Desenvolvimento Integral da Igreja
Este trabalho foi elaborado pelo Rev. Sila D.Rabello para a
Faculdade Teológica Nazarena – ETEDs de Rio Claro e Piracicaba.
Uso permitido desde que não se retirem os créditos.
I – Literatura de Crescimento de Igreja – p.2
II - O Crescimento da Igreja Primitiva – p. 4
III - Desenvolvimento Estrutural da Igreja. p.9
IV – A Igreja como Organismo e Organização – p. 12
VCompreendendo o Crescimento da Igreja. P- 15
VIA Vontade de Deus e o Crescimento da Igreja – p16
VII – Mandato Cultural e Evangelístico – p. 17
VIII – 10 Características das igrejas que crescem – p. 20
IXSão Cabíveis as Ferramentas Estatísticas na igreja? P 23
XReino de Deus e Desenvolvimento natural – p. 25
XIBases Bíblicas e Teológicas da Igreja – p. 29
XII - Jesus está edificando a sua igreja – p. 32
XIII - O Que é um movimento de Plantação de Igreja? P. 33
XIV - Procura-se um plantador de igreja – p. 36
XV - Os Cinco Propósitos da Igreja – p. 38
XVI- Imagens de Crescimento do N.T. p. 39
XVII- A Igreja em Figuras - p. 42
XVIII- Fatores contextuais no Desenvolv.da igreja – p. 49
XIX- Planejando o Crescimento da Igreja – p. 55
XX- O Crescimento da Igreja e as Finanças. p. 57
XXI- Como Jesus Atraia as Multidões. p.57
XXII- O Movimento de Crescimento da Igreja e o Livro de Atos.
p.61
XXIII- A Unidade da Igreja. p.64
XXIV- Teoria Clássica do Denominacionalismo. p.66
XXV- As Megaigrejas. p. 69
XXVI- Crítica às Megaigrejas – p. 71
XXVII- As mais Conhecidas Megaigrejas – p.75
XXVIIIContestações ao Movim.Crescim.Igreja. p. 81
XXIX- Pequenos Grupos- O conceito de Discipulado de
J.Wesley. p.82
Última atualização : Outubro de 2008
2
LITERATURA- MOVIMENTO DE CRESCIMENTO DE IGREJA
Rev. Sila D. Rabello
Este trabalho é uma síntese dos principais escritos do Movimento de
crescimento de Igreja nos últimos anos,contendo resumos de
leituras, reinterpretação e citações das seguintes obras:
1- ANO DE 1949- “ A Missão da Igreja” de Gary Luther Royer- CPAD
– 1985
Enfoca a missão da Igreja. Duas palavras-chaves: Igreja e Missões.
Principais abordagens: Adoração como missão, os ministérios ( a
missão da Igreja para consigo mesma ), evangelismo ( a missão da
Igreja para o mundo).
2- ANO DE 1970- “ A Palavra de Deus e o crescimento da Igreja” de
Allan R. Tippett- Editora Vida. Dá a base bíblica para o conceito de
crescimento fundamentando-se apenas nas Escrituras.
3- ANO DE 1970- ( Revisado em 1982 ) “ A Igreja do final do século
XX” de Francis A. Schaffer- Editora Ultimato. Uma análise
sociológica da Igreja numa cultura pós cristã.
4- ANO DE 1973- “ Sua Igreja precisa crescer” de Vergil Verber- Ed.
Vida Nova. Um fundamento bíblico com três parábolas ( talentos,
solos e seara ) e um experimento na Venezuela
5- ANO DE 1975- “ Um guia para a fundação de Igrejas” de Melvin
L. Hodges- Ed Vida. Um abrangente estudo sobre a fundação de
Igrejas desde o imperativo da fundação passando pela mensagem,
pelo Poder e pelo processo.
6- ANO DE 1976- “Cristo sim, Igreja sim” de Glendon Grober – Ed
Juerp. Um bom estudo das figuras da Igreja e um resumo do
desenvolvimento histórico .
7- ANO DE 1977- “Pregação poderosa para o crescimento da Igreja”
de David Eby – Ed Candeia. O autor analisou mais de 300 livros
escritos sobre crescimento de Igreja e descobriu um antagonismo à
pregação. “ A tendência de minimizar a pregação é o tendão de
Aquiles do ‘movimento de Crescimento da Igreja´.
8- ANO DE 1984- “ Crescimento contagioso da Igreja” de Le Roy
Gruner- Ed CPAD. Como sociólogo o autor aponta os males que
assolam a humanidade e dá conselhos práticos aos ministros para
conduzirem as igrejas nestes tempos de incertezas.
3
9- ANO DE 1984- “Muito mais do que números” de Paul Yonggi ChoEd Vida. Enfoca o crescimento em sintonia com o laicato, o sistema
de pequenos grupos e os veículos de comunicação, por fim, focaliza
o avivamento.
10- ANO DE 1987- “ Igreja: agência de transformação histórica” de
Robinson Cavalcanti- Ed Vinde-Sepal. Forte apelo social à Igreja
para resgatar a justiça na Terra, tocando pontos como:
Inconformismo, Agentes de uma reforma, o profetismo evangélico,
mártires e as diversas formas de transformação.
11- ANO DE 1987- “Estratégias para o crescimento da Igreja” de
Peter Wagner- Ed Sepal. Reúne princípios de evangelismo e missões
na implementação da “Grande Comissão”. Abordagens: _ Por que
ter uma estratégia planejada? _ Por que fazer do crescimento da
Igreja o nosso alvo? O princípio da colheita. Testando o solo. O
significado de missões e de evangelismo. Evangelização
incorporativa. O pacto de Lausanne.
12- ANO DE 1997“ O desenvolvimento natural da Igreja” de
Christian A. Schwarz- Ed Esperança. Muitos dos dogmas do
movimento de crescimento de Igreja nada mais são do que mitos. O
autor dirige o instituto para o desenvolvimento da Igreja na
Alemanha e descreve o crescimento da Igreja segundo as Leis da
Natureza. Abordagens: Oito marcas de qualidade, Seis princípios da
natureza, Um novo paradigma, Dez passos para a ação.
13- ANO DE 1997- “ Uma igreja com propósitos” de Rick Warren- Ed
Vida. Ed René Kivitz define este livro como uma epístola pastoral
contemporânea. Conta a bem sucedida história de uma das Igrejas
Batistas que mais cresce, localizada em Saddleback na Califórnia,
com cerca de 13000 membros em 1995. Ensina os princípios para o
crescimento usados por Rick. Expõe com clareza a necessidade de
fixar propósitos para a Igreja, de escolher o público alvo que se
deseja alcançar e de monitorar a metas. Abordagens: Mitos sobre o
crescimento de Igrejas, O que é ser uma Igreja dirigida por
propósitos, Alcançando sua comunidade, A seleção da música na
Igreja, etc.
14-
ANO DE 2001- “ Compreendendo o crescimento da Igreja” de
Donald McGavran – Ed Sepal. O autor é o “pai” da disciplina
Crescimento da Igreja no seminário Fuller em Passadena, Califórnia.
É considerado o mais importante missiólogo do séc XX. Nasceu na
Índia, filho de missionários, escreveu 23 livros sobre missões e
crescimento da Igreja, passou 17 anos plantando igrejas na Índia.
Em 1955, publicou “ As pontes de Deus”, livro que inaugurou o
movimento de crescimento da Igreja. Morreu em 1990 aos 92 anos.
Principais idéias: crescimento da Igreja é muito mais do que a
ampliação do seu rol de membros.Envolve a forma de como pessoas
e culturas se tornam genuinamente cristãs e revolucionam as
culturas e populações no meio das quais Deus as colocou.
Crescimento parte da Teologia e da fidelidade à Bíblia. Utiliza
4
bastante das ciências sociais porque é um fato que ocorre na
sociedade. Principais abordagens: Considerações teológicas, Causas
que provocam o crescimento. O fundamento sociológico, Tipos
especiais de crescimento e Administração.
O CRESCIMENTO DA IGREJA PRIMITIVA
Quando Jesus ressuscitou dentre os mortos,toda a Igreja de Cristo
pôde reunir-se num cenáculo, numa sala apenas.
Ao tempo de sua ascensão já eram 120 discípulos!
De todas as eras da história, foi a época da corrupção mundial. Fora
da Judéia, a idolatria reinava suprema. deuses e deusas,
representando todos os estágios do vício, eram abertamente
adorados em templos majestosos e em nichos caríssimos. Todo o
poder estava nas mãos de um império magnífico e impiedoso ! As
massas afundavam-se em desesperada degradação, sem recursos,
sem instrução, sem proteção, e,somente no Império Romano, 60
milhões eram escravos.
Os pais idosos eram abandonados à morte pela inanição.
Os homens lutavam uns contra os outros, como gladiadores nos
anfiteatros, e morriam aos milhares,para divertir a platéia cruel.
Todos os conceitos da Lei Moral,da ética, eram violados quase sem
consciência.
Os primeiros discípulos não tinham riqueza,nem posição social,nem
prestígio
Nem liberdade de culto, nem auxílio governamental,nem ajuda das
instituições estabelecidas. Era um povo desprezado e perseguido,
sem influência, sem instrução,sem o Novo Testamento, e nem
mesmo o Velho testamento nas mãos do povo, sem literatura cristã,
e sem uma única casa de cultos.
A pompa, o poder, os costumes e a opinião pública, eram contra
eles. Eram injuriados, perseguidos e submetidos ao exílio e morte.
Esses cristãos primitivos, porém,tinham a ajuda constante de um
Salvador que santifica, consola, anima,cura,guia,ensina e habita
conosco na pessoa do Espírito Santo. E com essa presença; cheios
do Espírito, enfrentaram um mundo hostil e todas as forças
malignas das trevas, e venceram !
Depois de 70 anos, segundo os cálculos mais modestos, constituíam
meio milhão de seguidores de Jesus ! ( Um aumento de 4000x o
nº de 120)
Seria exagero dizer, ou crer que se as igrejas e o ministério
Evangélico tivessem semelhante dinâmica, amor e Unção do poder
do Espírito Santo, hoje poderíamos levar o mundo para Cristo em
10 anos ?
Hoje os cristãos têm em suas mãos tronos e governos, proteção,
opinião pública favorável, liberdade religiosa e, em dinheiro,
centenas de milhões de dólares. Temos instituições e organizações
de toda a espécie, gráficas,produtoras de filmes, discos, e
programas de TV. A Bíblia impressa em mais de 400 línguas,
literatura cristã em abundância como as folhas de uma floresta.
Temos tudo o que desejamos para cumprir o IDE de JESUS.O que
5
nos falta ? Nada ! A não ser atender a Jesus.
(Adaptado do livro “
Santidade e Poder” de A .M.Hills-CNP.1968 )
A se tivéssemos o mesmo ardor dos cristãos do
primeiro século. A declaração das autoridades da
cidade de Tessalônica, retrata mui bem a garra dos
cristãos do primeiro século:
“Estes que têm transtornado o mundo, chegaram
também aqui...” ( Atos 17:6 ) E desde então, a igreja
nunca estagnou. Vem avançando através dos séculos.
Quando olhamos para o quadro da evangelização
mundial, ficamos surpresos, ao ver a “Luz” se
disseminando pelos continentes.
( Veja quadro: Evangélicos em 1780 e em 1980 )
1. EVANGÉLICOS EM 1780
Despertando o Interesse: Quais
partes do mundo vocês acham que tinham
a maior concentração de evangélicos há 200 anos atrás?
Destaques: As
áreas em amarelo representam as regiões com pelo
menos 1% de evangélicos e as áreas em vermelho menos de 1% .
Você não acha pouco? Observe que na região do mundo onde o
cristianismo surgiu (Oriente Médio), há 200 anos atrás já não existia
mais presença evangélica. E na América Latina? Tinha-se o
conhecimento de apenas um pequeno grupo de evangélicos, fruto do
trabalho dos morávios.
Aplicação: Como
você percebeu, as áreas onde o evangelho era muito
forte (Norte da África, Oriente Médio, etc.) perderam sua vitalidade.
Portanto, em nossas vidas também deve haver uma renovação de
espírito senão, assim como eles, poderemos perder nossa vitalidade.
2. EVANGÉLICOS EM 1980
6
Despertando o Interesse: Vimos
que podem haver mudanças para pior. No
entanto, nos últimos 200 anos Deus tem feito coisas surpreendentes.
Vamos ver ...
Destaques: Pulemos
para o ano de 1980. Vejam só que diferença!
Um pouco mais da metade do mundo já possui pelo menos alguma
presença evangélica. As regiões que mais se modificaram foram:
Austrália, África (sul do Saara), a faixa que vai da Ásia até a Europa e
as Américas.
Aplicação: Deus
está vivo! O Deus que pode modificar o mundo desta
forma, também pode mudar a vida do índio na selva, do seu vizinho e
até mesmo sua vida.
Destaques: A
grande surpresa dos últimos 40 anos é o crescimento do
evangelho no chamado Terceiro Mundo. Hoje em dia a maioria dos
evangélicos vive na Ásia, África ou América Latina.
Aplicação: O vento de Deus está soprando na América Latina, isso traz
grande benção. Mas também traz grande responsabilidade. O “IDE”
está conosco
EVANGÉLICOS: 1780
ISSE QUE ERA IMPOSSÍVEL.
ELE FOI E FEZ!
7
Fonte: David Barre004
EVANGÉLIS
EVANGÉLICOS: 1980
No quadro a seguir, temos a chamada janela 10/40,
onde estão os países mais resistentes ao evangelho.É
o grande desafio final.
A JANELA 10-40
Turcomenistão
Portugal
Gibraltar
Tunísia
Grécia
Malta
Marrocos
Argélia
Líbia
Western
Sahara
Turquia
Chipre
Libano
Cisjordânia
Gaza
Israel
Egito
Síria
Iraque
Irã
Jordânia
Paquistão
Kuwait
Bahrain
Butão
Níger
Taiwan
Índia
Birmânia
Mauritânia
Laos
Omã
Chade
Senegal
Nepal
Iêmen
Sudão
Bangladesh
Tailândia
Vietnã
Filipinas
Camboja
Djibuti
Gâmbia
Japão
Qatar
E.A.U.
Eritréia
Coréia do Sul
China
Afeganistão
Arábia Saudita
Mali
40º N.
Latitude
Tadjiquistão
10º N. Latitude
Benim
Guiné-Bissau
Guiné
Burkina Faso
Mais de 50% do país está dentro da Janela
57 Países
População Total - 3,8 bilhões
60% da população do mundo
8
Paises dentro da Janela 10-40
9
Desenvolvimento Estrutural da Igreja
(¹)
Definição: “ Crescimento da igreja é aquela disciplina que
investiga a natureza, expansão, implantação, multiplicação,
funcionamento e saúde das igrejas cristãs em seu
relacionamento com a implementação efetiva da ordem divina de
fazer discípulos de todas as nações” ( Peter Wagner )
Quando surgiu a igreja do N.T.,de imediato ela era um corpo que
crescia quantitativa , qualitativa e organicamente. O
historiador Lucas, relata: “ Diariamente perseveravam unânimes
no templo, partindo o pão de casa em casa e tomavam as suas
refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e
contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso,
acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.”
At. 2: 46-47
“ Assim, as igrejas eram fortalecidas na fé, e, dia a dia,
aumentavam em número.” At.16:5.
Ela assumiu muitas formas, desde igrejas nos lares:
19 As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Áqüila e Priscila,
com a igreja que está em sua casa. ( I Co. 16:19 )
5 Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as
primícias da Acáia em Cristo. ( RM. 16:5 )
15 Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa.
Cl.4:15
2 E à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa: Fm.
2
Unidades comunais de aldeia como em Lida e Sarona ( At.9:35 )
35 E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor.
Grupos mistos urbanos como em Corinto ( At.18:7-8 )
E, saindo dali, entrou em casa de um homem chamado Tício Justo, que servia a Deus, e cuja
casa estava junto da sinagoga.
8 E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa; e muitos dos coríntios,
ouvindo-o, creram e foram batizados.
Seguimentos inter-raciais nos postos coloniais romanos, como
Filipos ( At. 16 ) Onde Lídia, a vendedora de púrpura da cidade
de Tiatira, recebeu a Palavra através de Paulo, abrindo a sua
casa para início da primeira igreja no mundo ocidental. ( Atos
16:11-15)
Indivíduos migrantes como em Roma ( Rm. 16 ) Febe era
diaconisa em Corinto,muda-se para Roma e Paulo a recomenda.
1 RECOMENDO-VOS, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia,
2 Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa
10
que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.
Por toda a parte, imediatamente, ela assumia um padrão
organizado. Lemos a respeito de: Presbíteros :
23 E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com
jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. ( At. 14:23 )
17 E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja. ( At. 20:17 )
14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele,
ungindo-o com azeite em nome do Senhor; ( Tg. 5: 14 )
•
Supervisores ou Bispos – At. 20:28
28 Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos,
para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.
•
•
Da convocação de um Concílio – At. 15:6-31
A igreja tinha mensageiros
viajar.
escolhidos com a finalidade de
19 E não só isto, mas foi também escolhido pelas igrejas para companheiro da nossa viagem,
nesta graça que por nós é ministrada para glória do mesmo Senhor, e prontidão do vosso
ânimo;
20 Evitando isto, que alguém nos vitupere por esta abundância, que por nós é ministrada;
21 Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens.
22 Com eles enviamos também outro nosso irmão, o qual muitas vezes, e em muitas coisas, já
experimentamos ser diligente, e agora muito mais diligente ainda pela muita confiança que
em vós tem.
23 Quanto a Tito, é meu companheiro, e cooperador para convosco; quanto a nossos irmãos,
são embaixadores das igrejas e glória de Cristo. ( 2 Co. 8:19-23 )
Várias incumbências foram atribuídas a determinadas pessoas
como “ Cuidar das Igrejas ( 2 Co.11:28, I Tm. 3:5 )
28 Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas ( 2 Co.11:28)
5 (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?
);
Confirmar a Igreja em viagens missionárias.
41 E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas. ( At. 15:41 )
edificar a igreja ( I Co 14: 4-12 ).
Tudo isto reflete o crescimento em todos os níveis:
quantitativo, qualitativo e orgânico.
O poder impulsionador que estava atrás desta atividade da
Igreja era o Espírito Santo. Foi Ele que atuou no Pentecostes –
(Atos 2) e após a poderosa mensagem de Pedro, cerca de 3.000
vidas foram batizadas. Atuou em Pedro para a cura de um coxo
no Templo e após outra mensagem poderosa, Pedro e João
foram presos, mas os discípulos já beiravam 5.000 crentes.
11
( Atos 4;4 ) . Foi o Espírito Santo que atuou nas decisões
congregacionais como aquela tomada em Antioquia na separação
de Barnabé e Saulo. ( At. 13:2 )
2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a
Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Vimos a igreja desenvolvendo uma estrutura organizacional, com
a utilização de espaço físico ( as casas), elegendo líderes,
convocando assembléias para solução de controvérsias,
escolhendo cooperadores, promovendo coletas, etc... No
entanto, a igreja não pode prescindir do fato de que possui uma
organização espiritual. Jesus Cristo é o chefe de sua gloriosa
igreja.
Jesus é o cabeça da Igreja ( Ef 1:22, 4:15 , Ef. 5:23 ).
22 E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça
da igreja,
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
15
•
Ele a preside pelo seu Espírito Santo. Algumas instruções fixas à
Igreja se acham registradas em passagens como:
Mateus 28:18-20 => A Grande Comissão
18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo;
20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.
•
•
João 17:18
= “ ..assim como Tu me enviaste ao mundo,
também Eu os enviei ao mundo.” É o princípio apostólico
baseado no apostolado de Cristo ao mundo.
João 14:6
= O único modo de acesso ao Pai. Estas são
declarações explicativas e aclaram a missão da Igreja dando-lhe
direção
Vimos a Igreja desenvolvendo uma estrutura organizacional com a
utilização de espaço físico ( as casas), elegendo líderes, convocando
assembléia para a solução de controvérsias, escolhendo cooperadores
e promovendo coletas. No entanto, a igreja não pode prescindir do
fato de que possui uma organização espiritual. Jesus Cristo é o chefe
de sua gloriosa igreja. Não deve haver incongruência entre
institucionalismo e espiritualismo.
(1) : TIPPETT,Allan R. A Palavra de Deus e o Crescimento da Igreja. Ed.Vida. pp.7 e 8
12
A Igreja como organismo e organização
Rodolfo Garcia Montosa
Publicado em 15.12.2006
A Igreja deve ser considerada um organismo, algo que possui e gera vida, ou
uma organização, caracterizada pela estrutura e pela forma? Esta pergunta
tem sido postulada de várias maneiras e por vários motivos durante toda a
história do Cristianismo. “Os dois pontos de vista (organismo e organização)
não precisam colocar-se em estado de tensão, pois é possível perceber que se
completam mutuamente.”1
A constante e crescente tensão entre dois extremos na compreensão sobre a
natureza da Igreja afeta diretamente a maneira como é governada. De um lado,
alguns que, em nome da essência relacional do evangelho, da sublimidade da
missão, da profundidade existencial do conteúdo bíblico e da adoração
contemplativa, sacam seu arsenal verborrágico contra toda expressão
organizacional da Igreja, fixando-se obcecadamente na comparação inexata e
parcial com empresas de mercado ou qualquer outro tipo de instituição. Do
outro lado, aqueles que, em nome do Reino de Deus, da carência dos
necessitados, do cumprimento de seu chamamento e de sua própria visão,
voltam-se alucinadamente para a obtenção de resultados objetivos em seus
ministérios, ignorando por completo a crítica dos primeiros, ou qualquer outro
tipo de reflexão teológico-bíblica por considerarem iniciativas desse tipo
absoluta perda de tempo.
Algumas das principais metáforas bíblicas utilizadas para definição da Igreja
evidenciam essa dupla natureza. São figuras de linguagem que reúnem ambas
dimensões orgânicas e organizacionais: pedras (organizacional) vivas
(orgânicas); lavoura (orgânica) e edifício (organizacional) de Deus; edificação
(organizacional) do corpo de Cristo (orgânica); vinho (orgânica) em odres
(organizacional); templo (organizacional) do Espírito Santo (orgânica); corpo
(organizacional) vivo (orgânica). O grande desafio aos que governam, então, é
conciliar essas duas realidades concomitantes. Não se levantar contra uma,
como forma de exaltar a outra. Muito menos focalizar-se na outra, ignorando a
existência da uma. Buscar as motivações santas e íntegras do coração na
melhor excelência e destreza das mãos.
O governo no extremo da ênfase no Organismo
A terceira lei de Isaac Newton ao observar o comportamento de corpos em
movimento diz que "para cada ação há sempre uma reação oposta e de igual
intensidade." Este princípio da física pode ajudar na melhor compreensão do
que aconteceu no processo da Reforma Protestante no que tange ao governo
da Igreja.
O conceito Católico Romano sobre sua supremacia de governo vigente é que,
em função de a Igreja ter sido o instrumento da produção da Bíblia tinha, por
conseqüência natural, precedência sobre ela; além disso, dizia a doutrina
romana ser a Igreja a despenseira de todas graças sobrenaturais; seu discurso
13
era que “não é Cristo que nos leva à Igreja, mas a Igreja que nos leva a Cristo”.
Estes pressupostos visavam o fortalecimento da Instituição Igreja Católica
Apostólica Romana. A Igreja visível (mater fidelium – mãe dos fiéis) recebe
toda a ênfase, e não a Igreja invisível (communio fidelium – comunidade de
crentes). Destes conceitos advém os pensamentos da infalibilidade papal e a
inerrância institucional.
A reação da Reforma vem na mesma intensidade em direção contrária para se
estabelecer. Busca intencionalmente romper com esse conceito, centralizando
a atenção na Igreja como organismo espiritual. Deu ênfase ao conceito que
não existe Igreja fora da obra de Cristo e das operações renovadoras do
Espírito Santo, concluindo, portanto, que o estudo destes precede logicamente
à consideração da doutrina da Igreja. Foge do extremo do Institucionalismo
para o extremo do Espiritualismo.
Algumas Confissões evidenciam esta reação ao institucionalismo2 pela
estratégia espiritualista. A Confissão Belga, por exemplo, diz que “cremos e
confessamos uma só Igreja católica ou universal, que é uma santa
congregação de verdadeiros crentes cristãos, todos esperando a sua salvação
em Jesus Cristo, sendo lavados por Seu sangue, santificados e selados pelo
Espírito Santo.” Já a Segunda Confissão Helvética fala que “a Igreja é uma
assembléia dos fiéis, convocada e reunida no mundo, uma comunhão de todos
os santos, isto é, daqueles que verdadeiramente conhecem e retamente
adoram e servem o verdadeiro Deus em Jesus Cristo, o Salvador, pela palavra
do Espírito e que pela fé participam de todos os benefícios gratuitamente
oferecidos mediante Cristo. Na Confissão de Westminster tem-se a definição
de “Igreja católica ou universal, que é invisível, consta do número total dos
eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um
só corpo sob Cristo, sua cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele
que cumpre tudo em todas as coisas”.
Os reformadores aplicam-se em combater o fato que as expressões que se
enumeram sobre a Igreja Gloriosa, sem rugas, sem mácula não se referem à
Igreja considerada como instituição externa, mas à Igreja como corpo espiritual
de Jesus Cristo.
É certo que a Igreja enquanto organismo é dinâmica, cheia de vida, produtora
de vida, multiplicadora de si mesma. Seus elementos principais concentram-se
em três prioridades propostos por Ortlund3 : compromisso com Cristo,
compromisso com o Corpo de Cristo e compromisso com o mundo. O paralelo
desta tríade vem da proposta de Hoekendijk4 com a fórmula de kerigma,
koinonia e diakonia. No sentido teológico, existe consenso em afirmar que, em
sua essência, a Igreja para que possa ser chamada de “Igreja” precisa
apresentar três elementos: fé, comunhão e serviço. “A concepção reformada é
que Cristo, pela operação do Espírito Santo, reúne homens Consigo, dota-os
da verdadeira fé e, assim, constitui a Igreja como Seu corpo, a communio
fidelium ou sanctorum (comunhão dos fiéis ou dos santos)5.”
Aqui se entende a própria essência da Igreja. Sua composição. Sua missão.
Seu propósito de existência. É a Igreja invisível, gerada em Cristo, governada
14
por ele mesmo, guiada pelo Espírito Santo, que reúne o povo de Deus em
todos os tempos. É movida pelas ênfases do coração de Deus, em tempo e
liberdade que lhe apraz. É sustentada pela graça divina e destinada ao
relacionamento eterno com seu noivo. “É a comunidade de todos os cristãos de
todos os tempos, fundada por Jesus, invisível aos homens, visível somente a
Deus.”6 Acrescenta-se a compreensão que “a Igreja é fundamentalmente uma
comunidade carismática, existindo pela graça (charis, no grego) de Deus,
sendo edificada pelos dons da graça (charismata), concedidos pelo Espírito
Santo. Mais carismática que institucional.”7
Entretanto, os que governam e deixam-se ser governados ao extremo da visão
estrita da Igreja como organismo tendem a ter cinco características
controversas, segundo Schwarz8: subjetivismo, autonomia, dualismo,
irracionalidade e misticismo.
São subjetivistas, pois querem fazer da experiência religiosa o padrão pelo qual
tudo o mais é avaliado. Correm o risco de colocar o ser humano no lugar de
Cristo. Ao enfatizar a experiência direta com o Espírito Santo, sempre buscam
estabelecer a autonomia do indivíduo. Esta posição sustenta-se no
pressuposto do dualismo entre espírito e matéria, no qual o espírito recebe
prioridade absoluta. Por superestimarem os sentimentos religiosos, nos casos
extremos, são levados à irracionalidade, podendo considerar o irracional como
sendo mais espiritual do que aquilo que pode ser explicado racionalmente. Por
último, tornam-se místicos no conceito de rejeição absoluta do mundo dos
sentidos, da realidade empírica e do pensamento lógico.
O governo no extremo da Igreja como organismo proíbe o compromisso com
qualquer forma externa, apesar de, incoerentemente, adotar necessariamente
algum tipo de forma. Toma atitudes antiinstitucionais por considerar que todas
as questões estruturais relacionadas à Igreja são espiritualmente irelevantes.
Por coerência interna à suas convicções, o governo torna-se um “sem
governo”. Deveria o governo por coerência à sua inconsistência rejeitar-se a si
mesmo, pois sua expressão visível pode confundir sua natureza invisível.
Aqueles que governam no equívoco espiritualista devem reconhecer sua
incoerência e fazer as pazes com a expressão organizacional, por mais
imperfeita que seja, buscando reformá-la, ao invés de ignorá-la.
Notas:
1. HORTON, Stanley M.. Teologia Sistemática, p. 557.
2. BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p. 518.
3. ORTLUND, Raymond. Let the Church Be the Church, p. 11, 119, etc.
4. HOEKENDIJK, J.Chr. The Call to Evangelism, p. 171ss.
5. BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, p. 509.
6. GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática, p.716.
7. KEELEY, Robin (org.). Fundamentos da Teologia Cristã, p. 263.
8. SCHWARZ, Christian A.. Mudança de Paradigma na Igreja, p. 33-38.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada
sua utilização através do e-mail [email protected]
15
Compreendendo o Crescimento da Igreja
²
1) Segundo McGavan,quem deseja entender o crescimento da
Igreja precisa encara-lo com fidelidade à Deus. Fazer a Igreja
crescer é ser fiel a Deus. Crescimento da Igreja é um dever
humanitário : os mais fortes ajudando os mais fracos e levando
aos famintos o verdadeiro “pão” que eles necessitam. Levar as
boas novas; fidelidade na proclamação, são as chaves que
abrem a porta para o crescimento. É a fidelidade dos cristãos em
alcançar os perdidos; buscá-los e restaurá-los à vida do rebanho.
Além da proclamação da mensagem,de achá-los e traze-los é
necessário a fidelidade no cuidado “ pós conversão”.
Da década de 80 para cá, atenção especial começou a ser dada
para o papel do Espírito Santo no processo de crescimento da
Igreja. Duas áreas que se tornaram importantes foram: a) o
papel dos milagres , b) a importância da oração.
Crescimento da Igreja é basicamente um posicionamento
teológico. Este posicionamento é o de procurar na Bíblia a
orientação sobre o que Deus deseja que façamos. É afirmar que
a fé em Jesus Cristo é necessária para a salvação. Isto é o básico
e o fundamental para qualquer denominação. É o “ide’ em ação,
independentemente das muitas diferenças teológicas.
O crescimento pode variar de região para região ou de País,
esbarrando em 3 importantes conjuntos de fatores:
1-
Fatores
contextuais:São
fatores
políticos,
sociológicos,econômicos e culturais que estão além do controle
da Igreja.Ex: O crescimento da Igreja é lento em um País onde a
religião cristã é proibida por lei e os transgressores são
severamente punidos.
2-
Fatores institucionais:
Estes são os que a Igreja ou
denominação pode controlar. Se usá-los bem, crescem, se mal,
decrescem.Ex: A maioria das denominações evangélicas nos EUA
sofreu graves declínios no número de membros no período de
1965 a 1990. Isto se deveu em parte a que as lideranças
decidiram dar prioridade à ação social em detrimento de
Evangelismo e plantio de Igrejas.
3-
Fatores espirituais: O Espírito Santo é soberano e não está
sujeito a fatores contextuais
ou institucionais. Ele age
freqüentemente de forma surpreendente e não “tradicional”, faz
parte da responsabilidade do líder que deseja ser eficaz em
16
crescimento da Igreja ter ouvidos para ouvir aquilo que o
Espírito está dizendo às Igrejas.
---------------2- McGRAVAN.Donald.Compreendendo o Crescimento da Igreja.Ed.Sepal.SP. p 25 a 46
A VONTADE DE DEUS E O CRESCIMENTO DA IGREJA
Neste mundo de Deus, missões, precisa ser aquilo que Deus
quer. Não é uma atividade humana, apenas, mas “ Missio Dei”; a
missão de Deus, a qual o próprio Deus está com o encargo de
executá-la. Conseqüentemente os problemas que surgem na
obra missionária devem ser vistos à luz de sua vontade revelada.
Sendo o tipo de Deus que ele nos mostrou ser em Cristo, que
tipo de missões ele de fato deseja ? A missão da igreja, definida
como o programa de Deus para os humanos, é obviamente
multiforme e as muitas boas atividades podem ser aplicadas
segundo prioridades piedosas.
Dar a fé ou dar o pão ? Afinal, o que é que Deus quer ?
Duas escolhas: Reconciliar homens e mulheres com Deus em
Cristo ou as boas obras?
1- Reconciliar homens e mulheres com Deus. O grande
empenho de Deus é que pessoas perdidas sejam salvas e
reconciliadas com seu filho Jesus. O Deus que busca quer que
essas pessoas sejam encontradas. Missão é um buscar divino,
vasto e contínuo; redundando em crescimento do rebanho.
Pastores: se perdermos a paixão pelas ovelhas, não servimos
para mais nada. Ezequiel tem um recado para pastores
acomodados, vide Ez 34!!
2-
As boas obras. Assistência social agrada a Deus, mas ela
nunca deve ser substituta da busca do perdido. Cristo não ficava
realizado com “ alimentar o faminto” e “ curar o enfermo”. Ele
prosseguia para dar Sua vida em resgate por muitos e para
enviar os seus discípulos para pregar e ensinar a todas as
nações.
17
MANDATO CULTURAL E EVANGELÍSTICO
Pastor David Eby, da Igreja presbiteriana de North City em San
Diego na Califórnia, falando aos pastores na Igreja Presbiteriana
de Pinheiros em julho de 2005, trouxe o seguinte relatório:
87 a 92% das Igrejas Americanas tem crescimento zero ou
estão em declínio. Fecha-se em média, oito Igrejas por dia.
Dois mil e duzentos pastores deixam o ministério, no ano . Nos
últimos 15 anos, perdeu-se uma média de 3.500 Igrejas por
ano!!. Cidades como Denver e San Diego, apenas 10% da
população freqüentam as Igrejas. Na Escócia, 500 Templos são
vendidos em média, por ano.
_ O que será que está por trás desta caótica situação?
_ Será a prioridade que deram à ação social em detrimento de
Evangelismo?
_ Será algum erro teológico que tem produzido cristãos “frios
ou mornos” ?
_ Será o resultado do “ liberalismo teológico” com o seu
método histórico-crítico que tem produzido pastores céticos,
pois esvaziam todo o conteúdo da autoridade bíblica?
_ Será uma falha operacional na maneira de “Ser Igreja”, não
sendo tudo o que ela deveria ser?.
“ Quando Jesus enviou seus 12 discípulos, disse-lhes para
fazerem a mesma coisa que Ele vinha fazendo: “ pregai que
está próximo o reino de Deus, curai enfermos, ressuscitai
mortos,purificai leprosos e expeli demônios.” ( Mt 10;7-8 ). Isto
é o que é conhecido como Ministério Integral”. (Peter Wagner.)
Ministério ungido, na dependência do Espírito Santo, pois não
podemos fazer a obra de Deus, sem o poder de Deus.
Os atletas do início da era cristã, quando iam
a competições, recebiam antes, um óleo de unção nas pernas.
Até hoje, os jogadores ungem seus músculos, aquecendo-os com
óleo, no sentido de prepara-los para o esforço a que serão
submetidos. Quando a Bíblia diz que somos ungidos do Senhor,
está dizendo que estamos prontos para correr a carreira da fé e
vender.
Os dois Mandatos: ( teorias de Arthur Glasser )
1)
O Mandato Cultural:Base Gn1:28 “ sede fecundos, multiplicaivos e enchei a Terra e sujeitai-a, dominai dobre os peixes do
mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja
sobre a terra.” Como seres humanos somos responsáveis pelo
18
bem estar da criação de Deus. Pelo bem estar dos nossos
semelhantes pois devemos amar o próximo e demonstrar
responsabilidade social.
2)
O Mandato Evangelístico: No Éden Deus inicia a procura do
homem. Quando Adão se escondeu de Deus, Deus questionou: _
Onde estás ? ( Gn 3:9) O mandato evangelístico reflete este
desejo de Deus, por comunhão. Isto envolve procurar e
encontrar homens e mulheres perdidos e alienados de Deus pelo
pecado.A palavra profética em Ezequiel revela o método de
Deus: “ a perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer.”( Ez
34:16) A busca se torna o centro da missão do Messias: “ o filho
do Homem veio buscar e salvar o perdido” ( Lc 19:10).
Prioridade:
Peter Wagner crê que a igreja deve ministrar à pessoa inteira:
corpo,alma e espírito.Ambos os mandatos devem ser
obedecidos, mas o mandato evangelístico tem prioridade ;sendo
o mandato cultural um componente indispensável da missão
cristã, principalmente àqueles que vão sendo achados.
A atividade Social tem apelos fortes:
Tg.2:18 – A fé é demonstrada por obras. É uma ponte para a
evangelização.É base de julgamento: “ Porque tive fome, e me
destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era
forasteiro...( Mt. 25:35-36)
Apesar disso, a suprema necessidade humana é a graça
salvadora de Jesus Cristo, a salvação eterna de uma pessoa,
acima de seu bem estar temporal e físico.
Hoje fala-se muito em responsabilidade social
das empresas. Quem realiza programas sociais para prestar
contas a consumidores, tem imbutido a idéia de aprovação social
que vai gerar mais retorno, vai multiplicar e não dividir. O que
distingue a responsabilidade social da igreja são o amor, a
compaixão, a misericórdia, elementos ausentes na base dos
programas sociais das empresas.
Donald McGavran relata a seguinte história:
“ Os Chamars, um grupo étnico em Mirazpur ,na Índia,
expressaram aos missionários um desejo de deixar seus deuses
hindus e seguir a Jesus Cristo. Foi então que os missionários
cometeram um erro fundamental. Priorizaram o mandato cultural
e decidiram que deveriam primeiro ajudar os chamars a
melhorar sua sorte social e material e é o que foi feito. Quando
os chamars ficaram melhor de situação social, perderam o
interesse de seguir Jesus Cristo e tornaram-se mais apegados
aos deuses hindus do que antes.”
19
As agências missionárias em todo o mundo traçam estratégias
que facilitem o acesso do missionário ao povo e desperte a
atenção do povo à mensagem cristã. Os missionários ajudaram
o povo do Níger a reter o crescimento do deserto do Saara
através de reflorestamento, criando viveiros para mudas de
árvores,introduzindo mandioca para a alimentação, limpando
águas poluídas ,inventando fogões de barro,ensinando técnicas
de criação de aves, vacinando frangos e melhorando a vida do
povo.
A igreja, em muitos lugares, está voltada a programas
comunitários, mas não pode se tornar aquilo que uma “ ONG”
pode fazer. A igreja tem missão mui superior a qualquer ONG e
dispõe de armas exclusivas não dadas a nenhuma outra
organização.
“ Para que,pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se
torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos
lugares celestiais.” ( Ef.3:10)
3 MODELOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CRISTÃ
Segundo Richard Niehbur,teólogo Norte-americano, estes três modelos
devem ser assumidos pelas igrejas:
1 – A IGREJA APÓSTOLA – Que é enviada ao mundo como
representante de Deus e deve anunciar ao mundo a vontade de
Deus e o sonho de Deus.
2 – A IGREJA PASTORA – A igreja que cuida e se solidariza,
que não descarta a dimensão profética do consolo e da denuncia.
3 – A IGREJA PIONEIRA – Que é a primeira a realizar no
mundo a vontade de Deus e que testemunha que o novo mundo
sonhado por Deus é possível. Se o mundo tem racismo, a Igreja
deve ser a primeira a mostrar ao mundo que é possível superalo. Se há má distribuição de riquezas no mundo, a igreja precisa
ser a primeira a criar uma sociedade local mais justa.
------------------------------WAGNER,Peter; Estratégias para o Crescimento da Igreja,Sepal-SP- p.103 a 121
McGAVRAN,Donald; Compreendendo o Crescimento da Igreja,Sepal- p.47 a 75
20
10 CARACTERÍSTICAS DAS IGREJAS QUE CRESCEM
Especialistas em crescimento da igreja admitem que é difícil explicar
com precisão por que algumas congregações crescem e outras não. O
crescimento de uma igreja é ato complexo e não há maneira de
reduzir essa complexidade a uma simples fórmula. Contudo,
especialistas do gabarito de Peter Wagner, Christian Schwarz e Ken
Hemp-hill vêm estudando esse fenômeno em diferentes países e
culturas, e desenvolveram vários modelos de igrejas sadias e em
crescimento. Uma análise desses estudos, aliada a observações
experimentais diretas, indicam que tais congregações tomaram 10
iniciativas específicas.
1. Possuem uma liderança competente e visionária
Esses líderes são dirigentes otimistas que aceleram, concentram e
dirigem todas as atividades da igreja segundo a visão divina para
aquela congregação, e no sentido de produzir crescimento.
2. Desenvolvem ministérios de acordo com os dons, e
evangelismo de acordo com as necessidades
Um estudo revelou que 68% dos membros de igrejas em crescimento
disseram: “As tarefas que desempenho na igreja estão de acordo com
meus dons.” Em congregações estagnadas, somente 9%
harmonizam-se com essa declaração.
3. Irradiam o contágio da espiritualidade
21
A “ousadia” de pregar o evangelho era uma das marcas do
crescimento da igreja primitiva (Atos 4:13, 31; 13:46; 14:3; 19:8; I
Tessalonicenses 2:2).
4. Estão estruturadas em Ministérios
A Igreja do Nazareno Central de Campinas, conta hoje, com mais de
50 ministérios atuantes.
A visão do pastor Aguiar - pastor titular desde 1980 - sempre foi de
ter uma igreja atuante em todas as áreas. Ministérios dos mais
diferentes, como artesanato, internet, sopão, e muitos outros, são
instrumentos de Deus e da igreja, para alcançar e ganhar almas para
a honra e glória de nosso Deus. Veja estrutura departamental da
igreja de Campinas:
Departamentais
- Homens de Honra/ - JNI (Juventude Nazarena) - Juniores
MAC - MIQ - MNI (Missões)
- Mulheres de Valor - Nazateen
Musicais
- Celebrai
Nazarena
- Coral MIQ
Missionais
- Artesanato - Ceia
Pequenos - Internet
- Recepção - Oasis
Profissional - Sopão
- Coral Sênior
- Ekklesia
-
- Orquestra
do Senhor - Compaixão - Grupos
- Meame (FEBEM)
- Operação Resgate - Orientação
- SOS Espiritual - Voz no Silêncio
Institucionais
- ANA - ANEC (FNB)
- ANEC (Jaime Kratz)
5. Adotam estruturas funcionais
Schwarz observa: “Nossa pesquisa teve êxito em demonstrar e
atestar que o fenômeno doentio do tradicionalismo… está numa
relação inversa tanto com o crescimento como com a qualidade das
igrejas”.
22
6. Planejam inspiradores serviços de culto
Em congregações crescentes, 80% de seus membros disseram que o
culto em suas igrejas têm sido uma experiência inspiradora; mas
somente 49% disseram o mesmo em igrejas estagnadas.
7. Desenvolvem um programa de células
Em congregações prósperas, 78% dos membros disseram que suas
igrejas “encorajavam os pequenos grupos, ao passo que em igrejas
estancadas somente 6% disseram o mesmo”
8. São amistosas
A amizade é um fator importante que afeta o crescimento da igreja.
Sua ausência causa apostasia e sua presença encoraja a volta
daqueles que estiveram fora.
9. Fazem discípulos
A transformação de membro em discípulo é um fator importante em
congregações crescentes. Quanto mais eficaz o processo de fazer
discípulos, tanto mais pujante é o crescimento da igreja.
10. Valorizam os diferentes aspectos humanos
As pessoas gostam de se tornar cristãs sem terem de cruzar barreiras
raciais, lingüísticas ou de classe. Qualquer congregação que busque
crescimento não pode ignorar essas dez características. O ponto principal é
23
que não há um fator isolado que resulte no crescimento de membros, mas a
operação harmoniosa de diversas características visando a um só propósito.
( Daniel Julio Rode – com alterações )
São cabíveis as ferramentas estatísticas na igreja ?
A igreja é constituída de pessoas contáveis e não há nada
particularmente espiritual em não contá-las. A abordagem
numérica é usada em todos os empreendimentos dignos de
valor.( indústria,comércio, Escolas,pesquisas, governo...) Alguns
líderes, interpretando II Sm.24:1-10 acham que Deus estava
desgostoso com o rei Davi por fazer o censo do povo.
Convenientemente se esquecem de textos como Nm.1:2-3, Nm.
26:1-4, onde o próprio Deus ordena meticulosa contagem de
todos em Israel. Também é negligenciada a grande ênfase de
Lucas nos números, no livro de Atos.
Podemos dizer que a estatística é como uma radiografia. As
radiografias nunca soldaram nenhum osso quebrado, mas elas
são de notável valor aos ortopedistas, ao indicar-lhes como
juntar as duas partes de um osso quebrado. No caso de Davi, ele estava orgulhosamente cônscio de seu reino
e de sua força. O censo era pecado porque ele constituía autoglorificação , tanto que ele só contou os homens combatentes ( I
Cr. 21:5 ) Deixou de reconhecer que a força de Israel estava no
braço do Senhor ( v.9-13) Deus sempre acaba humilhando
àqueles que têm um falso censo de segurança. Em determinadas parábolas ( Lc. 15) Jesus usou o princípio
estatístico para preservar a unidade do todo. O pastor tinha 100
ovelhas no seu aprisco. Era uma conta exata. Ele descobre a
falta de uma, como também descobre a falta de uma moeda, no
caso da mulher que possuía 10 moedas. A consciência de perda,
levou-os à ação: Busca diligente até encontrar! “ A teologia
da perda é sempre positiva, pois não raro introduz uma
mudança no rumo de nossos passos e no curso de nossos
sonhos”(Pr. Tito Oscar)
Na igreja, o motivo da contagem, é o cuidado pastoral.
24
Não devemos fazer estatísticas para orgulho, mas devido ao
minucioso cuidado pastoral. A boa contagem faz parte do bom
pastoreio. Como pastores menores temos deveres, como nos
lembra o apóstolo Pedro: ( I Pe. 5:2-4 )
“ Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por
constrangimento,mas espontaneamente,como Deus quer; nem
por sórdida ganância, mas de boa vontade,nem como
dominadores dos que vos foram confiados,antes,tornando-vos
modelos do rebanho. Ora,logo que o Supremo Pastor se
manifestar,recebereis a incorruptível coroa de glória.”
João 21:1-14 – Relata a terceira manifestação de Jesus aos
discípulos depois de sua ressurreição. O desconhecido na
praia,junto ao mar de Tiberíades, dá a sua opinião aos
experimentados pescadores, que durante toda a noite,nada
apanharam. Acatado o palpite, o resultado foi fantástico! O
evangelista João pensou que valia a pena registrar esse
pormenor estatístico e acrescentar o comentário de que “ a rede
não se rompeu.”
Pescados: 153 grandes peixes !
A comunhão deles, com o Mestre, estava quase rompida pela
crucificação e sepultamento, mas agora, redivivo, mostrava no
milagre da pesca, que eles seriam pescadores de almas e as
redes não se romperiam.
O verso 12 observa: “Nenhum
discípulo ousava perguntar-lhe: Quem és tu ? Porque sabiam
que era o Senhor.!
O pastor humilde e agradecido sabe que o crescimento de sua
igreja deve-se àquele que ordena aos grandes peixes que
entrem na rede, e, se dá com aqueles que obedecem as ordem
de Jesus, mesmo tendo experiência ministerial.
Na pesquisa de crescimento da igreja, as estatísticas nunca são
apresentadas como um fim em si mesmas, mas como evidência
do estado da obra do Senhor, para um auto-exame de nossa
própria mordomia e zelo pastoral em toda a humildade. Se Deus
nos conceder cinco talentos, queremos imediatamente negociar
com estes e ganhar outros cinco,apresentando-lhe dez! ( Mt.
25: 14-30 )
----------------------------------------------Refs. 1 – McGRAVAN.Donald.Compreendendo o Crescimento da Igreja.Ed.Sepal. p.
111
2 - TIPPETT.Allan R. A Palavra de Deus e o Crescimento da Igreja.Ed.Vida. p.
16
25
REINO DE DEUS E DESENVOLVIMENTO NATURAL DA IGREJA?
Christian A. Schwarz trabalha esse conceito em sua obra “ O
DESENVOLVIMENTO NATURAL DA IGREJA” . O conceito bíblico
que está ´por trás deste termo é Mc 4:26-29 “ o reino de Deus
é assim como se um homem lançasse a semente à terra, depois
dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente
germinasse e crescesse, não sabendo ele como. A terra por si
mesma frutifica primeiro a erva, depois a espiga e por fim, o
grão cheio na espiga. E quando o fruto já está maduro, logo se
lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa”
O termo “ por si mesma” é a chave para a compreensão desta
parábola. No grego, o termo é “automate” = automático. Algo
efetuado por si próprio, pelas leis da natureza e que em última
instância, pelo próprio Deus, que mantém as leis fixas.
Na China, temos um exemplo interessante, de crescimento
natural. Vejamos:
Recentemente temos ouvido várias informações sobre o crescimento
econômico da China. Os números são da economia chinesa são
crescentes. A China tem aumentado as relações comerciais com
outros países inclusive com o Brasil. Que sabemos do cristianismo e
da
Igreja
do
Nazareno
na
China?
As informações antes da implantação do regime comunista eram as
seguintes: em 1946 tínhamos várias igrejas do Nazareno na China.
Cerca de 5.000 chineses eram membros dessas igrejas. Haviam
instituições nazarenas: 1 Colégio Bíblico e 1 Hospital. Com a
implantação do regime comunista, os missionários cristãos de todas
as igrejas saíram do país. O governo assumiu o controle de todas as
instituições de serviço tais como o Hospital. As igrejas existentes e o
Colégio Bíblico foram fechados e os membros das igrejas foram
impedidos de professar publicamente a sua fé sob pena de morte.
Foram
momentos
difíceis.
Por volta de 2001/2002 houve uma certa abertura e alguns dos
missionários que tínhamos antes da implantação do comunismo,
voltaram ao solo chinês para rever aqueles irmãos e saber se eles se
mantinham firmes na fé. Surpresos, encontraram muitos chineses
que não podiam se identificar como membros da Igreja do Nazareno
ou de outra denominação. Se identificavam apenas como Cristãos. E
hoje, somente naquela região onde haviam 5.000 nazarenos, há mais
que 150.000 cristãos. O Evangelho da Graça não pôde ser contido. O
nome de Jesus está na vida e coração de muitos cristãos.
A obra de Deus prosperou mesmo em meio a árduas dificuldades.
Fruto do valioso trabalho do missionário Hudson Taylor, que há
séculos atrás foi o pioneiro da evangelização na China. Os primeiro
convertido chinês levou sete anos para ser alcançado. Muitos
missionários inclusive da Igreja do Nazareno contribuíram para a
evangelização na China. O Evangelho semeado germinou e trouxe
26
muitos ao conhecimento de Cristo. Hoje é tempo de orarmos por
estes cristãos chineses. Façamos a nossa parte e Deus fará a dele (
extraído Boletim Nazareno )
Perguntas para reflexão :
Podemos entender o “Reino de Deus” com sinônimo de Igreja ?
Como definir o “ Reino de Deus” ?
“Quando
o evangelismo da Igreja, a oração e a ação social são
focados no reino, os princípios do reino agem na Igreja. Quando
são focados no homem, no engrandecimento de um reino
particular, Deus não está comprometido com tal estrutura!!”
Fomos ensinados a crer que o “Reino de Deus” é uma promessa
futura que haveria de se cumprir na volta do Senhor, mas o
Reino é uma realidade presente tanto quanto promessa futura.
Jesus ensina que o tempo pode ser dividido conceitualmente em
“esta era” e a “era vindoura” ( Mt 12:32). Paulo declara que
Jesus está acima de todos os principados e potestades não só no
presente século, mas também no vindouro ( Ef 1:21).
Quando Jesus voltar e introduzir a Era Vindoura, o Reino de
Deus terá atingido a sua plenitude. Mas, o Reino já invadiu esta
presente era na primeira vinda de Jesus.
O preparador das
condições ministeriais de Jesus; João Batista, declarava: “
arrependei-vos porque está próximo o Reino dos Céus” ( Mt
4:17).
Paulo no entanto, conforta os Colossenses afirmando que já
haviam sido transportados para o Reino:
“ Deus nos livrou do poder das trevas e nos transportou para o
Reino do Filho do Seu amor”
( Col 1:13) e Cristo faz a
declaração cabal: “ se expulso demônios pelo Espírito de Deus,
certamente é chegado a vós o Reino de Deus” ( Mt 12:28).
Na era presente, o poder das trevas e o Reino coexistem. Cristo
nos envia como embaixadores de seu Reino a um mundo que
jaz no maligno” ( I João 5:19 ). Satanás é o deus deste século (
II Cor 4:4). E os reinos deste mundo lhe foram entregues ( Lc
4:6 , Mt 4:9). O mundo espiritual da maldade ganhou visibilidade
na terra através do corpo do ser
humano. O Reino de Deus também ganha visibilidade através do
novo homem recriado à imagem de Cristo
e agrupado
socialmente numa nova família, chamada “ Família de Deus”, a
Igreja! Logo, a Igreja existe, porque o Reino de Deus é chegado.
A Igreja não é um fim em si mesma, o alvo da Igreja é expressar
o Reino!. O Reino não se instala com visível aparência. Aqui jaz o
erro dos que levianamente querem o crescimento da Igreja e
não do Reino!! Considere a afirmação de Jesus: “Não vem o
Reino de Deus com visível aparência . Nem dirão:Ei-lo
27
aqui! Ou: Lá está! Porque o Reino de Deus está dentro de
vós.”( Lc 17:20). O Reino de Deus é o domínio de Cristo,
começando no território do coração humano e que se estenderá
a todas as coisas criadas.
“ Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas
justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” ( Rm 14:17). O
Reino de Deus não tem como alvo o atendimento das
necessidades básicas do ser humano. Isto a igreja deve e pode
fazer. (At 6, Tg 1:27, 2:14-26).
O Reino de Deus constitui-se na mensagem central de Jesus, que
é o Messias do Reino. O Reino de Deus significa o domínio e a
soberania de Deus. Em Jesus, o Reino irrompe na história e em
sentido escatológico, terá a totalidade de sua consumação,
quando se der a sua parousia; sua volta.O Reino de Deus como
era vindoura significa a destruição final do poder de Satanás. A
igreja constitui o povo do Reino, mas não pode ser identificada
com o Reino.( Banister,Doug A Igreja da Palavra e do Poder. P.
95 )
Idéias de Linus Morris sobre o reino de Deus:
“ O batimento cardíaco de uma igreja de alto impacto é uma
paixão pelo Reino de Deus. Jesus ensinou seus discípulos a
buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça; tudo mais é
secundário. Somente quando o reino de Deus for o tesouro mais
precioso dos cristãos, a igreja poderá impactar profundamente o
mundo.
Jesus ensinou seus discípulos a orar para que
o reino de Deus viesse “ Assim na terra como no céu.” Buscar
primeiro o reino de Deus inclui o presente, bem como o futuro.
Jesus disse que o reino de Deus é tão valioso, que deveríamos
estar dispostos a vender tudo para obtê-lo.
Pessoas
no
mundo
ocidental
são
constantemente assediadas pelas pressões dos valores e atitudes
de sua cultura. Só um desejo intenso pelo reino de Deus capacita
os cristãos a superarem as armadilhas das filosofias mundanas,
paixões carnais e forças espirituais sutis, incluindo religiões
falsas. Tomados por uma paixão pelo reino de Deus, cristãos
podem transcender desejos terrenos que, de outra forma, os
capturariam.
Um coração voltado para o reino exibe uma
paixão por frutos do reino, por amor do reino, por valores do
reino e por autoridade do reino. A vida do reino é cheia de
surpresas alegres que nos deixam perplexos. O mais inferior, se
torna o máximo; o imoral recebe o perdão; o pobre é
abençoado; e servidão é o caminho da proeminência. A vida
no reino é cheia de paradoxos: É difícil, mas é fácil; custa tudo,
mas não custa nada; traz a morte, mas também a vida.
28
Na vida voltada para o reino, valores eternos suplantam a má
nutrição de homens tentando viver só de pão. Misericórdia e
generosidade são os medidores do sucesso. Restauração, perdão
e redenção têm precedência sobre lucro e ganho econômico. No
reino, até mesmo os inimigos são tratados como amigos.
Quando o reino de Deus consome um cristão,
há uma paixão por autoridade do reino, em vez da autoridade
terreal. Uma paixão pela autoridade do reino em nossas vidas
permite que cristãos permaneçam firmes, mesmo em meio a
sofrimentos. Vitória e sofrimento não são incongruentes. Ambos
são testemunhas de que vivemos em meio a dois reinos.”
( MORRIS, Linus. Uma Igreja de Alto Impacto. Ed.Mundo
Cristão.SP.2003.pp.94 a 102 )
O Reino se estabelece em pilares como:
a- Justiça: A justiça do Reino inicia punindo a grande injustiça do
pecado que separa o homem de Deus. O primeiro Adão foi
derrubado, o segundo Adão;Cristo , é vencedor. Todo aquele que
crer no filho de Deus e se arrepender é perdoado, regenerado,.
Justificado e santificado.
b- Paz: Deus confiou à Igreja o ministério da reconciliação ( II
Co. 5:18-20). Através de Cristo, não estamos mais rebelados
contra Deus. A paz foi estabelecida. O amor de Deus agora está
derramado em nossos corações e nós também O amamos.
c- Alegria no Espírito Santo: É outro pilar inabalável do Reino.
Ele, o Espírito é Deus e é uma Pessoa. Ele tem, sentimentos. Ele
habita com o crente e na Igreja.Quando os discípulos
transbordam de alegria, transbordam também do Espírito Santo.
(At 13:52). Quando Jesus estava para partir deste mundo,
comunicou isso aos discípulos e eles se entristeceram. Jesus lhes
disse: “ Assim também agora vós tendes tristezas; mas outra
vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria
ninguém poderá tirar”
(João 16:22).
A Igreja que começa a expressar o Reino, cresce:
Posição de enfrentamento de toda a forma de demonismo –
Mt.12:28
28 Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de
Deus.
Clero e laicato são embaixadores da parte de Cristo – II Co.
5:20
20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus
Ver mais o Reino e não as estruturas ( Igreja local e
denominação) – Lc 17;20-21
20 E, interrogado pelos fariseus sobre quando havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes, e
disse: O reino de Deus não vem com aparência exterior.
29
21 Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós.
Menos lazer e mais trabalho, ou menos festas, encontros
sociais de pouco conteúdo edificativo e mais essência da fé ( Rm
14:17)
17 Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito
Santo.
Grande parte das atividades da Igreja é voltada para os próprios
crentes. Um jantar por exemplo, deveria visar a ação de levar
pessoas a Cristo. Ouvi o relato de uma Igreja que promoveu um
jantar e alguns visitantes estavam presentes. A voracidade dos
irmãos, e a falta de educação foram tão grandes, que os
visitantes ficaram constrangidos aguardando o que sobejou. Um
jogo de futebol poderia ser um lazer para a evangelização...
Estes exemplos indicam que a Igreja está “ensimesmada”, pois
pensa que o Reino é comida e bebida. Nutrir-se é benção,
glutonaria é pecado. Alimentar-se não é pecado, pecado é perder
o senso de missão, e deduzir que se vive só para comer. De
igual forma, a Igreja que apenas quer ser igreja, atua só no
social, mas quando ela entende que o Reino está acima dela, ela
se torna parecida com o Reino, gerando justiça ( completa
salvação ), paz ( reconciliação) e alegria no Espírito Santo (
Santificação e dons ).
----------------------------------SCHWARZ.Christian A. O Desenvolvimento Natural da Igreja.Ed.Esperança. p. 12
WAGNER Peter. Estratégias para o Crescimento da Igreja.Ed.Sepal.SP. p. 104
BASES BÍBLICAS E TEOLÓGICAS DO DESENVOLVIMENTO DA
IGREJA
Antes do advento da Igreja, os autores bíblicos profetizaram e
sonharam com todos os povos da terra adorando à Jeovah: “
Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao
Senhor glória e força.” ( Gloria = Kabodi = Peso, valores
reconhecíveis como ouro, gado ou posses. Força é a Majestade,
é aquilo que prevalece. Salmo 96:7 ).
7 Dai ao Senhor, ó famílias dos povos, dai ao Senhor glória e força
“ Adorai (Shâchâ = prostrar-se, tomar posição de escravo ) ao
Senhor na beleza de Sua Santidade; tremei diante Dele todas as
terras” Salmo 96:9
9 Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra.
Os salmos não nos deixam com a menor dúvida a respeito do
propósito de Deus. A reverência ao Senhor deve ter amplitude
mundial com reis e governadores curvando-se aos pés de
Jeovah.
10 Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra.
30
11 Servi ao Senhor com temor, e alegrai-vos com tremor. ( Sl. 2: 10-11 )
Os salmistas cantam o louvor e a salvação de Deus até às
extremidades da terra.( Salmo 67).
1 DEUS tenha misericórdia de nós e nos abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós
(Selá.)
2 Para que se conheça na terra o teu caminho, e entre todas as nações a tua salvação.
3 Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.
4 Alegrem-se e regozijem-se as nações, pois julgarás os povos com eqüidade, e governarás
as nações sobre a terra. (Selá.)
5 Louvem-te a ti, ó Deus, os povos; louvem-te os povos todos.
6 Então a terra dará o seu fruto; e Deus, o nosso Deus, nos abençoará.
7 Deus nos abençoará, e todas as extremidades da terra o temerão.
As nações chamarão ao Senhor de bem-aventurado.
17 O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos
enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão
bem-aventurado. ( Sl. 72:17 )
“Jeovah o altíssimo é tremendo, é o grande Rei de toda a terra.”
Sl 47:2.Is.54:5
Israel é responsável por anunciar a Glória de Deus às nações, de
que só Ele pode governar e de que os ídolos devem ser abolidos.
Esta expectativa de difusão mundial da fé foi partilhada pelos
profetas que viram a Casa de Oração, como destinada a todos
os povos. ( Is 56:7 ).
7 Também os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus
holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será
chamada casa de oração para todos os povos.
Os gentios conheceriam a grandeza do Nome de Deus: “Mas ,
desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações
o meu Nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas
ofertas puras porque o meu nome é grande entre as nações diz,
o Senhor dos exércitos.” ( Ml. 1:11 , incenso é o símbolo de
oração )
Os sacrifícios puros, entende-se hoje à luz de Hb 13:15 .)
15 Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios
que confessam o seu nome.
A predição deste culto universal por Malaquias se cumpre na Igreja,
espalhada em todas as nações da terra e seu pleno cumprimento é
escatológico e se realizará com a segunda vinda de Cristo como
relata João no apocalipse: “Depois destas coisas( os 144 mil selados) vi,
e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações,
tribos povos e línguas, em pé diante do Trono e diante do Cordeiro,
vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em
31
grande voz dizendo: Ao nosso Deus que se assenta no Trono e ao Cordeiro,
pertence a salvação...” ( Ap 7:9-12)
O A.T. fala não apenas de uma difusão das boas novas acerca
de Deus, mas fala de uma comunidade que crê, louva, ora e dá
testemunho. O conceito de difusão será sempre crescente e
intenso, até abranger toda a terra: “A terra se encherá do
conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar.”
11:9.
Is
O plano do Criador é que o se reino seja estabelecida na terra.
Na dispensação da Lei , a nação de Israel foi escolhida para ser a
agência operante deste plano. Na dispensação da graça, a
Igreja é chamada para assumir tal tarefa. Ela é a herdeira das
promessas feitas aos patriarcas ( Gl 3: 23-29 ).
23 Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela
fé que se havia de manifestar.
24 De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé
fôssemos justificados.
25 Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio.
26 Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.
27 Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.
28 Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque
todos vós sois um em Cristo Jesus.
29 E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa.
Diante disso, fica claro, que a missão da Igreja não se reduz a
“mero monólogo ou diálogo saudosista” ( a contar as
experiências do povo de Israel e as histórias de Jesus), nem a
projetos de serviços, ainda que estas coisas tenham o seu
reconhecido mérito, todavia não substituem a luta diária da
Igreja de arrancar as almas das trevas e traze-las à luz, de
difundir a salvação e a santidade bíblicas, de incorporar os novos
crentes em sua nova família da fé e prosseguir ensinandoos.Atitudes positivas, trabalho e adoração ao Deus santo
que não pode mentir!
As bases Bíblicas para a expansão da igreja está nos mandatos
de Jesus, como : Mateus 28: 18-20, Mc.16:15, At.1:8,
Mt.9:35-38,At. 26:16-18, João 20:21, Lc. 24:46-49.
Quando fazemos a nossa parte, o restante é com Deus!
Ele cuida da sua igreja.
32
JESUS ESTÁ EDIFICANDO A SUA IGREJA
Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei,
porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis,
quando vos for contada (Habacuque 1.5).
Apesar das más notícias sobre a secularização de igrejas e
denominações, do liberalismo teológico e do fechamento de igrejas
locais em alguns lugares, a verdade é bem outra. A igreja de Deus
nunca cresceu tanto como nos dias de hoje. Deus realiza maravilhas
entre as nações, principalmente na igreja perseguida. Segundo
informações da Missão Portas Abertas mais de 200 milhões de cristãos
enfrentam intensa perseguição neste momento. Mais de 250 milhões
sofrem alguma forma de discriminação, sendo os governos comunistas
e alguns regimes islâmicos os responsáveis mais destacados.
>>>O missionário batista Dr. David Garrison, em seu livro Movimento de
Plantação de Igrejas: Como Deus está redimindo o mundo perdido (2000)
traz uma visão maravilhosa daquilo que Deus está fazendo no mundo hoje,
por meio da evangelização e plantação de novas igrejas:
• INDIA
>>>Em Madhya Pradesh 4.000 novas igrejas foram plantadas em sete
anos. Em Orissa, ano de 2001, uma nova igreja era plantada a cada 24
horas. Entre os povos de fala Bhojpuri, mais de 4000 igrejas foram
plantadas e 300 mil novos convertidos.
• CHINA
>>>Uma igreja em uma província chinesa do norte recebeu 20.000 novos
convertidos e 500 novas igrejas foram plantadas em cinco anos. Na
província de Henan, em apenas oito anos, o Cristianismo sai de menos de
um milhão para mais de cinco milhões. No sul da China uma igreja local
batizou mais de 90.000 convertidos, organizando 920 igrejas nos lares,
num período de oito anos. Em 2001 uma igreja batizou num único ano
48.000 novos convertidos, organizados em 1700 igrejas nos lares.
• OUTROS PAÍSES ASIÁTICOS
>>>Na Mongólia, durante a década de 1990, a igreja recebeu 60.000 novos
crentes.
Apesar do governo tentar eliminar o Cristianismo no sudeste da Ásia, uma
igreja local recebeu mais de 50.000 crentes novos em cinco anos.
• ÁFRICA
>>>No século XX, o número de cristãos professos na África cresce de nove
milhões para mais de 360 milhões. Mensalmente 1.200 igrejas novas são
iniciadas na África. Em oito meses, 28 evangelistas da Etiópia conduziram
681 pessoas a Cristo e começaram 83 igrejas novas.
• O MUNDO MUÇULMANO
>>>Mais muçulmanos vieram a Cristo nas duas últimas décadas do que em
33
toda a história. No norte da África, nas últimas duas décadas, mais de
16.000 receberam a Cristo. Na Ásia central mais de 13.000 Kazakhs
abraçaram a fé em Cristo, nos últimos 15 anos. Em Kashmir Indian, 12.000
muçulmanos convertem-se do jihad para o príncipe da paz. Em um país
muçulmano asiático, mais de 150.000 muçulmanos receberam a Jesus, e
estão congregados em mais de 4.000 grupos familiares.
• EUROPA
>>>Em 1999, uma igreja que planta igrejas entre refugiados nos Países
Baixos, iniciou a plantação de 45 igrejas, no mesmo ano. Nas últimas três
décadas, o movimento evangélico de ciganos de França e Espanha cresceu
de 30.000 para 150.000 membros.
>>>O livro do Dr. David Garrison é extremamente confortador e
motivador. Revela o espírito missionário do autor, que percorreu mais de 80
países e hoje reside no sul da Ásia. Durante alguns anos serviu a Junta de
Missões Internacionais da Igreja Batista dos EUA – Convenção do Sul, que
atualmente sustenta 5.000 missionários em 150 países.
http://www.jornalomediador.com.br/ed_43/jesus.htm
O QUE É UM MOVIMENTO DE
PLANTAÇÃO DE IGREJAS?
_______________________________________________________________________________________________
>>>Em 1998, a equipe de liderança da Junta de Missão Internacional (Igreja
Batista do Sul – EUA) adotou uma declaração de visão: Iniciaremos e
alimentaremos Movimentos de Plantação de Igrejas entre todos os povos para que
por meio deles os que não conhecem a Cristo cheguem a conhecê-lo. Esta
declaração de visão guia o trabalho de cerca de 5000 missionários da Junta de
Missões Internacionais que servem em mais de 150 países no mundo.
>>>O que é um Movimento de Plantação de Igrejas? Uma definição concisa de um
MPI é: o aumento vertiginoso e por multiplicação exponencial de igrejas autóctones
que plantam novas igrejas em um grupo étnico ou um segmento da população.
>>> Há vários componentes chaves nesta definição. O primeiro é vertiginoso.
Como movimento, um MPI ocorre com um aumento rápido no ritmo de plantação
de novas igrejas. Segundo, há uma multiplicação exponencial. Isto significa que
duas igrejas se convertem em quatro, quatro em dezesseis e assim
geometricamente. A multiplicação exponencial só é possível si as novas igrejas são
iniciadas por outras igrejas novas, ao invés de depender de missionários e pastores
de tempo integral. Finalmente, são igrejas autóctones. Isto quer dizer que são
geradas de dentro de um contexto próprio. Isto não quer dizer que o evangelho é
34
capaz de surgir espontaneamente em um grupo étnico. O evangelho sempre entra
num grupo étnico por meio do trabalho de um missionário. Assim, a força do
movimento vem de dentro do grupo.
>>> O Movimento de Plantação de Igrejas é mais que evangelismo, mais que um
avivamento e não é um fim em si mesmo. Gera-se um MPI quando um missionário
transfere as igrejas à visão de que são elas que devem plantar igrejas. Então, por
sua natureza, elas ganham os perdidos e se reproduzem.
DEZ ELEMENTOS UNIVERSAIS
Após estudar os MPI em todo o mundo, encontra-se dez elementos que se repetem
em cada um deles:
1. A oração
A oração é fundamental para cada MPI. Ela é o primeiro pilar do plano mestre
elaborado pelo coordenador de estratégias. Sem dúvidas, é a vitalidade da
oração na vida do missionário que leva a nova igreja e seus líderes a imitá-lo.
2. A semeadura abundante do evangelho
Cada MPI vem acompanhado pela semeadura abundante do Evangelho. É a lei
da semeadura: quem muito semeia colherá em abundância.
3. A plantacão intencional de igrejas
Em cada MPI estudado, alguém implementou uma estratégia explícita. As
igrejas não nascem por inércia. Pessoas convertidas pelo evangelismo,
precisam ser agrupadas em igrejas.
4. A autoridade das
das Sagradas Escrituras
Até entre os povos analfabetos, a Bíblia tem sido a fonte de doutrina, estrutura
eclesiástica da igreja e para a vida pessoal de cada membro. Não se questiona
a autoridade das Escrituras.
5. A liderança local
Os missionários envolvidos nos Movimentos de Plantação de Igrejas são
mentores dos plantadores de igrejas locais. O missionário plantador treina os
líderes locais.
6. A liderança leiga
Os Movimentos de Plantação de Igrejas são impulsionados por líderes leigos.
Estes líderes são “bi-vocacionados” e do mesmo grupo de pessoas que está
35
sendo alcançado. Essa dependência de lideres leigos assegura uma grande
fonte de novos plantadores e líderes de grupos ou células.
7. A igreja nas casas
Em alguns Movimentos as igrejas são plantadas em templos, mas, a maioria
funciona em pequenos grupos de 10 a 30 pessoas que se reúnem em lares ou
pequenos estabelecimentos comerciais. Há uma distinção entre igrejas células
e igrejas nas casas. A primeira está unida a uma rede e ligada a uma igreja
mãe (Igrejas Coreanas). As igrejas nas casas não estão sob uma autoridade ou
hierarquia eclesiástica.
8. A igreja semeando igrejas
As primeiras igrejas são plantadas por missionários e plantadores. As igrejas
plantadas, então, começam a plantar novas igrejas. Para que isto ocorra, os
membros da igreja precisam crer que a reprodução é algo natural e que não
necessitam de ajudas externas para plantar novas igrejas.
9. A reprodução rápida
A maioria dos plantadores envolvidos em cada MPI afirma que a reprodução
rápida é vital para o movimento. A reprodução rápida comunica a urgência e a
importância da pessoa entregar a sua vida a Cristo.
10. As igrejas saudáveis
Em cada Movimento de Plantação de Igrejas estudado, uma igreja é
considerada saudável quando cumpre cinco propósitos: adoração, evangelismo
e missões, educação e discipulado, ministério da Palavra e companheirismo.
Adaptado do livro
Los Movimientos de
Plantación de Iglesias – de
David Garrison
http://www.jornalomediador.com.br/ed_43/movim_plant.htm
36
PROCURA-SE
UM PLANTADOR DE IGREJA
_______________________________________________________________________________________________
>>>O segredo para o sucesso de um projeto de plantação de igrejas é o obreiro
plantador. Ele é o elemento mais importante no processo. Se você tem o plantador,
o maior problema do projeto está resolvido. Encontrar e preparar esta pessoa são
os primeiros passos dados na plantação de uma igreja. Tudo começa com o obreiro.
>>>Partimos do princípio bíblico que a igreja local é quem deve ser a mãe de
novas igrejas, ou seja, igrejas geram igrejas, assim como ovelhas geram ovelhas.
Como uma igreja seleciona um plantador? Quais os critérios bíblicos e ministeriais
que devem ser usados?
1. MOTIVOS EQUIVOCADOS
>>>Muitos obreiros são enviados por uma igreja ou presbitério para plantar uma
nova igreja por vários motivos equivocados. Geralmente estes projetos fracassam
gerando frustração e prejuízo espiritual e financeiro.
1.1. A pessoa está sem trabalho
Um obreiro jamais deve ser enviado para plantar uma nova igreja pelo motivo de
estar desempregado. Deus chama pessoas que estão trabalhando e servindo (At
13.1-3).
1.2. A pessoa se oferece
O trabalho de plantar uma igreja não é para voluntários ou pessoas que se
oferecem. Deus é quem escolhe os obreiros (Mt 9.37-38).
1.3. Pressentimento santo
Um obreiro não pode ser escolhido de forma subjetiva ou sentimental, mas por
meio de critérios bíblicos (At 1.21-22).
1.4. Pressa para iniciar o projeto
Na pressa de querer iniciar um projeto, o obreiro pode ser escolhido
equivocadamente. O obreiro é a peça chave no processo, ainda que o local já tenha
sido definido e os recursos conseguidos.
1.5. O curriculo acadêmico do obreiro
O fato de alguém ter feito vários cursos, inclusive em missões e evan-gelismo, não
significa que o mesmo esteja habilitado para plantar uma igreja.
1.6. Uma maneira de se livrar de uma pessoa problemática
Este é o pior equívoco que pode ser cometido na seleção de um plantador.
Geralmente igrejas nascem por discórdias e brigas entre líderes de uma
determinada igreja.
2. MOTIVOS CORRETOS
Como selecionar um obreiro plantador de igreja? Quais os critérios de seleção? Qual
o perfil de um plantador?
2.1. Vocação ou chamado divino
Deus chama ou separa pessoas para plantar igrejas (At 13.1-3; 1 Co 3.6-7).
Somente a convicção do chamado divino motivará uma pessoa a plantar igrejas,
principalmente naqueles momentos difíceis quando o obreiro é tentado a desistir. É
imprescindível que a esposa do obreiro também sinta-se chamada e entusiasmada
em participar do projeto de plantação (1 Co 16.19).
37
Geralmente Deus chama pessoas ocupadas em resposta à oração do seu povo (Mt
9.38 e 10.1-4).
2.2. Caráter piedoso
Um plantador deve ser convertido pelo Espírito Santo e possuir bom caráter. As
qualidades do caráter de um obreiro estão na Bíblia: 1 Tm 3.1-13; Tt 1.5-9; 1 Pe
5.1-4. Estas qualidades envolvem a vida pessoal equilibrada e uma vida familiar
exemplar. É importante destacar que Deus, antes de usar uma pessoa na liderança
de alguma tarefa, Ele trabalha o seu caráter.
Não existe caráter piedoso sem uma vida de oração.
2.3. Visão motivadora
A visão é uma imagem ou uma idéia clara de algo que o plantador quer fazer, para
que outros possam segui-lo. A visão vem de Deus, por intermédio da Bíblia,
resultado de oração e aplicável à realidade. Visão gera obediência à vontade de
Deus (2 Rs 6.17; At 26.19-20).
Um plantador precisa saber que igreja vai plantar, por que, onde, como, com quem
e quando vai plantar. É imprescindível que o plantador seja fiel à sua denominação,
os princípios de fé da Igreja a que pertence. Plantadores presbiterianos devem
plantar igrejas presbiterianas.
2.4. Apto para ensinar e pregar bem
Considerando que uma igreja é o resultado da pregação e do ensino fiel das
Escrituras, o plantador deve ser apto para a pregação e o ensino. Esta aptidão é a
soma do esforço pessoal com a unção do Espírito Santo (At 4.31; 1 Co 2.4-5).
Nesta tarefa o plantador não tem autonomia sobre o conteúdo, mas deve pregar a
Palavra de Deus (At 6.4; 2 Tm 4.2). Evangelizar é apresentar a “sã doutrina” (Tt
2.1).
2.5. Habilidade para treinar pessoas
O plantador deve ser alguém hábil em relacionamento humano. Ele lidará com
pessoas carentes que necessitam ser evangelizadas e pastoreadas. “O ingrediente
mais importante da fórmula do sucesso é saber como se dá bem com pessoas” (T.
Roosevelt). A matéria prima de uma igreja é gente. Para J. Maxwell, uma pessoa
precisa de quatro coisas para ser bem-sucedida: Relacionamentos, equipe, atitude
e liderança. Podemos aplicá-las ao trabalho de plantação de uma igreja.
A principal função do pastor plantador é treinar pessoas para o ministério e para o
desenvolvimento da igreja (2 Tm 2.1-2; Tt 1.5).
2.6. Capacidade de enfrentar desafios
Plantar igreja é o maior desafio espiritual. É Deus usando o plantador para entrar
no império das trevas (inferno), a fim de libertar e transportar pessoas para o reino
de Jesus (Cl 1.13). Isso só é possível pelo poder de Deus e entrega total da vida.
James Han-nington, missionário inglês que trabalhou em Uganda, escreveu em seu
diário: “Eu poderia espontaneamente desistir de tudo, mas, quando tal tentação me
sobrevém, ouço uma voz dentro de mim: Ninguém que, pondo a mão no arado,
olha para trás é apto para o reino de Deus”. Posteriormente, James Hannington foi
martirizado, cujo sangue tornou-se a semente de uma igreja de quatrocentos mil
membros.
Arival Dias Casimiro
http://www.jornalomediador.com.br/ed_43/procura_se.htm
38
Os 5 propósitos da Igreja ( Rick Warren )
1- Amar a Deus com todo o coração – Isso se traduz em “
adoração” .Primeiro adorar, depois servir. Não ocupe-se demais
trabalhando para Deus de forma que não sobre tempo para adoralo.
2- Amar ao seu próximo como a si mesmo – Isso se traduz em
“Ministério”. A igreja existe para ministrar ao povo, para todas as
necessidades: espiritual, emocional ,física e de relacionamentos. A
igreja deve preparar os santos para a obra do ministério. ( Ef. 4:12
) Ministério é serviço. É atender às necessidades e curar as feridas
das pessoas em nome de Jesus.
3- Ir e fazer discípulos – A igreja existe para comunicar a Palavra
de Deus. Isto é evangelizar. Enquanto estamos indo a qualquer
local devemos falar que Cristo veio, morreu na cruz, ressuscitou e
voltará. A missão do evangelismo é tão importante que Jesus nos
deu 5 grandes comissões: Mt. 28:19-20 , Mc. 16:15 , Lc. 24:46-49
, João 20: 21 , At. 1:8.
18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo;
20 Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou
convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. ( Mt. 28: 19-20 )
====================================================================
15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado ( Mc. 16:15 )
===================================================================
46 E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia
ressuscitasse dentre os mortos,
47 E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as
nações, começando por Jerusalém.
48 E destas coisas sois vós testemunhas.
49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém,
até que do alto sejais revestidos de poder. ( Lc. 24: 46-49 )
=====================================================================
21 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou,
também eu vos envio a vós. ( João 20:21 )
====================================================================
8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da
terra. ( At. 1:8 )
Paulo declarou: “Ai de mim se não pregar o evangelho...” I Co.9:16
É privilégio do crente pregar o evangelho. Ef. 3:8
4- Batizar O batismo representa a comunhão e a identificação com o
“Corpo de Cristo”. Como crentes, somos chamados a participar e
não apenas acreditar. Batismo não é somente símbolo de salvação,
é visualização de integração do crente na família de Deus.
38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
39
Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; ( AT.2:38)
41 De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia
agregaram-se quase três mil almas, ( At. 2: 41 )
5- Ensinar a Obediência – Isso se traduz por “Discipulado”. A
igreja existe para edificar ou educar o povo de Deus. Discipulado é
um processo de ajuda ao povo para que ele se torne mais parecido
com Cristo em pensamento, sentimento e ação. É responsabilidade
da igreja desenvolver a maturidade, tendo em vista o
aperfeiçoamento dos crentes. ( Ef. 4: 12-13 )
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do
12 corpo de Cristo;
13 Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem
perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
O exemplo mais claro dos cinco propósitos é a igreja em Jerusalém: Eles
ensinavam uns aos outros, comungavam juntos, adoravam ,
ministravam e evangelizavam.( At. 2:1-47 ) Podemos dizer que a igreja
existe para Edificar, encorajar, exaltar, equipar e evangelizar.
( Uma igreja com Propósitos. pp. 127-131 )
IMAGENS DE CRESCIMENTO NO NOVO TESTAMENTO
São imagens carregadas de expectativa
numérico, quanto espiritual e qualitativo.
de
crescimento
físico,
Imagens quantitativas:
Mt 13: 47-50. A rede que apanha peixes
47 Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda
a qualidade de peixes.
48 E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os
bons; os ruins, porém, lançam fora.
49 Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os
justos,
50 E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Denota uma rede grande, larga e pesada, feita para varrer o fundo do
mar e trazer à tona peixes de todos os tipos e em grande quantidade.
No simbolismo da rede vemos o alcance
da abrangência do
Evangelho.
“ Não há quem esteja em lugar tão profundo que ela não o busque;
nem tão acima que ela não o alcance; nem tão mal que seja lançado
fora; nem tão bom que não seja apanhado. Ela apanha a todos, bons e
maus.” ( Herbert Lockyer – Todas as parábolas da Bíblia – Ed. Vida p.
231 ).
João 4:35 .
De colheita generosa
35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo:
Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa.
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Faz referencia
aos campos que branquejam para a ceifa. Usa
expressões como: “Senhor da seara” ( Mt 9:38, Lc 10:2 ) e ensina
que deveriam rogar o envio de trabalhadores para a seara ( Mt 9: 3738 ).
37 Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.
38 Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.
João 15:5,8. Imagem de interação e produtividade ou união e
interdependência.
5 Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer.
6 Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e
lançam no fogo, e ardem.
7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que
quiserdes, e vos será feito.
8 Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
Retratada aqui na alegoria da videira e dos ramos, sendo a função
específica dos ramos produzir o fruto. Israel era a videira trazida do
Egito.
8 Trouxeste uma vinha do Egito; lançaste fora os gentios, e a plantaste. ( Sl. 80:8 )
mas que não deu fruto ( Is 5:1-7).
1 AGORA cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu
amado tem uma vinha num outeiro fértil.
2 E cercou-a, e limpando-a das pedras, plantou-a de excelentes vides; e edificou no meio dela
uma torre, e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, porém deu
uvas bravas.
3 Agora, pois, ó moradores de Jerusalém, e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a
minha vinha.
4 Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? Por que, esperando eu
que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas?
5 Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que
sirva de pasto; derrubarei a sua parede, para que seja pisada;
6 E a tornarei em deserto; não será podada nem cavada; porém crescerão nela sarças e
espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.
7 Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a
planta das suas delícias; e esperou que exercesse juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis
aqui clamor.
agora Cristo é a videira ( João 15) .
1 EU sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
2 Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê
mais fruto.
3 Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
4 Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na
videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
5 Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer.
6 Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e
lançam no fogo, e ardem.
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7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que
quiserdes, e vos será feito.
A produção do fruto depende da seiva viva que flui para toda a videira
“Figura do Espírito Santo’” que atua sob 4 condições: a) União (todo
ramo em Mim), b) Poda ( limpa – v.2 ), c) Permanência ( obediência
e descanso v.4) e d) Petição ( vs 5 e 7).
Lucas 14:15-24 Imagem de Assimilação
15 E, ouvindo isto, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado o que
comer pão no reino de Deus.
16 Porém, ele lhe disse: Um certo homem fez uma grande ceia, e convidou a muitos.
17 E à hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, que já tudo está
preparado.
18 E todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e
importa ir vê-lo; rogo-te que me hajas por escusado.
19 E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los; rogo-te que me hajas
por escusado.
20 E outro disse: Casei, e portanto não posso ir.
21 E, voltando aquele servo, anunciou estas coisas ao seu senhor. Então o pai de família,
indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os
pobres, e aleijados, e mancos e cegos.
22 E disse o servo: Senhor, feito está como mandaste; e ainda há lugar.
23 E disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados, e força-os a entrar, para que a
minha casa se encha.
24 Porque eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha
ceia.
A comunidade dos crentes deve se preparar para ministrar aos que
vem de fora, gente não tão bonita como esperávamos. A parábola da
Grande Ceia fala de um homem que preparou uma grandiosa festa
com o objetivo de reunir os amigos num convívio social. No Oriente
era costume enviar dois convites: O primeiro, um convite preliminar
para comunicar o fato e pedir que fizessem a reserva da data e se
preparassem. O segundo , já próximo aos dias da festa, intimava a
presença dos convidados, avisando que tudo já estava preparado.
Interpretação :
O convite refere-se em primeiro plano ao povo judeu.
O servo que saiu com o convite é o Espírito de Deus, atuando nos
profetas,chamando os judeus a fim de se prepararem para a vinda do
Messias. A festa era a chegada do herdeiro , o Messias,mas os judeus
não foram amáveis ao convite ( Jº 1:11- Veio para o que era seu...
A oferta foi dirigida aos gentios – Estes foram mais amigáveis
conforme o livro de Atos nos revela.
A Ceia – É uma figura da rica graça que estava para alcançar os
homens por meio de Cristo.
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Nos versos 18 a 20 temos os pretextos apresentados para a rejeição
do convite: Foram unânimes em rejeitar! Fica claro que não tinham a
intenção de comparecer à ceia. Nota-se uma certa hostilidade da parte
dos convidados para com o Anfitrião. Eles tipificavam os judeus de
quem Jesus disse: “ Contudo não quereis vir a mim para terdes vida.”
Ordens finais:
v.17 – VINDE! No primeiro chamado a ordem era o amoroso convite.
v.21 – “ TRAZE PARA AQUI” os pobres – Os que não podem pagar Por ela, a
salvação.
Os aleijados - Os que não podem trabalhar Por ela.
OS cegos - Os que não podem vê-la .
Os coxos – Os que não podem se locomover em direção a ela.
Evangelizar e fazer a igreja se desenvolver é trazer os rejeitados da sociedade
para dentro da festa ou do banquete de Deus! “ Ninguém é tão ruim que não
possa assentar-se à mesa real.”
IMAGENS ORGÂNICAS – Como amante da natureza e observador de seus
processos, o Senhor traça comparativos da vida que emerge e cresce ao seu
redor. A planta cresce a partir de uma diminuta semente. “ Eu plantei,
Apolo regou; mas de Deus veio o crescimento.” I Co. 3:6
Mt. 13:31-32 Apresenta a analogia da semente de mostarda com o Reino de
Deus. “Preste atenção ao modo como Deus age na historia. Observe o
crescimento da subversiva semente de mostarda divina. É a meta
divina de subverter a arrogância humana para transformar o mundo
pelo pequeno, pelo insignificante.” ( Tom Sine )
IGREJA EM FIGURAS ( METÁFORAS )
Para ressaltar aspectos particulares da igreja,Deus se utiliza na Bíblia
de várias figuras comparativas:
I – Corpo de Cristo – Conceito biológico
Ressalta a unidade da Igreja como organismo vivo. É a unidade na
diversidade.” Porque assim como num só corpo temos muitos
membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim
também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e
membros uns dos outros.” ( Rm 12:4-5).
VER - I Cor 12: 12-31
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Paulo faz uma parábola do corpo humano e divide-a em 4 partes:
1- (vs 15 e 16) Nenhuma desculpa mas responsabilidade para todos.
“Se o pé disser : Porque não sou mão, não sou do corpo..” o pé não
pode desculpar-se porque não é mão, nem o ouvido porque não é
olho.
2-
(vs17-20) Nenhum monopólio mas variedade.
Uma gigantesca
boca em detrimento de um diminuto ouvido quebraria as regras de
harmonização. O v.18 diz que Deus dispôs. A diversidade no corpo não
surge por acaso, é planejada por Deus e é essencial. Por isso, não
deve haver inveja, vanglória, timidez, preguiça ou ambição.
3-
(vs 21-24) Nenhuma independência mas mutualidade. A divisão no
corpo seria possível se prevalecesse o espírito de soberba ou
individualismo de um órgão a dizer: Eu não preciso de ti! A
mutualidade foi harmonizada por Deus.
4-
(vs 25e26) Nenhum egoísmo mas sinergia. Sofrimento de um é o de
todos. Quando um órgão está ferido há vários outros trabalhando em
prol de sua recuperação. Um exemplo: Um indivíduo ao ser acometido
por um disparo de arma de fogo, imediatamente, após a perda de
sangue (volemia), os órgãos mais nobres( coração, rins e cérebro) são
preservados às expensas do sofrimento de órgãos não tão
imediatamente vitais onde se lhe é cortada a circulação sanguínea (
ex. pele ).De igual forma o crente responsável se envolve com os que
estão sofrendo em sua Igreja. “ Quem não se compromete com o
companheiro a quem pode ver, como sonhará em desenvolver um
compromisso com Deus a quem não vê?” Paulo Purim. “As atitudes
em relação aos outros pode ser o único e mais importante indicador de
caráter de uma Igreja” George Barna. Podemos definir a palavra
sinergia como ato ou esforço simultâneo de diversos órgãos na
realização de uma função. É o principio de funcionamento da Igreja:
Muitos órgãos; um só corpo. A Igreja só exerce o seu papel quando é
sinérgica, fora disso o que resta é simples ajuntamento humano. Um
exemplo de ação sinérgica: ( Mc 2:1-12) Relata o esforço de 4 homens
para que um paralítico na cidade de Cafarnaum fosse curado. Nós
podemos realizar mais juntos do que separados. O monasticismo
fechou os piedosos numa redoma; a globalização nos trouxe um novo
paradigma: o da cooperação. ( Ex. a Boeing para produzir o seu
último modelo fechou parcerias com mais de 70 empresas.)
II- Rebanho
Ressalta a unidade ( um rebanho) e a pluralidade ( muitas ovelhas).O
salmista declarou: “Somos o Seu povo e rebanho do Seu pastoreio” (Sl
100:3). Phillip Keller foi criador de ovelhas e de suas observações
escreveu um livro sobre o salmo 23, cujo título em português é: “
Nada me faltará”. Keller diz que a ovelha para conseguir repousar,
precisa sentir plena segurança sem temores , tensões, irritações ou
fome. Só um pastor diligente pode dar-lhe tranqüilidade. O salmista
Davi também conhecia este segredo e declarou: “O Senhor é o meu
pastor e nada me faltará” ( Sl 23:1). Sabe-se que os carneiros são
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animais medrosos e que se assustam facilmente; pois até um coelho
que salta de repente, de traz de uma moita, pode provocar o estouro
do rebanho. Quando uma ovelha assustada dispara a correr, dezenas
de outras saltarão com ela num terror cego. P. Keller conta que certo
dia recebeu a visita de uma amiga da cidade que trouxera consigo o
cãozinho pequinês. Logo que abriu a porta do carro o cão saltou para o
gramado. Bastou o olhar de uma ovelha para o pequenino cão e mais
de 200 ovelhas que estavam descansando ali perto, fugiram tomadas
de pavor. (P. Keller em: “ Nada me faltará” – Ed Betania M.G. p.31 ). “
Não temas, ó pequeno rebanho...” ( Lc 12:32). O
rebanho do Senhor é congregado e guardado por seus pastores locais.
( Jr 31:10).
10 Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai-a nas ilhas longínquas, e dizei: Aquele que
espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor ao seu rebanho.
Deus conduz o seu rebanho por sobre a terra, usando a
instrumentalidade de homens dedicados: “ O teu povo, Tu o
conduziste, como rebanho, pelas mãos de Moisés e de Arão.” ( Sl
77:20). A condução e a supervisão do rebanho de Cristo na terra está
confiada a homens constituídos como líderes pelo Espírito Santo, com
um solene mandamento: “ Atendei por vós e por todo o rebanho sobre
o qual o Espírito Santo vos constituiu Bispos para pastoreardes a
Igreja de Deus, a qual Ele comprou com o Seu próprio sangue.” ( At
20:28).
III -
Família de Deus – Conceito sociológico – Ef.2:19, Gl.6:10
Ressalta a Igreja como um lugar de amor e união onde as pessoas
estão ligadas pelos laços de afetividade e respeito. A Família de Deus é
patriarcal. Ele é o fundador e exemplo. Foi Jesus quem nos ensinou a
chamar Deus de “Pai”. Ora, os filhos do mesmo Pai são irmãos. O título
“irmão” se tornou popular para descrever o cristão e encontrou sua
razão de ser no exemplo de Jesus:”Não se envergonhou de lhes
chamar irmãos” ( Hb 2:11). Deus é amor, é justiça, é o Deus de toda a
paz e a natureza de sua família reflete os atributos do Pai. É nesse
mesmo ambiente familiar que a própria disciplina dos filhos ocorre em
amor. “O Senhor corrige aquele a quem ama...” ( Pv 3:12, Hb 12:6 ).
“Se suportais a correção; Deus vos trata como a filhos” ( Hb 12:7). O
conceito de Igreja como família reconhece que surgirão problemas em
seu meio. Qual a família sem problemas? As soluções virão não de
nossa própria cabeça, mas do “ Cabeça da Igreja – Cristo”. Onde reina
o Espírito de Cristo, aí não há confusão. “ Onde não se encara a Igreja
como uma grande família, não se cria aquela temperatura de ninho;
onde a solidão e o constrangimento do visitante ou do novo membro
se desfaz.” ( Alcides Jucksch.) Numa família unida, seus membros não
passam despercebidos e indiferentes uns aos outros. Na Igreja
devemos notar duas coisas: a ausência de irmãos e a presença de
visitantes. Dificilmente um visitante permanecerá na Igreja se ele não
fizer algumas amizades.
“ Um pastor, notou do púlpito, um homem sentado no último banco,
com o chapéu na cabeça. Logo fez sinal a um diácono que
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aproximando-se dele, falou-lhe com educação, indicando-lhe a atitude
de desrespeito. Ah!, disse o homem: Bem pensei que este meu
propositado esquecimento teria a virtude de atrair a atenção de todos
sobre a minha pessoa. Há seis meses que venho a esta Igreja todos os
domingos e é a primeira vez que me dirigem a palavra.” ( de “
Waterloo Bulletin)
IV -
Um edifício ou santuário – Conceito arquitetônico
“ Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós?” ( I Co 3:16). O lugar central no V.T. foi o templo. A
presença de Deus estava nele. A presença de Deus continua em seu
templo, mas o templo é novo. É de pedras vivas: “Vós também, quais
pedras vivas, sois edificados como casa espiritual.” ( I Pe 2:5). Os
judeus perguntaram a Jesus questionando a sua autoridade: _ Que
sinal nos mostras para fazeres estas coisas? O Senhor respondeu: _
Destruí este templo, e em três dias o reconstruirei. Os judeus
replicaram: _ Em 46 anos, foi edificado este templo, e tu, em três dias
o levantarás? Mas o Senhor referia-se ao templo de seu corpo. ( João
2 :18-21). Satanás utilizou os judeus para destruírem o templo ( O
Cristo) mas em 3 dias Ele ressuscitou, e por esse feito, Efésios 2:6
afirma: “ Fomos ressuscitados juntamente com Cristo...” , “ que
ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos
santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: _ Habitarei e
andarei entre eles; serei o Seu Deus e eles serão o meu povo..” ( II Co
6:16-17).” Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois
edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de
oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de
Jesus Cristo.” ( I Pe 2:5) Por sacrifícios espirituais, podemos citar :
Rm.12:1 – Corpos apresentados em sacrifício de pureza, santidade e
adoração no oferecimento do culto.
1 ROGO-VOS, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Heb.13:15 – Sacrifício de louvor , Hb.13:16 – a prática do bem.
V – Lavoura – Conceito agronômico
“ Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus,
edifício de Deus sois vós.” ( I Co. 3:9 )
A igreja é o campo que
Deus está lavrando, como em João 15:1 “ Meu Pai é o agricultor.” Ele
é incansável e trabalha até agora. ( João 5:17 )
Se o crente é “ Lavoura de Deus”, é inconcebível ser o “ campo do
preguiçoso”. “ Passei pelo campo do preguiçoso... e eis que tudo
estava cheio de espinhos, a sua superfície coberta de urtigas, e o seu
muro de pedra em ruínas. ( Pv. 24:30-31) Motivo para tal situação:
Dormir, tosquenejar, cruzar os braços... A pobreza material e espiritual
resulta da indolência, do não enfrentamento da vida. Os profetas nos
transmitiram quadros impressionantes sobre a agricultura espiritual: “
Arai o campo de pousio... ( Os.10:12)
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Is.28:24-25 “ Porventura lavra todo dia o lavrador, para semear? Ou
todo dia sulca a sua terra e a esterroa ?Porventura, quando já tem
nivelado a superfície, não lhe espalha o endro não semeia o cominho (
temperos ) não lança nela o trigo em leira ou cevada no devido lugar,
ou a espelta ( trigo inferior) nas margens ?
Na agricultura espiritual as lâminas do arado de Deus passam sulcando
a terra compactada e revolvendo- a . São dias de doloroso tratamento,
que não duram o ano todo, assim como o agricultor não fica arando o
ano todo. Deus desfaz os torrões, nivela a superfície e lança a melhor
semente para cada tipo de terreno. Um campo arado não trás muita
beleza.
A paisagem monocromática parece sem vida; mas as
sementes estão lá e ao cheiro das águas brotarão ( Jó 14: 9 )
Quando o crente tem consciência de que a sua vida é um “ Campo ou
lavoura de Deus” entregue ao divino agricultor, o reflexo estará
presente nos seus dízimos e ofertas, pois não há como fugir deste
princípio: “ O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a
participar dos frutos.” ( 2 Tm. 2:6 )
Precisamos cuidar e cultivar o campo da nossa vida para que nele
germinem as sementes da Palavra de Deus. Muitos têm rejeitado a
Bíblia e cultivado outras sementes. Cada um colherá do seu plantio. É
o sistema deste mundo. É a sua pluralidade cultural. A palavra
Cultura, vem de um verbo latino, colere, significando: “ Cuidar e
cultivar o campo, tornando-o fértil. Logo, este campo pode se tornar
fértil para as proposições de Deus ou as proposições humanas.
VI - NAÇÃO- POVO DE DEUS - Conceito demográfico
Ressalta a igreja como uma comunidade organizada, que se submete a
um governo. “ Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes
as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz...” ( I Pe. 2:9 ) “ Vós sois povo de Deus.” ( v. 10 )
Em o Novo Testamento há figuras que descrevem a igreja como a
agencia exclusiva do reino de Deus, gozando das prerrogativas da
representação:
a)
A igreja é a geração eleita – I Pe. 2:9
9 Mas vòs sois a geração eleita, o sacerdòcio real, a nação santa, o povo adquirido, para que
anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
b)
A igreja são os embaixadores de Cristo:
20 De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse.
Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus ( 2 Co. 5:20 )
20 Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me
convém falar. ( Ef. 6:20 )
c)
A igreja são os que mantêm o testemunho de Jesus – Ap.
12:17
17 E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os
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que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.
d)
A Igreja é composta dos Discípulos de Cristo – VER At.9: 1,2,6
11:26
Eleitos: Deus escolheu o seu povo no Velho Testamento para ser uma
benção ao mundo. Foi eleito para manifestar seu nome às nações. A
igreja herdou esta eleição. Não se trata de predestinação. O texto de
Romanos explica esse mistério: “ E ainda não eram os gêmeos
nascidos (Esaú e Jacó ), nem tinham praticado o bem ou o mal (para
que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por
obras, mas por aquele que chama), já fora dito a ela: O mais velho
será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém me
aborreci de Esaú.” ( Rm. 9: 11-13 ) Eleição, aqui no texto, não se trata
de eleição individual para a salvação, mas a escolha de Jacó, para de
sua linhagem, trazer o Salvador.
Deus conhece a todos os que são salvos e aos que ainda alcançaram
esta graça.Para todos, Ele já fez a provisão para a Salvação. “
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.” ( Rm. 8: 29 ) A predestinação
baseia-se na presciência de Deus, que contemplava todos os que se
sujeitariam à condição de fé ensinada no Evangelho. Não há
predestinação incondicional.
Embaixadores: É dever de um embaixador representar a autoridade
do se seu governo. Têm uma missão pública e também particular a
cumprir de representação e reconciliação do homem com o seu Deus.
“ De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus
exortasse por nosso intermédio.Em nome de Cristo, pois,rogamos que
vos reconcilieis com Deus.” ( 2 Co. 5:20 )
Paulo, o apóstolo, declarou:” ...pelo qual sou embaixador em cadeias,
para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazelo.” ( Ef. 6:20 )
Testemunhas: A igreja; são os que mantêm o testemunho de Jesus a
qualquer preço, ou então, deixa de ser igreja de Cristo. São aqueles
que hão de vencer o Dragão (Satanás) pelo sangue do Cordeiro e por
causa da palavra do testemunho que darão. Apocalipse 12 apresenta
uma guerra mundial entre Israel e o Dragão. O diabo está furioso por
causa do testemunho de Jesus! A sua meta na guerra é destruir este
testemunho. Se o diabo consegue silenciar as testemunhas, sairá
vitorioso, por isso lança-se a fazer guerra e perseguir os que têm os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. ( Ap.12:17 )
Discípulos de Cristo: São aqueles que seguem e aprendem de Cristo.
( At. 6:1 ) O ensino portanto, não é apenas a missão da igreja; é
parte integrante de sua natureza. É a sua garantia de vida e
continuidade. Não há igreja sadia que não seja evangelística,
missionária e educadora.
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(Exemplos de atividades didáticas em Atos: At. 4:2,18 ; 5:21 ;
15:35 ) Paulo passou um ano e meio em Corinto ensinando os
discípulos ( At. 18:11 ) Paulo parece encarar a igreja como uma
escola de vida cristã. Algumas matérias do currículo estão em I Co. 14
( Amor , serviço, adoração, oração, o perdão, a amabilidade, a
humildade.)
VII – EXÉRCITO DE DEUS – Conceito militar
Como Golias desafiava as colunas de Israel, o inimigo desafia a igreja.
Como Davi, nós entendemos que o “ incircunciso” inimigo, não tem
gabarito para afrontar os “Exércitos do Deus Vivo”. ( I Sm. 17:26 ) O
conselho de Paulo aos alistados neste exército é: “ Participa dos meus
sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em
serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é
satisfazer àquele que o arregimentou. ( 2 Tm. 2:3-4 ) A linguagem
militar, desde o V.T. é apresentada na Bíblia. O nosso Deus aparece
como
“ Senhor dos Exércitos” Sl.24:10, Hc.2:13, Ag. 2:6.
O
personagem que se apresenta a Josué traz o título de “Príncipe do
Exército do Senhor” Js.5:14.
No nascimento de Jesus, temos o
aparecimento de “ uma multidão dos exércitos celestiais.” Lc. 2:13 .O
apóstolo João também tem o privilégio de ver essas milícias do
exército celestial. ( Ap. 9:16 , 19:14 )
VIII – NOIVA E ESPOSA DE CRISTO.
A igreja no início do século XXI parece ter-se esquecido de que é a
Noiva de Cristo e do potencial que tem quando fica ao lado de seu
noivo Todo-poderoso. Deixemos Charles R. Swindoll descrever esta
espetacular figura da igreja como “ Noiva”:
“ Sou o primeiro a vê-la quando aparece no fundo da igreja. E ela faz
com que as cabeças se voltem instantaneamente a cada fileira que
passa. É assim que acontece com a noiva. Ela permanece escondida de
amigos e parentes, até soarem os clarins da marcha nupcial de
Wagner. Então, ela surge aos olhos de todos aqueles que estão de
frente para a congregação. Fileira a fileira, as pessoas se voltam para
a ala central. Elas arquejam, exclamam, riem, resplandecem e se
regozijam. A noiva é o centro da cerimônia nupcial e irradia toda
esperança e sonho daquele dia. Talvez seja por isso que Deus tenha
escolhido i símbolo da noiva para representar a igreja. Cristo queria
que sua igreja fizesse com que as cabeças se voltassem, que virasse o
mundo de cabeça para baixo, e chamasse atenção sobre si mesma
como o local de esperança e fé num mundo permeado pelo cinismo.
Jesus falava sempre sobre núpcias. Vide:
(Mt.22:1-14, Mt.25:1-13, Lc. 12:35-36, Lc. 14:7-11, João 2:111.) No antigo testamento Deus se referia ao povo de Israel como sua
noiva.( Os. 2:19-20) Mais tarde Jesus contou histórias sobre
banquetes nupciais, pais de noivos, lugares em banquetes e realizou o
seu primeiro milagre numa festa de casamento.Assim, projetou na tela
49
bíblica os quadros de um casamento, sendo Ele próprio o noivo.Os
escritores do N.T. designaram a igreja como noiva. E nas últimas
páginas da Bíblia ocorrem as maiores núpcias de todos os tempos, com
todos reunidos e todos se regozijando. Jesus Cristo, o Cordeiro de
Deus, e sua noiva, a igreja, encerram nosso calendário com uma
celebração nupcial que fará as festividades do Reveillon na Times
Square de Nova Iorque parecer um churrasquinho caseiro...”
“ Pois
são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se aprontou.” (
Ap. 19:7 ) ( SWINDOLL,Charles R. A Noiva de Cristo.Ed.Vida.SP. 1996.
pp.9-10 ) Eis alguns textos que mostram a noiva, o noivo e o esposo:
II Co. 11:2 , Ap. 19:7 , 22: 17, Mt. 25: 1-6 , Mt. 9:15 .
FATORES CONTEXTUAIS NO DESENVOLVIMENTO DA IGREJA
Os homens bem sucedidos são os que pensam grandiosamente. Não
são irresponsáveis tomando decisões muito acima das condições de
seus planejamentos, pois normalmente sabem aliar a despesa com a
criação de novas receitas.
De outro lado, a maioria dos ministros nas igrejas,
pensa em termos de pequenez, redução de despesa, cautela, e
negativismo inconsciente. O ministro refreia o alcance do seu
ministério e da sua igreja com dúvidas e temores, criando esta mesma
cultura nos membros da sua comunidade.
A pessoa que realmente acredita que pode ser bem sucedida, achará
um meio de ser.A fé nunca espera passivamente; sempre se lança
para a frente de modo ativo. A fé na conceituação de Hebreus é o
firme fundamento das coisas que se esperam. ( Hb. 11:1 ) ou a prova
das coisas que se não vêem. Tudo o que desejamos em nosso
ministério são milagres, prodígios, coisas sobrenaturais e grandiosas.O
grande pregador Spurgeon,disse:
“ O homem que vive na região da fé, habita no reino dos milagres. A fé
negocia maravilhas, e sua mercadoria consiste de prodígios.”
O homem que crê, continuará a lutar a despeito dos reveses
inevitáveis, a despeito das derrotas e desencorajamentos temporários.
Já se disse que “ o que desiste, nunca vence, e um vencedor nunca
desiste.” Não esmorecer, para não desmerecer.
“A história registra que Thomas Edson, ao desenvolver a lâmpada, foi
mal sucedido nos primeiros 6000 experimentos. Um dia, quando
alguém lhe perguntou se não estava desencorajado, ele disse: - Não!
Pois agora já sei de seis mil maneiras que se não pode fazer isso.
Então chegou o dia em que, com muito sucesso, Thomas Edson
produziu a lâmpada. Sem todas aquelas falhas anteriores, nós ainda estaríamos no
escuro.”
( GALLOWAI,Dale. Reconstrua Sua Vida.CNP.Campinas.p.120 )
50
O temor do fracasso derrota um homem antes mesmo que ele inicie
algo. O homem que tenta fazer as coisas pode cometer muitos erros,
mas ele não comete o maior erro de todos: ficar sem fazer nada!
Todo seminarista devia lançar-se a um novo trabalho pioneiro, em vez
de ficar reclamando de que o seu pastor não lhe dá oportunidades.
Creia no poder das sementes da Palavra de Deus que você vai
carregar em seu alforje, ore, pesquise os solos e comece sem temores
de que não possa ir adiante. Resultados imediatos ? Certamente não !
Mas não desista!
“Conta-se
que o bambu chinês, depois de plantado, nada se vê por
quatro anos; exceto o lento desabrochar de um diminuto broto.
Durante 4 anos todo o crescimento é subterrâneo, numa maciça e
fibrosa estrutura de raiz que se estende vertical e horizontal pela terra.
Mas então, no quinto ano, o bambu chinês cresce até atingir 24
metros. Muitas coisas na vida e na igreja são iguais ao bambu chinês.
Você trabalha, investe tempo, esforço e às vezes não vê nada por
longos anos. Mas, se tiver paciência e continuar trabalhando e
nutrindo, o quinto ano chegará trazendo mudanças que o deixarão
espantado. O bambu chinês mostra que não podemos desistir
facilmente das coisas.” (Revista Defesa da Fé. I.C.P. Ano 8 nº 53 p. 8 )
Adoniram Judson deixou os Estados Unidos em 12 de
Fevereiro de 1812 e foi para a Birmânia (atual
Mianmar), país budista da Ásia, localizado entre a
China, Índia, Bangladesh, Tailândia e Laos. Em 1813
iniciou o seu trabalho em Rangoon, a capital. Levou 6
anos e meio para ver o primeiro budista aceitar a Jesus
Cristo. Hoje, após 196 anos, os resultados do
Evangelho são gloriosamente evidentes. Em 1965, com
o novo governo, os missionários foram expulsos, mas
Deus já havia preparado a sua igreja para a
independência. No Mianmar há cerca de 60 linguas
faladas. É um dos países mais pobres da região.( Renda
de U$ 40./mês ) A Convenção Batista de Mianmar
sustenta 1400 missionários!
A maioria das pessoas somente vê o sucesso dos outros; e usualmente
não tem consciência das decepções e fracassos ao longo do caminho.
As vidas dos grandes homens foram entremeadas de fracassos, até
que, finalmente, através de muita perseverança, o sucesso passou a
ser deles.
“ Há vários anos, o pastor Waynon L.Rodgers foi para Louisville e
fundou o Tabernáculo Evangélico das Assembléias de Deus. Sua visão
era ganhar o mundo e fez um começo dramático. A seguir, foi
bombardeado com o tipo de pensamento negativista e mesquinho,
51
mas recusou-se a deixar ser arrastado para baixo, para o nível de
ineficácia e derrota de muitos naquele lugar. Sua forte confiança nas
possibilidades de edificar uma igreja ali, têm sido hoje a inspiração
para muitos... A crença em resultados grandiosos é a força motriz por
detrás de todas as grandes igrejas.” Como diz a Palavra: “ Como
imagina a sua alma, assim é. ( Pv. 23:7 ) “ Se projetas alguma
coisa, ela te sairá bem e a luz brilhará em teus caminhos.” ( Jó
22:28 )
O homem usado por Deus que queira edificar uma igreja com grande
alcance, deve parar de inventar razões por que uma igreja não
funcionará. Le Roy Gruner , diz que “ Os ministros não fazem
realizações porque seu pensamento é limitante” . Como afirmou o
profeta Isaías: “ Quem concebe palha, dá à luz restolho.” ( Is.
33:11 ) A Bíblia declara: “ Não havendo visão, o povo perece.” ( Pv.
29:18 ) “ Visão”, aqui, tem o sentido de algo profético, como uma
palavra vinda de Deus. Se Cristo não der uma visão aos pastores, do
valor e das possibilidades da igreja, a quem ele o dará ?
O pastor tem o chamado para liderar, apascentar,ensinar em amor a
uma extensa família. A tarefa é pesada e não convém executa-la
resmungando. ( Hb. 13:17 )
Deus que contar com pastores
visionários ( imersos na visão de Deus para a sua igreja) e não com
pastores sonhadores, que perderam o sentido da missão.
A VISÃO
a diferença entre o sonhador e o visionário ? O sonho está
ligado ao irreal e visão ao real. O sonho é lembrança, é passado,
enquanto visão é revelação.É futuro. No sonho está a memória, na
visão a concretização dos ideais.
“Qual
“Visão sem tarefa faz um visionário; tarefa sem visão faz um escravo.
Tarefa com visão faz um sonhador.” ( Pr. Zaqueu Moreira de
Oliveira.OJB.25 a 31/3/2002 )
O pastor tem a tarefa de apascentar os cordeiros e as ovelhas.( João
21:15-16 ) Tem a garantia do chamado: “ Ele mesmo deu uns para
pastores...” ( Ef. 4:11 ) Tem um poderoso e inigualável supervisor: “
Nosso Senhor Jesus, o grande pastor das ovelahas...( Heb. 13:20 )
Logo: tendo a tarefa, não pode perder a visão do que a igreja
representa aos olhos de Deus:
“ A igreja é tão importante que Deus enviou seu Filho para estabelecela! Cristo deu seu sangue para compra-la, e nela o homem cumpre o
propósito de sua existência. “
(Avelino Faria Fernandes )
O pastor não pode perder a visão do que representa a “Revelação de
Deus” à humanidade.Esta revelação que se iniciou nos primórdios da
humanidade, desde Adão, passando por Abraão até aos dias do Novo
Testamento. Esta riqueza de revelações, só o cristianismo a possui
integralmente. A igreja de Cristo é a única agência oficial do Reino de
52
Deus na terra. Por isso, podemos concordar com a conclusão de Paul
Yonggi Cho : “O futuro é nosso!
Só o cristão tem uma estrutura universal e objetiva da realidade: Temos o Criador, o Pai. Temos a fonte do entendimento, o Espírito
Santo. Temos a Bíblia – que nos liga a fatos históricos e provas
arqueológicas incontestáveis. Temos o exemplo: O Senhor Jesus
Cristo. Temos o grupo óbvio, que revela a verdade na vida diária, a
igreja !”
Só o cristianismo possui um líder fundador presente e vivo! “ A fé e a
religião viva não podem surgir de um cadáver. Durante 20 séculos, a
igreja permanece em pé como luz para as nações. Qual será o seu
alicerce? A única resposta satisfatória é: A ressurreição de Jesus
Cristo! ( Pearlman,Myer. Ouro Para Te Enriquecer.p.6 )
Conclusão : O pastor, com seu forte senso de chamado, sua visão de
Reino de Deus, sua espiritualidade contagiante, é a chave para o
desenvolvimento integral da sua igreja.
( Visão- na ótica de J.Don George, pastor da Calvary Temple Assembly
of God,Irving, Texas.)
Embora haja elementos vitais necessários para o crescimento da igreja
local, há um aspecto que se destaca sobre todos os demais: É a visão
!
Grandes igrejas não são construídas sem visão. Visão bem
articulada e facilmente compreensível. A perda da visão resulta na
perda de um senso de propósito e destino. A visão dá significado e
propósito ao que de outra forma seriam apenas tarefas rotineiras. A
visão é o canal pelo qual fluem idéias criativas e energia.
A visão é necessária para a disciplina moral. Sem visão as pessoas
tendem a ficar indisciplinadas. Nós não vivemos vidas religiosas
porque somos religiosos.Vivemos vidas religiosas porque desejamos
cumprir o propósito de Deus. Os pais da nação Norte Americana
estavam dispostos ao sacrifício porque tinham visão.Chegaram a
apregoar e crer em um “ Destino manifesto” para os Estados
Unidos.
Abraão deixou Ur dos Caldeus, porque tivera uma visão.( Gn. 11:31 ,
At. 7:1 ) A visão é necessária para a nossa capacidade de suportar os
pesos. Nós suportamos as lutas, as pressões, as tentações, por causa
de nossa visão de Jesus. A Bíblia relata que Moisés ficou firme, como
vendo o invisível. (Hb.11:27 ) Isto é visão! A visão é necessária para
o sucesso. Sem visão, a obra que fazemos para Deus será, na melhor
das hipóteses, sem inspiração, ineficaz, mundana, mediana e de pouca
conseqüência. Inspiração e fé, tão necessárias para o sucesso, são
resultados da visão.
53
“ Visão é uma fotografia positiva do seu futuro preferível, é a imagem do que
você deseja fazer, assim com está plantada no seu futuro” John E Hagay
“ A maioria das pessoas pensa que visão é a habilidade de ver o futuro. Visão
é a habilidade de ver as oportunidades nas suas atuais circunstâncias.” Rick
Warren
Visão na ótica de Bill Hybels:
Pv. 29:18 diz: “Quando não há visão, o povo não tem freio.” ( Bíblia de
Jerusalém) Eles não podem se concentrar, não podem alcançar
qualquer objetivo, não podem seguir seu sonho. Uma tradução mais
antiga da Bíblia, diz: “ Não havendo profecia, o povo se corrompe.” (
ARC ) Já vi isso acontecer. Sem visão, o povo perde a vitalidade que o
faz se sentir vivo. “ Visão é uma imagem do futuro que produz
paixão.”
Quando Deus lhe der uma visão, você saberá. Verá
claramente e sentirá profundamente.
A visão é dada para ser
cumprida. O apóstolo Paulo traduz esse drama da visão. Diz ele: “
Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo,
contanto que complete a minha carreira e o ministério que
recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça
de Deus.” ( At. 20:24 ) Pense no que seria nosso mundo se Billy
Graham tivesse dito: “ Não. Obrigado Deus. A visão parece muito
custosa...” Imagine as vidas que jamais teriam sido transformadas se
Charles Colson, que iniciou o ministério Prison Fellowship tivesse
dito: “ Por que deveria perder meu tempo com um bando de
desajustados sociais e criminosos comuns, que não têm nada a me
oferecer? Prefiro me aplicar à prática da advocacia.
Pense no que
teria sido se Bob Pearce, o fundador da Visão Mundial, tivesse dito: “
Deixe as crianças famintas morrerem de fome. O que pode um homem
fazer, afinal de contas ?” ( HYBELS,Bill. Liderança Corajosa.Ed.Vida
.SP.2002 .pp.31 a 36 )
“ O homem de Deus deve ter visão de coisas espirituais. Deve ser
capaz de ver montanhas cheias de cavalos e carruagens de fogo; deve
ser capaz de interpretar aquilo que está escrito pelo dedo de Deus nas
paredes da consciência; deve ser capaz de traduzir os sinais dos
tempos em termos de significado espiritual; deve ser capaz descerrar
de vez as cortinas do mundo material, a fim de permitir que os mortais
vislumbrem a glória espiritual que coroa o trono da misericórdia de
Deus. O homem de Deus de proclamar o padrão que lhe foi mostrado
no monte e a visão que lhe foi mostrada na ilha da revelação. Ele não
conseguirá fazer nada disso sem que tenha visão espiritual.”
(Powhatam James, em “Grupos Familiares” de Cláudio Ernani Elbert. Ed. Vida. SP.
1997.p. 78 )
“O autor George Barna define visão como “ Um quadro mental
claro do futuro que se deseja, comunicado por Deus a seus
servos escolhidos,baseado numa compreensão correta de Deus,
do próprio eu e das circunstancias.”
O propósito mais o mundo
de hoje nos fornecem nossa missão.
O propósito mais o mundo de amanhã nos fornecem nossa visão.
54
O propósito responde à pergunta: Por que existimos? Os valores
respondem à pergunta: Que crenças nos motivam e nos orientam ? A
visão responde à pergunta: Em que direção estamos indo ? Pelo fato
de ser direcional, a visão serve para focalizar a direção da igreja.”
(
MORRIS,Linus.Uma Igreja de Alto Impacto.Ed.Mundo Cristão.SP.2003.p.154.)
A VISÃO DE SI PRÓPRIO E DOS OUTROS
O poeta romano Ovídio, que viveu no início da era cristã, escreveu
sobre o escultor Pigmalião, que se apaixonou pela própria estátua e foi
premiado pela deusa da beleza Vênus, que deu vida a ela. O
sentimento do artista mudou a condição da estátua.
George Bernard
Shaw, dramaturgo irlandês, usando o tema, escreveu a peça
Pigmalião, posteriormente adaptada para o musical My Fair Lady,
história de uma florista que se transformou em lady porque alguém a
viu como tal e assim deu vida à lady que já existia dentro dela.
Efeito Pigmalião ou efeito “ Rosenthal” . – Foi assim nomeado por
Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, destacados psicólogos
americanos, que usaram o tema para aplica-lo à educação. A tese
deles é a seguinte: Professores que têm uma visão positiva dos
alunos tendem a estimular o lado bom desses e a obter melhores
resultados; professores que vêem os alunos com olhos negativos
adotam posturas que acabam por comprometer negativamente o
desempenho deles.
Profecia auto-realizável: Na gestão, a profecia auto-realizável foi
apresentada em célebre estudo de Douglas McGregor, na década de
1960, que mostrou que a expectativa dos gerentes afeta o
desempenho dos empregados. Quando o gerente espera coisas
positivas deles, essas tendem a vir; quando espera coisas negativas,
elas provavelmente serão confirmadas. Quem faz a profecia é na
verdade quem a faz acontecer.
Em princípio, quem tem expectativas ruins sobre os outros não
acredita neles, não vê suas qualidades, costuma colher o pior dos
outros. Já quem os vê pelo lado positivo, que tem expectativas boas
sobre eles, tende a obter o melhor de cada um.
Ao longo da vida, quem acredita no outro vai emitindo sutis sinais
positivos e vai criando relações sólidas e com gente admirável. Já
aquele que no dia-a-dia olha para os outros com uma visão negativa,
vai emitindo mensagens de descrença e afastamento, fazendo com que
os outros nunca possam mostrar o melhor de si. Com o passar do
tempo, os sutis sinais farão uma grande diferença.
Como você se vê ? Se com olhos negativos, você já se sente
autorizado a ser assim, negativo.! Como você vê os outros, aqueles
que serão ou são as suas ovelhas ?
( Adaptação do artigo de Ricardo de Almeida Prado Xavier- Presidente da Manager
Asses. Em RH. Publicado em “ O Estado de São Paulo” – Junho 2006 )
55
PLANEJANDO O CRESCIMENTO DA IGREJA
Planejar o crescimento da igreja envolve seis aspectos: Visibilidade,
percepção, estratégia, implementação, evangelismo e nutrição.
1- Visibilidade – Ser visível dentro da comunidade é essencial para o
crescimento, e isto vai além de uma localização privilegiada. Os de
fora precisam conhecer a identidade da igreja. O marketing (
publicidade por diversos meios ) ajuda a igreja a se tornar
conhecida na cidade. A divulgação boca a boca é sem dúvida o
meio mais eficiente de fazer com que a comunidade conheça a
igreja. Quando as pessoas falam o que Deus está fazendo na igreja
que freqüentam, as pessoas são despertadas e querem ver
também. O testemunho pessoal possui incomparável poder de
persuasão.
2- Percepção – Toda a cidade ou comunidade tem seus próprios
costumes culturais.O pastor sensato ficará familiarizado com a
estrutura comercial, social e do poder político locais, envolvendo-se
com os assuntos da comunidade. O sistema escolar público, as
associações municipais, os projetos comunitários, fornecem
excelentes oportunidades para o pastor envolver-se na
comunidade. A percepção tardia permite que o indivíduo saiba
sobre o passado; a previsão permite que o indivíduo tome
consciência de eventos futuros. A percepção atual, discernindo as
oportunidades, dá entendimento do presente.
3- Estratégia – Toda visão dada por Deus deve ser acompanhada por
uma estratégia dada por Deus. A estratégia, por vezes, é revelada
momento após momento à medida que seguimos a Deus um passo
de cada vez. Exemplo: (Js. 3) Há todo um trabalho de orientação
de Josué e de revelação de Jeová. O verso quatro diz: “ Visto que
por tal caminho nunca passastes antes...” Quando os sacerdotes
entraram no Jordão, as águas se separaram. Não podemos fazer a
obra de Deus separado da sabedoria de Deus. Mesmo tendo uma
estratégia, muitas pessoas hesitam se envolver em novos
programas e ou ministérios, por diversas razões: a) Medo de
fracassar. Temos como exemplo a Parábola dos Talentos. O medo
de fracassar fez com que o servo mau interasse o talento. b.)
Sentimentos de inadequabilidade. Por não conseguir se
encaixar às pessoas ou ao programa, ou ainda por complexo de
inferioridade. c.) Ameaça de novas situações. Alguns estão
satisfeitos com o vinho velho e convencidos de que o vinho novo
não pode ser tão bom assim. d) Perigo de cancelamento de
direitos. Se a igreja cresce, certas pessoas podem não sentir úteis
ou importantes. e.) Custo de mudanças. Com o crescimento da
igreja, surgem novas exigências de tempo, aptidões e
investimentos.
Obs> Quando a Calvary Temple, estava com quase 5000 membros,
formaram 31 comissões, com vinte pessoas cada, dos diversos
departamentos da igreja, e durante um ano se reuniram e estudaram
56
em separado as estratégias de crescimento para os próximos cinco
anos e para crescer de 5 mil para 10 mil membros.
4- Implementação - Os planos devem ser pragmáticos. Mesmo
assim, o líder deve estar disposto a tentar algo novo. Ouse correr
riscos. Quando estiver óbvio que determinado programa não está
dando certo, tenha a coragem de coloca-lo de lado e passar para
um plano diferente. O sucesso na implementação de uma estratégia
de crescimento depende de uma ampla extensão de envolvimento
do pastor. Motivação é a palavra chave para a implantação bem
sucedida. As pessoas ficam envolvidas com coisas que
verdadeiramente desejam fazer parte. O pastor cria o clima no qual
a motivação interior desabrocha.
5-
Evangelismo – A igreja que tem planos de crescimento precisa ter
uma estratégia agressiva de evangelismo. A ordem de Jesus é Ide!
Temos de levar o evangelho àqueles que estão fora das paredes de
nossas igrejas. Para sermos eficientes pescadores de homens,
precisamos colocar a rede do lado de fora do barco. “ Deus nos
chamou para sermos pescadores de homens, e não guardadores de
aquário.” (Thomas F.Zimerman – Ex superintendente da Assembléia de Deus
USA .)
A estratégia mais eficaz para alcançar uma cidade para Cristo é
treinar os cristãos para alcançarem suas respectivas redes sociais.
A maioria das pessoas tem uma rede pessoal de 20 a 30 pessoas
com as quais se relaciona regularmente. Redes sociais era a base
do crescimento explosivo da igreja primitiva. Jesus ordenou ao
novos cristãos que voltassem às suas casas para lhes contarem as
Boas Novas. Tais redes são o que Donald McGavran chamava de
“As Pontes de Deus”. ( MORRIS,Linus.Uma Igreja de Alto Impacto. Ed.Mundo
Cristão.SP.2003.pp.173-174)
6- A igreja pode buscar os perdidos mediante Grupos de
companheirismo nas casas, distribuição de literatura, ministério de
comunicação em rádio, TV. Jornais, Ministério de Capelania
Hospitalar e prisional, equipes esportivas, clínicas de desintoxicação
, tele paz, produções musicais , eventos ligados à cultura do povo
como as festas populares, etc.
7- Alimentação – A igreja próspera indiscutivelmente será um lugar
de boa alimentação, boa comida espiritual, ambiente impregnado
de amor e atmosfera de amizade. Em nossa sociedade impessoal, é
vital que a igreja mantenha um toque pessoal. Pessoas sempre
devem ser mais importantes para a igreja local do que programas
ou propriedades. A igreja crescente desenvolverá um ministério
orientado às pessoas em vez de adotar um formato orientado por
programas.
Conclusão : O crescimento não depende de alguma formula mágica .
Entenda-o como gratificação por algumas ações .Portanto:
Ouse ter visão – Torne-se visível à comunidade.
57
Projete uma estratégia de crescimento plena de conhecimento das carências
da cidade.
Implemente a estratégia pelo evangelismo e alimentação e prepare-se para
a colheita.
Palavras chaves da lição : Visão e trabalho.
---------------------------------------------------------------“ O Pastor Pentecostal- Um mandato para o Século XXI. Unidade 5 “Planejando o
crescimento da Igreja” por J.Don George. P. 510 . CPAD.RJ. 1999
O CRESCIMENTO DA IGREJA E AS FINANÇAS
Duas abordagens : a do pensamento alocativo e a do pensamento
Inovador.
A do pensamento alocativo diz: Os recursos são limitados e o que temos,
devemos dividir com muito acerto. Faça cortes onde quer que seja
necessário e tente dar uma porção justa a cada departamento. O problema
desta abordagem é o seguinte: Se considerarmos o orçamento como um
limite, nunca teremos fé para ir além do que existe.
A abordagem inovadora diz: “ Quais são as outras opções? Quais as
possibilidades? Nesta abordagem, o orçamento não limitará a expansão da
obra.Ela estará incluindo mais pessoas e expandindo as oportunidades
ministeriais. A diferença entre ambas é que: Uma abordagem começa com
o problema, a outra com a visão. Uma abordagem olha para o passado, a
outra para o futuro.
----------------------------------------------------------------“ O Pastor Pentecostal” por Dan Secrist, pastor da Faith Assembly of God,
Lacey,Washington.p.517. CPAD.RJ. 1999
COMO JESUS ATRAIA AS MULTIDÕES
Textos: Mt. 4:25 , Mc. 12:37
As pessoas gostavam de ouvir Jesus e o seguiam onde quer que ele
fosse.Seu ministério tinha uma qualidade magnética. O que atraia
grandes multidões para o ministério de Jesus?
Podemos citar 3
segredos do seu carisma:
1- Ele amava – Mt. 9:36
2- Ele ia de encontro às necessidades das pessoas – Mt. 15:30,Lc.6:17, Jº.6:2
3- Ele ensinava de uma forma interessante e prática.- Mt. 13:34, Mc. 10:1,
12:37
58
1 – Jesus Amava – Amava as pessoas perdidas e gastava mais tempo com
o povo do que com os líderes religiosos.Ele freqüentava as festas populares
e era chamado de amigo dos pecadores. ( Lc. 7:34) Amar os não crentes
como Jesus amou é a chave mais ignorada para o crescimento da igreja. As
igrejas que crescem são aquelas que têm crenças conservadoras e amam os
não crentes. Grandes igrejas são construídas com amor a Deus, amor de
uns para com os outros e amor pelos não crentes. Nos cultos, o amor ao
visitante, se expressa de maneira prática, e isto é indicativo, se este amor é
proverbial ou real.
Exemplo prático: Começa na recepção com o
recebimento cordial.Acompanha-lo até o local de assento, o empréstimo de
Bíblia, ficar em pé se necessário para que o visitante se assente, etc... Na
igreja de Rick Warren, com milhares de pessoas, os irmãos estacionam
mais longe para que os visitantes possam estacionar mais perto. O amor
aproxima as pessoas como um imã poderoso. A falta de amor faz com que
elas se afastem.
2 – Ia de encontro às necessidades das pessoas.- Jesus geralmente
atingia uma necessidade a fim de construir uma ponte para evangelizar.
Muitas vezes perguntava às pessoas: - O que quer que eu faça por você ?
Antes de você compartilhar as boas novas da salvação com alguém, deve
despertar a atenção dele ou dela. Tiago repreendeu aos cristãos que
pensam que a resposta para todas as necessidades é um sermão ou um
versículo: “ Se o irmão ou irmã estiverem nus, e tiverem falta de
mantimento cotidiano, e algum de vós lhe disser: Ide em paz; aquentai-vos
e fartai-vos, mas não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que
proveito há nisso ? ( Tg. 2: 15-16 ) Ir de encontro às necessidades
humanas é ser cumpridor da Palavra. A necessidade de uma comunidade
pode se tornar a chave para a evangelização.
Li no Jornal de Missões ( JMM da CBB) o testemunho do casal de
missionários batistas Jorge Tejada e Dulcerly que foram enviados à
República Dominicana em setembro de 2001. Relata a missionária que eles
chegaram a La Vega, uma cidade pequena do interior. Usarei a própria
linguagem descritiva da irmã Dulcerly: “ Ali, ( em La Vega .) nos
entregaram uma igreja em ruínas. Chegamos num terreno abandonado e
cheio de mato, onde nos disseram que havia um templo. Olhei para o meu
esposo e nos veio à mente: “ – Deus, ajude-nos!” Depois de conhecer o
espaço físico, iríamos conhecer os irmãos. Estávamos ansiosos para
conhecer a nova congregação. Foi um balde de água fria. Só restava uma
irmã do que havia sido a igreja. Começamos a orar e a clamar ao Senhor.
Muitas vezes, com a família, estivemos de joelhos pedindo ajuda. Como e
por onde começar ? Um dia, passeando pelos bairros, começamos a
observar os meninos de classe média que passavam várias horas nas
quadras de basquete ou nos campos de beisebol jogando. Nos aproximamos
e começamos a saber de suas vidas. Quando não estão nas escolas, ficam
nas ruas. O motivo é que os pais estão ocupados, correndo atrás dos bens
materiais. Seus filhos têm de tudo. Computadores, tênis de marca, games,
etc... Porém, há um clamor de amor e aceitação. Há um clamor de
abandono. Deus começou a abrir os nossos ouvidos e começamos a ouvir
esses clamores. Ele nos mostrou que deveríamos alcançar as crianças e os
adolescentes que representam 70% da população do país. Elaboramos um
projeto e nos lançamos à obra. Preparamos grupos de contadores de
59
histórias bíblicas, de fantoches e pantomima. Jovens e adultos estão se
convertendo e Deus está renovando a igreja. Há tantos outros clamores no
meio da cidade, que nem sabemos como iremos responder.”
“ Quanto mais uma igreja puder identificar necessidades percebidas e
ministrar a elas, tanto mais eficaz será sua evangelização.” Linus Morris.
A igreja, desejando servir ao próximo e evangelizar, deve planejar seu
trabalho tendo em mente uma determinada necessidade. Exemplos de
ministérios :
“ Braços Vazios” – Para casais que perderam algum filho
“ MAC “ – Ministério de apoio a casais
“ MIQ” – Ministério Idade com Qualidade- 3ª idade.
“ Os construtores da Paz” ( USA) Congrega pessoas que trabalham com
a segurança pública.
Cada vez que a igreja vai de encontro às necessidades de alguém, um bom
comentário sobre a sua comunidade começa a se espalhar em sua
localidade. Isso atrai pessoas que nenhum programa de visitação jamais
poderia alcançar. A igreja Central de Campinas mantêm um serviço de
orientação profissional visando auxiliar os desempregados:
Orientação Profissional : ( Ex.de chamada no site da igreja)
Se você está em busca de orientação profissional para desenvolver sua
carreira, ou ainda, se está desempregado procurando recolocação, procure
o ministério de orientação profissional da Igreja. Os encontros são todas as
segundas-feiras a partir das 7h, no prédio do CEN.
Temas abordados:
- Como elaborar um bom currículo;
- Como se comportar em entrevistas e dinâmica de grupo;
- Como usar a internet para conseguir um emprego;
- Como fazer Networking (rede de relacionamentos);
- Como melhorar o seu nível de empregabilidade;
- Como ser um empreendedor;
- Fatores motivacionais como diferencial competitivo
60
3 – Jesus atraia as multidões ensinando – As pessoas ficavam
maravilhadas com os seus ensinamentos. ( Mt. 7 : 28 )
As pessoas ficavam profundamente interessadas ( Mt. 22:33) As multidões
gostavam de ouvir o Senhor Jesus. ( Mc. 12:37 ) .
Do estilo de
comunicação de Jesus, podemos aprender:
a) Jesus normalmente ensinava respondendo a uma questão ou se
reportando a um problema de alguém na multidão. Ele coçava onde as
pessoas sentiam coceira. Ele sempre era relevante e enfocava a situação do
momento.
As “ Boas Novas” oferecem às pessoas perdidas o que elas
estão freneticamente buscando: perdão, liberdade, segurança,
propósito, amor, aceitação, força. O Evangelho acerta o nosso passado,
assegura nosso futuro e nos dá significado para hoje. É a melhor notícia de
toda a história mundial !
Começando por onde estão as necessidades das
pessoas quando prega ou ensina, você imediatamente ganha a atenção de
seu auditório. Todo bom comunicador entende e usa este princípio. Um bom
vendedor sabe que sempre deve iniciar falando sobre a necessidade do
consumidor e não a respeito do produto. Poucas pessoas que vieram para
Cristo estavam buscando a verdade. Elas estavam buscando alívio. Jesus ia
de encontro às suas necessidades, quaisquer que fossem: Lepra, cegueira,
luto ou problemas na coluna. Depois que as suas necessidades eram
solucionadas, elas sempre ficavam ansiosas por conhecer a verdade sobre
este homem que as ajudou em um problema que ninguém podia resolver.
b) Jesus relacionava a verdade com a vida - Jesus era prático. Seus
ensinamentos claros, relevantes e aplicáveis. Seu alvo era transformar as
pessoas e não meramente informa-las. A mensagem
verdadeira não
somente atrai multidões, ela muda vidas ! Sermões que exortam as pessoas
a mudar, sem ensinar passos práticos de como conseguir isso, acabam
produzindo culpa e frustração. A pregação mais profunda é aquela que faz
diferença no dia-a-dia.
Sermões - Abordagem errada
Inicia falando do produto
Prolongado diagnóstico ( Reclama
sociedade e há julgamentos
Amaldiçoa as trevas
-
abordagem correta
Inicia falando da necessidade do
consumidor
da Não ignora o diagnóstico, mas enfatiza
e indica o remédio.
Traz a Luz.
Abrupta conclusão: Fala que Cristo é a Conclusão:
Aplicação.Mostra
resposta.
Cristo é a resposta.
Alvo: Informar. Atrair multidões.
como
Alvo: Transformar e mudar vidas.
Jesus Falou às multidões num estilo interessante. “ A multidão o ouvia
com prazer” Mc. 12:37 . Um sermão não precisa ser grave e seco para ser
espiritual. Não podemos ter medo de sermos interessantes. Jesus cativava
o interesse das grandes multidões com técnicas que você e eu podemos
usar. Ele contava histórias para se fazer entendido. Jesus era um mestre na
C)
61
arte de contar histórias.( Mt. 13:34 ) As histórias seguram a atenção,
elevam as emoções e produzem impactos e nos ajudam a lembrar.
Jesus falava com uma linguagem simples. Não usava jargões técnicos ou
teológicos. Não usou a língua grega clássica, mas falou em aramaico, a
linguagem das ruas daquela região e época. É muito fácil complicar o
evangelho e é claro que Satanás torce para que façamos isso. Paulo fala da
“ simplicidade” que há em Cristo. ( 2 Co. 11:3 ) Simples, não significa
superficial ou simplista. Significa ser claro e inteligível.
Para discussão em classe:
Alguns pastores afirmam: - “A Bíblia não fala para que o mundo venha para
a igreja. Ela fala para que a igreja vá ao mundo.” Discutir se é exata ou
inexata a declaração.
Argumentos a favor de ir e falar : O significado na Grande Comissão é ir e
falar. Os crentes não devem esperar que o mundo venha e nos pergunte
sobre Cristo. Nós devemos tomar a iniciativa de compartilhar as Boas Novas
. O ide já nos foi dado.
Argumentos em favor para que o mundo venha à igreja: Para o mundo
perdido Jesus diz: Venha! Quando dois discípulos quiseram saber quem era
Jesus, ele respondeu:” Vinde e Vede” (João 1:39 )
Em Mateus 11:28 o
Senhor disse: “ Vinde a mim todos...”
No último dia da festa dos
Tabernáculos, Jesus pôs-se de pé e clamou: -“ Se alguém tem sede, venha
a mim e beba.” (João 7:37)
Conclusão:
Ambos: “ Vá e diga” e “ Venha e Veja” são encontrados no Novo
Testamento. Não temos de escolher entre ir e vir. Ambas são formas válidas
de evangelismo. Algumas pessoas serão alcançadas por atração e outras
por confrontação.
“ à comunidade, a igreja deve dizer: Venha e veja. Aos crentes, os de
casa, a igreja deve dizer: Vá e diga!
----------------------------------------WARREN.Rick. Uma Igreja com propósitos. Ed. Vida.SP. Cap. 12. pp. 251 a 284
O MOVIMENTO DE CRESCIMENTO DA IGREJA E O LIVRO DE ATOS
Na verdade, o
lugar para começar a estudar o crescimento da igreja,
não é nos livros do século XX, mas no manual de Deus, o livro de Atos!
Atos não é apenas um livro didático geral sobre o crescimento da
igreja, mas também um manual específico para pregadores sobre
como pregar para obter o crescimento da igreja. Veja estes registros:
“ E a Palavra de Deus crescia e se multiplicava” ( At. 12:24 )
62
“ E divulgava-se a Palavra de Deus por toda a região.” ( At.13:49 )
“ Assim a Palavra do Senhor crescia poderosamente.” ( At. 19:20 )
O livro de ATOS registrou o crescimento numérico da igreja: At. 1:14,
2:42-47, 4:4, 5:14, 6:17, 8:6, 9:31, 16:5, 17:2-4, 17:11-12 ,
31:20 )
Foi pregado a toda a criatura. ( Cl. 1:23 )
Proclamado a todo o mundo . ( Rm. 1:18 )
Divulgado por toda a parte. ( I Ts. 1:8 )
Em Atos, crescimento da igreja é crescimento da pregação.( At. 6:7,
19:20 )
A igreja cresce na medida em que a Palavra se multiplica, se espalha e
prevalece, apesar de oposição, perseguição e barreiras culturais.
A partir do capítulo 4 de Atos, os ventos da adversidade começam a
soprar contra a igreja.Eis as principais táticas de Satanás:
1 – Silenciar os pregadores através da perseguição física.
Levantando as autoridades e os partidos políticos da época, como os
Saduceus.(At.4:1-17, 5:17-42)
2 – Arruinar a igreja e a integridade de sua mensagem pela
corrupção moral. (vide At. 5:11 ) A punição de Ananias e Safira
infunde temor, trás sensatez e mantém a integridade.
3 – Destruir a igreja distraindo seus pregadores da oração e
pregação. Esta tática falha quando os 12 enfaticamente declaram: “
Não é razoável que deixemos a Palavra e sirvamos às mesas...” Nós
perseveraremos na oração e no ministério da Palavra.” ( At.6:2-4 )
Segundo o Pr. David Ruiz, da Guatemala, a América Latina pode ser
considerada hoje o centro do mundo cristão. A igreja neste continente
cresceu 232% nos últimos 40 anos. Calcula-se em 80 milhões o
número de convertidos.
( Vide Site: www.teologiabrasileira.com.br/davidruiz
E o que dizer do continente africano ? “ Em 1900, havia um número
estimado em 8 milhões de cristãos declarados na África, cerca de 10%
do continente. Na década de 1980 esse número chegava a 250
milhões, ou seja, cerca da metade da população de toda a África.
Nunca antes na história da igreja ocorreu um crescimento tão
espetacular em um único século.” ( SHAW,Mark.Lições de Mestre.Ed.Mundo
Cristão.SP.2004.p. 73 )
Atos 6:4
é a principal declaração no manual de Deus para o
crescimento da igreja:
“ E, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério
da palavra.”
Crescimento Evangélico no Brasil:
A comparação dos Censos de 1940 e 2000 mostrou uma
expressiva redução de católicos no Brasil, de 95% para 73,6%
Nesses 60 anos, os evangélicos cresceram de 2,6% para 15,4%.
63
O maior crescimento se deu no Estado de
Rondônia, onde 27,2% da população é evangélica.
Em 1991 éramos 13.189.285 evangélicos. Em 2000 somamos
26.166.927. taxa de crescimento: 98,4%.
Estados com maior crescimento:
Roraima 239%
Acre 187%
Alagoas 171%
Amapá 183%
Paraíba 177%
Rio Grande do Norte 165%
São Paulo 117%
Estados com menor crescimento:
Rio Grande do Sul 23%
Santa Catarina 56%
Mato Grosso 79%
A ORAÇÃO
“ Quando Deus vai mandar reavivamento, ele primeiramente envia seu
Espírito adiante para agitar e estimular seu povo a orar.”
David Eby
“ A condição da igreja pode ser medida com precisão por suas
reuniões de oração. Assim, a reunião de oração é um “gracômetro”
com o qual podemos medir a quantidade de trabalho divino de um
povo. Para Deus estar perto da igreja, ela precisa orar. Se Deus não
estiver lá, um dos primeiros sinais de sua ausência será a preguiça de
orar.”
( Charles Haddon Spurgeon )
“ A verdadeira oração não vem de sua própria força. A oração não é
uma ferramenta ou recurso para mudar Deus. A oração não faz de
Deus um fantoche e não coloca você no centro do universo. A oração
como toda forma de obediência nas Escrituras, é um Dom de Deus: “
Mas sobre a acasa de Davi,...derramarei o espírito de graça e de
súplicas.” Zc.12:10.” David Eby
“ Os auto-suficientes não oram; apenas falam consigo mesmos. Os
auto-satisfeitos não Têm conhecimento de sua necessidade. Os auto-
64
justificados não podem orar; não possuem base sobre a qual possam
aproximar-se de Deus.” Cyril J. Barber.
ORAR NÃO É ENTRETER-SE EM ABSTRAÇÕES
F.Kefa Sempangi é um pastor africano que fugiu milagrosamente de
Uganda durante o governo de Idi Amin e veio para os Estados Unidos.
Kefa escreveu um livro chamado “ A Distant Grief” em que narra a
história do martírio de cristãos em Uganda. Nos Estados Unidos Kefa
teve a oportunidade de estudar em um seminário da Costa Leste e se
preparar para o ministério. Um dia , Kefa pôs-se a compartilhar as
mudanças que rapidamente ocorreram em sua vida, principalmente
em sua vida de oração. Vejamos o que ele tem a dizer sobre isso:
“ Em Uganda eu orava com o mais profundo senso de urgência. Eu me
recusava a parar de orar ajoelhado enquanto não estivesse de todo
convencido de que estivera na presença do Cristo Ressurreto. Eu não
precisava de uma benção. Precisava ver Aquele que abençoa!
Precisava saber que o Deus dos órfãos e viúvas,( Sl. 68:5 ) O Deus dos
desamparados, havia ouvido a minha oração.
Mas agora, depois de estar vivendo há um ano na Filadélfia, essa
urgência deixou de existir. Quando orava em público estava mais
preocupado em estar teologicamente correto do que estar na presença
de Deus. Até mesmo as orações que fazia em particular não eram mais
como o clamor desesperado de uma criança. Elas funcionavam como
tranqüilizantes espirituais...
Uma noite, fiz minhas orações de maneira
rotineira e estava prestes a me deitar, quando ouvi a convincente voz
do Espírito Santo: “ Kefa, por quem você estava orando? Era isso que
você desejava? Eu estava acostumado a ouvir nomes de crianças em
suas orações, bem como de seus amigos e parentes. Você orava por
Okelo e Topista, por Nakazi e por seu pai. Agora você ora pelos “
Órfãos”, pela igreja e pelos outros refugiados. Quem são estes
refugiados, Kefa? Quais cristãos? Quais órfãos? Quem são essas
pessoas e o que você quer para elas?
Esta foi uma forte repreensão. Quando caí novamente de joelhos e
pedi perdão pelo meu pecado de descrença, sabia que não era apenas
uma memória ruim que me fez o nome das pessoas e fazer de conta
que até mesmo as pessoas mais próximas a mim eram abstrações. O
próprio Deus havia se tornado uma figura distante. Ele se tornara para
mim um assunto de debate, algo abstrato.
Daquele dia em diante, minhas orações tornaram-se específicas. Eu
orava por pessoas reais, que tinham necessidades reais. E não
demorou muito tempo para que, mais uma vez, essas necessidades se
tornassem o meio pelo qual eu viesse a me encontrar face a face com
o Deus vivo.”
( GETZ,Gene. Neemias, Um Modelo de Liderança. Ed. Mundo
Cristão.SP. 2003.p. 127)
A UNIDADE DA IGREJA
65
Muitas igrejas estão “marcando passo” e outras pararam de crescer,
porque se tornaram casas divididas. O pastor Tommy Tenney, em seu
apreciado livro “ O Dream Team de Deus”, passa-nos 4 lições básicas a
respeito das igrejas:
1- Se uma igreja está morta, a análise de sua história mostrará que a
doença que a matou foi a divisão.
2- Se a igreja ainda não está morta, está quase chegando lá. A
maioria já passou por uma contenda forte e a próxima está em fase
de fermentação.
3- Se em uma igreja só o pastor manda, ou só a liderança manda, em
detrimento daquilo que Deus quer, morre neste lugar a vida de
Deus. Quando as raízes morrem, o tronco e as folhas morrem
também.
4- A divisão é uma doença sutil, que corrói as pessoas de dentro para
fora. Elas estão morrendo espiritualmente por causa de dissensão e
conflitos; sempre sofrendo por causa de feridas feitas em nome de
Jesus.
Novos convertidos podem murchar e morrer em um
ambiente onde haja divisão.
( TENNEY,Tommy.O Dream Team de Deus. Ed. Atos. Belo
Horizonte.MG.2003.p. )
Todos reconhecem o valor da unidade na igreja local como fator
estabilizante e produtor de crescimento. No entanto, o assunto “
UNIDADE” extrapola os contornos da igreja local e não é assunto
recente de debate. Já no século seguinte à Reforma, estava em
debate. Um dos expoentes a refletir sobre o assunto, foi Jeremiah
Burroughs ( 1599-1646).
Hoje estamos estruturados dentro de “Denominações”, e, para
refletir sobre unidade temos que considerar a instituição
denominacional. Vejamos a definição dada por Wintrop Hudson ao
denominacionalismo:
“ O denominacionalismo é o oposto do sectarismo. Uma “seita”
afirma que somente ela possuí a autoridade de Cristo. Por definição,
uma seita é exclusiva, separada. A palavra “ denominação”, é um
termo inclusivo; um termo ecumênico.Ela implica que o grupo a que se
refere é apenas um membro, chamado ou denominado por um nome
em particular, de um grupo maior – A Igreja -, ao qual essa
denominação pertence.
( Winthrop Hudson, in “ American Protestantism” )
“ O denominacionalismo vem sendo há muito o protetor de parte do
Corpo de Cristo.” ( Mark Shaw )
São interessantes os comentários do teólogo católico Hans Kϋng: “ A
coexistência de igrejas diferentes não ameaça, por si mesma, a
unidade da igreja. A unidade somente corre perigo pela coexistência
que não é cooperação nem apoio, mas basicamente uma confrontação
hostil.” Diz ele ainda : “ Dois motivos causadores da desunião cristã:
sectarismo e sincretismo. Sectarismo é uma atitude de exclusão: “
A minha igreja é a única que tem a verdade”. Seu relacionamento com
outras igrejas envolve uma confrontação hostil. O orgulho espiritual é
66
o
verdadeiro motivo
para as
divisões sectárias, não o
denominacionalismo.
Sincretismo é a corrupção do evangelho quando este é misturado com
as ideologias de seus dias.”
Apenas uma Teologia da Cruz que
estenda as implicações da morte salvífica de Cristo em todas as
direções
pode
servir
como
defesa
adequada
contra
o
comprometimento teológico.
“ Quando a igreja Confessional da Alemanha se desligou, na década de
1930, das igrejas históricas que haviam comprometido o Evangelho
com o nazismo, ela não estava pecando contra a unidade cristã. Na
verdade, estava confessando que Cristo, não César ( Governante
Humano ) é o Senhor. O sincretismo, assim como o sectarismo, pode
invadir as estruturas denominacionais e fazer com que o
denominacionalismo pareça ser o problema.” ( SHAW,Mark. Lições de Mestre.
Ed. Mundo Cristão.SP. 2004. pp.75-76 )
Teoria clássica do Denominacionalismo
( por Mark Shaw )
Atribui-se
a Jeremiah Burroughs o lançamento das bases nas quais
mais tarde se consolidaria a visão denominacional. Nascido em 1599,
em Londres,Inglaterra. Estudou na Faculdade Emanuel,Universidade
de Cambridge, que era o maior seminário dos pregadores puritanos da
Inglaterra. Em 1624, quando terminava o seu mestrado, foi perseguido
e expulso da Universidade oficiais da igreja, que se opunham às suas
idéias de que a melhor forma de governo da igreja era a
congregacional e não a episcopal.
Em 1644, junto com outros
dissidentes, apresentou a sua teoria denominacional sobre a igreja em
sua obra “ Apologetical Narration” ( Narrativa apologética) que
estabelecia as diretrizes de uma teoria surpreendentemente original da
unidade da igreja. Faleceu no ano de 1646, com apenas 47 anos de
idade. Foi um defensor ardoroso e amante da unidade da igreja, que
segundo ele cria, devia relevar as pequenas causas de divisões.
Burroughs e seus aliados em Westminster, levantaram argumentos em
defesa da teoria denominacional com base em 6 princípios:
1- As diferenças doutrinárias são inevitáveis.
– Embora o
ensinamento bíblico sobre a salvação seja suficientemente claro
67
2-
3-
4-
5-
6-
para que todos os cristãos verdadeiros concordem com ele, outras
questões não foram colocadas de maneira tão óbvia. Há diferenças
sobre doutrinas específicas, tipos de organização, liturgias, etc...
Os cristãos vêm se debatendo há séculos por causa dessas
questões secundárias, seria irreal esperar que as discórdias
pudessem desaparecer repentinamente.
As diferenças doutrinárias em questões secundárias
continuam sendo importantes. Fundamentado apenas na Bíblia,
e não na autoridade humana, o cristão tem o direito de determinar
em sua consciência as opiniões, inclusive sobre princípios
secundários de doutrina ( e não os fundamentos da fé ), que
continuam valendo. Essas opiniões diferentes ( sobre tipo de
louvor, formas de governo, liberdade cristã, escatologia, etc.)
devem ser preservadas, pois a Bíblia tem autoridade suprema sobre
a nossa consciência, mesmo em se tratando de questões
secundárias. Organizar igrejas e denominações é, portanto, algo
legítimo.
As diferenças podem ser úteis. – Deus pode usar as diferenças
para trazer à tona a verdade. Em vez de ser ameaçado pelas
diferenças de ponto de vista sobre questões secundárias, os
cristãos podem ser fortalecidos pela relação de troca que ocorre em
debates, leituras e meditações. Sentir-se ameaçado pelas
diferenças já é avançar em direção ao espírito de sectarismo.
Nenhuma estrutura pode representar sozinha a Igreja de
Cristo em sua totalidade. O centro do sectarismo é a tendência
de identificarmos a verdadeira igreja como a expressão de uma
única organização. O denominacionalismo contraria esse espírito ao
preservar o “ princípio protestante”; nenhuma estrutura eclesiástica
pode representar sozinha a verdadeira igreja de Cristo. Deus não é
possessão exclusiva de alguma igreja, e a existência de diferenças
entre as igrejas, servem como um corretivo constante para as
pretensões de todas as igrejas.
A verdadeira unidade é baseada no Evangelho comum e
deveria
ser
expressa
pela
cooperação
entre
as
denominações. Nossa concordância no Evangelho é mais
importante que nossas discordâncias nas áreas secundárias. A
unidade deve ser expressa pela cooperação entre as denominações
em questões referentes a missões e serviços e não
necessariamente pela união das igrejas. Estamos divididos em
muitos pontos, mas unidos em Cristo. Podemos e devemos
trabalhar juntos pela causa comum da piedade.
A separação denominacional não é divisionismo. J. Burroughs
foi acusado pela Assembléia de Westminster de advogar a cisma, e
dividir a igreja em facções rivais. Ele se defendeu dizendo que ; “ a
verdadeira natureza do cisma é um rompimento sem amor, injusto,
violento, da união com a Igreja ou com seus membros. A separação
amável e pacífica, além das linhas denominacionais para o avanço
do Evangelho é positiva.
As associações paraeclesiásticas
68
È injusto falar de crescimento e desenvolvimento da igreja sem mencionar
o papel das estruturas paraeclesiásticas. As associações são estruturas de
apoio, de propósito único. Elas se somam a milhares delas e agem em prol
da igreja cristã. São agentes de cooperação entre as denominações. Onde
os evangélicos estariam hoje sem a ação das Sociedades Bíblicas? Em
todos os continentes elas agiram de forma imperiosa! Vejamos alguns
depoimentos:
“ Coube às sociedades bíblicas americana e britânica a honra de fazer
entrar na América Latina as primeiras Bíblias, no início do século XIX.
Surgiram destemidos colportores que devotavam tempo integral no
trabalho de venda e distribuição das Escrituras. Foram alvo de ataques e
prisões por parte das autoridades, instigadas pelos padres e bispos.
Destacaram-se neste ministério: Penzotti – no Peru. Tonelli, F.C.Glass e
Hugo C.Tucker no Brasil. James Thonson na América do Sul, Central,
México e Caribe.
F.C.Glass, testemunhou : “ Em dezenas de lugares onde vendi os primeiros
exemplares das Escrituras, existem fortes igrejas atualmente...Se alguém
quiser abrir uma nova área, a primeira coisa a ser feita é enviar alguém
munido de uma Bíblia.”
Muitos têm dito que o padrão, nestes primórdios da evangelização no Brasil,
era claro: primeiro aparecia uma Bíblia, depois um convertido, e a seguir ,
uma igreja.
( OLIVEIRA,Raimundo de. História da Igreja. EETAD.p. 158 )
Um nome que não pode ser esquecido neste trabalho de colportagem é o do
Dr. Hugh Clarence Tucker , que foi convidado pela Sociedade Bíblica
Americana em 1887 para ser colportor. No seu trabalho como
propagandista da Bíblia, percorreu vários Estados do centro e Sul do Brasil.
A princípio fazia o trabalho sozinho. De 1887 a 1934 o Dr. Tucker percorreu
várias vezes todos os Estados da Federação brasileira e distribuiu cerca de
2.500.000 exemplares e pregou a milhares de pessoas. Foi um dos
fundadores da Igreja Metodista no Brasil. Cumpriu um ministério de 58 anos
e 3 meses. Faleceu a 4 de Novembro de 1956 com 99 anos.
Mark Shaw, em seu livro “ Lições de Mestre” questiona: - “Onde os
evangélicos estariam sem o movimento de Lausanne, a Associação
Evangelística Billy Graham, a Aliança Evangélica Mundial, os
Navigators, as agências missionárias, a Aliança Bíblia Universitária,
A Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo, A Young Life, o
Focus on The Family, as editoras não denominacionais, as
Universidades, os seminários, rádios, a Adhonep, os Atletas de
Cristo, os Gideões Internacionais ,Missão Portas Abertas, Asas de
Socorro, Sepal, as comunidades evangélicas interdenominacionais,
etc...
As associações e ou organizações paraeclesiásticas parecem fazer as coisas
acontecerem onde a igreja local muitas vezes falha.
Rol de organizações paraeclesiásticas fundadas no Brasil:
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Missão Evangélica da Amazônia (MEVA): foi organizada em 1948. Um
dos seus principais líderes foi Nilo Hawkins, que chegou ao Brasil com
sua esposa Mary em 1942. Por muitos anos, o casal trabalhou entre
os índios de Roraima. No período 1959-1961, foram acusados pelo
governo de estar roubando minérios valiosos da selva. O caso foi
levado até o Conselho de Segurança Nacional. Foram absolvidos e
puderam retornar à tribo, mas perceberam que o trabalho
missionário entre os índios tinha de ser feito por brasileiros. Em
1963, Nilo começou a visitar as igrejas do sul para mobilizar as
igrejas. Passou a lecionar missões no Instituto Palavra da Vida e
outras escolas. Nilo faleceu em 1982.
Mocidade Para Cristo (MPC, 1952)
Missão Novas Tribos do Brasil (1953)
Organização Palavra da Vida (1957)
Aliança Bíblica Universitária (ABU, 1963)
A Missão de Evangelização Mundial (AMEM, 1963): essa missão
começou a enviar brasileiros para o exterior em 1975. Com sede em
Belo Horizonte, a missão tem trabalhado pelo despertamento de
igrejas, bem como o preparo e envio de obreiros para a África e a
Europa.
Asas de Socorro (1964)
Missão Evangélica Betânia (1964)
Missão Evangélica aos Índios do Brasil (1967)
Missão Antioquia (1975): criada em Cianorte, no Paraná, por um
grupo de professores do Instituto Bíblico Presbiteriano. Seu principal
fundador foi o Pr. Jonathan dos Santos. A primeira missionária, Maria
Pires da Luz, foi preparada e enviada para Portugal em 1976, tendo
implantado duas igrejas no norte daquele país. Depois ela foi para
Angola. Outros missionários foram para Israel, Portugal, África e
Àsia.
Jovens Com Uma Missão (JOCUM, 1976)
Aliança Batista Missionária da Amazônia (ALBAMA, 1976): tinha sede
em Belém; começou com 15 casais e um missionário solteiro.
Associação Lingüística Evangélica Missionária (ALEM, 1983): foi
formada em Brasília por iniciativa da Associação Wycliffe de
Tradutores da Bíblia.
Projeto América do Sul (PAS, 1984): resultou da visão missionária de
Edison Queiroz de Oliveira, pastor da Igreja Batista de Santo André,
em São Paulo. Ele impressionou-se com o fato de que havia cinco
países na América Latina com um reduzido número de evangélicos.
No mesmo ano, 14 obreiros foram treinados e enviados para o
Uruguai e o Paraguai. No primeiro país, foram fundadas duas igrejas
e reativadas outras duas. No Paraguai foi fundada uma igreja, apesar
de forte oposição. Em 1985, mais um grupo saiu para o Peru, a
Colômbia e a Venezuela.
70
AS MEGAIGREJAS
São baseadas em uma rede de grupos pequenos que funcionam como
centros de assimilação, treinamento, cuidado pastoral e evangelização.
Metaigrejas e Megaigrejas, com mais de 2 mil pessoas, são como Shopping
Centers, oferecendo uma grande variedade de serviços para uma
quantidade enorme de pessoas.
Uma megaigreja é uma grande igreja freqüentemente definida como tendo
mais de 10.000 adoradores em um típico culto semanal.Globalmente, estas
grandes congregações estão em um significativo desenvolvimento no meio
cristão protestante, desafiando os papéis das denominações como as fontes
primárias dos recursos e treinamentos ministeriais.
A Yoido Full Gospel Church (Igreja do Evangélho Pleno de Yoido) em Seul,
Coréia do Sul (com 780.000 membros em 2003), pastoreada por David
(Paul) Yonggi Cho, é a maior igreja do mundo. Outros exemplos são a
Lakewood Church, de Joel Osteen, em Houston, Texas, EUA (46.000
pessoas toda semana), Fellowship Chuch (20.000 pessoas todo fim de
semana), Hillsong Church, Sydney, Austrália (19.000 pessoas todo
domingo).
História
Embora tenham havido grandes igrejas ao longo da História (por exemplo,
o Tabernáculo Metropolitano de Charles Spurgeon em Londres que atraía
em média 5.000 pessoas semanalmente), a difusão do movimento de
megaigrejas, com um grande número de congregantes que retornam
freqüentemente, começou na década de 1950.
Muitas não têm símbolos religiosos. A maioria delas, por sinal, tende a se
parecer mais com grandes teatros, com equipamentos de alta tecnologia,
do que com lugares de culto. Algumas, como a de Willow Creek, no Estado
de Illinois, têm estacionamento para 4000 veículos. São as megaigrejas
protestantes dos Estados Unidos, onde pastores evangélicos e metodistas
reúnem cada vez mais fiéis devido ao fortalecimento da fé como um
fenômeno coletivo e a uma gestão eficaz das congregações.
Elas vêm crescendo rápido. Segundo o estudo Megachurches Today 2005,
atualmente existem 1210 megaigrejas no território americano, o dobro do
que havia há cinco anos. Esses locais reúnem 4,4 milhões de pessoas
semanalmente e arrecadam US$ 7,2 bilhões ao ano. São dirigidas por
pastores que em alguns casos são chamados de “pastorpresários”, por seu
talento na hora de captar dinheiro de ofertas ou com negócios como livros,
vídeos
e
música.
Ainda que as megaigrejas tenham, por definição, pelo menos 2000 fiéis por
semana em seus cultos, a média desses locais é de 3612 pessoas. Quatro
por cento desses templos reúnem mais de 10 mil pessoas semanalmente.
71
Esse grupo seleto é formado pelas igrejas mais profissionalizadas, entre as
quais se destacam a de Saddelback, na Califórnia, e a de Lakewood, em
Houston, no Texas. Essa, dirigida pelo pastor Joel Osteen, bate todos os
recordes: em 2004, a Lakewood faturou US$ 55 milhões, muito acima da
média
de
US$
6
milhões
ao
ano
.
Outro exemplo é a igreja de Willow Creek, que tem uma equipe de gestão
dirigida por dois formados em MBAs de primeira linha mundial (Harvard e
Stanford),
450
funcionários
e
uma
consultoria.
Para Scott Thumma, professor de Sociologia da Religião e um dos diretores
do estudo Megachurches Today , diz estar convencido de que essas igrejas
proliferaram “em parte por que responderam criativamente às novas
necessidades e interesses do público, em uma nova realidade cultual”. E
têm feito isso mesmo sendo um lugar de culto, onde se transmite a
mensagem de que através de deus o indivíduo sai fortalecido e não se fala
de negativismos ou de pecadores. Além disso, funcionam como centros
sociais em que os fiéis se reúnem para orar, obter auxílio conjugal, oferecer
e receber serviços de ajuda comunitários ou simplesmente estar com outras
pessoas com as quais têm uma fé em comum.
Crítica às megaigrejas:
A Igreja ao gosto do freguês !
T. A. McMahon
O movimento chamado "igreja ao gosto do freguês" está invadindo muitas
denominações evangélicas, propondo evangelizar através da aplicação das
últimas técnicas de marketing. Tipicamente, ele começa pesquisando os
não-crentes (que um dos seus líderes chama de "desigrejados" ou "João e
Maria desigrejados"). A pesquisa questiona os que não freqüentam
quaisquer igrejas sobre o tipo de atração que os motivaria a assistir às
reuniões. Os resultados do questionário mostram as mudanças que
poderiam ser feitas nos cultos e em outros programas para atrair os
"desigrejados", mantê-los na igreja e ganhá-los para Cristo. Os que
desenvolvem esse método garantem o crescimento das igrejas que
seguirem cuidadosamente suas diretrizes aprovadas. Praticamente falando,
dá certo!
Duas igrejas são consideradas modelos desse movimento: Willow Creek
Community Church (perto de Chicago), pastoreada por Bill Hybels, e
Saddleback Valley Church (ao sul de Los Angeles) pastoreada por Rick
Warren. Sua influência é inacreditável. Willow Creek formou sua própria
associação de igrejas, com 9.500 igrejas-membros. Em 2003, 100.000
líderes de igrejas assistiram no mínimo a uma conferência para líderes
72
realizada por Willow Creek. Acima de 250.000 pastores e líderes de mais de
125 países participaram do seminário de Rick Warren ("Uma Igreja com
Propósitos"). Mais de 60 mil pastores recebem seu boletim semanal.
Visitamos Willow Creek há algum tempo. Pareceu-nos que essa igreja não
poupa despesas em sua missão de atrair as massas. Depois de passar por
cisnes deslizando sobre um lago cristalino, vê-se o que poderia ser
confundido com a sede de uma corporação ou um shopping center de alto
padrão. Ao lado do templo existe uma grande livraria e uma enorme área
de alimentação completa, que oferece cinco cardápios diferentes. Uma tela
panorâmica permite aos que não conseguiram lugar no santuário ou que
estão na praça de alimentação assistirem aos cultos. O templo é espaçoso e
moderno, equipado com três grandes telões e os mais modernos sistemas
de som e iluminação para a apresentação de peças de teatro e musicais.
Sem dúvida, Willow Creek é imponente, mas não é a única megaigreja que
tem como alvo alcançar os perdidos através dos mais variados métodos.
Megaigrejas através dos EUA adicionam salas de boliche, quadras de
basquete, salões de ginástica e sauna, espaços para guardar equipamentos,
auditórios para concertos e produções teatrais, franquias do McDonalds,
tudo para o progresso do Evangelho. Pelo menos é o que dizem. Ainda que
algumas igrejas estejam lotadas, sua freqüência não é o único elemento
que avaliamos ao analisar essa última moda de "fazer igreja".
O alvo declarado dessas igrejas é alcançar os perdidos, o que é bíblico e
digno de louvor. Mas o mesmo não pode ser dito quanto aos métodos
usados para alcançar esse alvo. Vamos começar pelo marketing como uma
tática para alcançar os perdidos. Fundamentalmente, marketing traça o
perfil dos consumidores, descobre suas necessidades e projeta o produto
(ou imagem a ser vendida) de tal forma que venha ao encontro dos desejos
do consumidor. O resultado esperado é que o consumidor compre o
produto. George Barna, a quem a revista Christianity Today (Cristianismo
Hoje) chama de "o guru do crescimento da igreja", diz que tais métodos são
essenciais para a igreja de nossa sociedade consumista. Líderes evangélicos
do movimento de crescimento da igreja reforçam a idéia de que o método
de marketing pode ser aplicado – e eles o têm aplicado – sem comprometer
o Evangelho. Será?
Em primeiro lugar o Evangelho, e mais significativamente a pessoa de Jesus
Cristo, não cabem em nenhuma estratégia de mercado. Não são produtos a
serem vendidos. Não podem ser modificados ou adaptados para satisfazer
as necessidades de nossa sociedade consumista. Qualquer tentativa nessa
direção compromete de algum modo a verdade sobre quem é Cristo e do
que Ele fez por nós. Por exemplo, se os perdidos são considerados
consumidores, e um mandamento básico de marketing diz que o freguês
sempre tem razão, então qualquer coisa que ofenda os perdidos deve ser
deixada de lado, modificada ou apresentada como sem importância. A
Escritura nos diz claramente que a mensagem da cruz é "loucura para os
que se perdem" e que Cristo é uma "pedra de tropeço e rocha de ofensa" (1
Co 1.18 e 1 Pe 2.8).
73
Megaigrejas adicionam salas de boliche, quadras de basquete, salões de
ginástica e sauna, auditórios para concertos e produções teatrais, franquias
do McDonalds.
Algumas igrejas voltadas ao consumidor procuram evitar esse aspecto
negativo do Evangelho de Cristo enfatizando os benefícios temporais de ser
cristão e colocando a pessoa do consumidor como seu principal ponto de
interesse. Mesmo que essa abordagem apele para a nossa geração
acostumada à gratificação imediata, ela não é o Evangelho verdadeiro nem
o alvo de vida do crente em Cristo.
Em segundo lugar, se você quiser atrair os perdidos oferecendo o que possa
interessá-los, na maior parte do tempo estará apelando para seu lado
carnal. Querendo ou não, esse parece ser o modus operandi dessas igrejas.
Elas copiam o que é popular em nossa cultura – músicas das paradas de
sucesso, produções teatrais, apresentações estimulantes de multimídia e
mensagens positivas que não ultrapassam os trinta minutos. Essas
mensagens freqüentemente são tópicas, terapêuticas, com ênfase na
realização pessoal, salientando o que o Senhor pode oferecer, o que a pessoa
necessita – e ajudando-a na solução de seus problemas.
Essas questões podem não importar a um número cada vez maior de
pastores evangélicos, mas, ironicamente, estão se tornando evidentes para
alguns observadores seculares. Em seu livro The Little Church Went to
Market (A Igrejinha foi ao Mercado), o pastor Gary Gilley observa que o
periódico de marketing American Demographics reconhece que as pessoas
estão:
...procurando espiritualidade, não a religião. Por trás dessa mudança está a
procura por uma fé experimental, uma religião do coração, não da cabeça.
É uma expressão de religiosidade que não dá valor à doutrina, ao dogma, e
faz experiências diretamente com a divindade, seja esta chamada "Espírito
Santo" ou "Consciência Cósmica" ou o "Verdadeiro Eu". É pragmática e
individual, mais centrada em redução de stress do que em salvação, mais
terapêutica do que teológica. Fala sobre sentir-se bem, não sobre ser bom.
É centrada no corpo e na alma e não no espírito. Alguns gurus do marketing
começaram a chamar esse movimento de "indústria da experiência" (pp.
20-21).
Existe outro item que muitos pastores parecem estar deixando de
considerar em seu entusiasmo de promover o crescimento da igreja
atraindo os não-salvos. Mesmo que os números pareçam falar mais alto
nessas "igrejas ao gosto do freguês" (um número surpreendente de igrejas
nos EUA (841) alcançaram a categoria de megaigreja, com 2.000 a 25.000
pessoas presentes nos finais de semana), poucos perceberam que o
aumento no número de membros não se deve a um grande número de
"desigrejados" juntando-se à igreja.
Durante os últimos 70 anos, a percentagem da população dos EUA que vai à
igreja tem sido relativamente constante (mais ou menos 43%). Houve um
74
crescimento, chegando a 49% em 1991 (no tempo do surgimento dessa
nova modalidade de igreja), mas tal crescimento diminuiu gradualmente,
retornando a 42% em 2002 (www.barna.org). De onde, então, essas
megaigrejas, que têm se esforçado para acomodar pessoas que nunca se
interessaram pelo Evangelho, conseguem seus membros? Na maior parte,
de igrejas menores que não estão interessadas ou não têm condições
financeiras de propiciar tais atrações mundanas. O que dizer das multidões
de "desigrejados" que supostamente se chegaram a essas igrejas? Essas
pessoas constituem uma parcela muito pequena das congregações. G.A.
Pritchard estudou Willow Creek por um ano e escreveu um livro intitulado
Willow Creek Seeker Services (Baker Book House, 1996). Nesse livro ele
estima que os "desigrejados", que seriam o público-alvo, constituem
somente 10 ou 15% dos 16.000 membros que freqüentam os cultos de
Willow Creek.
Se essa percentagem é típica entre igrejas "ao gosto do freguês", o que
provavelmente é o caso, então a situação é bastante perturbadora. Milhares
de igrejas nos EUA e em outros países se reestruturaram completamente,
transformando-se em centros de atração para "desigrejados". Isso, aliás,
não é bíblico. A igreja é para a maturidade e crescimento dos santos, que
saem pelo mundo para alcançar os perdidos. Contudo, essas igrejas
voltaram-se para o entretenimento e a conveniência na tentativa de atrair
"João e Maria", fazendo-os sentirem-se confortáveis no ambiente da igreja.
Para que eles continuem freqüentando a "igreja ao gosto do freguês", evitase o ensino profundo das Escrituras em favor de mensagens positivas,
destinadas a fazer as pessoas sentirem-se bem consigo mesmas. À medida
que "João e Maria" continuarem freqüentando a igreja, irão assimilar
apenas uma vaga alusão ao ensino bíblico que poderá trazer convicção de
pecado e verdadeiro arrependimento. O que é ainda pior, os novos
membros recebem uma visão psicologizada de si mesmos que deprecia
essas verdades. Contudo, por pior que seja a situação, o problema não
termina por aí.
A maior parte dos que freqüentam as "igrejas ao gosto do freguês"
professam ser cristãos. No entanto, eles foram atraídos a essas igrejas
pelas mesmas coisas que atraíram os não-crentes, e continuam sendo
alimentados pela mesma dieta biblicamente anêmica, inicialmente
elaborada para não-cristãos. Na melhor das hipóteses, eles recebem leite
aguado; na pior das hipóteses, "alimento" contaminado com "falatórios
inúteis e profanos e as contradições do saber, como falsamente lhe
chamam" (2 Tm 6.20). Certamente uma igreja pode crescer numericamente
seguindo esses moldes, mas não espiritualmente.
Além do mais, não há oportunidades para os crentes crescerem na fé e
tornarem-se maduros em tal ambiente. Tentando defender a "igreja ao
gosto do freguês", alguns têm argumentado que os cultos durante a
semana são separados para discipulado e para o estudo profundo das
Escrituras. Se esse é o caso, trata-se de uma rara exceção e não da regra!
Como já notamos, a maioria dessas igrejas, no uso do seu tempo, energia e
finanças tem como alvo acomodar os "desigrejados". Conseqüentemente,
semana após semana, o total da congregação recebe uma mensagem
75
diluída e requentada. Então, na quarta-feira, quando a congregação
usualmente se reduz a um quarto ou a um terço do tamanho normal, será
que esse pequeno grupo recebe alimentação sólida da Palavra de Deus,
ensino expositivo e uma ênfase na sã doutrina? Dificilmente. Nunca
encontramos uma "igreja ao gosto do freguês" onde isso acontecesse. As
"refeições espirituais" oferecidas nos cultos durante a semana geralmente
são reuniões de grupos e aulas visando o discernimento dos dons
espirituais, ou o estudo de um "best-seller" psico-cristão, ao invés do
estudo da Bíblia.
Talvez o aspecto mais negativo dessas igrejas seja sua tentativa de
impressionar os "desigrejados" ao mencionar especialistas considerados
autoridades em resolver todos os problemas mentais, emocionais e
comportamentais das pessoas: psicólogos e psicanalistas. Nada na história
da Igreja tem diminuído tanto a verdade da suficiência da Palavra de Deus
no tocante a "todas as coisas que conduzem à vida e à piedade" (2 Pe 1.3)
como a introdução da pseudociência da psicoterapia no meio cristão. Seus
milhares de conceitos e centenas de metodologias não-comprovados são
contraditórios e não científicos, totalmente não-bíblicos, como já
documentamos em nossos livros e artigos anteriores. Pritchard observa:
...em Willow Creek, Hybels não somente ensina princípios psicológicos, mas
freqüentemente usa esses mesmos princípios como guias interpretativos
para sua exegese das Escrituras – o rei Davi teve uma crise de identidade,
o apóstolo Paulo encorajou Timóteo a fazer análise e Pedro teve problemas
em estabelecer seus limites. O ponto crítico é que princípios psicológicos
são constantemente adicionados ao ensino de Hybels" (p. 156).
Durante minha visita a Willow Creek, o pastor Hybels trouxe uma
mensagem que começou com as Escrituras e se referia aos problemas que
surgem quando as pessoas mentem. Contudo, ele se apoiou no psiquiatra
M. Scott Peck, o autor de The Road Less Travelled (Simon & Schuster,
1978) quanto às conseqüências desastrosas da mentira. Nesse livro, M.
Scott Peck declara (pp. 269-70): "Deus quer que nos tornemos como Ele
mesmo (ou Ela mesma)"!
Nada na história da Igreja tem diminuído tanto a verdade da suficiência da
Palavra de Deus no tocante a "todas as coisas que conduzem à vida e à
piedade" (2 Pe 1.3) como a introdução da pseudociência da psicoterapia no
meio cristão.
A Saddleback Community Church está igualmente envolvida com a
psicoterapia. Apesar de se dizer cristocêntrica e não centrada na psicologia,
essa igreja tem um dos maiores números de centros dos Alcoólicos
Anônimos e patrocina mais de uma dúzia de grupos de ajuda como "Filhos
Adultos Co-Dependentes de Viciados em Drogas", "Mulheres Co-Viciadas
Casadas com Homens Compulsivos Sexuais ou com Desordens de
Alimentação" e daí por diante. Cada grupo é normalmente liderado por
alguém "em recuperação" e os autores dos livros usados incluem psicólogos
e psiquiatras (www.celebraterecovery.com). Apesar de negar o uso de
psicologia popular, muito dela permeia o trabalho de Rick Warren, incluindo
seu best-seller The Purpose Driven Life (A Vida Com Propósito), que já
76
rendeu sete milhões de dólares. Em sua maior parte, o livro fala de
satisfação pessoal, promove a celebração da recuperação e está cheio de
psicoreferências tais como "Sansão era dependente".
A mensagem principal vinda das igrejas psicologicamente motivadas de
Willow Creek e Saddleback é a de que a Palavra de Deus e o poder do
Espírito Santo são insuficientes para livrar uma pessoa de um pecado
habitual e para transformá-la em alguém cuja vida seja cheia de fruto e
agradável a Deus. Entretanto, o que essas igrejas dizem e fazem tem sido
exportado para centenas de milhares de igrejas ao redor do mundo.
Grande parte da igreja evangélica desenvolveu uma mentalidade de viagem
de recreio em um cruzeiro cheio de atrações, mas isso vai resultar num
"Titanic espiritual". Os pastores de "igrejas ao gosto do freguês" (e aqueles
que estão desejando viajar ao lado deles) precisam cair de joelhos e ler as
palavras de Jesus aos membros da igreja de Laodicéia (Ap 3.14-21). Eles
eram "ricos e abastados" e, no entanto, deixaram de reconhecer que aos
olhos de Deus eram "infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus". Jesus, fora
da porta dessas igrejas, onde O colocaram desapercebidamente, oferece
Seu conselho, a verdade da Sua Palavra, o único meio que pode fazer com
que suas vidas sejam vividas conforme Sua vontade. Não pode existir nada
melhor aqui na terra e na Eternidade! (TBC - http://www.chamada.com.br/)
As mais conhecidas megaigrejas:
Yoido Full Gospel Church (Igreja Yoido do Evangelho Pleno). Na Coréia do Sul, na
cidade de Seul. Pastoreada por David ( Paul) Yonggi Cho. 750.000 mil membros, divididos
em 75 mil grupos-células.
Site: www.fgtv.com
77
Igreja Metodista Pentecostal Jotabeche. Em Santiago do Chile. Rev. Manuel Umaña
Salinas e Pr. Javier Vasquez. 300.000 mil membros em 1988.
Site: www.jotabeche.cl
Igreja Visão do Futuro. Argentina. Pr. Omar Cabrera. 145.000 membros em 1987.
Site: www.visiondefuturo.org
Igreja Vida Profunda . Lagos na Nigéria. 40.000 membros em 1986. Pr. W.F.Kumury
Igreja Willow Creek – em South Barrington-Chigago- Illinois. Pr. Bill Hybels.
20.000 membros em 1988. ( foi plantada em 1979 )
Saddleback Valley Community Church – Cidade de Orange, na Califórnia. Pr. Rick Warren
Iniciada em 1980. Em 1998 estava com 30.000 membros.
Site: www.saddleback.com
78
Moody Memorial Church – Chigago. Pr. Ervwin Lutzer. 5.000 membros.
Igreja do Caminho – em Van Nuys- Califórnia. Pr. Jack Hayford.
Fellowship Church ( Igreja da Comunhão ) em Knox Ville, Tennessee. Pr. Doug Banister.
Lakewood Church – Houston – Texas.USA. Pr. Joel Osteen – 46.000 membros
79
North Point Community Church – Atlanta. Geórgia. Pr.Andy Stanley. 15.000
membros.
Salém Baptist Church – Chigago- Pr. James Meeks – Fundada em 1985 com 200
membros . Atualmente com 20.000 membros.
New Hop Christian Fellowship – Honolulu. Havaí – 11.000 membros. Pr. Wayne
Cordeiro. Pr. Wayne tem ajudado a plantar 80 igrejas na região do Oceano Pacífico.
Iniciada por Dale Galloway na cidade de Portland, no
Estado de Oregon; USA. Sob a liderança de Galloway a igreja cresceu até
atingir mais de 6 mil membros nos chamados “Grupos de cuidado
amoroso” adaptados da estratégia de grupos-células da igreja de David
Yonggi Cho.
NEW HOPE CHURCH -
Potter’s House – em Dallas,Texas, fundada e liderada pelo polêmico
pastor negro neopentecostal T.D.Jakes, com cerca de 30.000 membros.
World Changers International Creek – Liderada
neopentecostal Creflo Dollar, com 25.000 membros.
pelo
pastor
New Life Church- Colorado- Líder Brad Boyd – 15.000 membros. Esta
igreja era liderada por Ted Haggard e antes do escandalo contava com 23
mil membros.
No
Brasil, temos inúmeras megaigrejas, sendo
evangélico:
estas, as mais conhecidas do público
IGREJA BATISTA DA LAGOINHA – Fundada em 1957 em Belo Horizonte.MG.. Pr. Márcio
R.Vieira Valadão e uma equipe de 16 pastores.
Site: www.lagoinha.com , ou www.lagoinha.org.br
80
IGREJA BATISTA DO MORUMBI – Pr. Lisânias Moura. Fundada pelo Pr. Ary Velloso
Site: www.ibmorumbi.org.br Equipe com 6 pastores.
IGREJA BATISTA GETSÊMANI - Fundada em 1978 . Pr. Jorge Linhares
Site: www.getsemani.com.br
IGREJA EVANGELICA ASSEMBLÉIA DE DEUS DO BOM RETIRO- SP. Pr. Jabes Alencar
Site: www.adbomretiro.com.br
IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS PENHA-RJ – Pr.Silas Malafaia – 12.000 membros
Site: www.prsilasmalafaia.com.br Preside a igreja o Pr. José Santos.
IGREJA DO NAZARENO CENTRAL DE CAMPINAS – Fundada em 1958. Pr.Lázaro Aguiar
Valvassoura.
Com 8000 membros. Site: www.nazareno.com.br
Igreja do Nazareno de Americana.SP. Pr. Cyllas Marins. Com 3000 membros.
Igreja Evangélica Assembléia de Deus-Missão- em Limeira.Pr.Joel Amâncio de
Souza. Com 5000 membros.
81
CONTESTAÇÃO DO MOVIMENTO DE CRESCIMENTO DE
IGREJA
Trabalho extra-classe: Trabalho 01
Analisar o artigo de F.Solano Portela Neto, intitulado:
“PLANEJANDO OS RUMOS DA IGREJA: PONTOS POSITIVOS E CRÍTICA DE
POSIÇÕES CONTEMPORÂNEAS.”
QUESTÕES :
1 – A conversão é um milagre de Deus ou um mero
exercício de persuasão?
1 – Dentro da esfera da vontade prescritiva de Deus
podemos e devemos planejar nossas ações. Mas, seria
certo arbitrarmos as metas e resultados?
3 – Comente o último parágrafo da conclusão (p.7) que
transcrevemos abaixo:
“Qual era a explicação de Lucas para o
crescimento da igreja primitiva?... acrescentava-lhes o Senhor dias a
dia, os que iam sendo salvos.( At. 2:47 ) Não foi um mapeamento
das entidades espirituais ou da situação dinâmica dos grupos sociais
em relação à receptividade ao evangelho. Não foi o estabelecimento
de alvos numéricos... Era a simples proclamação da verdade por
homens cujas vidas haviam sido despojadas de sua segurança
terrestre...”
Trabalho 02
Analisar o artigo de Phill A.Newton “Minha Passagem
pelo Movimento de Crescimento de Igrejas”.
Questões:
1 – Quanto à eclesiologia ( prática pastoral ) descreva os
pontos conflitantes levantados por Phil, com relação aos
ensinos e métodos do M.C.I.
2 – Quanto à Teologia, indicar a principal ou principais
controvérsias.
82
PEQUENOS GRUPOS
Uma Lição de Crescimento: O Conceito de Discipulado de John Wesley
George Witefield
é lembrado pela evangelização na Europa e na América
do Norte. Jonathan Edwards é lembrado por ter oferecido a teologia que
poderia aumentar a qualidade do avivamento, e , John Wesley ofereceu
uma nova estrutura de ministério, que estenderia o impacto do
despertamento por meio da disciplina dos novos convertidos.
A grande lição oferecida por Wesley era bastante
simples: “ A igreja não muda o mundo quando gera convertidos, mas
quando gera discípulos.”
A idéia dos pequenos grupos não é original de
Wesley. Martinho Bucer ( 1491-1551) Propôs em 1546, em Estrassburgo
a introdução de pequenos grupos dentro da congregação, para a edificação
espiritual.
Philip Jacob Spener ( 1635-1705) introduziu
os grupos de estudos bíblicos nos lares para reavivar a fé e promover
transformação de vidas do povo luterano. Spener cria fortemente na
doutrina de Lutero do sacerdócio de todos os cristãos e a necessidade de
todos eles exercerem um ministério espiritual.
Para Wesley, as raízes desse movimento de grupos pequenos estava na “
collegia Pietatas” do pietismo Alemão, do já citado pastor luterano Philip
Spener, em seu livro “ Pia Desideria” ( 1675 ) encorajara a formação de
sociedades de oração e piedade . Na Inglaterra, Anthony Horneck colocou a
idéia de Spener em prática em 1678, quando fundou uma sociedade para
jovens anglicanos. No início do século XVII, havia centenas desses grupos
pequenos.
As Convicções de Wesley sobre o discipulado: Ignora-se algumas vezes um
dos segredos para o sucesso de Wesley. Além de seu trabalho de
evangelização, Wesley foi um abnegado defensor do discipulado radical.
Estabeleceu suas comunidades metodistas em classes, grupos e
sociedades especiais, para preservar os frutos da evangelização.
O conceito de discipulado defendido por Wesley pode ser dividido em 4
convicções auxiliares:
1- A necessidade do discipulado
2- A necessidade de grupos pequenos para o discipulado
83
3- A necessidade de liderança leiga para o discipulado
4- A necessidade de fazer da santidade e do serviço o alvo duplo
desse discipulado.
1- A necessidade do discipulado – Wesley sentiu a necessidade de
acompanhar posteriormente aqueles que se decidiam por Cristo, até
leva-los à maturidade. O que fez Wesley ter essa preocupação
especial com o discipulado foi sua teologia de santidade. Sua
singularidade está em ressaltar a Perfeição Cristã e desenvolver
métodos para alcançar esse objetivo. Convertidos parciais ou
nominais não buscam a santidade radical. Novos convertidos não
podem ficar apenas “ meio acordados”.
2- A necessidade de grupos pequenos para o discipulado.
Quando Wesley viu o grande número de convertidos em Londres e a
incapacidade de seus pregadores itinerantes de providenciar cuidado
espiritual, resolveu fazer algo. Foi então que organizou uma
“sociedade metodista.”, ou seja, um grupo que forneceria métodos
para se crescer espiritualmente. Em 1743, Wesley definiu o que
essas sociedades deveriam fazer: “ Essa sociedade nada mais é que
um grupo de homens reunidos que buscam o poder da piedade,
unidos para orarem juntos, receberem uma palavra de exortação e
cuidar um do outro em amor, para que possam ajudar uns aos
outros a desenvolver a salvação.”
As sociedades não eram substitutas para a igreja local e um membro
poderia ser expulso se deixasse de freqüentar a igreja local. Dentro
das sociedades, como poderia o alvo da santidade ser obtido ? A
chave era : disciplina ! Para ajudar no avanço da causa da
santidade, Wesley acrescentou às suas sociedades três tipos de
grupos pequenos : Classes, grupos e sociedades seletas.
O que diferenciava Wesley de outros que já haviam usado estes
métodos, era a intensidade com que ele aperfeiçoava a estrutura de
pequenos grupos para a criação do discipulado radical.
Classes: Constituíam o grupo básico dentro da estrutura de uma
sociedade metodista. Eram utilizadas para reabilitar os novos
convertidos dos hábitos pecaminosos. Cada classe era formada por
12 a 20 membros, sob a direção de um líder leigo. Promoviam
encontros semanais, à noite, e evitavam o conflito com os horários
de trabalho ou freqüência à igreja. O propósito dessas classes
envolvia a confissão mútua de pecados e a prestação de contas,
visando o crescimento em santidade.
Grupos: Um grupo normalmente era composto de 5 a 10 membros (
somente homens ou somente mulheres ) que se reuniam para
cuidados pastorais e prestação de contas uns aos outros. Os grupos
eram mais exigentes do que as classes e mantinham seis regras :
1- Fazer encontros semanais
2- Ser pontual.
3- Começar com louvor e adoração.
4- Falar um de cada vez, em ordem, livre e diretamente o
verdadeiro estado de alma, com as falhas cometidas em
pensamento, palavras ou ações, e as tentações enfrentadas
desde o último encontro.
84
5- Terminar os encontros orando individualmente pelos membros.
6- Depoimento pessoal sobre experiência espiritual e perguntas
pelos demais membros do grupo.
Sociedades seletas: Era um grupo pequeno especializado. Uma
espécie de maternidade para futuros líderes. A vida comunitária nesse
terceiro nível era intensa, e por causa da prestação de contas mais
profunda, dali saíram muitos dos discípulos que ajudaram a reformar a
igreja e a nação.
3 – A necessidade de Liderança Leiga. – Wesley logo descobriu
que precisaria de um pequeno exército de líderes para manter o sistema de
discipulado usando grupos pequenos. Estima-se que por volta do ano de
1800, os pequenos grupos metodistas contavam com 100 mil membros e
10 mil líderes. A seleção e treinamento desse tão grande número de
líderes requeria um esforço sobre-humano. Pregadores leigos itinerantes
cuidavam das sociedades e das classes, impondo disciplina e treinando
líderes. A descrição do trabalho dos itinerantes comuns incluía pregar,
ensinar, estudar, viajar, reunir-se com os grupos e classes, exercitar-se
diariamente e comer com moderação. As mulheres podiam pregar e
estavam envolvidas nos grupos e classes.
4 – A necessidade de fazer da santidade e do serviço o alvo do
discipulado- Este ponto foi o diferencial do movimento e o gerador de
vigor e sucesso. O movimento de grupos pequenos de Wesley gerou um
novo tipo de cidadão: engajado no céu e na terra.
“ Quando a santidade e a justiça são os alvos do discipulado, um cristão
decidido pode ser formado, alguém que realmente poderá transformar tanto
a igreja quanto a sociedade.”
Piedade e boa vontade, espiritualidade e serviço aos outros: esses
eram os alvos da evangelização e do discipulado de Wesley.
PEQUENOS GRUPOS NA ATUALIDADE
O
pastor Mark Shaw, em seu livro “ Lições de Mestre”, testemunha que
visitou a maior igreja dos Estados Unidos, na época (1997?) com 18 mil
membros: A Comunidade Willow Creek de Barringtton, Illinóis.
Casualmente era o domingo em que eles se concentravam no ministério de
grupos pequenos da igreja. Muitas vezes, havia pensado, como uma igreja
de 18 mil pessoas podia formar uma comunidade e treinar discípulos.
Descobri isso naquele dia. Mais de 2500 grupos pequenos formavam uma
parte significativa da vida eclesiástica da igreja. Os cultos evangelísticos
podem atrair pessoas, mas são os grupos pequenos que as matem firmes.
A fórmula proposta por Peter Wagner para o crescimento saudável da igreja
é: Celebração + Congregação + células = Igreja.
As celebrações são os cultos públicos da igreja
As congregações são os encontros de porte médio, como o MED.
As células são grupos pequenos, de 6 a 20 pessoas, onde um relacionamento significativo
pode ser desenvolvido.
( Adaptado da obra de Mark Shaw. Lições de Mestre. Ed. Mundo Cristão.SP. 2004. Cap.
7.p.157 a 172 )
85
Desde a reforma, os pequenos grupos têm exercido papel vital na
renovação da igreja. Os pietistas os situaram no centro da estratégia
de renovação das igrejas da Europa Ocidental. O ministério de John
Wesley deixou um movimento poderoso, ao passo que a influência de
seu colega e companheiro evangelista George Whitefield desapareceu
com a
morte deste. Por que? Wesley dividiu o povo em pequenos grupos, ao
passo que Whitefield não . ( 1 )
A pregação de John Wesley, no século XVIII, atraiu muitas almas
para Cristo. Wesley organizava os conversos em classes ou pequenos
grupos.O resultado foi que o fruto do seu trabalho permanecia. O
metodismo cresceu e se desenvolveu em torno dos pequenos grupos.
Estes, eram formados por 8 a 12 pessoas que se reuniam uma vez por
semana com o propósito se apoiarem mutuamente e compartilhar a fé
metodista. Wesley foi o grande responsável pelo renascimento dos
pequenos grupos como um método de conservação e evangelismo.
(2)
No início da década de 80, muitos crentes vietnamitas
começaram a orar fervorosamente por um reavivamento. Deus logo
respondeu suas orações. Algumas igrejas experimentaram um toque
renovado do poder de Deus e de manifestação de dons. Surgiu um
tumulto nas igrejas.Por fim os renovados sentiram que tinham de sair
da igreja tradicional. Não havia nenhum lugar para eles legalmente,
pois só a igreja estatal estava autorizada a funcionar. Começaram a se
reunir em secreto, nascendo ali um movimento eclesiástico nos LARES,
hoje com noventa mil igrejas.
“
(3)
Templos não são essenciais à vida de igrejas sadias. Nos
primeiros séculos, elas se reuniam nas casas dos crentes. Esse foi um
dos períodos de maior expansão da igreja. No atual momento histórico
surge novamente o fenômeno da “Igreja na casa”. É outro período de
grande expansão da igreja!
(4)
O PRINCÍPIO GENETICO:
“ Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra...” Gn. 1:28
Nesta primeira célula que Deus tinha criado no começo da historia
humana, ele colocou um código genético de reprodução. A célula
86
existe com a função de se reproduzir. Uma genuína e viva comunidade
existe para multiplicar-se.Qualquer comunidade que não esteja
engajada na multiplicação de si mesma, é uma comunidade doentia e
destrutiva. Comunidades saudáveis se reproduzem. Esta é a herança
de nosso código genético, vindo do paraíso perfeito que era o
Éden...”(5)
PEQUENOS GRUPOS NA IGREJA PRIMITIVA:
Jesus tinha um lar ! André perguntou a Jesus: Onde moras ? Jesus o
levou à sua casa. Era o início do ministério de Jesus.Era o primeiro
discípulo a se apresentar, buscando um mestre. E tudo começa
numa visita à sua casa. ( João 1:38 ) “ Em Jesus meu coração
encontra o verdadeiro lar.O endereço terreno de Jesus muda o
nosso endereço, de uma forma que só Ele pode fazer.” ( Dr.
Ravi Zacharias.)
A igreja iniciou num lar, no cenáculo de uma casa em Jerusalém : At.1:13
13 E, entrando, subiram ao cenáculo, onde habitavam Pedro e Tiago, João e André, Filipe e
Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, irmào de
Tiago.
Pentecostes chegou numa casa! ( At. 2:1-2 )
As casas eram recursos usados para o Reino de Deus: VER
At.2:46
e Atos 5:1-11
A perseguição da igreja ocorreu nas casas. ( At. 8:3 )
3 E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os
encerrava na prisão.
Saulo foi curado e restaurado numa casa. ( At. 9:17-19)
17 E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor
Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e
sejas cheio do Espírito Santo.
18 E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantandose, foi batizado.
19 E, tendo comido, ficou confortado. E esteve Saulo alguns dias com os discípulos que
estavam em Damasco.
Batismos aconteciam também nas casas. ( At.9:17-19, 10:4748, 16:30-33)
As casas serviram para curas milagrosas como a de Dorcas
( At.9:36-410
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Visões como a de Pedro ( At. 10:9-23 )
Reuniões de oração como na casa de Maria, mãe de João Marcos.( At.
12:12 )
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12 E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome
Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam. ( At. 12:12 )
Vemos a igreja na casa de :
Maria, mãe de João Marcos. At. 12:12
Áquila e Priscila – Rm 16:3-5, I Co.16:19
3 Saudai a Priscila e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
4 Os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas
também todas as igrejas dos gentios.
5 Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as
primícias da Acáia em Cristo.
19 As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Áqüila e Priscila,
com a igreja que está em sua casa. ( I Co. 16:19 )
Filemon – Fm.1:2
2 E à nossa amada Áfia, e a Arquipo, nosso camarada, e à igreja que está em tua casa:
Ninfa – Cl.4:15
15 Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa.
Gaio- hospedou a igreja de Roma – Rm 16:23
15 Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia e a Ninfa e à igreja que está em sua casa.
Tipos de Reuniões:
De Oração – At. 12:12
12 E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome
Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.
De Confraternização Cristã – At. 21:17
17 E, logo que chegamos a Jerusalém, os irmãos nos receberam de muito boa vontade.
Refeições em comum – At. 2:46
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam
juntos com alegria e singeleza de coração,
Uma noite de oração, louvor e instrução – At. 20:7
7 E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia
de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite.
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Ensino – At. 20:20
20 Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas,
Reuniões evangelísticas improvisadas – At. 16:32
32 E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa.
Reuniões planejadas para a pregação – At. 10:22
22 E eles disseram: Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus, e que tem bom
testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que te
chamasse a sua casa, e ouvisse as tuas palavras.
Atendimento aos interessados – At. 18:26
26 Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Aqüila, o
levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus.
DIVERSOS ASPECTOS QUANTO AOS PEQUENOS GRUPOS
APOIO E CONFORTO NO PEQUENO GRUPO
“Pastor Bill Hybels conta que certo Domingo, após concluir o culto, um
jovem casal o abordou e colocou em seus braços um bebê, pedindo
que orasse por ele.Quando o pastor perguntou o nome do bebê, a mãe
puxou o cobertor que cobria a face do recém-nascido.O pastor sentiu
suas pernas estremecerem.Em seus braços estava um bebê
horrivelmente deformado. Todo o centro de sua pequena face era
escavado. Seu nome é Emily, disse a mãe. “ Disseram-nos que ela terá
em torno de seis semanas de vida.” “ Nós gostaríamos que você
orasse para que, antes de sua morte,ela conhecesse e sentisse nosso
amor.”
Juntos, oramos pela Emily.Ah! e como oramos! Ao devolvê-la
aos pais perguntei: - Há algo que possamos fazer por vocês como
igreja ? O pai respondeu com palavras da seguinte forma:
-
Bill, nós estamos bem. Realmente estamos. Há anos fazemos parte
de um pequeno e amoroso grupo.Os membros do nosso grupo
sabiam que haveria complicações na gravidez. Eles estavam em
nossa casa quando soubemos da notícia, e estavam no hospital
quando nos entregaram a Emily. Eles nos ajudaram a absorver a
realidade de todo o problema. Até limparam nossa casa e
prepararam nossas refeições quando a trouxemos para casa.
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-
Eles oram constantemente por nós, e nos telefonam várias vezes
todos os dias. Eles estão até mesmo nos ajudando a planejar o
funeral da Emily.”
Somente após esse momento, três outros casais se adiantaram e
cercaram Emily e seus pais. “ Sempre viemos juntos para a igreja,
como um grupo”, disse um dos membros do grupo.
Ali estava uma imagem inesquecível! Um grupo firmemente
coeso de irmãos que se amavam, dando o melhor de si para aliviar
uma das mais cruéis desgraças que a vida pode nos servir.
Após uma oração em grupo, todos seguiram pelo corredor
lateral em direção à saída .Enquanto saíam, eu pensava: “Onde estaria
essa família, onde iria como lidaria com essa mágoa, sem esse apoio ?
Não há nada como a igreja local, quando ela funciona corretamente.”
(7)
A igreja é um corpo de aliança onde o mais forte cuida do mais fraco e
o que recebe dons, usa-o em função do corpo e assim cuidamos uns
dos outros. “ O propósito do Grupo-célula não é somente o estudo
bíblico. Um foco no estudo bíblico intelectualiza a Escritura e
externaliza a fé. Grupos cerebrais murcham e morrem. Em
contrapartida, grupos-células que enfatizam a edificação dos crentes
por meio de uma aplicação da Bíblia,crescem. O objetivo de um
grupo-célula não é informação bíblica, mas transformação de
vidas”.(9)
O pastor Carl F.George,analisando as igrejas, disse:
“ Mostre-me um pastor de uma igreja onde os membros são meros
espectadores e críticos e nós veremos um pastor cansado e esgotado.
Mostre-me um organizado e ativo ministério feito pelos obreiros
voluntários onde o pastor funciona como um capacitador e líder
espiritual, e eu mostrarei a você uma igreja que não para de crescer
porque está habilitada a cuidar uns dos outros e das pessoas que Deus
chamou para uma nova vida através deles.”
( 8)
90
Vantagens do trabalho com pequenos grupos
1- Facilita o desenvolvimento da comunhão entre os membros.
2- A Evangelização é feita através de relacionamentos.( Muitas
pesquisas têm demonstrado que uma das principais chaves para
um evangelismo com êxito é a base em relacionamentos de
amizade.) ‘ A evangelização é mais completa e concreta através de
relacionamentos pessoais. A grande maioria das pessoas
evangelizadas não fica na igreja, a não ser que encontrem amigos.”
David Kornfield
3- Produz crescimento qualitativo e quantitativo.
4- Descentraliza o trabalho pastoral
5- Propicia treinamento e crescimento de líderes.
“ O pequeno grupo deve ser visto como um componente essencial da
estrutura e do ministério da igreja e não como seu substituto.”
Howard Snyder
ALGUNS TESTEMUNHOS SOBRE OS PEQUENOS GRUPOS:
“ As células como tais são oportunas, especialmente por resgatarem a
prática da “ Koinonia” e garantir a firmeza dos novos convertidos no
seio da igreja.” ( Presbítero Paulo E.Annuncição da 1ª IPI de
Curitiba.PR.)
‘ Eu sabia que nossa igreja precisava crescer e ser mais penetrante no
meio da comunidade. Já havíamos tentado todos os modelos de
evangelização, como por exemplo: Cultos ao ar livre, entrega de
folhetos, campanhas, etc... mas nada parecia dar certo em nosso
bairro com forte tradição católica e espírita. Comecei a orar mais
especificamente pelo bairro, pedindo a Deus uma direção. No final de
1990 nasceu em meu coração o sonho de trabalhar com grupos
familiares. Começamos a preparar a liderança e a igreja, e no dia 5 de
Março de 1991 começamos com 8 grupos envolvendo cerca de 120
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pessoas. A cada semana víamos os resultados do trabalho. Em 1992,
não multiplicamos o número de grupos e sentimos que a igreja ficou
estagnada. Isto nos ensinou que quanto mais se multiplicam os pontos
de pregação, mais cresce a igreja.Em 1993 passamos para 13 grupos
e o crescimento veio logo pois passamos a ter 170 pessoas
participando. Em 1994 passamos a 21 grupos e 270 pessoas . Em
1995 , contamos com 30 grupos familiares e uma média de 400
pessoas participando.
A presença da igreja atualmente no bairro é forte e isto tem
mudado a vida da igreja e influenciado os nossos vizinhos.”
( Pr.
Gedimar de Araújo. 2ª I.P. de Vitória.E.S. Livro: Implantando Grupos
Familiares. David Kornfield e Gedimar.Ed. Sepal. P. 18 )
FATORES DE FRACASSO DOS PEQUENOS GRUPOS:
Precipitação na implantação – A igreja não foi devidamente
preparada para implantar esta visão.
Falta de preparo do pastor e da liderança. O pastor e os líderes
devem estar comprometidos, se não o programa será apenas mais
um, entre outros, na igreja.
Imediatismos quanto aos resultados.
Falta de material adequado e ênfases corretas, como por exemplo a
Evangelização, o poder da oração e a comunhão.
Falta de reuniões sistemáticas com os líderes.
Falha na preparação de novos líderes.
Falha em priorizar : Fazer dos pequenos grupos o trabalho da
igreja. Não é um método de evangelismo; é um estilo de ministério.
Um método é algo opcional, pode-se usa-lo neste ano e descarta-lo no
próximo ano. Os pequenos grupos devem ser o estilo de vida da
igreja.
PONTOS EM COMUM DE SUCESSO
1 – LIDERANÇA: O líder é uma pessoa espiritual, com espírito
missionário, dedicado, pronto a aprender e a servir.
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2 – LOCAL APROPRIADO : Isto está mais relacionado com o anfitrião
que deve ser pessoa bem relacionada na vizinhança e desprendida.
Deve verdadeiramente gostar de receber pessoas e fazer de tudo para
que elas se sintam bem.
3 – INTEGRANTES : Os membros são comprometidos com a missão
do pequeno grupo e da igreja e procuram trazer interessados às
reuniões. Oram incessantemente e trabalham. Mantém apontamentos
com os nomes das pessoas e suas necessidades e datas especiais.
MODELO HIERÁRQUICO DE MINISTÉRIO
O modelo hierárquico de ministério tem dominado a igreja ocidental
por séculos. Nesse modelo, poucas pessoas no topo da pirâmide são
ministros.As igrejas católicas e protestantes têm perpetuado essa
estrutura que limita a descentralização do ministério. A igreja
ocidental é como uma partida de futebol com 22 jogadores no campo
que precisam desesperadamente de descanso e 50 mil pessoas
assistindo nas arquibancadas, precisando de exercício. Em muitas
igrejas, 10% a 20% das pessoas fazem 80 a 90% do trabalho. O
modelo hierárquico da igreja precisa ser virado de ponta cabeça.
Modelo tradicional de ministério:
Liderança Ministra
-----------
----------
Povo recebe ministério
Modelo de Ministério de alto Impacto:
Pessoas treinadas do povo ministram
------ ---------
A liderança equipa e apóia.
A igreja de alto impacto descentraliza o ministério de evangelismo. Os
leigos são a melhor ferramenta para o cumprimento da Grande
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Comissão. São as testemunhas mais eficazes do fato de que o
evangelho funciona na vida de gente comum. (9)
( MORRIS,Linus. Uma Igreja de Alto Impacto.Ed.Mundo Cristão.SP. pp.220-221)
Que este material sirva para a edificação espiritual e para consolidar ainda
mais o nosso amor àquele que deu a vida pela Igreja, o Senhor Jesus Cristo.
A Ele toda a Glória !
Este material pode ser usado, desde que mantidos os créditos.
Sugestões e retificações:
Rev. Sila D.Rabello
Av. 31 de Março, 1466 - Paulicéia
13.424 –305 Piracicaba- SP. Tel. ( 19 ) 3421-8361
E-mail : [email protected]
CITAÇÕES Capitulo Pequenos Grupos
1 – BANISTER, Doug. A Igreja da Palavra e do Poder. Ed. Vida. p. 84
2 – NOGUEIRA,Paulo. Pequenos Grupos-O caminho para a Comunhão e Ação. IASD.2002. p. 41
3 – BANISTER, Doug. A Igreja da Palavra e do Poder. Ed. Vida. p.144-145
4– MULHOLLAND, Dewey M. Teologia da Igreja . Ed. Shedd. p. 59
5 – NOGUEIRA,Paulo... ibdem .p.66
6 – KORNFIELD, David. Implantando Grupos Familiares.Ed. Sepal. SP. 1995. p. 38-39
7 – HYBELLS, Bill . Liderança Corajosa. Ed. Vida.SP. 2002. p.21
8 – GEORGE, Carl. F. The Coming Church Revolution.Grand Rápids.Revell. 1995.p. 35
9 – MORRIS,Linus. Uma Igreja de Alto Impacto. Ed.Mundo Cristão.SP.2003. p.206 )
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