COMERCIO EXTERIOR: CONTROLE CAMBIAL Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 1 CONCEITO DE CÂMBIO Câmbio é toda operação em que há troca de moeda nacional por moeda estrangeira ou vice-versa. Ex1: Um exportador recebe dólares de seu importador e para obter os Reais correspondentes, precisa vendê-los a um banco autorizado a operar em câmbio, pelo Banco Central. Ex2: Um importador precisa transformar seus Reais em dólares, para remetê-los ao seu fornecedor no exterior, para tanto, precisa comprá-los de um banco autorizado a operar em câmbio, pelo Banco Central. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 2 CONCEITO DE MERCADO DE CÂMBIO Mercado de câmbio é o ambiente abstrato onde se realizam as negociações de moedas estrangeiras entre os agentes autorizados ou credenciados pelo Banco Central do Brasil (bancos, corretoras, distribuidoras, agências de turismo e meios de hospedagem) e entre estes e seus clientes. A necessidade do mercado de câmbio decorre, fundamentalmente, da internacionalidade do comércio e da livre movimentação global de capitais, em confronto com a nacionalidade das moedas. Se houvesse apenas uma moeda no mundo, não existiriam os complexos problemas cambiais. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 3 NECESSIDADE DO MERCADO DE CÂMBIO Comércio internacional Mercado de câmbio Moeda nacional Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 4 ESTRUTURA DAS OPERAÇÕES DE CÂMBIO EXTERIOR LOCAL Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 5 PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS MERCADOS DE CÂMBIO • Viabilizar a transferência de recursos entre os agentes econômicos/financeiros, dos diversos países. • Fornecer crédito internacionais. • Minimizar exposição aos riscos de flutuação das Taxas de Câmbio. para transações de negócios Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 6 MOEDAS As mercadorias negociadas no mercado de câmbio são as moedas estrangeiras de diversos países. Estas diferentes moedas, quanto à sua livre aceitação e negociação são divididas em: Conversíveis Inconversíveis Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 7 MOEDAS Consideramos conversíveis as moedas dos países, cujas estabilidades econômicas e credibilidade na condução de suas políticas econômicas, monetárias e fiscais, são reconhecidas pelos agentes econômicos/financeiros de todo mundo, fazendo com que elas sejam livremente aceitas como meio de troca e reserva de valor. Inconversíveis, portanto, são aquelas moedas que não têm essas características de livre aceitação e negociação. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 8 MOEDAS Hoje em dia encontramos 10 moedas conversíveis, quais são: DKK - COROA DINAMARQUESA NOK – COROA NORUEGUESA SEK – COROA SUECA AUD – DÓLAR AUSTRALIANO CAD – DÓLAR CANADENSE USD – DÓLAR AMERICANO CHF – FRANCO SUÍÇO JPY – IENE JAPONÊS GBP – LIBRA ESTERLINA EUR – EURO Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 9 TIPOS DE MOEDAS MOEDA TIPO A – Moeda cuja taxa de câmbio, se apresenta, na relação de quantas unidades de moeda nacional são necessárias para adquirir US$ 1,00 ( Hum dólar americano ). EX: US$ 1,00 = R$ 2,90 US$ 1,00 = JPY 105,00 US$ 1,00 = CHF 1,28 US$ 1,00 = DKK 6,10 MOEDA TIPO B - Moeda cuja taxa de câmbio, se apresenta, na relação de quantas unidades de dólares americanos são necessários para adquirir uma unidade de moeda nacional. EX: EUR 1,00 = US$ 1,21 AUD 1,00 = US$ 0,75 GBP 1,00 = US$ 1,82 Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 10 TIPOS DE MOEDAS Principais Moedas Tipo B • • • • AUD* – DÓLAR AUSTRALIANO GBP* – LIBRA ESTERLINA EUR* – EURO Diversas Outras Não conversíveis Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 11 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO ATRIBUIÇÃO DA UNIÃO ( Constituição Federal ) Art. 21, inciso VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 12 Fluxo de Recursos Internacionais O equilíbrio no Balanço de Pagamentos : quando Conta Corrente e Conta Financeira se igualam. Diferenças : impactam na variação das Reservas Internacionais. Países com desequilíbrios crônicos (no B-de-P): Entidades Multilaterais : órgãos facilitadores do fluxo de recursos internacionais. Ex.: FMI, Banco Mundial, IFC etc. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 13 BALANÇO DE PAGAMENTOS DO BRASIL Fonte: BC BALANÇO COMERCIAL (1) 1990 1994 10,7 10,4 1995 (3,2) US BILHÕES 1997 1998 1999 2001 2002 (8,4) (6,4) (1,2) 2,6 13,1 2003 24,8 2004 33,7 Export Import. SERVIÇOS (2) 31,4 43,6 46,5 20,7 33,2 49,7 (15,3) (14,4) (18,6) 53,0 51,1 48,0 58,2 60,4 61,4 57,5 49,2 55,6 47,3 (27,3) (30,4) (25,2) (27,5) (23,3) 73,1 48,3 23,6 96,5 62,8 (25,3) Lucros e Div. Viagens intern. Juros TRANSF. UNILAT.(3) TRANS. CORRENTES (4)=(1)+(2)+(3) CAPITAL (5) Invest. Direto Financ./Emprest. Amortizações SUPERAVIT (+)/DÉFICIT (-) (6)=(4)+(5) RESERVAS DÍVIDA EXTERNA (1,6) (0,1) (9,8) 0,8 (3,8) 0,4 (2,5) (2,6) (1,2) (2,4) (6,4) (8,2) 2,6 4,0 (1,5) (17,8) 14,8 29,8 (5,6) (6,9) (4,1) (5,0) (5,2) (5,6) (7,3) (4,4) (4,3) (1,4) (1,5) (0,4) 0,2 0,4 (10,6) (12,1) (15,2) (14,9) (13,1) (13,0) (13,4) 2,2 1,9 2,0 1,6 2,4 2,9 3,3 (33,4) (35,0) (24,4) (23,2) (7,8) 3,8 11,7 25,5 26,5 16,6 26,8 12,0 5,5 (7,3) 0,4 8,1 4,7 17,1 26,1 30,1 24,9 16,6 9,9 11,1 11,0 18,5 40,2 34,1 38,4 33,5 26,1 22,8 (11,1) (6,6) (11,0) (28,8) (33,7) (51,9) (31,6) (30,5) (27,2) (4,2) 12,9 13,5 (7,8) (8,5) (7,8) 3,3 0,3 8,5 14,1 38,5 51,5 52,1 44,6 36,3 35,8 37,8 49,314 122,8 148,3 157,4 199,9 233,9 236,9 228,6 213,2 219,9 8,7 17,3 (33,3) 2,2 52,9 221,5 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Em março de 2005 houve a Unificação do Mercado de Câmbio de Taxas Livres – MCTL (Comercial) com o Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes – MCTF (Turismo), formando um único mercado de câmbio, chamado apenas de “Mercado de Câmbio”. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 15 Novas Regras • Mudança da Regra – Março 2005 Circular Bacen Nº 3.280 de 09/03/05 • Objetivo: reduzir a burocracia e custos, bem como um avanço na política de simplificação das normas burocráticas que envolvem as operações de câmbio Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 16 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Anterior às Modificações Mercado de Câmbio de Taxas Livres – MCTL Exportação Importação Fretes Armazenagem Reparos Seguros Empréstimos / Financiamentos / Investimentos Dividendos / Juros / Lucros Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 17 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Anterior às Modificações Mercado de Câmbio de Taxas Flutuantes – MCTF Turismo Cartão de crédito internacional Vale postal internacional Investimento brasileiro no exterior Garantias Bancárias Aquisição de Software Vencimentos e Ordenados Passe de atleta profissional Aquisição de medicamentos Aquisição de imóveis Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 18 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO ESTRUTURA ATUAL • Mercado de Câmbio • Mercado “Paralelo” de Câmbio Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 19 TAXA DE CÂMBIO REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE Atualmente as Taxas de Câmbio são livremente pactuadas entre as partes, embora exista a previsão de penalidades para operações que se situem em patamares destoantes daqueles praticados pelo mercado no dia, ou que possam configurar evasão cambial e formação artificial ou manipulação de preços . O Banco Central pode intervir no mercado de câmbio para: - manter o valor da moeda local ( Taxa de Câmbio ), no mercado de câmbio, em nível compatível com sua política; - manter reservar internacionais em nível adequado. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 20 Valores diários atualizados até 28 de março de 2003 Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim jan/03 set/02 mai/02 jan/02 set/01 mai/01 jan/01 set/00 mai/00 jan/00 set/99 mai/99 jan/99 set/98 3,37 mai/98 4,0 3,8 3,6 3,4 3,2 3,0 2,8 2,6 2,4 2,2 2,0 1,8 1,6 1,4 1,2 1,0 jan/98 R$/US$ Taxa de Câmbio Nominal 21 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO PRODUTO - Moeda Estrangeira No Brasil, a moeda estrangeira é monopólio da União, exercido pelo Banco Central. Como é impossível ao Banco Central executar todas as operações de câmbio e prover a liquidez necessária, ele autoriza Instituições Financeiras a operar nesse mercado e, dita as regras que deverão ser observadas. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 22 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO • Primário: implica na entrada/saída efetiva de moeda estrangeira do país (importação, exportação, etc...) • Secundário: a moeda estrangeira migra de um ativo de um Banco para o outro (operações interbancárias). Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 23 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO PREÇO • Taxa de Câmbio – Atualmente as Taxas são livremente pactuadas entre as partes, embora exista a previsão de penalidades para operações que se situem em patamares destoantes daqueles praticados pelo mercado no dia, e que possam configurar evasão cambial, sonegação fiscal ou qualquer dano ao patrimônio público. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 24 TAXA CAMBIAL As taxas de câmbio no Brasil, atualmente, são livremente pactuadas entre as partes e representam as taxas praticadas no mercado interbancário de divisas, conforme Comunicado BACEN 8.507/2001. O Bacen divulga a taxa média através da PTAX 800. PTAX = Taxa média, ponderada pelos volumes, das operações interbancárias de câmbio, com liquidação em D+2, obtida após expurgo de uma parcela dessas operações ( cujo volume não é superior a 5% do volume negociado no dia ). O expurgo serve para eliminar possíveis “outliers”, ou seja, operações fechadas a taxas discrepantes das praticadas no mercado. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 25 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO AGENTES • • • • Empresas Não-financeiras ( Originadoras primárias ) Autorizados ( Bancos e Corretoras ) Credenciados ( Meios de Hospedagem e Agências de Turismo ) Bancos Central Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 26 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO • EMPRESAS NÃO-FINANCEIRAS (Originadoras primárias) - exportação; importação; investimentos diretos; empréstimos; royalties; lucros; juros; dividendos; etc... Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 27 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO • BANCOS - atender às necessidades de seus clientes não financeiros - atuar no mercado secundário de câmbio Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 28 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Instituições autorizadas a operar em câmbio Segmento livre: Bancos Comerciais, Múltiplos com Carteira Comercial e BACEN Segmento Flutuante: Bancos Comerciais, Bancos Múltiplos, Bancos de Investimento, Corretoras, Distribuidoras, Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento, Agências de Turismo, Meios de Hospedagem e BACEN Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 29 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Atividade Avaliativa Operações de turismo internacional • Qualquer pessoa pode comprar e vender moeda nesse mercado? • Existe algum limite de compra/venda? • Existe uma taxa especial determinada pelo Banco Central? • O banco é obrigado a entregar moeda em espécie? • Qual é a documentação necessária para comprar moeda? Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 30 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO • Executa a política cambial definida pelo Conselho Monetário Nacional. • Autoriza o funcionamento das instituições • Regulamenta, fiscaliza e pune. • Atua diretamente no mercado. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 31 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO • BANCO CENTRAL - manter o valor da moeda local, no mercado de câmbio, em nível compatível com sua política manter reservar cambiais em nível adequado Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 32 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Leilões do Banco Central - Dealers • Através dos leilões de moeda estrangeira o BC faz sondagem e atua no mercado cambial. • Os leilões são anunciados através dos dealers, instituições financeiras de relevante participação no mercado, escolhidas pelo próprio BC. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 33 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Dealers Atuais – Banco Central • • • • • • • • • • • • • • • • 01 BANCO DO BRASIL 02 BANCO SANTANDER 03 BANCO BRADESCO 04 BANCO CITIBANK 05 BANCO ITAÚ 06 BANCO BNP PARIBAS 07 HSBC BANK BRASIL 08 BANCO BBM 09 BANCO SANTANDER BANESPA 10 BANCO UBS PACTUAL 11 BANCO CREDIT SUISSE 12 UNIBANCO 13 BANCO VOTORANTIM 14 BANIF BANCO INTERNACIONAL 15 BANCO WESTLB DO BRASIL 16 BANCO MORGAN STANLEY Fonte: Banco Central –março 2007 Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 34 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO SISBACEN • Sisbacen: é um sistema eletrônico de coleta, armazenagem e troca de informações que liga o Banco Central aos agentes do sistema financeiro nacional. Visto ser obrigatório o registro de todas as operações de câmbio realizadas no País, o Sisbacen é o principal elemento de que dispõe o Banco Central para monitorar e fiscalizar o mercado. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 35 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO • Órgãos Atuantes/Controladores – – – – – – – Conselho Monetário Nacional - CMN Banco Central do Brasil - BACEN Câmara de Comércio Exterior - CAMEX Secretaria de Comércio Exterior - SECEX Secretaria da Receita Federal - SRF Banco do Brasil - BB Min. Rel. Exteriores e Outros. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 36 TIPOS DE OPERAÇÕES DE CÂMBIO As pessoas físicas e as pessoas jurídicas podem comprar e vender moeda estrangeira ou realizar transferências internacionais em reais (CC-5), de qualquer natureza, sem limitação de valor, observada a legalidade da transação, tendo como base a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na respectiva documentação. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 37 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO RESPONSABILIDADES DOS AGENTES AUTORIZADOS Certificar-se da identificação e qualificação de seus clientes; Verificar, em todas as operações de câmbio, a legalidade da transação, a fundamentação econômica e as responsabilidades definidas na respectiva documentação. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 38 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO FORMAS DE NEGOCIAÇÃO • DIRETA: No Balcão, por Telefone ou Outro Meio de Comunicação, Entre: - Agentes em Geral - Agentes Autorizados/Credenciados • INDIRETA: Via Corretor de Câmbio – Voluntariamente – Entre: - Agentes em Geral - Agentes Autorizados/Credenciados FORMALIZAÇÃO • CONTRATOS DE CÂMBIO • BOLETOS – Contratos Simplificados ( Operações no Flutuante) Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 39 CONTRATO DE CÂMBIO O contrato de câmbio é o instrumento firmado entre o vendedor e o comprador de moedas estrangeiras, no qual se mencionam as características completas das operações de câmbio e as condições sob as quais se realizam. Ele tem por objeto a compra e venda de moeda estrangeira ( divisas ). Assim sendo, sempre teremos como contrapartida do valor em moeda estrangeira, apontado no contrato de câmbio, o valor correspondente àquele em moeda nacional, obtido em função da conversão efetuada pela taxa de câmbio. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 40 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO TIPOS DE CONTRATOS • • • • • • • • • • • 01-Exportação 02-Importação 03-Transferências Financeiras do Exterior 04-Transferências Financeiras para o Exterior 05-Interbancárias/Arbitragens de Compra 06-Interbancárias/Arbitragens de Venda 07-Alterações de Contratos de Compra 08-Alterações de Contratos de Venda 09-Cancelamento de Contrato de Compra 10-Cancelamento de Contrato de Venda 11/12 – Modelos Adaptados para Baixa na Posição de Câmbio de Contratos de Compra e Venda Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 41 EXEMPLO O contrato de câmbio de exportação • O contrato de câmbio formaliza o vínculo entre o exportador e a instituição financeira compradora. • Ato bilateral, no qual o vendedor (exportador) vende ao banco (comprador) as divisas estrangeiras. • A entrega das divisas poderá ser à vista ou a prazo. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 42 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Principais Novidades do C.M.N. Permissão para os exportadores (pessoas físicas ou jurídicas) manterem em instituições financeiras no exterior, recursos em moeda estrangeira relativos aos recebimentos de exportações brasileiras de mercadorias e de serviços, observados os limites fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O CMN definiu o limite de 30% das receitas de exportação, conforme Resolução n° 3.389, de 04.08.2006. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 43 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Principais Novidades do C.M.N. Os recursos mantidos no exterior somente poderão ser utilizados para a realização de investimento, aplicação financeira ou pagamento de obrigação do próprio exportador, vedada a realização de empréstimo ou mútuo de qualquer natureza. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 44 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO PRAZOS PARA LIQUIDAÇÃO DOS CONTRATOS DE CÂMBIO • • Até 2 dias úteis - PRONTAS ( SPOT ) Mais de 2 dias úteis - FUTURAS - A TERMO (somente interbancário) FORMA DE ENTREGA DA MOEDA ESTRANGEIRA • • Espécie e Traveller´s Cheques - CÂMBIO MANUAL Demais Instrumentos - CÂMBIO SACADO ( Ordens de Pagamento; Cartas de Crédito; Cheques ) Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 45 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO POSIÇÃO DE CÂMBIO • • Conceito – Por Moeda – Nivelada - Comprada - Vendida Limites de Posição – Vendida - Eliminado – Comprada - Eliminado Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 46 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO Outros Elementos – Posição de Câmbio Posição de Câmbio e sua Relação com Disponibilidades no Exterior Posição de Câmbio: • Nivelada • Comprada • Vendida Situação no Exterior: • Zerado • Disponibilidade • Descoberto Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 47 MERCADO DE CÂMBIO BRASILEIRO POSIÇÃO VENDIDA – indica a expectativa de que a desvalorização da moeda local, frente à moeda estrangeira, será menor que o diferencial entre a taxa de juros interna menos a taxa de juros externa. POSIÇÃO COMPRADA - indica a expectativa de que a desvalorização da moeda local, frente à moeda estrangeira, será maior que o diferencial entre a taxa de juros interna menos a taxa de juros externa. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 48 PRINCIPAIS CONCEITOS UTILIZADOS Fonte : Disponível em<http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1224506583.pdf> acesso em:12.07.2009 Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 49 ZPE •Zonas de Processamento Exportação (ZPE) de “Áreas delimitadas, nas quais empresas voltadas às exportações gozam de incentivos tributários e cambiais,além de procedimentos aduaneiros simplificados.” Fonte : Disponível em<http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1224506583.pdf> acesso em:12.07.2009 Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 50 ZPE OBJETIVO DAS ZPE: • • • • • Atrair novos investimentos Aumentar exportações Reduzir desequilíbrios regionais Gerar emprego e renda Promover novas tecnologias Fonte : Disponível em<http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1224506583.pdf> acesso em:12.07.2009 Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 51 ZPE EXISTENTES Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 52 COOPERAÇÃO INTERNACIONAL TRATADOS E ACORDOS COMERCIAIS • São acertos firmados entre países que visam estabelecer aumento do comércio entre as partes mediante redução de tarifas alfandegárias. • TRATADOS – são Geralmente mais amplos,complexos e com um período de duração maior. • ACORDOS – são mais flexíveis e mais simples. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 53 COOPERAÇÃO INTERNACIONAL • TRATADOS E ACORDOS BILATERAIS - firmados entre dois países. • TRATADOS E ACORDOS MULTILATERAIS – firmados entre mais de dois países. NATUREZA DOS TRATADOS E ACORDOS : • Monetária – Bretton Woods(1944). • Comercial – GATT(General Agreement on Trade and Tariffs) Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 54 INCOTERMS – Termos do Comércio Internacional ORIGEM • 1936 quando - Câmara Internacional do Comércio(CCI) ,sede em Paris, interpretou e consolidou as diversas formas contratuais que vinham sendo utilizadas no comércio internacional. • O constante aperfeiçoamento dos processos de negociação e logístico, tecnologias sofisticadas, fez com que os Incoterms passassem por diversas modificações ao longo dos anos. • 2000 - Novo conjunto de regras, conhecido atualmente como Incoterms 2000. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 55 INCOTERMS – Termos do Comércio Internacional OBJETIVO INCOTERMS: • Definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador. • Estabelecer um conjunto-padrão de definições e determinando regras e práticas neutras, como por exemplo: onde o exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela contratação do seguro. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 56 FMI – Fundo Monetário Internacional Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 57 FMI – Fundo Monetário Internacional • Criado na Conferência de Bretton Woods, reunião presidida por Henry Morgenthau (Secretário do Tesouro no governo Roosevelt). • O Brasil participou deste evento através de uma delegação composta por Souza Costa (chefe de delegação e na época ministro da Fazenda), Eugênio Gudin, Octávio de Bulhões e Roberto Campos. • Em maio de 1946, o FMI iniciou suas atividades. Durante o período da Guerra Fria, ele era acusado pelos países comunistas de ser instrumento do capitalismo. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 58 FMI – Fundo Monetário Internacional OBJETIVOS: • Promover a cooperação monetária internacional, sendo um mecanismo de consulta e colaboração na resolução dos problemas financeiros; • Favorecer a expansão equilibrada do comércio, gerando níveis elevados de emprego e trazendo desenvolvimento dos recursos produtivos; • Fornecer ajuda financeira aos países membros em dificuldades econômicas, emprestando recursos quando justificáveis. • Contribuir para a instituição de um sistema multilateral de pagamentos e promover a estabilidade dos câmbios. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 59 FMI – Fundo Monetário Internacional COMO PARTICIPAR? • Qualquer país pode participar, para isto é necessário subscrever quotas de capital. • A quota é composta de duas partes: 1. 25% em ouro ou moeda forte. 2. 75% em moeda do próprio país. Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 60 WTO – WORLD TRADE ORGANIZATION OMC – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 61 OMC : ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO Princípios OMC 1.Não Discriminação 2.Previsibilidade 3.Concorrência Leal 4. Proibição de Restrições Quantitativas 5. Tratamento Especial e Diferenciado para Países em Desenvolvimento Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 62 BIBLIOGRAFIA Comércio Internacional e Câmbio – Bruno Ratti – Aduaneiras -2001 Negócios e Operações Internacionais – Douglas Hartung – Qualitymark – 2002 Administração Financeira Internacional – David Eiteman – Bookman -2002 Mercados Financeiros – Alexandre Assaf Neto – Atlas – 2003 SITES: www.bcb.gov.br www.bba.org.uk Negócios Internacionais M.Sc. Rose Mary Amorim 63