“Desafios e Rumos da Saúde Suplementar” “QUALISS” GERPS/GGISE/DIDES/ANS 1 GERPS - Coordenadoria de Qualidade Agenda Cenário Atual do Setor Por que Qualidade e Segurança em Saúde? Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços da ANS QUALISS Divulgação – RN nº 267, de agosto de 2011. QUALISS Indicadores – RN nº 275, de novembro de 2011. 2 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Cenário Atual Setor Saúde Suplementar – intensa regulação Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Operadoras de planos de saúde – situação de restrição de recursos. Aumento da sinistralidade, sem possibilidade de repasse direto ao usuário. Pressões crescentes sobre prestadores. Relação de desconfiança mútua. Consequente: Qualidade. Ênfase em controle de custos independente da Clientes cada vez mais vigilantes na cobrança de seus direitos (código de defesa do consumidor), exigindo informações sobre riscos e benefícios e usando a justiça para resolver conflitos com prestadores. Aumento crescente de demandas sobre falta de qualidade dos prestadores que chegam tanto à ANS quanto às entidades de proteção aos consumidores. 3 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Por que Qualidade e Segurança em Saúde? Institut of Medicine (IOM) – EUA “Errar é Humano: Construindo um Sistema de Saúde mais Seguro”, 1999: “ Nos Estados Unidos, os erros médicos ocasionam a morte entre 44.000 e 98.000 pacientes, por ano, segundo dois estudos – Colorado/Utah & Nova York - cifra superior a das mortes por acidentes de trânsito, câncer de mama ou AIDS”. “A assistência médica nos EUA (e acho que no Brasil também...) tem problemas de segurança dos pacientes e de qualidade porque está baseada num sistema de trabalho obsoleto.” “Se quisermos alta qualidade da assistência precisaremos redesenhar o sistema e processos da atenção médica”. 4 O que é Qualidade em Saúde? “Cuidado de boa qualidade é aquele que proporciona ao paciente o máximo e mais completo bem estar, após ter sido considerado o equilíbrio previsto entre ganhos (benefícios) e perdas (danos) que acompanham o processo de cuidado, em toda a sua extensão.” Avedis Donabedian 5 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Cenário Atual 6 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços - QUALISS: QUALISS Divulgação – RN n º 267, de 24 de agosto de 2011; QUALISS Indicadores – RN n º 275, de 3 de novembro de 2011. 7 GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Comitê Gestor do QUALISS – COGEP Trata-se de uma instância de participação democrática dos diversos agentes econômicos do setor de saúde suplementar na busca por consenso, de caráter consultivo e coordenada pela Diretoria de Desenvolvimento Setorial – DIDES da ANS. Tem a finalidade de promover o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar, instituído pela RN nº 267 e do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar, instituído pela RN nº 275. 8 GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Divulgação Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar , RN n º 267. Objetivos Principais: Aumentar o poder de avaliação e escolha por parte dos usuários de planos de saúde de prestadores mais qualificados. Estimular à adesão, por parte dos prestadores de serviços, à programas que os qualifiquem. 9 GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Divulgação Qualificação – pode ser entendida como um processo cujo objetivo é apoiar e estimular profissionais e unidades de saúde a atingir o seu melhor desempenho, diante de padrões histórica e socialmente construídos. Atributo de Qualificação - são considerados atributos de qualificação de prestadores de serviços o programa, o certificado, o processo de trabalho ou o vínculo institucional reconhecidamente associado à melhoria da qualidade na atenção à saúde. 10 GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Divulgação O programa consiste: na fixação de atributos de qualificação relevantes para o aprimoramento da atenção à saúde oferecida pelos prestadores de serviços na saúde suplementar; na inclusão obrigatória, por parte das operadoras, dos atributos de qualificação de cada prestador de serviços em todo o seu material de divulgação de rede assistencial. na divulgação pela ANS à sociedade em geral da importância dos atributos de qualificação de prestadores de serviços na orientação de suas escolhas. 11 GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Divulgação Atributos de Qualificação: I - prestadores de serviços hospitalares: a) Acreditação – com identificação da Acreditadora ; b) NOTIVISA - da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA; c) QUALISS Indicadores – Agência nacional de Saúde Suplementar - ANS. 12 GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Divulgação Atributos de Qualificação: II - prestadores de serviços auxiliares de diagnóstico e terapia e clínicas ambulatoriais: a) Acreditação – com identificação da Acreditadora; b) NOTIVISA - da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA; c) QUALISS Indicadores – Agência nacional de Saúde Suplementar - ANS. 13 GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Divulgação Atributos de Qualificação: III - profissionais de saúde ou pessoas jurídicas que prestam serviços em consultórios: a) participação no NOTIVISA da ANVISA; b) pós-graduação com no mínimo 360hs e/ou residência em saúde reconhecidos pelo MEC; c) mestrado, doutorado e livre docência (divulgação opcional); d) título de especialista outorgado pela sociedade de especialidade e/ou Conselho Profissional da categoria; e) participação do profissional de saúde de nível superior em programa de certificação de atualização da categoria. 14 GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Indicadores Programa de Monitoramento da Qualidade dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar – RN n º 275. Objetivos: disseminação de dados assistenciais: I. aos beneficiários, visando o aumento de sua capacidade de escolha; II. aos prestadores, visando o fomento de iniciativas e estratégias de melhoria de desempenho. III. às operadoras de planos privados de assistência à saúde,visando a uma melhor qualificação de suas redes assistenciais. 15 Elegibilidade: são elegíveis todos os prestadores de serviços informados através do Sistema de Registro de Planos de Saúde – RPS. GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Indicadores O Sistema de Medição consiste em: Domínios: efetividade, eficiência, equidade, acesso, centralidade no paciente e segurança. Relevância do Indicador: 16 Essenciais – com informação obrigatória, e Recomendáveis – com informação esperada. Ciclo de vida: Planejamento (E1), Avaliação controlada (E2), Generalização do uso (E3), Descontinuado (E4). GERPS – Coordenadoria de Qualidade QUALISS Indicadores Divulgação: os prestadores de serviço terão acesso aos resultados de seu desempenho antes da divulgação pública dos mesmos. Auditoria: com base em parâmetros e análises pactuados no COGEP. Envio das informações: Documento de Informações Periódicas dos Prestadores de Serviços – DIPRS/ANS. 17 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regras Gerais de Adesão Pré-requisitos para Adesão : 1) Integrar a rede assistencial da saúde suplementar; 2) Estabelecimentos que possuem instalações físicas específicas destinadas à acomodação de pacientes para permanência por um período mínimo de 24 horas. 3) Ter licença de funcionamento atualizada emitida por órgão de vigilância sanitária; 4) Constituir legalmente e manter ativas as seguintes Comissões: a. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar; b. Comissão de Ética Médica, se possuir mais de 10 médicos em seu corpo clínico; c. Comissão de Revisão de Prontuários; d. Comissão de Revisão de Óbitos. (continua) 18 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regras Gerais de Adesão 5) Realizar o Censo Hospitalar Diário, de acordo com a portaria MS 312. 6) Possuir no mínimo 20 leitos. 7) Possuir prontuário único. OBS 1: Para os pré-requisitos serão exigidos documentos comprobatórios. 19 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regras Gerais de Adesão OBS 2: No QUALISS Indicadores Hospitalares - não serão avaliados os seguintes estabelecimentos: Atendimento exclusivo para urgência/emergência, Atendimento exclusivo para psiquiatria, Hospital – dia, Hospitais especializados em reabilitação e instituições de longa permanência, Estabelecimentos com menos de 20 leitos. 20 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regras Gerais de Adesão Itens Recomendáveis: (estes itens não são obrigatórios, porém sua presença pode facilitar a adesão ao Programa) 1) Dispor de acesso à internet ; 2) Possuir um sistema informatizado em rede (ERP); 3) Possuir prescrição eletrônica; 4) Emitir Relatório de Alta Hospitalar em 100% dos pacientes internados – modelo CIH; OBS: O estabelecimento hospitalar que fizer adesão ao Programa QUALISS Indicadores Hospitalares – será avaliado como um todo, não sendo permitido o envio de informações fragmentadas por tipo de fonte pagadora. 21 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regras Gerais de Adesão Etapas de Adesão ao Programa QUALISS 1. Ficha cadastral; Dados estruturais, dados administrativos. Atualização periódica – via sistema informatizado da ANS. 2. Estratificação; Ajuste por Porte/Complexidade Metropolitana/não metropolitana. 06 grandes grupos: A. Porte III (grande), metropolitano. B. Porte III (grande), não metropolitano. C. Porte II (médio), metropolitano. D. Porte II (médio), não metropolitano. E. Porte I (pequeno), metropolitano. F. Porte I (pequeno), não metropolitano. 22 GERPS – Coordenadoria de Qualidade e por Região Classificação dos Hospitais ITENS DE AVALIAÇÃO PONTO S POR ITEM 23 A Nº DE LEITOS B LEITOS DE UTI C D COMPLEXIDADE* E F URGÊNCIA / EMERGÊNC IA UTI NEONATA L SALAS CIRÚRGIC AS 1 Ponto 20 a 49 01 a 04 1 _______ _______ Até 02 2 Pontos 50 a 149 05 a 09 2 _______ _______ Entre 03 e 04 3 Pontos 150 a 299 10 a 29 3 _______ _______ Entre 05 e 06 4 Pontos 300 ou mais 30 ou mais ≥4 Sim Sim ≥ 07 GERPS – Coordenadoria de Qualidade PONTOS TOTAIS Mínimo 1 Máximo 24 Classificação dos Hospitais Complexidade (1 ponto para cada um dos serviços ou procedimentos abaixo) Porte I De 1 a 10 Porte II De 11 a 16 Porte III De 17 a 24 •Transplante •Gravidez de alto risco •Tratamento Oncológico •Queimados •Cirurgia Cardíaca e Hemodinâmica •Neurocirurgia •Cirurgia Bariátrica 24 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regras Gerais de Adesão Estratificação dos Hospitais: • Por Porte e complexidade • Por Regiões: Regiões Metropolitanas - São constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, instituídas por legislação estadual, com vistas ao planejamento e execução de funções públicas e de interesse comum. Exemplos de Regiões Metropolitanas ; Belém, Fortaleza, Natal, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Baixada Santista, Curitiba, Londrina, Maringá, Norte-Nordeste Catarinense, Vale do Itajaí, Florianópolis e Porto Alegre.(IBGE) Não metropolitanas – regiões que estejam fora das regiões metropolitanas. 25 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regiões Metropolitanas – Norte e Nordeste Região Norte Amapá Amazonas Pará Região Metropolitana de Macapá Região Metropolitana de Manaus Região Metropolitana de Belém Região Metropolitana de Santarém Região Nordeste Região Metropolitana de Maceió Região Metropolitana do Agreste Região Metropolitana de Salvador Bahia Região Metropolitana de Feira de Santana Região Metropolitana de Fortaleza Ceará Região Metropolitana do Cariri Região Metropolitana de São Luís Maranhão Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense Região Metropolitana de João Pessoa Região Metropolitana de Campina Grande Paraíba Região Metropolitana de Patos Região Metropolitana de Guarabira Pernambuco Região Metropolitana do Recife Rio Grande do Norte Região Metropolitana de Natal Sergipe Região Metropolitana de Aracaju Alagoas 26 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regiões Metropolitanas – Centro Oeste e Sudeste Região Centro-Oeste Goiás Mato Grosso Região Metropolitana de Goiânia Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá Região Sudeste Espírito Santo Minas Gerais Rio de Janeiro São Paulo Região Metropolitana de Vitória Região Metropolitana de Belo Horizonte Região Metropolitana do Vale do Aço Região Metropolitana do Rio de Janeiro Região Metropolitana da Baixada Santista Região Metropolitana de Campinas Região Metropolitana de São Paulo Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte Obs. O Distrito Federal, apesar de não constituir a rigor uma Região Metropolitana, será aqui considerado como tal. 27 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Regiões Metropolitanas – Sul Região Sul Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul 28 Região Metropolitana de Curitiba Região Metropolitana de Londrina Região Metropolitana de Maringá Região Metropolitana de Chapecó Região Metropolitana Carbonífera Região Metropolitana de Florianópolis Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí Região Metropolitana de Lages Região Metropolitana do Norte/Nordeste Catarinense Região Metropolitana do Vale do Rio Itajaí Região Metropolitana de Tubarão Região Metropolitana de Porto Alegre GERPS – Coordenadoria de Qualidade Domínio do Indicador Nome do Indicador Ciclo de Vida do Indicador - Setembro 2012 E.1 1. Taxa de densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central (CVC) na UTI Adulto SEGURANÇA EFETIVIDADE EFICIÊNCIA EQUIDADE ACESSO CENTRALIDADE NO PACIENTE 29 2. Taxa de densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central (CVC) na UTI Pediátrica 3. Taxa de densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central (CVC) na UTI Neonatal E.2 X X X 4. Taxa de utilização de cateter venoso central (CVC) na UTI Adulto X 5. Taxa de utilização de cateter venoso central (CVC) na UTI Pediátrica X 6. Taxa de utilização de cateter venoso central (CVC) na UTI Neonatal X 7. Conformidade com os padrões de cirurgia segura X 1. Implantação de diretrizes e protocolos clínicos X 2. Taxa de mortalidade institucional X 3. Taxa de mortalidade cirúrgica X 4. Taxa de mortalidade neonatal RN < 1500g X 5. Taxa de mortalidade neonatal RN 1500-2500g X 1. Taxa de ocupação operacional Geral X 2. Taxa de ocupação operacional Maternidade X 3. Taxa de ocupação operacional UTI adulto X 4. Taxa de ocupação operacional UTI Pediátrica X 5. Média de permanência Geral X 6. Média de permanência Maternidade X 7. Média de permanência UTI adulto X 8. Média de permanência UTI Pediátrica X 1. Acessibilidade à pessoa com deficiência X 2. Medidas para garantir nos atendimentos a prioridade aos indivíduos vulneráveis (pessoas com deficiência, idosos, gestantes, lactantes), excluindo urgência/emergência X 1. Acolhimento Classificação de risco X 2. Tempo de espera na Urgência e Emergência X 1. Satisfação do cliente X 2. Monitoramento/ avaliação de queixas, reclamações e sugestões X GERPS – Coordenadoria de Qualidade E.3 E.4 Conclusão Impactos Esperados na Saúde Suplementar, com a implementação das normas: • Início de um movimento consistente e progressivo de fomentação da cultura da qualidade e da avaliação no setor. • Estimulo a melhoria continua dos processos de cuidado e segurança dos pacientes. • Aumento da transparência do setor, com maior responsabilização dos prestadores de serviço por seus resultados. 30 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Conclusão “O desafio fundamental no sistema de saúde é como dar partida a um novo tipo de competição - a competição em resultados para melhorar a saúde e o atendimento aos usuários” Michael Porter 31 GERPS – Coordenadoria de Qualidade Pensando em Qualidade ... O que você está fazendo para melhorar a qualidade do seu trabalho e da sua instituição na construção de um sistema de saúde melhor para todos? 32 Muito Obrigada! Raquel Medeiros Lisboa Agência Nacional de Saúde Suplementar Email : [email protected] 33 33