ESTILO DE ÉPOCA
Barroco
• Não é ruptura, mas continuidade, reação às tendências humanistas do Renascimento, numa tentativa de
reencontrar o fio da tradição cristã, herança medieval.
• Contexto histórico; consolidação do capitalismo mercantilista; consolidação do absolutismo; Contra-Reforma
católica (Concílio de Trento, Companhia de Jesus).
Visão de mundo: dualista
• Fusionismo: fusão da visão medieval teocêntrica e da visão clássica antropocêntrica, numa síntese angustiada.
• Pessimismo: concepção amarga e melancólica da vida terrena.
• Intensidade: exagero na vivência de sentimentos e emoções.
• Linguagem: complexa, sofisticada, rebuscada, “circular”.
a) Cultista: primazia do significante; jogo de palavras; exploração de elementos sensoriais; vocábulos
preciosos; imagens. Predomina na poesia.
b) Concepitista: primazia do significado; jogo de conhecimentos; exploração do raciocínio lógico.
Predomina na prosa.
A Lírica e a Sátira de Gregório de Matos Guerra.
Gregório de Matos cultivou a poesia lírica religiosa, amorosa e filosófica. Vejamos:
TEXTO 1
LÍRICA AMOROSA
TEXTO 2
LÍRICA FILOSÓFICA
Sonetos à D. Ângela de Sousa Paredes
Desenganos da vida humana, metaforicamente.
Não vira em minha formosura,
Ouvia falar dela todo dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura:
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
Ontem a vi por minha desventura
Na cara, no bom ar, na galhardia
De uma mulher, que em Anjo se mentia;
De um Sol, que se trajava em criatura:
É planta, que de abril favorecida,
Por mares de soberba desatada,
Florida galeota empavesada,
Sulca ufana, navega destemida.
Matem-me, disse eu, vendo abrasar-me,
Se esta a cousa não é, que encarecer-me
Sabia o mundo, e tanto exagerar-me:
É nau enfim, que em breve ligeireza
Com presunção de Fênix generosa,
Galhardias apresta, alentos preza:
Olhos meus, disse então por defender-me,
Se a beleza heis de ver para matar-me,
Antes olhos cegueis, do que eu perde-me
Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa
De que importa, se aguarda sem defesa
Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?
Gregório de Matos
Gregório de Matos
TEXTO 3
A SÁTIRA
I
Juízo anatômico dos achaques que padecia o corpo da República em todos os membros, e inteira
definição do que em todos os tempos é a Bahia.
Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.
Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.
Quem faz os círios mesquinhos?...
Meirinhos.
Quem faz as farinhas tardas?... Guardas.
Quem as tem nos aposentos?... Sargentos.
Os círios lá vem aos centos,
E a terra fica esfaimando,
Porque os vão atravessando
Meirinhos, guardas, sargentos.
E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.
Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.
Quais são seus doces objetos?... Pretos.
Tem outros bens mais maciços?... Mestiços. Que vai pela clerezia?... Simonia.
Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos. E pelos membros da Igreja?... Inveja.
Cuidei que mais se lhe punha?... Unha
Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao Demo o povo asnal,
Sazonada caramunha,
Que estima por cabedal,
Enfim, que na Santa Sé
Pretos, mestiços, mulatos.
O que mais se pratica é
Simonia, inveja e unha.
E nos frades há manqueiras?... Freiras.
Em que ocupam os serões?... Sermões.
Não se ocupam em disputas?... Putas.
Com palavras dissolutas
Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
São freiras, sermões e putas.
O açúcar já acabou?... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Logo já convalesceu?... Morreu.
À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce,
Baixou, subiu, morreu.
A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.
Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.
Gregório de Matos
TEXTO 4
LÍRICA RELIGIOSA
A Jesus Cristo Nosso Senhor
Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,
Da vossa alta clemência me despido;
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido:
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida e já cobrada
Glória tal e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
Cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.
Gregório de Matos
TEXTO 5
Anjo de Duas faces
Anjo de duas faces,
o sol e as trevas, eis.
E vós, Indecisão,
serpente me venceis.
Sorriso de mulher
em pose de invectiva,
o choro da criança
não morte, semiviva.
Bigênito demônio
solevando punhal,
sois o Bem? Sois o Mal?
Anjo de duas faces
Duplo lago reflete
– o olhar de uma condena,
o olhar de outra promete.
(Affonso Ávila – Código de Minas...)
TEXTO 6
Rompe o Poeta com a Primeira Impaciência
Querendo Declarar-se e Temendo Perder Por Ousado
Anjo no nome. Angélica na cara,
Isso é ser flor e anjo juntamente,
Ser Angélica flor e anjo florenle,
Em quem, senão em vós se uniformara1?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescenle?
E quem um Anjo virá tão luzenle,
Que por seu eus, o não idolalrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela, e tão galharda2,
Posto que Anjos nunca dão pesares.
Sois Anjo, que me lenta, e não me guarda.
MATOS, Gregório de. Op. Cit.
1. Uniformar: uniformizar, tornar uniforme, com uma só forma.
2. Galharda: elegante, bem-apessoada.
Questão - 01
Podemos afirmar que mesmo separados pelo tempo, Affonso Ávila e Gregório de Matos trabalham temas
Barrocos. Gregório de Matos é reconhecidamente um dos maiores poetas da Escola Barroca brasileira.
Explique porque a afirmação inicial está correta mesmo Affonso Ávila sendo um poeta do Modernismo
brasileiro. Justifique sua resposta com elementos do texto 5.
Sim. Podemos afirmar que o texto 5, poema de Affonso Ávila, mesmo tendo sido escrito
aproximadamente três séculos depois do poema - texto 6, de Gregório de Matos, aborda a mesma
temática da lírica amorosa barroca. O dualismo sempre presente e a figura da MULHER confrontada
pela dualidade Anjo X Demônio (tentação). Exemplo: "Anjo de duas faces, o sol e as trevas/ Bigênito
demônio".
Questão - 02
A Antítese é uma das figuras de linguagem mais comum em poemas barrocos. Destaque pelo menos dois
pares destra figura de linguagem presentes nos textos 5 e 6.
Exemplo do texto 5: "sol e as trevas" (Sol=luz, brilho, anjo X Trevas=escuro, pecado, tentação) ;
Exemplo do texto 6: "Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda" (Anjo= deveria proteger, defender X
Anjo= tenta, leva o eu lírico a ter pensamentos pecaminosos).
Questão - 03
Podemos afirmar que os textos 5 e 6 pertencem respectivamente a lírica amorosa e à filosófica? Justifique
sua resposta.
Não, ambos pertencem à lírica amorosa, sendo que o texto 6 é um legítimo poema do Barroco
brasileiro e o texto 5 é um poema moderno, porém com traços do Estilo de Época denominado como
Barroco.
Questão - 04
No Barroco e mulher é tratada de uma forma diferenciada. Diga como ela é vista nos poemas deste estilo
comprovando com elementos extraídos dos texto 5 e 6.
No texto 5: Mulher é comparada à figura de Anjo sendo confrontada à de serpente: "Anjo de duas
faces X serpente me venceis; No texto 6 a Mulher é confrontada ora como Anjo, ora como tentação:
Mulher=Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
Questão - 05
Há uma característica que se evidencia nos poemas barrocos que está ligada ao título dos poemas. Qual é
essa característica? Justifique com elementos do texto 6.
A característica é a presença de títulos longos e explicativos: "Rompe o Poeta com a Primeira
Impaciência Querendo Declarar-se e Temendo Perder Por Ousado", ou seja, o eu lírico consegue
declarar-se à sua amada rompendo a impaciência, mas tinha medo de sua impaciência demonstrar
muita insegurança e chegar a perdê-la.
TEXTO 7
As Mariposa
As mariposa quando chega o frio
Fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá
Elas roda, roda, roda e dispois se senta
Em cima do prato da lâmpida pra descansá
2X
Eu sou a lâmpida
E as muié é as mariposa
Que fica dando vorta em vorta de mim
Todas noite só pra me beijá
2X
Boa noite, lâmpida!
- Boa noite, mariposa!
- Pelmita-me oscular-lhe as alfácias?
- Pois não, mas rápido porque daqui a pouco eles mi apaga.
Adoniran Barbosa
TEXTO 8
Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa ...
Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.
Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo que exalou, morro abrasado.
Ambos de firmes anelando chamas,
Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constâncias iguais, iguais nas chamas.
Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.
Gregório de Matos
Questão - 06
Adoniran Barbosa, grande compositor paulista que ficou conhecido após o sucesso "O Trem das Onze".
Porém ao fazer uma análise do padrão linguístico pode-se provar que não se trata de manifestação de erro.
A primeira delas diria respeito a economia, o que se percebe na flexão do plural. Observe que essa marca
aparece apenas na primeira palavra de uma expressão: “as mariposa”, “as muié”, “elas roda”, “todas
noite”. O único momento em que essa regra não é aplicada está na fala da mariposa: “Pelmita-me oscularlhe as alfácias”. Entretanto, trata-se de uma situação de conquista amorosa, momento em que estamos
acostumados a nos enfeitar um pouco mais, inclusive no linguajar. Nesse ponto, o humor do texto estaria
na sofisticação – observe-se o preciosismo de “oscular” substituindo “beijar” – misturada ao não-padrão
“pelmita” e à confusão entre “faces” e “alfácias”. Sendo assim, se compararmos os textos 7 e 8
encontraremos alguma semelhança quanto ao tema? Justifique sua resposta.
Sim. Tanto o texto 7, quanto o 8, fazem referência à mulher desencadeadora de sentimentos e
sofrimentos, porém no texto 7 as mulheres rodeiam o eu lírico que ovacionado por elas que beija-lhe a
face. No entanto, no texto 8, o eu lírico sofre por não encontrar o fogo, o amor: "Tu a vida deixas, eu a
morte imploro"; Tu= a mariposa (a vida deixas) = morre; Eu= eu lírico (a morte imploro).
Questão - 07
Na temática barroca há sempre a presença do sofrimento amoroso, muito presente também na poesia de
Camões e Shakespeare que é a tentativa de racionalizar o sentimento amoroso. Porém nos poemas de
Gregório de Matos, como este texto 8, o amor é sempre retratado de forma conflituosa. O que o
sentimento amoroso desencadeia no eu lírico em : "Pois se à força do ardor perdes a vida, / A violência do
fogo me há prostrado. / No fogo que exalou, morro abrasado. / Tu a vida deixas, eu a morte imploro"?
Justifique sua resposta.
O sofrimento do eu lírico é o amor impossível, que ao contrário da mariposa que adorando a chama da
lamparina, buscou no fogo o que a completava. Ele clama por sua morte, mas o fogo - para o eu lírico =
amor - não o mata, como o fogo da lâmpada que matou a mariposa. Por isso, viver sem o amor da
amada - fogo - causa-lhe sofrimento.
Questão - 08
Podemos afirmar que o termo “chamas” presente no segundo verso da primeira estrofe é utilizado no
sentido denotativo, pois as mariposas buscam a luz das velas; no entanto, quando o poeta fala em fogo,
no quarto verso da primeira estrofe, que passa a ser empregado no sentido conotativo, pois se refere à sua
paixão. Comente se esta afirmação está correta ao não. Em caso afirmativo, diga o que o fogo é capaz de
fazer com o eu lírico.
Sim, a afirmação está correta. Ao afirmar que a mariposa perde vida ao se encostar na chama da
lamparina o eu lírico faz uma comparação afirmando que a mariposa morreu ao chegar ao fogo, e isso
desencadeou um sofrimento no eu lírico que fica prostrado=abatido, pois seu sacrifício é mais terrível
do que o dela, por que é inútil.
Questão - 09
O Barroco é uma Escola Literária muito conhecida pelo uso das inversões, ou seja, os termos aparecem
invertidos em relação à ordem direta, normal. Com relação à última estrofe, coloque-a na ordem direta e
explique o seu sentido.
Mas ai! que a diferença entre nós choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.
"Mas ai! Choro a diferença entre nós. Pois tu acabando ao fogo que amas, eu morro sem chegar à luz
que adoro." A diferença entre o eu lírico e a é que a mariposa está morta e ele vivo, por isso, ele chora
por ter que viver sem seu amor. Tu, pronome pessoal do caso reto de segunda pessoa, representa com
quem o eu lírico fala, ou seja, tu = a mariposa. Podemos entender que na comparação a mariposa
como amante encontrou seu fim e ele não.
TEXTO 9
TEXTO 10
Soneto bem conhecido
A cada canto um grande conselheiro
Que nos quer governar cabana e vinha,
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
Que a vida do vizinho, e da vizinha,
Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha
Para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos pelos pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
Todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
Gregório de Matos
Soneto
Neste mundo é mais rico, o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa:
Com sua língua ao nobre o vil decepa:
O Velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por Tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
Mais isento se mostra, o que mais chupa.
Para a tropa do trapo vazo a tripa,
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
Gregório de Matos
Questão - 10
Apesar de ter feito lindas poesias sacra e lírica, foi como poeta satírico que Gregório de Matos se
destacou, o que o fez ganhar a alcunha de o "Boca do Inferno". Por que o poeta baiano recebeu esta
denominação da grande escritora Ana Miranda? Justifique sua resposta com base nos texto 9 e 10.
O estado de espírito do poeta, que era filho de senhor-de-engenho e este seguimento estava em crise,
ao retornar ao Brasil (1682) vê um Brasil em que os nobres, classe a qual pertencia Gregório, era
usurpado pelo oportunismo dos negociantes. Como bacharel, o poeta vê a farsa das instituições
jurídicas, que subverteu todos os princípios e hierarquias, que está afundando sua classe (nobreza).
Suas poesias ferinas e contundentes levaram a escritora Ana Miranda a rotulá-lo como "O Boca do
Inferno".
Leia a tira a seguir para responder à questão 11.
TEXTO 11
Questão - 11 (ENEM)
OXÍMORO (ou PARADOXO) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem
mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os
oximoros. Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos retirados do poema "O operário em
construção". Pode-se afirmar que ocorre um oximoro em:
a) "Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão.”
b) "... a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era sua escravidão.“
c) "Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava.“
d) "... o operário faz a coisa E a coisa faz o operário.“
e) "Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão."
(MORAES, Vinícius de. "Antologia Poética." São Paulo: Companhia das Letras, 1992.)
A letra "B" é a correta, porque há o Oxímoro ou Paradoxo em: "casa que ele fazia Sendo a sua
liberdade Era sua escravidão". A construção da casa o levaria à sensação de liberdade, porém isso
torna-se sua escravidão.
TEXTO 12
TEXTO 13
Soneto
Ao Braço do Mesmo Menino Jesus Quando Aparece
Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a Luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Em todo o Sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica o todo.
Mas no Sol, e na Luz, falte a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
Não se sabendo parte deste todo,
Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.
Gregório de Matos
Gregório de Matos
Questão - 12
Gregório de Matos também abordou outras temáticas como o uso do CULTISMO, que é caracterizado
pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, também conhecido como Gongorismo. Nestes poemas o
poeta baiano utiliza constantemente a figura de linguagem denominada metonímia. Outra temática aborda
por Gregório foi a brevidade da vida, do tempo, das coisas, com a utilização constante da temática
horaciana - Carpe Diem. Nesta o poetas do Barroco faz utilização de constante da figura de linguagem
denominada Antítese. Sendo assim, analise os textos 12 e 13 e diga em qual das temáticas citadas neste
enunciado cada um deles se enquadrariam.
O texto 12 pertence à temática da lírica filosófica já que apresenta a temática horaciana - Carpe Diem
- em que a brevidade do tempo pode ser vista logo na primeira estrofe, no primeiro verso. "Nasce o
Sol, e não dura mais que um dia". O texto 13 aparece o uso do CULTISMO, que é o uso da linguagem
rebuscada, culta, extravagante em que há a predominância da figura de linguagem denominada
metonímia. podemos ver
a metonímia em: "O braço de Jesus não seja parte". O braço aqui
representado o todo que é Jesus, a parte pelo todo.
Você verá a seguir outros texto. Leia-os e ao analisá-los procure perceber se há a presença da temática Barroca neles, ou pelo
menos o tema conflitante, que é típico do Barroco.
TEXTO 14
conservar
Pra tentar ser feliz ?'' 2x
Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero)
O Rappa
A minha alma tá armada e apontada
Para cara do sossego!
(Sêgo! Sêgo! Sêgo! Sêgo!)
Pois paz sem voz, paz sem voz
Não é paz, é medo!
(Medo! Medo! Medo! Medo!)
As vezes eu falo com a vida,
As vezes é ela quem diz:
"Qual a paz que eu não quero
conservar
Pra tentar ser feliz ?" 2x
As grades do condomínio
São prá trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo,
Mas não me deixe sentar na
poltrona
No dia de domingo (domingo!)
Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido,
É pela paz que eu não quero seguir
admitindo.
A minha alma tá armada e apontada
Para a cara do sossego!
(Sêgo! Sêgo! Sêgo! Sêgo!)
Pois paz sem,paz sem voz,
Não é paz é medo
(Medo! Medo! Medo! Medo!)
As vezes eu falo com a vida,
As vezes é ela quem diz:
‘’Qual a paz que eu não quero
conservar
Pra tentar ser feliz ?’’ 2x
As vezes eu falo com a vida,
As vezes é ela quem diz:
''Qual a paz que eu não quero
As grades do condomínio
São prá trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo,
Mas não me deixe sentar na
poltrona
No dia de domingo (domingo!)
Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido,
É pela paz que eu não quero seguir
admitindo. 2x
Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo,
Mas não me deixa sentar na
poltrona
No dia de domingo! (domingo!)
Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido,
É pela paz que eu não quero seguir
admitido. 2x
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
admitido. 2x
TEXTO 15
Ébano e Marfim
Compositor: Paul Mccartney & Stevie Wonder
REFRÃO:
Ébano e Marfim
Vivem juntos em perfeita harmonia,
Lado a lado no teclado do meu
piano.
Oh, Senhor, por quê nós não?
onde quer que você vá,
Existe o bem e o mal em todos.
Nós aprendemos a viver,
aprendemos a dar um ao outro
O que precisamos para sobreviver,
Juntos, vivos.
Nós todos sabemos que as pessoas
são iguais
REFRÃO
Ébano, Marfim, vivendo em perfeita
harmonia.
Ébano, Marfim...
Nós todos sabemos que as pessoas
são iguais
onde quer que você vá,
Existe o bem e o mal em todos.
Nós aprendemos a viver,
aprendemos a dar um ao outro
O que precisamos para sobreviver,
Juntos, vivos.
Lado a lado no teclado do meu
piano.
Oh, Senhor, por quê nós não?
REFRÃO
Ébano, Marfim, vivendo em perfeita
harmonia,
Ébano, Marfim, vivendo em perfeita
harmonia,
Ébano, Marfim, vivendo em perfeita
harmonia
..
Link: http://www.vagalume.com.br/cidia-e-dan/ebony-andivory-ebano-e-marfim-traducao.html#ixzz2gZNKkn4T
Ebony and ivory live together in perfect harmony
Side by side on my piano keyboard, oh lord why don't we?
Ebony, ivory living in perfect harmony
TEXTO 16
Ebony, ivory, ooh
Ebony And Ivory
Compositor: Paul Mccartney & Stevie Wonder
We all know that people are the same where ever we go
There is good and bad in ev'ryone,
Ebony and ivory live together in perfect harmony
We learn to live, we learn to give
Side by side on my piano keyboard, oh lord, why don't
Each other what we need to survive together alive.
we?
We all know that people are the same where ever we go
Ebony and ivory live together in perfect harmony
Side by side on my piano keyboard, oh lord why don't we?
There is good and bad in ev'ryone,
We learn to live, we learn to give
Ebony, ivory living in perfect harmony (repeat and fade)
Each other what we need to survive together alive.
TEXTO 17
Amor... fogo que desata os novelos da vontade
Onde leão é também o domador
Ignora o bem, desdenha da verdade
Que depois de alçar o trono do esplendor
Ponte aérea do Éden à insanidade
Entrega a própria pele ao caçador...
Amor... uma dança pr'um circo de anjos embriagados
Onde leão é também o domador
Amor... fogo que desata os novelos da vontade
Que depois de alçar o trono do esplendor
Ignora o bem, desdenha da verdade
Entrega a própria pele ao caçador...
Ponte aérea do Éden à insanidade
Amor... uma dança pr'um circo de anjos embriagados
Amor... fogo que desata os novelos da vontade
Onde leão é também o domador
Ignora o bem, desdenha da verdade
Que depois de alçar o trono do esplendor
Ponte aérea do Éden à insanidade
Entrega a própria pele ao caçador...
Amor... uma dança pr'um circo de anjos embriagados
Link: http://www.vagalume.com.br/ivan-lins/amoragio.html#ixzz2gZQMV8P4
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