RESUMO DE NOTÍCIAS
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07/05/2012
Folha de S. Paulo
R$ 100 bilhões em fundos vão perder para a nova poupança
R$ 100 bilhões das economias dos brasileiros aplicados em fundos de investimento
conservadores vão render menos do que a poupança a partir do próximo dia 30, quando
o BC deve reduzir os juros para 8,5% e a caderneta começar a render 5,95% (70% da
taxa Selic) ao ano.
Feito a pedido da Folha, estudo do economista Rafael Paschoarelli, professor da USP,
revela que 25,8% dos R$ 387 bilhões aplicados em fundos DI, de renda fixa e de curto
prazo oferecidos pelos bancos renderiam mais se estivessem na poupança.
O levantamento trabalha com a TR a zero, cenário mais provável a partir de junho, e
desconsidera os fundos fechados e os voltados a investidores profissionais.
Ao todo, são 205 fundos dos 531 dos mais populares que cobram a partir de 1,28% ao
ano de taxa de administração --comissão cobrada pelos bancos para cuidar do dinheiro
dos clientes.
Com essa taxa, os fundos terão rendimento líquido de 5,83% em um ano, considerando
Imposto de Renda de 17,5% (alíquota para resgate em 361 dias) --menos do que os
5,95% previstos para a nova poupança.
TÍTULOS
Segundo Paschoarelli, a alíquota de 17,5% do IR é a mais indicada na comparação com
a poupança em um ano por ser também usada pelos bancos para recolher o imposto
devido.
"Esses fundos devem perder para a poupança. Devem, porque vários deles vão fazer
algo para render um pouco mais. Possivelmente, deverão comprar títulos de empresas
privadas, que rendem mais mas também têm risco maior", disse Paschoarelli.
Para o consultor Mauro Halfeld, a indústria de fundos vai ter de "suar a camisa" para
mostrar serviço e merecer uma boa remuneração.
"Seria ótimo que ela começasse a comprar títulos privados porque esse é um mercado
que precisa ser desenvolvido no Brasil; o setor produtivo ganharia muito. E o investidor
teria a oportunidade de ganhar mais, correndo um risco administrado através da
diversificação. É uma grande tarefa que os fundos podem executar", disse.
Outra opção para os fundos ficarem mais rentáveis seria diminuir as taxas de
administração. Nos últimos anos, porém, os gestores preferiram reduzir os valores
mínimos de aplicação de fundos com taxas menores, oferecidos a clientes de alta renda.
"A indústria se move assim. É mais fácil deixar o cliente ir para um fundo melhor do
que alterar o custo de um que já existe", disse o especialista Luiz Calado.
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07/05/2012
Classe C paga à vista e alta renda, a prazo
Consumidores da nova classe média já não têm intenção de pagar celulares e
computadores de forma parcelada
Com dívidas de carro e casa, comprados a prazo, opção agora é juntar dinheiro para
comprar e pagar à vista
Crediários com prazos longos e parcelas que cabem no bolso não estão mais nos planos
de consumidores da nova classe média. Agora, eles pretendem comprar à vista itens
como celulares, computadores e tablets.
São os brasileiros de alta renda os que têm intenção de comprar esses mesmos produtos
de forma parcelada.
O resultado foi apontado em um levantamento com 1.019 consumidores de 71 cidades
do país feito pela Associação das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento
(Acrefi) e pelo Data Popular, instituto especializado em baixa renda. A consulta ocorreu
em dezembro de 2011 e janeiro deste ano.
Entre as famílias com renda mensal na faixa de R$ 3.000, 53% informaram ter intenção
de comprar esses itens à vista. No caso das famílias com renda mensal acima de R$
5.000, esse percentual é de 42,4%.
"A nova classe média está há quatro anos consumindo. Comprou carro e casa de forma
parcelada. Já teve alguma experiência de endividamento. Quer continuar consumindo,
mas com mais cautela", diz Julio Takano, presidente da Associação Brasileira da
Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo (Abiesv).
No fim do ano passado, 54% dos brasileiros da classe média informaram que usariam o
13º salário para pagar dívidas. Segundo a Fecomercio-SP, a quantidade de paulistanos
com contas atrasadas em abril é a maior desde setembro de 2007.
Para Renato Meirelles, diretor e sócio do Data Popular, o crédito na alta renda é mais
farto, e os juros cobrados no parcelamento têm menos impacto para essa faixa do que
para a nova classe média.
"Nem o limite do cartão ele pode estourar. Depende do cartão para compras no
supermercado e em outros locais; por isso, opta por comprar à vista quando pode."
Silvio Rogério de Oliveira decidiu parar de comprar parcelado após ter feito dívidas em
dois cartões de crédito, de cerca de R$ 2.000. "Quando parei de comprar a prazo, me
organizei. Comprei um celular, mas à vista."
Seis em cada dez consumidores da classe média têm intenção de comprar celulares à
vista, segundo a pesquisa.
"Ter limite de crédito é tentador, assim como ter muitos cartões. Mas é preciso ter
disciplina, não atrasar pagamentos, deixar separado o valor mensal da dívida e não
gastá-lo em outras contas", diz Luiz Calado, vice-presidente do Instituto Brasileiro de
Executivos de Finanças.
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07/05/2012
Primeira etapa do feirão da Caixa movimenta R$ 4,63 bilhões
Na estreia de financiamentos com juros mais baixos para imóveis, o feirão da casa
própria da Caixa registrou pouco mais de R$ 4,63 bilhões em negócios nas cinco
cidades que abriram o evento neste ano.
Ao todo, 200.743 pessoas passarão pelos estandes montados em Brasília, Belo
Horizonte, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Os visitantes fecharam quase 31 mil
contratos em três dias de evento.
A Caixa, maior agente financeiro de habitação, estima em mais de 430 mil o número de
imóveis -- entre novos, usados e na planta-- em negociação nesta edição do feirão.
A próxima etapa do evento vai do dia 18 a 20 de maio em São Paulo, Fortaleza e
Curitiba.
"A vantagem do evento é reunir em um local uma grande oferta de construtoras, que
permitem comparar as ofertas", diz José Urbano Duarte, vice-presidente de governo e
habitação da Caixa.
Além das empresas, há outros agentes da cadeia, como corretores, cartórios e técnicos
do banco responsáveis por liberar financiamentos.
Existe a possibilidade de fechar o negócio na hora, mas especialistas recomendam
cautela. O pagamento vai comprometer a renda do mutuário por até 30 anos.
"É preciso fazer as contas antes, saber o quanto do orçamento há disponível para fazer o
financiamento sem se endividar", diz o professor do Insper Ricardo Almeida.
As taxas da Caixa vão de 4,5% a 10% ao ano mais Taxa Referencial, de acordo com o
valor de imóvel e a renda. Antes da redução, anunciada no final de abril, chegava a 11.
Novo serviço permite pagar conta de telefone informando número da
linha
Consumidores já podem pagar a conta de telefone sem ter a fatura em papel.
Na tentativa de facilitar a vida do consumidor, a Caixa Econômica Federal ofereceu um
serviço que permitirá o pagamento somente com a informação do número do telefone.
A opção vale para clientes da Oi Fixo, Embratel e CTBC e está disponível em 35 mil
unidades-entre agências, correspondentes e lotéricas. Não há restrição para correntistas
do banco. Por serem feitas em tempo real, em conexões estabelecidas com as empresas,
as transações agilizam o pagamento dos débitos.
O sistema beneficia principalmente os casos de perdas de conta, em que não mais será
preciso pedir a segunda via do documento.
Segundo a Caixa, o objetivo é ampliar a oferta do serviço e agregar valor às operações
das empresas, diminuindo a inadimplência por perda de documentos.
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07/05/2012
A Caixa faz em média cerca de 10 milhões de pagamentos por mês. O setor de telefonia
é o que representa o maior volume.
COMPROVANTE
Maio é marcado por outra medida com o objetivo de facilitar a vida dos brasileiros em
relação às contas.Até o fim do mês, prestadores de serviço de forma contínua, como os
de fornecimento de água, de luz, de telefone e de TV por assinatura, são obrigados a
enviar o certificado de quitação anual de débitos.O documento substitui os
comprovantes de pagamento mensais emitidos ao longo do ano anterior.O certificado é
entregue somente aos consumidores que estiverem em dia com todas as parcelas ou
mensalidades do ano anterior.Em casos de contestação judicial, o documento mostra
apenas os meses em que não há disputa.
Consumidores que não receberem o certificado até o fim do mês devem procurar as
entidades de defesa do consumidor.
Agora
Saiba conferir o valor dos atrasados do teto
Segurados que receberam os atrasados da revisão do teto pagos na semana passada pelo
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tiveram desconto do Imposto de Renda.
Os valores do segundo lote -de R$ 6.000,01 a R$ 15 mil- não deveriam ter sido
tributados.
O Agora mostra hoje como o segurado identifica se o INSS fez o desconto em seus
atrasados.O erro também foi cometido nos primeiros pagamentos da revisão pelo teto
feitos
pelo
INSS
em
outubro
do
ano
passado.
O supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, explica que, para saber se os atrasados
tiveram a cobrança do imposto, o segurado precisa dividir a grana recebida pelo período
em que ela deveria ter sido paga.
"Você pega o montante recebido e divide pelo número de meses. Depois, joga esse
valor que encontrou na tabela atual para saber alíquota."
Veja como fica o rendimento da poupança com nova regra
Com as mudanças no rendimento da poupança, anunciadas anteontem pelo governo,
quem abrir novas cadernetas ou fizer novos depósitos deverá ter um retorno quase 30%
menor na comparação com o rendimento atual. Em uma poupança de R$ 1.000, o
rendimento de um depósito feito após a mudança e com uma Selic de 7,5% --meta da
presidente Dilma até o final deste ano-- será de R$ 52,50.
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07/05/2012
Pela regra atual --correção de 6,17% ao ano mais TR-- um depósito neste mesmo valor
rende R$ 1.073,70 em um ano. A diferença é de quase R$ 22.
O Agora traz ao lado tabela de como ficarão os rendimentos em poupanças com saldo
de R$ 1.000 a R$ 50 mil, de acordo com a Selic.
Segundo a equipe econômica do governo, as alterações na poupança --que agora terá
rendimento de 70% da Selic sempre que a taxa cair a 8,5% ou menos-- permitem que os
juros básicos possam ficar menores.
A meta do governo é fechar o ano com juros em 2%, descontada a inflação. A inflação
deve ser de 4,5% --o que deixaria a Selic em 7,5%.
O Estado de S. Paulo
Após mudança na poupança, mercado prevê Selic em 8,5% em maio
Para o fim de 2013, porém, a expectativa é de volta do ciclo de alta dos juros, com a
Selic em 10%
BRASÍLIA - O mercado financeiro reduziu a previsão para o nível da taxa Selic no fim
de maio, de 9% para 8,50%, o que indica uma expectativa de corte adicional do juro
básico brasileiro de 0,50 ponto porcentual no encontro que será realizado pelo Comitê
de Política Monetária (Copom) no fim deste mês. A previsão consta da Pesquisa Focus,
divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), e é a primeira após a alteração
nas regras de rendimento da poupança, anunciada na semana passada pelo governo e
que abre espaço para a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário no País.
A mudança na expectativa para a Selic acontece após sete semanas seguidas de
previsões de juro em 9% no fim de maio. Os analistas ouvidos pelo BC preveem, por
enquanto, que o ciclo de redução da taxa básica terminaria ao final deste mês, e a Selic
permaneceria em 8,50% até o fim de 2012. Até a semana passada, o mercado previa
juro de 9% ao final do ano - previsão repetida por sete semanas seguidas.
Para 2013, porém, o mercado espera a volta do ciclo de alta dos juros, com a Selic em
10% no fim do próximo ano. Essa estimativa é repetida há oito semanas.
No grupo dos analistas que mais acertam as previsões na Pesquisa Focus, o chamado
Top 5, a previsão para a Selic no fim de 2012 seguiu o mercado e caiu de 9% para
8,50%. Para 2013, no entanto, o grupo tem previsão diferente dos restantes analistas e a
expectativa para a taxa caiu de 9% para 8,75%. Há um mês, esse grupo esperava Selic
de 9% no fim deste ano e de 10% no fim do ano que vem.
Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das previsões para a Selic média
no decorrer de 2012 caiu de 9,28% para 8,97%. Já para 2013, a expectativa de juro
médio recuou de 9,68% para 9,50%. Há um mês, o mercado esperava, respectivamente,
Selic média de 9,28% e de 9,88%.
Inflação
Embora tenha reduzido a previsão para os juros, o mercado financeiro manteve a
expectativa de aumento dos preços em 2012. A mediana das expectativas para o IPCA
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neste ano manteve-se em 5,12%. Apesar da estabilidade, o número segue superior ao
previsto um mês atrás, quando analistas esperavam inflação de 5,06%. Para 2013, as
estimativas para a inflação oficial subiram pela segunda vez seguida e passaram de
5,53% para 5,56%, ante 5,50% de quatro semanas antes.
A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses, medida pela projeção
suavizada para o IPCA, não mudou e seguiu em 5,53%, exatamente como na semana
passada.
As estimativas para o IPCA do grupo dos analistas consultados que mais acertam as
projeções, o chamado Top 5, subiram de 4,99% para 5,03% em 2012. Para 2013, a
previsão se manteve em 5,40% pela terceira semana seguida. Há um mês, o grupo
apostava em altas de 4,82% e 5,10% para cada ano, respectivamente.
Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em
abril teve a quinta elevação seguida e passou de 0,56% para 0,58%, acima do 0,51%
previsto há um mês. Para maio, a previsão seguiu em 0,47% pela sexta semana seguida.
PIB
A mediana das projeções para o crescimento em 2012 aumentou de 3,22% para 3,23%.
Para 2013, porém, a aposta seguiu em 4,30%. Um mês antes, as estimativas eram de
expansão de 3,20% neste ano e de 4,20% no próximo ano.
A projeção para o crescimento da indústria em 2012 foi na direção contrária e caiu de
2,02% para 1,92%. Para 2013, a tendência foi idêntica e a mediana para a expansão
industrial caiu de 4% para 3,95%. Um mês antes, a pesquisa apontava estimativa de
crescimento de 2% neste ano e de 4% em 2013.
Analistas reduziram ainda a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida
líquida do setor público e o PIB em 2012, de 36,20% para 36,10%. Para 2013, a
projeção manteve-se em 34,70%. Há quatro semanas, as projeções estavam em,
respectivamente, 36,35% e 35% do PIB para cada um dos dois anos.
Dólar
O mercado financeiro aumentou em um centavo a previsão para o dólar no fim do ano,
de R$ 1,80 para R$ 1,81. Para o fim de 2013, a expectativa subiu e também passou de
R$ 1,80 para R$ 1,81, na primeira alta após seis semanas seguidas sem alterações. Há
um mês, analistas previam dólar a R$ 1,78 no fim de 2012 e a R$ 1,80 no encerramento
de 2013.
Na mesma pesquisa, o mercado financeiro elevou a previsão para a taxa média de
câmbio de R$ 1,80 para R$ 1,82 em 2012. Para o próximo ano, a estimativa de dólar
médio seguiu em R$ 1,80. Há um mês, a pesquisa apontava que a expectativa de dólar
médio estava em R$ 1,77 em 2012 e em R$ 1,78 no próximo ano.
Dilma recebe presidente da CNA na semana em que pode vetar o
Código Florestal
A presidente Dilma Rousseff recebeu na manhã desta segunda-feira, 7, a presidente da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu. O encontro
aconteceu na semana em que Dilma pode vetar parte do texto do Código Florestal
aprovado pela Câmara dos Deputados. O governo já havia dado o aval para o texto do
Senado enviado em dezembro à Câmara, mas deputados da bancada ruralista
conseguiram aprovar mais de 30 alterações ao projeto. Por lei, a presidente tem 15 dias,
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a partir da data da chegada oficial do texto ao Executivo, para avaliar se derruba ou não
o projeto ou parte dele.
Depois que o texto do Código voltou à pauta da Câmara e foi aprovado com as
alterações feitas pelo do deputado Paulo Piau (PMDB-MG), a ministra da secretaria de
Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sinalizou que a presidente Dilma Rousseff poderá
vetar parte do Código Florestal. ”(Tenho a) convicção de que aquilo que representar
anistia não terá apoio, não terá respaldo do governo”, disse. Ideli afirmou ainda que
antes do final de maio sairá uma decisão sobre eventual veto.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, um dos
interlocutores mais próximos da presidente, também compartilha da mesma opinião. “É
público e notório que esperávamos o resultado (da votação da Câmara) que desse
sequência àquilo que foi acordado no Senado. Não foi esse o entendimento da Câmara.
É um poder à parte que respeitamos.” Para o ministro, Dilma vai analisar o texto
aprovado na Câmara com “sangue frio e tranquilidade”.
Na sexta-feira, 4, a presidente foi surpreendida com um pedido em coro para que vete o
Código Florestal, aprovado com um texto que agradou aos ruralistas e contrariou
ambientalistas. A iniciativa partiu da atriz Camila Pitanga, mestre de cerimônias da
entrega de cinco títulos de doutor honoris causa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, no Rio de Janeiro.
“Presidente, eu vou quebrar o protocolo por um instante só, para fazer um pedido: veta,
Dilma! Pronto, quebrei”, disse a atriz, após chamar Dilma ao palco. A plateia, que havia
aplaudido a presidente, emendou: “Veta, veta!? Dilma sorriu e aplaudiu de volta.
Desde que o Código Florestal foi aprovado na Câmara, de onde seguiu para sanção ou
veto da presidente, a campanha “Veta, Dilma” tomou conta das redes sociais. Entre os
pontos considerados inaceitáveis pelos ambientalistas está a suspensão ou redução de
sanções para desmatadores.
A possível edição de Medidas Provisórias (MPs) pela presidente Dilma Rousseff para
substituir artigos vetados por ela no Código terá o apoio de deputados federais que
aprovaram o projeto. “Há um consenso e é o melhor caminho finalizar esse projeto com
uma discussão conjunta entre Câmara, Senado e o governo”, disse o deputado Duarte
Nogueira (PSDB-SP), após reunião de parlamentares da Comissão da Agricultura e
Pecuária da Câmara, na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP)./ Com Rosana de Cassia –
Agência Estado e Ag. Senado.
Valor Econômico
Mudança na poupança foi “simples, justa e correta”, diz Dilma
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff usou o programa de rádio “Café com a
Presidenta” desta segunda-feira para falar sobre a nova regra de remuneração das
aplicações em cadernetas de poupança. Segundo ela, a mudança foi “simples, justa e
correta”, e tem como objetivo proteger o “pequeno poupador” e permitir que os juros
do país continuem caindo.
“Não podemos aceitar que, agora, quando estamos baixando os juros, ela (a poupança)
se torne uma forma de lucro fácil para aqueles que só querem especular”, disse Dilma.
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07/05/2012
Pela nova regra, quando a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou inferior a 8,5% ao
ano, o rendimento da poupança passa a ser de 70% da Selic mais a Taxa Referencial
(TR) de juros. Atualmente, a taxa Selic está em 9% ao ano.
A presidente também aproveitou o programa para atacar os altos spreads bancários
(diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada dos clientes). Ela destacou
que os bancos públicos - Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil - foram os
primeiros a reduzir as taxas e que, depois disso, “os bancos privados parecem que
também estão começando a rever suas taxas”.
Dilma ainda incentivou a população a comparar as taxas de juros cobradas pelas
instituições financeiras.
“Os nossos cidadãos têm uma arma poderosa para negociar. Fazer os depósitos de sua
renda naqueles bancos que vão cobrar as menores taxas de juros, quando eles
precisarem de empréstimos. Ouvinte, isso é um direito seu! Quando você vai à feira ou
quando vai comprar uma geladeira ou uma TV, você faz uma pesquisa para saber onde
o produto está mais barato, não é mesmo? Com os bancos, tem que ser do mesmo jeito”,
disse.
Juros baixos traz cenário inédito para aplicações
O ataque frontal aos bancos e o uso das instituições financeiras públicas para forçar a
concorrência bancária não deixaram dúvidas no mercado sobre a forte disposição do
governo de perseguir taxas de juros estruturalmente menores. Removido o último
obstáculo, a remuneração fixa da poupança, abre-se um cenário inédito no mundo das
aplicações financeiras. Nele, a época em que o brasileiro podia colocar tudo o que tinha
em um investimento conservador e ainda assim contar com gordos rendimentos deve
ficar na memória.
Em maio de 1999, com a Selic rondando os 30% anuais, uma taxa de administração de
3% ao ano engolia algo próximo de 10% do retorno de um fundo de investimento
atrelado ao indicador. Hoje, com algumas indicações de que o juro pode chegar a 8%, a
mesma cobrança consome quase metade do rendimento.
O momento, propício para que o investidor abandone uma postura mais leniente, anima
instituições antes restritas a um público mais sofisticado a competir com os grandes
bancos.
Nos últimos meses, sem muito alarde, gestoras independentes baixaram as exigências
para a aplicação em suas carteiras. A Franklin Templeton, por exemplo, já oferece, por
meio de distribuidores, aplicação mínima de até R$ 1 mil em fundos que antes não
podiam ser encontrados por menos de R$ 25 mil. "Vejo mudanças profundas no
segmento de fundos no Brasil nos próximos cinco ou dez anos", diz Heitor Lima, líder
do escritório local da Templeton.
Em um movimento ainda mais recente, essas gestoras buscam aumentar os canais de
distribuição de seus fundos por meio dos chamados "supermercados virtuais",
inspirados em empresas de serviços financeiros americanas, criadas na década de 80 e
voltadas ao investidor individual. Várias gestoras estrangeiras, como a Goldman Sachs,
BNP Paribas e Western Asset, colocaram seus fundos nestas prateleiras.
Democráticos, os "supermercados" oferecem portfólios de diferentes perfis e para todos
os bolsos. Neles, é possível encontrar fundos DI, por exemplo, com aplicação mínima
de R$ 3 mil e taxa de administração de 0,3% ao ano. Patamar bem mais atrativo do que
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a média do mercado, de 2,07% ao ano para aplicações entre R$ 1 mil e R$ 10 mil,
segundo a Associação Brasileiras das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais
(Anbima).
Esse novo ambiente exigirá do investidor que não se renda ao primeiro clique e faça
avaliações cuidadosas, com a dedicação de mais tempo e atenção à escolha de gestores e
fundos mais adequados ao seu perfil de risco. Nesse processo, a remuneração desses
distribuidores de fundos terá de vir da cobrança conhecida no mercado como "rebate" uma gratificação paga pela gestora, por meio de um percentual da taxa de
administração.
A revista Valor Investe circula hoje para assinantes e venda em bancas.
Brasil Econômico
Preço da cesta básica avança em 15 capitais
Manaus, Fortaleza, Natal e Salvador registraram as maiores elevações nos preços da
cesta básica
Em abril, 15 das 17 cidades analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) registraram alta no custo dos produtos.
Segundo o Dieese, a cesta básica em São Paulo continua sendo a mais cara, com valor
médio de R$ 277,77, seguida por Porto Alegre, onde os produtos básicos custam R$
268,10.
Entre as 15 localidades onde os preços avançaram, algumas capitais se destacam com
alta superior a 2,5%, como Manaus (3,80%), Fortaleza (3,54%), Natal (2,93%) e
Salvador (2,84%).
Na contramão, houve declínio nos preços no Rio de Janeiro, com queda de 1,83%, e
Belo Horizonte, baixa de 0,82%.
Por sua vez, Aracaju (R$ 192,52), João Pessoa (R$ 216,95) e Salvador (R$ 217,92)
mostraram os menores preços.
Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração o preceito
constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um
trabalhador e sua família, o Diesse estima que o valor do salário seja calculado em R$
2.329,35, que corresponde a 3,74 vezes o mínimo em vigor, de R$ 622,00.
Diário de S.Paulo
Empresas do Brasil são dependentes de bancos
Agência de classificação de risco comparou empresas brasileiras com mexicanas e
norte-americanas
As empresas brasileiras continuam mais dependentes das relações bancárias do que dos
mercados de capitais internacionais se comparadas ao México e aos Estados Unidos,
mostra relatório da empresa de classificação de risco (rating) Moody’s Investors
Service.
Essa fator é observado mesmo com a melhora da liquidez (recursos disponíveis). “A
melhora do mercado no último ano permitiu que uma série de empresas acessasse os
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07/05/2012
mercados de capitais e estendesse os vencimentos de dívida”, disse em nota o vicepresidente sênior da Moody's, Filippe Goossens, autor do relatório.
De acordo com a Moody’s, a volatilidade do câmbio também continua sendo uma
questão importante para as empresas com altos níveis de dívida em moeda estrangeira.
A Moody’s concluiu que 59% das 39 empresas com rating — exceto as construtoras —
têm liquidez boa ou adequada, na comparação com os 81% observados no México. A
Moody’s definiu o nível de risco de liquidez considerando as necessidades de caixa de
cada empresa para financiar os vencimentos de dívida de 31 de dezembro de 2011 até
31 de dezembro de 2013 em relação às fontes disponíveis.
Segundo a Moody's, as empresas brasileiras continuam expostas a diversos riscos de
liquidez. Entre eles estão potenciais dificuldades do mercado de crédito, a contínua crise
da Europa, uma potencial desaceleração acentuada e repentina na China, a economia
global frágil e uma volatilidade no câmbio.
Teletime
Telecom Italia confirma saída de Luca Luciani de todas as suas
funções
A Telecom Italia acaba de anunciar o desligamento de Luca Luciani de todas as suas
funções exercidas dentro do grupo, inclusive a presidência da TIM no Brasil, onde deve
assumir a função Andrea Mangoni, CFO da Telecom Italia. Luciani foi desligado da
empresa a despeito dos resultados conseguidos no Brasil de recuperação da empresa. O
problema foram investigações conduzidas pela Procuradoria de Milão que apontavam
indícios de fraudes no reporte às autoridades locais no número de clientes da TIM
italiana. As investigações chegaram a mostrar correspondências suspeitas de Luciani já
em sua atuação na TIM brasileira, mas este período não é o foco da investigação.
Mobile time
Claro cortará pela metade o preço do minuto no exterior para clientes
pré-pagos
O preço por minuto de ligação feita por clientes pré-pagos da Claro em roaming
internacional cairá pela metade em junho. Em vez de R$ 6/minuto, a tarifa será
reduzida para R$ 2,99/minuto.
A novidade dá prosseguimento a uma série de promoções da Claro no mercado de
roaming internacional. Desde meados de abril, a operadora havia baixado os preços para
o seus assinantes pós-pagos em viagens no exterior. Para eles, a operadora oferece um
pacote de 50 minutos por R$ 49 e outro de dados, com limite de 20 Mb, sem redução de
velocidade, por R$ 19,80. Ambos os pacotes valem para qualquer país do mundo e em
ligações para quaisquer operadoras, fixas ou móveis. Na prática, o preço é de R$ 0,99
por minuto e R$ 0,99 por Mb trafegado, resume a diretora de serviços de valor
adicionado e roaming da Claro, Fiamma Zarife.
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07/05/2012
Análise
Nos últimos meses as operadoras brasileiras começaram um movimento de redução de
seus preços de roaming internacional. Isso está sendo possível graças à renegociação de
contratos bilaterais com operadoras estrangeiras. Uma das mais agressivas nessa
redução foi a TIM, com o lançamento do plano Passport, em março. O assunto é tema
de matéria na revista TELETIME que circula em maio.
Anatel endurece as regras para envio de propaganda por SMS
A Anatel está preocupada com o envio de propagandas por mensagem de texto pelas
operadoras móveis brasileiras. Em razão de muitas reclamações recebidas de
consumidores, a agência decidiu endurecer as regras sobre essa prática e enviou
recentemente um ofício sobre o tema para todas as teles móveis em atividade no País.
No documento, o órgão regulador exige que a autorização para recebimento dessas
mensagens seja dada de forma consciente pelo assinante, constando de uma cláusula à
parte nos contratos de adesão, marcada de maneira opcional pelo consumidor e por este
assinada. "Isso precisa estar muito claro no contrato. O cliente precisa optar
conscientemente", explicou um técnico da Anatel a MOBILE TIME. As medidas valem
tanto para as propagandas da própria operadora quanto para aquelas de terceiros,
intermediadas por agregadores. A agência deu um prazo de 60 dias para que as
operadoras adaptem os seus contratos e apresentem soluções para resolver a questão
junto à base existente.
O que acontece hoje em dia é que a maioria dos assinantes de telefonia celular firma
contratos sem saber que neles consta a autorização para recebimento dessas
propagandas. O assunto raramente é mencionado pelos vendedores nas lojas. Assim, as
teles constroem uma base de opt-in rapidamente, mas provocam posteriormente
reclamações de consumidores desavisados que não leram o contrato com atenção.
No mercado de conteúdo móvel, o ofício da Anatel gera preocupação. Provedores,
agregadores e integradores que prestam serviços que envolvem o envio de broadcast de
SMS têm dúvidas sobre como isso impactará os seus negócios.
Histórico
Esta não é a primeira vez que a Anatel intervem em atividades relacionadas a serviços
de valor adicionado (SVA) em telefonia celular. No fim do ano passado a agência
exigiu que as operadoras entreguem mensagens de texto trocadas entre usuários em um
prazo de até 1 minuto. E em 2010 determinou uma série de cuidados a serem tomados
pelas teles na venda de assinatura semanal de conteúdo móvel.
Força Sindical
Brasília (DF): Paulinho deixa a presidência de central
Depois de 13 anos, a segunda maior central sindical do país, a Força Sindical, vai trocar
seu comando. O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, deixa
hoje a presidência da central para se concentrar na campanha para a Prefeitura de São
Paulo. Independentemente do resultado nas eleições, Paulinho afirmou ao Valor que
"muito provavelmente" não voltará à Força. A partir de hoje, a central terá no comando
Miguel Torres, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
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07/05/2012
A substituição de Paulinho começou a ser preparada há dois anos. Até 2010, o deputado
nem sequer considerava deixar a presidência da central que o alçou ao Congresso
Nacional. Quando deixava a Força para disputar as eleições, o presidente interino era
sempre o secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que mantinha a
máquina funcionando na ausência de Paulinho. Em 2010, no entanto, começou a
preparar sua sucessão. A Força foi presidida por Torres, pela primeira vez, durante a
campanha pela reeleição de Paulinho para a Câmara dos Deputados.
Torres segue a regra não escrita, um protocolo adotado por todos: para ser o presidente
da Força Sindical, tem que ser presidente do sindicato mais forte. Os dois únicos
presidentes da história da Força, fundada em 1991, comandaram o Sindicato dos
Metalúrgicos de São Paulo. Entre 1991 e 1999, o presidente da Força foi seu fundador,
Luiz Antônio de Medeiros, que deixou a entidade justamente para exercer seu mandato
como deputado federal pelo PFL (atual DEM) entre 1999 e 2002. No lugar de Medeiros
entrou seu sucessor no sindicato, Paulo Pereira da Silva, que preside a Força desde
então.
As avaliações internas do PDT paulista apontam que Paulo Pereira tem potencial para
atingir entre 12% a 15% dos votos nas eleições de outubro. A aposta dos pedetistas e
sindicalistas é que Paulinho será nome forte para apoiar um dos dois candidatos num
eventual segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB). Ainda que a
Força Sindical seja próxima do PSDB - dois vice-presidentes da central são cardeais
tucanos no Estado -, Paulinho é desafeto de Serra.
De perfil mais negociador e menos midiático que Paulinho, o novo presidente da Força
terá seu primeiro teste de fogo amanhã. Torres vai representar a Força na reunião que o
secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, fará com as centrais no Palácio do
Planalto para discutir a isenção do Imposto de Renda (IR) nas Participações sobre
Lucros e Resultados (PLR) distribuídas pelas companhias com os trabalhadores com
carteira assinada.
O assunto seria discutido no Palácio do Planalto na quinta-feira, com a própria
presidente Dilma Rousseff, mas a agenda mudou de última hora - o governo decidiu
tratar apenas das mudanças nas regras de remuneração da caderneta de poupança.
As centrais cobram a isenção de imposto para PLRs de até R$ 20 mil, mas o governo
entende que o limite aceitável, do ponto de vista da renúncia fiscal embutida com a
medida, é R$ 6 mil. Na reunião, as centrais vão trabalhar para fecharem com Carvalho
um número de meio termo, Deve participar do encontro, também, o deputado Jerônimo
Goergen (PP-RS), o relator da Medida Provisória (MP) 556. O acordo entre governo e
centrais será incluído no texto da MP a ser votada nos próximos dias.
Brasília (DF): União cobra restituição de gastos com acidentes de
trabalho
A Advocacia-Geral da União ajuizou 226 ações regressivas acidentárias em diversos
Estados. A atuação busca a restituição de mais de R$ 60 milhões aos cofres do INSS,
que foram pagos em benefícios previdenciários a funcionários que sofreram acidentes
de trabalho em empresas que não respeitaram as normas de segurança.
A ação, desencadeada dia 27 de abril, marcou o quarto ano consecutivo que os
procuradores federais realizam essa mobilização na semana do Dia Mundial em
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07/05/2012
Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, instituído pela Organização
Internacional do Trabalho em 28 de abril.
Acidentes - De acordo com a Previdência Social, ocorre uma morte a cada 3,5 horas de
jornada diária e são gastos no País mais de R$ 14 bilhões por ano com acidentes de
trabalho.
Mais informações:
www.previdencia.gov.br
São Paulo (SP): Aquecimento global afetará principais capitais do País
Além de SP, Rio, BH e Manaus, cidades do NE estão entre as que mais sofrerão com a
mudança de temperatura, afirma estudo do Inpe e da Unesp
Um estudo que combinou modelagem climática com indicadores sociais das cidades
brasileiras apontou onde estão as populações mais vulneráveis às mudanças climáticas
no País. Em um cenário de aquecimento global, moradores de São Paulo, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e de vários municípios nordestinos serão os que
estarão mais sujeitos a riscos.
O trabalho, realizado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), considerou que as projeções que
mostram para as próximas décadas aumento de temperatura e mudanças no regime de
chuvas não contam sozinhas quais podem ser os impactos reais aos homens.
Mas, ao cruzar esses dados com a densidade populacional e o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), os cientistas deduziram que seria possível oferecer
uma noção melhor do problema.
O ganho de compreensão fica claro ao se observar os dois mapas abaixo. O da esquerda
foi feito a partir do chamado Índice Regional de Mudança Climática (RCCI, na sigla em
inglês). Sintetiza, segundo o físico Roger Torres, do Inpe, mais de uma centena de
projeções previstas por modelos climáticos apresentados no quarto relatório do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), de 2007.
O mapa mostra que a área mais suscetível - onde as mudanças climáticas no Brasil
comparativamente serão mais severas - é a porção alaranjada e vermelha entre as
regiões central e Norte do País. Isso significa que esse locais devem experimentar um
aumento maior de temperatura, assim como mudança nas chuvas, que pode ser tanto nos
totais anuais, como nas variações sazonais - secas mais compridas, por exemplo.
No entanto, quando são levados em conta os indicadores sociais (mapa à direita),
percebe-se que os mais vulneráveis aos problemas futuros estão no Nordeste e em
algumas das principais capitais brasileiras. Nesses locais, o impacto na vida das pessoas
será maior.
Dificuldade de resposta
O ecólogo David Lapola, da Unesp em Rio Claro, responsável por cruzar os dados,
explica: "O Nordeste tem IDH (índice que combina educação, saúde e renda)
baixíssimo, talvez alguns dos menores do País, e a densidade populacional é
relativamente alta. São indicativos de que essas pessoas terão maior dificuldade para
responder a um cenário de mudança climática, mesmo se ela não for a mais severa do
País, como aponta o primeiro mapa".
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07/05/2012
Já em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, o problema é a grande densidade
populacional e o agravamento, com as mudanças climáticas, de situações já comuns
hoje quando acontecem eventos extremos, como enchentes e deslizamentos de terra, e
que os governos ainda não conseguem resolver.
O contrário vale para o centro e o Norte do País. Apesar de lá o indicador climático
apontar uma situação de mudanças climáticas mais severas, na comparação com os
demais Estados, os vazios demográficos tendem a possibilitar que a população seja
menos vulnerável.
Os pesquisadores explicam que a ideia geral foi apontar quais serão as áreas mais
problemáticas a fim de aproximar as informações climáticas dos tomadores de decisão,
de modo que eles tenham melhores condições de desenvolver políticas públicas para
essas cidades. "Com centenas de projeções climáticas, era mais difícil decidir, mas um
trabalho como esse melhora a relações entre os cientistas e os políticos", afirma Lapola.
"Os fenômenos recentes, como as cheias em São Paulo e os deslizamentos no Estado do
Rio por dois anos seguidos, mostram que não estamos preparados", diz. "O estudo
reforça que esses cenários só tendem a piorar. E que é preciso trabalhar já."
Locais indefinidos
O trabalho, publicado ontem na revista Climatic Change, não detalha, porém,
exatamente o que pode ocorrer em cada lugar. Estudos anteriores, feitos com auxílio do
Inpe, já mostraram onde as Regiões Metropolitanas de São Paulo e do Rio são mais
vulneráveis, mas para as outras capitais ainda faltam estudos.
E as altas densidades demográficas mascaram as diferenças sociais, diz o ecólogo.
"Trabalhamos com o IDH municipal. O de São Paulo é relativamente alto até, mas se
considerarmos as diferenças dos bairros, temos desde locais com índice compatível a
países nórdicos e outros tão baixos quanto no Nordeste. No futuro, queremos olhar essa
heterogeneidade para mostrar um quadro mais preciso."
Agência Sindical
Trabalhismo histórico ganha força com Brizola Neto na Pasta do
Trabalho
Uma Dilma Rousseff com brilho nos olhos e calor nas palavras empossou quinta (3) o
deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) ministro do Trabalho e Emprego, em
cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença das Centrais Sindicais, senadores,
deputados e outras autoridades. “Não bastasse levar o sobrenome Brizola, o novo
ministro carrega a história do seu tio-avô João Goulart, ex-presidente da República. Seja
muito bem-vindo ao meu governo, Brizola Neto”, disse Dilma.
Foi um evento com forte marca do trabalhismo histórico e referências elogiosas a
Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola. Ocorriam fortes aplausos toda vez que o
nome de Brizola era mencionado por Dilma ou outras autoridades.
Brizola Neto valorizou a trajetória de líderes, como Getúlio Vargas e Jango, ressaltando
que o Ministério do Trabalho precisa ser ágil para estar à altura do País. “É preciso que
seja ágil, transparente, inovador e parte da implementação de políticas sociais que nos
conduzam a novos caminhos”, destacou.
Biografia - Brizola Neto, que é filiado ao PDT desde 1997, teve como primeiro cargo
eletivo a vereança, no Rio de Janeiro, em 2005. Foi eleito para a Câmara dos Deputados
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07/05/2012
em 2007. Em 2011, licenciou-se do cargo para ocupar a Secretaria de Trabalho e Renda
do Rio de Janeiro.
Tijolaço sai do ar
Para a alegria da jornalista Eliane Catanhêde, e de seus patrões, a posse de Brizola Neto
na Pasta do Trabalho e Emprego tira do ar o importante blogTijolaço. No texto de
despedida, Brizola afirma que o blog “prestou bons serviços ao debate político”.
Diz o ex-blogueiro: “Sincera gratidão pela solidariedade. Sobretudo, e antecipadamente,
com a qual poderei contar nestes dias que se aproximam. A partir de agora, sou o
mesmo. A partir de hoje, tenho de estar diferente. Sei que todos compreenderão que
essas duas condições não se contradizem”.
Mais informações:
www.mte.gov.br
Vermelho
François Hollande é eleito presidente da República
François Hollande, do Partido Socialista, foi eleito neste domingo presidente da
República da França. Hollande derrotou Sarkozy no segundo turno das eleições
presidenciais. O candidato socialista obteve 51,67% dos votos válidos, com a apuração
concluída - embora ainda sem incluir os resultados da votação no exterior. O atual
presidente e candidato à reeleição, Nicolas Sarkozy, obteve 48,33%.
Depois de François Mitterrand, em 1981 e em 1988, François Hollande é o segundo
presidente socialista da Quinta República francesa, fundada em 1958.
Os demais institutos deram resultados semelhantes : TNS Sofres (52% para Hollande) ;
Ifop (52,7%) ; Harris (52,1%) e CSA (51,8%).
Multidões se reúnem diante da sede do PS, no tradicional Bairro Latino e na histórica
Praça da Batilha, onde manifestam entusiasmo pela vitória dos socialistas. A derrota de
Sarkozy é vista pelas principais forças de esquerda, entre elas o Partido Comunista,
agrupadas na Frente de Esquerda, como um passo importante para inicar o
enfrentamento às políticas neoliberais e conservadoras que levaram a França à beira do
abismo.
O presidente derrotado Nicolas Sarkozy admitiu a derrota dizendo que agora voltará a
ser "um francês entre os franceses... sabendo que a vida é feita de sucessos e derrotas".
Manuel Valls, um dos dirigentes do Partido Socialista, disse estar emocionado com a
vitória de Hollande. Para ele, a partir de agora a tarefa será "ardente e magnífica".
Jean-Luc Mélenchon desejou o melhor a François Hollande e ao país, em declaração
após o anúncio da vitória do candidato do Partido Socialista, considerando que "sua
vantagem lhe dá meios para agir".
"Finalmente, Sarkozy acabou! Dessa maneira foi feito o acerto de contas com esse
coveiro das conquistas sociais e dos serviços públicos de nossa República. Sua derrota é
a derrota do seu projeto de extrema direitização. É uma boa notícia para a França e toda
a Europa. O mundo que nos olha conhece de novo a audácia dos franceses", escreveu
em um comunicado o ex-candidato da Frente de Esquerda, que alcançou 4 milhões de
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07/05/2012
votos (11,1%) no primeiro turno. "Começa uma nova página para a França e a Europa",
agregou.
Hollande
"Neste 6 de maio, os franceses escolheram a mudança, levando-me à presidência da
República. Eu tenho a medida da honra que me foi feita e da tarefa que me espera.
Perante vocês eu me comprometo a servir o país, com devotamento e de maneira
exemplar como essa função requer", declarou o presidente eleito François Hollande, na
cidade de Tulle, onde se encontrava antes de retornar a Paris onde foi recebido por uma
entusiástica multidão reunida na Praça da Bastilha. Hollande enviou uma "saudação
republicana" a Nicolas Sarkozy "que dirigiu a França durante cinco anos e merece, a
esse título, todo o nosso respeito". O presidente eleito expressou também sua "profunda
gratidão a todos aqueles que, com o seu voto, tornaram esta vitória possível".
Afirmando que será "o presidente de todos os franceses", Hollande disse que "as
pessoas esperam por esse momento há anos, outros, mais jovens, não viveram épocas
como esta. Muitas pessoas tiveram muitas decepções, e eu me sinto feliz em poder
trazer esperança". O presidente eleito reforçou o compromisso com algumas de suas
principais promessas durante a campanha: acesso aos serviços de saúde, igualdade,
prioridade para a educação, além de mudanças ecológicas. "Precisamos liderar a Europa
para o futuro", declarou Hollande, que ainda prometeu amenizar as medidas
impopulares de austeridade impostas pelo atual governo para conter os efeitos da crise
econômica.
François Hollande disse ainda que "o dia 6 de maio deve ser um grande dia para o país,
um novo começo para a Europa, uma nova esperança para o mundo". Ele terminou seu
discurso dizendo que "o sonho francês chama-se simplesmente progresso", e que
sempre foi um homem de esquerda.
Brasil 247
Cai o presidente da TIM
LUCA LUCIANI, QUE INFLAVA BASE DE CLIENTES DA OPERADORA NO BRASIL
COM DADOS FALSOS, RENUNCIOU AO CARGO; TELEFONIA MÓVEL NO
BRASIL É CADA VEZ MAIS PRECÁRIA; CLARO ATRAI PROTESTOS DE CLIENTES
E SERVIÇO DA VIVO PIORA APÓS AQUISIÇÃO PELA TELEFÔNICA
247 – Acaba de ser confirmada, neste sábado, a demissão de Luca Luciani, presidente
da TIM no Brasil. Ele vinha sendo investigado, na Itália, por inflar a base de dados da
operadora, com dados falsos. Aqui, o serviço de telefonia móvel se torna cada vez mais
precário – além de ser o mais caro do mundo. A Claro enfrenta uma onda de protestos
de clientes, por não ter cumprido promoções feitas na Páscoa, e a Vivo também teve seu
serviço deteriorado depois que foi adquirida pela espanhola Telefônica. Leia, abaixo, o
noticiário da Reuters sobre a degola do executivo italiano:
A Telecom Italia informou neste sábado que Luca Luciani, presidente-executivo da TIM
Participações, controlada pela companhia italiana, renunciou a todos os cargos por ele
exercidos nas empresas do grupo.
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07/05/2012
O executivo é alvo de uma investigação de autoridades italianas envolvendo chips de
telefonia móvel irregulares, segundo uma fonte próxima ao assunto.
"O conselho da Telecom Italia se reuniu em 2 de maio para discutir a situação de
Luciani à luz de seu envolvimento na investigação. Uma solução está sendo buscada.
Provavelmente resultará na saída dele da empresa", afirmou a fonte à Reuters na sextafeira.
Em nota neste sábado, a TIM informou que o conselho de administração da empresa se
reunirá em breve para empossar interinamente Andrea Mangoni, atual vice-presidente
financeiro da Telecom Italia, como diretor-presidente da companhia brasileira.
Sob o comando de Luciani, a TIM alcançou, no ano passado, o segundo lugar em
telefonia móvel no Brasil, com 26,8 por cento de participação de mercado em março, o
que equivale a mais de 67 milhões de linhas, segundo dados da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).
A investigação, que já dura cinco anos, analisa a ativação supostamente fraudulenta de
cerca de 37 mil chips (SIM cards). Alguns destes chips foram ativados para usuários
falecidos ou ficcionais, segundo investigadores à época.
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