PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO-ITAQUERA Ação Formativa 2013: Coordenadores Pedagógicos da DRE ITAQUERA “Possibilidades e Desafios do Coordenador Pedagógico e a interface das Práticas Educativas” 9º Encontro Formativo / 26 de setembro de 2013 Formadores: Silvia Timóteo e Michelly F. B. do Amaral ”A reflexão é um processo de conhecer como conhecemos, um ato de voltar a nós mesmos, a única oportunidade que temos de descobrir nossas cegueiras e reconhecer que as certezas e os conhecimentos dos outros são, respectivamente, tão aflitivos e tão tênues como os nossos” Humberto Maturana Objetivos: • Refletir sobre práticas pedagógicas que possam atender as especificidades dos estudantes da EJA; • Discutir os princípios que norteiam a proposta pedagógica para esta modalidade. Leitura deleite: O trabalho enobrece Organização curricular e práticas pedagógicas que atendam a diversidade dos estudantes da EJA VARGAS, Patrícia G. e GOMES, Maria de Fátima C. Aprendizagem e desenvolvimento de jovens e adultos: novas práticas sociais, novos sentidos. Educação e Pesquisa., São Paulo, v.39, n.2, p. 449-463, abr./jun. 2013. “(...) uma atividade pode ou não possibilitar o desenvolvimento, criar condições, mas não é garantia do desenvolvimento.(...)” Vygotsky Estratégias “(...) com a colaboração de outras pessoas, o sujeito pode resolver problemas com graus de dificuldade acima do que foi padronizado para a etapa do desenvolvimento mental de sua faixa etária.(...)” Intervenções Na escola, Antônio aprendeu a pensar sobre o próprio conhecimento – metacognição -, isto é, a se relacionar com o conhecimento descontextualizado e a assumir para si a própria organização do saber como objeto de sua reflexão. Isso o capacitou a utilizar os instrumentos e os signos do funcionamento intelectual típico da sociedade letrada (OLIVEIRA, 1992) “(...) um espaço com carteiras dispostas em fileiras paralelas, quadro branco, uma mesa de professor à frente e vários cartazes de alfabetização de crianças espalhados pelas paredes, o que nada difere de uma sala de qualquer instituição escolar de nosso país.(...)” Adequações “(...) Como não foi possível visualizar as práticas sociais de leitura desses alunos em outros espaços que não o da escola (na residência, no trabalho e nos outros grupos sociais a que pertencem), seus modos de letramento tornaram-se visíveis por meio de seus discursos (entendendo-se discurso como o que se faz e o que se fala na escola). (...)” Contextualização “Quando chegou à escola, Antônio já havia construído inúmeros conhecimentos linguísticos, pragmáticos e referenciais, e já tivera acesso a diferentes tipos de gêneros textuais.” O que se deve ler na escola? O que se lê fora da escola. “Mas, assim, trinta anos atrás, o pessoal lá no interior, era mais complicado pra estudar. O meu causo mesmo, quando eu vim de Monte Cruzeiro pra aqui... Aqui pra Belo Horizonte, eu vim sem saber nada, porque lá tinha que ir, pra ir pra escola lá tinha que ir a cavalo... Mais de quinze quilômetros a cavalo, é brincadeira, né? Condições [...] coloquei na cabeça de tirar carteira de motorista. Falei assim: pra mim tirar uma carteira eu tenho que estudar, né? Ninguém tira carteira sem saber ler alguma coisa, tem que saber. E... Eu procurei a escola por isso, procurei e vim, estudei aqui em dois mil, agora eu não sei se é em dois mil e um... Foi dois mil e um que eu estudei aqui, fiz o primeiro ano com a professora Emilia, né? Objetivos [...] preciso aprender mais... Ter mais conhecimento... Facilitar mais o meu setor do trabalho, conhecer mais, desenvolver mais o meu trabalho; a gente tem mais é que correr atrás... Por exemplo, desenvolvimento no trabalho, quer dizer, não perder a oportunidade no trabalho. Perspectivas (Des)Caracterização