GOVERNANÇA URBANA em AMBIÊNCIA METROPOLITANA CONTEXTUALIZANDO O PLANO INTEGRADO DE AÇÕES MUNICIPAIS PARA NATAL TANIA BACELAR NATAL, JAN.2005 ROTEIRO • O BRASIL URBANO • O DESAFIO DA GOVERNANÇA NAS METRÓPOLES BRASILEIRAS • OBSERVAÇÕES SOBRE NATAL IBGE, 2000 BRASIL: UM PAÍS URBANO ( 90% do PIB e 80% da população) e de OCUPAÇÃO LITORÂNEA BRASIL: PAÍS URBANO • UMA URBANIZAÇÃO ESPECIAL ( 2000) • até 20 mil 4.022 19,8% 19,8% • entre 20 e 50 mil 958 16,9% 36,7% • entre 50 e 250 mil 443 25,1% 61,8% • entre 250mil e 2 milhões 78 23,4% 85,2% 6 14,8% 100% 5.507 100% • mais de 2 milhões TOTAL 38,2% BRASIL URBANO, Segundo o IPEA • As metrópoles globais Rio de Janeiro e São Paulo (60 municípios) detêm 17, 2% da população total do país; • As 7 metrópoles nacionais (113 municípios) abrangem 13%da população brasileira total ; Em conjunto, as metrópoles globais e nacionais reuniam 30,4% da população total do país (2000); • Os centros urbanos com mais de 100.000 habitantes apresentaram ( 1991/2000) taxa de crescimento da população total acima da média nacional. UM PAÍS ONDE A DESIGUALDADE SOCIAL É MAIS AGUDA NAS CIDADES ( miséria x opulência) BRASIL METROPOLITANO • Das 26 RMs, 11 reúnem : – um terço da população do País e – 78% da população moradora em favela. – o déficit habitacional nestas 11 regiões é de 2,2 milhões de domicílios e – elas concentram 82% dos domicílios subnormais do Brasil. CONTEXTO DA CRISE URBANA BRASILEIRA NO ÂMBITO INTERNACIONAL: GLOBALIZAÇÃO AVANÇADA ( cidades globais), CRISE DOS ESTADOS NACIONAIS E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, PRIVATIZAÇÕES E DESREGULAMENTAÇÃO, PRECARIZAÇÃO DO EMPREGO, AMPLIAÇÃO DA DESIGUALDADE, AVANÇO TECNOLÓGICO E NOVA VELOCIDADE NAS COMUNICAÇÕES, HEGEMONIA DA ACUMULAÇÃO FINANCEIRA CONTEXTO DA CRISE URBANA BRASILEIRA NO ÂMBITO NACIONAL: • Herança da “modernização conservadora” combinando avanços e crescimento com a manutenção do atraso, da informalidade, da manutenção do latifúndio; • Crise do Estado , instabilidade do crescimento, forte endividamento dos Governos e do país; • Crise social e violência crescente nas cidades, especialmente nas metrópoles CONTEXTO DA CRISE URBANA BRASILEIRA • • • • • • NO ÂMBITO INTRAURBANO:herança especulação imobiliária, cultura do automóvel, pouca valorização do meio ambiente, privatização da esfera pública, patrimonialismo, informalidade etc. ! Belém São Luís $ Ï " Ï Sobral Caxias Ë Ï $ NORDESTE : 4 SISTEMAS Nordeste URBANOS ( 2000) Sistemas Urbanos Parnaíba Fortaleza Ë Teresina Mossoró $ Imperatriz Ï Juazeiro do Norte Araguaína Campina Grande Ë Natal $ Ë " Ë Legenda João Pessoa Recife " Metrópole Nacional ! Metrópole Regional $ Centro Regional Ë Centro Sub-regional 1 Ï Centro Sub-regional 2 Caruaru Ï Garanhuns Ë Petrolina $ Ï Maceió Arapiraca Ë Palmas $ Ï Ï Ë Barreiras Aracaju Alagoinhas Sistema Urbano Feira de Santana " Meio Norte Salvador Ï Fortaleza Jequié Recife Ë Ilhéus Ë Vitória da Conquista " Salvador Brasília Ï Montes Claros Ï Teófilo Otoni Ë Uberlândia Ï Governador Valadares Fonte: IPEA km 0 100 200 A FRAGILIDADE DA REDE URBANA do NORDESTE MALHA URBANA SUPERIOR A 50 MIL HABITANTES CONSTRUÇÃO DA GOVERNANÇA NA METRÓPOLE EIXOS PRINCIPAIS • TRATAMENTO DA COMPLEXIDADE DA METRÓPOLE : – requer construção de inter - setorialidades e desafia a busca de cooperação – requer construção de capacidades para tratar a informalidade • CONSTRUÇÃO DE PROCESSOS PARTICIPATIVOS E DE CONTROLE SOCIAL, com clara definição do papel do ESTADO CONDICIONANTES IMPORTANTES 1. ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL DO PAÍS AUTONOMIA DO PODER LOCAL ( Institucional x real) POLÍTICAS DE DESENV. REGIONAL E URBANO 2. QUADRO SOCIAL : NÍVEL DE RENDA DA MAIORIA DA POPULAÇÃO NÍVEL de INFORMALIDADE da cidade e dos negócios e GRAU de DESIGUALDADE SOCIAL 3. SITUAÇÃO DO SETOR PÚBLICO : ainda em crise GOVERNANÇA e DESCENTRALIZAÇÃO A URBANIZAÇÃO CRESCENTE DESAFIA A IMPLEMENTAÇÃO DE MODELOS DE GESTÃO DESCENTRALIZADOS : adensamento da população exige uma gestão fina dos espaços locais ( problemas de saneamento, de escolaridade, de acessibilidade ...) Ela eleva o CONSUMO de bens e serviços coletivos que requerem GESTÃO LOCAL A AMPLIAÇÃO DOS SERVIÇOS SOCIAIS : educação, saúde, cultura ... . Quando se gerem bem (ver Canadá, Holanda, Suécia) se gerem com sistemas participativos descentralizados. LIMITES DO PODER LOCAL • MUITOS PROBLEMAS NÃO CONSEGUEM SER ENFRENTADOS APENAS PELA AÇÃO DOS ATORES LOCAIS ( Ex: DESEMPREGO) • NO MUNDO EM DESENVOLVIMENTO OS RECURSOS PÚBLICOS GERENCIADOS NA ESCALA LOCAL SÃO REDUZIDOS BRASIL : MUNICÍPIOS GEREM 16% DA RECEITA PÚBLICA MOVIMENTO CIDADES SAUDÁVEIS PRESSUPÕE UM TRABALHO : integrado, descentralizado e participativo A RMN • É evidente o processo de interligação dos limites de Natal com os municípios vizinhos • O Estado tentou institucionalizar a RMN em 1988, mas ela só se concretizou em 1997. A L.C. 221/ 2002, determinou a inclusão de mais dois municípios. Integram, assim, a RMN 8 municípios: - Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, - Macaíba, Extremoz, - Ceará Mirim, Nísia Floresta e São José de Mipibu (os três últimos não fazem fronteira com Natal) A RMN tem área total de 2.522,8 km2 Natal (170 km2) ocupa apenas 6,7% da área total Mas tem 70% da população e arrecada 72% do ICMS da RMN NATAL e suas FAVELAS POPULAÇÃO EM 2003 : 750 MIL NATAL DIVIDIDA • A CIDADE DOS POBRES CONCENTRA 50% DA POPULAÇÃO ( famílias onde os chefes ganham menos que 2 SM) • A CIDADE DA CLASSE MÉDIA DETEM 24% DA POPULAÇÃO • A CIDADE DOS RICOS CONCENTRA 26% DA POPULAÇÃO NATAL na METRÓPOLE • A TRANSIÇÃO NOS PAPÉIS DO PODER LOCAL ( gestão do território e de serviços sociais e protagonismo na promoção do desenvolvimento) • O DESAFIO DA OFERTA de SERVIÇOS NA ESCALA METROPOLITANA (saúde, transportes, saneamento…) • A POSSIBILIDADE DOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS( Projeto de Lei)