ANS AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR TÉCNICO ADMINISTRATIVO Simulado Comentado Língua Portuguesa Raciocínio Lógico Noções de Informática Noções de Direito Constitucional Noções de Administração Noções de Direito Administrativo Noções de Direito Contabilidade Geral 07/2015 – Editora Gran Cursos GS1: 789 862 062 0 189 GG EDUCACIONAL EIRELI SIA TRECHO 3 LOTE 990, 3º ANDAR, EDIFÍCIO ITAÚ – BRASÍLIA-DF CEP: 71.200-032 TEL: (61) 3209-9500 [email protected] AUTORES: Bruno Pilastre / Viviane Faria Roberto Vasconcelos Henrique Sodré Ivan Lucas Bruno Eduardo / Flavio de Sousa / Zé Carlos J.W. Granjeiro / Rodrigo Cardoso Marcos Freire PRESIDÊNCIA: Gabriel Granjeiro DIRETORIA EXECUTIVA: Rodrigo Teles Calado CONSELHO EDITORIAL: Bruno Pilastre e João Dino DIRETORIA COMERCIAL: Ana Camila Oliveira SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano DIAGRAMAÇÃO: Oziel Candido da Rosa e Washington Nunes Chaves REVISÃO: Érida Cassiano, Luciana Silva e Sabrina Soares CAPA: Pedro Wgilson TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor. AUTORES BRUNO EDUARDO Bacharel em Administração pela UNB e especialista em Gerência de Projetos pela POSEAD. Administrador regis trado no CFA/CRA-DF. Servidor Público Federal de cargo efetivo no Superior Tribunal Militar, desde 2005, e exerce desde 2011 a função de Supervisor Substituto na Seção de Auditoria. Professor efetivo em empresa de capacitação de servidores públicos federais, estaduais, distritais e munici pais. Professor, desde 2005, em preparatórios de concursos públicos no Distrito Federal. BRUNO PILASTRE Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília. Professor de Redação Discursiva e Interpretação de Textos. Autor dos livros Guia Prático de Língua Portuguesa e Guia de Redação Discursiva para Concursos pela editora Gran Cursos. FLÁVIO DE SOUSA Mestre em Ciência Política, Especialista em Direito Público, Especialista em Economia Brasileira para Negócios (USP), Economista, Jurista e Matemático. Mais de 13 anos de experiências em concursos públi cos, docente universitário, coordenador de Pós-graduação e servidor Público há mais de 15 anos. HENRIQUE SODRÉ Servidor efetivo do Governo do Distrito Federal desde 2005. Atualmente, é Gerente de Tecnologias de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes do Distrito Federal. Atuou como Diretor de Tecnologia da Informação no perí odo de 2012 a 2013. Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e pós-graduando em Gestão Pública. Ministra aulas de informática para concursos desde 2003. Leciona nos principais cursos preparatórios do Distrito Federal. Autor do livro Noções de Informática pela editora Gran Cursos. IVAN LUCAS Pós-graduando em Direito de Estado pela Universidade Católica de Brasília, Ivan Lucas leciona Lei 8.112/90, Direito Administrativo e Direito do Trabalho. Ex-servidor do Superior Tribunal de Justiça, o professor atualmente é analista do Tri bunal Regional do Trabalho da 10ª Região. 4 Possui grande experiência na preparação de candida tos a concursos públicos. É autor, pela Editora Gran Cursos, das obras: Direito do Trabalho para concursos – Teoria e Exercícios; Lei n. 8.112/90 comentada – 850 exercícios com gabarito comen tado; Lei n. 8.666/1993 – Teoria e Exercícios com gabarito comentado; Atos Administrativos – Teoria e Exercícios com gabarito comentado; 1.500 Exercícios de Direito Administra tivo; 1.000 Exercícios de Direito Constitucional; Legislação Administrativa Compilada, dentre outras. J. W. GRANJEIRO Reconhecido por suas obras, cursos e palestras sobre temas relativos à Administração Pública, é professor de Direito Administrativo e Administração Pública. Possui expe riência de mais de 26 anos de regência, sendo mais de 23 anos preparando candidatos para concursos públicos e 17 de Serviço Público Federal, no qual desempenhou atribui ções em cargos técnicos, de assessoramento e direção superior. Ex-professor da ENAP, ISC/TCU, FEDF e FGV/DF. Autor de 21 livros, entre eles: Direito Administrativo Sim plificado, Administração Pública - Ideias para um Governo Empreendedor e Lei nº 8.112/1990 Comentada. Recebeu diversos títulos, medalhas e honrarias. Des tacam-se os seguintes: Colar José Bonifácio de Andrada, patriarca da Independência do Brasil (SP/2005), Professor Nota 10 (Comunidade/2005), Comendador (ABACH/2003), Colar Libertadores da América (ABACH/2003), Gente que Faz (Tribuna 2003), Profissional de Sucesso (Correio Bra ziliense/2003), Medalha do Mérito D. João VI (Iberg/Ibem/ Fenai-Fibra/Aidf/Abi-DF/2006), Cidadão Honorário de Brasí lia (Câmara Legislativa do DF/2007), Empresário do Cora ção 2006, 2007, 2008, 2010, 2011 e 2012, Master in Busi ness Leadership 2006, 2007 e 2009 conferido pela World Confederation of Business. MARCOS FREIRE Pós-doutorado em Contabilidade e Controladoria pela Universidade Monterrey no México. Doutor em Administra ção e Finanças pela USP. Mestre em Administração e Finan ças pela USP. Pós-graduado em finanças pelo IBMEC e em Metodologia e Didática do Ensino Superior. Graduado em Engenharia Financeira pela FGV. Economista, Administrador e Contador. Professor, há mais de 30 anos, em cursos prepa ROBERTO VASCONCELOS Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal de Goiás, pós-graduado em Matemática Financeira e Estatística. Leciona exclusivamente para concursos há 18 anos, minis trando: Matemática, Raciocínio Lógico e Estatística. Autor dos livros Matemática Definitiva para Concursos e Raciocínio Lógico Definitivo para Concursos pela editora GranCursos. É Especialista em Administração Rural pela Univer sidade Federal de Lavras – FAEPE e Mestre em Planeja mento e Gestão Ambiental pela Universidade Católica de Brasília – UCB. Atuou também como coordenador de diversos cursos de Administração em faculdades de Brasília. É professor convidado pela Universidad de Léon – Fun dação Universitária Iberoamericana – como orientador dos Programas de Especialização e Mestrado. É autor dos livros Administração de Materiais e Patrimônio para Concursos, Administração Geral para Concursos, Série Granpockets: Arquivologia, Série Granpockets: Contabilidade, Recursos Humanos para Concursos, 1500 Questões de Administração Geral, Recursos Humanos, Material e Patrimônio e Arquivologia, todos pela Editora Gran Cursos. Desenvolve atividades acadêmicas em faculdades em Brasília. No setor público, atua como Analista de Políticas Governamentais do Governo do Distrito Federal. RODRIGO CARDOSO Servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, o professor Rodrigo Cardoso é graduado em Direito pela Universidade Católica de Brasília e especialista em Direito Administrativo e Direito Constitucional. Professor de Direito Administrativo, Lei 8.112/90 e palestrante, possui grande experiência na preparação de candidatos a concursos públicos. É coautor do livro Direito Administrativo Simplificado com o professor J. W. Granjeiro. VIVIANE FARIA Professora de Língua Portuguesa há 20 anos, em pre paratórios para concursos e vestibulares, escolas públicas e particulares, faculdades e universidades, empresas priva das e órgãos públicos. Formada em Letras pela UnB, com dupla habilitação (Bacharelado e Licenciatura), pós-graduada em Neuroaprendizagem e mestra em Linguística pela UnB. Atualmente, além de professora, é pesquisadora pela UFG em Direitos Humanos e pela UnB em Linguística. Discipli nas que lecionou/leciona: Gramática, Interpretação Textual, Redação Discursiva, Redação Oficial, Latim, Literatura Bra sileira, Crítica Literária, Literatura Infanto-Juvenil, Arte e Lite ratura, Análise do Discurso. Palestrante de técnicas neuro científicas na organização e otimização dos estudos. ZÉ CARLOS José Carlos Guimarães Junior é professor universitário há 21 anos e atua em cursos preparatórios para concursos há 9 anos. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, com habilitação em Empresa Pública e Privada. Foi pesqui sador do Programa de Pré-Iniciação e Iniciação Científica na mesma universidade, onde desenvolveu um projeto inédito no Brasil de Gerenciamento para Pequenas Propriedades Produtoras de Leite no Estado do Rio de Janeiro, além de ser o precursor e coordenador do 1º Laboratório de Informá tica do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universi dade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. 5 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ratórios de diversas cidades do Brasil, como Brasília, Manaus, Cuiabá, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, dentre outras. Profes sor visitante em várias Universidades. Ator das obras: Conhecimentos Bancários pela Editora Gran Cursos, Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada, Análise das Demonstrações Financeiras, Contabilidade de Custos, Manual de Auditoria, Auditoria Governamental, Administração Financeira & Orçamentária, Finanças Públi cas, Administração Pública, Mercado Financeiro, dentre outras. Í N D I CE G E RAL SIMULADO COMENTADO...............................................................................................................................7 LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................................................................23 RACIOCÍNIO LÓGICO.................................................................................................................................135 NOÇÕES DE INFORMÁTICA........................................................................................................................189 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL..................................................................................................287 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO...................................................................................................................431 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO....................................................................................................521 NOÇÕES DE DIREITO CONTABILIDADE GERAL..........................................................................................681 LÍNGUA PORTUGUESA S U M ÁRI O COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS...........................................................................................74 TIPOLOGIA TEXTUAL.....................................................................................................................................75 ORTOGRAFIA OFICIAL...................................................................................................................................24 ACENTUAÇÃO GRÁFICA...............................................................................................................................38 EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS.........................................................................................................52 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE...............................................................................................64 SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO.........................................................................................................59 PONTUAÇÃO.................................................................................................................................................71 CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL........................................................................................................60 REGÊNCIAS NOMINAL E VERBAL..................................................................................................................62 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS.....................................................................................................................68 REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS...........................................................................................115 PARTE 1 – GRAMÁTICA DICA PARA A PROVA! CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA Os certames costumam avaliar esse conteúdo da se guinte forma: ORTOGRAFIA OFICIAL BRUNO PILASTRE Iniciamos nossos trabalhos com o tema Ortografia Oficial. Sabemos que a correção ortográfica é requisito ele mentar de qualquer texto. Muitas vezes, uma simples troca de letras pode alterar não só o sentido da palavra, mas de toda uma frase. Em sede de concurso público, temos de estar atentos para evitar descuidos. Nesta seção, procuraremos sanar principalmente um tipo de erro de grafia: o que decorre do emprego inade quado de determinada letra por desconhecimento da grafia da palavra. Antes, porém, vejamos a distinção entre o plano sonoro da língua (seus sons, fonemas e sílabas) e a representação gráfica (escrita/grafia), a qual inclui sinais gráficos diversos, como letras e diacríticos. É importante não confundir o plano sonoro da língua com sua representação escrita. Você deve observar que a representação gráfica das palavras é realizada pelo sistema ortográfico, o qual apresenta características especí ficas. Essas peculiaridades do sistema ortográfico são res ponsáveis por frequentes divergências entre a forma oral (sonora) e a forma escrita (gráfica) da língua. Vejamos três casos importantes: I – Os dígrafos: são combinações de letras que repre sentam um só fonema. II – Letras diferentes para representar o mesmo fone ma. III –Mesma letra para representar fonemas distintos. Para ilustrar, selecionamos uma lista de palavras para representar cada um dos casos. O quadro a seguir apre senta, na coluna da esquerda, a lista de palavras; na coluna da direita, a explicação do caso. Exemplos Explicação do caso Achar Quilo Carro Santo Temos, nessa lista de palavras, exemplos de dígra fos. Em achar, as duas letras (ch) representam um único som (fricativa pós-alveolar surda). O mesmo vale para a palavra quilo, em que o as duas letras (qu) representam o som (oclusiva velar surda). Exato Rezar Pesar Nessa lista de palavras, encontramos três letras diferentes (x, z e s) para representar o mesmo fonema (som): fricativa alveolar sonora. Xadrez Fixo Hexacanto Exame Próximo Mesma letra para representar fonemas distintos. A letra x pode representar cinco sons distintos: (i) con soante fricativa palatal surda; (ii) grupo consonantal [cs]; (iii) grupo consonantal [gz]; (iv) consoante frica tiva linguodental sonora [z]; e consoante fricativa côncava dental surda. Há, também, letras que não representam nenhum fonema, como nas palavras hoje, humilde, hotel. 2 1. O vocábulo cujo número de letras é igual ao de fone mas está em: a. casa. b. hotel. c. achar. d. senha. e. grande. Resposta: item (a). Palavras-chave! Fonema: unidade mínima das línguas naturais no nível fonê mico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com significados diferentes, como faca e vaca). Sílaba: vogal ou grupo de fonemas que se pronunciam numa só emissão de voz, e que, sós ou reunidos a outros, formam pala vras. Unidade fonética fundamental, acima do som. Toda sílaba é constituída por uma vogal. Escrita: representação da linguagem falada por meio de signos gráficos. Grafia: (i) representação escrita de uma palavra; escrita, trans crição; (ii) cada uma das possíveis maneiras de representar por escrito uma palavra (inclusive as consideradas incorretas); por exemplo, Ivan e Ivã; atrás (grafia correta) e atraz (grafia incor reta); farmácia (grafia atual) e pharmacia (grafia antiga); (iii) transcrição fonética da fala, por meio de um alfabeto fonético ('sistema convencional'). Letra: cada um dos sinais gráficos que representam, na transcri ção de uma língua, um fonema ou grupo de fonemas. Diacrítico: sinal gráfico que se acrescenta a uma letra para conferir-lhe novo valor fonético e/ou fonológico. Na ortografia do português, são diacríticos os acentos gráficos, a cedilha, o trema e o til. EMPREGO DAS LETRAS EMPREGO DE VOGAIS As vogais na língua portuguesa admitem certa varie dade de pronúncia, dependendo de sua intensidade (isto é, se são tônicas ou átonas), de sua posição na sílaba etc. Por haver essa variação na pronúncia, nem sempre a memó ria, baseada na oralidade, retém a forma correta da grafia, a qual pode ser divergente do som. Como podemos solucionar esses equívocos? Temos de decorar todas as palavras (e sua grafia)? Não. A leitura e a prática da escrita são atividades fundamentais para evitar erros. Para referência, apresentamos a lista a seguir, a qual não é exaustiva. Em verdade, a lista procura incluir as difi culdades mais correntes em língua portuguesa. Palavras com E, e não I. acarear acreano (ou acriano) aéreo anteantecipar antevéspera aqueduto área beneficência beneficente betume boreal cardeal carestia cedilha cercear cereal continue de antemão deferir (conceder) delação (denúncia) demitir derivar descortinar descrição despender despensa (onde se guardam comestíveis) despesa elucidar embutir emergir (para fora) emigrar (sair do país) eminência (altura, exce lência) empecilho empreender encômio (elogio) endireitar entonação entremear entronizar enumerar estrear falsear granjear hastear homogêneo ideologia indeferir (negar) legítimo lenimento (que suaviza) menoridade meteorito meteoro(logia) nomear oceano palavreado parêntese (ou parênte sis) passeata preferir prevenir quase rarear receoso reentrância sanear se senão sequer seringueiro testemunha vídeo Palavras com I, e não E. aborígine acrimônia adiante ansiar antiarquiartifício atribui(s) cai calcário cárie (cariar) chefiar cordial desigual diante diferir (divergir) dilação (adiamento) dilapidar dilatar (alargar) discrição (reserva) discricionário discriminar (discernir, separar) dispêndio dispensa (licença) distinguir distorção dói feminino frontispício imbuir imergir (mergulhar) imigrar (entrar em país estrangeiro) iminente (próximo) imiscuir-se inclinar incorporar (encorpar) incrustar (encrostar) indigitar infestar influi(s) inigualável iniludível inquirir (interrogar) intitular irrupção júri linimento (medicamento untuoso) meritíssimo miscigenação parcimônia possui(s) premiar presenciar privilégio remediar requisito sentenciar silvícola substitui(s) verossímil O ou U? Palavras com O, e não U. abolir agrícola bobina boletim bússola cobiça(r) comprido (extenso, longo) comprimento (extensão) concorrência costume encobrir explodir marajoara mochila ocorrência pitoresco proeza Romênia romeno silvícola sortido (variado) sotaque tribo veio vinícola Palavras com U, e não O. acudir bônus cinquenta cumprido (realizado) cumprimento (saudação) cúpula Curitiba elucubração embutir entabular légua lucubração ônus régua súmula surtir (resultar) tábua tonitruante trégua usufruto vírgula vírus ENCONTROS VOCÁLICOS EI ou E? Palavras com EI, e não E. aleijado alqueire ameixa cabeleireiro ceifar colheita desleixo madeireira 3 LÍNGUA PORTUGUESA E ou I? peixe queijo queixa(r-se) reiterar reivindicar seixo treinar treino BRUNO PILASTRE Palavras com E, e não EI. adrede alameda aldeamento (mas aldeia) alhear (mas alheio) almejar azulejo bandeja calejar caranguejo carqueja cereja cortejo despejar, despejo drenar embreagem embrear enfear ensejar, ensejo entrecho estrear, estreante frear, freada igreja lampejo lugarejo malfazejo manejar, manejo morcego percevejo recear, receoso refrear remanejo sertanejo tempero varejo OU ou O? Palavras com O, e não OU. alcova ampola anchova (ou enchova) arroba arrochar, arrocho arrojar, arrojo barroco cebola desaforo dose empola engodo estojo malograr, malogro mofar, mofo oco posar rebocar 4 Vogal: som da fala em cuja articulação a parte oral do canal de respiração não fica bloqueada nem constrita o bastante para causar uma fricção audível. Diz-se de ou cada uma das letras que representam os fonemas vocá licos de uma língua. Em português são cinco: a, e, i, o, u, além do y, acrescentado pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990. Semivogal: som da fala ou fonema que apresenta um grau de abertura do canal bucal menor do que o das vogais e maior do que o das consoantes, e que ocorre no início ou fim da sílaba, nunca no meio (as mais comuns são as semivogais altas fechadas i e u, em pai, quadro, pau); semiconsoante, vogal assilábica. Ditongo: emissão de dois fonemas vocálicos (vogal e semivogal ou vice-versa) numa mesma sílaba, carac terizada pela vogal, que nela representa o pico de sono ridade, enquanto a semivogal é enfraquecida. Além do ditongo intraverbal – no interior da palavra, como pai, muito –, ocorre em português também o ditongo inter verbal, entre duas palavras (por exemplo, na sequência Ana e Maria), que exerce papel importante na versifica ção portuguesa. Tritongo: grupo de três vogais em uma única sílaba. Hiato: grupo de duas vogais contíguas que perten cem a sílabas diferentes (por exemplo: aí, frio, saúde). EMPREGO DE CONSOANTES Palavras com OU, e não O. agourar arroubo cenoura dourar estourar frouxo lavoura Palavras-chave! pouco pousar roubar tesoura tesouro De modo semelhante ao emprego das vogais, há algu mas consoantes – especialmente as que formam dígrafos, ou a muda (h), ou, ainda, as diferentes consoantes que representam um mesmo som – constituem dificuldade adi cional à correta grafia. A lista a seguir é consultiva. Emprego do H: com o H ou sem o H? Haiti herbáceo (mas erva) halo herdar hangar herege harmonia hermenêutica haurir hermético Havaí herói Havana hesitar haxixe hiato hebdomadário híbrido hebreu hidráulica hectare hidravião (hidroavião) hediondo hidro- (prefixo = água) hedonismo hidrogênio Hégira hierarquia Helesponto hieróglifo (ou hieroglifo) hélice hífen hemi- (prefixo = meio) higiene hemisfério Himalaia hemorragia hindu herança homogêneo homologar homônimo honesto honorários honra horário horda horizonte horror horta hóspede hospital hostil humano humilde humor Hungria O fonema /ž/: G ou J? Palavras com G, e não J. adágio agenda agiota algema algibeira apogeu argila auge Bagé (mas bajeense) Cartagena digerir digestão efígie égide Egito egrégio estrangeiro evangelho exegese falange ferrugem fuligem garagem geada gelosia gêmeo gengiva gesso gesto Gibraltar gíria giz herege impingir ligeiro miragem monge ogiva rigidez sugerir tangente viageiro viagem vigência Palavras com J, e não G. ajeitar eles viajem (forma verbal) encoraje (forma verbal) enjeitar enrijecer gorjeta granjear injeção interjeição jeca jeito jenipapo jerimum jesuíta lisonjear lojista majestade majestoso objeção ojeriza projeção projetil (ou projétil) rejeição rejeitar rijeza sujeito ultraje O fonema /s/: C, Ç ou S ou SS ou X ou XC? Palavras com C, Ç, e não S, SS, ou SC. à beça absorção abstenção açaí açambarcar acender (iluminar) acento (tom de voz, símbolo gráfico) acepção acerbo acerto (ajuste) acervo acessório aço (ferro temperado) açodar (apressar) açúcar açude adoção afiançar agradecer alçar alicerçar alicerce almaço almoço alvorecer amadurecer amanhecer ameaçar aparecer apreçar (marcar preço) apreço aquecer arrefecer arruaça asserção assunção babaçu baço balança Barbacena Barcelona berço caça cacique caçoar caiçara calça calhamaço cansaço carecer carroçaria (ou carroceria) castiço cebola cê-cedilha cédula ceia ceifar célere celeuma célula cem (cento) cemitério cenário censo (recenseamento) censura centavo cêntimo centro cera cerâmica cerca cercear cereal cérebro cerne cerração (nevoeiro) cerrar (fechar, acabar) cerro (morro) certame certeiro certeza, certidão certo cessação (ato de cessar) cessão (ato de ceder) cessar (parar) cesta ceticismo cético chacina chance chanceler cicatriz ciclo ciclone cifra cifrão cigarro cilada cimento cimo cingalês (do Ceilão) Cingapura (tradicional: Singapura) cínico cinquenta cinza cioso ciranda circuito circunflexo círio (vela) 5 LÍNGUA PORTUGUESA hino hiper- (prefixo = sobre) hipo- (prefixo = sob) hipocrisia hipoteca hipotenusa hipótese hispanismo histeria hodierno hoje holandês holofote homenagear homeopatia homicida homilia (ou homília) homogeneidade BRUNO PILASTRE cirurgia cisão cisterna citação cizânia coação cobiçar cociente (ou quociente) coerção coercitivo coleção compunção concelho (município) concertar (ajustar, har monizar) concerto (musical, acordo) concessão concílio (assembleia) conjunção consecução Criciúma decepção decerto descrição (ato de des crever) desfaçatez discrição (reserva) disfarçar distinção distorção docente empobrecer encenação endereço enrijecer erupção escaramuça escocês Escócia esquecer estilhaço exceção excepcional exibição expeço extinção falecer fortalecer Iguaçu impeço incerto (não certo) incipiente (iniciante) inserção intercessão isenção laço liça (luta) licença lucidez lúcido 6 maçada (importunação) maçante maçar (importunar) macerar maciço macio maço (de cartas) maçom (ou mação) manutenção menção mencionar muçulmano noviço obcecação (mas obsessão) obcecar opção orçamento orçar paço (palácio) panaceia parecer peça penicilina pinçar poça, poço presunção prevenção quiçá recender recensão rechaçar rechaço remição (resgate) resplandecer roça ruço (grisalho) sanção (ato de sancionar) soçobrar súcia sucinto Suíça, suíço taça tapeçaria tecelagem tecelão tecer tecido tenção (intenção) terça terço terraço vacilar viço vizinhança Palavras com S, e não C, SC, ou X. adensar adversário amanuense ânsia, ansiar apreensão ascensão (subida) autópsia aversão avulso balsa bolso bom-senso canhestro cansaço censo (recenseamento) compreensão compulsão condensar consecução conselheiro (que aconselha) conselho (aviso, parecer) consenso consentâneo consertar (remendar) contrassenso contraversão controvérsia conversão convulsão Córsega defensivo defensor descansar descensão, descenso (descida) desconsertar (desarranjar) despensa (copa, armário) despretensão dimensão dispensa(r) dispersão dissensão distensão diversão diverso emersão espoliar estender (mas extensão) estorno estorricar excursão expansão expensas extensão (mas estender) extorsão extrínseco falsário falso, falsidade farsa imersão impulsionar incompreensível incursão insinuar insípido insipiente (ignorante) insolação intensão (tensão) intensivo intrínseco inversão justapor mansão misto, mistura obsessão (mas obce cação) obsidiar obsoleto pensão percurso persa Pérsia persiana perversão precursor pretensão propensão propulsão pulsar recensão recensear, recenseamento remorso repreensão repulsa reverso salsicha Sansão seara sebe sebo seção (ou secção) seda segar (ceifar, cortar) sela (assento) semear semente senado senha sênior sensato senso série seringa sério IT – interpretação FN – fonologia MF – morfologia STX – sintaxe SE – semântica e estilística 5. SE – A substituição dos travessões das linhas 10 e 11 por vírgulas ou por parênteses preservaria a correção gramatical do período. 6. IT – Em “usá-lo” (l. 14), o pronome “lo” é elemento co esivo que se refere ao antecedente “serviço” (l. 13). 7. STX – O segmento “que já haviam contratado o servi ço” (l. 13-14) tem natureza restritiva. 8. STX – Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “é realizada” (l. 3) por realiza-se. 9. SE – O sinal de dois-pontos logo depois de “critérios” (l. 4) está empregado para anunciar uma enumeração explicativa. 1 AANS vai mudar a metodologia de análise de proces sos de consumidores contra as operadoras de planos de saúde com o objetivo de acelerar os trâmites das ações. Uma das novas medidas adotadas será a apreciação coletiva de processos abertos a partir de quei xas dos usuários. Os processos serão julgados de forma conjunta, reunindo várias queixas, organizadas e agrupadas por temas e por operadora. Segundo a ANS, atualmente, 8.791 processos de reclamações de consumidores sobre o atendi mento dos planos de saúde estão em tramitação na agência. Entre os principais motivos que levaram às queixas estão a negativa de cobertura, os reajus tes de mensalidades e a mudança de operadora. No Brasil, cerca de 48,6 milhões de pessoas têm planos de saúde com cobertura de assistência médica e 18,4 milhões têm planos exclusivamente odontológicos. CESPE CESPE/ 2013/ ANS/ SUPERIOR 1 5 10 A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou o último relatório de monitoramento das ope radoras, que, pela primeira vez, inclui os novos crité rios para suspensão temporária da comercialização de planos de saúde. Além do descumprimento dos prazos de atendimento para consultas, exames e cirurgias, previstos na RN 259, passaram a ser con siderados todos os itens relacionados à negativa de cobertura, como o rol de procedimentos, o período de carência, a rede de atendimento, o reembolso e o mecanismo de autorização para os procedimentos. Internet: <www.ans.gov.br> (com adaptações). 5 Em relação às informações e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens que se seguem. 1. 2. 3. IT – Depreende-se das informações do texto que, an tes do último relatório, a ANS, no monitoramento das operadoras, já adotava como um dos critérios para a suspensão provisória de comercialização de planos de saúde o descumprimento dos prazos de atendimento para consultas, exames e cirurgias. STX – Na linha 8, o sinal indicativo de crase em “à nega tiva” é empregado porque a regência de “relacionados” exige complemento regido pela preposição a e o termo “negativa” vem antecedido de artigo definido feminino. SE – As vírgulas empregadas logo após “procedimen tos” (l. 9) e “carência” (l. 10) isolam elementos de mes ma função sintática componentes de uma enumeração de termos. 4. FN – Os acentos gráficos empregados em “Agência” e em “Saúde” têm a mesma justificativa. 1 A avaliação das operadoras de planos de saúde em relação às garantias de atendimento, previs tas na RN 259, é realizada de acordo com dois cri térios: comparativo, cotejando-as entre si, dentro do mesmo segmento e porte; e avaliatório, consi derando evolutivamente seus próprios resultados. Os planos de saúde recebem notas de zero a quatro: zero significa que o serviço atendeu às nor mas, e quatro é a pior avaliação possível do serviço. Os planos com pior avaliação — durante dois períodos consecutivos — estão sujeitos à suspen são temporária da comercialização. Quando isso ocorre, os clientes que já haviam contratado o ser viço continuam no direito de usá-lo, mas a operadora não pode aceitar novos beneficiários nesses planos. 5 10 15 Internet: <www.ans.gov.br>. 10 15 Valor Econômico, 22/3/2013. No que se refere às informações e às estruturas lin guísticas do texto acima, julgue os itens subsequentes. 10. STX – Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir “acelerar” (l. 3) por acelerarem. 11. STX – Os vocábulos “organizadas” e “agrupadas”, ambos na linha 7, estão no feminino plural porque con cordam com “queixas” (l. 5). 12. SE – Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “cerca de” (l. 15) por acerca de. 13. IT – Trata-se de texto de natureza subjetiva, em que a opinião do autor está evidente por meio de adjetivos e considerações de caráter pessoal. 14. IT – De acordo com o texto, no momento em que fo ram publicadas, as novas medidas já estavam sendo aplicadas nos processos de consumidores contra as operadoras de planos de saúde. 15. IT – Segundo as informações do texto, os processos dos consumidores contra as operadoras de planos de saúde serão julgados individualmente. 7 LÍNGUA PORTUGUESA Julgue os itens a seguir, relativos às estruturas linguís ticas e informações do texto a seguir. LEGENDA: SEPARAÇÃO DOS CONTEÚDOS (PARA BANCA CESPE) GABARITO C C C E C C C E C C C E E E E BRUNO PILASTRE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 5. STX – Tendo a oração “que se supera a si mesma a cada dia” (l. 3-4) caráter explicativo, o vocábulo “que” poderia ser corretamente substituído por pois ou por que, sem prejuízo do sentido original do período. 6. IT – A visão do autor do texto a respeito das “bombas n” (l. 18) e positiva, o que e confirmado pelo uso da palavra “lisura” (l. 18) para se referir a esse tipo de bomba, em oposição ao emprego de palavras como “indisciplinadas” (l. 16) e “mal-educadas” (l. 16) em re ferência às bombas que liberam “estrôncio 90” (l. 12), estas sim consideradas desastrosas por atingirem in distintamente países considerados amigos e inimigos. 7. FN – O emprego do acento nas palavras “ciência” e “transitório” justifica-se com base na mesma regra de acentuação. 1 Todos nós, homens e mulheres, adultos e jovens, passamos boa parte da vida tendo de optar entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. Na realidade, entre o que consideramos bem e o que consideramos mal. Apesar da longa permanência da questão, o que se considera certo e o que se considera errado muda ao longo da história e ao redor do globo terrestre. Ainda hoje, em certos lugares, a previsão da pena de morte autoriza o Estado a matar em nome da justiça. Em outras sociedades, o direito a vida é inviolável e nem o Estado nem ninguém tem o direito de tirar a vida alheia. Tempos atrás era tido como legí timo espancarem-se mulheres e crianças, escraviza rem-se povos. Hoje em dia, embora ainda se saiba de casos de espancamento de mulheres e crianças, de trabalho escravo, esses comportamentos são publica mente condenados na maior parte do mundo. Mas a opção entre o certo e o errado não se colo ca apenas na esfera de temas polêmicos que atraem os holofotes da mídia. Muitas e muitas vezes e na solidão da consciência de cada um de nós, homens e mulheres, pequenos e grandes, que certo e errado se enfrentam. E a ética é o domínio desse enfrentamento. CESPE/ 2013/ DPRF/ SUPERIOR 1 5 10 15 20 Leio que a ciência deu agora mais um passo defi nitivo. E claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por deficiência da ciência (e ciência demais), que se supera a si mesma a cada dia... Não indaguemos para que, já que a própria ciência não o faz — o que, aliás, é a mais moderna forma de objetividade de que dispomos. Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas afirmam que podem realmente construir agora a bomba limpa. Sabemos todos que as bombas atômicas fabrica das até hoje são sujas (aliás, imundas) porque, depois que explodem, deixam vagando pela atmosfera o já famoso e temido estrôncio 90. Ora, isso é desagradável: pode mesmo acontecer que o próprio país que lançou a bomba venha a sofrer, a longo prazo, as consequências mortíferas da proeza. O que é, sem dúvida, uma sujeira. Pois bem, essas bombas indisciplinadas, mal -educadas, serão em breve substituídas pelas bombas n, que cumprirão sua missão com lisura: destruirão o inimigo, sem riscos para o atacante. Trata-se, portanto, de uma fabulosa conquista, não? Ferreira Gullar. Maravilha. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989, p. 109. 5 10 15 20 Marisa Lajolo. Entre o bem e o mal. In: Histórias sobre a ética. 5.ª ed. São Paulo: Ática, 2008 (com adaptações). No que se refere aos sentidos e as estruturas linguísti cas do texto acima, julgue os itens a seguir. 1. SE – A forma verbal “podem” (l. 8) está empregada no sentido de têm autorização. 2. STX – A oração introduzida por “porque” (l. 10) expres sa a razão de as bombas serem sujas. 3. STX – Mantendo-se a correção gramatical e a coerên cia do texto, a conjunção “e”, em “e não por deficiência da ciência” (l. 2-3), poderia ser substituída por mas. 4. IT – O objetivo do texto, de caráter predominantemen te dissertativo, é informar o leitor a respeito do surgi mento da “bomba limpa” (l. 8). 8 A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens que se seguem. 8. IT – No texto, a expressão “pequenos e grandes” (l. 22) não se refere a tamanho, podendo ser interpretada como equivalente a expressão “adultos e jovens” (l. 1), ou seja, em referência a faixas etárias. 9. STX – O trecho “Tempos atrás era tido como legítimo espancarem-se mulheres e crianças, escravizarem-se povos” (l. 12-14) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: Há tempos, considerava-se legítimo que se espancassem mulheres e crianças, que se es cravizassem povos. 11. STX – Dado o fato de que nem equivale a e não, a supressão da conjunção “e” empregada logo após “in violável”, na linha 11, manteria a correção gramatical do texto. 12. STX – Devido à presença do advérbio “apenas” (l. 19), o pronome “se” (l. 18) poderia ser deslocado para ime diatamente após a forma verbal “coloca” (l. 18), da se guinte forma: coloca-se. 13. STX – Sem prejuízo para o sentido original do texto, o trecho “esses comportamentos são publicamente con denados na maior parte do mundo” (l. 16-17) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: publica mente, esses comportamentos consideram-se conde nados em quase todo o mundo. 15 20 a fronteira entre o privado e o público se eclipsou e, embora existam leis que na aparência protegem a pri vacidade, poucas pessoas apelam para os tribunais a fim de reclamá-la, porque sabem que as possibilidades de que os juízes lhes deem razão são escassas. Desse modo, embora por inércia continuemos utilizando a palavra escândalo, a realidade a esvaziou do seu con teúdo tradicional e da censura moral que implicava e passou a ser sinônimo de entretenimento legítimo. Mário Vargas Llosa. Aposentem os espiões. Internet: <www.observatoriodaimprensa.com.br> (com adaptações). Acerca da organização das ideias e da estruturação linguística do texto acima, julgue os itens seguintes. 1. 14. STX – No trecho “o que consideramos bem” (l. 4), o vocábulo “que” classifica-se como pronome e exerce a função de complemento da forma verbal “conside ramos”. STX – Na linha 1, o emprego do sinal indicativo de cra se em “à privacidade” deve-se à presença do substan tivo “direito”, cujo complemento deve ser introduzido pela preposição a e, como o núcleo desse complemen to é um substantivo feminino determinado pelo artigo feminino a, este deve receber o acento grave. 2. STX – O pronome “a” em “a esvaziou” (l. 18) retoma a expressão “a palavra escândalo” (l. 18) e exerce a função sintática de objeto. 15. IT – Infere-se do período “Mas a opção (...) da mídia” (l. 18-20) que nem todos “os temas polêmicos” rece bem a atenção dos meios de comunicação. 3. IT – Das ideias apresentadas no texto, depreende-se que, nas sociedades atuais, é tácito o rompimento da fronteira da privacidade, não mais havendo, portanto, o direito à impetração de ações na justiça sob a alega ção de invasão de privacidade. 4. IT – O texto está dividido em três partes — apresenta ção de tese, apresentação de argumentos e conclusão —, demarcadas, respectivamente, assim: “O direito à privacidade já desapareceu faz tempo no mundo em que vivemos” (l. 1-2), “Esse direito (...) são escassas” (l. 2-16) e “Desse modo (...) entretenimento legítimo” (l. 16-20). 5. STX – As relações semânticas textuais seriam manti das caso, na linha 1, o vocábulo “já” fosse deslocado para imediatamente antes da expressão “faz tempo”. 6. IT – A substituição de “continuemos” (l. 17) por continu amos não prejudicaria a coesão e a correção textual. 1 Uma pesquisa realizada em maio de 2001 pelo IBOPE nas nove principais regiões metropolitanas brasileiras indicou que apenas 20% da população estava conectada à rede mundial de computadores. Dos conectados, somente 87% navegavam por banda larga, conexão de alta velocidade. Apenas dois países, Estados Unidos da América (EUA) e Canadá, concen travam quase a metade do acesso mundial à Internet, precisamente 41%. A sociedade rica usa com intensi dade as redes informacionais para se comunicar, arma zenar e processar informações, enquanto os países pobres e em desenvolvimento têm suas populações distantes dos benefícios das redes informacionais. GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. E C C E E E C C C C E E E C C CESPE/ 2013/ MC/ SUPERIOR 1 5 10 O direito à privacidade já desapareceu faz tempo no mundo em que vivemos. Esse direito foi desmante lado, antes mesmo que pelos espiões, pela imprensa marrom e pelas revistas cor-de-rosa, pela ferocidade dos debatedores políticos — que, em sua ânsia de ani quilar o adversário, não hesitam em expor à luz suas intimidades mais secretas — e por um público ávido por invadir o âmbito do privado a fim de saciar sua curio sidade com segredos de alcova, escândalos de famí-lia, relações perigosas, intrigas, vícios, tudo aquilo que antigamente parecia vedado à exposição pública. Hoje, 5 10 9 LÍNGUA PORTUGUESA 10. IT – Infere-se do texto que algumas práticas sociais são absolutamente erradas, ainda que o conceito de certo e errado seja variável do ponto de vista social e histórico. 15 BRUNO PILASTRE 20 25 O cientista político canadense Arthur Kroker já havia alertado, em 1994, sobre a constituição de uma nova classe dirigente composta de administradores, formuladores e executores da telemática, uma ver dadeira classe virtual. Essa nova elite comandaria uma sociedade partida entre inforricos e infopobres. Sua hipótese se chocava com as inúmeras promessas de que o mundo teria encontrado uma tecnologia intrin secamente incorporadora e democratizante. Hoje, percebe-se que a tecnologia da informação não está tornando a sociedade mais equânime; ao contrário, seu rápido espraiamento pelo planeta está cau sando mais desigualdade e dificuldade de superá-la. BRASIL. Portal Software Livre no Governo do Brasil. Inclusão digital, software livre e globalização contra-hegemônica. Internet: <www.softwarelivre.gov.br> (com adaptações). Julgue os itens a seguir, relativos às estruturas linguís ticas e à organização das ideias do texto acima. 7. IT – De acordo com o texto, a maioria da população brasileira tinha acesso à Internet em 2001. 8. FN – Os vocábulos “Político”, “hipótese” e “rápido” se guem a mesma regra de acentuação gráfica. 9. MF – No trecho “uma sociedade partida entre inforri cos e infopobres” (l. 19), o prefixo “info-”, em ambas as ocorrências, poderia ser substituído por tecno- sem que houvesse alteração semântica ou sintática do texto. 10. MF – No texto, o uso do futuro do subjuntivo em “comandaria” (l. 18) indica uma situação factual. 11. STX – A forma verbal “navegavam” (l. 5) poderia ser usada no singular — navegava — sem prejuízo para a correção gramatical do texto. 1 5 10 15 20 Enquanto o Brasil se apressa para tentar aprovar uma legislação que regule o uso da Internet após denún cias de interceptação de dados no país pelo governo dos EUA, especialistas divergem sobre a capacidade da Constituição e do Código de Defesa do Consumi dor nacionais de proteger a privacidade dos usuários de redes sociais e de serviços de email e busca. Para um grupo de especialistas e professores de direito, não há dúvidas de que é crime, pelas leis brasileiras, a even tual entrega de informações de cidadãos a um governo estrangeiro sem autorização legal local. Segundo eles, nem mesmo a anuência com os termos de adesão de redes como Facebook e Twitter ou de serviços como o Gmail, do Google, que pressupõem armazenagem e processamento de informação nos EUA, tornaria legal a transmissão de dados ao governo norte-americano. Sobre a suposta espionagem norte-americana, Ronaldo Lemos, colunista da Folha e fundador do Cen tro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, afirma que “a questão ultra passa o campo jurídico e vai para o de política inter 10 25 nacional” e mostra as complexidades para os Estados nacionais legislarem sobre a rede. No Brasil, o tema envolve não só leis, mas também a infraestrutura de comunicações, como centros armazenadores de dados e condições de gerenciar o tráfego de informações. Flávia Marreiro e Isabel Fleck. Falta de legislação brasileira para a Web gera dúvida. Internet: <http://www1.folha.uol.com.br> (com adaptações). Julgue os próximos itens com relação à estrutura lin guística e à organização das ideias do texto acima. 12. SE – No segundo parágrafo, o emprego das aspas marca a mudança de discurso do autor do texto. 13. STX – As formas verbais “afirma” (l. 20) e “mostra” (l. 22) são núcleos de predicados de orações que man têm relação de justaposição e contam com o mesmo sujeito: “Ronaldo Lemos” (l. 18). 14. STX – Na linha 1, o pronome “se” é elemento integran te da forma verbal pronominal “apressa” e indica reci procidade. 15. STX – SE – Na linha 9, mantêm-se as relações sin táticas e semânticas do texto ao se deslocar o termo “pelas leis brasileiras” para depois de “que” e antes de “é crime”, com as devidas adaptações de pontuação. GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. C C E C E E E C E E E E E E C RACIOCÍNIO LÓGICO S U M ÁRI O ESTRUTURAS LÓGICAS. LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES. LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSICIONAL). PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. TABELAS-VERDADE. EQUIVALÊNCIAS. LEIS DE DE MORGAN. DIAGRAMAS LÓGICOS. LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM..................................................................................................................................151 PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E PROBABILIDADE..................................................................................136/145 OPERAÇÕES COM CONJUNTOS.................................................................................................................163 RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS, GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS.........174 b) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “W” na figura abaixo? ANÁLISE COMBINATÓRIA Os problemas de análise combinatória são problemas de contagem. Eles estão divididos em 2 grupos: Y X W Z a) Arranjo: quando a ordem dos elementos dentro do agrupamento é importante. Exemplo: em uma placa de um automóvel, a ordem dos caracteres é importante. ≠ J K D 3728 J D K 2837 b) Combinação: quando a ordem dos elementos dentro do agrupamento não é importante. Exemplo: se quisermos contar o número de diagonais que podem ser construídas no interior de um círculo a partir de 9 pontos marcados sobre a circunferência, a diagonal AF é igual a diagonal FA. A ROBERTO VASCONCELOS H C AF G = FA D F 2. Princípio Aditivo Enquanto o princípio multiplicativo está associado ao emprego do conectivo “e”, o princípio aditivo está associado ao uso do conectivo “ou” para ligar eventos. T A ou B = n + m Exemplos: B I Txw = ? XW = XY e YZ e ZW Txw = 3 . 5 . 4 Txw = 60 a) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “W” na figura abaixo? Y E PRINCÍPIOS DE CONTAGEM X 1. Princípio Multiplicativo W Se um evento A pode ocorrer de “n” modos e outro evento B pode ocorrer de “m” modos, então os dois, um seguido do outro, podem ocorrer de “n.m” modos distintos. Z TA e B = n.m Exemplos: a) Quantos caminhos existem para ir de “X” até “Z” na figura abaixo? X Y Txz = ? XZ = XY e YZ Txz = 4 . 5 Txz = 20 caminhos diferentes 2 Z XW = (XY e YW) ou (XZ e ZW) Txw = 2 . 5 + 4 . 3 Txw = 10+12 Txw = 22 b) Uma moça tem em seu guarda-roupa 4 saias, 6 calças e 8 blusas. Usando 2 peças adequadamente, de quantos modos distintos ela pode se aprontar, considerando que ela não possa usar calça e saia simultaneamente? Vestir = Saia e Blusa ou Calça e Blusa Tv = (4 . 8) + (6 . 8) Tv = 32 + 48 Tv = 80 FATORIAL NÚMERO BINOMIAL Dado um número natural “n” (n ≥ 2), o seu fatorial é dado por: n! = n . (n-1) . (n-2) ........ . 1 a) 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 Exemplos: 5! = 120 10 8 b) 4! = 4 . 3 . 2 . 1 4! = 24 12 c) 3! = 3 . 2 . 1 3! = 6 12! 8 8! 8! = = c) = 8!(8 8)! 8!0! 8 2! = 2 12 ⋅ 11⋅ 10! = 66 2.1.10! 8! =1 8! 1 8 8! 8! 8× 7! = = =8 d) = 7!(8 7)! 7!1! 7 7! 1 Obs.: 1ª) O fatorial de um número é igual ao produto do número pelo fatorial do seu antecessor. n! = n . ( n – 1)! Exemplos: Obs.: das letras “c” e “d” concluímos que: n 1 e = n n n = n 1 ARRANJO SIMPLES OU COM REPETIÇÃO a) 10! = 10 . 9! b) 32! = 32 . 31! Obs.: c) 50! = 50 . 49! Uma consequência importante: “Observe que no desenvolvimento de um fatorial pode mos interromper em qualquer ponto, indicando o fatorial onde paramos”. 12! = 12 . 11! ou 12! = 12 . 11 . 10! ou 12! = 12 . 11 . 10 . 9! 12! = 12 . 11 . 10 . 9 . 8! Uma aplicação prática dessa consequência é a reso lução de algumas expressões que envolvem fatorial como por exemplo: Resolver a expressão: 20 2! ⋅ 18! 20! 20 ⋅ 19 ⋅ 18 ! = = 190 2! ⋅ 18! 2 ⋅ 1⋅ 18! 2ª) 1! = 1 12! = = b) = 2 2!(12 − 2)! 2!10! d) 2! = 2 . 1 10! 10! 10×9× 8! = = = 45 8!(10 8)! 8!2! 8! 2×1 a) = RACIOCÍNIO LÓGICO n n! = k k! ( n − k )! Onde “n” é o numerador e “k” é o denominador do número binomial. Exemplos: Dados dois números naturais “n” e “k” (n ≥ k) temos que: e 0! = 1 os problemas de arranjo simples ou com repetição de elementos podem ser resolvidos, simplesmente, aplicando-se o princípio multiplicativo e/ou o princí pio aditivo. Exercícios Resolvidos R.1. Quantos números de 3 algarismos distintos pode mos obter a partir dos números 1; 2; 3; 4; 5? Solução: U = {1;2;3;4;5} 241 ≠ 124 C 5 e ∴ é arranjo. D 4 e U 3 T = 5 . 4 .3 = 60 3 R.2. Quantos números de 3 algarismos podem ser for mados a partir dos números 1; 2; 3; 4 e 5? Considere um conjunto U com “n” elementos, os quais servirão de base para formarmos agrupamentos com “k” ele mentos cada. Solução: U = {1; 2; 3; 4 e 5} C e O total de agrupamentos de natureza ou combinação simples que podemos obter é dado por: D U e 5 5 COMBINAÇÃO SIMPLES n Cn;k = k 5 T = 5 . 5 . 5 = 125 n k Onde é o número binomial. R.3. Quantos números pares de 3 algarismos distintos podemos formar a partir dos números: 1; 2; 3; 4 e 5? Exemplos: Solução: 8 8! U = {1; 2; 3; 4 e 5} 12 C e D e 12×11×10× 9! = 220 ROBERTO VASCONCELOS Exercícios Resolvidos 2 T = 4 . 3 . 2 = 24 R.5. De quantas maneiras podemos formar uma comis são composta por 5 pessoas escolhidas a partir de um grupo onde estão presentes 7 pessoas? Outra maneira: 2 ee 12! b) C12;3 = 3 = 3!9! = 3× 2×1× 9! 2;4 3 4 8×7× 6× 5! a) C8;5 = 5 = 5!3! = 5! 3× 2×1 = 56 4 ou Solução: U = {P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7} 3 4 1 4 3 1 P1 P2 P3 P4 P5 T=4.3.1+ 4.3.1 T = 12 + 12 = 24 R.4. Quantos números divisíveis por 5, formados por 3 algarismos distintos, podemos obter no sistema de numera ção decimal? U = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8 e 9} Como não pode se iniciar o número com “0”, deve-se fazer pelo princípio da adição. = P5 P4 P3 P2 P1 ∴ é combinação 7 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5! C = = = = 21 7;5 5 5!2! 5! ⋅ 2 ⋅1 R.6. Em uma sala de professores há 5 professores de matemática e 4 de português. De quantas maneiras pode mos formar uma comissão constituída de 4 professores, sendo 2 de cada matéria? Solução: 0 ee 8 9 T=9.8+8.8 T = 136 4 1 ou 5 8 8 1 U1 = {M1, M2, M3, M4, M5} e U2 = {P1, P2, P3, P4} M M C 5;2 e P P C 4;2 Solução: 5 4 = T ⋅ 2 2 5! 4! T = ⋅ 2!3! 2! 2! T = 10 ⋅ 6 T = 60 A F B E C D R.7. Quantas diagonais podemos traçar no interior de um círculo, ligando dois pontos quaisquer entre os 10 que estão sobre a sua circunferência? Resolução: A C G AF = FA ∴ é combinação Obs.: D F = T E 10! 10×9× 8! = 2!8! 2×1× 8! T = 45 R.8. Quantas diagonais podemos traçar, no interior de um decágono regular, ligando dois pontos quaisquer de seus vértices? Consideramos o número total de diagonais no inte rior do círculo com 6 pontos na circuferência e sub traímos 6 diagonais (que viraram lados do hexágo no). R.10. Em uma sala há 5 homens e 4 mulheres. De quantas maneiras podemos formar uma comissão com 3 pessoas de modo que pelo menos uma delas seja mulher? Solução: MMM MMH C9;3 = MHH HHH Solução: J A B I C H D G F E T = C10;2 -10 10! = T -10 2!8! 10.9.8! = T -10 2.1.8! T = 45 -10 T = 35 Obs.: consideramos o número total de diagonais no inte rior do círculo com 10 pontos na circuferência e sub traímos 10 diagonais (que viraram lados do decá gano). R.9. Quantas diagonais podemos traçar no interior de um hexágono regular, ligando 2 vértices quaisquer? Obs.: OK OK OK X (3 mulheres) (2 mulheres e 1 homem) (1 mulher e 2 homens) (nenhuma mulher) C9;3 nos dá o total geral de comissões e C5;3 nos dá o número de comissões formadas por 3 homens (nenhuma mulher). Logo C9;3 – C5;3 nos dará o número de comissões que apresenta pelo menos uma mulher. 9 5 T = C9;3 - C5;3 = - 3 3 9! 5! = T 3!6! 3!2! 9×8×7× 6! 5× 4× 3! T= 3× 2×1× 6! 3! 2×1 T = 84 -10 T = 74 COMBINAÇÃO COM REPETIÇÃO Considere um conjunto U com “n” elementos, os quais servirão de base para formarmos agrupamentos com “k” ele mentos cada. 5 RACIOCÍNIO LÓGICO H 6! = T -6 2!4! 6×5× 4! = T -6 2× 4! T = 15 - 6 T =9 B I T = C6;2 - 6 O total de agrupamentos de natureza de combinação com repetição que podemos obter é dado por: C R n;k S1 S2 S1 S3 = S2 S3 S1 S1 ∴Combinação com repetição. T = CR3,4 n +k -1 = k 3 + 4 − 1 6 6! 6 ⋅ 5 ⋅ 4! T = = = = 4 4 4!2! 4! 2 ⋅ 1 T = 15 Exemplos: 5 + 2 -1 = 2 6 6! 6 ⋅ 5 ⋅ 4! = 15 = = 2!4! 2 ⋅1 ⋅ 4! 2 3 + 5 -1 = 5 7 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5! = 21 = = 5!2! 5! ⋅ 2 5 R a) C5;2 = R b) C3;5 = R.11. De quantas maneiras uma pessoa pode escolher 3 refrigerantes em uma distribuidora de bebidas que dispõe de 10 tipos diferentes de refrigerantes? R.13. Uma lanchonete dispõe de 6 tipos de salgados e 6 tipos de refrigerantes. Uma pessoa vai comprar nessa lan chonete 3 salgados e 2 refrigerantes. De quantas maneiras distintas ela pode efetuar a sua compra? Solução: U1 = { S1, S2, ... , S6} U2 = { R1, R2, ..., R5} SSS ↓ CR e 6;3 RR ↓ CR 5;2 R T =CR 6;3 ⋅ C5;2 U1 = {R1, R2, R3, ... , R10} ROBERTO VASCONCELOS 6 + 3 -1 5 + 2 -1 ⋅ 3 2 T = Combinação R1, R2, R10 = R10, R2, R1 ↓ 8 6 T = ⋅ 3 2 R1, R1, R2 = R1, R2, R1 T= ↑ Combinação com repetição 8! 6! ⋅ 3!5! 2!4! T= 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5! 6 ⋅ 5 ⋅ 4! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1⋅ 5! 2 ⋅1⋅ 4! T = 56 ⋅15 R T =C10;3 10 + 3 -1 = 3 = T 12 12! 12 ⋅11⋅10 ⋅ 9! = = 3 ⋅ 2 ⋅ 9! 3 3!9! T = 220 T = 840 PERMUTAÇÃO SIMPLES É um caso particular de arranjo simples onde k = n. Simples Princípios Fundamentais de Contagem Arranjo Pn = n! Com repetição Problema Simples n Cn;k = k Com repetição R Cn;k Combinação n + k - 1 = k R.12. Uma lanchonete dispõe de 3 tipos de salgados. Uma pessoa deve comprar nessa lanchonete 4 salgados. De quantas formas diferentes ela poderá efetuar sua compra? Exemplos: a) P5 = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 b) P4 = 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 c) P3 = 3! = 3 . 2 . 1 = 6 Exercícios Resolvidos Solução: R.14. Quantos anagramas tem a palavra SAL? U = { S1; S2; S3} Solução: T = P3 ⇒ T = 3! ⇒ T = 3 . 2 . 1 ⇒ T = 6 6 Solução: Veja os 6 anagramas: SAL SLA ASL SAL ALS LSA LAS = T P7 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3! = = P3 ⋅ P2 3!2! 3! 2 ⋅1 T = 420 R.19. Julgue C ou E. O total de anagramas da palavra PAPILOSCOPISTA é inferior a 108. Solução: Primeiramente lembrando que 108 = 100.000.000. Solução: T = 5! ⇒ T = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 ⇒ T = 120 = T R.16. Em quantos anagramas da palavra QUADRO as vogais aparecem juntas em qualquer ordem? Solução: UAO Q D R Obs.: as letras que devem apare cer juntas colocamos dentro de um único “copo” e as demais, uma em cada “copo”. P14 14! = P3 ⋅ P2 ⋅ P2 ⋅ P2 ⋅ P2 3!2!2!2!2! 14 ⋅13 ⋅ 12 ⋅11⋅10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 T= 6× 2 × 2× 2× 2 Substituímos 14; 13 e T = 14 ⋅13 ⋅11⋅10 ⋅ 45360 , T = "10" ⋅"10" ⋅"10" ⋅10 ⋅ 45360 11, respectivamente por 10; 10 e 10. , (Apenas para testar) T = 453.600.000 Como T > T’ , pois T > 453.600.000 (Devido à substitui ção testada). Logo T > 100.000.000. Item Errado. T = P4 . P3 T = 4! . 3! T=4.3.2.1.3.2.1 T = 24 . 6 T = 144 Onde P4 representa a per mutação dos “copos” e P3 representa a permutação das vogais dentro do primeiro “copo”. PERMUTAÇÃO COM REPETIÇÃO n! PnR (A;B;C...) = a!b!c!... R.20. Uma pessoa está situada no ponto A e deseja chegar até o ponto B (figura abaixo), caminhando sobre as retas horizontais e verticais, somente para a direita e/ou para cima. O total de trajetos diferentes que ela pode fazer é igual a: a. 70 b. 64 c. 48 d. 35 B Exercícios Resolvidos R.17. Quantos anagramas tem a palavra BANANA? Solução: = T P6 6! 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3! = = P2 ⋅ P3 2!3! 2 ⋅ 3! T = 60 Obs.: 6! devido a palavra apresentar 6 letras. 2! pela pre sença dos dois “N” e 3! devido a presença dos 3 “A”. R.18. Quantos números de 7 algarismos podemos obter permutando os algarismos do número 2345433? A Solução: Chamando cada deslocamento para a direita de “D” e cada deslocamento para cima de “C”, o total de caminhos existentes será igual ao total de anagramas da palavra hipoté tica “DDDDCCC”. Pois: “DDCCCDD” é um anagrama e é um trajeto! “DCDCDCD” é um anagrama e é um trajeto! “DDDCCCD” é um anagrama e é um trajeto! “DCCCDDD” é um anagrama e é um trajeto! 7 RACIOCÍNIO LÓGICO R.15. Quantos números de 5 algarismos consegui mos formar trocando de posição os algarismos do número 73521? Logo: A 7! 4!3! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4! T= 4!3 ⋅ 2 ⋅ 1 T= T = 35 Alternativa D. B R.21. Considere os dados do problema anterior e a figura abaixo. De quantas maneiras distintas a pessoa pode ir de A até B, passando pelo ponto C? a. b. c. d. 84 64 48 35 B 4. Chico, Caio e Caco vão ao teatro com suas amigas Biba e Beti e desejam sentar-se, os cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de maneiras pelas quais eles podem distribuir-se nos assentos de modo que Chico e Beti fiquem sempre juntos, um ao lado do outro, é igual a: a. 16. b. 24. c. 32. d. 46. e. 48. 5. Quantos são os números com 3 algarismos diferentes que poderemos formar, empregando os 7 maiores al garismos significativos? 6. Considere os números de 2 a 6 algarismos distintos formados utilizando-se apenas 1, 2, 4, 5,7 e 8. Quan tos desses números são ímpares e começam com um dígito par? 7. (ESAF) Em um campeonato de futebol participam 10 times, todos com a mesma probabilidade de vencer. De quantas maneiras diferentes poderemos ter a classificação para os três primeiros lugares? a. 240. b. 370. c. 420. d. 720. e. 740. 8. Uma urna contém quatro bolas brancas numeradas de 1 a 4 e duas pretas numeradas de 1 a 2. De quantos modos podem-se tirar 4 bolas contendo pelo menos duas brancas, considerando-se que as cores e os nú meros diferenciam as bolas? a. 15. b. 6. c. 8. d. 1. e. 4. C A ROBERTO VASCONCELOS Solução: AB = AC e CB 6! 6! T= ⋅ 3!3! 3!3! 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3! 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3! ⋅ T= 3 ⋅ 2 ⋅1⋅ 3! 3 ⋅ 2 ⋅1⋅ 3! T = 20 ⋅ 20 T = 400 EXERCÍCIOS 1. As placas de automóveis constam de três letras e qua tro algarismos. O número de placas que podem ser fabricadas com as letras P, Q, R e os algarismos 0, 1, 7 e 8 é: a. 6.912. b. 1.269. c. 43. d. 144. e. 1.536. 2. De quantas maneiras diferentes se podem dispor as letras da palavra PALMEIRO? 3. Uma pessoa está situada no ponto A e deseja chegar até o ponto B (figura abaixo), caminhando sobre as re tas horizontais e verticais, somente para a direita e/ou para baixo. O total de trajetos diferentes que ela pode fazer o percurso desejado é igual a: 8 Calcular: a. 5! b. 6! c. 7! d. 8! e. 9! f. 10! g. 9! 8! h. 20! 19! 16! i. 10!6! 10. (ESAF) Quantas comissões compostas de 4 pessoas cada uma podem ser formadas com 10 funcionários de uma empresa? a. 120. b. 210. c. 720. d. 4.050. e. 5.040. 11. Uma comissão de três membros vai ser escolhida ao aca so dentre um grupo de quinze pessoas entre as quais estão Alice e Bárbara. Calcular o número de diferentes comissões que poderão ser formadas, de tal forma que Alice e Bárbara participem dessas comissões. a. 13. b. 39. c. 420. d. 210. e. 720. 12. Uma classe tem 10 alunos e 5 alunas. Formam-se comissões de 4 alunos e 2 alunas. O número de co missões em que participa o aluno X e não participa a aluna Y é: a. 1.260. b. 2.100. c. 840. d. 504. e. 336. 13. Sabendo-se que um baralho tem 52 cartas, das quais 12 são figuras, assinale a alternativa que corresponde ao número de agrupamentos de 5 cartas que podemos formar com cartas deste baralho tal que cada agrupa mento contenha pelo menos três figuras. a. 110.000. b. 100.000. c. 192.192. d. 171.600. e. 191.400. 14. A senha para um programa de computador consiste em uma sequência LLNNN, onde “L’’ representa uma letra qualquer do alfabeto normal de 26 letras e “N” é um algarismo de 0 a 9. Tanto letras como algarismos podem ou não ser repetidos, mas é essencial que as letras sejam introduzidas em primeiro lugar, antes dos algarismos. Sabendo que o programa não faz distin ção entre letras maiúsculas e minúsculas, o número total de diferentes senhas possíveis é dado por: a. 226310 b. 262103 c. 226210 d. 26!10! e. C26,2C10,3 15. (MPU/2004) Paulo possui três quadros de Gotuzo e três de Portinari e quer expô-los em uma mesma pare de, lado a lado. Todos os seis quadros são assinados e datados. Para Paulo, os quadros podem ser dispostos em qualquer ordem, desde que os de Gotuzo apare çam ordenados entre si em ordem cronológica, da es querda para a direita. O número de diferentes manei ras que os seis quadros podem ser expostos é igual a: a. 20. b. 30. c. 24. d. 120. e. 360. 16. Quatro casais compram ingressos para oito lugares contíguos em uma mesma fila no teatro. O número de diferentes maneiras em que podem sentar-se de modo a que: a) homens e mulheres sentem-se em lugares alternados; e que b) todos os homens sentem-se jun tos e que todas as mulheres sentem-se juntas, são, respectivamente: a. 1.112 e 1.152. b. 1.152 e 1.100. c. 1.152 e 1.152. d. 3.84 e 1.112. e. 112 e 3.84. 17. (AFC) Na Mega-Sena são sorteadas seis dezenas de um conjunto de 60 possíveis (as dezenas sorteáveis são 01, 02, ...., 60). Uma aposta simples (ou aposta mínima), na Mega-Sena, consiste em escolher 6 de zenas. Pedro sonhou que as seis dezenas que serão sorteadas no próximo concurso da Mega-Sena esta rão entre as seguintes: 01, 02, 05, 10, 18, 32, 35, 45. O número mínimo de apostas simples para o próximo concurso da Mega-Sena que Pedro deve fazer para ter certeza matemática que será um dos ganhadores caso o seu sonho esteja correto é: a. 8. b. 28. c. 40. d. 60. e. 84. 18. (ESAF/AFTN) Uma empresa possui 20 funcionários, dos quais 10 são homens e 10 são mulheres. Desse modo, o número de comissões de 5 pessoas que se pode formar com 3 homens e 2 mulheres é: 9 RACIOCÍNIO LÓGICO 9. a. b. c. d. e. 1.650. 165. 5.830. 5.400. 5.600. GABARITO 1. a 2. 8! 19. (ESAF) Quer-se formar um grupo de danças com 6 bailarinas, de modo que três delas tenham menos de 18 anos, que uma delas tenha exatamente 18 anos, e que as demais tenham idade superior a 18 anos. Apresentaram-se, para a seleção, doze candidatas, com idades de 11 a 22 anos, sendo a idade, em anos, de cada candidata, diferente das demais. O número de diferentes grupos de dança que podem ser selecio nados a partir deste conjunto de candidatas é igual a: a. 85. b. 220. c. 210. d. 120. e. 150. ROBERTO VASCONCELOS 20. (ESAF) Em um grupo de 30 crianças, 16 têm olhos azuis e 20 estudam canto. O número de crianças deste grupo que têm olhos azuis e estudam canto é: a. exatamente 16. b. no mínimo 6. c. exatamente 10. d. no máximo 6. e. exatamente 6. 21. (ESAF) Dez amigos, entre eles Mário e José, devem formar uma fila para comprar as entradas para um jogo de futebol. O número de diferentes formas que esta fila de amigos pode ser formada, de modo que Mário e José fiquem sempre juntos, é igual a: a. 2! 8! b. 0! 18! c. 2! 9! d. 1! 9! e. 1! 8! 22. (CESPE) A respeito de contagem, que constitui um dos principais fundamentos da matemática, julgue os itens que se seguem. Considere que, na disputa entre duas equipes, a primeira que vencer 4 jogos será considera da vencedora. Se uma das equipes — A — tiver venci do os 3 primeiros confrontos, então o gráfico a seguir é capaz de representar todas as possibilidades de A vencer a disputa. 4º jogo 5º jogo A perde 6º jogo A perde 7º jogo A perde A perde A A A A nc ve e e nc ve e nc ve e nc ve 23. O número de cadeias distintas de 14 caracteres que podem ser formadas apenas com as letras da palavra Papiloscopista é inferior a 108. 10 3. a 4. e 5. 210 6. 585 7. d 8. a 9. a. 120 b. 720 c. 5040 d. 40320 e. 362880 f. 3628800 g. 9 h. 20 i. 8008 10. b 11. a 12. d 13. c 14. b 15. d 16. c 17. b 18. d 19. c 20. b 21. c 22. C 23. E NOÇÕES DE INFORMÁTICA S U M ÁRI O NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL (AMBIENTES LINUX E WINDOWS).................................................190 EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT OFFICE E BROFFICE).....203 REDES DE COMPUTADORES.......................................................................................................................250 CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E INTRANET...254 PROGRAMAS DE NAVEGAÇÃO (MICROSOFT INTERNET EXPLORER, MOZILLA FIREFOX E GOOGLE CHROME).....................................................................................................................................................257 PROGRAMAS DE CORREIO ELETRÔNICO (OUTLOOK EXPRESS E MOZILLA THUNDERBIRD). SÍTIOS DE BUSCA E PESQUISA NA INTERNET. GRUPOS DE DISCUSSÃO. REDES SOCIAIS. COMPUTAÇÃO NA NUVEM (CLOUD COMPUTING). ARMAZENAMENTO DE DADOS NA NUVEM (CLOUD STORAGE)..........................271/280 CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS................................................................................................................................................201 SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA. NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS. APLICATIVOS PARA SEGURANÇA (ANTIVÍRUS, FIREWALL, ANTI-SPYWARE ETC.). PROCEDIMENTOS DE BACKUP..........................................................................................................275 LINUX O Linux é um sistema operacional criado em 1991 por Linus Torvalds na universidade de Helsinki na Finlândia. É um sistema operacional de código aberto sob a licença GPL criada pela FSF (Free Software Foundation). O Linux já alcançou a participação de 1% no mercado de sistemas operacionais. Fica atrás apenas de Windows e Mac. Muitas empresas já adotaram o Linux como plata forma. Devido ao fato de existirem diversas distribuições não comerciais, o Linux passou a ser adotado também por vários órgãos do governo como uma medida para diminuir gastos, pois a licença de uso dos programas da Microsoft tem um custo relativamente alto. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS • • • • • • • • • • É um software livre. Multitarefa. Multiusuário. Multiprocessamento. Suporte a nomes extensos de arquivos e diretórios (255 caracteres). Suporte a dispositivos Plug-and-Play (PnP). Memória virtual por paginação. Biblioteca compartilhadas. Possui Kernel monolítico. Toda distribuição do Linux possui um editor chamado vi que pode ser utilizado, por exemplo, para a edição de arquivos de configuração. • /dev Contém arquivos usados para acessar disposi tivos (periféricos) existentes no computador. • /etc Arquivos de configuração de seu computador local. • /floppy Ponto de montagem de unidade de disque tes. • /home Diretórios contendo os arquivos dos usuários. • /lib Bibliotecas compartilhadas pelos programas do sistema e módulos do kernel. • /lost+found Local para a gravação de arquivos/dire tórios recuperados pelo utilitário. • fsck.ext2. Cada partição possui seu próprio diretório lost+found. • /mnt Ponto de montagem temporário. • /proc Sistema de arquivos do kernel. Este diretório não existe em seu disco rígido, ele é colocado lá pelo kernel e usado por diversos programas que fazem sua leitura, verificam configurações do sis tema ou modificam o funcionamento de dispositivos do sistema através da alteração em seus arquivos. • /root Diretório do usuário root. • /sbin Diretório de programas usados pelo superusu ário (root) para administração e controle do funcio namento do sistema. • /tmp Diretório para armazenamento de arquivos tem porários criados por programas. • /usr Contém maior parte de seus programas. Normal mente acessível somente como leitura. • /var Contém maior parte dos arquivos que são gra vados com frequência pelos programas do sistema, e-mails, spool de impressora, cache etc. PRINCIPAIS DISTRIBUIÇÕES PRINCIPAIS COMANDOS Todo sistema operacional possui um Kernel. O Kernel é o núcleo do sistema operacional. Ele controle todo o har dware do computador. Pode ser visto como o intermediário entre os programas e o hardware. O kernel é importante em um sistema operacional, mas, para torná-lo funcional, outros programas também são necessários. Existem pessoas ou organizações que deci dem criar distribuições com outros programas essenciais como ambiente gráfico, ambiente de comando, editores de texto, planilhas eletrônicas, navegadores etc. Existem distribuições bastante conhecidas como: Red Hat, Suse, Ubuntu, Mandriva, Kurumin, Conectiva, Debian. O Linux possui um ambiente de comando chamado de Shell. O Shell é o programa que permite a interação do usuá rio com o sistema, em modo texto. Os mais conhecidos são: Bourne Shell (sh), C Shell (csh), Korn Shell (ksh), Bash Shell (bash). O Shell mais utilizado é o bash. O uso do Shell se baseia em comandos digitados em uma linha de comando. Os comandos têm normalmente a sin taxe: comando – opções – parâmetros. Cada comando possui opções. É importante ressaltar que o Linux é case sensitive, ou seja, ele diferencia maiúsculas e minúsculas. HENRIQUE SODRÉ Estrutura de diretórios Segundo o FHS (Filesystem Hierachy Standard), o sis tema GNU/Linux possui a seguinte estrutura básica de dire tórios: • /bin Contém arquivos programas do sistema que são usados com frequência pelos usuários. • /boot Contém arquivos necessários para a iniciali zação do sistema. • /cdrom Ponto de montagem da unidade de CD-ROM. • /media Ponto de montagem de dispositivos diversos do sistema (rede, pen-drives, CD-ROM em distribui ções mais novas). 2 PRINCIPAIS COMANDOS DO LINUX: • ls: lista os arquivos de um diretório. É importante res saltar que, no Linux, os arquivos ocultos listados pos suem um “.” (ponto) antes do nome. • cd: entra em um diretório. É possível utilizar “cd ..” para sair de um diretório. • pwd: mostra o nome e o caminho do diretório atual. • mkdir: cria um diretório. • rmdir: remove um diretório. • clear: permite limpar a tela. • mv: permite mover um arquivo. A opção também pode ser utilizada para renomear um arquivo. • cp: permite copiar um arquivo. • rm: permite apagar arquivos. • • • • • • • • • date: permite verificar a data e a hora. man: permite obter ajuda. reboot: reinicia o computador. shutdown: permite desligar ou reiniciar o computa dor (shutdown –r 20 faz o computador ser reiniciado após 20 minutos, por exemplo). who: lista os nomes de usuários que estão conecta dos ao computador. whoami: mostra o nome que usou para se conectar ao sistema. passwd: muda a senha do usuário ou grupo. cat: mostra o conteúdo de arquivo binário ou texto. cal: mostra o calendário. find: procura por arquivos/diretórios no disco. chmod: muda as permissões de um usuário ou grupo para um arquivo ou diretório. chgrp: muda o grupo de um arquivo ou diretório. chown: muda o dono de um arquivo ou diretório. PERMISSÕES Quanto aos tipos de permissões que se aplicam ao dono, grupo e outros usuários, temos 3 permissões básicas: • r – Permissão de leitura para arquivos. Caso for um diretório, permite listar seu conteúdo (através do comando ls, por exemplo). • w – Permissão de gravação para arquivos. Caso for um diretório, permite a gravação de arquivos ou outros diretórios dentro dele. Para que um arquivo/diretório possa ser apagado, é necessário o acesso a grava ção. • x - Permite executar um arquivo (caso seja um pro grama executável). Caso seja um diretório, permite que seja acessado através do comando cd. As permissões de acesso a um arquivo/diretório podem ser visualizadas com o uso do comando ls -la. As 3 letras (rwx) são agrupadas da seguinte forma: -rwxrwxrwx henrique users texto Primeiro vamos entender as dez primeiras letras da esquerda para a direita: • A primeira letra informa se o item que estamos tra balhando é um arquivo, diretório ou link. Se apa recer um “d” é um diretório, um “l” um link a um arquivo no sistema, um “-” quer dizer que é um arquivo comum. No caso, percebemos que texto é um arquivo. • Da segunda a quarta letra (rwx) dizem qual é a per missão de acesso ao dono do arquivo. Neste caso henrique tem a permissão de ler (r - read), gravar (w - write) e executar (x -execute) o arquivo texto. • Da quinta a sétima letra (rwx) diz qual é a permissão de acesso ao grupo do arquivo. Nesse caso, todos os usuários que pertencem ao grupo users têm a permissão de ler (r), gravar (w), e também executar (x) o arquivo texto. • Da oitava à décima letra obtemos as informações das permissão de acesso a outros usuários. Nesse caso, esses outros usuários têm a permissão de ler(r), gravar(w), e também executar(x) o arquivo texto. Exemplos de utilização do comando chmod em que u (user – dono do arquivo), g (group – grupo) e o (others – outros): • chmod g+r *: permite que todos os usuários que pertençam ao grupo dos arquivos (g) tenham (+) permissões de leitura (r) em todos os arquivos do diretório atual. • chmod o-r texto.txt: retira (-) a permissão de lei tura (r) do arquivo texto.txt para os outros usuários (usuários que não são donos e não pertencem ao grupo do arquivo texto.txt). • chmod uo+x texto.txt: inclui (+) a permissão de execução do arquivo texto.txt para o dono e outros usuários do arquivo. • chmod a+x texto.txt: inclui (+) a permissão de execução do arquivo texto.txt para o dono, grupo e outros usuários. • chmod a=rw texto.txt: define a permissão de todos os usuários exatamente (=) para leitura e gravação do arquivo texto.txt. Comparação entre dispositivos DOS/Windows A: B: C: LPT1 LPT2 LPT3 COM1 COM2 COM3 COM4 Linux /dev/fd0 /dev/fd1 /dev/hda1 ou /dev/sda1 /dev/lp0 /dev/lp1 /dev/lp2 /dev/ttyS0 /dev/ttyS1 /dev/ttyS2 /dev/ttyS3 WINDOWS 7 PRINCIPAIS INOVAÇÕES • Snap: é uma nova maneira de redimensionar jane las abertas, simplesmente arrastando-as para as bordas da tela. Dependendo do local para onde você arrastar uma janela você poderá colocá-la na tela inteira ou exibi-la lado a lado com outra janela. NOÇÕES DE INFORMÁTICA • • • • 3 • Aero Peek: permite que você enxergue através de outras janelas abertas no Windows 7. Para visuali zar o desktop deixando todas as janelas transpa rentes, basta apontar o ponteiro do mouse para a borda direita da barra de tarefas e perceba que as janelas abertas ficarão transparentes: Para visualizar uma janela deixando todas as janelas transparentes, basta apontar o ponteiro do mouse para o ícone da janela na barra de tarefas. HENRIQUE SODRÉ Caso o usuário clique no botão Mostrar a Área de Tra balho, as janelas serão minimizadas. Caso o usuário clique novamente o botão, as janelas serão mostradas novamente. 4 • Aero Shake: ao pressionar e manter pressionado o botão esquerdo do mouse sobre a barra de títulos e chacoalhar o mouse para direita e para esquerda rapidamente, todas as janelas serão minimizadas exceto a janela na qual a ação foi feita. • Lista de atalhos: a lista de atalhos aparece ao se clicar com botão direito do mouse sobre um ícone na barra de tarefas. A lista de atalhos depende totalmente do programa. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Word, aparecem os documentos recentes. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Internet Explorer, aparece a lista de sites visitados com frequência. Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre o ícone do Windows Media Player, aparece uma lista com as músicas que você escuta mais. Clicar com o botão direito do mouse em um ícone de programa permite fixar ou desafixar um programa na barra de tarefas e permite fechar o programa. Fixar o programa permite manter o ícone do programa na barra de tarefas sempre disponível. • Windows Live Essentials: é um software gratuito que pode ser baixado da Internet permitindo ampliar os recursos do Windows 7. O download gratuito inclui: Messenger, Galeria de Fotos, Mail, Writer, Movie Maker, Proteção para a Família, Toolbar. O Messenger permite realizar uma conversa instan tânea com amigos e familiares. A Galeria de Fotos permite encontrar e compartilhar fotos. O Mail per mite gerenciar várias contas de e-mail. O Writer per mite gerenciar um blog, criando posts e adicionando fotos e vídeos. O Movie Maker permite transformar fotos e vídeos em filmes. O Proteção para a Famí lia permite gerenciar atividades online para a segu rança das crianças. O Toolbar permite fazer buscas na web utilizando o Bing. • Nova Barra de Tarefas do Windows: é o mesmo local para alternar entre janelas. Mas a barra de tarefas ganhou novas funcionalidades. Por exem plo, é possível fixar programas na barra de tarefas, reordenar os ícones clicando e arrastando, visuali zar uma miniatura dos programas e arquivos aber tos. Apontando para o ícone de um programa na barra de tarefas é possível visualizar a miniatura da janela e também fechar a janela. O Windows Vista somente permitia visualizar a miniatura, mas não permitia fechar a janela. • Central de Ações: o Central de Ações centraliza as mensagens dos principais recursos de manu tenção e segurança do Windows, incluindo o Win dows Defender e Controle de Conta de Usuário. Se o Windows precisar emitir um aviso, aparecerá um ícone na barra de tarefas. Ao clicar o ícone, você verá alertas e correções sugeridas para problemas. Você poderá ajustar quais mensagens serão mos tradas no Painel de Controle. • Modo Windows XP: o modo Windows XP permite executar programas antigos do Windows XP na área de trabalho do Windows 7. O modo Windows XP é um download separado e funciona apenas no Windows 7 Professional, Ultimate e Enterprise. O modo Windows XP também exige software de virtu alização como o Microsoft Virtual PC, que também está disponível gratuitamente para download. A intenção é impedir que programas corporativos anti gos se tornem obsoletos, ou seja, possam ser exe cutados no Windows 7. • Streaming de mídia remoto: com dois computa dores com Windows 7 e conectados à Internet, a ferramenta permite que você possa acessar a sua biblioteca do Windows Media Player remotamente. Essa ferramenta só está disponível nas versões Home Premium, Professional, Ultimate e Enterprise do Windows 7. • Controle dos Pais: você pode usar os Controles dos Pais para definir limites para a quantidade de horas que seus filhos podem usar o computador, os tipos de jogos que podem jogar e os programas que podem executar. Com os Controles dos Pais no Windows Media Center, também é possível blo quear o acesso a filmes e programas de TV censu ráveis. • Lista de Saltos: a Lista de Saltos aparece no menu Iniciar e na barra de tarefas. As Listas de Saltos são listas de itens recentes, como arquivos, pastas ou sites, organizados pelo programa que você usa para abri-los. Além de poder abrir os itens recen tes usando uma Lista de Saltos, você pode também fixar itens favoritos em uma Lista de Saltos. 5 NOÇÕES DE INFORMÁTICA • Gadgets: o Windows 7 não tem o recurso de Barra Lateral (Sidebar) do Windows Vista. Mas os Gad gets (tradução: bugigangas) foram mantidos. O usu ário poderá exibi-los na área de trabalho. Para adi cionar, o usuário poderá clicar com o botão direito do mouse sobre a área de trabalho e selecionar a opção Gadgets. • Pesquisa Indexada (Windows Search): o Win dows gera um arquivo de índice com as informa ções catalogadas dos arquivos que estão nas pastas cuja indexação é realizada. Para escolher quais pastas são indexadas, o usuário poderá acessar a opção Opções de Indexação do Painel de Controle. O índice armazena informações sobre arquivos, incluindo o nome do arquivo, data de modificação e propriedades como autor, marcas e classificação. Ou seja, a pesquisa é feita no índice e não nos arquivos e é esse índice que permite obter o resultado de uma pesquisa em apenas alguns segundos. O Windows Search foi aprimo rado do Windows Vista para o Windows 7. Ferramentas que vieram do windows vista • Windows Aero: é a interface de usuário para a visualização das janelas. O recurso possui uma aparência de vidro transparente com animações sutis de janelas e novas cores de janelas. Recur sos do Windows Aero: Miniatura ao Vivo na Barra de Tarefas, o Windows Flip, o Windows Flip 3D e a Barra Lateral. O Windows Aero foi aprimorado do Windows Vista para o Windows 7. • Windows Flip: é a evolução da alternância de janelas realizada pelas teclas ALT+TAB. O Win dows Flip exibe uma miniatura das janelas abertas ao invés de ícones genéricos, facilitando as iden tificações rápidas das janelas. • Windows Defender: o Windows 7 possui anti -spyware nativo. Com o Windows Defender o usu ário poderá verificar a existência desse tipo de código malicioso. O Windows Defender foi aprimo rado do Windows Vista para o Windows 7. • Windows ReadyBoost: o Windows ReadyBoost foi projetado para ajuda quando a memória do PC for insuficiente. Pouca memória RAM pode tornar o computador lento porque, com pouco memó ria RAM, o Windows utiliza a memória virtual. A memória virtual é criada a partir do disco rígido. Como o disco rígido é uma memória lenta, ao utili zar a memória virtual o computador ficará lento. O ideal é ter bastante memória RAM. O ReadyBoost permite utilizar uma memória flash (como um pen drive, por exemplo) como alternativa para a pouca quantidade de memória RAM. • Windows Flip 3D: é outra maneira de se encon trar uma janela. Ao se utilizar as teclas WINKEY + TAB, o Windows Flip 3D exibe o conteúdo das janelas de forma empilhada e tridimensional. HENRIQUE SODRÉ • BitLocker: permite proteger os dados contra perda, roubo ou hackers. O BitLocker foi aprimo rado no Windows 7 e está disponível na versão 6 Ultimate. O BitLocker criptografa toda a unidade na qual o Windows e seus dados estão armazenados. Uma inovação é o BitLocker To Go que permite criptografar todo o conteúdo de um dispositivo de armazenamento portátil como unidades flash USB e discos rígidos externos. O BitLocker foi aprimo rado do Windows Vista para o Windows 7. • Índice de Experiência do Windows: o Índice de Experiência do Windows mede a capacidade de configuração de hardware e software do computa dor e expressa essa medida como um número deno minado pontuação básica. Uma pontuação básica mais alta significa geralmente que o computador terá um desempenho melhor e mais rápido do que um computador com uma pontuação básica mais baixa ao executar tarefas mais avançadas e inten sivas em recursos. • Ferramenta de captura: permite capturar uma parte da tela para salvar ou compartilhar a imagem. 5. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) A implantação de procedimentos de segurança nas empresas consiste em um processo simples, não sendo necessário, por tanto, que sua estrutura reflita a estrutura organizacio nal da empresa. EXERCÍCIOS Julgue os itens a seguir, a respeito dos sistemas ope racionais Windows e Linux. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) Para se iniciar uma pesquisa de arquivos no Windows 8.1, é suficiente pressionar simultaneamente as teclas . 6. , o usuário terá acesso ao banco de dados do sistema operacional Windows que apresenta as pastas e subpastas com os arquivos de progra mas desse sistema operacional. Acerca do Microsoft Office 2013, julgue os itens sub sequentes. No que diz respeito aos conceitos e ferramentas de redes de computadores e ao programa de navegação Google Chrome, julgue os itens que se seguem. 2. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) Tanto o Ping quanto o Traceroute são ferramentas utilizadas na sondagem de uma rede de computadores. Julgue os itens seguintes, no que se refere ao pro grama de correio eletrônico Mozilla Thunderbird e ao conceito de organização e gerenciamento de arquivos. 3. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) ao clicar a opção 7. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) a opção per mite localizar arquivos ou pastas no computador local, dados na Internet ou, ainda, pessoas no Active Directory. 8. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) a opção possibilita que o usuário acesse informações a respeito dos discos disponíveis localmente e na rede, bem como das opções de computação em nuvem. NOÇÕES DE INFORMÁTICA 1. Na situação mostrada na figura acima, que reproduz parte de uma janela do sistema operacional Windows, (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) O Mozilla Thunder bird permite que o usuário exclua automaticamente mensagens indesejadas por meio da utilização de filtros, ainda que não forneça a opção de bloquear emails de um domínio específico. Acerca dos procedimentos de segurança e de becape, julgue os itens subsecutivos. 4. (CESPE/FUB/NÍVEL SUPERIOR) A realização de be cape dos dados de um computador de uso pessoal garante que o usuário recuperará seus dados caso ocorra algum dano em seu computador. 7 Com referência à situação mostrada na figura acima, que reproduz parte de uma janela do Outlook Express, julgue os próximos itens. 9. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Ao se clicar a , será apresentada a lista pasta de todos os emails que foram enviados a partir do Outlook Express. 10. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Se o usuário em questão possuísse inscrição em Grupos de discussão ou Redes sociais, a opção todos — seria habilitada. — Responder a 11. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) O número (310) mostrado ao lado da opção indica o número de amigos que o usuário em questão possui. Julgue os itens subsequentes, relativos a conceitos de segurança da informação. 12. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Procedimentos de becape são essenciais para a recuperação dos dados no caso de ocorrência de problemas técnicos no com putador. 13. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) Phishing é a técnica de criar páginas falsas, idênticas às oficiais, para capturar informações de usuários dessas pá ginas. 14. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU) O armazenamen to em nuvem, ou em disco virtual, possibilita o arma zenamento e o compartilhamento de arquivos e pastas de modo seguro, ou seja, sem que o usuário corra o risco de perder dados. HENRIQUE SODRÉ A figura acima, que ilustra uma janela do Windows 7, mostra o conteúdo da pasta denominada Docs. Com referência à situação mostrada nessa figura, ao Windows 7 e a conceitos de informática, julgue o item abaixo. 15. (CESPE/PCDF/AGENTE) Para se verificar, por meio de um programa antivírus instalado no computador, se os três arquivos da pasta Docs contêm algum tipo de vírus ou ameaça digital, é suficiente clicar o botão , localizado próximo ao canto superior direito da janela. 8 Com relação ao Word 2010 e à figura acima, que mostra uma janela desse software com trecho de um texto em processo de edição, julgue os itens subsequentes. 16. (CESPE/PCDF/AGENTE) A ferramenta pode ser usada para realçar o texto selecionado, à seme lhança do que se pode fazer com um marca-texto em um texto manuscrito ou impresso sobre papel. 17. (CESPE/PCDF/AGENTE) Ao se selecionar o trecho Distrito Federal e clicar no botão , esse trecho será excluído. O mesmo efeito ocorreria se, após a seleção desse trecho, fosse pressionada a tecla . A figura acima mostra uma janela do Excel 2010, com uma planilha em processo de edição. Essa planilha hipotética contém os preços unitários de cadeiras e mesas, assim como a quantidade de itens a serem ad quiridos de cada um desses móveis. Com relação a essa planilha e ao Excel 2010, julgue o item seguinte. 18. (CESPE/PCDF/AGENTE) Para se inserir na célula D2 o preço total das duas mesas e na célula D3, o preço total das oito cadeiras, é suficiente realizar a seguinte sequência de ações: clicar a célula D2; digitar =B2*C2 e, em seguida, teclar ; clicar a célula D2 com o botão direito do mouse e, na lista de opções que sur ge em decorrência dessa ação, clicar a opção Copiar; clicar a célula D3; pressionar e manter pressionada a tecla e, em seguida, acionar a tecla . O uso de recursos de tecnologias da informação e das comunicações encontra-se difundido e disse minado em toda sociedade. Nesse contexto, ações de investigação criminal necessitam estar adapta das para identificar e processar evidências digitais de modo a produzir provas materiais. Para tanto, existem diversos tipos de exames técnico-científicos utilizados em investigações. Acerca desses exames, julgue os itens a seguir. 21. (CESPE/PCDF/AGENTE) Computadores infecta dos com vírus não podem ser examinados em uma investigação, pois o programa malicioso instalado compromete a integridade do sistema operacional. 22. (CESPE/PCDF/AGENTE) Navegadores da Web po dem ser configurados para não registrar os registros (logs) de navegação ou para excluí-los automatica mente. Esse tipo de ação dificulta o exame de infor mações acerca de sítios web visitados a partir de determinado sistema. 19. (CESPE/PCDF/AGENTE) A ferramenta corresponden pode ser usada em uma sequência de te ao botão ações para se ajustar o espaçamento entre caracteres de um texto da apresentação que for selecionado. Com relação ao navegador Google Chrome e à situ ação apresentada na figura acima, que mostra uma janela desse software, julgue o seguinte item. 20. (CESPE/PCDF/AGENTE) Ao se clicar o botão , será exibida uma lista de opções, entre as quais uma que permitirá imprimir a página em exibição. Diversos protocolos são utilizados em uma comuni cação pela Internet, mas apenas alguns deles con tribuem para a segurança da comunicação. A esse respeito, julgue os itens seguintes. 24. (CESPE/PCDF/AGENTE) Os protocolos TLS (Trans port Layer Security) e SSL (Secure Sockets Layer) possuem propriedades criptográficas que permitem assegurar a confidencialidade e a integridade da co municação. 25. (CESPE/PCDF/AGENTE) O protocolo DNS é usado para traduzir um nome em um endereço IP e vice -versa, ao passo que o FTP é um protocolo de trans ferência de arquivos que possui como requisito o protocolo de transporte UDP. Malware é qualquer tipo de software que pode cau sar algum impacto negativo sobre a informação, podendo afetar sua disponibilidade, integridade e confidencialidade. Outros softwares são produzidos para oferecer proteção contra os ataques provenien tes dos malwares. Com relação a esse tema, julgue os próximos itens. 26. (CESPE/PCDF/AGENTE) Firewalls são dispositivos de segurança que podem evitar a contaminação e a propagação de vírus. Por outro lado, antivírus são ferramentas de segurança capazes de detectar e evitar ataques provenientes de uma comunicação em rede. 9 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Considerando a figura acima, que ilustra parte de uma janela do PowerPoint 2010 com uma apresentação em processo de edição, julgue o item abaixo. 23. (CESPE/PCDF/AGENTE) Exames em mensagens eletrônicas, tais como emails, permitem identificar o responsável pelo envio das mensagens, uma vez que as mensagens utilizadas nesse tipo de comuni cação sempre contêm um endereço que identifica o remetente da mensagem. 27. (CESPE/PCDF/AGENTE) Os vírus, ao se propaga rem, inserem cópias de seu próprio código em ou tros programas, enquanto os worms se propagam pelas redes, explorando, geralmente, alguma vulne rabilidade de outros softwares. Acerca do sistema operacional MS-Windows, julgue os itens a seguir. 28. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) A opção de linha de comando da ferramenta Sysprep para preparar uma imagem de instalação do Windows 7 que remova todas as informações únicas do sistema é /unattend. 29. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) Utilizando-se o BitLocker to Go do Windows 7, é pos sível estender o suporte para a criptografia de unidade de disco BitLocker aos dispositivos de armazenamento USB removíveis, o que contribui para proteger os da dos desses dispositivos caso estes sejam perdidos ou roubados. 30. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) O Device Stage, um recurso criado a partir do Windows Vista, mostra somente o status dos dispositivos, não permitindo sincronizar dados e mídias entre o Windo ws 7 e um aparelho de telefone smartphone, por exem plo. 31. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) Se os clientes que utilizavam o Windows XP e o Internet Explorer 6 para acessar o website interno de deter minada empresa criado há alguns anos, passarem a utilizar o sistema Windows 7, então a ferramenta mais adequada para verificar se o website da empresa fun cionará adequadamente no novo sistema operacional é o Windows AIK (automated installation kit). A respeito do sistema operacional Linux, julgue os pró ximos itens. 32. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) O comando ps exibe os processos em execução no com putador e o comando ps aux exibe apenas os proces sos em execução no computador do usuário logado. HENRIQUE SODRÉ 33. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) Um processo, em Linux, é uma entidade independente consistindo de process id (PID), permissões de acesso e propriedades como o id do usuário que o criou (UID) e o do grupo (GID). Um processo sempre é executado em kernel-mode, a fim de pos sibilitar o acesso a partes do hardware que, de outra forma, permaneceriam inacessíveis. 34. (CESPE/SERPRO/analista - SUPORTE TÉCNICO) A ferramenta Keep permite realizar cópias de quais quer diretórios ou arquivos escolhidos e restaurá-las, quando necessário. Essa ferramenta também permite iniciar um becape instantaneamente por meio da tela principal, editar a lista de becape e ver o registro das cópias de segurança. 10 GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. C C C E E E C E C E E C C C E C E C C C E C E C E E C E C E E E E C NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL S U M ÁRI O CONSTITUIÇÃO. CONCEITO, CLASSIFICAÇÕES, PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS........................................288 DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, DIREITOS SOCIAIS, NACIONALIDADE, CIDADANIA, DIREITOS POLÍTICOS, PARTIDOS POLÍTICOS.........296 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA............................................................................................335 UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL, MUNICÍPIOS E TERRITÓRIOS......................................................335 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DISPOSIÇÕES GERAIS, SERVIDORES PÚBLICOS...........................................344 PODER LEGISLATIVO. CONGRESSO NACIONAL, CÂMARA DOS DEPUTADOS, SENADO FEDERAL, DEPUTADOS E SENADORES........................................................................................................................365 PODER EXECUTIVO. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E DOS MINISTROS DE ESTADO.....385 PODER JUDICIÁRIO. DISPOSIÇÕES GERAIS. ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO. COMPETÊNCIAS. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ). COMPOSIÇÃO E COMPETÊNCIAS.........................................390 FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. MINISTÉRIO PÚBLICO, ADVOCACIA E DEFENSORIA PÚBLICAS.........412 DIREITO CONSTITUCIONAL NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Conceito de Direito Constitucional IVAN LUCAS O Direito Constitucional é um ramo do Direito Público Interno, que tem como função precípua organizar o funcio namento do Estado, no que tange à distribuição das esferas de competência do poder político, bem como no tocante aos direitos fundamentais dos indivíduos para com o Estado, ou como membros da comunidade política. Conceito de Constituição Nas palavras do ilustre doutrinador Alexandre de Moraes, Constituição latu sensu, é o ato de constituir, de estabelecer, de firmar; ou, ainda, o modo pelo qual se cons titui uma coisa, um ser vivo, um grupo de pessoas; organiza ção, formação. Juridicamente, porém, Constituição deve ser entendida como a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação do Estado, à formação dos poderes públicos, forma de governo e aqui sição do poder de governar, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. Além disso, é a Constituição que individualiza os órgãos competentes para a edição de normas jurídicas, legislativas ou administrativas. Conceito de Estado A moderna acepção de Estado que conhecemos tem suas origens na famosa obra de Nicolau Maquiavel, intitu lada, “O Príncipe”. Nesse sentido, podemos definir o Estado como uma organização jurídica, social e política de um povo em um determinado território, dirigido por um governo soberano. Portanto, esses 3 elementos reunidos formam o Estado: povo, território e soberania. Ressalte-se que o Estado é um ente personalizado que se apresenta, tanto nas relações internacionais, no conví vio com outros Estados, quanto internamente, como sujeito capaz de adquirir direitos e contrair obrigações. Não obstante, a vontade do Estado é manifesta pelo exercício de seus Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciá rio. Esses poderes são independentes e harmônicos entre si. A função típica do Poder Executivo é a aplicação das leis ao caso concreto – função administrativa; o Legislativo tem as funções de legislar e fiscalizar – função normativa; e o Judiciário tem as funções de aplicar a lei a situações concre tas e litigiosas, e proteger as Constituições Federal e Esta duais e a Lei Orgânica do DF no julgamento de controle de constitucionalidade – função judicial aplicando a lei de forma coativa. ELEMENTOS PODERES Povo Legislativo Território Executivo Governo Soberano Judiciário 2 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I – a soberania; II – a cidadania; III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre ini ciativa; V – o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. O art. 1º da Constituição coloca, em seu caput, as principais características do Estado brasileiro: forma de Estado: Federação; forma de Governo: República; Sistema de Governo: Presidencialista; característica do Estado brasi leiro: Estado democrático de direito; e os entes que compõe a Federação: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Forma de Estado: – Estado Federal – Estado Unitário A forma de Estado que se adota no Brasil é a federa ção, ou seja, existem em um mesmo território unidades que são dotadas de autonomia política e que possuem compe tências próprias. O art. 1º da Constituição, em seu caput, aponta que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel, que significa que não pode haver separação ou secessão, dos Estados, Municípios e Distrito Federal. Ressalte-se que no art. 18, a Carta Maior estabelece, de forma complementar, que “a organização político-admi nistrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. Cabe observar que a forma federativa de Estado, no Brasil, é cláusula pétrea, não podendo ser objeto de deli beração propostas de emendas constitucionais tendentes a aboli-la. A Federação brasileira constitui-se de um poder central (União), poderes regionais (estados), e locais (municípios), além de possuir um ente híbrido (DF), que acumula os pode res regionais e locais. Por isso, afirma-se que o Brasil possui o federalismo tríade (ou de 3º grau), qual seja: • União: entidade de 1º Grau; • Estados: entidades de 2º Grau; • Municípios: entidades de 3º Grau; e por fim o Dis trito Federal, que é considerado entidade de grau misto ou sui generis (2º e 3º grau). Importante mencionar também que Existe a forma de Estado Unitário, onde o poder político é centralizado, havendo apenas uma esfera de poder. Ex.: Portugal. Brasil → Federação Forma de Governo: • República • Monarquia A forma de governo representa o modo como os gover nantes são escolhidos. Hoje prevalece a classificação de Maquiavel, onde os Estados ou são principados (monarquias) ou repúblicas. Temos, portanto, a Monarquia e a República. A monarquia é caracterizada pelos princípios da hereditariedade e vitaliciedade. O Chefe de Estado, que no caso será o rei ou monarca, é escolhido pelo princípio da hereditariedade e irá deter o poder de forma vitalícia. Já a República é caracterizada pela alternância entre os poderes, pela eletividade e temporariedade dos manda tos. Por eletividade podemos entender que a escolha dos governantes se dará por meio de eleição, em que quaisquer cidadãos que preencham os requisitos legais poderão con correr a um mandato, e tais mandatos terão prazos prede terminados. A palavra República vem do latim, res publicae, e significa coisa pública, ou seja, o governante deve buscar o bem público, e não os interesses próprios. O Brasil adota a República como forma de governo e tal forma de governo não é cláusula pétrea. Obs.: Consequências decorrentes da forma republi cana de governo: obrigação de prestação de contas por parte dos administradores; alternância entre os poderes; igualdade de todos perante a lei. Primeiro-Ministro depende do apoio parlamentar para esta bilidade de seu governo, causando certa supremacia do Par lamento. Importante destacar que no presidencialismo a funções de chefia de Estado e Chefia de Governo se referem a uma mesma pessoa, enquanto que no parlamentarismo trata-se de pessoas distintas. Obs.: A República pode ser tanto presidencialista quanto parlamentarista; a Monarquia também pode adotar um dos dois sistemas de governo. Brasil → Presidencialista Característica do Estado Brasileiro: Estado Democrático de Direito O “Estado Democrático de Direito” traz a ideia de impé rio da lei e do Direito, ou seja, todos, indivíduos e poderes, estão sujeitos a esse império. O poder do Estado fica limi tado a estas leis e ao Direito, ou seja, ninguém está acima da lei, das normas jurídicas e da Constituição. Regime Político O regime político traduz a forma com que o poder é exercido. Têm-se duas formas, a ditadura, em que não temos a participação do povo; ou democracia, em que o poder é exercido pelo povo. Esta, por sua vez, divide-se em Demo cracia Direta, Democracia Indireta e Democracia Semidireta. Democracia Direta Democracia Indireta (ou Representativa) Brasil → República Sistema de Governo: • Presidencialista • Parlamentarista O sistema de governo representa a maneira com que os poderes estão relacionados, como eles se interagem. No sistema presidencialista os poderes de chefia de Estado (representação internacional do Estado) e chefia de Governo (gerenciar e administrar assuntos internos) se concentram no Presidente da República, ou seja, em uma mesma pessoa. Nesse caso, o Chefe do Executivo pode governar de forma diferente das concepções adotadas pelos membros do legis lativo, o que implica em um equilíbrio maior entre os pode res, não existindo dependência entre eles, como no caso do parlamentarismo. Já no sistema parlamentarista as funções de chefia de Estado e chefia de Governo são de pessoas distintas, ao Rei ou Presidente é atribuída à chefia de Estado e ao Pri meiro Ministro a chefia de Governo. No parlamentarismo, o Democracia Semidireta O povo participa diretamente do processo de tomada de deci sões. O povo elege seus representan tes, os quais tomarão decisões em seu nome. É uma mistura da democracia direta e indireta, na qual além dos representantes eleitos pelo povo, temos também a parti cipação do povo nas decisões políticas do Estado, por meio dos institutos da democracia direta (plebiscito, referendo e iniciativa popular). O art. 1º da Constituição permite concluir que o Brasil adota a democracia semidireta, ou participativa, ou seja, no Brasil o povo exerce o poder por meio de seus representan tes eleitos ou diretamente. Vale destacar que no parágrafo único do art. 1º da Constituição temos que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, o povo tem, portanto, a titu laridade do poder. Brasil → Democracia Semidireta 3 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Estado Unitário: somente um poder político central exerce sua competência por todo o território nacional e sobre toda a população, e, ainda, controla todas as cole tividades regionais e locais. Nesta forma de Estado é que ocorre a centralização política. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL IVAN LUCAS Forma de Estado: Federado Forma de Governo: Republicano Sistema de Governo: Presidencialismo Descentralização política Eletividade, temporariedade de mandato e responsabilização do governante Presidente da República: Chefe de Estado e Chefe de Governo Fundamentos da República Federativa do Brasil: Soberania Significa que o poder do Estado brasileiro não é supe rado por nenhuma outra forma de poder, e no âmbito inter nacional, o Estado brasileiro encontra-se em igualdade com os demais Estados. Cidadania Essa expressão foi utilizada de forma abrangente. Não expressa apenas os direitos políticos ativos e passivos do indivíduo, votando, sendo votado, e interferindo na vida polí tica do Estado. Temos cidadania como forma de integração do indivíduo na vida estatal, fazendo valer seus direitos e cobrando-os de seus representantes. Dignidade da pessoa humana A razão de ser do Estado brasileiro consagra-se na pessoa humana. Conforme nos ensina Alexandre de Moraes, “esse fundamento afasta a ideia de predomínio das concep ções transpessoalistas de Estado e Nação, em detrimento da liberdade individual”. Reconhece-se que o ser humano detém um mínimo de direitos que são invioláveis. Diversos direitos decorrem deste fundamento, como direito à vida, à imagem, à intimidade etc. Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa Esse inciso compatibiliza a livre iniciativa com a valori zação do trabalho humano. O trabalho é entendido como um instrumento da dignidade humana e a livre iniciativa carac teriza o direito de propriedade, a existência do mercado e o regime capitalista. Esse capitalismo, porém, não se refere a sua forma mais liberal, mas sim na forma socialdemocrata. Pluralismo político Esse fundamento não se resume apenas ao pluripar tidarismo, ele visa reconhecer e garantir que as diversas formas de pensamento, grupos que representem interesses e ideologias políticas sejam tidas como legítimas para demo cracia, à exceção das que contrariem a Carta Magna. Jurisprudência: “O Estado de Direito viabiliza a preservação das práticas democráticas e, especialmente, o direito de defesa. Direito a, salvo circunstâncias excepcionais, não sermos presos senão após a efetiva comprovação da prática de um crime. Por isso, usu 4 fruímos a tranquilidade que advém da segurança de sabermos que, se um irmão, amigo ou parente próximo vier a ser acusado de ter cometido algo ilícito, não será arrebatado de nós e submetido a ferros sem antes se valer de todos os meios de defesa em qualquer circunstância à disposição de todos. [...] O que caracteriza a socie dade moderna, permitindo o aparecimento do Estado moderno, é, por um lado, a divisão do trabalho; por outro, a monopolização da tributação e da violência física. Em nenhuma sociedade na qual a desordem tenha sido superada, admite-se que todos cumpram as mesmas funções. O combate à criminalidade é missão típica e privativa da administração (não do Judiciário), através da polícia, como se lê nos incisos do art. 144 da Constituição, e do Ministério Público, a quem compete, privativamente, promover a ação penal pública (art. 129, I).” (HC 95.009, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 06.11.2008, Plenário, DJE de 19.12.2008) “Inexistente atribuição de competência exclusiva à União, não ofende a CB norma constitucional estadual que dispõe sobre apli cação, interpretação e integração de textos normativos estaduais, em conformidade com a Lei de Introdução ao Código Civil. Não há falar-se em quebra do pacto federativo e do princípio da interde pendência e harmonia entre os Poderes em razão da aplicação de princípios jurídicos ditos ‘federais’ na interpretação de textos norma tivos estaduais. Princípios são normas jurídicas de um determinado direito, no caso, do direito brasileiro. Não há princípios jurídicos apli cáveis no território de um, mas não de outro ente federativo, sendo descabida a classificação dos princípios em ‘federais’ e ‘estaduais’.” (ADI 246, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 16.12.2004, Plenário, DJ de 29.04.2005) “Se é certo que a nova Carta Política contempla um elenco menos abrangente de princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com isso, a expansão de poderes jurídicos na esfera das coletividades autônomas locais, o mesmo não se pode afirmar quanto aos princí pios federais extensíveis e aos princípios constitucionais estabeleci dos, os quais, embora disseminados pelo texto constitucional, posto que não é tópica a sua localização, configuram acervo expressivo de limitações dessa autonomia local, cuja identificação – até mesmo pelos efeitos restritivos que deles decorrem – impõe-se realizar. A questão da necessária observância, ou não, pelos Estados-mem bros, das normas e princípios inerentes ao processo legislativo, provoca a discussão sobre o alcance do poder jurídico da União Federal de impor, ou não, às demais pessoas estatais que integram a estrutura da Federação, o respeito incondicional a padrões hete rônomos por ela própria instituídos como fatores de compulsória aplicação. [...] Da resolução dessa questão central, emergirá a defi nição do modelo de Federação a ser efetivamente observado nas práticas institucionais.” (ADI 216-MC, Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em 23.05.1990, Plenário, DJ de 07.05.1993) “As ‘terras indígenas’ versadas pela CF de 1988 fazem parte de um território estatal-brasileiro sobre o qual incide, com exclusividade, o Direito nacional. E como tudo o mais que faz parte do domínio de qualquer das pessoas federadas brasileiras, são terras que se submetem unicamente ao primeiro dos princípios regentes das relações internacionais da República Federativa do Brasil: a sobe rania ou ‘independência nacional’ (inciso I do art. 1º da CF). [...] Há compatibilidade entre o usufruto de terras indígenas e faixa de fronteira. Longe de se pôr como um ponto de fragilidade estrutu ral das faixas de fronteira, a permanente alocação indígena nesses estratégicos espaços em muito facilita e até obriga que as institui ções de Estado (Forças Armadas e Polícia Federal, principalmente) se façam também presentes com seus postos de vigilância, equi pamentos, batalhões, companhias e agentes. Sem precisar de licença de quem quer que seja para fazê-lo. Mecanismos, esses, a serem aproveitados como oportunidade ímpar para conscientizar ainda mais os nossos indígenas, instruí-los (a partir dos conscri tos), alertá-los contra a influência eventualmente malsã de certas organizações não governamentais estrangeiras, mobilizá-los em “A pesquisa científica com células-tronco embrionárias, autorizada pela Lei 11.105/2005, objetiva o enfrentamento e cura de patologias e traumatismos que severamente limitam, atormentam, infelicitam, desesperam e não raras vezes degradam a vida de expressivo con tingente populacional (ilustrativamente, atrofias espinhais progres sivas, distrofias musculares, a esclerose múltipla e a lateral amio trófica, as neuropatias e as doenças do neurônio motor). A escolha feita pela Lei de Biossegurança não significou um desprezo ou desapreço pelo embrião in vitro, porém uma mais firme disposição para encurtar caminhos que possam levar à superação do infortúnio alheio. Isto, no âmbito de um ordenamento constitucional que desde o seu preâmbulo qualifica ‘a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça’ como valores supre mos de uma sociedade mais que tudo ‘fraterna’. O que já significa incorporar o advento do constitucionalismo fraternal às relações humanas, a traduzir verdadeira comunhão de vida ou vida social em clima de transbordante solidariedade em benefício da saúde e contra eventuais tramas do acaso e até dos golpes da própria natu reza. Contexto de solidária, compassiva ou fraternal legalidade que, longe de traduzir desprezo ou desrespeito aos congelados embri ões in vitro, significa apreço e reverência a criaturas humanas que sofrem e se desesperam. Inexistência de ofensas ao direito à vida e da dignidade da pessoa humana, pois a pesquisa com células -tronco embrionárias (inviáveis biologicamente ou para os fins a que se destinam) significa a celebração solidária da vida e alento aos que se acham à margem do exercício concreto e inalienável dos direitos à felicidade e do viver com dignidade (Min. Celso de Mello). [...] A Lei de Biossegurança caracteriza-se como regração legal a salvo da mácula do açodamento, da insuficiência protetiva ou do vício da arbitrariedade em matéria tão religiosa, filosófica e etica mente sensível como a da biotecnologia na área da medicina e da genética humana. Trata-se de um conjunto normativo que parte do pressuposto da intrínseca dignidade de toda forma de vida humana, ou que tenha potencialidade para tanto. A Lei de Biossegurança não conceitua as categorias mentais ou entidades biomédicas a que se refere, mas nem por isso impede a facilitada exegese dos seus textos, pois é de se presumir que recepcionou tais categorias e as que lhe são correlatas com o significado que elas portam no âmbito das ciências médicas e biológicas.” (ADI 3.510, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 29.05.2008, Plenário, DJE de 28.05.2010) “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.” (Súmula Vinculante 11) “A cláusula da reserva do possível – que não pode ser invocada, pelo Poder Público, com o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implementação de políticas públicas definidas na própria Constituição – encontra insuperável limitação na garantia constitucional do mínimo existencial, que representa, no contexto de nosso ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa humana. [...] A noção de ‘mínimo existencial’, que resulta, por implicitude, de determinados precei tos constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III), compreende um complexo de prerrogativas cuja concretização revela-se capaz de garantir condições adequadas de existência digna, em ordem a assegurar, à pessoa, acesso efetivo ao direito geral de liberdade e, também, a prestações positivas originárias do Estado, viabilizado ras da plena fruição de direitos sociais básicos, tais como o direito à educação, o direito à proteção integral da criança e do adolescente, o direito à saúde, o direito à assistência social, o direito à moradia, o direito à alimentação e o direito à segurança. Declaração Univer sal dos Direitos da Pessoa Humana, de 1948 (Artigo XXV).” (ARE 639.337-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 23.08.2011, Segunda Turma, DJE de 15.09.2011) “Reconhecimento e qualificação da união homoafetiva como enti dade familiar. O STF – apoiando-se em valiosa hermenêutica cons trutiva e invocando princípios essenciais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e da busca da felicidade) – reconhece assistir, a qualquer pessoa, o direito funda mental à orientação sexual, havendo proclamado, por isso mesmo, a plena legitimidade ético-jurídica da união homoafetiva como enti dade familiar, atribuindo-lhe, em consequência, verdadeiro esta tuto de cidadania, em ordem a permitir que se extraiam, em favor de parceiros homossexuais, relevantes consequências no plano do Direito, notadamente no campo previdenciário, e, também, na esfera das relações sociais e familiares. A extensão, às uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico aplicável à união estável entre pessoas de gênero distinto justifica-se e legitima-se pela direta incidência, entre outros, dos princípios constitucionais da igualdade, da liberdade, da dignidade, da segurança jurídica e do postulado constitucional implícito que consagra o direito à busca da felicidade, os quais configuram, numa estrita dimensão que privilegia o sen tido de inclusão decorrente da própria CR (art. 1º, III, e art. 3º, IV), fundamentos autônomos e suficientes aptos a conferir suporte legi timador à qualificação das conjugalidades entre pessoas do mesmo sexo como espécie do gênero entidade familiar. [...] O postulado da dignidade da pessoa humana, que representa – considerada a centralidade desse princípio essencial (CF, art. 1º, III) – significativo vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente em nosso País, traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta, entre nós, a ordem republicana e democrática consagrada pelo sistema de Direito Constitucional positivo. [...] O princípio constitucional da busca da felicidade, que decorre, por implicitude, do núcleo de que se irradia o postulado da dignidade da pessoa humana, assume papel de extremo relevo no processo de afirmação, gozo e expan são dos direitos fundamentais, qualificando-se, em função de sua própria teleologia, como fator de neutralização de práticas ou de omissões lesivas cuja ocorrência possa comprometer, afetar ou, até mesmo, esterilizar direitos e franquias individuais. Assiste, por isso mesmo, a todos, sem qualquer exclusão, o direito à busca da feli cidade, verdadeiro postulado constitucional implícito, que se qua lifica como expressão de uma ideia-força que deriva do princípio da essencial dignidade da pessoa humana.” (RE 477.554-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 16.08.2011, Segunda Turma, DJE de 26.08.2011). No mesmo sentido: (ADI 4.277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 05.05.2011, Plenário, DJE de 14.10.2011) “O direito ao nome insere-se no conceito de dignidade da pessoa humana, princípio alçado a fundamento da República Federativa do Brasil (CF, art. 1º, III).” (RE 248.869, voto do Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 07.08.2003, Plenário, DJ de 12.03.2004) “É certo que a ordem econômica na Constituição de 1988 define opção por um sistema no qual joga um papel primordial à livre ini ciativa. Essa circunstância não legitima, no entanto, a assertiva de que o Estado só intervirá na economia em situações excepcionais. Mais do que simples instrumento de governo, a nossa Constituição enuncia diretrizes, programas e fins a serem realizados pelo Estado e pela sociedade. Postula um plano de ação global normativo para o Estado e para a sociedade, informado pelos preceitos veiculados 5 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL defesa da soberania nacional e reforçar neles o inato sentimento de brasilidade. Missão favorecida pelo fato de serem os nossos índios as primeiras pessoas a revelar devoção pelo nosso país (eles, os índios, que em toda nossa história contribuíram decisivamente para a defesa e integridade do território nacional) e até hoje dar mostras de conhecerem o seu interior e as suas bordas mais que ninguém.” (Pet 3.388, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 19.03.2009, Ple nário, DJE de 1º.07.2010) IVAN LUCAS pelos seus arts. 1º, 3º e 170. A livre iniciativa é expressão de liber dade titulada não apenas pela empresa, mas também pelo trabalho. Por isso, a Constituição, ao contemplá-la, cogita também da ‘ini ciativa do Estado’; não a privilegia, portanto, como bem pertinente apenas à empresa. Se de um lado a Constituição assegura a livre iniciativa, de outro determina ao Estado a adoção de todas as provi dências tendentes a garantir o efetivo exercício do direito à educa ção, à cultura e ao desporto (arts. 23, V, 205, 208, 215 e 217, §3º, da Constituição). Na composição entre esses princípios e regras há de ser preservado o interesse da coletividade, interesse público pri mário. O direito ao acesso à cultura, ao esporte e ao lazer são meios de complementar a formação dos estudantes.” (ADI 1.950, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 03.11.2005, Plenário, DJ de 02.06.2006.) No mesmo sentido: (ADI 3.512, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 15-2-2006, Plenário, DJ de 23.06.2006) QUESTÕES DE CONCURSO (CESPE/ STJ/ Técnico Judiciário/ Telecomunicações e Eletricidade/ Conhecimentos Básicos/ 2012) O povo exerce o poder por meio de representantes eleitos ou de forma direta, como nos casos de plebiscito e refe rendo. Resposta: CERTO (FCC/ 2012/ TRT 6ª Região (PE)/ Analista Judiciário/ Execução de Mandados/ 2012) O voto é uma das prin cipais armas da Democracia, pois permite ao povo es colher os responsáveis pela condução das decisões políticas de um Estado. Quem faz mau uso do voto deixa de zelar pela boa condução da política e põe em risco seus próprios direitos e deveres, o que afeta a essência do Estado Democrático de Direito. Entre os fundamentos da República Federativa do Brasil, ex pressamente previstos na Constituição, aquele que mais adequadamente se relaciona à ideia acima ex posta é a: soberania. a. prevalência dos direitos humanos. b. cidadania. c. independência nacional. d. dignidade da pessoa humana. A partir de Montesquieu, com adaptações, tivemos a consolidação do conceito da Teoria da Separação de Pode res do modo como conhecemos hoje. Assim, a separação dos poderes consiste em discriminar as três funções esta tais, quais sejam: a função Legislativa, a Executiva e a Judiciária. Tais funções devem ser atribuídas a três órgãos autônomos e independentes entre si. Tais poderes visam precipuamente evitar o arbítrio e garantir os direitos funda mentais do homem. Montesquieu afirmava também que deveria haver um equilíbrio entre os Poderes. Nessa esteira, contribuiu o ilustre autor com o denominado sistema de freios e con trapesos. Montesquieu afirmava que “precisa-se combinar os Poderes, regrá-los, temperá-los, fazê-los agir; dar a um Poder, por assim dizer, um lastro, para pô-lo em condições de resistir a um outro”. Sistema de freios e contrapesos (checks and balances) O sistema de freios e contrapesos possibilita que cada poder controle outros poderes e que sejam pelos outros con trolados. Sendo assim, além de suas funções típicas, deve riam possuir também funções atípicas. O Poder executivo tem como função típica administrar, mas também as funções legislativa e jurisdicional como fun ções atípicas. Da mesma forma, o Poder Legislativo legisla como função típica, e administra e julga como funções atí picas. Por fim, ao Poder Judiciário cabe julgar como função principal, e legislar e administrar em sua função atípica. Por isso, a ideia de independência e harmonia entre os poderes, visto que eles não estão subordinados uns aos outros, mas apenas se fiscalizam. Funções típicas Funções atípicas Resposta: c Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Inicialmente, o pensador Aristóteles vislumbrava uma divisão das funções estatais onde haveria uma Assembleia, que ficaria responsável por elaborar as leis, um Corpo de Magistrados e um Corpo Judicial. No Século XVII, John Locke esboçou a separação dos poderes, ao propor a classificação entre funções legislativa, executiva, judicial e confederativa. Porém, caberia a Mon tesquieu consagrar esta teoria. 6 Obs.: Poder Executivo Poder Judiciário Poder Legislativo Administrar Julgar Legislar/Fiscalizar Julgar/ Legislar Ex.: Legisla tiva: quando o Presidente da República edita medida provisó ria; Judicante: o Executivo julga, apreciando defesas e recur sos administra tivos. Administrar/ Legislar Ex. Legislativa: Quando elabora seus regimentos internos; Administrativa: concede licença e férias aos seus servidores. Julgar/ Adminis trar Ex.: Judicante: quando julga o Senado, julga o Presidente da República nos crimes de res ponsabilidade; Administrativa: quando concede férias aos seus servidores. A separação entre os poderes tem status de cláu sula pétrea. Dispõe o art. 60, §4º, que “Não será objeto de deliberação a proposta de Emenda ten dente a abolir: [...] III – a separação dos Poderes”. Jurisprudência: “O princípio constitucional da reserva de admi nistração impede a ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à exclusiva competência administrativa do Poder Executivo. É que, em tais matérias, o Legislativo não se qualifica como instância de revisão dos atos administrativos emanados do Poder Executivo. [...] Não cabe, desse modo, ao Poder Legislativo, sob pena de grave desrespeito ao postulado da separação de pode 2. A inviolabilidade do domicílio abrange qualquer com partimento habitado onde alguém exerce profissão ou atividades pessoais, podendo, por exemplo, ser um trailer, um barco ou um aposento de habitação coletiva. 3. Efeito irradiante dos direitos fundamentais é o atributo que confere caráter eminentemente subjetivo a esses di reitos, garantindo proteção do indivíduo contra o Estado. “Separação dos Poderes. Possibilidade de análise de ato do Poder Executivo pelo Poder Judiciário. [...] Cabe ao Poder Judi ciário a análise da legalidade e constitucionalidade dos atos dos três Poderes constitucionais, e, em vislumbrando mácula no ato impugnado, afastar a sua aplicação.” (AI 640.272-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 02.10.2007, Primeira Turma, DJ de 31.10.2007) No mesmo sentido: (AI 746.260-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 09.06.2009, Primeira Turma, DJE de 07.08.2009) 4. Considere que um indivíduo tenha sido denunciado por crime contra o patrimônio há mais de dez anos e que, em razão da quantidade de processos conclusos para sentença na vara criminal do município, ainda não tenha havido sentença em relação ao seu caso. Essa situação retrata hipótese de flagrante violação ao direito fundamental à duração razoável do processo, expressamente previsto na CF. “Direito de greve dos servidores públicos civis. Hipótese de omissão legislativa inconstitucional. Mora judicial, por diversas vezes, decla rada pelo Plenário do STF. Riscos de consolidação de típica omis são judicial quanto à matéria. A experiência do direito comparado. Legitimidade de adoção de alternativas normativas e institucionais de superação da situação de omissão. [...] Apesar das modificações implementadas pela EC 19/1998 quanto à modificação da reserva legal de lei complementar para a de lei ordinária específica (CF, art. 37, VII), observa-se que o direito de greve dos servidores públi cos civis continua sem receber tratamento legislativo minimamente satisfatório para garantir o exercício dessa prerrogativa em conso nância com imperativos constitucionais. Tendo em vista as impe riosas balizas jurídico-políticas que demandam a concretização do direito de greve a todos os trabalhadores, o STF não pode se abster de reconhecer que, assim como o controle judicial deve incidir sobre a atividade do legislador, é possível que a Corte Constitucional atue também nos casos de inatividade ou omissão do Legislativo. A mora legislativa em questão já foi, por diversas vezes, declarada na ordem constitucional brasileira. Por esse motivo, a permanência dessa situação de ausência de regulamentação do direito de greve dos servidores públicos civis passa a invocar, para si, os riscos de consolidação de uma típica omissão judicial. Na experiência do direito comparado (em especial, na Alemanha e na Itália), admite -se que o Poder Judiciário adote medidas normativas como alter nativa legítima de superação de omissões inconstitucionais, sem que a proteção judicial efetiva a direitos fundamentais se configure como ofensa ao modelo de separação de poderes (CF, art. 2º).” (MI 708, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 25.10.2007, Plená rio, DJE de 31.10.2008.) No mesmo sentido: MI 3.322, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 1º.06.2011, DJE de 06.06.2011; MI 1.967, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, julgamento em 24.05.2011, DJE de 27.05.2011. Vide: MS 22.690, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 17.04.1997, Plenário, DJ de 07.12.2006) EXERCÍCIOS (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ EXECUÇÃO DE MAN DADOS/ TRT 10ª REGIÃO/ 2013) À luz da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue os itens a seguir, acerca dos direitos fundamentais. 1. A CF admite a prisão por dívida do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. (CESPE/ TÉCNICO DO MPU/ ADMINISTRAÇÃO/ 2013) Julgue os próximos itens, com base no que dispõe a CF acerca da Administração Pública e da União. 5. É vedada a realização de novo concurso público para o mesmo cargo ou emprego público durante o período de validade de concurso anteriormente realizado. 6. Compete exclusivamente à União preservar as flores tas, a fauna e a flora. (CESPE/ AGENTE DE POLÍCIA/ PCDF/ 2013) Com referên cia à composição da Câmara dos Deputados e às dispo sições constitucionais sobre processo legislativo, julgue os itens subsequentes. 7. A iniciativa popular de lei pode ser exercida tanto no que tange às leis complementares como às leis ordinárias. 8. Terá sempre início na Câmara dos Deputados a vo tação dos projetos de lei de iniciativa popular, das medidas provisórias e dos projetos de lei de iniciativa do presidente da República, do STF e dos tribunais superiores. 9. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ TER-MS/ 2013) Relativamente aos direitos e garantias fundamentais, assinale a opção correta. a. A objeção de consciência é protegida constitucio nalmente, podendo o cidadão invocá-la para eximir -se de obrigação legal a todos imposta e para se re cusar a cumprir prestação alternativa fixada em lei. b. Os analfabetos são inelegíveis. c. A CF autoriza a criação de partido político de cará ter regional, mas condiciona essa criação ao regis tro dos estatutos da agremiação política no TRE. d. O estrangeiro residente no Brasil, por não ser ci dadão brasileiro, não possui o direito de votar e de impetrar habeas corpus. e. A lei que alterar o processo eleitoral e os casos de inelegibilidade terá aplicação imediata, por força do princípio da probidade administrativa. 7 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL res, desconstituir, por lei, atos de caráter administrativo que tenham sido editados pelo Poder Executivo, no estrito desempenho de suas privativas atribuições institucionais. Essa prática legislativa, quando efetivada, subverte a função primária da lei, transgride o princípio da divisão funcional do poder, representa comportamento heterodoxo da instituição parlamentar e importa em atuação ultra vires do Poder Legislativo, que não pode, em sua atuação político-jurídica, exorbi tar dos limites que definem o exercício de suas prerrogativas institu cionais.” (RE 427.574-ED, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 13.12.2011, Segunda Turma, DJE de 13.02.2012.) IVAN LUCAS (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ JUDICIÁRIA/ TJDFT/ 2013) Considerando as disposições constitucionais a respeito do Poder Executivo, julgue os itens seguintes. 10. O presidente da República pode solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua iniciativa, hipótese em que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal te rão, sucessivamente, quarenta e cinco dias para se manifestar sobre a proposição, sob pena de tranca mento da pauta, salvo no que diz respeito às delibera ções com prazo constitucional determinado. 11. A perda de mandato do presidente e do vice-presiden te da República somente ocorrerá nas hipóteses de cassação, em virtude de decisão do Senado, por crime de responsabilidade, ou de declaração de vacância fei ta pelo Congresso Nacional. (CESPE/ DEFENSOR PÚBLICO DE SEGUNDA CATEGO RIA/ DPDF/ 2013) Com relação ao Poder Legislativo, julgue os itens subsequentes. 12. O projeto de lei aprovado nas comissões para as quais tenha sido enviado, na forma e prazo regimentalmente estabelecidos, deve, necessariamente, seguir para vo tação no plenário da respectiva Casa legislativa, pois o modelo constitucional brasileiro não admite a aprova ção de leis por meio de órgãos fracionários da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. 13. Na CF, é expressamente estabelecido que cada legis latura tenha a duração de quatro anos. 14. Uma CPI poderá ser instalada mediante requerimento de um terço dos membros da Câmara dos Deputados, não se exigindo que o requerimento seja submetido a deliberação plenária da Casa. 15. Inserem-se nas competências do TCU a fiscalização das contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital a União participe, nos termos do tratado constitutivo, e a fiscalização de aplicação de quaisquer recursos repassados pela União a estado, ao DF ou a município. (CESPE/ AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ DEPEN/ 2013) No que concerne às noções de direito constitucional, julgue os itens que se seguem. 16. Segundo a Constituição Federal de 1988, é assegura da a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva. Entretanto, tal norma é de eficácia limitada, pois depende de comple mentação de lei ordinária ou complementar para ser aplicada. 17. O princípio da máxima efetividade, invocado no âmbi to dos direitos fundamentais, determina que lhes seja atribuído o sentido que confira a maior efetividade pos sível, com vistas à realização concreta de sua função social. 8 (CESPE/ ANALISTA AMBIENTAL/ IBAMA/ 2013) De acordo com a CF, julgue os itens a seguir. 18. A promoção da ação civil pública para a proteção do meio ambiente e o controle externo da atividade poli cial são funções institucionais do Poder Judiciário. 19. O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibra do é considerado um direito fundamental de terceira geração, em razão de ser baseado no interesse co mum que liga e une as pessoas e ter caráter universal. 20. Considere que uma organização não governamental (ONG), cujo objetivo social seja a preservação do cer rado, constate que um grande produtor rural obteve, do órgão ambiental competente, licença para desma tar uma grande extensão de determinada área de pro teção ambiental. Nessa situação hipotética, no intuito de evitar danos ao meio ambiente, a ONG deverá ajui zar ação popular, pleiteando a nulidade do ato admi nistrativo que concedeu a licença ambiental. (CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ADMINISTRATIVA/ TRT 10ª REGIÃO/ 2013) Com base na CF, julgue os próximos itens, referente à organização dos poderes na República Federativa do Brasil. 21. Em caso de vacância dos cargos de presidente e vice -presidente da República, nos três primeiros anos do mandato, deve-se convocar eleição popular direta, a ser realizada noventa dias depois de aberta a última vaga, assegurando-se aos eleitos um mandato de qua tro anos, permitida a reeleição para um único período subsequente. 22. O sistema bicameral do tipo federativo é adotado no Brasil. 23. Cabe ao Congresso Nacional eleger os membros do Conselho da República. 24. Cabe ao Supremo Tribunal Federal, após autorização da Câmara dos Deputados, processar e julgar os cri mes comuns praticados pelo presidente da República. Julgue os itens seguintes, relativos à organização político -administrativa e à Administração Pública, considerando o disposto na Constituição Federal (CF) e a interpretação dou trinária sobre a matéria. 25. Os municípios e os estados-membros da Federação brasileira são dotados de personalidade de direito in ternacional. 26. O direito à livre associação sindical é assegurado ao servidor público federal. 27. O poder constituinte estadual classifica-se como de corrente, em virtude de consistir em uma criação do poder constituinte originário, não gozando de sobera nia, mas de autonomia. 28. A divisão político-administrativa interna da Federação brasileira é imutável. 29. Por ser competência administrativa comum a todos os entes federados, pode o município de Ouro Preto organizar, manter e executar a inspeção do trabalho. 30. Os estados possuem competência legislativa suple mentar em matéria de direito do trabalho, observadas as normas gerais estabelecidas pela União. (CESPE/ ANALISTA LEGISLATIVO/ CONSULTOR DE ORÇAMENTO E FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA/ CÂMARA DOS DEPUTADOS/ 2014) Acerca da apreciação de MPs pelo Congresso Nacional, conforme disposto na Resolução n. 1/2002-CN, julgue os itens subsequentes. 31. É vedada a apresentação de emendas que versem sobre matéria estranha àquela tratada na MP, caben do ao plenário da comissão mista que irá emitir pare cer o seu indeferimento liminar. 32. Nas quarenta e oito horas que se seguirem à publica ção de MP, o presidente da Mesa do Congresso Na cional designará uma comissão mista para sobre ela emitir parecer, salvo se se tratar de MP que abra cré dito extraordinário à lei orçamentária anual, caso em que ela será examinada e receberá parecer da CMO. 33. A eleição para a presidência das comissões mistas constituídas para apreciar MPs observará o critério de alternância entre a Câmara dos Deputados e o Se nado Federal, devendo o relator ser designado pelo presidente, em cada caso, entre os membros da co missão pertencentes à Casa diversa da sua. (ANALISTA LEGISLATIVO/ CONSULTOR DE ORÇAMENTO E FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA/ CÂMARA DOS DEPUTA DOS/ 2014) Acerca da Resolução n. 1/2002-CN, que dispõe sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional, das MPs a que se refere o artigo 62 da CF, julgue os próximos itens. 38. Se a Câmara dos Deputados aprovar MP editada pelo presidente da República e encaminhá-la ao Senado Federal, e, neste, houver modificação do texto, a MP terá de ser reconduzida à casa iniciadora, onde a alte ração, sob a forma de emenda, deverá ser apreciada em turno único, vedadas quaisquer novas alterações. 39. Caso o presidente da República edite duas MPs, uma que altere dispositivos do Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Federais e outra que abra crédito extraordinário à lei orçamentária anual, caberá à Pre sidência da Mesa do Congresso Nacional designar co missão mista para emitir parecer sobre ambas as MPs. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ADMINISTRATIVA/ TRT 17ª REGIÃO/ 2013) No que se refere aos poderes execu tivo, legislativo e judiciário e às funções essenciais à justiça, julgue os itens. 40. Compete ao Senado aprovar a escolha do ministro do Supremo Tribunal Federal e à Câmara dos Deputados apreciar a indicação do procurador-geral da República. 41. O presidente da República pode dispor sobre a orga nização da Administração Pública por decreto autôno mo, dispensado o exame pelo Congresso Nacional, quando não ocorrer aumento de despesa ou criação ou extinção de órgão público. 42. É vedada a participação de magistrados no Conselho Nacional de Justiça por ser este um órgão de controle externo do Poder Judiciário. (CESPE/ AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ DEPEN/ 2013) Com base nas disposições constitucionais aplicáveis ao direito penal, julgue os itens a seguir. 43. Ao Supremo Tribunal Federal compete, originariamen te, processar e julgar o presidente da República nos crimes de responsabilidade. 34. O direito penal brasileiro não admite penas de bani mento e de trabalhos forçados. (CESPE/ AGENTE DE POLÍCIA/ PCDF/ 2013) Relativa mente ao Poder Judiciário e ao Ministério Público (MP), julgue o item seguinte. 35. A ação de grupos armados civis contra o Estado de mocrático constitui crime insuscetível de graça ou anistia. (CESPE/ ANALISTA DO MPU/ DIREITO/ MPU/ 2013) Acerca do processo legislativo, julgue os seguintes itens. 36. Promulgação é ato que incide sobre projeto de lei, transformando-o em lei e certificando a inovação do ordenamento jurídico. 37. É expressamente vedada a edição de medidas pro visórias que versem sobre matérias de direito penal, processual penal e processual civil. 44. O ingresso na carreira da magistratura ocorre median te concurso público de provas, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade advocatícia. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ OFICIAL DE JUSTIÇA/ AVALIADOR FEDERAL/ TJDFT/ 2013) Em relação ao direito constitucional, julgue o item a seguir. 45. A supremacia da Constituição e a missão atribuída ao Poder Judiciário na sua defesa têm papel de destaque no sistema geral de freios e contrapesos concebido pelo constitucionalismo moderno como forma de con ter o poder. 9 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ ADMINISTRATIVA/ TRT 10ª REGIÃO/ 2013) Com referência à organização político -administrativa brasileira, julgue os próximos itens. (CESPE/ ADMINISTRADOR/ FUB/ 2013) Julgue o item seguinte, acerca dos direitos e garantias fundamentais. 46. À luz dos preceitos constitucionais, é possível que uma pessoa detenha a nacionalidade brasileira, mas não possa exercer a sua cidadania. IVAN LUCAS 47. O direito à imagem preserva os atributos ou predica dos da pessoa, atributos esses que a fazem merece dora de apreço no convívio social. 48. A imunidade contra a autoincriminação é traduzida como garantia constitucional e consiste no direito de deixar de responder a uma indagação de autoridade pública cuja resposta possa advir ao declarante a im putação de uma infração penal. 49. Um cidadão naturalizado brasileiro não pode ser eleito para o cargo de senador da República. (ANALISTA DO MPU/ DIREITO/ MPU/ 2013) Julgue os itens seguintes, referentes à organização político-administrativa. 50. De acordo com o STF, é inconstitucional lei distrital que disponha sobre bingos e loterias, por desrespeitar competência legislativa privativa da União. 51. Caso a União edite lei que disponha sobre normas gerais concernentes a procedimentos em matéria pro cessual, estado da Federação poderá legislar sobre matérias específicas concernentes a esse tema. (CESPE/ TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ADMINISTRATIVA/ TJDFT/ 2013) A respeito dos direitos e garantias fundamentais, julgue os itens que se seguem. 52. Os recrutados pelas forças armadas não podem alis tar-se como eleitores durante o período em que estive rem cumprindo o serviço militar obrigatório. 53. Partido político poderá receber recursos financeiros de governo estrangeiro, desde que faça a declaração es pecífica desses valores em sua prestação de contas. 54. Conforme disposição da CF, será brasileiro nato o filho, nascido em Paris, de mulher alemã e de embaixador brasileiro que esteja a serviço do governo brasileiro naquela cidade quando do nascimento do filho. 55. Cidadão brasileiro que tiver trinta anos de idade pode rá ser candidato a senador, desde que possua pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral, filiação partidária e domicílio eleitoral no estado pelo qual pretenda concorrer. (CESPE/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ JUDICIÁRIA/ TJDFT/ 2013) No que concerne ao Poder Judiciário, julgue os itens subse quentes. 56. A atuação do Conselho Nacional de Justiça concentra -se no controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura. 10 GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. C C E C E E C C B C E E C C E E C E C E E C E C E C C E E E E C C C E C C C E E C E E E C C E C E C C C E C E C NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO S U M ÁRI O FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL. CULTURA ORGANIZACIONAL.................................................................432 GESTÃO DE PESSOAS. EQUILÍBRIO ORGANIZACIONAL. OBJETIVOS, DESAFIOS E CARACTERÍSTICAS DA GESTÃO DE PESSOAS. COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL: RELAÇÕES INDIVÍDUO/ORGANIZAÇÃO, MOTIVAÇÃO, LIDERANÇA, DESEMPENHO...............................................................................448 GESTÃO DA QUALIDADE E MODELO DE EXCELÊNCIA GERENCIAL. PRINCIPAIS TEÓRICOS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A GESTÃO DA QUALIDADE. CICLO PDCA. FERRAMENTAS DE GESTÃO DA QUALIDADE. MODELO DO GESPUBLICA...................................................................................................472 NOÇÕES DE GESTÃO DE PROCESSOS: TÉCNICAS DE MAPEAMENTO, ANÁLISE E MELHORIA DE PROCESSOS..................................................................................................................................................471 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS........................................................................476 NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA. ARQUIVÍSTICA: PRINCÍPIOS E CONCEITOS. LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA. GESTÃO DE DOCUMENTOS. PROTOCOLOS: RECEBIMENTO, REGISTRO, DISTRIBUIÇÃO, TRAMITAÇÃO E EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTOS. CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO. ARQUIVAMENTO E ORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO. TABELA DE TEMPORALIDADE DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO. ACONDICIONAMENTO E ARMAZENAMENTO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO. PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO................................498 ADMINISTRAÇÃO GERAL • o estudo científico da administração levava à Ao utilizar o conceito de administração adotado pelo dicionário enciclopédico ilustrado Veja Larousse, temos a seguinte informação: • a economia e a eficiência eram os objetivos bási s.f. 1. Ação, processo ou efeito de administrar. 2. Ação de governar ou gerir negócios públicos ou particulares. 3. Direção, chefia, no organograma de uma instituição pública ou particular. 4. Normas e funções que tem por objetivo disciplinar os elemen tos de produção e submeter a produtividade a um controle de qualidade. 5. Secretaria, repartição, di visão etc. que tenha um administrador como chefe. 6. P.ext. Instalações de direção de uma empresa, instituição etc. (...) BRUNO EDUARDO Podemos inferir a partir do significado acima, e com alguns destaques, que o conceito de administração envolve gestão, que por sua vez faz inferência sobre como gerenciar algo, que pode ser qualquer tipo de recurso, como humano, pessoal, financeiro etc. O administrador tem algumas funções essenciais que constantemente são cobradas em concursos públicos: Pla nejamento, Organização, Direção e Controle. Não existem apenas essas funções, mas são as mais tratadas no con ceito de administrar algo, pois nada se faz antes de realizar o planejamento, e logo em seguida o administrador irá estru turar o plano para depois inserir as pessoas e demais recur sos, e em todas as fases prever o controle, numa espécie de ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act). Nosso objetivo inicial é apresentar uma breve história sobre a evolução da administração e também seus princi pais autores. Considero que o maior problema do aluno que esteja estudando a evolução da administração pela primeira vez é a de querer decorar e não compreender como acon teceu. Quando se busca a segunda forma de aprendizado, podemos criar links sobre o conteúdo, e assim compreender a lógica que existe na evolução de qualquer disciplina. Antes de avançar o conteúdo sobre as principais teo rias, vou utilizar o conteúdo da OSM – Organização, Sistemas e Métodos. A obra de Antonio Cury, em seu livro de Organização e Métodos – Uma visão holística – aborda a evolução da administração em duas linhas, a tradicional e a behaviorista. Vou utilizar essa abordagem por agora para demonstrar que a administração na linha do mecanicismo e na linha das pessoas. A escola tradicional tinha uma abordagem mecanicista, com foco na produtividade e na máquina. A partir desse con texto de estudo podemos afirmar que surgiram de forma científica os primeiros conceitos de estruturas, departamen talizações, atividades das empresas, produção etc. A obra de Cury apresenta as principais características, veja: A escola tradicionalista apresentava as seguintes doutrinas centrais: • fazia uma rígida separação entre política (tarefa do legislativo) e administração (incumbência do executivo); • considerada a administração como ciência, con dição encontrada para conseguir aceitação da administração na sociedade; 2 descoberta de princípios; cos da administração. Com base no apresentado, podemos já obter a infor mação de que a administração queria ser reconhecida, apre sentando seus estudos, em busca da eficiência. Em paralelo temos a escola behaviorista, que busca estudar o comportamento humano ou as relações humanas, com foco na análise estrutural-funcional, introduzindo na administração conceitos como cultura e clima organizacio nais. Na obra de Cury é demonstrada algumas das princi pais características, veja: A escola behaviorista defendia as seguintes doutri nas centrais: 1. Política e administração constituem um continuum, não tendo nenhum sentido a separação exis tente, pois o processo administrativo está cada vez mais permeado pelos fatores políticos, o que é mais acentuado ainda à medida que se “sobe” na escala hierárquica. 2. Administração é ao mesmo tempo ciência e arte. É ciência, como um conjunto de conhecimentos sis tematizados e é arte quando se trata da aplicação desses conhecimentos. Todavia, os behavioristas não consideravam importante a colocação da ad ministração como ciência ou arte, pois entendia ser mais prático saber aplicar os conhecimentos e teo rias na solução de problemas nas empresas. 3. O estudo da administração, naquela época como ainda hoje, não permite a elaboração de princípios com as mesmas características de rigidez e de uni versalidade com que eles são formulados nas ciên cias exatas. Admitindo-se princípios, em administra ção, ou nas ciências sociais, eles seriam muito mais tendenciais do que exatos. 4. A eficácia, e não mais a economia e a eficiência, passa a ser o objetivo central da administração. A eficácia corresponde a uma eficiência humanizada, isto é, atingir os objetivos de forma mais racional possível, com um mínimo de perda dos valores hu manos; a eficácia desloca a ênfase dos insumos para os produtos. 5. Novo conceito de liderança e autoridade, como decorrência das influências do movimento de dinâ mica de grupo. Para os tradicionalistas, a autorida de era imposta por função do cargo e a liderança era exercida por meio de autoridade. Para os beha vioristas, contudo, a autoridade é aceita, não impos ta, e a liderança é exercida por meio de influência do grupo e do meio ambiente intimamente rela cionados. 6. O processo decisório passa a ser pedra angular da administração, pois, passando a decisão de ato individual, profundamente centralizado (tradiciona listas), para o ato coletivo, com base na situação (behavioristas), foram suas fases estudadas e bas tante enfatizadas. 7. O planejamento era esporádico, usado em situa ção de crise; com o advento dos behavioristas e a identificação da necessidade de informações cada vez mais completas e precisas, o planejamento foi institucionalizado, passando a ser uma função de caráter permanente. Após uma análise das duas escolas, podemos deduzir que a tradicional estava mais preocupada com a linha de produção das indústrias e empresas, enquanto a behaviorista estava mais preocupada com as pessoas. O primeiro destaque que quero apresentar é a busca de cada escola, uma na eficácia (tradicional) e a outra na eficiência (behaviorista). Costumo explicar que primeiramente, quando estávamos buscando a eficácia, passamos a perder a eficiência, o que se tornou a próxima busca, e depois (dias atuais) estamos na busca de todos os E’s, incluindo eficácia, eficiência, efetividade, economicidade, excelência num processo de execução (gestão da qualidade, 6E’s). Analise as principais diferenças entre as duas escolas. Tradicionalistas 1940 Behavioristas AUTORIDADE: aceita e não imposta. LIDERANÇA: exercida por meio da autoridade. LIDERANÇA: influência do grupo e do meio ambiente intimamente relacionados. EFICIÊNCIA: ponto de vista mecânico – maior produção. EFICIÊNCIA: eficácia; eficiência humanizada, ligada aos objetivos. INCENTIVOS: sociais ou financeiros. INCENTIVOS: sociais e financeiros, simultaneamente. TRABALHO: meio de subsistência. TRABALHO: não só satisfação das necessidades, mas também afirmação social. CONTROLE: por meio do comando – vertical e sobre pessoas. CONTROLE: com base na comunicação; atividade de caráter permanente; circular; controle de fatos e não de pessoas. PLANEJAMENTO: esporádico; usado em situa ções de crise. PLANEJAMENTO: mutável em função do controle de caráter permanente. O planeja mento é institucionalizado. ORGANIZAÇÃO: como estrutura burocrática. ORGANIZAÇÃO: como instituição social. MEIO AMBIENTE DE TRABALHO: autocrático. MEIO AMBIENTE DE TRABALHO: democrático. DECISÃO: como ato individual, profundamente centralizado. DECISÃO: Como ato coletivo, com base na situação. MUDANÇA TECNOLÓGICA: por ordem. MUDANÇA TECNOLÓGICA: por consulta. LUCRO: de qualquer maneira. LUCRO: como responsabilidade social. INFORMAÇÕES: incompletas e imprecisas. INFORMAÇÕES: completas e precisas. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO AUTORIDADE: de cima para baixo. Fonte: PFIFFNER, SHERWOOD. Organización administrativa (com adaptações do autor). TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Nosso estudo agora irá avançar conforme explicamos sobre as escolas tradicional e behaviorista, verificando as teorias da administração, intitulado pelos administradores como TGA. Observe que em um curso de graduação em administração uma das primeiras matérias a se aprender é justamente a TGA e também seus principais autores. Antes de falar da primeira teoria, vou apresentar a vocês o Pai da Administração, principal autor da Teoria Científica, Taylor. Frederick Winslow Taylor A obra de Daniel Goleman, em Os Mestres da Admi nistração é muito interessante para quem queira saber um pouco mais sobre os principais autores da administração. Em seu livro ele relata um pouco sobre a vida e carreira do autor, principais marcos entre o nascimento e morte, mas o que nos interessa saber é parte do pensamento chave, veja: A obra seminal de Taylor - The Principles of Scien tific Management - foi publicada seis anos antes de sua morte. Nela, apresenta suas ideias de “ad ministração científica” (hoje às vezes chamada de “taylorismo”), que diferia dos métodos de adminis tração tradicional de “iniciativa e incentivo”. Essas ideias formar um acervo de trabalho se sua vida e incluíam vários exemplos dos lugares onde traba lhou. Os quatro princípios da administração são os seguintes: • Cada parte de um trabalho é analisada “cientifica mente”, e é concebido o método mais eficiente para executá-la-a “melhor maneira” de trabalhar. Isso consiste em examinar os instrumentos necessários para desempenhar o trabalho e medir a quantida de máxima que um trabalhador de “primeira classe” pode realizar em um dia. Assim, a previsão é de que os trabalhadores executem essa mesma quantida de de trabalho diariamente. • A pessoa mais adequada para realizar o trabalho é escolhida, de novo, “cientificamente”. O trabalhador é ensinado a fazer o trabalho exatamente como foi concebido. Todos, segundo Taylor, têm capacidade para ser de “primeira classe” em algum trabalho. É função da administração descobrir que trabalho é adequado para cada empregado e treiná-los até que sejam de primeira classe. • Os gerentes devem cooperar com os trabalha dores para assegurar que o trabalho seja feito de maneira científica. 3 • Há nítida “divisão” de trabalho e responsabilidade entre a administração e os trabalhadores. Os geren tes preocupam-se com o planejamento e sua pre visão do trabalho, e os trabalhadores o executam. Até os dias atuais Frederick Winslow Taylor é usado como referência na administração. Comum ser abordado em prova sobre desconsiderar suas teorias. (CESPE/ TCE-RO/ AGENTE ADMINISTRATIVO/ 2013) As ideias e princípios propostos por Winslow Taylor, que liderou o movimento da administração científi ca, não são empregados atualmente, devido à evo lução das relações de trabalho, aos avanços tecno lógicos e aos novos modelos de gestão. BRUNO EDUARDO A questão acima está ERRADA, por afirmar que suas ideias não são empregadas atualmente. Taylor, Pai da Admi nistração, inseriu o princípio do planejamento, e hoje é con siderado uma função essencial à administração. Cuidado, questões como essa costumam se repetir, mas cuidado redobrado, pois o planejamento existe a mais tempo, e já vi em prova abordar que o planejamento se iniciou com Taylor, ERRADO também. Podemos afirmar, que cientificamente, o planejamento se iniciou com Taylor, mas os primeiros princí pios da administração foram registrados nos projetos arqui tetônicos e de engenharia e construção das pirâmides, com os egípcios, e o plano de salários foi registrado na Babilônia no Código de Hamurábi, assim como em Hebreus consta princípios de organização para o Êxodo de Moisés. Às vezes brinco, desde que o mundo é mundo, existe administração. Outro ponto a destacar é quando questiono em sala de aula se as pessoas se motivam por dinheiro. Taylor tratou da recompensa, e assim denominou o “homem econô mico” aquele que se motiva por dinheiro. Atualmente esse “homem” não existe, pois com os avanços dos estudos sobre as pessoas chegamos ao conceito de que o homem é um ser complexo. Veja o que o autor nos trouxe: Recompensas: “Para uma recompensa ser mais eficaz em estimular os homens a fazer seu melhor trabalho, deve ser dada logo após ao término da ta refa... O trabalhador comum deve poder avaliar o que realizou e ver claramente sua recompensa no fim de cada dia, se dor para dar o melhor de si.” Na opinião de Taylor, era inútil envolver os trabalhado res do chão-de-fábrica nos planos de participação de lucros de fim de ano. Muitas teorias tratam que no pensamento de Taylor, quanto mais se produz, mais se recebe, e assim surge o conceito de que o homem se motiva com dinheiro, uma vez que para receber maior salário terá que produzir cada vez mais, e produzindo cada vez mais o patrão também estará ganhando em contrapartida. As teorias administrativas se organizam nas seguintes escolas: Escola Clássica • 1903 – Teoria Científica (Taylor); • 1906 – Teoria Clássica (Fayol); • 1909 – Teoria Burocrática (Weber). 4 Escola Neoclássica • 1932 – Teoria das Relações Humanas; • 1947 – Teoria Estruturalista. Escola Contemporânea • 1951 – Teoria de Sistemas; • 1957 – Teoria Comportamental; • 1962 – Teoria do Desenvolvimento Organizacional; • 1972 – Teoria Contingencial. Para compreendermos alguns conceitos e assim não confundi-los, vamos a algumas explicações. A primeira escola é chamada de clássica, e como podemos ver, na Escola Clássica são tratadas três teorias, incluindo a Teoria Clássica. Destaco esse ponto, pois é comum o aluno que esteja estudando pela primeira vez TGA se confundir quando falamos de ESCOLA e quando falamos de TEORIA. Mas a confusão não para por aí. Na obra do Chiavenato ele organizou as teorias também em abordagens, e assim as bancas, principalmente CESPE, passaram a adotar a forma de abordagem. Quando se fala em Abordagem Clássica você terá que se lembrar de dois autores, ou duas teorias, da Escola Clássica. ABORDAGEM CLÁSSICA é dividida em TEORIA CIENTÍFICA e TEORIA CLÁSSICA. Agora descomplicando. A ESCOLA clássica trata de três teorias, a científica, clássica e burocrática. A ABORDA GEM clássica trata de duas teorias, a científica e a clássica. A TEORIA clássica trata dos estudos realizados por Henry Fayol e outros autores colaboradores. Enquanto Taylor estava realizando seus estudos nos Estados Unidos da América, Fayol estava realizando seus estudos na Europa. O primeiro teve foco nas indústrias, enquanto o segundo teve o foco nas empresas. Há uma discussão de que Fayol “copiou” as técnicas de Taylor, mas administrativamente isso foi descartado, pois ambos apesarem de estarem falando as mesmas coisas os focos foram diferentes. Alguns autores afirmam que Fayol poderia ter sido o Pai da Administração se tivesse publicado sua obra em inglês, primeiro que Taylor, porém, ele publicou sua obra em francês, e depois teve sua tradução feita para o inglês, e assim conhecimento amplo na Europa e América. Entendida essa parte, vamos às Teorias. Teoria Científica Como visto, Taylor foi o principal autor da teoria cien tífica, tanto que é conhecido como o Pai da Administração. Em seus estudos foram apresentados os Princípios da Admi nistração Científica: Planejamento, preparo, controle e exe cução. De forma resumida, pois tratamos o detalhamento acima, os princípios nos trazem os seguintes conceitos: • Planejamento: substituir a improvisação pela ciên cia; • Preparo: selecionar trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los, treiná-los (preparar também máquinas); • Controle: controlar o trabalho para que seja execu tado com base no plano previsto; • Execução: distribuir distintamente as atribuições e responsabilidades. Lembre-se que Taylor direcionou seus estudos para a eficácia e também para a indústria, e assim quando se fala em estudo dos tempos e movimentos há uma busca de tentar otimizar a produção para que ela fique cada vez mais rápida, e assim a empresa passe a produzir mais. Essa téc nica pode ser comprovada com Henry Ford, em sua famosa frase: “O carro é disponível em qualquer cor, contanto que seja preto.” Quando se analisa a frase de Ford, o que temos é que ele conseguiu otimizar sua produção, em questão não só de tempos e movimentos, mas também de padronização na produção, de forma a produzir cada vez mais em menos tempo. A tinta preta era a que tinha secagem mais rápida. Taylor, quando apresenta o estudo da fadiga humana, não pense você que o foco era o estudo comportamental, mas era a forma de tentar otimizar a produção extraindo o máximo que o operário poderia oferecer. E ao tratar da divi são e especialização do operário, pense em operários fortes carregando caixas e operários fracos no campo intelectual. A divisão não tinha muito parâmetro como os atuais, em asso ciarmos as competências, habilidades e atitudes, mas já era um parâmetro de dividir as tarefas conforme a capacidade de cada operário, e assim poder prepará-lo para a atividade a ser exercida. O desenho de cargos e tarefas pode ser entendido atualmente como plano de cargos e salários, pois é nele que se prevê as tarefas e atividades relativas ao cargo ocu pado. Nessa abordagem podemos confirmar que desde que a administração foi apresentada como ciência houve uma preocupação em atender o conceito de gestor de recursos humanos, pois na teoria o gestor é responsável por atender aos objetivos institucionais e individuais, confirmada pelos dois próximos tópicos, que tratam dos incentivos salariais e prêmios de produção, e finalmente o conceito de homus economicus. Como tratado anteriormente, foi definida a primeira motivação do homem, em que ele se motiva em troca de dinheiro, e assim quanto mais receber financeiramente, mais estará motivado a produzir para a organização. Já tratamos que hoje não é bem assim, tanto que na abordagem compor tamental há vários fatores, incluindo o aspecto social, mas para início de teoria, o dinheiro pode ter sido a motivação mais fácil de ser conceituada. Outro aspecto em que tentou se estudar a motivação envolve o ambiente físico de trabalho, em que foram analisa dos aspectos como disposição dos materiais, das ferramen tas, inclusive a iluminação. Conhecida como a experiência de Hawthorne, coordenada por Elton Mayo, pai das relações humanas foram realizados testes que em resumo verifica ram se numa sala com iluminação precária o desempenho seria menor em relação a outra sala com iluminação ade quada. O teste acabou revelando que as pessoas se moti vam com algo mais, como por exemplo, se for informado ao operário que ele será avaliado naquele dia o desempenho dele será maior que nos demais dias. O experimento de Hawthorne será detalhado adiante na teoria das relações humanas. Lembre-se que Taylor estava centrado nas indústrias, e assim, como meio de produção, foram considerados os métodos de trabalho, e na produção é comum haver padro nização e uso de equipamentos. Henry Ford aplicou as téc nicas de padronização de métodos e de máquinas a ponto de utilizar os caixotes de madeira em que vinham as peças do motor no assoalho dos veículos produzidos, além de pro duzir apenas carros na cor preta devido à secagem ser num menor tempo em comparação às demais cores. E para finalizar a supervisão funcional, que é também considerado um dos princípios de Taylor, quando trata da divi são de tarefas. Além de dividir os trabalhos entre os subor dinados, há a necessidade de haver supervisores, criando assim uma cadeira hierárquica entre chefias e subordina dos. Podemos dizer que já se inicia conceitos como níveis estratégicos, táticos e operacionais, abordados adiante ao se estruturar organizações. Lembre-se, até o nível opera cional tem supervisão. Me recordo da questão “cespiana” da qual abordar esse tema, em que há supervisão no nível operacional, e muitos alunos questionarem, pensando que o nível operacional existem apenas os operários. Além dos operários, seus respectivos supervisores. Com o que vimos até agora, avalie a próxima questão: (CESPE/ ICMBIO/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2014) Acerca da abordagem clássica da administração, julgue os itens a seguir. A principal preocupação de Taylor era o aumento da eficiência na produção, o que reduziria os custos e aumentaria os lucros, possibilitando aumentar a remuneração do trabalhador a partir de sua maior produtividade. Ao afirmar que Taylor estava preocupado com a efici ência na produção podemos já utilizar o conteúdo apresen tado, pois além de direcionar seus estudos para a indústria, a escola tradicional estava preocupada com a eficiência. Ao dizer que tinha como preocupação a redução dos custos, vimos que na ORT estudou-se os tempos e movimentos. Quando se trata de aumentar a remuneração do trabalhador, tenha em mente o homem econômico, que se motiva com dinheiro, e por fim, assim teremos mais produtos na indústria a serem oferecidos aos clientes, elevando a venta e o lucro do patrão. Em outras palavras, item CERTO. O que não podemos afirmar é que Taylor teve seus estudos centrado nas pessoas, por mais que aparentemente tenha estudado. A escola tradicional teve foco na estrutura da organização. Analise este próximo item: (CESPE/ TELEBRÁS/ ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES/ ADMINISTRATIVO/ 2013) No que se refere à evolução da administração e ao processo administrativo, julgue os itens a seguir. A abordagem clássica da administração dá ênfase às pessoas e objetiva conhecer as aspirações mais profundas dos indivíduos. 5 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO Taylor também colaborou com os fundamentos da Organização Racional do Trabalho – ORT. Nesse estudo foram abordados: • Análise do trabalho e estudo dos tempos e movi mentos; • Estudo da fadiga humana; • Divisão do trabalho e especialização do operário; • Desenho de cargos e de tarefas; • Incentivos salariais e prêmios de produção; • Conceito de homus economicus; • Condições ambientais de trabalho, como ilumina ção, conforto etc.; • Padronização de métodos e de máquinas; • Supervisão funcional. BRUNO EDUARDO A abordagem clássica, que trata das teorias científica e clássica, não deu ênfase às pessoas, por mais que seus princípios hoje contribuam às pessoas. Quem tratou de estu dar as pessoas foram os behavioristas, com início de estu dos na Teoria das Relações humanas. Nosso foco de estudo será em organizar didaticamente o conteúdo para que você o entenda melhor, e assim, iremos fazer um caminho para a estrutura e depois voltaremos ao ponto inicial, Teoria Científica, e iremos num caminho com portamental. Em outras palavras, didaticamente seguiremos as seguintes teorias: Científica, Clássica, Burocrática, Estru turalista, Sistêmica e Teoria Contingencial. No lado compor tamental iremos seguir o caminho das seguintes teorias: Relações Humanas e Comportamental. Veja que exclui do nosso caminho duas teorias, a Cien tífica e a de Desenvolvimento Organizacional. A primeira por ser o marco inicial, e a segunda por tratar tanto de estruturas quanto de pessoas. Antes de avançarmos para a teoria clássica, vejamos algumas críticas da teoria científica: • Mecanicismo da administração científica; • Superespecialização do operário; • Visão microscópica do homem; • Ausência de comprovação científica; • Abordagem incompleta da organização; • Limitação do campo de aplicação; • Abordagem prescritiva e normativa; e • Abordagem do sistema fechado. A teoria científica foi rígida, não permitindo análise do comportamento humano, e por isso é considerada mecâ nica. Quando tratou de treinar o operário ele se tornou um super-operário e consequentemente não havia substitutos. A visão microscópica se dá ao fato de olhar apenas para o interior da organização, sem considerar o aspecto externo, e também excluir o estudo comportamental, mais uma vez, e com isso é considerada uma abordagem incom pleta e limitada. Foi baseada em manuais, regimentos, ele vando a rigidez estrutural, e assim é considerado um sis tema fechado (estrutura). Agora um grande ponto: as teorias de Taylor foram publicadas pouco antes de sua morte, não tendo sido com provadas cientificamente, apesar de serem aplicadas até os dias modernos, fechando assim com ausência de compro vação. Ainda, na teoria científica, foi tratada a divisão de tarefas. Embora a Indústria já estivesse utilizando e enfatizando a especialização desde o começo da Revolução Industrial, foi enfaticamente defendida pelos proponentes da adminis tração científica. Adam Smith defendeu a divisão de tarefas usando três argumentos: • Aumento da perícia de cada operário tomado indi vidualmente; • Popança de tempo que se perde quando se passa de uma tarefa para outra; • Invenção de grande número de máquinas que facili tam e encurtam o trabalho e permitem a um homem realizar a tarefa de vários. 6 Henry Fayol Utilizando novamente a obra de Daniel Goleman, temos informações valiosas para qualquer estudante de adminis tração, pois podemos aprender um pouco mais sobre os mestres da administração, incluindo Fayol. Fayol foi o principal autor da Teoria Clássica e assim podemos ver que seus estudos tiveram como pensamentos chaves os elementos da administração: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. • Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação; • Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa; • Comandar: dirigir e orientar o pessoal; • Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos; • Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas. Quando se fala em prever, entenda planejar. “Um bom plano de ação deve ser flexível, contínuo, relevante e preciso. Sua função é unificar a organização com base em sua natureza, prioridade e situação dos negócios; previsões de longo prazo para o setor e a economia; intuições dos principais pensadores; análises dos setores estratégicos por pessoal especializado.” Ao se falar em organizar entenda também como estru turar. “Organizar é uma questão tanto de linhas de responsabilidade e autoridade como de fluxo de comunicação e utilização de recursos.” Coordenar “envolve a determinação do comento certo do sequenciamento das atividades para que haja entrosamento perfeito; fazer a distribuição apropriada de recursos, tempo e prioridade; e adaptar os meios aos fins”. O elemento de comando está associado ao de chefia e para isso é necessário conhecer sua equipe, eliminar os incompetentes, dar o exemplo, realizar supervisão, tomar decisões com informações de assistentes, buscar lealdade dos funcionários, entre outros aspectos. Poderíamos dizer que envolve o conceito de liderança, mas o líder busca o resultado com o auxílio das pessoas, e como estamos numa linha tradicional as pessoas ainda não foram o foco de estudo. Por fim o elemento de controle, em que envolve a adoção de meios para que os resultados obtidos sejam os mesmos previstos inicialmente no plano. O fato de muitos autores questionarem os trabalhos de Fayol é justamente por ele dizer “a mesma coisa” que Taylor. Mas hoje o pensamento está pacificado em que Fayol, apesar de dizer coisas semelhantes, seus estudos foram centrados nas empresas e nas estruturas, enquanto Taylor estava centrado nas indústrias e nas tarefas. Cuidado na hora da prova para não confundir os princí pios de Taylor com os elementos de Fayol. (CESPE/ ICMBIO/ TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ 2014) A abordagem clássica da administração é um dos marcos para o entendimento de como as teorias organizacionais evoluíram. Outras contribuições A questão anterior relaciona os princípios de Taylor como se fossem os elementos de Fayol, e assim o item fica ERRADO. Quem nos trouxe o planejamento, preparo, controle e execução foi Taylor, já Fayol nos trouxe previ são, organização, comando, coordenação e controle. Fique atento. 3. A informação deve estar disponível no lugar certo, na hora certa, para as pessoas certas e com o menor cus to possível. Este é o princípio básico da: a. gestão de documentos. b. administração de arquivos. c. ordenação documental. d. terminologia arquivística. e. teoria arquivística. 4. O processo feito através da análise e seleção de um documento, com vistas à fixação de prazos para sua guarda ou eliminação, contribuindo, assim, para a ra cionalização dos arquivos, denomina-se: a. destinação. b. avaliação. c. transcrição. d. transferência. e. descrição. 5. O primeiro instrumento de pesquisa a ser elaborado tanto para os fundos de arquivos públicos, quanto para os de arquivos privados, é o: a. relatório de atividades. b. conteúdo do documento. c. manual de tarefas. d. inventário sumário. e. planejamento arquivístico. 6. O que indica se uma guia é primária, secundária, sub sidiária ou especial é a: a. projeção. b. localização. c. posição. d. expansão. e. notação. 7. A maneira como os documentos estão dispostos, levando-se em conta a classificação e a codificação adotadas, constitui a etapa de: a. armazenamento. b. trâmite. c. ordenação. d. autuação. e. distribuição. 8. A espécie dos documentos está ligada a seu aspecto formal. Existem várias maneiras de registrar as infor mações nos documentos. Os formados por registros que fundamentam fatos ou ocorrências são chamados atos do seguinte tipo: a. de assentamento. b. normativos. c. enunciativos. d. de ajuste. e. de correspondência. 9. Os documentos de valor secundário constituem os ar quivos classificados como: a. correntes. b. temporários. c. pré arquivos. d. transitórios. e. permanentes. Teoria Clássica A teoria clássica, como vimos, é uma subdivisão da abordagem clássica. Seu principal colaborador foi Fayol, que manteve os estudos centrado nas estruturas e nas empresas. Podemos inferir, com o elemento de organiza ção, temos o primeiro passo para abordagem estruturalista, porém, essa abordagem será vista adiante com outras duas teorias, a burocrática e a estruturalista. Além dos elementos da administração, temos os tópi cos de funções e princípios. As funções administrativas de Fayol são divididas em: • Técnicas: relacionadas com a produção de bens ou serviços; • Comerciais: relacionadas com a compra, venda e permuta; • Financeiras: relacionadas com a procura e gerên cia de capitais; • Segurança: relacionada com a proteção e preser vação dos bens e das pessoas; • Contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos, estatísticas; • Administrativas: relacionadas com a integração das outras cinco funções EXERCÍCIOS 1. O documento cuja forma escrita, exigida pelo sistema jurídico, configura a existência do ato, como por exem plo, um contrato celebrando um convênio, é chamado de documento: a. probativo. b. de apoio. c. narrativo. d. dispositivo. e. de contexto. 2. A mensagem transmitida pelo documento é chamada de: a. conteúdo. b. forma. c. ação. d. suporte. e. contexto. 7 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO teóricas complementares, tais como a teoria da bu rocracia e de sistemas, também contribuíram para entender o processo. Com relação às diversas teo rias organizacionais, julgue os itens que se seguem. De acordo com Henri Fayol, planejamento, preparo, controle e execução são as funções universais da administração. 10. São formas de eliminação de documentos: a. fumigação e incineração. b. laminação e venda. c. fragmentação e maceração. d. alisamento e doação. e. desinfestação e transferência. 11. A Remington Rand criou um método padronizado, uti lizando as cores como elementos auxiliares para facili tar não só o arquivamento, mas também a localização dos documentos. É o método chamado: a. Variadex. b. Rôneo. c. Mnemômico. d. Unitermo. e. Soundex. Observe cada um dos grupos listados nas questões de números 12,13, 14, 15 e 16 e organize os documentos de acordo com o método indicado: 12. Método Alfabético. 1) M. Lopes Filho 2) Marcelo Castro 3) Maurício Lopes 4) Marcelo Castro Neto BRUNO EDUARDO 5) Maurício Lopes Filho A ordenação correta é: a. 2 – 5 – 3 – 4 – 1 – 6 b. 6 – 2 – 3 – 4 – 1 – 5 c. 2 – 5 – 6 – 3 – 4 – 1 d. 5 – 2 – 4 – 3 – 1 – 6 e. 5 – 1 – 4 – 3 – 2 – 6 15. Método geográfico na modalidade estado, cidade e correspondente. 1) Belo Horizonte – Minas Gerais – Alice Gomes 2) Amazonas – Manaus – Sergio Lopes 3) Bahia – Salvador – Mauro Aguiar 4) Caxambu – Minas Gerais – Sonia Reis 5) Ilhéus – Bahia – José Dias 6) Araxá – Minas Gerais – Marina Alves A ordenação correta é: a. 2 – 3 – 5 – 1 – 6 – 4 b. 2 – 5 – 3 – 6 – 4 – 1 c. 1 – 5 – 6 – 3 – 2 – 4 d. 3 – 6 – 5 – 1 – 2 – 4 e. 5 – 3 – 2 – 4 – 1 – 6 16. Método geográfico na modalidade cidade, estado e correspondente. 1) Curitiba – Paraná – Luiz Reis Filho 6) Marcelo Castro Junior 2) São Paulo – Itu – Rui Lemos A ordenação correta é: a. 2 – 6 – 4 – 3 – 1 – 5 b. 2 – 6 – 4 – 1 – 3 – 5 c. 2 – 1 – 5 – 6 – 3 – 4 d. 2 – 5 – 1 – 3 – 4 – 6 e. 1 – 2 – 6 – 3 – 4 – 5 4) Pará – Belém – Lia Castro 13. Método Alfabético. 1) General Luiz Carlos Vieira 2) Professor Renato Santa Rita 3) Dr. Ricardo Abreu Filho 4) Ministro Paulo Melo 5) Professora Regina Santa Rita 6) Coronel Mário Sales A ordenação correta é: a. 6 – 3 – 1 – 4 – 2 – 5 b. 1 – 6 – 4 – 5 – 2 – 3 c. 3 – 4 – 6 – 5 – 2 – 1 d. 3 – 4 – 6 – 2 – 5 – 1 e. 1 – 2 – 5 – 6 – 4 – 3 14. Método Alfabético. 1) O Globo 2) El País 3) La Nación 4) Le Monde 5) Extra 6) Zero Hora 8 3) Campinas – São Paulo – R. Paes 5) Paraná – Curitiba – L. Reis 6) Alagoas – Maceió – Léa Castro A ordenação correta é: a. 4 – 3 – 1 – 5 – 2 – 6 b. 2 – 1 – 5 – 3 – 4 – 6 c. 4 – 3 – 5 – 1 – 2 – 6 d. 6 – 4 – 2 - 5 – 1 – 3 e. 5 – 6 – 4 – 1 – 3 - 2 17. Quanto ao gênero, os documentos de arquivo podem ser classificados como: a. escritos ou textuais, cartográficos, iconográficos, filmográficos, sonoros, micrográficos, informáticos. b. manuscritos, datilografados, impressos, informáti cos, filmográficos, sonoros, micrográficos. c. escritos ou textuais, cartográficos, gráficos, impres sos, datilografados, sonoros, micrográficos. d. públicos, escritos ou textuais, cartográficos, sono ros, informáticos, impressos, filmográficos. e. particulares, oficiais, públicos, escritos ou textuais, impressos, sonoros, iconográficos. 18. Segundo a extensão de sua atuação (abrangência), os arquivos podem ser: a. especiais e centrais ou gerais. b. regionais e centrais ou gerais. c. comerciais e setoriais ou centrais. d. públicos e centrais ou gerais. e. setoriais e centrais ou gerais. 20. O local ao qual se destinam materiais resultantes dos serviços específicos ou não de cada organização e/ou instituição, os chamados “documentos”, com caracte rísticas como infungibilidade, de unicidade, de provas, de prazo denomina-se: a. Biblioteca. b. Museu. c. Centro de Documentação. d. Arquivo. e. Centro de Informação. 21. A atividade que se ocupa da estrutura formal dos atos escritos de origem governamental e/ou notorial é a: a. filatelia. b. heráldica. c. diplomática. d. paleografia. e. filologia. 22. Os métodos de arquivamento pertencem aos dois sis temas básicos de acesso: a. direto e indireto. b. público e privado. c. secreto e público. d. sigiloso e privado. e. objetivo e subjetivo. 23. Quando o volume e a diversidade de assuntos da do cumentação a ser arquivada são pequenos, deve-se adotar um método alfabético, que poderá obedecer à ordem: a. enciclopédica ou composta. b. dicionária ou enciclopédica. c. dicionária ou cronológica. d. duplex ou decimal. e. simples ou decimal. 24. Quanto à natureza do assunto, os documentos podem ser classificados em: a. públicos e privados. b. correntes e permanentes. c. administrativos e públicos. d. públicos e particulares. e. ostensivos e sigilosos. 25. Fotografias, diapositivos, desenhos e gravuras são classificados como documentos do gênero: a. iconográfico. b. audiovisual. c. cartográfico. d. informativo. e. sonoro. 26. O registro e o controle dos documentos devem ser re alizados por meio de: a. requerimento. b. cartas. c. protocolo. d. ofício. e. memorando. 27. No arquivamento, pelo método alfabético, utiliza-se o seguinte elemento principal: a. número. b. nome. c. data. d. classe. e. assunto. 28. Para alfabetação, os nomes estrangeiros são consi derados pelo último sobrenome, salvo nos casos de nomes: a. italianos. b. gregos. c. portugueses. d. espanhóis. e. franceses. 29. O método de arquivamento ideográfico alfabético pode ser de dois tipos: a. enciclopédico e dicionário. b. enciclopédico e cronológico. c. decimal e duplex. d. dicionário e cronológico. e. duplex e simples. 30. A descrição é a única maneira de possibilitar que os dados contidos nas séries e/ou unidades documentais cheguem até os pesquisadores. A descrição é uma das tarefas dos arquivos classificados como: a. administrativos b. correntes c. setoriais d. especiais e. permanentes 31. Como entidade estruturada de acordo com as circuns tâncias contingentes de sua criação, o arquivo é um todo indivisível que os autores clássicos costumam designar: a. polianteia. b. coleção. c. universitas rerum. d. miscelânea. e. negotiorum gestio. 32. Em arquivologia, fundo fechado é aquele: a. cuja unidade produtora foi suprimida. b. cujos documentos foram eliminados após microfil magem. c. que só contém documentos em suporte-papel. d. em que os documentos não mantêm relações or gânicas entre si. e. que reúne apenas documentos textuais. 9 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO 19. O arquivo que é composto do conjunto de documentos e, por vários motivos, permanece próximo ao arquivis ta e é de fácil acesso denomina-se: a. permanente. b. central. c. departamental. d. corrente. e. histórico. GABARITO BRUNO EDUARDO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. d a a b d e c a e c a b c e a c a e d d c a b e a c b d a e c a 10 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO S U M ÁRI O NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA........................................................................................522 ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA, CENTRALIZADA E DESCENTRALIZADA.......................................522 ATO ADMINISTRATIVO: CONCEITO, REQUISITOS, ATRIBUTOS, CLASSIFICAÇÃO E ESPÉCIES..................537 AGENTES PÚBLICOS. ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO. CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICOS...............554 PODERES ADMINISTRATIVOS. HIERÁRQUICO, DISCIPLINAR, REGULAMENTAR E DE POLÍCIA. USO E ABUSO DO PODER...................................................................................................................................556 CONTROLE E RESPONSABILIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO. CONTROLES ADMINISTRATIVO, JUDICIAL E LEGISLATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO...........................................................564 LEI N. 8.112/1990 E SUAS ALTERAÇÕES (REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO, DAS AUTARQUIAS E DAS FUNDAÇÕES FEDERAIS).......................................................................580 NOÇÕES DE LICITAÇÃO PÚBLICA: LEI N. 8.666/1993, DECRETO N. 5.450/2005 (PREGÃO ELETRÔNICO)...... 605 IN MPOG/SLTI 02/2008 E SUAS ALTERAÇÕES E IN MPOG/SLTI 04/2010.....................................................662 DECRETO N. 2.271/1997 (CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL DIRETA).........................................................................................................................................................668 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA: ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA, CENTRALIZADA E DESCENTRALIZADA; AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES, EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA IMPORTANTE O tema que iremos abordar, com certeza será cobrado em sua prova. Ao final da leitura do material você deve entender: o que significa administração direta e indireta; as diferenças entre órgão e entidade; o significado de desconcentração e descentralização; as características das entidades. Lembre-se, o aprendizado do conteúdo depende de você! Dedique-se e garanta sua aprovação. Vamos lá! Obs.: Você deve estar achando que as questões são fáceis, não é? Veja só: as questões acima foram retiradas da prova do último concurso do MPU e do concurso de auditor do TCU de 2010. Enfim, não são as questões que são fáceis, é você que, agora, está se preparando. CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO A organização administrativa é pautada em três diferen tes formas de atuações: a centralização, a descentralização e a desconcentração. Centralização ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ENTIDADES POLÍTICAS E ADMINISTRATIVAS Inicialmente, iremos entender a diferença entre entida des políticas (ou estatal) e entidade administrativa. As entidades políticas integram a Federação. São pessoas jurídicas de direito público interno com competência para legislar. Essa autonomia política significa um poder de auto-organização, ou seja, elaborar suas próprias normas. São pessoas políticas: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Vale lembrar que, apenas a República Federativa do Brasil tem soberania, já os demais entes políticos têm autonomia administrativa e financeira. As entidades administrativas são pessoas jurídicas com autonomia administrativa e financeira. Essas pessoas não têm autonomia política, limitando-se apenas à execução das leis editadas pelas pessoas políticas que as criaram. Em síntese, as entidades políticas criam ou autorizam a criação das entidades administrativas dando-lhes compe tência para atuar em áreas específicas. As pessoas políticas podem criar as seguintes entidades: autarquias, fundações públicas, em presas públicas e sociedades de economia mista. Por fim, vale dizer que, embora as entidades adminis trativas sejam criadas ou autorizadas pelas entidades polí ticas, não estão subordinadas a estas, não há presença do poder hierárquico nessa relação. J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/ MPU/ TÉC. ADM./ 2010) O Banco Central do Brasil (BACEN) tem autonomia po lítica para criar suas próprias normas. (CESPE/ TCU/ AFCE/ 2010) As autarquias e as fundações públicas são consideradas en tidades políticas. Justificativa: A primeira questão está errada visto que o Banco Central do Brasil é uma autarquia e, consequen temente, não tem autonomia política (capacidade de legis lar). A segunda também está errada, pois as autarquias e fundações públicas são entidades administrativas. 2 Se dá quando o Estado desempenha suas tarefas diretamente por meio dos órgãos e agentes. Na centraliza ção, o Estado atua diretamente, prestando os serviços pes soalmente por meio dos seus órgãos despersonalizados. Exemplo: quando o Estado presta o serviço de educação por meio das escolas públicas subordinadas a Secretaria de Educação ocorre a “centralização”, pois, este está agindo pessoalmente por meio de seus órgãos. Descentralização O Estado atua indiretamente por meio de entidades. Quando o Estado descentraliza, cria outras pessoas jurídicas para desempenhar funções estatais. Ex.: quando o Estado cria uma entidade para prestar algum serviço público, este estará agindo indiretamente por meio de uma entidade. É o que ocorre com a atividade de ensino superior realizada pela UnB (Universidade de Brasília). Desse modo, o Estado preferiu criar uma nova pessoa jurídica para praticar essa atividade pessoalmente. IMPORTANTE Vamos fazer uma comparação dos dois exemplos acima. Considere que um aluno de uma escola pública do DF subordinada à Secretaria de Estado queira propor uma ação de danos morais com objetivo de receber uma indenização. Esta ação deverá ser dirigida contra a pessoa jurídica Distrito Federal, pois este, nesse contexto, está agindo pessoalmente (centralização). Já se um aluno da UNB, que é uma entidade, quiser propor uma ação semelhante, deverá propor contra própria UNB, pois a atividade é desenvolvida diretamente pela própria universidade, ou seja, o Estado age apenas indiretamente (descentralização). Desconcentração Corresponde à criação de órgãos dentro da estrutura administrativa de um ente político ou entidade administra tiva, com objetivo de desempenhar atividades de competên cia da pessoa jurídica que o criou. Órgãos são núcleos de atuação interna de uma pessoa jurídica. Desconcentração representa uma mera técnica administrativa de distribui IMPORTANTE Na centralização, o Estado atua diretamente. Na descentralização, o Estado transfere a titularidade do serviço público para entidades (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) mediante outorga. O Estado, também, pode delegar serviços públicos para particulares por meio de contrato (concessão e permissão) ou por ato administrativo (autorização). Essa modalidade é entendida como descentralização por colaboração. Ex.: quando o Estado cria uma entidade para prestar algum tipo de serviço público, como por exemplo, o INSS, ocorre a descentralização por meio de outorga. Quando o Estado transfere apenas a execução do serviço a um par ticular ocorre a descentralização por delegação (é o que ocorre com o serviço de transporte no Distrito Federal pres tado pelas empresas Viplan, Planeta, etc.). Simplificando: na descentralização o Estado não presta a atividade diretamente. O Estado transfere a titula ridade da atividade para uma entidade pertencente a sua administração indireta ou delega a execução do serviço para particulares (concessionários, permissionários, ou delegatá rios de serviço público) QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/ PREVIC/ Analista Administrativo/ 2011) Há desconcentração administrativa quando se destaca determinado serviço públi co do Estado para conferi-lo a outra pessoa jurídica, criada para essa finalidade. (CESPE/ MINISTÉRIO DA SAÚDE/ Analis ta Administrativo/ 2010) A delegação ocorre quando a entidade da administração, encar regada de executar um ou mais serviços, dis tribui competências no âmbito da própria es trutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. (CESPE/ MPU/ Técnico Administrativo/ 2010) Considere que um estado crie, por meio de lei, uma nova entidade que receba a titularidade e o poder de execução de ações de sanea mento público. Nessa situação, configura-se a descentralização administrativa efetivada por meio de outorga. Justificativa: A primeira questão é errada, pois ocorre a descentralização. A segunda questão está errada, pois na delegação há distribuição de competência para outra pessoa e não dentro da mesma estrutura como afirma a questão. Por fim, a terceira questão está correta. A REGRA PARA O TEMA É A SEGUINTE: DESCONCENTRAÇÃO: criam-se órgãos. R G Ã O S DESCENTRALIZAÇÃO: criam-se entidades. N T I D A D E S ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA Conforme veremos adiante, há duas formas básicas de organização e atuação do Estado: administração direta e administração indireta. Administração direta: é representada por um conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas. Administração indireta: é representada por um con junto de pessoas administrativas criadas ou autorizadas por lei, para o desempenho de atividades administrativas de forma descentralizada. O Decreto-Lei n. 200/1967 estabelece a organização administrativa brasileira nos seguintes termos: Art. 4º A Administração Federal compreende: I – A administração direta, que se constitui dos ser viços integrados na estrutura administrativa da Pre sidência da República e dos Ministérios. II – A administração indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de per sonalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Empresas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista; d) Fundações Públicas. As regras estabelecidas no Decreto-Lei n. 200/1967 são, obrigatoriamente, aplicáveis apenas à União, embora Estados e Municípios adotem suas regras. Com efeito, devemos dar o mesmo tratamento dispensado à Adminis tração Federal, aos Estados e Municípios. Logo, na União temos os Ministérios, nos Estados temos as Secretarias de Estados, nos Municípios os Secretários Municipais. ADMINISTRAÇÃO DIRETA Na abordagem desse tema, usamos o clássico posicio namento do Prof. Hely Lopes Meirelles. A Administração direta é representada pelo conjunto de órgãos, sendo estes “centros de competências instituídos para o desempenho de 3 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ção de competência dentro da mesma pessoa jurídica. Ex.: Secretarias da Receita Federal distribuídas por todo territó rio nacional. funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é impu tada à pessoa jurídica a que pertencem”. A criação e extinção de de órgãos dependem de lei. A principal característica dos órgãos é a falta de perso nalidade jurídica. Estes não respondem por seus atos, suas ações são imputadas ao ente criador. Os órgãos são meros instrumentos de ação das pessoas jurídicas que integram. Os órgãos do Estado são o próprio Estado. Ex.: sabemos que a União ou mesmo o Distrito Federal tem várias competências, como por exemplo, atuar no ramo da saúde, educação, segurança, etc. Assim, o Distrito Fede ral distribuiu estas competências para suas Secretarias, já a União distribui suas competências para os Ministérios. Assim, tanto uma Secretaria de Estado como um Ministério vão compor a administração direta da entidade política. Considere uma empresa como o Gran Cursos. Esta empresa possui o departamento de matrícula, o departa mento de pessoal, o departamento pedagógico, etc. Todos estes departamentos são órgãos internos da empresa. Assim, a pessoa jurídica Gran Cursos repartiu suas compe tências em diversos departamentos. Já, a União divide suas competências para seus Ministérios; o estado e o DF, para as Secretarias Estaduais, e os municípios para as Secretarias Municipais. Entendeu? Tenho certeza que sim. Por fim, quando o Estado agir por meio de seus órgãos internos, estaremos visualizando a administração direta no desempenho de atividade centralizada. J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO Características: • Os órgãos são frutos da desconcentração adminis trativa. Quando o Estado cria órgãos para o melhor desempenho de suas funções temos a desconcen tração. • Em razão de não terem personalidade jurídica, ou seja, não serem titulares de direitos e obrigações, as ações promovidas contra os órgãos devem ser dirigidas à pessoa a que o órgão integre. Ex.: se um veículo pertencente ao Ministério da Saúde causar algum dano a particular em razão de uma colisão, a ação de indenização deverá ser proposta contra a União por ser a pessoa criadora desse órgão. • Não têm personalidade jurídica. • Atuação do Estado por órgãos é atividade centra lizada. • São criados e extintos por lei. • São resultados da desconcentração administrativa. TEORIA DO ÓRGÃO A teoria admitida em nosso ordenamento pátrio foi ide alizada na Alemanha pelo jurista Otto Gierke. Segundo a teoria do órgão, “as pessoas jurídicas expressam suas von tades através de seus órgãos que, por sua vez, são titulari zados pelos agentes públicos”. Nas palavras de Di Pietro, “pela teoria do órgão, a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal modo que quando os agentes que os com 4 põem, manifestam a sua vontade, é como se o próprio Estado o fizesse; substitui-se a ideia de representação pela de imputação”. Assim, as ações da União, Estados, Municípios e DF concretizam-se por intermédio de pessoas físicas (agentes públicos) e, segundo a teoria do órgão, os atos praticados por meio desses agentes públicos devem ser imputados à pessoa jurídica de direito público a que pertencem. Simplificando: por serem abstratas, as ações dos órgãos concretizam-se por inter médio de seus agen tes titulares de competências. Assim, os atos dos agentes devem ser imputados à pessoa jurídica que pertencem, já que as ações dos órgãos são atribuídas à pessoa jurídica a que pertencem. Desse modo, ocorre o fenômeno da impu tação: a vontade do agente público é imputada ao órgão, e em último plano, à pessoa jurídica em cuja estrutura encon tra-se subordinado. QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/ IFB/ Professor/ 2011) Atualmente, a doutrina majoritária, para explicar a relação entre o órgão público e o agente, utiliza-se da teoria da representação, segundo a qual os agentes são representantes do Estado. Justificativa: A teoria que adotamos na relação entre órgão e agente à “teoria do órgão”. Questão Errada. Ausência de personalidade jurídica Foi visto anteriormente que os órgãos públicos são des providos de personalidade jurídica. Decorre então, que não podem ser demandadas pessoalmente em ações judiciais, estas devem ser direcionadas à pessoa jurídica que as criou – entidade política ou administrativa. No entanto, alguns órgãos podem ter representação própria para a defesa de suas prerrogativas institucionais, ou seja, podem demandar em juízo pessoalmente em defesa da garantia do exercício de suas atribuições. Esse entendi mento já é pacificado na jurisprudência dos Tribunais, como exemplo citamos o seguinte julgado do STJ: PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – DEFE SA JUDICIAL DE ÓRGÃO SEM PERSONALIDA DE JURÍDICA – PERSONALIDADE JUDICIÁRIA DA CÂMARA DE VEREADORES. 1. A regra geral é a de que só os entes personalizados, com capa cidade jurídica, têm capacidade de estar em juízo, na defesa dos seus direitos. 2. Criação doutrinária acolhida pela jurisprudência no sentido de admitir que órgãos sem personalidade jurídica possam em juízo defender interesses e direitos próprios, excep cionalmente, para manutenção, preservação, auto nomia e independência das atividades do órgão em Essa capacidade processual é destinada apenas aos órgãos independentes e os autônomos, essa deve ser a lógica, pois os superiores e subalternos não podem deman dar judicialmente outros órgãos em razão de sua subordi nação hierárquica. Os conflitos envolvendo estes órgãos devem ser resolvidos administrativamente por suas chefias. Resumindo: o órgão não possui personalidade jurídica própria. Então não tem como uma pessoa entrar na justiça contra um órgão. A regra é essa. Entenda: se um particular quiser uma indenização por algum dano provocado pelo atendimento em um hospital público do Distrito Federal, a ação de indenização não será proposta contra o hospital e, sim contra o DF, que é dotado de personalidade jurídica. O órgão não possui personalidade jurídica! No entanto, a juris prudência entende que os órgãos independentes e os autô nomos podem propor ação judicial para defender seus direi tos. É o órgão que irá propor a ação (sujeito ativo). Como responder esse tema em prova: o órgão não possui per sonalidade jurídica, assim, não pode ser sujeito ativo nem passivo de uma ação judicial (autor ou réu). No entanto, a jurisprudência entende que o órgão pode ser autor de ação judicial para proteção de seus direitos. QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/ ABIN /Oficial de Inteligência/ 2010) Embora, em regra, os órgãos públicos não te nham personalidade jurídica, a alguns órgãos é conferida a denominada capacidade proces sual, estando eles autorizados por lei a defen der em juízo, em nome próprio, determinados interesses ou prerrogativas. Justificativa: Vimos que alguns órgãos, apesar de despersonalizados, possuem capacidade processual (para estar em juízo). Questão Certa. CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS Para esse estudo, adotamos as classificações propos tas pelo prof. Hely Lopes Meirelles, que são as mais utiliza das pela doutrina dominante. Quanto à posição estatal Classificação relacionada à posição ocupada pelos órgãos na escala governa mental ou administrativa, se classificam em: independentes, autônomos, superiores e subalternos. • Independentes: são os originários da Constituição e representativos dos Poderes de Estado – Legis lativo, Executivo e Judiciário – colocados no ápice da pirâmide governamental, sem qualquer subor dinação hierárquica ou funcional, e só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro. Ex.: Câmara dos Deputados, Senado Federal, Pre sidência da República, os Tribunais judiciários, o Ministério Público Federal e estadual, Tribunais de Contas etc. • Autônomos: são os localizados imediatamente abaixo dos órgãos indepen dentes e diretamente subordinados a seus chefes. Têm ampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos, com funções precípuas de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que constituem sua área de compe tência. Ex.: os Ministérios, as Secretarias de Estado e de Município. • Superiores: são os que detêm poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Não gozam de autonomia adminis trativa nem financeira, que são atributos dos órgãos independentes e dos autônomos a que pertencem. Ex.: Gabinetes, Secretarias-Gerais, Inspetorias -Gerais, Procuradorias Administrativas e Judiciais, Coordenadorias, Departamentos e Divisões. • Subalternos: são todos aqueles que se acham hie rarquizados a órgãos mais elevados, com reduzido poder decisório e predominância de atribuições de execução. Destinam-se à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos administra tivos, cumprimento de decisões superiores e pri meiras soluções em casos individuais, tais como os que, nas repartições públicas, executam as ativi dades – meio e atendem ao público, prestando-lhe informações e encaminhando seus requerimentos, como são as portarias e seções de expediente. Quanto à estrutura Podem ser simples ou compostos 1. Órgãos simples ou unitários: são os constituídos por um só centro de competência. O que tipifica o órgão como simples ou unitário é a inexistência de outro órgão incrustado na sua estrutura, para realizar des concentradamente sua função principal ou para auxiliar seu desempenho. 2. Órgãos compostos: são os que reúnem na sua estrutura outros órgãos menores. Assim, uma Secretaria de Edu cação – órgão composto – tem na sua estrutura muitas unidades escolares – órgãos menores com atividades- fim idênticas. Quanto à atuação funcional Podem ser singulares ou colegiados 1. Órgãos singulares ou unipessoais: são os que atuam e decidem por meio de um único agente, que é seu chefe e representante. Esses órgãos podem ter 5 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO face de outro Poder. [...] (REsp 649.824/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, jul gado em 28.03.2006, DJ 30.05.2006 p. 136). (Grifo nosso) muitos outros agentes auxiliares, como normalmente os têm, mas o que caracteriza sua singularidade ou unipessoalidade é o desempenho de sua função pre cípua por um só agente investido como seu titular. São exemplos desses órgãos a Presidência da República, as Governadorias dos Estados e as Prefeituras Muni cipais, que concentram as funções executivas das respectivas entidades estatais, enfeixam-nas em um só cargo de chefia suprema e atribuem seu exercício a um único titular. 2. Órgãos colegiados ou pluripessoais: são todos aqueles que atuam e decidem pela manifestação con junta e majoritária da vontade de seus membros. Nos órgãos colegiados, não prevalece a vontade individual de seu Chefe ou Presidente, nem a de seus integrantes isoladamente. O que se impõe, e vale juridicamente, é a decisão da maioria, expressa na forma legal, regi mental ou estatutária. ÓRGÃOS PÚBLICOS Conceito Criação e extinção Unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e indireta. Sempre por lei. Personalidade jurídica São despersonalizados, logo, não exercem direitos nem obrigações na ordem jurídica. Classificação a) quanto à posição estatal: indepen dentes, autônomos e superiores; b) quanto à estrutura: simples e com postos; c) quanto à atuação funcional: singula res ou colegiados. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO É um conjunto de pessoas (autarquias, fundações públi cas, empresas públicas e sociedades de economia mista) que desempenham atividades administrativas de forma des centralizada. Nesse momento, abordamos os conceitos e as características de cada pessoa jurídica que compõe a admi nistração indireta, essas pessoas também são denominadas de entidades. AUTARQUIAS Em linhas gerais, autarquias são entidades criadas por lei específica, com personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receitas próprios, para executar atividades típi cas da Administração Pública de natureza administrativa, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. As autarquias possuem autonomia administrativa, eco nômica e financeira, além de personalidade jurídica própria (pratica atos em nome próprio). Assim, por ter personalidade jurídica própria, constitui em sujeito de direitos e obrigações, logo, possuem capacidade processual própria para ser parte em processos judiciais. 6 A autarquia é fruto da descentralização administrativa. Por desempenharem atividades típicas de Estado, para os particulares aparecem como se fossem o próprio Estado. Quando o Estado cria uma autarquia, esta passa a ser titular da atividade pública. Para melhor desempenhar suas fun ções, as autarquias têm uma série de características e prer rogativas típicas do regime jurídico administrativo. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS AUTARQUIAS Criação Antes da criação da autarquia, certamente as ativida des desempenhadas por ela eram de competência da admi nistração direta do ente político que a criou. Vale dizer, que a criação de autarquia envolve o processo de descentraliza ção no âmbito da função administrativa, assim não há como uma autarquia praticar atividades legislativas ou judiciárias. Vale dizer que as autarquias são criadas por lei espe cífica, conforme o disposto no art. 37, XIX, da Constituição Federal, a saber: XIX – somente por lei específica poderá ser cria da autarquia e autorizada a instituição de empre sa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste últi mo caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998) Como são criadas por lei, a sua extinção deve ser rea lizada por lei (princípio da simetria jurídica). A lei de criação de autarquia dever ser de iniciativa do Presidente da Repú blica, se for autarquia federal, e, se for estadual ou munici pal, deverá a lei ser de iniciativa do Governador ou Prefeito, respectivamente. É o que consta do art. 61, §1º, inciso II, alínea e, da Constituição Federal. As autarquias são criadas por lei específica. O Poder Legislativo do respectivo ente político criador deve editar lei ordinária que dê surgimento, ou seja, após a edição da lei a autarquia já possui personalidade própria. A lei é denomi nada específica em razão de não poder tratar de nenhuma outra matéria, mas sim só disciplinar a formação dessa nova entidade. Nomeação e exoneração dos dirigentes É competência privativa do Presidente da República nomear os dirigentes das autarquias, conforme dispõem o art. 84, XXV, da Constituição Federal. Na esfera estadual a competência é do Governador; e nos municípios, do Prefeito (princípio da simetria jurídica). Conforme disposição constitucional, para a nomeação de dirigentes das autarquias poderá ser exigida a prévia aprovação do Senado, do nome escolhido pelo Chefe do Executivo, é o que consta no art. 84, XIV, da CF: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] XIV – nomear, após aprovação pelo Senado Fede ral, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos A exigência da aprovação do Senado do nome esco lhido pelo Presidente da República pode decorrer de lei ou diretamente da Constituição. O art. 52, III, d, da Carta Magna, exige que o presidente e os diretores do Banco Cen tral sejam previamente aprovados pelo Senado. Em outros casos, a exigência decorre de lei como ocorre para as nomeações dos dirigentes da ANATEL, da ANEEL e ANP. Patrimônio 2. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ JUDICIÁRIA/ STM/ 2011) Julgue os itens a seguir, que dizem respeito ao regime jurídico dos servidores públicos civis da União. 3. Ao se aposentar, o servidor público que receba vale -alimentação deve receber o valor equivalente a esse benefício juntamente com os vencimentos. 4. No caso de reintegração, o servidor deve retornar ao cargo de origem, com o ressarcimento de todas as vantagens a que teria direito durante o período de afastamento, inclusive as promoções por antiguidade. 5. Um servidor público federal que, por meio de concurso público, ingressar como enfermeiro em um hospital fe deral e, após quatro anos, concluir o curso de medicina poderá ser promovido ao cargo de médico. Os bens das autarquias são considerados bens públi cos. Assim dispõe o art. 98 do Código Civil: Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Por serem públicos os bens das autarquias estão sujei tos à proteção atribuída aos bens públicos em geral, como a impenhorabilidade (não podem ser penhorados para propor cionar a satisfação do credor no caso do não cumprimento da obrigação) e a imprescritibilidade (são insuscetíveis de aquisição por meio de usucapião). (TÉCNICO JUDICIÁRIO/ ADMINISTRATIVA/ STM/ 2011) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos civis da União, julgue os itens a seguir. 6. Aplica-se suspensão em caso de reincidência de fal ta punida com advertência e de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de de missão, não podendo a suspensão exceder a noventa dias. 7. As formas de provimento de cargo incluem a readap tação, que consiste no retorno de servidor aposentado por invalidez à atividade, em decorrência de compro vação, por junta médica oficial, de cessação dos moti vos da aposentadoria. Regime de pessoal Atualmente, é adotado o Regime Jurídico Único para os servidores das autarquias federais. Decorre então que os servidores pertencentes ao quadro de órgão e entidades de direito público são estatutários. Cabe lembrar que na esfera federal é aplicado atualmente o regime jurídico único regula mentado pela Lei n. 8.112/1990. É o seguinte o teor atual do art. 39 da Carta Magna: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competên cia, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADI n. 2.135-4) EXERCÍCIOS QUESTÕES CESPE Julgue as próximas questões como Certa (C) ou Errada (E) (ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ MI/ 2013) Acerca do regime jurídico dos servidores públi cos civis da União, julgue os itens a seguir. 1. O retorno à atividade de servidor aposentado é exem plo de reintegração, forma de provimento de cargo pú blico que se caracteriza pelo reingresso do servidor no cargo por ele anteriormente ocupado. Em qualquer caso, é vedado ao servidor público par ticipar de gerência ou administração de sociedade privada ou exercer o comércio, seja na qualidade de acionista, cotista ou comanditário. 8. 9. (PERITO CRIMINAL FEDERAL/ DPF/ 2013) Com re lação ao direito administrativo, julgue os itens a seguir. As penas aplicadas a quem comete ato de improbi dade não podem ser cumuladas, uma vez que estaria o servidor sendo punido duas vezes pelo mesmo ato. A posse de um candidato aprovado em concurso públi co somente poderá ocorrer pessoalmente. 10. O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal e compõe a administração pública direta da União. (TÉCNICO JUDICIÁRIO/ TELECOMUNICAÇÕES E ELETRICIDADE/ STJ/ 2012) Com relação ao regime jurídico dos servidores públicos civis da União, julgue os itens que seguem. 11. Se o servidor que ocupa determinado cargo público tomar posse em outro cargo inacumulável, haverá va cância do cargo de origem. 7 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO Tribunais Superiores, os Governadores de Territó rios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores, quando determinado em lei. 12. Ao servidor público efetivo é proibido participar em ge rência ou administração de sociedade privada, perso nificada ou não personificada, e exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou coman ditário. 13. O servidor público adquire estabilidade no cargo após dois anos de efetivo exercício, de modo que, após de corrido esse prazo, somente poderá ser demitido em virtude de decisão judicial transitada em julgado. (ANALISTA ADMINISTRATIVO/ ANAC/ 2012) Consi derando os fundamentos da gestão de pessoas no se tor público, julgue os itens que se seguem, com base no que dispõe a Lei n. 8.112/1990. 14. A redistribuição de um servidor público do poder exe cutivo para o poder judiciário ocorrerá sempre que houver interesse da administração pública. (VÁRIOS CARGOS/ FUB/ 2011) Com base na Lei n. 8.112/1990, julgue os itens que seguem. 20. O servidor que entrar no exercício de cargo de provi mento efetivo ficará sujeito a estágio probatório pelo período de vinte e quatro meses, durante o qual a sua aptidão e a sua capacidade serão objetos de avalia ção para o desempenho do cargo. Nessa condição, ele poderá exercer quaisquer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assesso ramento tanto no órgão ou entidade de lotação quanto em órgão para o qual seja cedido. (VÁRIOS CARGOS/ FUB/ 2011) Com base na Lei n. 8.112/1990, julgue os itens a seguir. 21. De acordo com entendimento do Supremo Tribunal Federal, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Cons tituição. 22. Na hipótese de o servidor trabalhar em local insalu bre e em contato permanente com substâncias radio ativas, a lei determina a obrigatoriedade de o servidor optar por apenas um dos adicionais: insalubridade ou periculosidade. 15. Na hipótese de o servidor público praticar nepotismo sob sua chefia imediata, a penalidade atribuída pelo regime jurídico dos servidores federais, via de regra, é a suspensão pelo prazo de trinta dias. 23. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a tí tulo de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito do Poder Executivo, pelos ministros de Estado, estando incluídos nesse limite a gratificação natalina e o adicional de férias. 16. Na hipótese de reintegração decorrente de decisão ad ministrativa ou judicial, o servidor deve ser ressarcido de todas as vantagens e, caso o cargo anteriormente ocupado esteja provido, o seu eventual ocupante deve ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito à in denização, ou aproveitado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade. 24. O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá sessenta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até trinta dias, quando as circunstâncias o exigirem e estiverem devidamente fundamentadas. 17. É vedada a percepção de vencimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas re munerações forem acumuláveis na atividade, na forma estabelecida pela Constituição Federal. J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO 18. É vedado ao servidor em estágio probatório a cessão a outro órgão ou entidade para ocupar qualquer cargo de provimento em comissão até o decurso do prazo do estágio e a eventual aprovação do servidor pelo órgão competente, sob pena de desvirtuamento da função. 19. Os servidores efetivos cumprem jornada de trabalho fi xada em razão das atribuições pertinentes aos respec tivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 44 horas. (ADMINISTRADOR/ FUB/ 2013) Com relação ao pro cesso administrativo federal e ao estágio probatório, julgue o próximo item à luz das Leis n. 9.784/1999 e n. 8.112/1990, respectivamente. 8 25. A abertura de sindicância e a instauração de processo disciplinar interrompem a prescrição, até a decisão fi nal proferida por autoridade competente. (TÉCNICO DO MPU/ ADMINISTRAÇÃO/ MPU 2013) Em relação ao regime jurídico dos servidores públicos federais, julgue os itens subsequentes. 26. A posse do servidor público nomeado, que pode ocor rer mediante procuração específica, deve acontecer no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento, sendo, ainda, conferidos ao servidor mais trinta dias para entrar em exercício no cargo. 27. Aplica-se a penalidade disciplinar de demissão a servi dor público por abandono de cargo, caracterizado pela ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos ou por sessenta dias não consecutivos, em um período de um ano. 28. Para efeito apenas de aposentadoria, sem repercus são financeira, deve-se contar em favor do servidor o tempo de serviço em atividade privada, desde que esta seja vinculada à previdência social. 29. Eventual procedimento administrativo disciplinar para apurar as faltas de João ao hospital deve se dar por procedimento sumário. 30. No concurso para professor, houve provimento origi nário. 31. João pode acumular os dois cargos públicos em questão. 32. João somente poderá perder o cargo público de médico em razão de sentença judicial transitada em julgado. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ JUDICIÁRIA/ TRE-ES 2011) Em 2000, João ingressou no serviço público federal como médico concursado de um hospital público. Des de 2008, João é o diretor desse hospital e, em 2010, ele foi aprovado em concurso e nomeado para o cargo de professor em uma universidade federal. Em virtude do grande volume de trabalho nos dois cargos, João sai, habitualmente, da universidade, durante as aulas, para atender chamados urgentes do hospital. Nos momentos em que se ausenta da universidade, João comunica a ausência a um colega professor, que, então, o substitui. A filha de João ocupa cargo de confiança, como sua as sessora, na direção do hospital, o que o deixa à vontade para se ausentar do hospital com frequência, pois sabe que o deixa em boas mãos. Com referência à situação hipotética acima, e consi derando as normas aplicáveis aos servidores públicos federais, julgue os seguintes itens. 36. João pode acumular os dois cargos públicos em questão. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ ANCINE/ 2012) Julgue o item abaixo, relativo à Lei n. 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas fe derais. 37. Nos termos dessa lei, nenhum servidor poderá ser res ponsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior de informação relati va à prática de crimes ou atos de improbidade de que tenha conhecimento. 38. A remoção, a suspensão e a demissão são exemplos de penalidades disciplinares previstas na lei em apreço. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ADMINISTRATIVA/ STM/ 2011) A respeito dos servidores públicos e do regime estabelecido pela Lei n. 8.112/1990, julgue os itens a seguir. 39. A remuneração de servidor público pode ser fixada ou alterada apenas mediante lei específica. 40. Servidor público federal que esteja cumprindo o perío do de estágio probatório pode obter licença para exer cer mandato classista em um sindicato. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ADMINISTRATIVA/ TRT 10ª REGIÃO/ 2012) De acordo com a Lei n. 8.112/1990, suas alterações e sua interpretação doutrinária, julgue os itens seguintes. 41. Ao servidor público é proibido delegar a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, mesmo em situações de emergência e transitórias. 42. Emprega-se o processo administrativo disciplinar para apurar atos ilícitos cujas penalidades devem ser mais severas que a suspensão por noventa dias. 43. Exoneração e Demissão são formas de saída do ser vidor de cargo público que se diferenciam em relação ao aspecto punitivo. Enquanto a exoneração consiste em saída não punitiva, a demissão consiste em saída punitiva, em decorrência de decisão administrativa ou judicial. 33. No concurso para professor, houve provimento origi nário. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ ANATEL/ 2012) Julgue os próximos itens com base nos dispositivos da Lei n. 8.112/1990. 34. João somente poderá perder o cargo público de mé dico em razão de sentença judicial transitada em jul gado. 44. A posse, por meio da qual se dá a investidura em cargo público, dispensa prévia inspeção médica oficial. 35. Eventual procedimento administrativo disciplinar para apurar as faltas de João ao hospital deve-se dar por procedimento sumário. 45. O ato administrativo que motivadamente estabeleça idade mínima para preenchimento de determinado car go público não viola o princípio da legalidade. 9 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO (ANALISTA JUDICIÁRIO/ ESTATÍSTICA/ TRE-ES 2011) Em 2000, João ingressou no serviço público fe deral como médico concursado de um hospital públi co. Desde 2008, João é o diretor desse hospital e, em 2010, ele foi aprovado em concurso e nomeado para o cargo de professor em uma universidade federal. Em virtude do grande volume de trabalho nos dois cargos, João sai, habitualmente, da universidade, durante as aulas, para atender chamados urgentes do hospital. Nos momentos em que se ausenta da universidade, João comunica a ausência a um colega professor, que, então, o substitui. A filha de João ocupa cargo de con fiança, como sua assessora, na direção do hospital, o que o deixa à vontade para se ausentar do hospital com frequência, pois sabe que o deixa em boas mãos. Com referência à situação hipotética acima, e consi derando as normas aplicáveis aos servidores públicos federais, julgue os seguintes itens. 46. A reversão e o aproveitamento são formas de provi mento de cargo público. (ANALISTA ADMINISTRATIVO/ ANP/ 2012) Tendo em vista aspectos de legislação, tais como a Lei n. 9.784/1999 e a Lei n. 8.112/1990, julgue os itens sub sequentes. 47. Ter ciência da tramitação dos processos administra tivos em que tenha a condição de interessado é um direito assegurado ao servidor público federal. 48. Durante o estágio probatório, o servidor público tem seu desempenho avaliado com base em fatores, como disciplina, assiduidade, produtividade, responsabilida de e capacidade de iniciativa. 49. A transferência e a ascensão são exemplos de meca nismos ágeis e seguros de provimento em cargo públi co da administração federal. (ANALISTA JUDICIÁRIO/ EXECUÇÃO DE MANDADOS STM/ 2011) Com relação à Lei n. 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, e à Lei n. 11.416/2006, que regula as carreiras dos servidores do Poder Judiciário, julgue os itens sub sequentes. 50. Todas as licenças, previstas em lei, a que o servidor público faz jus são contadas como de efetivo exercício, razão pela qual dar-se-ão com contagem de tempo de serviço efetivo do servidor para todos os efeitos legais. 51. Tanto os cargos com provimento em caráter efetivo quanto os cargos em comissão devem ser criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pe los cofres públicos. J. W. GRANJEIRO / RODRIGO CARDOSO (AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/ DEPEN/ 2013) No que se refere à organização administrativa, julgue o próximo item. 52. Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, instituídas pelo Poder Público, sob qualquer forma jurídica, para exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços pú blicos. (VÁRIOS CARGOS/ MI/ 2013) Em relação ao proces so administrativo e ao regime jurídico dos servidores da administração pública federal, julgue os seguintes itens. 53. As indenizações e as gratificações recebidas por ser vidores públicos federais podem ser incorporadas ao seu vencimento ou provento. 10 GABARITO QUESTÕES CESPE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. E E E C E C E E E E C C E E E C E C E E C C E E C E E E C C C E C E C C C E C E E C C E E C C C E E C E E NOÇÕES DE CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL S U M ÁRI O PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO SETOR PÚBLICO...........................................682 CONCEITUAÇÃO, OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO................................................................................682 PATRIMÔNIO E SISTEMAS CONTÁBEIS.......................................................................................................683 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS.........................................................................................................................685 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS SEGUNDO A LEI N. 4.320/1964 E ALTERAÇÕES......................................694 PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO................................................................................685 REGIME CONTÁBIL......................................................................................................................................685 DESPESA PÚBLICA: CONCEITO, ETAPAS, ESTÁGIOS E CATEGORIAS ECONÔMICAS.................................687 RECEITA PÚBLICA: CONCEITO, ETAPAS, ESTÁGIOS E CATEGORIAS ECONÔMICAS..................................690 SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA (SIAFI): CONCEITOS BÁSICOS, OBJETIVOS, CARACTERÍSTICAS, INSTRUMENTOS DE SEGURANÇA E PRINCIPAIS DOCUMENTOS DE ENTRADA......................................................................................................................................698 CONTA ÚNICA DO TESOURO NACIONAL.................................................................................................693 SUPRIMENTO DE FUNDOS.........................................................................................................................693 CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Equação Fundamental do Patrimônio MARCOS FREIRE NOÇÕES DE CONTABILIDADE Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido A Contabilidade é uma ciência de informação, e tem por objetivo controlar o Patrimônio da entidade. Assim, o objeto da Contabilidade é o Patrimônio. Situação Líquida do Patrimônio Funções da Contabilidade: • Função Técnica: registrar os fatos contábeis • Função Econômica: apurar o resultado: Lucro ou Prejuízo PATRIMÔNIO Patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações pertencente a uma pessoa física ou jurídica. Divisão do patrimônio Contabilmente, o Patrimônio é dividido em duas partes: • ATIVO: Parte Positiva • PASSIVO: Parte Negativa O Ativo é composto por Bens e Direitos, enquanto que o Passivo é composto por Obrigações. Bens: Materiais Imateriais Mercadorias Ponto Comercial Máquinas Imóveis Móveis & Utensílios Veículos Marcas e Patentes São os valores a receber, caracterizando os créditos do Patrimônio. Obrigações Equação Patrimonial 2 Ativo > Passivo = Situação Líquida Positiva ou Supe ravitária Nesta situação, encontramos o Patrimônio Líquido. Situação Líquida Positiva = Patrimônio Líquido. 2ª Situação: Ativo < Passivo = Situação Líquida Negativa ou Passivo a Descoberto 3ª Situação: Ativo = Passivo = Situação Líquida Nula ou Com pensada CONCEITOS A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da Ciência Contábil que aplica, no processo gerador de infor mações, os Princípios de Contabilidade e as normas contá beis direcionadas ao controle patrimonial das entidades do setor público. A Contabilidade Pública estuda, registra, controla e demonstra o orçamento aprovado, além de, também, acom panhar a sua execução. É o ramo da Ciência Contábil que estuda, orienta, regis tra e controla os atos e os fatos da Administração Pública, demonstrando o seu patrimônio, suas variações e resulta dos, evidenciando a execução financeira e orçamentária. Objeto da contabilidade pública São os valores a pagar, caracterizando os débitos do Patrimônio. Patrimônio líquido ou Situação Líquida 1ª Situação: Decreto-Lei n. 200/1967 Direitos Ativo − Passivo = Analisando os componentes do Patrimônio, podemos identificar três situações conforme informações abaixo: Patrimônio Líquido ou Situação Líquida = Ativo – Passivo O objeto da Contabilidade Pública é o Patrimônio Público e, inclusive, os bens de domínio público (praças, via dutos, estradas, ruas, açudes etc.), e o Orçamento Público. De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (NBCT 16.10) – CFC: Os bens de uso comum que absorverem ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no Ativo não Circulante da entidade responsável pela sua administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua ativa operacional. Objetivo da contabilidade pública O objetivo da Contabilidade Pública é fornecer infor mações confiáveis sobre o Patrimônio da entidade pública, analisando e controlando não apenas o aspecto material do patrimônio, mas também, sob a ótica financeira e eco nômica, acompanhado, inclusive, a execução orçamentária. Campo de aplicação O campo de aplicação da Contabilidade Pública é res trito à Administração Direta dos entes da federação, bem como às suas Autarquias e Fundações mantidas pelo poder público, e empresas públicas. Empresa pública dependente É a empresa controlada que recebe do ente controlador (Estado), recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral, o de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de parti cipação acionária. As normas e as técnicas próprias da Contabilidade Pública são aplicadas por todos os entes que recebam, guardem, apliquem ou movimentem recursos públicos (NBC T – 16.1). Unidade Contábil é a entidade organizacional que possui patrimônio. Classificada da Unidade Contábil • Originária: são pessoas jurídicas que possuem patrimônio próprio. • Descentralizada: representa parcelas do patrimô nio de uma mesma entidade pública. • Unificada: representa a soma ou agregação de duas ou mais Unidades Contábeis Descentralizadas • Consolidada: representa a soma ou agregação do patrimônio de duas ou mais Unidades Contábeis Originárias. PATRIMÔNIO E SISTEMAS CONTÁBEIS Patrimônio é o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações pertencentes a uma pessoa física ou jurídica. A NBC T – 16.2 conceitua Patrimônio Público como sendo: [...] conjunto de bens e direitos, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados ou mantidos com recursos públicos, integrantes do patrimônio de qualquer entidade pública ou de uso comum, que seja portador ou represente de um fluxo de benefícios futuros inerentes à prestação de serviços públicos. QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/2010) Com base na Responsabilidade Fis cal da gestão pública, enquadra-se no conceito de empresa estatal dependente a sociedade de econo mia mista estadual que captar os recursos neces sários ao seu custeio da venda de mercadorias e serviços ao ente controlador. Resposta: Errado Adicionalmente, se inscrevem também, como campo de aplicação da Contabilidade Pública, as entidades que, por acordo, necessitem registrar as operações orçamentá rias, bem como todas as entidades que atuem sob a pers pectiva do cumprimento de programas, projetos e ações de fins ideais, os serviços sociais, os conselhos profissionais, inclusive aquelas sem fins lucrativos, sujeitas ao julgamento de suas contas pelo controle externo. Obs.: Os serviços sociais, também conhecidos como “sis tema S” engloba: O SEBRAE, o SESI, o SESC, o SENAC e o SENAI, são pessoas jurídicas de Direi to Privado. Vale salientar que eles não integram a Administração Pública (direta ou indireta), pois apenas colaboram com o governo prestando ser viços à sociedade, e que por essa razão, recebem recursos públicos que devem ser aplicados integral mente à Contabilidade Pública. QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/2010) As empresas públicas com persona lidade jurídica de Direito Privado podem, sob deter minadas circunstâncias, estar sujeitas ao campo de aplicação da Contabilidade Pública. Resposta: Certo O PATRIMÔNIO SOB O ENFOQUE CONTÁBIL Segundo o CFC – Resolução 1.268/2009, o Patrimônio é estruturado em: Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. • Ativo: são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômi cos futuros ou potencial de serviços. • Passivo: são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos passados, cujo pagamento se espera que resulte para ela, saídas de recursos capazes de gerar benefícios encômicos ou poten cial de serviços. • Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. No patrimônio líquido deve ser eviden ciado o resultado do exercício segregado dos resul tados acumulados de exercícios anteriores. Patrimônio Líquido A classificação dos elementos patrimoniais, com base em seus atributos de conversibilidade e exigibilidade, con sidera a segregação em circulante e em não circulante. Os ativos devem ser classificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios: 3 NOÇÕES DE CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL UNIDADE CONTÁBIL (NBC T 16.1) a. Estarem disponíveis para realização imediata; b. tiverem a expectativa de realização até o término do exercício seguinte. MARCOS FREIRE ATENÇÃO: Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Os passivos devem ser classificados como circulantes quando satisfizerem a um dos seguintes critérios: a. corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício seguinte; b. corresponderem a valores de terceiros ou reten ções em nome deles, quando a entidade do setor público for a fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade. ATENÇÃO: Os demais passivos devem ser classifica dos como não circulantes. SISTEMA CONTÁBIL O Sistema Contábil representa a estrutura de informa ções que identifica, mensura, avalia, registra, controla e evi dencia os atos e os fatos da gestão do Patrimônio Público, e que tem por objetivo orientar e suprir o processo de decisão, a prestação de contas e a instrumentalização do controle social. O sistema contábil está estruturado nos seguintes sub sistemas de informações: • Orçamentário: registra, processa e evidencia todos os atos e fatos que englobam o planejamento e a execução orçamentária. • Patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. • Custos: registra, processa e evidencia os custos relacionados aos bens e serviços produzidos e ofer tados à sociedade pela entidade pública. • Compensação: registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modi ficações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Conforme o Art. 85 da Lei n. 4.320/1964, os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, da compo sição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DO SETOR PÚBLICO Princípio da Entidade Reconhece o patrimônio como objeto de contabilidade e afirma a autonomia patrimonial. O princípio da entidade se 4 afirma, para o ente público, pela autonomia e responsabili zação do patrimônio a ele pertencente. A autonomia patrimo nial tem origem na destinação social do patrimônio e a res ponsabilização pela obrigatoriedade da prestação de contas pelos agentes públicos. Princípio da Continuidade O princípio da continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes patrimoniais levam em conta esta circunstância. No âmbito da entidade pública, a continuidade está vin culada ao estrito cumprimento da destinação social do seu patrimônio. A continuidade da entidade se dá enquanto per durar sua finalidade. Princípio da Oportunidade O princípio da oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas no sentido de dar relevância às informações contábeis. O Princípio da Oportunidade é a base indispensável à integridade e à fide dignade dos registros contábeis dos atos e dos fatos que afetam ou possam afetar o patrimônio da entidade pública, observadas as Normas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. A integridade e a fidedignidade dizem respeito à neces sidade das variações serem reconhecidas na sua totalidade, independentemente do cumprimento das formalidades legais para sua ocorrência, visando ao completo atendi mento da essência sobre a forma. PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL Nos registros dos atos e fatos contábeis será conside rado o valor original dos componentes patrimoniais. Valor original, que ao longo do tempo não se confunde com o custo histórico, corresponde ao valor resultante de consensos de mensuração com agentes internos ou exter nos, com base em valores de entrada – a exemplo de custo histórico, custo histórico corrigido e custo corrente; ou valo res de saída – a exemplo de valor de liquidação, valor de realização, valor presente do fluxo de benefício do ativo e valor justo. Valor justo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA O princípio da competência é aquele que reconhece as transações e os eventos na ocorrência dos respectivos fatos geradores, independente do seu pagamento ou recebi mento, aplicando-se integralmente ao Setor Público. Os atos e os fatos que afetam o patrimônio público devem ser contabilizados por competência. Os seus efeitos devem ser evidenciados nas Demonstrações Contábeis do exercício financeiro com o qual se relacionam, em comple mento ao registro orçamentário das receitas e das despesas públicas. As estimativas de valores que afetam o patrimônio devem refletir a aplicação de procedimentos de mensuração que prefiram montantes menores para ativos entre alterna tivas igualmente válidas e valores maiores para passivos. A prudência deve ser observada quando, existindo um ativo ou um passivo já escriturado por determinados valores, segundo o Princípio do Valor Original surgirem possibilida des de novas mensurações. VARIAÇÕES PATRIMONIAIS As variações patrimoniais são transações que promo vem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando, ou não, o seu resultado. São classificadas em: • Variações Patrimoniais Quantitativas; • Variações Patrimoniais Qualitativas; e • Variações Patrimoniais Mistas. Com base neste artigo foi consagrado o Regime Misto que corresponde ao Regime de Caixa para as Receitas e ao Regime de Competência para as Despesas. No entanto as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público estabelece que as Receitas e as Despesas devem ser registradas em obediência ao Princípio da Competência. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA As receitas e as despesas serão consideradas dentro do exercício independente de recebimentos e pagamentos. O regime de competência respeita o fato gerador da receita e da despesa e não o momento do recebimento da receita ou do pagamento da despesa. Os registros contábeis devem ser realizados e seus efeitos evidenciados nas demonstrações contábeis do perí odo com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos geradores, independentemente do momento da execução orçamentária. Variações Patrimoniais Quantitativas São as variações decorrentes de transações no Setor Público e que promovem alteração no Patrimônio Líquido para mais ou para menos. Classificam-se em: • Variações Patrimoniais Aumentativas – correspon dem as receitas e aumentam o Patrimônio Líquido. • Variações Patrimoniais Diminutivas – correspon dem as despesas e diminuem o Patrimônio Líquido. Variações Patrimoniais Qualitativas São as variações que modificam a composição dos elementos patrimoniais sem alterar o valor do Patrimônio Líquido, permutam valores no ativo e no passivo. Variações Patrimoniais Mistas São as variações que provocam permutas em elemen tos do patrimônio e ao mesmo tempo modificam o Patrimô nio Líquido. São classificadas em: • Mistas Aumentativas; e • Mistas Diminutivas. PLANO DE CONTAS APLICADO AO SETOR PÚBLICO A conta é um elemento usado pela contabilidade para registrar os fatos contábeis e prestar informações. Portaria STN – 406/2011 – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Conta é a expressão qualitativa e quantitativa de atos ou fatos da mesma natureza, evidenciando a composição, variação e estado do patrimônio, bem como os bens, direitos, obrigações e situações nele não compreendidas, mas, que, direta ou indireta mente, possam vir a afetá-lo. TEORIA DAS CONTAS Em conformidade com a Teoria da Contabilidade pode mos efetuar a seguinte classificação em relação a Teoria das Contas: • Teoria Personalista; • Teoria Materialista; e • Teoria Patrimonialista. Teoria Personalista REGIME CONTÁBIL A Contabilidade Governamental observa todos os Prin cípios de Contabilidade, e em relação aos registros dos fatos contábeis, aplica integralmente o Princípio de Competência para as receitas e para as despesas. Lei n. 4.320/1964 – Art. 35 Pertencem ao exercício financeiro: I – as receitas nele arrecadadas; II – as despesas nele, legalmente, empenhadas.” Nesse caso, cada conta assume a configuração de uma pessoa no seu relacionamento com a entidade. Classificação das Contas: • Agentes Consignatários – representam os bens da empresa • Agentes Correspondentes – representam os Direi tos e Obrigações (envolvem terceiros que mantém relacionamento com a entidade. 5 NOÇÕES DE CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA tema a que pertence, a natureza e o grau de desdo bramento, possibilitando os registros de valores e a integração do subsistema. • Contas de Proprietários – representam o Patrimônio Líquido, incluindo as contas de receitas e despesas, visto que são elas que alteram o PL. • a função atribuída a cada uma das contas. Teoria Materialista • o funcionamento das contas. MARCOS FREIRE Engloba as contas que representam relações materiais e são classificadas em: • Contas Integrais – envolvem Bens, Direitos e Obrigações. • Contas Diferenciais – envolvem as contas de Receitas e de Despesas. Teoria Patrimonialista Envolve as contas que representam o Patrimônio (Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido) e as contas que provocam variações no Patrimônio Líquido (Receitas e Des pesas). Logo a Teoria Patrimonialista classifica as contas da seguinte forma: • Contas Patrimoniais – Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido. • Contas de Resultado – Receitas e Despesas. Em uma classificação mais ampla podemos informar que as denominadas Contas de Compensação também inte gram o rol das contas Patrimoniais. QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/2010) O método das partidas mistas pres supõe o uso de contas de correspondentes e contas dos agentes consignatários e, nesse sentido, pode ser considerado equivalente ao método das parti das dobradas. Resposta: Errado PLANO DE CONTAS É a estrutura básica da escrituração contábil, formada por um conjunto de contas previamente estabelecido, que permite obter as informações necessárias à elaboração de relatórios gerenciais e demonstrações contábeis conforme as características gerais da entidade possibilitando a padro nização do procedimentos contábeis. Em um conceito mais simples pode-se afirmar que Plano de Contas é um elenco composto por todas as contas que serão usadas no processo de escrituração contábil. • a utilização do método das partidas dobradas em todos os registros dos atos e dos fatos que afetam ou possam vir a afetar o patrimônio das entidades do setor público, de acordo com sua natureza orça mentária, financeira, patrimonial e de compensação nos respectivos subsistemas contábeis. • contas específicas que possibilitam a apuração de custos. • tabela de codificação de registros que identifique o tipo de transação, as contas envolvidas, a movi mentação a débito e a crédito e os subsistemas uti lizados. Obs.: A estrutura do Plano de Contas da Contabilidade Aplicada ao Setor Público também incorpora as contas para o controle do Orçamento. No Plano de Contas, as contas são organizadas e agru padas segundo suas funções – Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – Parte IV. a) identificar, classificar e efetuar a escrituração con tábil, pelo método das partidas dobradas, dos atos e fatos de gestão, de maneira uniforme e sistema tizada; b) determinar os custos das operações do governo; c) acompanhar e controlar a execução orçamentária, evidenciando a receita prevista, lançada, realizada e a realizar, bem como a despesa autorizada, empe nhada, liquidada, paga e as dotações disponíveis; d) elaborar os Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, a Demonstração das Variações Patri moniais, de Fluxo de Caixa, das Mutações do Patri mônio Líquido e do Resultado Econômico; e) conhecer a composição e situação do Patrimônio analisado, por meio da evidenciação de todos os ativos e passivos; f) analisar e interpretar os resultados econômicos e financeiro; g) individualizar os devedores e credores, com a espe cificação necessária ao controle contábil do direito ou obrigação; e h) controlar contabilmente os atos potenciais oriundos de contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres. NBC T – 16.5 – Estabelece que a entidade deve manter um sistema de informações contábeis refletido em Plano de Contas que compreenda: Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público Por taria n. 751/2009 – STN. Regulamenta o Plano de Contas. • a terminologia de todas as contas e sua adequada codificação, bem como a identificação do subsis O Plano de Contas está dividido em 8 (oito) classes de contas: 6 Classe 1 2 3 4 Ativo Passivo Variações patrimoniais diminutivas Variações patrimoniais aumentativas 5 Controles de Aprovação do Planejamento e Orçamento 6 Controles da Execução do Planeja mento e Orçamento 7 8 Controle Devedores Controles Credores Subsistemas de Contas • • • • Orçamentário; Patrimonial; de Compensação; e de Custos. Atributos da Conta • Título – identifica o objeto de uma conta. Ex.: caixa • Função – descrição da natureza dos atos e fatos a serem registrados na conta. • Funcionamento – (quando debita e quando credita uma conta). • Natureza do Saldo – identificação do saldo da conta: devedor ou credor. • Código – números que facilitam a identificação da conta. • Indicador para cálculo do Superávit Financeiro: “F”– Ativo/Passivo Financeiro “P” – Ativo/Passivo Permanente DESPESA PÚBLICA CONCEITO Despesa Pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade. Despesa Pública é o compromisso de gastos dos recur sos públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma necessidade da coletividade prevista no orçamento. DESPESA PELO ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO É o fluxo que deriva da utilização de crédito consignado no orçamento da entidade, podendo ou não diminuir a situ ação líquida patrimonial (Portaria STN 1/2011, Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público). Obs.: 1) Crédito Orçamentário: autorização consigna da na Lei Orçamentária Anual (LOA) para que se possa efetuar uma despesa. Natureza da Informação PATRIMONIAL ORÇAMENTÁRIA CONTROLE � 2) Recursos Orçamentários: constantes do orça mento público não, significa a existência física do dinheiro. 3) Recursos Financeiros: corresponde ao dinheiro disponibilizado pelo Tesouro Nacional e que será utilizado para o pagamento da despesa pública. RECONHECIMENTO DA DESPESA 1) Contabilidade Pública: para registro das transações, a Despesa ocorre quando há desembolso de recurso finan ceiro, qualquer que seja. 2) Enfoque Patrimonial: ocorre uma Despesa quando o fato administrativo provoca decréscimo de valor no Patrimô nio Líquido, excluídos os que sejam provenientes de distri buição de riqueza aos proprietários. 3) Enfoque Orçamentário: para fins de controle e exe cução do orçamento público, ocorre a Despesa quando o crédito orçamentário é utilizado. Ou seja: no momento do empenho da Despesa. QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/2009) A despesa pública, tanto do ponto de vista patrimonial como orçamentário, é obrigatoriamente reconhecida e registrada no mesmo momento. Resposta: Errado CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA PÚBLICA DESPESA ORÇAMENTÁRIA É a despesa decorrente da execução do orçamento público, estando autorizada na Lei Orçamentária Anual (LOA), ou em leis específicas que modifiquem o orçamento. DESPESA EXTRAORÇAMENTÁRIA É a despesa que não consta da Lei Orçamentária Anual (LOA), nem em leis específicas. Não necessita de autorização legislativa para sua rea lização. Ex.: pagamento de valores descontados de servidores aos seus consignatários (pensão alimentícia, devolução de caução, pagamento de operação de crédito por antecipação da receita (ARO). 7 NOÇÕES DE CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL Dígito QUESTÃO DE CONCURSO MARCOS FREIRE (CESPE/2009) As despesas extraorçamentárias se caracterizam por desincorporação de passivo ou apropriação de ativo. É o caso da quitação das operações de crédito por antecipação de recedita, efetuadas em razão de dificuldades momentânea de caixa. Resposta: Certo Despesa Corrente – Portaria Conjunta STN/SOF – 1/2011 Classificam-se nessa categoria todas as despesas que não contribuem, diretamente, para formação ou aquisição de um de capital. Obs.: DESPESA EFETIVA É a despesa que, no momento de sua realização, reduz a situação líquida do patrimônio da entidade. Caracteriza um fato contábil modificativo diminutivo. Ex.: pagamento de salários aos servidores. DESPESA NÃO EFETIVA É a despesa que, no momento de sua realização, não altera o valor da situação líquida da entidade. Caracteriza um fato contábil permutativo. Ex.: compra de um veículo. QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/2010) As despesas orçamentárias podem ser classificadas em despesas efetivas e não efetivas; as despesas orçamentárias não efetivas, assim como os dispêndios extraorçamentários, são oriundas de fatos permutativos. Resposta: Certo CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA DA DESPESA Quanto à classificação econômica, a despesa pública é dividida em: 1 – Despesas Correntes 2 – Despesas de Capital Em conformidade com a Secretaria do Tesouro Nacio nal, as Despesas Correntes são classificadas em: a) Pessoal e Encargos Sociais b) Juros e Encargos da Dívida c) Outras Despesas Correntes. previstas na Lei n. 4.320/1964, as Despesas Correntes são classificadas em Despesas de Custeio e Transferências Correntes. ATENÇÃO: É fundamental para a prova identificar a classificação da Despesa Corrente: pela Lei n. 4.320/1964 e pela Secretaria do Tesouro Nacional. Outras Despesas Correntes Material de consumo, pagamento de diárias, contribui ções, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte. Despesas de Capital Serão classificadas como Despesas de Capital aquelas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. A STN (Secretaria do Tesouro Nacional) classifica as Despesas de Capital em: • Investimentos; • Inversões Financeiras; e • Amortização da Dívida. Investimentos Despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. Despesas com aquisição de imóveis ou bens de capital já em uso; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituída, quando a operação não importe aumento do capital, e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis nesse grupo. Obs.: � 1) A construção de um hospital é um investimento. 2) A aquisição de um imóvel para instalar um órgão público é uma Inversão Financeira. Obs.: Na aquisição de terrenos necessários à execução de uma obra pública, mesmo já estando em utiliza ção, será considerado como investimento. QUESTÃO DE CONCURSO QUESTÃO DE CONCURSO (CESPE/2011) Em conformidade com a Lei 4.320/1964 gastos com serviços de terceiros corresponde a uma transferência corrente. (Cespe/2011) A destinação por parte do Tesouro Nacional de recursos para formação do capital social da InterBrasil, será considerado como Investimento. Resposta: Errado 8 Ex.: aquisição de material de consumo (limpeza e escritório) em grande quantidade e que serão estocados no almoxarifado. Inversões Financeiras Despesas Correntes Obs.: Despesa Corrente normalmente é uma Despesa Efetiva, no entanto podemos encontrar uma Despe sa Corrente não efetiva. Resposta: Errado Acerca de Contabilidade Governamental, envolvendo Receita e Despesa pública, julgue os itens a seguir. 1. As despesas com o pagamento dos juros da dívida pública são despesas correntes, e a amortização do principal da dívida constitui despesa de capital. 2. Suponha que determinado órgão público mantenha contrato de terceirização de mão de obra para o ser viço de máquinas fotocopiadoras, uma atividade que não consta das atribuições de nenhum dos cargos do quadro de pessoal do órgão em questão. Nesse caso, as despesas do contrato de terceirização não devem ser contabilizadas como outras despesas de pessoal. 3. Constitui um dos requisitos para a despesa pública a participação do Poder Legislativo. 4. O estágio da fixação da despesa corresponde ao mo mento em que o órgão central de planejamento e or çamento realizada a inclusão da despesa na proposta orçamentária. 5. Restos a Pagar decorrem da adoção do Princípio da Competência para as despesas públicas. 6. A inscrição de despesas como restos a pagar será automática e terá validade enquanto viger o direito do credor. 7. Todos os equipamentos e materiais adquiridos são considerados despesas de capital. 8. Os juros da dívida pública e a concessão de emprésti mos são classificados como Despesas de Capital. 9. Despesas com obras públicas e as subvenções sociais são classificadas como despesas correntes. 10. Pagamento de despesas com serviços de terceiros é uma despesa extraorçamentária. 11. O empenho é prévio, ou seja, precede a realização da despesa, e está restrito ao limite de crédito orçamen tário. 12. O pagamento da despesa somente será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. 13. Excepcionalmente, um administrador público pode, desde que motivado, promover o empenho da despe sa em volume que exceda os créditos que tenha sido concedido. 14. O estágio do recolhimento de uma receita pública cor responde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional, efetuada pelos contribuintes ou devedores aos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente. 15. O lançamento, caracterizado como um dos estágios da receita pública, não se aplica a todos os tipos de receita. São tipicamente objetos de lançamento os im postos indiretos e, em particular, os que decorrem de substituição tributária. 16. É um exemplo de receita extraorçamentária o recebi mento de depósitos judiciais. 17. A receita orçamentária efetiva, no momento do seu re conhecimento, constitui fato contábil modificativo au mentativo, aumentando a situação líquida patrimonial da entidade. 18. São consideradas Receitas Correntes, entre outras, as tributárias, as industriais, as agropecuárias e patri moniais que envolverem a conversão, em espécie, de bens e direitos. 19. A avaliação e a estimativa das necessidades de finan ciamento do Governo central fazem parte do processo orçamentário. 20. No lançamento da receita tributária, momento anterior ao recolhimento e à arrecadação, é identificado o de vedor ou a pessoa do contribuinte. 21. Os valores depositados a título de caução para ga rantia de um direito, por constituírem recursos que não pertencem ao patrimônio público, não podem ser de positados na Conta Única do Tesouro Nacional. 22. Em relação à natureza, as receitas públicas se dividem em Receitas Correntes e de Capital. 23. As receitas provenientes de rendimentos sobre inves timentos do ativo permanente, de aplicações de dis ponibilidades em operações de mercado e de outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes devem ser classificadas como Receitas Correntes. 24. No que concerne a estágios da receita, o lançamento de ofício é efetuado pela administração sem a partici pação do contribuinte. 25. Constitui Receita de Capital de um ente público a amortização de empréstimos concedidos. 26. As receitas arrecadadas pelo ente público, cujo fato gerador foi utilização de um serviço público específi co e divisível, posto à disposição do contribuinte, são classificadas como taxas. 27. Laudêmios, dividendos e participações são exemplos típicos de Receitas Patrimoniais. 9 NOÇÕES DE CONTABILIDADE GOVERNAMENTAL EXERCÍCIOS 28. A despesa cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, não estando mais vigente o direito do credor, poderá ser paga à conta de dotação destinada a atender despesas de exercícios anteriores. 29. Liquidar despesa pública é pagá-la corretamente. MARCOS FREIRE 30. As operações de crédito e as inscrições em restos a pagar deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor. GABARITO 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. C C C E C E C E E E C C E E E C C E C C E E C C C C C E E C 10