Ludovice Ensemble 31 de outubro 21h00 Igreja de S. Roque Fernando Miguel Jalôto, direção PROGRAMA «Mater Dolorosa: Música para a Solenidade de Nossa Senhora da Piedade - obras de Antonio Tedeschi (1702-1770)» Estreia Moderna Mundial de todas as obras do programa 2as Vésperas para a Festa de Nossa Senhora das Dores Verso de órgão Moteto "Plange quasi virgo" a 4 para a Novena das Sete Dores de Nossa Senhora Salve Regina a 4 Deus in adjutorium meum intende Antiphona Primeira: "Vadam ad montem myrrahæ" Psalmo Primeiro: "Credidi propter quod locutus sum" - Ps.115 a tenore solo Antiphona Segunda: "Dilectus meus candidus" Psalmo Segundo: "Ad Dominum cum tribularer" - Ps.119 a canto solo Antiphona Terceira: "Quo abiit dilectus tuus" Psalmo Terceiro: "Eripe me Domine" - Ps.139 a basso solo Antiphona Quarta: "Fasciculus myrrahæ dilectus meus mihi" Psalmo Quarto: "Domine clamavi ad te" - Ps.140 a alto solo Antiphona Quinta: "Fuicite me floribus" Psalmo Quinto: "Voce mea ad Dominum clamavi" - Ps.141 a 4 concertato Verso de órgão Hino: "Stabat Mater Dolorosa" a 4 concertata Antiphona ad Magnificat: "Cum vidisset Jesus matrem strantem juxta Crucem" Magnificat a 4 concertato Ave Regina cælorum a 4 concertata Moteto "Doleo super te" para a Festa de Nossa Senhora das Dores a 4 DADOS BIOGRÁFICOS DO GRUPO O Ludovice Ensemble é um grupo especializado na interpretação de Música Antiga, sediado em Lisboa e criado por Fernando Miguel Jalôto e Joana Amorim, com o objetivo de divulgar o repertório de câmara vocal e instrumental dos séculos XVII e XVIII, através de interpretações historicamente informadas com instrumentos antigos. O nome do grupo homenageia o arquiteto e ourives alemão Johann Friedrich Ludwig (1673-1752). Apresentou-se em Portugal nas mais importantes salas - Fundação Gulbenkian; CCB; Casa da Música - e nos mais variados Festivais - Dias da Música; Música em São Roque; Ciclo de Música de Câmara do Palácio da Bolsa do Porto; Música em Leiria; Cistermúsica de Alcobaça; Festival de Mafra; Maio Barroco de Óbidos; Encontros de Música Antiga de Loulé; Terras sem Sombra; Eboræ Musica; Ciclo de Música Sacra de Viana do Castelo, etc. No estrangeiro, o grupo apresentou-se nos seguintes festivais: Oude Muziek de Utrecht, Países Baixos; Laus Polyphoniae do AMUZ de Antuérpia, Bélgica; La Chaise-Dieu e Musiques en Vivarais-Lignon, França; Festival de Verão de Música Barroca de Praga, República Checa. Apresenta-se com regularidade em Espanha em Vitoria-Gasteiz, San Lorenzo del Escorial, Lugo, Jaca, Peñíscola, Daroca, etc. Em 2012, editou o seu primeiro CD para a editora franco-belga Ramée-Outhere, tendo sido calorosamente recebido pela crítica especializada em Portugal e no estrangeiro e nomeado para os prestigiantes ICMA Awards em 2013. Gravou para a Antena 2 e para a MEZZO (França). NOTA DE PROGRAMA António Tedeschi (Aversa, Nápoles 1702 - Lisboa 1770) foi uma personalidade muito marcante no panorama artístico do Portugal setecentista. Cantor, compositor, poeta e libretista foi contratado em Roma para a Patriarcal de D. João V em 1733, residindo em Lisboa até à sua morte já no reinado de D. José. Muito considerado pelos seus contemporâneos e conhecido como "Doutíssimo Professor Músico de Sua Majestade", deixou uma vasta obra com mais de 80 composições vocais sacras, preservadas no Arquivo da Sé Catedral de Lisboa; na Biblioteca Nacional de Portugal - fundos do Conservatório Nacional, do Conde de Redondo e outros; na Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda - fundos da Capela Real e da Capela da Bemposta; e na Biblioteca do Palácio de Vila Viçosa. Apesar das evidentes e elevadas qualidades técnicas e expressivas da sua obra, que a colocam a par do melhor que se fazia em Portugal e na Europa do seu tempo, só agora é que que está a ser objeto de estudo, análise e edição por parte do músico e musicólogo Fernando Miguel Jalôto, sob orientação dos professores Rui Vieira Nery e Cristina Fernandes. Este programa será o primeiro inteira e exclusivamente constituído por obras de António Tedeschi - todas elas em estreia moderna absoluta - após a primeira apresentação de algumas das suas composições ter ocorrido no ano passado neste mesmo Festival "Música em São Roque" pelo Ludovice Ensemble, e com grande aplauso do público. Para este programa são propostas algumas das obras que maior fama granjearam ao compositor no seu tempo: as Vésperas para Nossa Senhora das Dores (ou 'da Piedade', como é invocada numa das belíssimas capelas laterais da Igreja de São Roque) e da qual subsistem em quatro cópias completas; o mais belo dos seus "Stabat Mater", usado no seu tempo, quer como Sequência para a Missa de Nossa Senhora das Dores, quer como Hino de Laudes e de Vésperas; o moteto "Doleo super te" para a mesma solenidade, que pode ser considerado um dos grandes êxitos do século XVIII português, com seis (!) cópias conhecidas e que foi inclusivamente atribuído a Giovanni Giorgi, o maior mestre da época. Inclui-se, ainda, um outro moteto para a concorrida Novena da mesma solenidade, bem como duas antífonas marianas, de grande simplicidade mas sublime beleza. As Vésperas e Motetos foram usados no seminário da Patriarcal e no Conservatório Nacional, até meados do século XIX, como exemplos do que de melhor se podia escrever neste estilo. Estas e as restantes obras de Tedeschi, a apresentar neste programa, distinguem-se pelo profundo lirismo melódico, expressivos recursos harmónicos e delicadas e subtis alternâncias entre texturas solísticas e corais, ilustrando sobretudo o caráter pungente e melancólico dos textos litúrgicos. A sua apresentação, para além do significado histórico, proporcionará seguramente ao público um elevado momento de Arte e Espiritualidade. Miguel Jalôto Diretor Musical Órgão Miguel Jalôto graduou-se no Departamento de Música Antiga e Práticas Históricas de Interpretação do Conservatório Real de Haia (Países Baixos) com Jacques Ogg sendo bolseiro do Centro Nacional de Cultura. Frequentou masterclasses com Gustave Leonhardt, Olivier Baumont, Ilton Wjuniski, e Ketil Haugsand, e estudou órgão barroco, fortepiano e clavicórdio. Foi membro da Académie Baroque Européenne d'Ambronay sob a direção de Cristophe Rousset. Mestre em Música pela Universidade de Aveiro, é doutorando em Ciências Musicais/Musicologia Histórica na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Apresentou-se em vários festivais e concertos em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Reino Unido, Áustria, República Checa, Polónia, Bulgária e Japão. É fundador e diretor artístico do Ludovice Ensemble, apresentando-se em prestigiantes festivais e salas de concerto em Portugal e no estrangeiro. É membro da Orquestra Barroca da Casa da Música do Porto e primeiro solista convidado da Orquestra Gulbenkian. Apresenta-se com grupos especializados internacionais, como La Galanía, Capilla Flamenca, Oltremontano e La Colombina. Foi durante vários anos membro da Orquestra Barroca Divino Sospiro. Gravou para as editoras Ramée-Outhere, Glossa, Dynamic e Brilliant. Em 2013/14 é Maestro al Cembalo convidado da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Trabalhou já sob a direção dos maiores especialistas em Música Antiga de todo o mundo. Orlanda Velez Isidro Solista Iniciou os estudos de canto com Maria Repas Gonçalves. É licenciada em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. Concluiu em junho de 2000 a pós-graduação em Canto pelo Conservatório Real de Haia, com os professores Rita Dams, Lenie van den Heuvel e Marius van Altena. Estudou, também, Jill Feldmann (repertório barroco), Ronald Kleekamp (Holanda) e Rolande van der Paal (Bélgica). Frequentou masterclasses de aperfeiçoamento com Nico van der Meel, M.-C. Vallin, Elly Ameling, Diane Forlano e Barbara Pierson, entre outros. Participou em vários concursos e apresentações de jovens cantores, dos quais se salienta “Erna Spoerenberg” e o “Concours International de Chant Barroque de Chimay”, na Bélgica, em setembro de 2001, no qual foi premiada. Orlanda canta profissionalmente com o Amsterdam Baroque Choir, dirigido por Ton Koopman e o Nederlandse Kamerkoor, bem como em várias formações vocais, tais como os De Swaen, Música Temprana e Quinteto Kassiopeia. Do seu trabalho como solista, são de salientar as suas colaborações com o Coro Gulbenkian e a Orquestra do séc. XVIII, dirigida por Franz Brüggen, em 1997; Académie Baroque Européene de Ambronay, em 1998, e várias produções de Les Arts Florissants de William Christie, com o maestro Eduardo Lopez Banzo e o ensemble El Ayre Español, entre muitos outros. Hugo Oliveira Barítono Estudou na Escola Superior de Música de Lisboa e, como bolseiro da Fundação Gulbenkian, no Real Conservatório da Haia (Países Baixos). Em 2009, recebeu o 1º prémio no 3º Concurso da Fundação Rotária Portuguesa e foi vencedor do Stichting Nederlands Vocalisten Presentatie, na Holanda. Ganhou o 3º prémio no Concurso Luísa Todi, em 2011, e foi finalista do concurso da London Bach Society, em 2008. Protagonizou a ópera Un Retour, de Oscar Strasnoy, no Festival de Aix-en-Provence, e Le Nozze di Figaro, sob a direção de Young-Min Park. Cantou, ainda, Les malheurs d’Orphée de D. Milhaud, com a Ebony Band, em Paris (Cité de la Musique); Melodias Estranhas de A. Chagas Rosa com Stefan Asbury; Paint me de L. Tinoco, com Joana Carneiro; L'enfant et les sortilèges de M. Ravel, com Wayne Marshall no Concertgebouw de Amsterdão. Cantou, ainda, Dido and Aeneas de Purcell; Venus and Adonis de Blow; Le Carnaval et La Folie de A.-C. Destouches; Rappresentatione di Anima et di Corpo de E. de Cavalieri com L'Arpeggiata (Christina Pluhar). Do seu vasto reportório, destacam-se ainda obras como o Requiem de W. A. Mozart, com a Orquestra Gulbenkian, com Michel Corboz; Hugo Oliveira trabalhou, ainda, com Jordi Saval (Les Concert des Nations); Jos van Veldhoven (Nederlands Bach Society); Paul Dombrecht (Il Fondamento); Enrico Onofri (Divino Sospiro); Bruno Weil (Wallfisch Band); Klaas Stok (Concerto d'Amsterdam); Gabriel Garrido (Ensemble Elyma); Keneth Weiss, Nigel North, Lawrence Cummings e Christophe Rousset. João Rodrigues Tenor João Rodrigues nasceu em Lisboa. Estudou canto na Escola de Música do Conservatório Nacional com Filomena Amaro e na Escola Superior de Música de Lisboa, com Luís Madureira, Helena Pina Manique e Elsa Saque. No domínio da ópera, foi Crabman em Porgy and Bess, de Gershwin; Judeu na Salomé de R. Strauss; Aprendiz em Os Mestres Cantores de Nuremberga, e Escudeiro no Parsifal de R. Wagner, no Teatro Nacional de São Carlos. Foi Ferrando em Così fan tutte e Tamino em A Flauta Mágica de W. A. Mozart, na Fundação Gulbenkian; Carlos na Susana de A. Keil; Professor de música em A Floresta de E. Carrapatoso, no Teatro São Luiz; Pierre em A Vingança da Cigana de Leal Moreira, Dante em Francesca da Rimini de S. Rachmaninov, Kekikako em Bataclan de J. Offenbach, Hinnerck em Jerusalém de V. Mendonça e Lee em Paint Me de L. Tinoco, na Culturgest. Cantou em estreia absoluta O Meu Poemário Infantil, de E. Carrapatoso, e a Oratória Popular de N. Côrte-Real. Apresentou-se, em recital, com o pianista Nuno Vieira de Almeida e, em concerto, com João Paulo Santos e colaborou com as principais orquestras portuguesas, incluindo a Orquestra Gulbenkian, a Sinfonietta de Lisboa, a Filarmonia das Beiras, a Sinfónica Portuguesa, a Metropolitana de Lisboa e a Orquestra do Algarve. Maria Luísa Tavares Meio-Soprano Luísa Tavares é natural de Lisboa. Concluiu a sua formação artística no Centre d’Études Musicales Supérieures de Toulouse, com Marie-Thérèse Cahn. Estudou, ainda, no Departamento de Música Antiga do Conservatório de Toulouse e na Academia de Música Antiga de Lisboa, com Jill Feldman, Guillemette Laurens, Richard Gwilt, Antonio Florio, e Hervé Nicquet, entre outros. Em 2003, foi premiada no Concours International de Chant Baroque de Chimay, na Bélgica. Foi solista sob a direção de Jorge Matta (Orquestra Gulbenkian), Brad Cohen (Remix Ensemble), César Viana (Sinfonia B), António Lourenço (Orquestra das Beiras), Ferreira Lobo (Orquestra do Norte), João Paulo Santos, Zoltán Peskó, Giovanni Andreoli e Donato Renzetti (Orquestra Sinfónica Portuguesa), Pedro Carneiro (Orquestra de Câmara Portuguesa), Harry Christophers e Christina Pluhar (Divino Sospiro). Foi Venus em "Venus and Adonis" de J. Blow; Dido "Dido and Aeneas", de H. Purcell; Giulietta em "L’Amore Industrioso", de J. de Sousa Carvalho; Mrs. Grose em "The turn of the Screw" de B. Britten; Berta em "Il Barbiere di Siviglia" de G. Rossini; Prosérpine em "La Déscente d'Orphée aux Enfers" de M. - A. Charpentier; e Segunda Dama em "Die Zauberflöte" d W. A. Mozart. É elemento efetivo do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, e colabora regularmente com o Nederlands Kamerkoor, o Grupo Vocal Olisipo (Armando Possante), o Kassiopeia Quintet, a Capela Joanina (João Paulo Janeiro), La Nave Va (António Carrilho), e o trio Breathing of Statues. Joana Seara Soprano Joana Seara nasceu em Lisboa, onde estudou na Academia de Música de Santa Cecília e no Conservatório Nacional. Concluiu a licenciatura, o mestrado e o curso de Ópera na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, tendo sido bolseira da Fundação Gulbenkian e galardoada com vários prémios, em Inglaterra. Interpretou A Paixão segundo S. João, de J. S. Bach, com o King’s Consort (Mathew Halls), A Paixão segundo S. Mateus com o Divino Sospiro (Enrico Onofri) e o Messias, de Händel, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa (Nicholas Kraemer) e com a Orquestra do Norte (Jorge Matta). Com o Divino Sospiro e Enrico Onofri atuou nos festivais de Île-de-France, Ambronay, Mafra e Varna. No domínio da ópera, estreou-se, em 2004, como Zerlina (Don Giovanni), na Holanda. Desde então, tem atuado por toda a Europa, destacando- se a sua Despina (Così fan tutte) na Holanda, em Inglaterra e na Irlanda; Galatea (Acis and Galatea), em França; e Margery (The Dragon of Wantley), no Festival de Potsdam, com a Akademie für Alte Musik Berlin. Em Londres, destacam-se os papéis de Gretel (Hänsel und Gretel) para a Opera Holland Park, e Damigella (L'incoronazione di Poppea) para a English National Opera. No Teatro Nacional de São Carlos foi Susanna (As bodas de Fígaro), Frasquita (Carmen) e Tebaldo/Voce dal Cielo (Don Carlo). Colabora, também, regularmente nas produções de ópera dos Músicos do Tejo (Marcos Magalhães) no CCB La Spinalba, de F. A. de Almeida e Lo Frate Inamorato, de Pergolesi. TEXTOS A SER CANTADOS Motetus Moteto Plange quasi virgo plebs mea, Chorai, meu povo, como uma virgem, ululate pastores, in cinere et cilicio. gemei pastores, em cinzas e cilício. Quia venit dies Domini magna Pois virá o dia do Senhor, et amara valde. pleno de dor e amargura. (Excerto do 3º Responsório das Matinas de Sábado Santo) Salve, Regina, Mater misericordiæ, vita, dulcedo, et spes nostra, salve. Ad te clamamus exsules filii Hevæ, Ad te suspiramus, gementes et flentes in hac lacrimarum valle. Eia, ergo, advocata nostra, illos tuos Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, Vida, doçura e esperança nossa, salve! A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, Esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei, E, depois desse desterro, Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso Ventre. Ó Clemente, Ó Piedosa, Ó Doce Virgem Maria. misericordes oculos ad nos converte; Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, nobis post hoc exsilium ostende. V. Rogai por nós Santa Mãe de Deus, R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Ámen. O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria. V. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix. R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi. Amen. Versiculus & Responsorium: Ps. 69, 2 Versículo e Responso: Sl. 69, 2 Deus in adjutorium meum intende: Dominæ ad adjuvandum me festina. Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto, sicut erat in principio et nunc et semper et In sæcula sæculorum. Amen. Vem, ó Deus, em meu auxílio: Apressa-te, Senhor, a socorrer-me! Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio e agora e sempre pelos séculos dos séculos. Ámen. Ant. I: Cant. 4, 6b Ant. I: Cant. 4, 6b Vadam ad montem myrrhæ et ad collem thuris. Eu irei ao monte da mirra e à colina do incenso. Ps. I: Ps. 115 Sl. I: Sl 116, 10-19 1 Credidi, propter quod locutus sum: ego autem humiliatus sum nimis. 10 Eu continuei a ter fé, mesmo quando disse: «A minha aflição é muito grande.» 2 Ego dixi in excessu meo: Omnis homo mendax. 11 Desesperado, cheguei a afirmar: «Todo o homem é mentiroso!» 3 Quid retribuam Domino pro omnibus quæ retribuit mihi? 12 Como retribuirei ao SENHOR todo o bem que me tem feito? 4 Calicem salutaris accipiam, et nomen Domini invocabo. 13 Erguerei o meu cálice pela salvação invocando o nome do SENHOR! 5 Vota mea Domino reddam coram omni populo ejus. 14 Cumprirei as promessas que fiz ao SENHOR, na presença de todo o seu povo. 6 Pretiosa in conspectu Domini mors sanctorum ejus. 15 É preciosa para o SENHOR a morte dos seus fiéis. 7 O Domine, quia ego servus tuus; ego servus tuus, et filius ancillæ tuæ. Dirupisti vincula mea: 8 tibi sacrificabo hostiam laudis, et nomen Domini invocabo. 9 Vota mea Domino reddam in conspectu omnis populi ejus; 10 in atriis domus Domini, in medio tui, Jerusalem. [Aleluia] 16 Ó SENHOR, eu sou teu servo, teu servo e filho da tua serva! Desfizeste os laços que me prendem. 17 Oferecer-te-ei sacrifícios de louvor e invocarei o nome do SENHOR. 18 Cumprirei as promessas que fiz ao SENHOR, na presença de todo o seu povo, Gloria Patri... 19 nos átrios da casa do SENHOR, no meio de ti, Jerusalém! [Aleluia!] Ant. II: Cant. 5, 10; 7, 5 Ant. II: Cant. 5, 10; 7, 5 Dilectus meus candidus et rubicundus: coma capitis eius sicut purpura regis vincta canalibus. O meu amado é branco e rosado; os cabelos da sua cabeça são como a púrpura real, amarrados em tranças. Ps.II: Ps. 119 Sl.II: Sl. 120 1 [Canticum graduum] 1 [Cântico de peregrinação] Ad Dominum cum tribularer clamavi, et exaudivit me. Na minha angústia, clamei ao SENHOR e ele ouviu-me. 2 Domine, libera animam meam a labiis iniquis et a lingua dolosa. 3 Quid detur tibi, aut quid apponatur tibi ad linguam dolosam? 4 Sagittæ potentis acutæ, cum carbonibus desolatoriis. 5 Heu mihi, quia incolatus meus prolongatus est! habitavi cum habitantibus Cedar; 6 multum incola fuit anima mea. 7 Cum his qui oderunt pacem eram pacificus; cum loquebar illis, impugnabant me gratis. 2 Livra-me, SENHOR, dos mentirosos e dos caluniadores. 3 Que castigo ele vos vai infligir, ó caluniadores? 4 Serão setas agudas de guerreiro e carvões acesos! 5 Ai de mim que vivo entre bárbaros e tenho de habitar com gente estranha! 6 Já vivi demasiado tempo 7 entre aqueles que odeiam a paz. Gloria Patri... Quando lhes falo de paz, eles só falam de guerra. Ant. III: Cant. 5, 17 Ant. III: Cant. 5, 17 Quo abiit dilectus tuus, o pulcherrima mulierum? Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Para onde desviaram o teu amado? Quo dilectus tuus declinavit? Ps.III: Ps. 139 Sl.III: Sl. 140 [1 In finem. Psalmus David.] [1 Ao director do coro. Salmo da colecção de David.] 2 Eripe me, Domine, ab homine malo; a viro iniquo eripe me. 2 SENHOR, livra-me dos maus; protege-me dos homens violentos; 3 Qui cogitaverunt iniquitates in corde, tota die constituebant prælia. 3 eles estão sempre a maquinar o mal; todos os dias promovem discórdias. 4 Acuerunt linguas suas sicut serpentis; venenum aspidum sub labiis eorum. 4 As suas línguas são como as das serpentes, as suas palavras são como veneno de víbora. 5 Custodi me, Domine, de manu peccatoris, 5 Protege-me, SENHOR, do poder dos maus; protege-me et ab hominibus iniquis eripe me. Qui cogitaverunt supplantare gressus meos: dos homens violentos, que fazem planos para a minha queda. 6 absconderunt superbi laqueum mihi. Et funes extenderunt in laqueum; juxta iter, scandalum posuerunt mihi. 6 Os orgulhosos preparam-me armadilhas; estenderam uma rede à beira do caminho; armaram laços para me apanhar. 7 Dixi Domino: Deus meus es tu; exaudi, Domine, vocem deprecationis meæ. 7 Eu disse: «Ó SENHOR, tu és o meu Deus!» Escuta, pois, o meu grito suplicante! 8 Domine, Domine, virtus salutis meæ, obumbrasti super caput meum in die belli. 8 SENHOR, meu Deus, meu forte defensor, protege-me no combate. 9 Ne tradas me, Domine, a desiderio meo peccatori: cogitaverunt contra me; ne derelinquas me, ne forte exaltentur. 9 SENHOR, não dês aos pecadores o que eles desejam; não permitas que os seus planos malvados contra mim vão por diante. 10 Caput circuitus eorum: labor labiorum ipsorum operiet eos. 10 Não mais levantem a cabeça os que me cercam; que as suas ameaças contra mim caiam sobre eles; 11 Cadent super eos carbones; in ignem dejicies eos: in miseriis non subsistent. 11 caiam sobre eles brasas acesas; sejam atirados para o fogo, em covas donde não mais se levantem. 12 Vir linguosus non dirigetur in terra; virum injustum mala capient in interitu. 13 Cognovi quia faciet Dominus judicium inopis, et vindictam pauperum. 12 Que os caluniadores desapareçam da terra; que a desgraça persiga os homens violentos até os destruir. 13 SENHOR, eu sei que tu defendes a causa do pobre e os direitos do necessitado. 14 Verumtamen justi confitebuntur nomini tuo, et habitabunt recti cum vultu tuo. 14 Por isso, os homens justos te louvarão; Gloria Patri... e os homens íntegros viverão na tua presença. Ant. IV: Cant. 1, 12 Ant. IV: Cant. 1, 12 Fasciculus myrrhae dilectus meus mihi inter ubera mea commorabitur. Um feixe de mirra é o meu bem-amado para mim e ele deitar-se-á entre os meus seios. Ps.IV: Ps. 140 Sl.IV: Sl. 141 1 [Psalmus David] 1 [Salmo da colecção de David] Domine, clamavi ad te: exaudi me; intende voci meæ, cum clamavero ad te. A ti clamo, SENHOR, vem depressa! Escuta a minha voz, quando te invoco. 2 Dirigatur oratio mea sicut incensum in conspectu tuo; elevatio manuum mearum sacrificium vespertinum. 3 Pone, Domine, custodiam ori meo, et ostium circumstantiæ labiis meis. 4 Non declines cor meum in verba malitiæ, ad excusandas excusationes in peccatis; cum hominibus operantibus iniquitatem, et non communicabo cum electis eorum. 2 Seja a minha oração como incenso na tua presença e as minhas mãos erguidas, como o sacrifício da tarde. 3 SENHOR, põe uma sentinela de guarda à minha boca; manda vigiar a porta dos meus lábios. 4 Afasta-me do desejo de praticar o mal; que eu não seja cúmplice dos maus nem dos crimes dos malfeitores, nem participe nos seus banquetes. 5 Corripiet me justus in misericordia, et increpabit me: oleum autem peccatoris non impinguet caput meum. Quoniam adhuc et oratio mea in beneplacitis eorum: 5 Que o justo me castigue e o bondoso me corrija, mas que o óleo mau me não perturbe a cabeça, pois isso me tornaria cúmplice dos seus males. 6 absorpti sunt juncti petræ judices eorum. Audient verba mea, quoniam potuerunt. 6 Quando os seus governantes forem lançados dos despenhadeiros, as pessoas compreenderão que as minhas palavras eram verdadeiras. 7 Sicut crassitudo terræ erupta est super terram, dissipata sunt ossa nostra secus infernum. 8 Quia ad te, Domine, Domine, oculi mei; in te speravi, non auferas animam meam. 9 Custodi me a laqueo quem statuerunt mihi, et a scandalis operantium iniquitatem. 10 Cadent in retiaculo ejus peccatores: singulariter sum ego, donec transeam. 7 Como quando se cava e lavra a terra, uma fenda que se abre na terra, os seus ossos foram engolidos pelo sepulcro. 8 Mas eu continuo a confiar em ti, ó SENHOR, meu Deus; em ti busco protecção, não me abandones. 9 Protege-me das armadilhas que prepararam contra mim; livra-me das intrigas dos malfeitores. 10 Que os maus caiam nas suas próprias armadilhas, enquanto eu escapo ileso. Gloria Patri... Ant. V: Cant. 2, 5 Ant. V: Cant. 2, 5 Fulcite me floribus stipate me malis, quia amore langueo. Vivifica-me com flores, sustenta-me com maçãs, pois languesço de amor. Ps.V: Ps. 141 Sl.V: Sl. 142 1 [Intellectus David, cum esset in spelunca, oratio] 1 [Poema da colecção de David. Oração dita quando estava na caverna] 2 Voce mea ad Dominum clamavi, voce mea ad Dominum deprecatus sum. 3 Effundo in conspectu ejus orationem meam, et tribulationem meam ante ipsum pronuntio: 4 in deficiendo ex me spiritum meum, et tu cognovisti semitas meas. In via hac qua ambulabam absconderunt laqueum mihi. 5 Considerabam ad dexteram, et videbam, et non erat qui cognosceret me: periit fuga a me, et non est qui requirat animam meam. 6 Clamavi ad te, Domine; dixi: Tu es spes mea, portio mea in terra viventium. 7 Intende ad deprecationem meam, quia humiliatus sum nimis. Libera me a persequentibus me, quia confortati sunt super me. 8 Educ de custodia animam meam ad confitendum nomini tuo; me exspectant justi donec retribuas mihi. Gloria Patri... 2 Em voz alta clamo ao SENHOR; em voz alta suplico ao SENHOR. 3 Exponho na sua presença as minhas queixas; dou a conhecer na sua presença a minha angústia: 4 «Quando eu estou prestes a desanimar, tu sabes o caminho que devo tomar. No caminho em que seguia puseram-me uma armadilha. 5 Olha bem à minha volta, não há ninguém que me reconheça; já não consigo escapar e não tenho ninguém para cuidar de mim! 6 Clamo a ti, SENHOR, e digo-te: “Tu és o meu refúgio; tu és tudo o que tenho na vida!” 7 Atende os meus lamentos, porque estou sem forças; livra-me dos que me perseguem, que são mais fortes do que eu. 8 Tira-me desta prisão, para que louve o teu nome. Os homens justos me rodearão, por causa da tua bondade para comigo. Capitulum: Isa. 53,1-2 Capítulo: Is. 53, 1-2a Quis credidit auditui nostro? Et brachium Domini cui revelatum est? Et ascendet sicut virgultum coram eo, et sicut radix de terra sitienti. R. Deo grátias. Quem acreditou na nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor? Cresce diante do Senhor como um rebento, como raiz numa terra árida. R. Graças a Deus Hymnus: Stabat mater dolorosa juxta Crucem lacrimosa, dum pendebat Filius. Hino: Estava a Mãe dolorosa, junto à cruz, lacrimosa, Da qual pendia o Filho. Cuius animam gementem, contristatam et dolentem per transivit gladius. O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta, mater Unigeniti! Quae mœrebat et dolebat, pia Mater, dum videbat nati pœnas inclyti. Quis est homo qui non fleret, matrem Christi si videret in tanto supplicio? Quis non posset contristari Christi Matrem contemplari dolentem cum Filio? Pro peccatis suæ gentis vidit Iesum in tormentis, et flagellis subditum. Vidit suum dulcem Natum moriendo desolatum, dum emisit spiritum. Eia, Mater, fons amoris me sentire vim doloris fac, ut tecum lugeam. Sua alma gemente entristecida e dolorida, a espada atravessava Ó quão triste e aflita estava ali, ela, a bendita, Mãe do Unigénito! Quão abatida e dolorosa a pia Mãe assistia ao sofrimento do seu Filho. Qual o homem que não chora, ao ver a Mãe de Cristo em tamanho suplício? Quem não ficaria contristado contemplando a Mãe de Cristo, padecendo com o seu Filho? Pelos pecados do seu povo, viu Jesus em tormentos e submetido a flagelos. Viu o seu doce morrendo abandonado, entregando o seu espírito. Ó Mãe, fonte de amor, faz-me sentir a força da dor Para contigo lastima-lo. Fac, ut ardeat cor meum in amando Christum Deum ut sibi complaceam. Faz arder o meu coração amando Cristo Deus, e assim lhe agradar. [Sancta Mater, istud agas, crucifixi fige plagas cordi meo valide. [Santa Mãe, concede-me isto: trazer as chagas do Crucificado cravadas no coração. Tui nati vulnerati, tam dignati pro me pati, pœnas mecum divide. As feridas de teu filho, que por mim tanto padeceu as suas penas divide comigo. Fac me tecum pie flere, crucifixo condolere, donec ego vixero. Juxta Crucem tecum stare, et me tibi sociare in planctu desidero. Virgo virginum præclara, mihi iam non sis amara, fac me tecum plangere. Faz-me contigo piedosamente chorar, sofrer com o crucificado, enquanto eu viver. Junto à cruz quero estar e contigo associar-me ao teu pranto. Virgem excelsa entre as virgens, Fac ut portem Christi mortem, passionis fac consortem, et plagas recolere. comigo não sejas amarga, faz-me contigo chorar. Faz que eu traga a morte de Cristo, Fac me plagis vulnerari, fac me Cruce inebriari, et cruore Filii. Inflammatus et accensus per te, Virgo, sim defensus in die iudicii. que eu participe de sua paixão e que venere suas chagas. Faz me ferido pelas chagas, pela cruz inebriado pelo sangue de teu Filho. Christe, cum sit hinc exire, da per Matrem me venire ad palmam victoriæ. Inflamado e abrasado, por ti, Virgem, seja eu defendido Quando corpus morietur... fac, ut animæ donetur no dia do Juízo. paradisi gloria.] Amen. Ó Cristo, quando eu partir que a tua Mãe me conduza à palma da vitória. Quando meu corpo morrer... possa a alma merecer a glória do Paraíso.] Ámen. Versus: Versículo: V. Ora pro nobis Virgo dolorosissima. R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi. V: Roga por nós, ó Virgem dolorosíssima. Ant. ad Magnificat: Jo 19, 26-27a Ant. do Magnificat: Jo 19, 26-27a Cum vidisset Jesus Matrem stantem juxta crucem, et discipulum quem diligebat, dicit Matri suae: Mulier, ecce filius tuus. Deinde dicit discipulo: Ecce mater tua. Vendo Jesus a sua Mãe [junto da cruz] e junto dela o discípulo que ele amava, disse a sua Mãe: «Mulher, eis aí o teu filho.» Depois disse ao discípulo: «Eis aí a tua Mãe.» Magnificat: Lc 1, 46-55 Magnificat: Lc 1, 46-55 46 Magnificat anima mea Dominum 46 A minha alma glorifica ao Senhor 47 et exultavit spiritus meus in Deo salutari meo 47 e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. 48 Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. 48 quia respexit humilitatem ancillae suae ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes 49 quia fecit mihi magna qui potens est et sanctum nomen eius 50 et misericordia eius in progenies et progenies timentibus eum 51 fecit potentiam in brachio suo dispersit superbos R: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 49 O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. 50 A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. 51 Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. 52 Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os mente cordis sui humildes. 52 deposuit potentes de sede et exaltavit humiles 53 Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. 53 esurientes implevit bonis et divites dimisit inanes 54 suscepit Israhel puerum suum memorari misericordiae 54 Acolheu Israel seu servo, lembrado da sua misericórdia, 55 como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre. 55 sicut locutus est ad patres nostros Abraham et semini eius in saecula Gloria Patri... Conclusio: V. Domine, exaudi orationem meam. R. Et clamor meus ad te vvniat. V. Benedicamus Domino. R. Deo grátias. V. Fidelium animæ per misericordiam Dei requiescant in pace. R. Amen. Conclusão: V. Senhor, escutai a minha oração. R. E chegue até vós o meu clamor V. Bendigamos ao Senhor. R. Graças a Deus. V. Que as almas dos fiéis, pela misericórdia de Deus, descansem em paz. R. Ámen. Ave Regina cælorum Avé, Rainha do céu, Ave, Domina Angelorum: Avé, dos anjos Senhora: Salve, radix, salve, porta Salvé raiz, salvé, porta. Ex qua mundo lux est orta: Da luz do mundo és aurora. Gaude, Virgo gloriosa, Exulta, ó Virgem gloriosa, Super omnes speciosa, mais que todas esplendorosa. Vale, o valde decora, Nós te saudamos ó mais bela. Et pro nobis Christum exora. E pede a Cristo por nós. V. Dignare me laudare te, Virgo sacrata. V. Que eu seja digno de vos louvar, Virgem Santa. R. Da mihi virtutem contra hostes tuos. R. Concedei-me força contra os vossos inimigos. Motetus Moteto Doleo super te, Fili mi Jesu, Sofro por ti, meu Filho Jesús, decore nimis et amabilis super amorem mulierum. Nam sicut mater unicum diligit Filium ita ego te diligebam. o mais belo, e mais amável do que o amor das mulheres. Tal como uma mãe ama o seu único filho, assim te amo Eu. (Paráfrase de 2 Reis 1, 26) Defecit in dolore vita mea at anni mei on gemitibus. A minha vida é passada em dor, e os meus anos em pranto. (Sl. 30, 11)