Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ Associativismo, Desporto e Cultura Segundo o INE no Anuário Estatístico para Região Alentejo de 2007, no total de despesas da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz 15,8 % das verbas vão para despesas em cultura e desporto. As despesas correntes vão sobretudo para actividades culturais, música, jogos e desporto, quanto às despesas de capital vão para recintos desportivos, culturais e para património. Associativismo O número de Associações, grupos, sociedades e colectividades é bastante elevado no concelho, 46, embora a dinâmica destas organizações não governamentais (ONG) varie de comunidade para comunidade. As ONG, nas zonas rurais, têm como vocação disponibilizar um local de encontro para a comunidade e o apoio à realização das festas anuais. Em algumas destas organizações existem grupos ligados ao desporto com bastante dinâmica. Quadro A.D.C. n.º 1 Associativismo no Concelho de Reguengos de Monsaraz Associações por Freguesia Monsaraz Corval Reguengos Campo Campinho Total Caça e Pesca 3 2 3 2 1 11 Columbofilia 0 1 1 0 0 2 Cultura 0 1 2 0 0 3 Desporto e Cultura 1 1 1 0 0 3 Desporto 0 0 4 0 0 4 Diversos 1 0 3 1 1 6 Musica 0 1 1 1 0 3 1 0 5 9 Recreativo Solidariedade 3 0 1 0 0 4 4 1 Fonte: Município de Reguengos de Monsaraz, 2009 Além das Associações referenciadas pelo Município1 existem outras entidades associativas que intervêm no Concelho: • ALIENDE- Associação para o Desenvolvimento Local, a intervir em Reguengos de Monsaraz, mas com sede em Montoito, disponibiliza apoio na elaboração de projectos vários, intervêm na área da formação profissional, juventude e em muitas outras áreas ligadas ao desenvolvimento local; • Associação de Estudantes na Escola Secundária Conde de Monsaraz. • Casa de Cultura de Corval, com oferta desportiva, cultural e de formação profissional e a AMIJOVEM, associação de carácter cultural, ambas em S. Pedro do Corval; • Santa Casa da Misericórdia de Monsaraz e de Reguengos de Monsaraz, esta última com uma vertente de apoio social muito vincada e de grande importância no Concelho. 1 http://www.cm-reguengos-monsaraz.pt/pt/conteudos/o+concelho/associacoes/ __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 1/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ Desporto O Concelho de Reguengos de Monsaraz mostra dinâmica desportiva, tanto ao nível de equipamentos como da própria actividade. Relativamente aos equipamentos desportivos existe uma diversidade de oferta disponibilizada quer pela Autarquia quer por Associações Desportivas e Recreativas, nomeadamente: • Campo de Futebol de 7 • • Campo de ténis • Campo Multijogos • Campos de Futebol de 11 • Centro Hípico • Escolas de equitação • Circuito de manutenção • Piscinas Coberta/ Descoberta • Ginásio • Polidesportivos Descobertos • Escola de taekwondo Pavilhão Gimnodesportivo Arq.º Rosado Correia • Pavilhão Gimnodesportivo Escola E B I de Reguengos Monsaraz • Pavilhão Gimnodesportivo Escola Secundária Conde Monsaraz O Concelho oferece as seguintes modalidades desportivas: • Artes Marciais • Columbofilia • Atletismo • Equitação • Automobilismo/ Todo o Terreno • Futebol • Basquetebol • Ginástica de Manutenção • BTT • Ginástica e Trampolins • Caça • Natação e Hidroginástica • Caminhadas • Orientação Pedestre/BTT • Cicloturismo • Pesca • Pólo Aquático De referir que, quer em relação aos equipamentos desportivos quer em relação às modalidades desportivas é na sede de Concelho que se concentram a grande maioria dos equipamentos desportivos e é também a sede de Concelho que oferece a maior diversidade de modalidades desportivas, prevendo-se a criação de um Parque Desportivo. O Município tem um plano de actividades desportivas anual (Anexo1). Quando falamos de desporto, no Concelho de Reguengos de Monsaraz, associamos a palavra voluntariado à actividade, pois grande parte do trabalho de apoio às diferentes modalidades é desenvolvida por pessoas (pais, atletas antigos e actuais, etc) que no seu tempo livre se dedicam às mais variadas tarefas, desde o transporte dos atletas até ao treino das equipas. O número de praticantes e a caracterização das entidades desportivas no Concelho são apresentados em documento próprio (Anexo 2). __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 2/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ Cultura A vertente cultural é muito forte na Região Alentejo, não sendo Reguengos de Monsaraz excepção. O Concelho tem uma grande riqueza ao nível do património histórico e arqueológico, sendo uma das suas mais valias. Quando falamos de cultura e tradição, é um Concelho ligado à tauromaquia, à musica e ao cante (filarmónicas, grupos corais, fado, grupos musicais vários), é um Concelho no qual o artesanato tem muita importância, pois ainda está bastante enraizado o saber-fazer e é um Concelho que apoia o associativismo e o desenvolvimento local. A arte contemporânea também é acarinhada no Concelho, contando com artistas nas mais diversas áreas (pintura, escrita, poesia, dança, fotografia, arquitectura, teatro…). O Concelho oferece uma agenda cultural variada e tem vários espaços dedicados à cultura. História Os limites do Concelho são os mesmos desde há séculos, mudando a localização da sua sede, localizada na Vila de Monsaraz até 1838, data a partir da qual foi transferida para a Vila de Reguengos de Monsaraz. A Cidade de Reguengos de Monsaraz ascendeu à categoria administrativa de Cidade no dia 9 de Dezembro de 2004. Monsaraz é o único núcleo urbano antigo planeado e muralhado do concelho e é excepção, pois nasceu com objectivos claros de ordem bélica. A sua ocupação data dos tempos pré-históricos e são disso exemplo a cerca de centena e meia de monumentos megalíticos existentes nos arredores desta povoação. Em 1157, Monsaraz foi conquistada aos Mouros por Geraldo Sem Pavor, mas em 1173 torna a cair em poder dos almôadas, na sequência da derrota de D. Afonso Henriques em Badajoz. D. Sancho II conquista definitivamente Monsaraz em 1232. Em 1263, Monsaraz é já uma importante povoação fortificada e sede de um Concelho dotado dos mais amplos privilégios jurídicos, possuindo já a Carta de Foral expedida por D. Afonso III. Neste período os cavaleiros das ordens militares e o clero secular deram início à construção dos templos de Santa Maria da Lagoa e de Santiago e da Ermida de Santa Catarina, no arrabalde. Em 1319, Monsaraz é erguida comenda da Ordem de Cristo e fica na dependência de Castro Marim. Nesta altura começa a ser construído o edifício gótico do primitivo tribunal e é também deste período que data a torre de menagem. Em 1412, por doação do condestável a seu neto D. Fernando, Monsaraz é integrada na Sereníssima Casa de Bragança e passa a ser um dos mais preciosos vínculos no Alentejo, da grande casa ducal portuguesa. A grave crise demográfica de 1527, causada pela peste que alastrava em Portugal, faz com que, por ordem do Duque de Bragança e como medida de fixação demográfica local, se esboce uma modesta reforma agrária, que se traduziu no parcelamento das terras comunais concelhias. No termo de Monsaraz, em terrenos da Casa de Bragança e depois da Coroa, em torno de uma ermida dedicada a Santo António, nasceu um pequeno núcleo populacional, originário da futura Vila de Reguengos __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 3/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ de Monsaraz. O crescimento desta pequena povoação, devido aos esforços dos seus moradores no que respeita ao artesanato, daria origem a uma nova Feguesia em 1752. A aldeia dos Reguengos, assim chamada, era formada na altura pelos núcleos populacionais de Reguengos de cima, do meio e de baixo. Estes constituíram as bases administrativas da nova Vila de Reguengos, por Carta de Lei de 1840. A posição de difícil acesso da Vila de Monsaraz e a sua fidelidade ao ideal absolutista, derrotado nas lutas do século XIX, contribuíram para que o processo de transferência de sede do concelho fosse célere e passasse para a Vila de Reguengos, nova, dinâmica e adepta dos ideais políticos do Liberalismo. Esta transferência data de 1838, sofrendo algumas interrupções. Apenas em 1851, a sede se instala definitivamente na Vila de Reguengos de Monsaraz e o Concelho passa a designar-se Reguengos de Monsaraz. Em 2004 dá-se a elevação da Vila à categoria de Cidade (DAR II série A Nº.74/IX/2 - Suplemento 2004.07.09, - (46) a - (48)), uma vez que a Vila de Reguengos de Monsaraz cumpria, genericamente os requisitos estabelecidos na Lei n.º 11/82, de 2 de Junho. Todas as Freguesias que constituem o Concelho de Reguengos de Monsaraz têm uma história por traz da sua origem (Anexo 3). Património Entende-se por património arquitectónico “bens culturais imóveis integrantes do património cultural português ou património cultural arquitectónico as estruturas imóveis criadas e implantadas no território pelo homem, ou que o homem produziu transformando a Natureza, dotadas de um valor simbólico.” (Decreto-lei n. 120/97 de 16 de Maio). Destacamos no Concelho de Reguengos de Monsaraz a Vila de Monsaraz e lugares circundantes como dos mais ricos em património arquitectónico, apresentando obras que passam por diversos séculos da nossa história desde o século XII até ao século XVI. Salpicando a paisagem do Concelho existem várias igrejas e ermidas que datam do século XVI e XVII. A riqueza do património arqueológico também é uma das mais valias do Concelho de Reguengos de Monsaraz, com a existência de vários monumentos megalíticos. É geologicamente manchado de afloramentos graníticos e de rochas metamórficas xistosas. Podemos encontrar nesta região megalitos de todos os tipos (antas, menires isolados e em grupo), podendo considerar-se alguns belos e interessantes exemplares do contexto da pré-história europeia.2 2 http://www.cm-reguengos-monsaraz.pt/pt/conteudos/o+concelho/h2/ __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 4/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ Equipamentos e Actividades Culturais Relativamente aos equipamentos e actividades no âmbito da cultura e recreio o concelho tem os seguintes equipamentos: • Arquivo Municipal • Igreja Santiago (espaço de exposição) • Artesanato (Olarias, mantas, chocalhos, • Imprensa Periódica cobres, …) • Ludoteca Associações, Colectividades, Sociedades, • Museu da Vinha e do Vinho Casas do Povo, Casas de Cultura, • Museu Etnográfico “Artes e Ofícios • Auditório Municipal Tradicionais” • Bandas Filarmónicas • Parque de Feiras e Exposições • Biblioteca Municipal • Pavilhão Multiusos • Bibliotecas Escolares • Praça de Touros • Centro interpretativo da Olaria • Rádios Locais • Conservatório de Música do Alentejo • Casa Gião (Sociedade Portuguesa de • Grupo Polifónico • Grupos Corais • Museu de Arte Sacra de Monsaraz. • Grupos musicais • Espaços Internet Autores) No Anuário Estatístico para Região Alentejo de 2007 do INE apenas está identificado um equipamento Cultural, um museu. Feiras e Certames A cultura e o património, a tradição local e o sentir das populações são o motor das inúmeras iniciativas que ocorrem por todo o Concelho, reconhecendo e promovendo o potencial desempenhado pela olaria e pelo artesanato, divulgando e promovendo a qualidade dos vinhos e da gastronomia, da hotelaria e da restauração, divulgando a tradição literária do concelho, reforçando e fomentando a convivência com as artes plásticas, promovendo feiras e festas populares e tradicionais que mantêm viva a memória da identidade cultural (Anexo 4). Espaços Internet O Concelho de Reguengos de Monsaraz, disponibiliza desde 2002, o Esp@ço Internet na sede do Concelho que tem como objectivo proporcionar o acesso gratuito a todos os cidadãos às Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação. O espaço é constituído por uma sala com oito computadores de acesso gratuito à Internet. Como já vem sendo preocupação do Município, o acesso é destinado a todos os __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 5/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ utilizadores, desta forma, existe um computador adaptado a pessoas com necessidades especiais e o acesso ao espaço está adaptado a pessoas com mobilidade reduzida. Em 2007 no âmbito de uma parceria entre a Autarquia e as Juntas de Freguesia do Concelho, criaram-se 7 novos espaços dedicados à novas tecnologias, com o objectivo de proporcionar a todos os munícipes de Reguengos de Monsaraz a oportunidade e o acesso às novas tecnologias de informação e comunicação. Devido à sua dimensão, a Freguesia de Reguengos de Monsaraz, criou 3 espaços internet (Reguengos, Caridade e Perolivas), ficando a sede de Concelho com dois espaços Internet. Juventude No Concelho de Reguengos de Monsaraz existem alguns movimentos juvenis, o Grupo de Jovens de Reguengos de Monsaraz MAGNIFICAT, dois grupos católicos (Corpo Nacional Escutas - Agrupamento 1085 e Convivas Fraternos) e uma Associação de Estudantes da Escola Secundária Conde de Monsaraz. Além destes grupos, os jovens envolvem-se em outras organizações locais, como colaboradores ou beneficiários das actividades desenvolvidas. Quanto ao associativismo juvenil não existem associações do Concelho registadas no Registo Nacional de Associações Juvenis (RNAJ). Em 2006 o Município de Reguengos de Monsaraz aderiu ao Cartão Jovem Municipal <26. O acordo foi celebrado entre a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz e a Movijovem, entidade gestora do Cartão Jovem Euro<26, em Portugal. A principal característica deste cartão é dar todas as vantagens associadas ao clássico Cartão Jovem Euro<26, mas, proporciona, também, vantagens e descontos específicos em cada município. Assim, os jovens de Reguengos de Monsaraz passaram a ter um conjunto de vantagens de natureza social, cultural, desportiva, recreativa e outras, tanto a nível local, como nacional e europeu. Todos os anos o várias entidades locais acolhem jovens no âmbito do Programa de Ocupação dos Tempos Livres (OTL) em vários projectos. No Concelho não existe uma estrutura de divulgação dos diferentes programas dos quais os jovens podem beneficiar, embora exista em Évora uma Delegação do Instituto Português da Juventude. __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 6/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ Programas Estratégicos O Programa para a Juventude3 refere que a problemática da juventude assume, nas sociedades modernas, um carácter estratégico. Isto implica o desenvolvimento de políticas específicas, mas fundamentalmente uma preocupação de transversalidade nas várias áreas de governação, designadamente educação, protecção social e habitação. No contexto da sociedade portuguesa, moderna e em acelerada mudança, é essencial dotar a juventude portuguesa dos instrumentos necessários para uma activa participação e intervenção social e cívica. O sistema educativo não assegura, naturalmente, todas as respostas, pelo que a educação não formal, nas suas mais diversas formas (associativismo, voluntariado, etc.), ao proporcionar novas oportunidades de formação e de actuação em sociedade, assume um papel fundamental. Neste sentido, o Governo adopta um conjunto de orientações, a desenvolver e implementar de forma aberta e participada: • Estimular e incentivar os associativismos juvenil e estudantil, considerando que estes assumem um papel fundamental na promoção da educação não formal dos jovens; • Estimular a criação dos Conselhos Municipais de Juventude, tendo em conta as experiências positivas, que um pouco por todo o País têm proliferado; • Incentivar a mobilidade geográfica dos jovens em Portugal e na Europa, nos âmbitos educativo, do mercado de trabalho ou do lazer; • Apoiar o empreendedorismo jovem, nomeadamente através da progressiva introdução do empreendedorismo na estrutura curricular dos diferentes níveis de ensino; • Combater a precariedade do emprego jovem, fenómeno que tem dificultado a emancipação e a especialização profissional, e desincentivado a formação e a qualificação; • Facilitar o acesso dos jovens à habitação, como forma de estimular uma juventude emancipada, mais confiante, participante e dinâmica. O Programa para o Desporto4 menciona que a lei constitucional portuguesa reconhece o direito de todos à cultura física e ao desporto e impõe ao Estado, por si e em parceria, a obrigação de promover, estimular, orientar e apoiar a actividade desportiva. É uma noção de serviço público do desporto que deve ser acolhida na definição dos valores centrais da política desportiva em Portugal e nesta, como noutras áreas de actividade, em cooperação com os cidadãos e a sociedade, ou seja, com todos os agentes desportivos. 3 4 http://www.sejd.gov.pt/PresentationLayer/conteudo.aspx?menuid=49&exmenuid=6 http://www.sejd.gov.pt/PresentationLayer/conteudo.aspx?menuid=50&exmenuid=49 __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 7/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ O fomento da actividade desportiva infanto-juvenil, o reforço da sustentabilidade organizativa e financeira do movimento associativo, a luta contra as práticas irregulares na competição, a protecção da saúde dos praticantes, a luta contra a dopagem, a garantia de transparência e verdade na gestão desportiva são alguns dos eixos prioritários a desenvolver, no respeito pelos valores próprios da prática desportiva na sociedade livre e democrática em que vivemos. Mais e melhor desporto para mais cidadãos significará aumentar os índices de prática desportiva, formar na escola e desenvolver no movimento associativo, garantindo igualdade de acesso às actividades desportivas sem discriminações sociais, físicas ou de sexo. A dimensão moderna do desporto, o seu enquadramento sócio-económico e as exigências crescentes do seu financiamento obrigam a uma reafirmação permanente dos valores da ética, da equidade e da solidariedade, assumidos pelo Estado e seus parceiros. A Lei de Bases do Desporto, recentemente aprovada, não serve estes objectivos nem contribui para a resolução dos problemas do desporto português. Ignorou a realidade, marginalizou o movimento associativo e esqueceu a crescente importância das autarquias locais no desenvolvimento desportivo nacional. Ora, é justamente na coexistência, parceria e colaboração entre o Estado e o movimento associativo que assenta a realidade do desporto em Portugal, de que as escolas e os clubes devem ser a base. O Programa Operacional da Cultura5 constitui um instrumento importante de concretização da política de desenvolvimento e de coesão económica e social, integrando o Eixo 1 do Programa de Desenvolvimento Regional para Portugal, para o período de 2000 a 2006. A linha de força deste Programa é a consideração de que a cultura, enquanto veículo de desenvolvimento do potencial humano, contribuirá decididamente para a qualificação dos recursos humanos, numa perspectiva de valorização da pessoa em toda a sua plenitude, mas também, constitui um factor de criação de riqueza e de emprego, pelo impacto que tem em várias actividades económicas. A estratégia subjacente às actuações previstas no Programa Operacional da Cultura assenta em dois objectivos essenciais: • Reforçar a cultura como factor de desenvolvimento e de emprego; • Promover um maior equilíbrio espacial no acesso à cultura. Reforçar a valorização do património histórico e cultural numa perspectiva de desenvolvimento económico é prioritariamente uma aposta estratégica na criação de emprego e de riqueza mas também na preservação dos valores intrínsecos aos bens patrimoniais. É essencial para se atingir este objectivo, aproveitar a riqueza do nosso País em termos de monumentos, museus, acervos documentais e artísticos, acumulados ao longo de oito séculos de história. 5 http://poc.min-cultura.pt/new//index.php?option=content&task=view&id=87&Itemid=100 __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 8/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ Por outro lado, a divulgação da cultura junto das populações permitirá promover a igualdade de oportunidades, quer as económicas e decorrentes dos desequilíbrios espaciais no acesso a bens e serviços quer as que resultam das desigualdades estruturais ao nível da educação e formação básica. Além disso, permitirá disponibilizar ao público, através dos novos meios de comunicação, um importante acervo documental de carácter histórico e cultural – existente junto de bibliotecas, arquivos e outras entidades - cujo volume é difícil quantificar e que em termos qualitativos é extremamente importante para o alargamento do acesso generalizado ao público, correspondendo a um salto qualitativo muito significativo, em termos de utilização das novas tecnologias da informação para divulgação cultural. Assim, os eixos estratégicos deste Programa Operacional dirigidos à consecução dos objectivos traçados são os seguintes: • Valorizar o património histórico e cultural; • Favorecer o acesso a bens culturais No domínio da Cultura, a estratégia do investimento para 2005-2009 terá como prioridades6: • aumentar a oferta de equipamentos, de bens e de serviços culturais à população, através da execução adequada dos investimentos cofinanciados, designadamente ao abrigo do Programa Operacional da Cultura (POC); • financiar o desenvolvimento das Redes de Bibliotecas Públicas, de Arquivos e de Recintos Culturais e de Cinema Digital; • modernizar o Ministério e qualificar os Recursos Humanos, recorrendo às tecnologias de Informação e comunicação e à formação de dirigentes e quadros do Ministério. 6 Grandes Opções do Plano para 2005-2009, Na Área Da Cultura (Lei 52/2005, de 31 de Agosto) __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 9/10 Diagnóstico Social 2009 – Secção 7__________ Análise SWOT: Associativismo, Cultura e Desporto Interno Forças: instrumentos, serviços, projectos em curso, instituições, recursos Fraquezas: prioridades de intervenção, necessidade prioritária - Existência de espaços culturais e/ou desportivos em todas as freguesias; - Existência de 46 entidades não governamentais, com oferta bastante diversificada de actividades; - Existem mais de 15 modalidades desportivas em actividade no Concelho; - Existência de actividades desportivas e culturais na escola para as crianças e jovens; - Riqueza em património histórico e arqueológico; - Artesanato local (olaria, mantas, etc); - Existência da Divisão de Acção Cultural, Educação, Desporto e Acção Social municipal; - Existência de espaços Internet gratuitos em todo o Concelho; - Espírito de voluntariado e de “carolice”; - “Cante Alentejano”; - Produtos tradicionais (vinho, azeite, licores, compotas) e existência de recursos turísticos (agroturismo, ecoturismo, enoturismo, turismo rural, turismo de aldeia). - Dinamização do Programa OTL; - Exponautica, Exporeg, Monsaraz Museu Aberto; - Festas e romarias locais; - Delegação de Évora do Instituto Português da Juventude; - Conservatório do Alto Alentejo; Universidade Sénior; CLA Universidade Aberta. Externo Oportunidades: parceiros, potencialidades, financiamentos possíveis - Falta de Identidade cultural dos mais jovens; - Falta de jovens nos grupos corais alentejanos existentes; - Inexistência de associações juvenis registadas no RNAJ; - Pouco envolvimento associativo da população; - Pouco envolvimento da população na dinâmica cultural; - Escassos recursos humanos e financeiros. - Associação juvenil - Existência de várias escolas no Concelho (música, dança, futebol, ginástica, basquetebol, equitação, artes marciais, natação, pólo aquático); - CLA Universidade Aberta; - Riqueza da cultura e tradições locais; - Ecopista - Parque Desportivo - Programas de apoio ao Associativismo, Desporto e cultura: QREN - Cultura: Programa Cultura (2007-2013); - Desporto: Programa Operacional Valorização Território (POVT) - Eixo prioritário IX; - Juventude: Programas de apoio ao associativismo jovem; PAJ - Programa de Apoio Juvenil; PAI - Programa de Apoio Infra-estrutural; PAE - Programa de Apoio Estudantil; Programa Formar; Programa Juventude em Acção; Porta 65; Programas de mobilidade; - Turismo: Sistemas de Incentivos do Quadro de Referência Estratégico Nacional. Programas Erasmus, Sócrates, Leonardo, Grundtvig; - Direcção-Geral das Artes; Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas; Direcção-geral dos Arquivos; Instituto do Cinema e do Audiovisual; Instituto Português do Património Arquitectónico; Instituto Português de Arqueologia; Secretaria de Estado da Juventude e Desporto. - Insuficiência de técnicos especializados nas diversas áreas culturais; - Inexistência de intercâmbio intergeracional dos costumes, hábitos, estória e tradição; - Mau estado de conservação de algumas instalações associativas; - Funcionamento das associações marcada pelo voluntariado; - Escassos recursos humanos e financeiros; - Falta de articulação entre as instituições; - Pouca rentabilização dos recursos culturais e recreativos. Ameaças: obstáculos, debilidades, riscos __________________________________________ Associativismo, Desporto e Cultura - 10/10