Construção do Projeto Cultural Conceitos - Métodos - Escritas Objetivo Geral: Realizar oficina de elaboração de projetos culturais, com vistas às exigências dos Editais do Ministério da Cultura e do Governo do Estado de Pernambuco. Objetivos específicos: • • • • • Conceituar projeto e cultura, à luz da Antropologia e da Sociologia; Identificar as etapas da elaboração de um projeto cultural; Discernir os possíveis lapsos na elaboração do projeto cultural; Proporcionar a técnica de análise dos editais voltados para o fomento cultural; Contribuir para a formação dos produtores culturais, artistas e técnicos. Justificativa: Em meio às novas políticas culturais implementadas pelo Ministério da Cultura e Governo do Estado de Pernambuco, percebe-se que parte significativa da cadeia produtiva da cultura não domina os pressupostos básicos na elaboração de um projeto cultural. Tal fragilidade técnica resulta na devolução, aos cofres públicos, da verba destinada à cultura e, o velho chavão: temos dinheiro, mas não temos projetos, ilustra essa realidade. Cumprir os requisitos técnicos dos editais é estar em concordância com a nova conceituação/paradigmas de categorias como cultura, cidadania e economia. Tais classificações têm sido item que torna muitos projetos inconsistentes quanto aos seus propósitos socioculturais. Realizar ações voltadas para o fomento e a fruição dos valores culturais, pleiteando verba pública através da política dos Editais, requer dos proponentes um conhecimento de novas ferramentas teóricas, além de um domínio mais primoroso na relação projeto X edital. Mediante tão assertiva, foi montada esta oficina com vistas a debater os problemas mais pertinentes à elaboração de um projeto cultural, bem como o manuseamento, por parte dos proponentes, dos elementos simbólicos, econômicos e sociais que hoje estão diretamente relacionados às exigências dos Editais voltados para os projetos culturais. Número de vagas: 15 (quinze) pessoas. Carga-horária: 20 horas/aula. Público alvo: produtores culturais, artistas de todas as linguagens, técnicos em artes, professores e afins. 1 Metodologia: A oficina será teórico-prática, abordando os conceitos ou as categorias de projeto e cultura, a discussão sobre as etapas de um projeto cultural, possibilitando a cada participante o conhecimento dos aspectos mais importantes que norteiam as exigências dos Editais do Ministério da Cultura e do Governo do Estado de Pernambuco, além da exposição dos participantes dos seus projetos ou das dúvidas que tenham sobre suas fundamentações, ao longo das várias etapas do programa. Avaliação: O processo avaliativo dar-se-á através dos debates durante a exposição dos conteúdos, bem como a explanação escrita dos participantes na elaboração de algumas etapas de um projeto cultural com ênfase no Funcultura. EMENTA: Construção do Projeto Cultural – com ênfase no Funcultura Conceitos - Métodos - Escritas Ementa: 1. Trâmite de um projeto no Funcultura 2. Projeto 1.1 Primeiro conceito de Projeto 1.2 Segundo conceito de Projeto 2. Cultura 2.1 O olhar da Antropologia Cultural 2.3 Identidade cultural e pertencimento 2.4 Estruturalismo e pós-estruturalismo 2.5 Cultura Material e Imaterial: Texto Constitucional 2.6 A UNESCO e a Declaração Universal Sobre a Diversidade Cultural 3. Cultura na ótica do Ministério da Cultura: 3.1.1 Plano Nacional de Cultura - Dimensões da cultura 3.1.2 Economia da Cultura 3.1.3 Cultura como ferramenta de cidadania 3.1.4 Cultura como valor simbólico 3.1.5 Economia criativa ou Economia do Conhecimento 3.1.6 Capital simbólico ou Capital cultural 4. O que diz o Governo do Estado de Pernambuco 5.1 O Funcultura 5.2 Conferências Estaduais de Cultura 6. Dissecando os Editais, Resolução da CD e Exigências adicionais 6.1 Foco do Edital/Foco do Projeto 6.2 Exigências, anotações, conferência 6.3 Norteadores e os Critérios de Avaliação 7. Estrutura do projeto: 7.1 Objeto do projeto 2 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.7 7.8 Objetivos: Geral e Específicos do projeto Justificativa do projeto Estratégia de Ação do projeto Cronograma de Execução do projeto Contrapartidas/Geração de receitas/Valor do produto incentivado Orçamento do projeto Prestação de contas do projeto Para receber o certificado o participante deverá cumprir a carga horária mínima de 80% do curso. Referências bibliográficas: Apostila do projeto cultural de formação da Fundarpe. Recife: FUNDARPE, 2010. Boas, F. Antropologia cultural. Textos selecionados, apresentação e tradução Celso Castro. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. (Coleção Antropologia social). Cardoso, C. F. ; Vainfas, R. (Orgs.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997. Carvalho-Neto, P. de. Dicionário de teoria folclórica. Tradução e notas Roberto Benjamin. Aracaju: Secretaria Extraordinária da Cultura, 1997. Chauí, M. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000. (Série História do povo brasileiro, 5). DaMatta, R. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986. il. Ferreira, A. Ensaios folclóricos. (Org.). Roberto Benjamin. Recife: Secretaria de Educação de Pernambuco, 1986. il. Laraia. R. de B. Cultura: um conceito antropológico. 23. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. Lima, I. M. de F. Maracatus-nação: ressignificando velhas histórias. Recife: Bagaço, 2005. Lody, R. Brasil bom de boca: temas da antropologia da alimentação. São Paulo: Senac São Paulo, 2008. Il. Marcena, A. Dicionário da Diversidade Cultural Pernambucana. Recife: Iamar Livros, 2010. Mariani, B. Colonização linguística. Campinas, SP: Pontes, 2004. Mintz, S. W. O poder amargo do açúcar: produtores escravizados, consumidores proletarizados. Organização e tradução Christine Rufino Dabat. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2003. il. Morin, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. 11.ed. São Paulo/Brasília-DF: Cortez;UNESCO, 2006. Sodré, M. Para Muniz Sodré, ‘o grotesco é uma estratégia para conquistar o público’. Entrevista a Luisa Alcantara e Silva e Caio Quero. Disponível In <http://www.facasper.com.br/cultura/site/entrevistas.php?tabela=dialogoentrevista&id=21>. Acesso em: 01 de mar. de 2009. Oliveira, P. S. de. Introdução à Sociologia. 25. ed. rev. e ampl. São Paulo: Ática, 2004. Quintas, F. (Org.). A civilização do açúcar. Recife: Sebrae, Fundação Gilberto Freyre, 2007. Il. Ribeiro, D. O povo brasileiro - a formação e o sentido do Brasil. 2.ed. São Paulo: Cia das Letras, 1996. Rocha, E. P. G. O que é etnocentrismo. 11. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção primeiros passos; 124). Saldanha, N. Historicismo e culturalismo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro; Recife: Fundarpe, 1986. Silva, K. V. ; Silva, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. 3 Currículo dos Facilitadores: Adriano Marcena: Teatrólogo, escritor e historiador. Estudou teatro no Curso de Formação do Ator da UFPE, A Literatura Infantil e o Universo Psicopedagógico da Criança, UNICAP e também é licenciado em História. Ministrou oficinas e palestras para o Sebrae, UFRPE, UNICAP, Sindicatos, Escolas e faculdades particulares, e para várias redes municipais de Ensino. Publicou Trilogia da Miséria Humana, 1995; As Mungangas de Zeca Apolinário na Terra do Vulcão Encarnado, 1999; A Ópera do Sol - Uma Odisseia Nordestina no Sertão Pernambucano, 1998; Jaboatão Histórias e Lutas, 2001; Teatro Completo Um: Textos para 1, 2 e até 3 atores (projeto patrocinado pelo Programa BNB de Cultura, 2009) e Dicionário da Diversidade Cultural Pernambucana, 2010. Foi várias vezes premiado e recebeu entre outros prêmios: Nacional de Dramaturgia do Ministério da Cultura/Funarte – 1996; o Nacional do Concurso Literário Cidade do Recife, prêmio Elpídio Câmara de Teatro em 1997, além de cinco Menções Honrosas para seus textos literários. É membro da União Brasileira dos Escritores UBE-PE; Associação dos Dramaturgos do Nordeste, ADN; Sociedade Brasileira de Autores Teatrais SBAT-RJ, União Brasileira dos Compositores UBC-RJ, membro do Instituto Histórico de Jaboatão IHJ da ARTEPE, Associação dos Realizadores de Teatro de Pernambuco e da ANPUH - Associação Nacional de História. Teve vários projetos aprovado pelo Ministério da Cultura, Programa BNB de Cultura e Conselho Municipal de Cultura do Recife. Integrou a comissão das discussões do Plano Nacional de Cultura Ministério da Cultura e representou a ARTEPE - Associação dos Realizadores de Teatro de Pernambuco, como membro titular da Comissão Deliberativa do Funcultura. Rogério Generoso (da Silva), nasceu em Recife (Setembro de 1963), é Poeta, Escritor e Produtor Cultural. Em Agosto de 2004, cria na Biblioteca Popular de Casa Amarela o Recital Poético Invenção de Poesia, que logo torna-se um Movimento Cultural, com o mesmo nome; Em Novembro de 2004 reativa, em parceria com o artista plástico Silvio Hansen, dentro do Movimento, a Poesia Postal, emana dos heroicos tempos da poesia marginal dos anos 70; Em 2006 participa junto com Pedro Martins e Vanessa Sueidy, da criação do Recital Poético Afogados em Poesia, na Biblioteca Popular de Afogados; Em Janeiro de 2007, é eleito para o biênio 2007/2008 como Assessor de Diretoria da UBE-PE para assuntos de novos poetas e reestruturação da Livraria do Escritor (vagão) na UBE; Em Setembro de 2007, profere palestra na 3ª Festa literária Internacional de Porto de Galinhas (FLIPORTO); Em junho de 2008, recebe menção honrosa no concurso literário da Prefeitura do Recife – Prêmio Eugênio Coimbra Junior – de Poesia, com a obra inédita “Véspera do Silêncio” Em janeiro de 2009 é reeleito para a Diretoria da UBE-PE, ocupando o cargo de 1° Tesoureiro no Biênio 2009/2010; Em Setembro de 2009 coordena a Casa da UBE no âmbito da FLIPORTO em Porto de Galinhas; 4 Em outubro de 2009 é indicado pela UBE-PE, para representá-la na Comissão Deliberativa do FUNCULTURA do Governo do Estado de Pernambuco; Em Novembro de 2010 coordena a Casa da UBE no âmbito da VI FLIPORTO em Olinda-PE; Em Novembro de 2010 é reconduzido pela UBE-PE para a Comissão Deliberativa do FUNCULTURA; PRODUÇÃO LITERÁRIA: Organização de 11(onze) números da coletânea artesanal “POESIA POSTAL”; Organização de 02(dois) números da coletânea artesanal “PAPIRO POÉTICO”; Participação na Coletânea “Marginal Recife 5” editada pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife – Agosto de 2007; Participação da coletânea “Anais do II Festival de Literatura de Garanhuns” com a palestra “Poesia Experimental em Pernambuco”, 2007; Edita a plaqueta artesanal “Laurent e outros poemas” – Outubro de 2007; Em Julho 2009 participa da Coletânea MOVIPOESIA; Edita o Livreto “Poemas de Pés Amputados & Ritmo Dissoluto” – Agosto de 2009; Ainda 2009, participa da Coletânea “O Planeta Feito Quintal”,organizado por Lúcio Ferreira, Telma Brilhante e Lurdes Nicácio; Também em 2009, participa da Antologia “Quarta às Quatro”, das UBE-PE; Em Dezembro/2010 lança o livro NOUMENON, e tem inéditos: Véspera do Silêncio (menção honrosa em concurso nacional da Prefeitura do Recife), O Fim, Desenho, Poemas de Pés Amputados & Ritmo Dissoluto, Arquitetura da Obra, Através e Abinício; Em 25/08/2011 funda com um grupo de poetas, artistas plásticos, músicos, dramaturgos, produtores culturais e pessoas ligadas à cultura, O Centro Cultural Vital Corrêa de Araújo (CCVCA), aonde passa a exercer a vice-Presidência do espaço; Em Setembro/2011 coordena a Plataforma de Lançamentos da UBE na VIII Bienal Internacional do Livro em Pernambuco; Em 28/09/2011 participa da coordenação do IV Congresso Nacional de Escritores em Pernambuco, da UBE; Em Novembro/2011 coordena a Casa da UBE na VII Festa Internacional do Livro em Pernambuco – FLIPORTO, em Olinda/PE. 5