O Haiti é um país das Caraíbas que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola, possuindo uma das duas fronteiras terrestres das Caraíbas, a fronteira que faz com a República Dominicana, a leste. Além desta fronteira, os territórios mais próximos são as Bahamas e Cuba a noroeste, Turks e Caicos a norte, e Navassa a sudoeste. Capital: Porto O Haiti é muito conhecido pelo fascínio do Vodu que, mais que uma religião dos seus ancestrais, foi e continua sendo um símbolo e espaço de resistência social, cultural e política do povo haitiano. Em 1804, o Haiti se tornou a primeira nação negra livre da história da humanidade. Seu contexto histórico é ímpar não só na América Latina, onde cooperou para a independência de diversos países como Colômbia, Venezuela Revolução Na época da Revolução Haitiana, brancos e mulatos não passavam de 36 mil em uma população com mais de meio milhão de negros constantemente assassinados e açoitados. Este fator, sem dúvida, foi decisivo para desencadear a luta o levante que abraçou religião e cultura, política e identidade. Até hoje, o Haiti carrega na construção das subjetividades de seu povo as marcas da trajetória capitalista, racista e cristã que feriram toda a América Latina. Hoje, o Haiti carrega as conseqüências de invasões, ditaduras e saques do patrimônio público e é reduzido ao posto de país mais pobre do hemisfério . Cidadãos ainda estão submetidos à fome, a doenças e uma tragédia ambiental que não lhes permite retomar um abastecimento agrícola pleno e gerador de divisas internas. Independência Quando a independência haitiana completou seu bicentenário, o então presidente Jean Bertrand Aristide exigiu da França a devolução do valor pago pelos haitianos ao governo francês. Em nome dos senhores latifundiário do rico açúcar das Antilhas -cobrou uma indenização pelas terras e escravos perdidos com a independência. Esse valor pago ao longo de quase cem anos, se corrigido em valores atuais, chega a 20 bilhões de dólares, dinheiro suficiente para iniciar uma reconstrução das infra-estruturas tão precárias e sucateadas do país. O Haiti necessita ser conhecido e reconhecido como nação soberana, necessita também do resgate financeiro dos países que lucraram e ainda lucram com suas desgraças humanas, sociais e ambientais; mas, antes de mais nada, necessita ser entendido e respeitado. O Haiti foi a primeira república negra do mundo e o primeiro país da América Latina a conquistar sua independência. Mas seu orgulho histórico é manchado por décadas de penúria econômica, degradação ambiental, violência em guerras civis financiadas externamente, movimentação de narcotráfico, instabilidade econômica e ditaduras que o converteram no mais pobre país das Américas. Dados do país: População: 8,706 milhões Distribuição etária da população: 0-14 anos: 42,1% 15-64 anos: 54,4% mais de 65 anos: menos de 3% Média etária da população: total: 18,4 anos de idade homens: 17,9 anos de idade mulheres: 18,8 anos de idade Expectativa de vida: 57,03 anos homens - 55,25 anos mulheres - 58,75 anos Expectativa de vida: 57,03 anos homens - 55,25 anos mulheres - 58,75 anos Crescimento populacional: 2,453 % (estimativa para 2007) Taxa de natalidade: 38,87 nascimentos entre 1000 habitantes Taxa de mortalidade infantil: 64 mortes em cada 1000 nascimentos vivos. Número de contaminados pela AIDS em 2003 280.000 pessoas 24.000 mortes registradas Distribuição étnica 95% negros 5% mulatos e brancos Religião: 60% praticam vodu, dos entrevistados nas cidades 80% se dizem católicos, mas há o elemento sincréticoreligioso 16% protestantes (10% batistas, 4% pentecostais, 1% adventistas, nenhum 1% e outros 3%) Politíca O Haiti é uma república presidencialista com um Presidente eleito e uma Assembléia Nacional. A constituição foi introduzida em 1987 e teve como modelo as constituições dos Estados Unidos da América e da França. Foi parcial ou completamente suspensa durante alguns anos, mas voltou à plena validade em 1994. Subdivisões de Haiti O Haiti está dividido em dez departamentos: Artibonite Centre Grand'Anse Nippes (criado em 2003) Nord Nord-Est Nord-Ouest Ouest Sud Sud-Est Economia No século XVIII, o Haiti, então chamado de Saint-Domingue, e governado pelos franceses, era a mais próspera colônia no Novo Mundo. Seu solo enormemente fértil produzia uma grande abundância de colheitas e atraiu milhares de colonizadores franceses. Desde o período de colonização o Haiti possui uma economia primária. Produzia açúcar de excelente qualidade, que concorreu com o açúcar brasileiro no século XVII e junto com toda produção das Antilhas serviu para a desvalorização do açúcar brasileiro na Europa. Atualmente sua economia encontra-se destroçada e em ruínas. O país permanece extremamente pobre, sendo o mais pobre da América e de todo Hemisfério Ocidental. Religião O catolicismo romano é a religião de estado, professada pela maioria da população. Houve algumas conversões ao protestantismo. A padroeira do Haiti, na Igreja Católica, é Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Católicos 64% Protestantes 23,6% Sem filiação 5% Vodu ou espírita 5% Sem ou outras 2,4%. a participação do Brasil na missão de paz no Haiti O Brasil comanda a força militar da missão de paz da ONU no Haiti (Minustah) desde junho de 2004. Os 1,2 mil soldados do País que estão no Haiti formam o maior contingente brasileiro enviado ao exterior desde a 2ª Guerra Mundial. O Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de força militar na missão de paz para garantir a estabilidade no país após a queda do expresidente Jean Bertrand Aristide. Sob o comando inicial do general brasileiro Augusto Heleno, a missão no Haiti enfrentou um quadro incompleto de militares previstos pela ONU. Segundo o Exército, isso dificultava a atuação nas áreas mais críticas do país, onde gangues, rebeldes e grupos armados mantinham conflitos permanentes com civis e com a Polícia Nacional haitiana. Em março do ano passado, por exemplo, a morte dos dois soldados da Minustah fizeram as primeiras baixas desde que as tropas foram enviadas. Os conflitos entre os grupos armados e a Polícia Nacional eram constantes. Organizações não-governamentais chegaram a criticar a atuação da ONU ao alegar que a atuação da missão permitia a violação de direitos humanos. A acusação foi negada pelo comando militar e pelas autoridades do governo brasileiro. O governo brasileiro fez atuações junto ao Conselho de Segurança da ONU para aumentar o efetivo militar no Haiti. Também fez pedidos de ajuda internacional para projetos de infraestrutura, cooperação internacional e visitas do próprio ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para avaliar a situação política pré-eleitoral no país. Algumas fotos do Brasil no Haítí Bibliografia http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/ 0,,OI825686-EI306,00.html http://blogsbazaar.com/wpcontent/uploads/2007/06/ejercito-debrasil.jpg http://img340.imageshack.us/img340/958 7/32214631ae8.jpg http://www.defesanet.com.br/imagens/mi nustah/elections/btl_haiti/soldado.jpg Alunos: Kelly Francine Yara Vona N°:16 N°:29