XV CONVENÇÃO DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL
26 a 28 de agosto de 2015 – Bento Gonçalves-RS
ÁREA 7 – EDUCAÇÃO E PESQUISA EM CONTABILIDADE
A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O EMPREENDEDORISMO COMO
PERSPECTIVA DE ENSINO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
GICELIA BARBOSA CARVALHO
Contadora – CRCRS nº 73.319
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ÁREA 7 – EDUCAÇÃO E PESQUISA EM CONTABILIDADE
A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O
EMPREENDEDORISMO COMO PERSPECTIVA DE
ENSINO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL.
RESUMO
O presente artigo apresenta a pedagogia histórico-crítica e o comportamento empreendedor
como perspectiva de ensino e aprendizagem ao processo didático-metodológico na educação
profissional, a partir das atividades desenvolvidas durante o período de Docência Orientada
no Estágio Curricular do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Didática e Metodologias
de Ensino para a Educação Profissional e Ensino Superior do Instituto Censupeg, vivenciado
no Instituto Estadual de Educação Professor Annes Dias, no Curso Técnico em
Contabilidade, escola pública, na cidade de Cruz Alta/RS. O artigo mostra, a partir de
pesquisa bibliográfica, que o conhecimento teórico-técnico, auxiliado pelas tecnologias e
pela capacidade de inovação, vem se tornando a força produtiva de maior valor na sociedade
contemporânea, fazendo com que a educação e a criatividade se constituam em meios
necessários e indispensáveis para uma inserção crítica na vida social e no mundo do
trabalho. A pesquisa, obtida no ambiente interno da escola, caracteriza-se como um estudo
de caso, elaborada e executada por meio de uma metodologia qualitativa com observação
participante da discente junto à comunidade escolar dessa instituição; se caracteriza
também, como sendo exploratória descritiva e de campo por meio de coleta de dados. A
variável pesquisada junto ao educando foca no comportamento empreendedor. Seu resultado
permite conhecer as características comportamentais empreendedoras presentes nos alunos,
a partir da cultura institucional, identificar o perfil do futuro profissional e as variantes que
interferem na sua qualificação, e assim propor métodos educacionais que venham contribuir
para o desenvolvimento e fortalecimento da educação profissional.
Palavras-chave: Educação profissional. Pedagogia histórico-crítica. Educação empreendedora.
Crenças e valores. Comportamento empreendedor.
ABSTRACT
This article aims to present the historical-critical pedagogy and entrepreneurial behavior as a
teaching and learning perspective to a didactic-methodological process in education, based on
activities developed on a research-oriented teaching at a State High School named Instituto
Estadual de Educação Professor Annes Dias, in Cruz Alta/RS during a teaching training
program of a Postgraduation Course in Didactics and Teaching Methodology for Professional
and College Education from Censupeg Institute. The article shows that the theoretical and
technical knowledge, aided by technology and innovation capacity, has become the
productive power of greater value in contemporary society, establishing education and
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creativity as an indispensable means for a critical insertion in the society and the workplace.
The research developed at school is characterized as a case study, implemented through a
qualitative methodology with the researcher observation on the school community from this
institution. It is also characterized as a descriptive exploratory research and field research
through data collection. The variable studied focuses on the student’s entrepreneurial
behavior. Through this study, it was possible to identify the students’ entrepreneurial
characteristics, considering the institutional culture; identify the profile of the future
professional and the variants that interfere on their qualifications and, this way, to propose
educational processes to contribute to the development and strengthening of the professional
education.
Keywords: Professional education. Historical-critical pedagogy. Entrepreneurial education.
Beliefs and values. Entrepreneurial behavior.
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento teórico-técnico, auxiliado pelas tecnologias e pela capacidade de
inovação, vem se tornando a força produtiva de maior valor na sociedade contemporânea,
fazendo com que a educação e a criatividade se constituam em meios necessários e
indispensáveis para uma inserção crítica na vida social e no mundo do trabalho.
O artigo apresenta a pedagogia histórico-crítica e o comportamento empreendedor
como perspectiva educacional ao processo didático-metodológico na educação profissional, a
partir das atividades desenvolvidas durante o período de Docência Orientada no Estágio
Curricular, requisito obrigatório das disciplinas Estágio Supervisionado I e II do Curso de
Pós-Graduação Lato-Sensu em Didática e Metodologias de Ensino para a Educação
Profissional e Ensino Superior do Instituto Censupeg/Fafipa.
Esta pesquisa-ação pretende contribuir para o esclarecimento de questões referente às
atividades desenvolvidas internamente na instituição de ensino, buscando conhecer e ponderar
as condições que levam às situações e questões externas e seus problemas, no sentido de
incentivar a busca, estimular a curiosidade, desacomodar alguns conceitos já solidificados, no
intuito de melhor aplicar os métodos educacionais que possam não satisfazer os educandos no
amplo contexto da educação profissional.
Maurice Tardif (2012) em sua obra “Saberes Docentes e Formação Profissional”,
aborda a problemática do saber docente e discorre no capítulo intitulado “Os professores
diante do saber: esboço de uma problemática do saber docente” acerca da heterogeneidade
que o compõe, referindo ser um “saber plural”, formado de diversos saberes.
TARDIF (2012) denomina de “saberes sociais” o conjunto de saberes de que dispõe
uma sociedade e, conceitua “educação” como o conjunto dos processos de formação e de
aprendizagem elaborados socialmente e destinados a instruir os membros da sociedade com
base nesses saberes:
...é evidente que os grupos de educadores, os corpos docentes que realizam
efetivamente esses processos educativos no âmbito do sistema de formação em
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vigor, são chamados, de uma maneira ou de outra, a definir sua prática em relação
aos saberes que possuem e transmitem. Parece banal, mas um (a) professor (a) é,
antes de tudo, alguém que sabe alguma coisa e cuja formação consiste em transmitir
esse saber a outros. (TARDIF, 2012)
Afirmativas que justificam a proposta de estágio curricular de Pós-Graduação em
Didática e Metodologias de Ensino para a Educação Profissional e Ensino Superior que busca
um profissional capaz de:
Reconhecer na práxis do estágio curricular nas instituições de educação
profissionalizante o perfil dos alunos;
Exercer o papel do educador neste contexto da sociedade atual;
Vincular os conhecimentos estudados nas disciplinas dos cursos profissionalizantes e a
realidade socioeconômica;
Identificar a concepção pedagógica da educação profissional na escola/instituição, não
só a aquisição de estratégias cognitivas de ordem superior, mas também, ao papel do
estudante como responsável por sua própria aprendizagem. Plano de ação, Plano
político-pedagógico.
Conhecer a realidade e a observação participante a partir do debate orientado pela
teoria/vivência prática dos alunos nas instituições de estágios;
Conhecer o cotidiano das escolas/instituições de educação profissionalizante, suas
contradições e dimensões: institucional/organizacional; instrucional/pedagógica,
epistemológico-histórica/histórica/filosófica, comunitária;
Entender os novos parâmetros da cultura como atividade humana, como prática de
construção e de criação;
Compreender o processo de trabalho pedagógico, didático e metodológico que ocorre
nas condições da escola, da educação formal e não formal e as condições de
desenvolvimento dos adolescentes, jovens e adultos;
Compreender a dinâmica da realidade, utilizando-se das diferentes áreas do
conhecimento para refletir sobre as teorias pedagógicas;
Equacionar os fundamentos das políticas públicas, em especial no campo da educação
profissional e, a partir dela, intervir nas diferentes instâncias dos sistemas municipal,
estadual e federal, em condições de proporcionar/alterar/contrapor condições de
desenvolvimento pleno ao indivíduo;
Buscar articuladores que garantam a unidade teórico-prática no trabalho pedagógico,
tendo parâmetros claros que orientem a tomada de decisão em relação às escolascampo de estágio;
Viver o trabalho coletivo e interdisciplinar no trabalho pedagógico, de forma reflexiva
e problematizadora, contribuindo para a construção de saberes e conhecimentos no
campo da educação profissional.
Para que isso ocorra, é preciso pensar a prática docente, pois se credita à metodologia
usada nas escolas o sucesso ou fracasso do processo ensino-aprendizagem. Segundo Gasparin,
para que uma teoria de ensino seja aplicada é indispensável o seu estudo teórico aprofundado,
para possibilitar a sua compreensão quanto ao que ela propõe, onde está fundamentada, e qual
a sua filosofia?(GASPARIN, 2005)
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A Pedagogia Histórico-Crítica tem sido citada como uma perspectiva educacional que
visa resgatar a importância da escola e a reorganização do processo educativo (GASPARIN,
2005), motivo pelo qual se escolheu essa proposta para a prática docente no presente estágio
curricular supervisionado obrigatório.
Todo o material foi elaborado dentro dos conteúdos estruturantes das diretrizes
curriculares do Instituto Estadual de Educação Professor Annes Dias, instituição campo de
estágio. Na educação profissional, o conteúdo empreendedorismo, solicitado pelos alunos e
referendado tanto pela professora titular da disciplina quanto pela direção da escola, considera
ainda, o Objetivo Geral da escola:
“Oportunizar o desenvolvimento de habilidades, competências e conhecimentos
necessários à formação de um indivíduo solidário, autônomo, crítico e atuante no
contexto Histórico-político e social, capaz de exercer a cidadania e progredir ao
trabalho e em estudos posteriores” (Projeto Político Pedagógico Annes Dias, 2012).
E, da mesma forma o Objetivo Geral da Educação Profissional da instituição “Capacitar profissionais de diferentes áreas, com competências e habilidades necessárias ao
mundo do trabalho, à vida produtiva e social e que sejam capazes de gerir sua formação
continuada”.
Identifica-se e assegura-se a importância do tema empreendedorismo – sugerido pelos
alunos - para a aprendizagem significativa, pois além de contemplar a satisfação dos
educandos no amplo contexto da educação profissional, contribui sobremaneira com a sua
inserção crítica na vida social e no mundo do trabalho.
Para refletir sobre a práxis docente, conveniente as palavras de Albert Einstein “Não
pretendamos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção
que pode suceder a pessoas e países, porque a crise traz progressos”.
José Carlos Assis Dornelas em sua obra “Empreendedorismo transformando idéias em
negócios” (Ed. Campus, 2001), anota que "Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e
processos que, em conjunto, levam à transformação de idéias em oportunidades; e a perfeita
implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso."
Para se construir efetiva e eficazmente o conhecimento é preciso que os educandos
manifestem o que sabem (bagagem cultural e social) e o que estão aprendendo, relacionando
dessa forma o conhecimento empírico com o científico e, nesse contexto, o educador deve
atuar como mediador no processo ensino-aprendizagem, como nos ensina Ausubel:
Se tivesse que reduzir toda psicologia educacional em um só princípio, diria o
seguinte: o fator isolado mais importante que influencia a aprendizagem é aquilo que
o aprendiz já sabe. Averígue isso e ensine-o de acordo. [Ausubel, 1978, p.iv].
Portanto, o educador pode e deve aprimorar sua prática apropriando-se de
instrumentos de mediação com vistas à promoção do desenvolvimento do educando. A
atividade de ensino do professor, conectada à atividade de aprendizagem do aluno, deve
propiciar a aquisição do pensamento teórico-científico e, por consequência, a ampliação do
desenvolvimento mental dos alunos.
Isso implica reconhecer que a mediação docente começa muito antes da aula
propriamente dita. Seu início ocorre já na organização da atividade de ensino, quando se
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planejam situações de comunicação prática e verbal entre professor e alunos, entre alunos e
alunos em torno das intervenções com o objetivo da aprendizagem.
Conforme Libâneo,
As apostas nestas contribuições teriam que ser consideradas com base num
entendimento de que o trabalho pedagógico pressupõe intencionalidades políticas,
éticas, didáticas em relação às qualidades humanas, sociais, cognitivas esperadas dos
alunos. Obviamente que, permeando os conteúdos, cabe considerar a coexistência
das diferenças, a interação entre indivíduos de distintas identidades culturais.
(LIBÂNEO, 2001)
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 DIAGNOSE DA INSTITUIÇÃO CAMPO DA PRÁXIS DOCENTE
O Instituto Estadual de Educação Professor Annes Dias, situa-se na cidade de Cruz
Alta/RS, escola pública que oferece Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio
Politécnico, Cursos Técnicos em Enfermagem, Secretariado, Química e Contabilidade, bem
como, o Curso Normal Regular e Curso Normal Aproveitamento de Estudos.
A instituição vem atendendo a comunidade local e regional há 67 anos, conforme
decreto de criação nº 2100 de 08/10/1946, oriunda dos diversos bairros da cidade e de outros
municípios. Em 14/04/2000, através da Portaria 00107, a escola adquiriu o status de instituto
e passou a denominar-se Instituto Estadual de Educação Professor Annes Dias. Possui
aproximadamente um total de 1.119 alunos, 32 funcionários e 101 professores - 04 na área de
Contabilidade.
A escola só consegue se organizar através do trabalho da Coordenadora Pedagógica,
além da questão burocrática que é inerente a escola, ela é uma facilitadora do trabalho dos
professores, na medida em que esta se abre as questões propostas.
Considerando a graduação da estagiária em Ciências Contábeis, a Direção da escola e
a Coordenação Pedagógica, deliberaram que a prática docente seria juto às aulas da professora
titular das disciplinas Contabilidade I, II, III, IV e V no Curso Técnico em Contabilidade. Para
obter a habilitação profissional em Técnico em Contabilidade, o educando precisa cumprir
três etapas de seis meses cada, ou seja, 1,5 anos, sendo necessário à apresentação de um TCC
(Trabalho de Conclusão de Curso) em um seminário onde participam alunos de todas as
etapas. A escola utiliza os referenciais curriculares nacionais para a Educação Profissional.
O Curso Técnico em Contabilidade do Annes Dias tem a pretensão de:
“possibilitar ao aluno condições básicas para a construção coletiva do conhecimento
teórico e técnico, tendo como suporte o incentivo à pesquisa, a realidade dos
elementos envolvidos e ao desenvolvimento de competências e habilidades para
elaborar plano para constituição de uma empresa, executar as rotinas do setor de
recursos humanos, elaborar os registros contábeis, financeiros, fiscais e controle
patrimonial de uma organização, coerentes com o papel social do profissional
Técnico em Contabilidade”. (PPP Annes Dias – Bases Curriculares do Curso
Técnico em Contabilidade)
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Quanto ao perfil dos alunos do Curso Técnico em Contabilidade, disponível somente
à noite, verifica-se que há um número maior de alunos (28 alunos) matriculados na 1ª etapa
com faixa etária estendendo-se de 17 a 20 anos; a Etapa II, campo de estágio, conta com duas
turmas, compostas por 45 (quarenta e cinco) alunos, na sua maioria jovens, brancos,
distribuídos em 25 mulheres e 20 homens, cuja faixa etária varia dos 17 aos 30 anos de idade;
na Etapa III, formandos, são 22 (vinte e dois) alunos matriculados.
Segundo levantamentos, no que diz respeito à ocupação, a maioria dos alunos é
trabalhador, alguns somente estudam, outros estudam e trabalham até 6 horas diárias, alguns
estudam e trabalham mais de 6 horas diárias e, ainda, outros estudam e fazem curso de
qualificação (Pronatec ou similar). Há alunos que trabalham com carteira assinada, há os que
trabalham com familiares e os que realizam estágios remunerados.
Além dos alunos residentes em Cruz Alta, há também os residentes em municípios
vizinhos como Salto do Jacuí, Condor, Pejuçara, Boa Vista do Cadeado, Boa Vista do Incra.
Os educando usam como meio de comunicação a TV, internet, que acessam em casa e no
celular. Usam as redes sociais e a internet para pesquisas escolares. Dedicam uma hora diária
ao estudo fora da escola.
Há também respostas para diversão, jogos e leitura de notícias. No quesito sobre lazer,
aparecem respostas no esporte, internet, balada e clube. O motivo da procura por um curso
técnico é visando à profissionalização e oportunidade de trabalho. Entre o alunado, há
informações sobre consciência ambiental, ética profissional, cidadania e gestão.
Escolheram o Instituto Annes Dias por ser escola pública e de boa qualidade.
Consideram satisfatórias as aulas teóricas, mas gostariam que houvesse aulas práticas mais
freqüentes e interessantes. As características de um bom professor para a maioria dos alunos
são ter boa relação com os alunos e domínio do conteúdo. A questão que investiga a avaliação
e a metodologia dos professores, mesmo tendo constado algumas respostas negativas, houve
predomínio de respostas positivas para a atuação dos docentes, salientando-se os professores
que esclarecem os critérios de avaliação e avaliam coerentemente com o que é trabalhado.
Em relação à metodologia gostariam de professores mais acessíveis para explicações e
esclarecimento de dúvidas, mantendo-os atentos à aula. Ainda solicitam aulas onde o
conteúdo, além de ser relacionado ao cotidiano, seja trabalhado em situações práticas. Os
alunos mencionaram o desejo de um maior uso de recursos audiovisuais, bem como o
incentivo à participação em feiras ou exposições, o que já acontece nos cursos Técnico em
Química e Técnico em Enfermagem que têm participado da MEP (Mostra de Escolas
Profissionalizantes ou Educação Profissional).
As aulas, em sua maioria, são do tipo expositivas, ministradas em salas de aula
comuns, as cadeiras são dispostas uma atrás da outra, o professor fica a frente expondo o
conteúdo e, os materiais utilizados neste ambiente são o antigo quadro verde e giz, material
impresso disponível para Xerox (conteúdos teóricos).
As salas carecem de mais luminosidade, à noite principalmente, pinturas em azul
escuro deixam o ambiente pesado; mobiliário precisa de reparos ou novas carteiras e cadeiras
mais confortáveis. As aulas seriam bem mais interessantes, dinâmicas e proveitosas se
houvesse disponíveis aos docentes, nestas salas de aulas, quadro branco e equipamentos de
multimídia, sem haver necessidade de agendar as salas específicas de multimídia que atendem
o público de toda a escola.
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As pretensões dos alunos após a conclusão do Ensino Técnico são cursar a
universidade, freqüentar outros cursos específicos para qualificação profissional, trabalhar e,
ainda, trabalhar e estudar, prevalecendo à continuidade dos estudos e o trabalho.
2.2 A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E O EMPREENDEDORISMO COMO
PERSPECTIVA DE ENSINO E APRENDIZAGEM:
Primeiramente, observou-se a prática docente, quanto à metodologia, conteúdo
ministrado, recursos didáticos. A seguir, diálogo entre a estagiária e os educandos,
oportunidade em que se realizou entrevista oral, conforme os quesitos constantes do roteiro
para a diagnose e a participação dos alunos na construção da metodologia a ser adotada nas
intervenções durante o estágio.
No decorrer das observações em sala de aula, se constatou turmas participativas,
grande interação com os professores nas atividades e exercício propostos, porém, viu-se
enorme preocupação com avaliações e notas.
Durante o quebra gelo, houve um bate-papo franco com os alunos. A partir das
sugestões dos educandos quanto à forma e conteúdos a serem abordados, acordou-se o tema
Empreendedorismo, considerando que alguns citaram Marketing, MEI (Microempreendedor
Individual), Contexto Empresarial e Sustentabilidade Ambiental. Houve solicitações para a
estagiária trabalhar todas as propostas, porém, não havia tempo hábil para mais horas de
estágio.
A partir dos relatos dos alunos quanto às práticas pedagógicas vivenciadas e traduzidas
em "aulas cansativas", buscou-se apresentar estratégias didático-pedagógicas que
promovessem discussões nas quais os alunos expressem suas idéias, e estabeleçam relação
entre o que já sabem e o conhecimento científico, mediante o uso da pedagogia históricocrítica, através do método dialético de construção do conhecimento escolar de Saviani (1997)
e Gasparin (2002).
Para tanto, as intervenções foram pensadas a partir da proposta teórica e metodológica
do Professor Gasparin (2007) que parte da realidade social em que nosso aluno está inserido
para o concreto elaborado cientificamente, observado os seguintes passos: 1) "a prática social
inicial do conteúdo" - tempestade de idéias; 2) "problematização" - questionário; 3)
"instrumentalização" - exposição oral, texto de apoio, vídeos e materiais didáticos impressos;
4) "catarse" - seminário interativo com as duas turmas, colóquio e síntese dos conteúdos
abordados, avaliação oral e informal produzida pelos educandos, entre as turmas e entre os
alunos, entre os alunos e o educador; 5) "retorno a prática social final dos conteúdos" retorno
a sala de aula e fora dela, cotidiano dos alunos - a partir da manifestação dos alunos acerca do
novo conteúdo científico adquirido e o compromisso com a sua prática no cotidiano, mensurar
o quanto os alunos adquiriram de conhecimento; e 6) Avaliar juntamente com os educandos e
a professora titular das turmas A e B da Etapa II do Curso Técnico em Contabilidade a
didática e a metodologia aplicada pela estagiária.
A Filosofia que fundamenta a Pedagogia Histórico-Crítica é o Materialismo HistóricoDialético, apregoado por Marx, cujos fundamentos são: a interpretação da realidade; a visão
de mundo; - a práxis (prática articulada à teoria); a materialidade (organização dos homens
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em sociedade para a produção da vida); e a concreticidade (caráter histórico sobre a
organização que os homens constroem através de sua história).
A Psicologia que alicerça a Pedagogia Histórico-Crítica é a Teoria Histórico-Cultural
de Vygotsky, onde o homem é compreendido como um ser histórico, construído através de
suas relações com o mundo natural e social. Vygotsky dedicou-se ao estudo da evolução das
funções psíquicas superiores, onde o conceito central é o da mediação; sustenta que o caráter
social das funções psicológicas superiores, as quais, sem perder de vista sua dimensão natural,
são entendidas, em última instância, como o resultado mediado das relações estabelecidas
pelos homens no ato de trabalho (Vygotsky, 2001).
O conhecimento na perspectiva histórico-cultural é construído na interação sujeitoobjeto a partir de ações socialmente mediadas, justificando a didática e a metodologia
diferenciadas aplicadas nas intervenções.
2.3 RESULTADOS:
Inicialmente para que o aluno se sentisse desafiado, mobilizado e sensibilizado em
relação à aprendizagem, realizou-se uma tempestade de idéias com os alunos, para descobrir
os conhecimentos prévios existentes sobre "empreendedorismo" relacionados à sua prática
social. Através do diálogo, espontaneamente os alunos foram colocando sua visão sobre o
que é empreendedorismo, sua vivência próxima e remota cotidiana deste conteúdo, suas
curiosidades e o que gostariam de aprender mais sobre o tema por eles escolhido. Ainda,
foram provocados a manifestarem-se sobre a relação do conteúdo trabalhado com o PPP Projeto político pedagógico da instituição, com o objetivo geral da educação profissional, bem
como, com as competências e habilidades que devem ser desenvolvidas no processo de
aprendizagem da etapa II do semestre em curso. Após breve discussão sobre os problemas
identificados na tempestade de idéias quanto ao conhecimento empírico e os pontos
divergentes do conhecimento científico, passou-se a diagnose.
Neste momento, foi distribuído ao aluno um questionário que considerou os conteúdos
curriculares e o tema a serem trabalhados, individualmente os alunos tiveram 30 minutos para
responderem as quatorze questões propostas. Observando o gráfico, cerca de 74% dos
alunos (33) não tinham conhecimento - pontuaram entre 3 a 6 acertos; 20% (9 alunos) tinham
pouco conhecimento – conseguiram entre 7 a 8 acertos; apenas 6% (3 alunos) tinham
conhecimento – obtiveram10 acertos. Note-se que nenhum dominava o assunto, pois ninguém
acertou as 14 questões ou 100% do questionário.
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Gráfico I – Diagnóstico aplicado (Fonte: autora)
As respostas corretas foram apresentadas e discutidas no seminário. Foi ressaltado aos
alunos que o formulário de identificação de conhecimento que eles receberam faz parte da
metodologia do curso Aprender a Empreender – SEBRAE e seu score permite avaliar
características comportamentais empreendedoras; que o diagnóstico é de caráter pessoal e por
isso devem responder com a maior sinceridade; que não há nenhum interesse em comparar o
desempenho entre os participantes; que será apenas um instrumento para que cada um consiga
mensurar a sua evolução de aprendizagem. Estas duas abordagens iniciais visaram descobrir
os (des) conhecimentos prévios existentes sobre os conteúdos relacionados à sua prática
social, pois, esses (des) conhecimentos anteriores viriam a servir como ponto de partida e
suporte para uma aprendizagem significativa.
Concluído o diagnóstico, foi distribuído aos alunos para análise, reflexão e debate o
texto de apoio: “Todo empreendedor pode ser um empresário, mas nem todo empresário pode
ser um empreendedor" (Fonte:- Escritório para a Ciência e Tecnologia da Agência dos
Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, Projeto de Desenvolvimento de
Empreendedores e da Pequena Empresa - Projeto EMPRETEC/SEBRAE). Nas três primeiras
etapas participaram os alunos de cada turma, A e B separadamente, presentes em sala de aula
na data da intervenção.
No quarto passo, a realização do seminário interativo contou com a participação de
ambas as turmas (100% de presenças) e foi desenvolvido em dois momentos, primeiro o
educador e mediador da aprendizagem abordou os conteúdos anteriores, abstraídos da
tempestade de ideias e do questionário aplicado, retomando e/ou apresentando novos
conceitos sobre empreendedorismo, empreendedor, comportamento empreendedor, educação
empreendedora e as 10 características de um comportamento empreendedor. Nesse momento
enfatizou-se a exposição oral sobre os conteúdos.
Durante o seminário educador e educando interatuavam o tempo todo, o conhecimento
empírico fluía e interagia com o científico e, rapidamente os alunos verbalizam maravilhados
o que estavam aprendendo. Isso se deu graças à forma como foram dispostos os conteúdos
nos slides e na exposição oral, observando-se as exigências sociais de aplicação do conteúdo
nas dimensões: conceitual, histórica, científica, econômica e política.
A sala de recursos e multimídia disponibilizada para esta prática pedagógica garantiu a
qualidade das apresentações do PowerPoint - projetadas no telão do data show (vinte e sete
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slides) e dois vídeos - Você se considera criativo? (Gustavo Horn, 2':56") e, Soichiro Honda O Poder dos Sonhos (Power Of Dreams) - Legendado (Fra Conca, 11':40").
A proposta do colóquio, segundo momento do seminário, utilizada para o
desenvolvimento da catarse, foi totalmente acolhida pelos alunos ao assumirem neste
momento uma postura crítica e um posicionamento consciente no âmbito social, trocando
conhecimentos e debatendo os conceitos aprendidos até então. Também, ocasião em que os
educandos foram instigados a elaborar um resumo de tudo o que aprenderam, o que fora
ensinado segundo as dimensões do conteúdo, síntese expressa através de uma avaliação oral e
informal produzida pelos educandos, entre as turmas e entre os alunos, entre os alunos e o
educador. Didaticamente, a informalidade e a possibilidade de avaliação oral dos conteúdos
conduziram de imediato ao retorno da prática social, quinta e última etapa, conforme
planejamento. Os alunos demonstraram iniciativa e comprometeram-se a colocar em prática
no seu cotidiano os novos conhecimentos adquiridos. Acredita-se de fato nessa possibilidade,
visto que a maioria trabalha. Os educandos se interessaram pelo conteúdo sistematizado com
esta metodologia, a forma de abordagem, a prática pedagógica. Houve grande participação e
muitos comentários por parte destes, fazendo perguntas, respondendo questionamentos,
elogiando a forma como foram feitas as lâminas (coloridas, diferentes, possibilitavam a
interação professor/aluno, etc.), toparam os desafios lançados, propiciando participação de
todos, tornando a aula atrativa, dinâmica e envolvente.
Para que o processo ensino-aprendizagem ocorra é necessário que nós educadores
ofereçamos aos nossos alunos diferentes instrumentos de aprendizagem, capazes de auxiliálos na construção do conhecimento a partir da realidade social onde está inserido. O processo
de internalização é evidenciado nessa teoria como um processo de transformação, de
modificação da compreensão individual; há uma reorganização, em oposição a uma
transmissão automática dos instrumentos fornecidos pela cultura. Portanto, é imprescindível a
escola possibilitar o acesso ao conhecimento e as ferramentas disponíveis ao processo da
formação profissional, desenvolver uma consciência crítica que possibilite o entendimento e a
possível transformação da realidade, bem como, garantir fundamentação teórica para o
exercício da atividade do profissional nas diversas áreas de atuação.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A teoria iluminou uma prática significativa dentro de um contexto histórico, que foi
realizado conjuntamente entre educador e educando. A didática foi fator preponderante para
que a teoria acendesse a práxis, tornando a metodologia realmente eficaz no processo ensinoaprendizagem.
A previsão da prática social próxima e remota no desenvolvimento do trabalho
docente e discente permite a ambos direcionar novos olhares ao conteúdo, contribuindo para a
compreensão e sentido do mesmo, há de fato uma maior proximidade entre educador e
educando.
Os alunos quando questionados sobre o que gostariam de saber a mais, manifestaramse com entusiasmo, interesse, surpresa, pois nunca imaginaram que suas curiosidades fossem
importantes no início do conteúdo, estes participaram ativamente fazendo perguntas e
questionando.
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Desenvolver o processo ensino-aprendizagem na visão histórico-crítica oferece ao
professor uma nova ação, onde passa a rever conceitos, romper com metodologias
ultrapassadas, estabelecer novos rumos e valores, tornando a prática pedagógica
significativamente mais comprometida com a aprendizagem dos alunos. Porém, trabalhar
nessa perspectiva necessita maior disponibilidade docente para planejamento das aulas (com
pesquisas, vídeos, sistematização e domínio dos conteúdos, retomada do planejamento, etc.).
A práxis vivenciada proporcionou conhecer educandos em formação para Educação
Profissional. São alunos oriundos de diversos municípios, em uma realidade social razoável,
onde os indivíduos gozam de lazer, tecnologias e serviços públicos de assistência integral à
saúde e à alimentação.
Muito embora o principal veículo de informação continue sendo a palavra escrita, não
mais impressa, é preciso mudar as formas de aprender dos alunos e as formas de ensinar dos
professores. Por isso, atualmente, é necessário um novo perfil de aluno e de professor. Novas
funções discentes e docentes serão possíveis a partir do momento que entendermos a
sociedade do conhecimento e a sociedade da informação a fim de que haja mudanças de
mentalidade e concepções que referem aprendizagem e ensino. Portanto, é urgente (re)pensar
sobre a atividade e a práxis pedagógica para podermos encarar essa nova cultura de
aprendizagem.
Quanto a Pedagogia Histórico-Crítica (chamada de Histórico-Crítica por Saviani),
histórico -porque nesta perspectiva a educação também interfere sobre a sociedade, podendo
contribuir para a sua transformação e crítica - por ter consciência da determinação exercida
pela sociedade sobre a educação, se bem entendidos seus pressupostos teóricos torna-se uma
teoria de grande relevância para o ensino-aprendizagem, pois evidencia um método
diferenciado de trabalho. É no cotidiano da escola que se firma essa proposta pedagógica,
surgida da inquietude de alguns educadores que percebiam a ausência das características
histórico sociais da educação nas pedagogias tradicionais. (SAVIANI, 2007).
O diagnóstico também serviu de ponto de partida para o ensino-aprendizagem,
permitiu desvendar o conhecimento que o aluno traz sobre os conteúdos trabalhados,
justificando a importância de abordar o tema empreendedorismo para sua formação técnica
profissional.
Além disso, percebe-se a necessidade de se proporcionar a reflexão histórica sobre o
papel do profissional da Contabilidade, que tem o grande desafio de trabalhar com números,
contratos, índices, valores, tributos e aspectos formais da legislação financeira e comercial,
com a responsabilidade de traduzir seu conhecimento em uma informação que seja
compreensível e útil para o leigo.
Inserido no contexto mundial e brasileiro, o desafio do profissional da Contabilidade é
enorme, pois lida com uma informação difícil que afeta o bolso de seu cliente em uma
realidade brasileira complexa e frequentemente mutável.
O diálogo e questionamentos estabelecidos com os alunos durante a tempestade de
ideias, para além de um quebra gelo entre a estagiária e os alunos, permitiu uma relação de
afetividade entre educador e educando. Os alunos se interessaram muito pela discussão sobre
os principais problemas postos pela prática social e pelos conteúdos apresentados. Houve uma
ótima participação de todos os alunos, propiciando troca de experiências e valiosas
informações. Os alunos gostaram muito da prática pedagógica aplicada, pois lhes possibilitou
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uma maior interação com o professor, maior interesse destes pelo conteúdo ensinado e
conseqüentemente o seu envolvimento no processo ensino-aprendizagem. A aula tornou-se
mais dinâmica e prazerosa. Os alunos perceberam este conteúdo dentro de um contexto,
partindo dos seus conhecimentos espontâneos chegando aos conhecimentos científicos;
estabelecendo conexões entre os dois, enriquecendo-os.
Considerando, que o método de ensino da Teoria Histórico-Crítica visa:
Estimular a atividade e a iniciativa do professor; favorecer o diálogo dos alunos
entre si e com o professor, sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura
acumulada historicamente; levar em conta os interesses dos alunos, os ritmos de
aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, sem perder de vista a
sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do
processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos. (GASPARIN, 2007)
Não há duvidas de que através da metodologia utilizada, e dos recursos didáticopedagógicos selecionados para nortear a prática pedagógica (diagnose, vídeos, data show,
seminário, debate, colóquio e outros meios) os alunos puderam aprender melhor; pois
demonstraram ter o interesse estimulado, o que, certamente refletiu no rendimento das
avaliações e na capacidade de resolução de problemas.
Levando em conta que houve 100% de presenças e participação nas atividades
desenvolvidas, superando as expectativas da estagiária, certamente as estratégias apresentadas
e vivenciadas pelos alunos, oportunizou processos mentais capazes de fazê-los comparar seus
conceitos anteriores (cotidiano) aos conceitos científicos apresentados e a (re)construção de
seus próprios conceitos (novos).
Ainda, o entendimento de assuntos atuais, como “empreendedorismo” proporcionou
ao educando e ao educador maior desenvolvimento na socialização e no seu posicionamento,
pois conseguiu trabalhar de forma ordenada e facilitadora o ensino e a aprendizagem.
Pesquisa internacional sobre empreendedorismo, entrevistou 43 mil pessoas, em 21
países durante o ano 20001, concluiu que o Brasil é o país que apresenta a maior porcentagem
de empreendedores. Passados quatorze anos, ainda sentimos necessidade de desenvolver uma
nova mentalidade, pois ainda hoje, o sistema educacional brasileiro não contempla com a
devida atenção a cultura do empreendedorismo. Urge uma educação empreendedora.
Enfim, acredita-se que a experiência pedagógica vivenciada por ocasião do Estágio
Curricular Supervisionado Obrigatório foi um ótimo ensaio em termos de prática e, ao que é
previsto e estudado no curso de Pós-Graduação em Didática e Metodologias de Ensino para a
Educação Profissional e Ensino Superior do Instituto Censupeg/Fafipa, assim como, permite
apontar a pedagogia histórico-crítica e o comportamento empreendedor como perspectiva de
ensino e aprendizagem ao processo didático-metodológico na educação profissional.
1
Revista Exame, Ed 734 de 21/02/01, pág. 18.
16
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas:
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LIBANEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola. Goiânia: Alternativa, 2001.
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http://www.youtube.com/watch?v=kQI2KoZZ3YQ.
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http://www.youtube.com/watch?v=biFkWkgqARM#t=645.
LIBÂNEO, José Carlos & FREITAS, Raquel A. M. da M. Vygotsky, Leontiev, Davydov –
Três aportes teóricos para a teoria Histórico-Cultural e suas contribuições para a
didática. Eixo temático 3. Cultura e práticas escolares.
http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe4/individuaiscoautorais/eixo03/Jose%20Carlos%20Libaneo%20e%20Raquel%20A.%20M.%20da%20M.
%20Freitas%20-%20Texto.pdf
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A pedagogia histórico-crítica e o empreendedorismo