR, VENHA A NÓS O VOSSO REINO! Frei João Daniel Lovato, OFMCap [email protected] Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 9 Nossos freis Frei Zanini comemora 77 anos de vida, 54 de sacerdócio e nos conta um pouco da sua história No dia 22 de novembro vou celebrar 77 anos de vida. Nasci de uma família de colonos. Vivi minha infância num lindo vale com parreiral, pessegueiros, laranjeiras, bergamoteiras, jabuticabeiras, goiabeiras, nogueiras, figueiras, bananeiras, cerejeiras, gaviroveiras e outras que nunca esqueço. Éramos uma família de 13 pessoas. Desde pequeno fui meio adoentado e Início dos estudos, em Roma, no ano de 1959. sou o único que continua vivo neste mundo. Padre Frei Tito, pároco de Capinzal, quando vinha celebrar missa em nossa capela, costumava almoçar em nossa casa e despertou em mim o desejo de também ser padre. Na época, o que me atraía era o fato do padre ter um jeep. Falei com papai e mamãe e me abençoaram, dizendo: “Vai, filho. Se algum dia quiser voltar, a casa está aberta”. Com dez anos de idade, apesar de três anos na escola primária, entrei analfabeto no Em Roma, durante estudos e estágio seminário dos freis capuchinhos de arqueologia. em Barra Fria, hoje Lacerdópolis. Em poucos meses ajudava o Diretor a alfabetizar os alunos. Gostei da vida no seminário. Seguidamente jogava futebol, passeava nos campos próximos, ia pescar e colher laranja em famílias benfeitoras que nos convidavam. Com 12 anos, entrei no seminário de Butiatuba, em Almirante Tamandaré, para cursar o antigo ginásio. Éramos em 95 seminaristas. Com 16 anos entrei no noviciado, vestindo a batina dos franciscanos capumãos, especialmente os mais chinhos. Éramos 18 noviços e pobrezinhos, sentir-me-ei a mãe 12 fizemos a primeira profissão mais feliz do mundo”. Em noreligiosa. De 1951 a 1957, curvembro de 1963, lendo a paixão sei Filosofia e Teologia. Na igrede Cristo no Calvário, em Jeruja matriz das Mercês, aos 15 de salém, diante do lugar da crucidezembro de 1957, fui ordenaficação, percebi a sabedoria do Em janeiro de 1958, logo após sua ordenação. do sacerdote por D. Emanuel da sentimento de minha mãe. Silveira D’Elboux, então arcebisDe 1957 a 63 cursei Teologia po de Curitiba. Estavam presentes mamãe, o irmão Dogmática, na Pontifícia Universidade Gregoriana Laurindo e o cunhado Aparício Masiero. e Sagrada Escritura, no Pontifício Instituto Bíblico, Lembro que, ao acompanhá-los para a Estação ambos em Roma. Por seis meses, como dever do Ferroviária, num certo momento, mamãe me disse: curso bíblico, visitei os lugares bíblicos com fins de “Filho, não tenho grandes presentes para lhe dar. Arqueologia: Egito, Líbano, Jordânia, Palestina, IsraSe eu souber que você teve caridade com seus ir- el, Chipre e Grécia. 10 - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 Lecionei Teologia, Bíblia e História Eclesiástica durante 25 anos em Curitiba, Ponta Grossa, São Paulo, Londrina, Tabatinga no Amazonas e em Angola. Preguei centenas de retiros por todo o Brasil. Publiquei 35 livros. Gravei 14 fitas K7, cinco CDs e um DVD de reprogramação mental e cura interior. Fui pároco na igreja das Mercês e em Uraí – Norte do Paraná. De 1996 até 2001, em 24 dioceses, com Irmã Alzira Dalmônico, ministrei encontros em duas noitadas de Reprogramação Mental e Cura Interior em 912 paróquias, com demonstrações de hipnose em mais de 10 mil pessoas, na tentativa de advertir o povo sobre os males da pregação alienante de alguns grupos pentecostais. De 1965 a 1977 dediquei-me à promoção dos pobres catadores de restos vendáveis. O prefeito de Curitiba Eng. Ivo Arzua Pereira conversou longamente comigo e solicitou à Câmara dos Vereadores a criação de uma Fundação Social para realizar este plano. A Fundação Social recebeu o nome de FREI (Fundação de Recuperação dos Indigentes) e foi instalada em Campo Magro, atualmente com o nome de FAS (Fundação de Ação Social), mantida pela Prefeitura Municipal de Curitiba. Desde 1996, atraiu-me profundamente o valor do controle ou cura interior através do cuidado da nossa mente. “Guarda o teu coração com todo cuidado, porque dele provém a vida” (Pr 4, 23 – Bíblia de Jerusalém). E Jesus advertiu: “Com efeito, é de dentro do coração do homem que saem as intenções malignas, e são elas que o tornam impuro” (Mc 7, 21-23). Costumamos achar que as tentações e males vêm de demônios do outro mundo, quando o Eclesiástico adverte: “Quando o ímpio maldiz a Satã, ele maldiz a si próprio” (Eclo 21, 27 – Bíblia de Jerusalém). “Cada qual é tentado pela própria concupiscência que o arrasta e seduz” (Tg 1, 14). Por isso, desde 2002, todo domingo dedico-me a um encontro de controle mental e cura interior no salão paroquial, das 15h às 18 h, porque Jesus enviou seus apóstolos e discípulos para pregar o evangelho e curar os doentes, especialmente de ordem emocional, que vivem dominados por memórias negativas. Frei Ovídio Zanini Voluntariado Chamado Divino em favor da Comunidade Depoimento de Juecy Eu, Juecy, já era voluntária no grupo chamado “LAM” (Leigos para Animação Missionária), onde atuava em muitas Paróquias da capital. Também fazia parte do “CAM” (Conselho de Animação Missionária) da Cúria, com supervisão de D. Pedro Fedalto, participando com palestra, com meu esposo Cristovam, em cursos para noivos e demais atividades do CAM. Porém, pouco atuava aqui na Paróquia N. Sra. das Mercês, até que fui convidada a ajudar a Wilma no coral e liturgia infantil. Foi aí, sob o manto da Virgem N. Sra. das Mercês e a bênção de Jesus, que nasceu uma grande e forte amizade, que nos tornou irmãs pelo coração e pelo amor a Jesus, faz quase 30 anos. Comecei então a atuar mais aqui na Paróquia, como catequista, coordenadora da catequese no meu setor, Ministra da Eucaristia, também com o Cristovam. Aí conheci pessoas maravilhosas a quem tenho grande estima. Porém, com o acidente do meu filho, com lesão medular grave, que o deixou tetraplégico parcial, hoje cadeirante, me afastei de todas as atividades, só ficando na parte musical das novenas de sexta-feira, pela manhã e à tarde. Isso me faz muito bem e feliz, mesmo sendo tão pouca minha atuação. Juecy Doniak Linero Depoimento de Wilma Juecy e Wilma. No final de 1979, conheci frei Davi, que me convidou para participar de uma reunião dos integrantes da Liturgia. Fiquei encantada com a alegria e acolhimento de todos. No ensaio dos cantos, que eram dirigidos e acompanhados no violão, por um grupo de jovens, noviços que viviam e estudavam no convento, senti-me “em casa” cantando com eles, pois sempre gostei muito de cantar. Desde então, fiquei participando da liturgia. Além de cantar nas missas, organizamos um “coralzinho infantil” que rapidamente cresceu e com o qual me envolvi Wilma e Juecy. completamente. Como senti que precisava de ajuda, procurei as Irmãs do Colégio Vicentino, que me encaminharam para minha amiga Juecy. Foi aí que começou uma amizade linda, que nasceu para durar sempre. As alegrias que este trabalho me trouxe, e traz até hoje, superam muito qualquer dificuldade. Cantar e organizar os cantos das Missas é uma tarefa gratificante, que além de me realizar, me trouxe muitas amizades preciosas, tanto dos freis da paróquia e do convento, como também de todos os integrantes das equipes de liturgia e dos funcionários da paróquia. Sinto o carinho e acolhimento de todas as pessoas, nas celebrações em que participo e, principalmente, sinto a alegria de estar colocando a serviço de Deus os dons que Ele me deu. Agradeço a Deus por ter me mostrado este caminho. Wilma Barsotti Servir a Deus e à comunidade através da música “A Música Litúrgica autêntica traz consigo o selo da participação comunitária. Ela reflete o direito que todo cristão e toda cristã têm, por força do sacerdócio batismal, de expressar-se como assembleia celebrante que louva e agradece, suplica e oferece por Cristo, com Cristo e em Cristo, ao Pai, na unidade do Espírito Santo. Cantando, tocando e dançando, a assembleia celebrante, qual nação santa, povo que ele conquistou, proclama os grandes feitos daquele que nos chamou das trevas a sua luz maravilhosa.” Trecho do documento “Canto E música na liturgia pós-Concílio Vaticano II”, produzido pelo setor “Música Litúrgica” da CNBB Se você se interessa em colocar a sua voz à disposição da evangelização e da liturgia, procure-nos! Mais informações, presencialmente, na Secretaria Paroquial ou pelo telefone (41) 3335-5752. Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 11 Espaço Catequético Tema do mês: Ano Litúrgico O que é o ano litúrgico? Todo mundo conhece o Ano Civil, que começa em 1º de janeiro e encerra em 31 de dezembro, e rege a nossa vida em sociedade. Já quem rege nossa vida religiosa é o Ano Litúrgico, que se inicia no 1º domingo do Advento (último domingo de novembro) e termina no último domingo do Tempo Comum, com a festa de Cristo Rei (penúltimo domingo de novembro). Qual a sua função e como se divide? O ano litúrgico é um resumo vivo da história da salvação, em que Jesus é o centro. Ele se divide em três grandes partes: Tempo de Natal, Tempo de Páscoa e Tempo Comum. No Tempo de Natal vivemos o nascimento de Jesus, os fatos que lhe antecedem, a importância da família, a Epifania e o Batismo do Senhor. No Tempo de Páscoa falamos da Paixão, Morte, Ressurreição, Ascenção e Santificação no Espírito Santo. No Tempo Comum, relembramos o que Ele fez e disse, e nos espelhamos para também fazermos o trabalho pelo Reino de Deus. Existem feriados no Ano Litúrgico? Existem festas móveis e fixas (muitas delas são feriados, especialmente para nós brasileiros que somos um país católico). As festas móveis são aquelas que não têm dia certo como a Páscoa, já as festas fixas têm uma data determinada, como o Natal. Como sabemos em que período do Ano Litúrgico estamos? Uma das maneiras é conferir as cores usadas na Liturgia. Se o padre está de branco estamos nas datas mais importantes como no Tempo Pascal ou do Natal. Já o vermelho, que simboliza o fogo e o sangue, é usado no Domingo da Paixão, de Ramos, na Sexta-feira Santa e nas celebrações do Espírito Santo, como a Crisma. O Roxo está ligado à serenidade e penitência, por isto é usado na Quaresma e no Advento, é também usado nas celebrações fúnebres e na confissão. 12 - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 Notícias da Catequese Fique de olho nas datas!!! Pais e catequistas, fiquem atentos às datas que se seguem e os dias que serão informados por seus filhos: • Reunião da catequese para os pais- segunda quinzena de novembro; • Entrega do álbum litúrgico para os pais e ca- tequistas - última semana de novembro; • Encerramento da catequese - primeira semana de dezembro; • Confraternizações de final de ano com catequistas, catequizandos e pais - primeira semana de dezembro. Passatempo Calendário do Advento O advento é o período de 4 semanas que antecedem ao Natal, no qual fazemos uma preparação para esta data tão importante para nós, cristãos. É hora de fazer uma boa confissão, agradecimentos por todo o ano que passou, e muitas boas ações. Existem ritos e símbolos para evidenciar ainda mais a importância deste período, entre eles a coroa, as vestes roxas do padre e o calendário. Em 1815, foi criado o primeiro calendário do advento, que consiste em dois pedaços de cartolina sobrepostos. Vinte e quatro janelas são cortadas na camada superior com um número entre 1 e 24 em cada uma delas. Começando no primeiro dia de dezembro, uma janela é aberta a cada dia, fazendo a contagem regressiva até a noite de Natal. Cada compartimento mostra uma imagem e um propósito para fazer até o Natal, que tal fazer um com seus pais? Dia das Crianças Muitas foram as atividades feitas pela catequese para comemorar o Dia das Crianças. Entre elas, uma Gincana bem divertida, com temas religiosos é claro!!! Curiosidades Coroa do Advento - Origem Desde a sua origem, a Coroa de Advento possui um sentido especificamente religioso e cristão: anunciar a chegada do Natal às crianças. Onde surgiu? A tradição da coroa do advento surgiu no norte da Alemanha e na Escandinávia, no século XVI, para preparar os cristãos para a festa do natal. O que significa o Círculo? A coroa tem a forma de círculo, símbolo da eternidade, da unidade, do tempo que não tem início nem fim, de Cristo, Senhor do tempo e da história. O que significam os ramos verdes? Os ramos verdes, que enfeitam o círculo, são símbolo nórdico das árvores que não perdem as folhas no inverno. É, pois, sinal de persistência, de esperança, de imortalidade, de vitória sobre a morte. O que significam as velas? As quatro velas indicam as quatro semanas do Tempo do Advento, as quatro fases da História da Salvação, os quatro pontos cardeais, a Cruz de Cristo, o Sol da salvação, que ilumina o mundo envolto em trevas. O ato de acender gradativamente as velas significa a progressiva aproximação do Nascimento de Jesus, a progressiva vitória da luz sobre as trevas. As velas tem um simbolismo: • a primeira é a vela do perdão concedido a Adão e Eva que, de mortais, se tornarão seres viventes em Deus; • a segunda é a vela da fé dos patriarcas que crêem na promessa da Terra Prometida; • a terceira é a vela da alegria de Davi, pela sua descendência e a natividade de Maria; • a quarta é a vela do ensinamento dos profetas, que anunciam a justiça e a paz. Equipe Pastoral da Catequese Corpo de Bombeiros do Paraná: 99 anos de história em defesa da vida! Tiveram início os serviços contra incêndios na cidade de Curitiba com uma Sociedade de Bombeiros Voluntários. Era a Sociedade Teuto-Brasileira de Bombeiros Voluntários, fundada em 1897, e visava satisfazer a necessidade de contemplar a comunidade com um serviço contra incêndios, de caráter supletivo ao Governo do Estado e Município, os quais, em virtude de escassos recursos financeiros, tinham dificuldade para organizarem o Departamento Contra o Fogo. Passados 30 anos da primeira tentativa, finalmente, no ano de 1912, o então Presidente da Província do Paraná, Dr. Carlos Cavalcanti de Albuquerque, apresentou ao Congresso Legislativo do Paraná um pedido de crédito necessário à criação de um Corpo de Bombeiros na Capital. Criou-se então o “Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná”. Organizou-se, assim, pela sanção da Lei n° 1.133, de 23 de maio de 1912, a tão esperada organização que tinha equiparado os postos dos seus componentes, na plenitude de seus direitos, honras, prerrogativas e vantagens, aos equivalentes do Regimento de Segurança que é a atual Polícia Militar do Paraná. O dia 08 de outubro de 1912 marcou o início das atividades do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, pela leitura da ordem do dia n° 1, baixada pelo Major Fabriciano do Rego Barros, primeiro Comandante da Corporação. A constituição inicial tinha caráter rigorosamente militar e a imprescindível autonomia completa, possuía um Estado-Maior, duas companhias e dois Estado-Menor. No ano de 1917 foi incorporado à Força Militar como Companhia de Bombeiros. Foi inaugurado, festivamente, o prédio do quartel (sito às ruas Ébano Pereira e Cândido Lopes, tendo, aos fundos, a alameda Dr. Muricy), em 14 de julho de 1914. Via-se, ao centro, a torre metálica, importada da Alemanha na fundação do Corpo de Bombeiros. As luzes da elegante torre metáli- ca, apta a qualquer exercício de bombeiro, eram dois: o branco e o vermelho. A segunda dessas lâmpadas elétricas, quando acesa, expressava sinal aos bombeiros de folga para sua recolhida ao quartel, indício que era dada partida da Primeira Prontidão e consequente formação do Segundo Socorro, sendo sobreaviso para todo o pessoal. O quartel permaneceu ali até o ano de 1951, quando o prédio foi demolido, dando lugar ao moderno edifício da Biblioteca Pública Estadual. O dia, nos primeiros anos de existência da corporação, era também bastante aproveitado, trabalhoso como sempre foi: exercícios de bomba, instrução de infantaria, ginástica sueca e acrobática, esgrima para oficiais, ensaios de corneteiros, trabalhos de gabinete, revistas de saúde, de fardamento, armamento e equipamento, inspeção do material, faxina, revista de camas, escola regimental, etc. Em 1928, voltou a ser independente, com a constituição de Corpo, por intermédio da Lei n° 2.517 de 30 de março de 1928, passando a ter Estado-Maior, Estado-Menor e duas companhias. Em 1931, passou novamente a fazer parte da Força Militar como Batalhão Sapadores-Bombeiros, para fins militares, tendo, porém, sua parte administrativa e técnica desvinculada e independente do Comando Geral. No ano de 1932, o Decreto n° 134 de 15 de janeiro do mesmo ano, dispôs que a Corporação de Bombeiros passava a ser chamada Corpo de Bombeiros e tinha caráter independente da Força Militar, embora podendo ser empregado em serviços de guerra. Em 1934, por intermédio do Decreto n° 86 de 18 de janeiro, o Governo sujeitou os integrantes do Corpo de Bombeiros à Justiça Militar da Força e reduziu-o a uma companhia, vedando as transferências entre uma Corporação e outra. Em 1936, passa à administração do Município e, em 1938, retornou à administração do Estado sendo reincorporado à Polícia Militar com a denominação de Companhia de Bombeiros, porém gozando de autonomia administrativa para aplicação dos meios que lhe fossem atribuídos no orçamento do Estado. Determinou o Governador do Estado, Bento Munhoz da Rocha Neto, que fosse demolida a tradicional caserna dos bombeiros, visando executar o projeto de alargamento da Rua Cândido Lopes, medida imprescindível para o desafogo do intenso trânsito de veículos, naquele trecho central da cidade. Mudou-se, assim, no dia 04 de julho de 1951, quarta-feira, a sede da administração do Corpo de Bombeiros e sua Estação-Central para a Avenida Visconde de Guarapuava, esquina com Nunes Machado. Iniciou-se desde logo a adaptação do prédio (que fora quartel do Exército, inclusive do 14° Regimento de Cavalaria e do 5° Batalhão de Engenharia; Casa de Detenção e, há uns 20 anos, sede da Guarda Civil da Capital) às suas novas finalidades. Abertura de pátios e construção de um parque de Primeiro Socorro com alojamento da Primeira Prontidão, barracões das oficinas, etc., levantaram-se como por encanto, graças à capacidade de improvisação do comando e dos seus operosos subordinados. Foi das mais comovidas a despedida do quartel da Rua Ébano Pereira. O Comandante Souza Teixeira compreendeu o alcance do fato para a história da Corporação. Tudo previu e, com digna solenidade, foi levada a efeito. Em 1953, a Corporação passou a denominar-se Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná. Colaboração: Major Mauricio Aliski Chefe da Comunicação Social do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 13 Parapsicologia e Qualidade de Vida – Nº 53 Ao longo de toda a história da humanidade, as casas “mal assombradas”, “possessões”, pressentimentos, comunicação mental etc., sempre foram alvo do temor e da curiosidade humana. Ao longo de séculos e milênios, esses fenômenos foram considerados e interpretados como manifestações do mundo sobrenatural, espiritual ou do além. Não podemos esquecer que a epilepsia já foi tratada como um fenômeno diabólico. Dentro da comunidade científica, os primeiros a darem uma maior importância a esses fenômenos foram os médicos psiquiatras. Com os estudos de Freud, Jung e outros cientistas, as janelas da mente começaram a se abrir. No seu início, a Parapsicologia surgiu para estudar os fenômenos paranormais. Em 1879, foram divulgados os primeiros resultados das pesquisas feitas pela Sociedade Dialética de Londres, tendo como principal nome o físico e químico inglês William Crookes, ganhador de Prêmio Nobel. Em 1882, entusiasmados pelas pesquisas, um grupo de físicos e filósofos fundou a Sociedade de Pesquisas Psíquicas em Londres, para investigar se, de fato, existia o conhecimento extra-sensorial. Já nos dois primeiros anos, 50 mil pessoas tinham sido pesquisadas e 5.705 casos selecionados. Dois anos depois, a mesma sociedade foi fundada nos Estados Unidos, em Boston. Entre os fundadores estava William James, considerado o pai da Psicologia Moderna Americana. As experiências de Joseph Banks Rhine e seus colaboradores, na Universidade de Duke, Carolina do Norte – EUA, foram muito importantes. Dr. Rhine elaborou novos métodos de pesquisa para comprovar o conhecimento extra-sensorial (telepatia, precognição, clarividência). Uma das principais modificações introduzidas foi a de aplicar a estatística matemática à avaliação dos resultados obtidos. De 1934 a 1940 fizeram-se só na Universidade de Duke, quase 3 milhões de tentativas de percepção extra-sensorial, com resultados altamente satisfatórios, segundo o cálculo de probabilidades. Nas experiências usava-se um baralho especialmente criado para fazer testes de percepção extra-sensorial. Uma pessoa tirava uma das cartas e, em outro local, outra pessoa tentava captar qual era a carta tirada. Segundo as estatísticas matemáticas, uma pessoa que não seja paranormal, em 25 tentativas consegue no máximo cinco acertos, por mero acaso ou coincidência. Quem é paranormal consegue mais do que 20% de acertos, como o caso de uma jovem que numa distância de 500 metros acertou uma vez todas as 25 cartas do baralho e várias vezes conseguiu passar de 20 acertos. A média obtida por ela em 1.850 tentativas foi de 18 acertos em cada baralho de 25 cartas. Em agosto de 1953 realizou-se, na Universidade de Utrecht (Holanda), o Primeiro Congresso Internacional de Parapsicologia, com a participação de especialistas de 14 países. A conclusão geral foi de que, a partir das experiências do Dr. Rhine e seus colaboradores, não havia como negar a existência dos fenômenos paranormais de conhecimento. O que acontece na vida de muitas pessoas, bem como as experiências de laboratório comprovam, é que existe no ser humano uma faculdade de conhecimento diferente de quanto a ciência pode atribuir aos cinco sentidos. O nome científico usado para designar esta faculdade é “Percepção extra-sensorial” ou, “Psi-Gamma”(PG). No dia 30 de Dezembro de 1969 a Associação dos Parapsicólogos, fundada em 1957, com sede em Nova York, passou a fazer parte da Associação Americana para o Progresso da Ciência, uma das mais importantes organizações científicas do mundo. Isso significa que os métodos de pesquisa desta Associação de Parapsicólogos foram considerados sérios e apropriados e que o estudo do fenômeno parapsicológico é uma área válida de investigação científica. Parapsicólogo Flávio Wozniack (41) 3336-5896 ou (41) 9926-5464 E-mail: [email protected] 14 - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 Relações humanas afetivas - na visão virtual Como ficam as relações humanas afetivas quando o comportamento é predominantemente virtual? A comunicação nos dias de hoje é instantânea: via satélite, fala-se com qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, em tempo real. O teclar tomou o espaço do falar. A comunicação mudou e a conversa do olho no olho, do papo em família está, aos poucos, cedendo espaço para as redes sociais. Os amigos tuitam e os casais se conhecem pela internet. Muita gente atualiza o Facebook; empresários fazem transações comerciais via internet, com pessoas que desconhecem pessoalmente; pais e filhos conversam pelo MSN... Através do e-mail, o filho justifica aos pais seu desempenho nos estudos e seu comprometimento com o futuro profissional. Os jovens dizem que não estão isolados e garantem que, pela internet, sempre tem assunto. A necessidade de se comunicar é uma das principais características do ser humano - da sociedade. Continuamos interagindo e, talvez, hoje as pessoas se comunicam muito mais do que antigamente. Especialistas no assunto como: antropólogos e sociólogos, dizem que esse comportamento virtual é um reflexo das mudanças nas relações de trabalho no final do séc. XX. Com a informatização veio a instabilidade no emprego, a dificuldade das pessoas fazerem planejamento a longo prazo e a dificuldade das pessoas em criar laços afetivos mais profundos. O momento presente passa a ser muito exaltado e os jovens, que cresceram dentro dessa nova organização e com essa orientação, aprenderam que é importante o aqui e o agora. Os jovens usam as redes sociais e acabam estendendo o comportamento virtual para a vida real. Eles se conectam e desconectam muito rápido. Não há compromisso. Se algo ou alguém lhes desagrada, eles bloqueiam. Para o ser humano, esse comportamento tem um preço: o aumento do nível de ansiedade e o aumento de estados depressivos. Para aquele que usa freqüentemente as redes sociais para se comunicar, ter um mínimo de paciência é chato. A consequência desse comportamento é tolerância zero. Porque na internet é tudo muito ágil. No mundo adulto, onde existe a hierarquia e os conflitos do trabalho, estamos perdendo a capacidade de conviver com o outro. Por conta disso, os jovens de hoje são mais imaturos emocionalmente. O ser humano necessita de um tempo para seu desenvolvimento, para a maturidade cognitiva (modo de pensar) e emocional, que faz parte de um processo da vida. Esse é construído porque não nascemos prontos e acabados. A infância é um tempo e uma fase para a criança brincar. É brincando que ela cria e adquire maturidade para a fase adulta. Na carência desse tempo, pagamos o preço das consequências. Dentro dessa perspectiva de comportamento, o futuro é uma incógnita. A comunicação virtual vem para facilitar o dia-a-dia das pessoas mas não para substituir os encontros entre elas. Rosecler Schmitz CRP-08/10 728 Fatos da Vida Paroquial ACONTECEU Boas vindas aos novos dizimistas Neste mês de outubro foram cadastrados os novos dizimistas Sueli Aparecida Leonel Rodrigues, Carla Linzmeyer Conceição, Nelci Elvira Dall’Agnol Nogueira, Emerson da Silva Taborda, Natália Kleina, Eliane do Rocio Cavalheiro, Naianne Carolina Campos, Luiz Fernando Fernandes Cardoso, Aura Mirin, Murilo Bedusco dos Santos, Juliana Skraba Assad Silva, Auxiliadora Pequeno da Cruz, Gizele de J. de Oliveira, Maria Etelvina F. Dove Hidaka. Finados Em comemoração ao dia de finados, 2 de novembro, nossos paroquianos tiveram a oportunidade de rezar e pedir por seus entes queridos por meio de pedidos colocados em envelopes que foram distribuídos à comunidade. Todas as intenções foram depositadas na urna localizada no altar. As missas foram celebradas no sábado, 29 de outubro, às 6h30, 17h e 19h, no domingo, 30 de outubro, às 6h30, 7h30, 9h, 10h30, 12h, 17h e 19h, na segunda-feira, 31 de outubro, às 6h30, na terça-feira, 1º de novembro, às 6h30 e 19h, e na quarta-feira, 2 de novembro, às 6h30, 11h e 19h. Novena de Natal A paróquia N. Sra. das Mercês informa a toda a comunidade que estão disponíveis os livrinhos da novena de Natal. Adquira o seu na secretaria paroquial no valor de R$ 1,00. Frei Lovato lança seus livros No dia 30 de outubro, Frei João Daniel Lovato realizou o lançamento de seus dois livros: “A dignidade de quem sofre” e “Frei Miguel Bottacin – vida e obras”. Esse lançamento foi realizado com celebração eucarística e noite de autógrafos, no Salão Paroquial. Diversos familiares, freis capuchinhos e membros da comunidade São Leopoldo (onde residiu, na vila Nossa Senhora da Luz, na CIC) marcaram presença. Os livros estão à venda na Secretaria Paroquial. Frei Benedito participa de congresso de Psicologia Nos dias 13 a 16 de outubro, frei Benedito esteve em Brasília (DF) participando do V Congresso de Psicologia, promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). A CRB, preocupada com as vocações à Vida Religiosa Consagrada, chamou à Reflexão, Psicólogos religiosos e leigos que trabalham diretamente na formação de novos candidatos à Vida Religiosa. A temática girou em torno das “Diferentes Gerações na Vida Religiosa Consagrada hoje: desafios e perspectivas”. Os conteúdos foram trabalhados a partir de quatro enfoques: 1.Teológico, assessorado pelo pe. Dr. J. Batista Libânio, SJ; 2.Sociológico, assessorado pela profa. Dra. Brenda Carranza; 3.Psicológico, assessorado pelo prof. Dr. Geraldo Paiva e 4.Antropológico, assessorado pelo Dr. Paulo Dullius. Capítulo provincial dos freis capuchinhos De 17 a 21 de outubro de 2011 os Freis Capuchinhos da Província do Estado do Paraná e Santa Catarina estiveram reunidos em Capítulo Provincial (assembléia), em Butiatuba, município de Almirante Tamandaré, PR. Há cada três anos os freis fazem esta reunião para avaliar suas vidas e missão, programar suas atividades e eleger os novos superiores. Os novos superiores eleitos no Capítulo foram: Ministro Provincial: fr. Cláudio Sérgio de Abreu, Vigário Provincial: fr. Rivaldo Vieira, II Definidor Provincial: fr. Itamar José Angonese, III Definidor Provincial: fr. Márcio José Tessaro, IV Definidor Provincial: fr. Evandro Aparecido de Souza. Além dos 105 freis que participaram do Capítulo, fizeram-se presentes: 1. Fr. Mauro Jöhri, Ministro Geral da Ordem dos Capuchinhos, reside em Roma (presidiu o Capítulo); 2. Fr. José Gislon, Definidor Geral da Ordem dos Capuchinhos e fr. Sidney D. Machado, Secretário Geral da Ordem dos Capuchinhos (ambos residem em Roma); 3. Dom frei Mário Marquez, bispo de Joaçaba-SC e Dom fr. Cláudio Sturm, bispo de Patos de Minas-MG (ambos da Ordem dos Capuchinhos - participaram de uma parte da assembléia e deram suas mensagens); 4. Dom Moacyr José Vitti, Arcebispo de Curitiba (participou de um momento da assembléia e deu sua mensagem); 5. Fr. Roberto Genuin, Ministro Provincial da Província dos capuchinhos de Veneza (Itália) e fr. Francisco Daniel (Definidor Provincial de Veneza (o Ministro Provincial deu sua mensagem); 6. Frei Mariosvaldo Florentino, Custódio no Paraguai (deu sua mensagem); 7. Elevir Dionysio Neto, representante da OFS do Estado do Paraná (participou de um momento da assembléia e deu sua mensagem). Agradecemos a todos que lembraram e rezaram para o bom andamento do XV Capítulo Provincial dos freis capuchinhos do Paraná e Santa Catarina. A direção Secretaria da paróquia Boletim Informativo da Paróquia Nossa Senhora das Mercês - 15 Novena de Natal Aproximamo-nos da celebração do Natal de Jesus. Somos convidados a contemplar a Palavra de Deus que se fez carne e veio habitar entre nós. Nós, discípulos missionários, queremos viver uma experiência profunda com o Senhor Jesus nesse tempo especial. Contemplando São João, o “discípulo que Jesus amava” (Jo 13,23), que chegou a esta certeza íntima: Jesus é a sabedoria de Deus encarnada, é a sua Palavra eterna feito homem mortal, viu e acreditou (Jo 20,8), desejamos ter a mesma liberdade de apoiar as nossas cabeças sobre o peito de Cristo (cf. Jo 13,25), donde brotou sangue e água (Jo 19,34), símbolos dos Sacramentos da Igreja. Irmãos e irmãs, é Natal. Jesus nasceu uma única vez. A celebração anual de seu nascimento é uma oportunidade que Deus nos concede para uma verdadeira conversão. Desejamos a todos que essa data seja repleta da graça de Deus e que o Menino Jesus estabeleça morada na casa de cada uma de nossas famílias, tornando-as mais missionárias. Participem dessa novena com entusiasmo e esperança. Feliz e Santo Natal a todos, sob a proteção da Sagrada Família de Nazaré. Dom João Bosco de Souza, OFM Bispo de União da Vitória Presidente da CNBB – Regional Sul II 16 - Ano XII - n.° 121 - Novembro de 2011 Vinde Senhor Jesus!