CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE MONITORAMENTO SOCIOAMBIENTAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA _______________________________________________________________ WORKSHOP INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Realizado nos dias 24 e 26 de março de 2010 no Centro de Convenções Israel Pinheiro, Brasília-DF Relatoria: Helena Maria Maltez (Consultora) Supervisão e Revisão: Carlos Eduardo Marinelli Realização Apoio Programa Monitoramento de Áreas Protegidas Instituto Socioambiental Brasília, DF – 2010 ______________ Para citar este documento: Marinelli CE & MH Maltez (2010). Indicadores Socioambientais de Unidades de Conservação: Documento-Síntese: Workshop. Instituto Socioambiental (ISA). Brasília-DF. 76p. 1 LISTA DE SIGLAS ADTUR: Agência de Desenvolvimento Turístico de Tocantins AISAPS: Avaliação de Impactos Sociais de Áreas Protegidas AMAVIDA: Associação Maranhense para a Conservação Da Natureza ASCAMPA: Associação de Catadores de Palmas ARPA: Programa Áreas Protegidas da Amazônia CDB: Convenção sobre a Diversidade Biológica CDS: Centro de Desenvolvimento Sustentável CI: Conservação Internacional COEMA: Conselho Estadual de Meio Ambiente CNS: Conselho Nacional das Populações Extrativistas CTA: Centro dos Trabalhadores da Amazônia FAUC: Ferramenta de Avaliação de Unidade de Conservação do Programa ARPA Funbio: Fundo Brasileiro para a Biodiversidade FVA: Fundação Vitória Amazônica GTs: Grupos de Trabalho GIZ: Cooperação Técnica Alemã IABIN: do inglês Inter-American Biodiversity Information Network IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade ICV: Instituto Centro de Vida IDPDHMA-PA: Instituto de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos e Meio Ambiente do Pará IEB: Instituto Internacional de Educação do Brasil IFT: Instituto Floresta Tropical IMAC: Instituto do Meio Ambiente do Acre IMV: Instituto Madeira Viva INPA: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia IPE: Instituto de Pesquisas Ecológicas IPI: Instituto Piagaçú ISA: Instituto Socioambiental IUCN: do ingles International Union for Conservation of Nature MIQCB: Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu MMA: Ministério do Meio Ambiente MPEG: Museu Paraense Emílio Goeldi MUSA: Museu da Amazônia Ong: Organização não-governamental PARATUR: Companhia Paraense de Turismo PNAP: Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas ProBUC: Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso de Recursos Naturais em Unidades de Conservação Estaduais do Amazonas RAISG: Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georeferenciada RAPPAM: do inglês Rapid Assessment and Priorization of Protected Area Management 2 SISUC: Sistema de Indicadores de Sustentabilidade Socioambiental TIs: Terras Indígenas TNC: The Nature Conservancy UCs: Unidades de Conservação UFMG: Universidade Federal de Minas Gerais UFMT: Universidade Federal do Mato Grosso UFRJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro UFR: Universidade Federal do Tocantins UnB: Universidade de Brasília UNEP: do inglês United Nations Environment Programme UNEMAT: Universidade Estadual de Mato Grosso USP: Universidade de São Paulo UTFPR: Universidade Tecnológica Federal do Paraná WDPA: do inglês World Database on Protected Areas WWF-Br: WWF-Brasil 3 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 5 I. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE MONITORIAMENTO SOCIOAMBIENTAL PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA ......................................................................................... 6 1. SEMINÁRIO..................................................................................................................................... 11 2. OFICINAS REGIONAIS ........................................................................................................................ 16 3. REUNIÕES REGIONAIS ....................................................................................................................... 17 II. WORKSHOP “INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO” ..................... 20 1. RESGATE HISTÓRICO ......................................................................................................................... 21 2. CONSTRUÇÃO DE INDICADORES ........................................................................................................... 26 3. GRUPOS TEMÁTICOS (GTS) E RESULTADOS............................................................................................. 33 i. GT Economia ......................................................................................................................................... 33 ii. GT Meio Ambiente ................................................................................................................................ 40 iii. GT Gestão / Política Institucional ......................................................................................................... 48 iv. GT Sócio-Cultural .................................................................................................................................. 57 4. PLENÁRIA FINAL............................................................................................................................... 66 III. LISTA DE PARTICIPANTES DE TODOS OS FÓRUNS ............................................................................. 72 4 APRESENTAÇÃO Neste documento são apresentados os antecedentes, conceitos-práticos e procedimentos debatidos, e os I. resultados do Workshop Indicadores Socioambientais para Unidades de Conservação, realizado em março de 2010, em Brasília-DF. Dos 36 participantes do Workshop, 23 deles já haviam participado de algum dos seis eventos anteriores realizados para construção do SISTEMA DE INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA (SISUC). A participação contínua de uma parte dos atores envolvidos neste processo auxiliou na manutenção de uma “memória viva” dos debates, que totalizaram participação de cerca de 300 pessoas de 77 instituições, dos nove estados da Amazônia brasileira. De um total de mais de 100 alvos identificados ao longo deste processo, 35 deles foram priorizados, e resultaram na proposição de 43 indicadores. Ao final do Workshop, a plenária encaminhou uma série de questões, que incluíram ajustes para busca de sincronias entre os resultados dos grupos de trabalho, definição de protocolos de dados e procedimentos de aplicação dos indicadores. O formulário organizado a partir da qualificação dos indicadores construídos foi aplicado em caráter piloto em seis UCs, de Proteção Integral e de Uso Sustentável, do Mosaico de Áreas Protegidas do Baixo Rio Negro no AM. Mais do que o marco-zero do monitoramento dessas UCs, o teste do formulário e da operacionalização da metodologia, foi também uma oportunidade de avaliação dos indicadores a partir da visão de instituições e representantes comunitários que fazem parte de conselhos gestores, ou que estão envolvidos no debate sobre a gestão dessas UCs. Os resultados desta aplicação definiram os últimos ajustes para formatação da primeira versão do protocolo do Sistema de Indicadores Socioambientais de UCs da II. Amazônia brasileira (SISUC). Participantes do Workshop Instituição-UF Adriana Ramos Ana Flávia Zingra André Cunha Antonio Tafuri Carlos E. Marinelli Davi Pantoja Deisi C. Balensiefer Elaine Teixeira Erika Pinto Fernando Tatagiba Geraldo Stachetti Glenn Shepard Gustavo Tossello Helena Maltez (relatora) Henrique Santiago Henyo T. Barreto Iara Vasco Leda Luz (facilitadora) Leonardo Hasenclever Marcelo Hercowitz Mariana Napolitano Marta Irving Maura Machado Silva Muriel Saragoussi Nurit Bensusan Patrícia Pinha Paulo Bretas Petra Ascher Reinaldo Lourival Rita Mesquita Sergio Borges Tatiany Barata Thiago Cardoso Viviane Pacheco Wadih Scandar Neto Wilde Itaborahy ISA-DF ICMBio-AM GFA/GIZ-DF MMA-DF ISA-DF UnB-DF ICMBio-DF Funbio-RJ ICMBio-DF MMA-DF Embrapa-SP MPEG/UFPA-PA TNC-DF Consultora-DF CEUC/SDS-AM IEB-DF ICMBio-SC GIZ-DF IEB-DF ISA-SP WWF-DF UFRJ-RJ MMA-DF Consultora-DF Consultora-DF ICMBio-AP UnB-DF GIZ-DF TNC-DF INPA-AM FVA-AM MMA-DF IPÊ-AM ICMBio-DF IBGE-RJ CEUC/SDS-AM 5 I. PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA (SISUC) O processo de construção do SISTEMA DE INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA (SISUC), liderado pelo ISA, é uma resposta à demanda pelo incremento do controle da sociedade sobre o estado das Unidades de Conservação da Amazônia brasileira. Surge a partir da constatação de que o entendimento sobre a sustentabilidade de UCs remete a uma abordagem socioambiental - ainda incipiente nos sistemas de apoio à gestão atualmente em uso1 - e como resposta à demanda por uma metodologia capaz de integrar culturas, conhecimentos e atores da sociedade. Slide apresentado durante o Workshop Qual a diferença entre esse e os outros sistemas? Dentre os sistemas atualmente em uso para as UCs da Amazônia, o RAPPAM e o FAUC são sistemas voltados à avaliação da efetividade da gestão, que fornecem muitos dados e com elevado grau de detalhamento, mas que são de difícil aplicação e/ou continuidade ao longo do tempo, além de não possibilitarem a geração de dados comparáveis entre UCs. No conjunto, a experiência desses métodos aponta que eles não dão um retrato do que está acontecendo nas UCs em sua abrangência e magnitude reais, e nem dos efeitos da 1 Existem diversos mecanismos e iniciativas que se propõem a avaliar ou monitorar áreas protegidas – cerca de 60 no mundo e mais de uma dezena só no Brasil. Detalhes podem ser encontrados em Marinelli & Mendes (2010). 6 criação ou implementação dessas áreas sobre a biodiversidade, as populações locais ou a região. A proposta é de que o Sistema de Indicadores Socioambientais (SISUC) tenha um caráter de aplicação estratégico, que subsidie diferentes atores envolvidos no manejo, e que seja complementar aos demais sistemas existentes para que, juntos, fortaleçam a gestão de UCs na Amazônia. Vale ressaltar que o SISUC e a Avaliação de Impactos Sociais de Áreas Protegidas (AISAPS) são sistemas complementares, e que não se anulam. Slide apresentado durante o Workshop O OBJETIVO do sistema em construção é: PROVER A SOCIEDADE CIVIL E AS INSTITUIÇÕES (PÚBLICAS E PRIVADAS) ENVOLVIDAS NA GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA COM UM SISTEMA DE INDICADORES SOCIOAMBIENTAIS BASEADO EM PRINCÍPIOS DE GESTÃO INTEGRADA DE INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO 7 Em 2008, durante encontros entre os programas regionais do ISA desenvolvidos na Amazônia (Rio Negro e Xingu), definiu-se que os indicadores em construção deveriam ter uma abordagem que, além de socioambiental, também fosse sistêmica e interdisciplinar, e que o sistema fosse pautado em três princípios gerais: multiplicidade, integrabilidade e complementaridade. Também foi estabelecido que as experiências institucionais pulverizadas pelas regiões da Amazônia deveriam ser valorizadas, e que as visões e demandas das mesmas diante dos diferentes contextos socioambientais e territoriais amazônicos fossem consideradas. (MARINELLI & MENDES 2010 DESCREVEM COM MAIS DETALHES O PROCESSO QUE POSSIBILITOU O ACÚMULO DE INFORMAÇÕES QUE SUBSIDIARAM OS TRABALHOS DURANTE O FINALIDADES DO SISTEMA DE INDICADORES: 1. SUBSIDIAR AS INSTITUIÇÕES E REPRESENTAÇÕES COM INFORMAÇÃO PARA O FORTALECIMENTO DA GESTÃO PARTICIPATIVA.* 2. AMPLIAR O CONHECIMENTO DOS DIFERENTES SETORES DA SOCIEDADE SOBRE O ESTADO DAS UC. 3. PROPOR AÇÕES QUE PROMOVAM O DESENVOLVIMENTO LOCAL. 4. FORNECER ALERTAS PREDITIVOS PARA PRIORIZAÇÃO DE AÇÕES, PROJETOS E PROGRAMAS. * O QUE SÓ É POSSÍVEL SE DIFERENTES ATORES ENVOLVIDOS NOS DEBATES ESTIVEREM MUNIDOS DE INFORMAÇÃO (AS QUAIS HOJE NÃO ESTÃO ACESSÍVEIS) WORKSHOP). Essas definições e princípios conduziram o ISA a adoção de um processo modular para construção do sistema, baseado na realização de um conjunto de fóruns em sequência lógica e diferentes formatos, nos quais foram envolvidos os diferentes setores da sociedade dos nove estados da Amazônia brasileira. Em etapas sucessivas, buscou-se ao máximo, adotar métodos participativos, favorecendo o acúmulo crescente de informação e a sistematização do conhecimento gerado, de forma que cada etapa promovia resultados que serviam para alimentar a etapa seguinte. O processo de construção do SISUC se dividiu em quatro fases principais: 1. divulgação da proposta de abordagem para discussão junto a sociedade; 2. construção de uma sólida base conceitual e teórica; 3. absorção de visões, experiências e demandas regionais e; 4. tradução do conhecimento acumulado em um protocolo para aplicação do sistema. O processo teve início em outubro de 2008, em uma oficina interna do ISA reunindo 32 pessoas de seis programas institucionais diferentes. Essa oficina possibilitou primeiro, a consolidação de referências para subsidiar a construção da visão institucional sobre a aplicação de indicadores no monitoramento de UCs da Amazônia, e teve como resultado, a identificação de 50 alvos de monitoramento e seus respectivos meios de verificação. A partir daí, foi realizada uma série de fóruns participativos interinstitucionais (VEJA TABELA NA PÁGINA 10). No total de sete eventos, participaram cerca de 300 pessoas, representando 77 instituições dos nove estados da Amazônia Legal e do DF, das esferas local, regional e nacional incluindo: órgãos públicos (federais e estaduais), organizações da sociedade civil e do movimento social de base, organizações multilaterais e de financiamento, e universidades e institutos de pesquisa com iniciativas voltadas para UC (VEJA LISTA COMPLETA DE PARTICIPANTES E SUAS INSTITUIÇÕES NO FINAL DESTE DOCUMENTO). 8 Como o sistema em construção deverá trazer informações também sob ponto de vista das populações residentes e afetadas pelas UCs, ele subsidiará debates sobre intervenções de manejo e gestão contextualizadas. Isso também permitirá colocar em prática princípios consagrados pela Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) e pelo Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (PNAP), conforme discutido na segunda mesa redonda do Seminário “Bases para construção de um sistema de monitoramento socioambiental das Unidades de Conservação da Amazônia Brasileira” (V. DETALHES EM MARINELLI & MENDES, 2010 – RELATÓRIO DO PRIMEIRO EVENTO REALIZADO PARA CONSTRUÇÃO DO SISUC). COM O OBJETIVO DE DISCUTIR O PASSO A PASSO E AVALIAR OS AVANÇOS AO LONGO DESSE PROCESSO, FOI ESTRUTURADO UM GRUPO DE TRABALHO MULTIDISCIPLINAR. ESSE GRUPO É COMPOSTO POR NOVE ESPECIALISTAS COM ACÚMULO NAS QUESTÕES-CHAVE QUE ENVOLVE O SISTEMA PROPOSTO, E QUE JUNTOS, REÚNEM EXPERIÊNCIAS DOS DIFERENTES SETORES DA SOCIEDADE: ADRIANA RAMOS (ISA), ARNALDO CARNEIRO FILHO (SEA), CARLOS E. MARINELLI (ISA), HENYO TRINDADE A base conceitual do sistema em construção se apóia nos objetivos das Unidades de Conservação BARRETTO FILHO (IEB), JORGE MADEIRA da Natureza no Brasil (SNUC, 2000). A proposta em NOGUEIRA (UNB), MURIEL SARAGOUSSI, construção visa o monitoramento socioambiental NURIT BENSUSAN, PAULO BRETAS SALLES estratégico de UCs como forma de prover ações para o desenvolvimento local em bases (UNB) E PETRA ASCHER (GIZ). sustentáveis, e não ter a sustentabilidade como um objetivo em finalidade. Com efeito, as teorias que dão base a proposta do SISUC são: 1. Desenvolvimento da sustentabilidade em seus aspectos ambientais, sociais e econômicos, mas também, culturais e espaciais (Sachs, 1986); 2. Manejo integrado dos recursos naturais (Holling, 1978 & Sterman, 2000); e 3. Teorias ecológicas e de sistemas (Müller e Leupelt, 1998). PAPEL DAS UCS: PRESERVAR A NATUREZA, ALIAR O USO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS NATURAIS A SUA CONSERVAÇÃO E PROMOVER A MANUTENÇÃO DOS MODOS DE VIDAS DOS POVOS DA FLORESTA (SNUC, 2000). 9 SÍNTESE DOS DIVERSOS FÓRUNS PARTICIPATIVOS PARA A CONSTRUÇÃO DO SISUC 1 Data Fórum* mês 05, 06 e 07/2009 Reuniões (DF e nos nove estados da Amazônia Legal) Objetivos Público 1. Apresentação da proposta de abordagem Gestores de UCs, Pesquisadores, Coordenadores e Representantes institucionais dos noves estados da Amaz. Legal e DF 2. Absorção de visões e demandas 1. Homologação da proposta de abordagem 07-08/10 2009 Seminário (Brasília) 19-20/10 2009 Oficina Regional (Manaus) 4 22-23/10 2009 Oficina Regional (Belém) 5 02-03/03 2010 Reunião Regional (Manaus) 1. Discussão do funcionamento do sistema 6 04-05/03 2010 Reunião Regional (Belém) 2. Priorização de alvos de monitoramento 2 3 7 24-26/03 2010 Workshop (Brasília) 2. Apresentação do modelo conceitual da proposta 1.Aprimoramento prático do modelo conceitual da proposta 2. Absorção de visões e demandas 3. Identificação de alvos de monitoramento 1. Tradução das informações acumuladas (ao longo dos fóruns) em um conjunto de indicadores Profissonais com acúmulo nas áreas de: desenvolvimento sustentável; integração de conhecimentos; UCs da Amazônia Gestores de UCs, Técnicos e especialistas dos diferentes setores dos estados da Amazônia Ocidental e Oriental Setor Ongs, Movimento social de base, Instituições de pesquisa, Universidades e Órgãos de governo Ongs, Movimento social de base, Instituições de pesquisa, Universidades e Órgãos de governo Ongs, Instituições de pesquisa, Universidades, e Órgãos de governo Secretários Executivos, Coordenadores e Representantes institucionais Ongs e Movimento Social de Base Especialistas nas áreas de: monitoramento, indicadores e UCs da Amazônia Ongs, Movimento social de base, Instituições de pesquisa, Universidades e Órgãos de governo Participantes 72 instituições 148 participantes 22 instituições 44 participantes 14 instituições 27 participantes 10 instituições 18 participantes 9 instituições 14 participantes 5 instituições 6 participantes 18 instituições e 36 participantes *ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE O SEMINÁRIO, OFICINAS REGIONAIS E REUNIÕES REGIONAIS SÃO APRESENTADAS A SEGUIR, DADO A IMPORTÂNCIA DESSES FÓRUNS AO ACÚMULO DE INFORMAÇÕES QUE SUBSIDIARAM OS TRABALHOS DURANTE O WORKSHOP. 10 1. Seminário Objetivo: Discutir questões relativas à dinâmica socioambiental das Unidades de Conservação da Amazônia, com vistas a complementar a base conceitual que iria subsidiar a construção do SISUC. - 07 e 08/10/2009, Centro de Convenções Israel Pinheiro, Brasília-DF. PROGRAMAÇÃO Dia 07 (quarta) 9h: Abertura do Seminário 10h: CONSOLIDANDO AS BASES DE CONHECIMENTO: DO CONCEITO ÀS PRÁTICAS E FATOS MESA REDONDA 1. “SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: iniciativas em andamento e a demanda pelo incremento do controle social para uma gestão inclusiva na Amazônia”. Moderação: Nurit Bensusan - Palestra 1. Estado da Arte dos Sistemas de Avaliação de Áreas Naturais Protegidas - Helena Pavese (UNEP) - Palestra 2. RAPPAM: Efetividade da Gestão de Unidades de Conservação na Amazônia - Carlos Henrique Fernandes (ICMBio) - Palestra 3. Avaliação Socioambiental de Unidades de Conservação do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) - Tatiany Barata (MMA) - Palestra 4. Uma Proposta de Avaliação Socioambiental Integrada para Unidades de Conservação da Amazônia – Carlos E. Marinelli (ISA) 14h: MESA REDONDA 2. “DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: uma leitura das muitas amazônias numa Amazônia só”. Moderação: Henyo Barretto (IEB) - Palestra 1. Unidades de Conservação na Amazônia: ideais, descaminhos e perspectivas - Adriana Ramos (ISA) - Palestra 2. Desenvolvimento Sustentável e Unidades de Conservação: o contexto da Bacia do Xingu/Terra do Meio Marcelo Hercowitz (ISA) - Palestra 3. Desenvolvimento Sustentável e Unidades de Conservação: o contexto do Baixo Rio Negro - Sérgio Borges (FVA) 16h: MESA REDONDA 3. “DIMENSÕES SOCIOAMBIENTAIS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: eixos estruturais em uma dinâmica de interações complexa” Moderação: Rita Mesquita (INPA) - Palestra 1. Conservação da Biodiversidade e Ameaças - Nurit Bensusan - Palestra 2. Sociedade e Interculturalidade - Henyo Barretto (IEB) - Palestra 3. Cadeias Produtivas e suas Oportunidades Cristina Adams (USP) - Palestra 4. Economia e a Gestão de UC - Jorge Madeira Nogueira (UnB) Dia 08 (quinta) 9h: APORTES DO SEMINÁRIO PARA AS OFICINAS REGIONAIS MESA REDONDA 4. “UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL PARA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: princípios para uma abordagem estratégica e complementar”. Moderação: Carlos E. Marinelli (ISA) - Palestra 1. Abordagens Integrativas: Enfoques na Conservação - Irene Garay (UFRJ) - Palestra 2. Integração das Questões Ambientais e Socioeconômicas - Deborah Lima (UFMG) - Palestra 3. Integração do Conhecimento Tradicional e Técnico-Científico - Rita Mesquita (INPA) - Palestra 4. Analisando as Múltiplas Escalas Territoriais Arnaldo Carneiro (ISA) 10h45: MESA REDONDA 5. “SISTEMAS DE AVALIAÇÃO INTEGRADA: casos e procedimentos de elaboração e implementação”. Moderação: Paulo Salles (UnB) - Palestra 1. Avaliação de Sustentabilidade: abordagens e métodos - Christian Silva (UTFPR) - Palestra 2. Projeto DURAMAZ: determinantes de sustentabilidade na Amazônia brasileira - François Le Torneau (CREDAL-França e UnB) - Palestra 3. Monitoramento na Prática: aprendizagens a partir das experiências do PPG7 - Petra Ascher (GIZ) 14h: MESA REDONDA 6. “DEMANDAS DA SOCIEDADE POR UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: aplicações, aportes e envolvimentos”. Moderação: Adriana Ramos (ISA) Participação 1. Setor de Gestão Pública - Maria Cecília Wey de Brito (MMA) Participação 2. Setor de Representações Sociais - Manuel Cunha (CNS) Participação 3. Setor de ONGs - Ana Cristina Barros (TNC) Participação 4. Setor de Financiadores - Daniela Lerda Klohck (Funbio) 16h15 – APRESENTAÇÃO DA RELATORIA DE MESA E DISCUSSÕES GERAIS 17h30. ENCERRAMENTO 11 i. Modelo Conceitual Diante da incompletude de conhecimento e da incipiência de informações sobre a dinâmica socioambiental de UCs da Amazônia, foi proposto um modelo conceitual para formalização de relações causais entre variáveis relacionadas ao tema. Isso serviu para disseminação e debate durante os fóruns participativos visando o aprimoramento desse modelo e a identificação de alvos prioritários do SISUC. serviços serviços ecossistêmicos ecossistêmicos ZONEAMENTO ZONEAMENTO vias viasde deacesso acessoee funcionalidade funcionalidade integridade integridade ambiental ambiental conflitos conflitosentre entreaagestão gestãoee populações populaçõestradicionais tradicionais Degradação Degradaçãodos dos recursos recursosnaturais naturais biodiversidade biodiversidade EXPLORAÇÃO EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL SUSTENTÁVEL demandas demandasde de recuperação recuperação eemitigação mitigação recursos recursosnaturais naturais GESTÃO GESTÃO PARTICIPATIVA PARTICIPATIVA OPORTUNIDADE OPORTUNIDADE DE DEINCLUSÃO INCLUSÃO qualidade qualidadede de de devida vida acesso acessoàà informação informação eficiência eficiência econômica econômica eficiência eficiência na naprodução produção EXTRATIVISMO EXTRATIVISMO TRADICIONAL TRADICIONAL etnoconhecimento etnoconhecimento consciência consciência social social prudência prudência ecológica ecológica igualdade igualdade social social MODELO MODELO CONCEITUAL CONCEITUAL DO DO GRÁFICO GRÁFICO DE DE DEPENDÊNCIAS DEPENDÊNCIAS Identidade Identidadecultural cultural categoria categoriasocial social população população economicamente economicamente ativa ativa cadeias cadeias produtivas produtivas sustentáveis sustentáveis essência essência cultural cultural diversidade diversidade sociocultural sociocultural Onde: dimensão social =azul; gestão=cinza, sociocultural=amarelo; ambiental=verde e; socioeconômica=rosa Esse gráfico de dependências representa um sistema formado por cinco dimensões (social, gestão, sociocultural, ambiental e socioeconômica). Essas dimensões são formadas por componentes de dois tipos: os componentes simples, como etnoconhecimento e igualdade social, por exemplo, que são influenciados e geram influências sobre outros componentes, da mesma ou de outra dimensão; e os componentes orientadores, que são aqueles que desencadeiam processos geradores de uma sequência de influências, como extrativismo tradicional e exploração sustentável, por exemplo. Para dimensão social, por exemplo, as relações causais ilustradas nesse gráfico poderiam ser assim entendidas: oportunidades de inclusão (componente orientador) desencadeiam um processo que influência (positivamente) o acesso a informação; o aumento do acesso a informação, por sua vez, gera uma influência (positiva) sobre a consciência social; e a consciência social, por sua vez, influencia (positivamente) a prudência ecológica. 12 A partir do diagrama apresentado é fundamental destacar quatro pontos: 1. Esses componentes e as dimensões apresentadas NÃO SÃO INDICADORES; 2. Esse gráfico trata-se de um modelo, NÃO REPRESENTA A COMPLETUDE REAL DO SISTEMA; 3. Esse gráfico NÃO É DEFINITIVO e assim, foi sendo aprimorado a cada fórum; 4. Os componentes orientadores já são PRIORIZAÇÕES para as relações causais consideradas até então. Detalhamentos sobre a construção deste modelo constam em anexo no documento “Modelagem analítica conceitual da dinâmica de unidades de conservação na Amazônia Legal: apoio ao debate e aprendizado para elaboração de um sistema de monitoramento socioambiental”, em Marinelli & Mendes (2010). Esse modelo conceitual foi utilizado como referência aos trabalhos no Seminário e nas Oficinas Regionais: antes do Seminário, para decisões sobre quais e como os temas das mesas redondas seriam abordados, direcionando as perguntas orientadoras encaminhadas a cada palestrante. Durante o evento serviu para apresentação das relações causais formalizadas e como elemento provocativo PROCESSOS ORIENTADORES DA DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL DAS UNIDADES para o debate sobre a dinâmica socioambiental das UCs na DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA: Amazônia. Isso favoreceu a identificação dos processos • INTEGRIDADE AMBIENTAL orientadores prioritários para sustentabilidade desse sistema, posteriormente debatidos em maior profundidade e sob • OPORTUNIDADES DE INCLUSÃO abordagem prática durante as Oficinas Regionais. SOCIOECONÔMICA E NA GESTÃO PARTICIPATIVA ii. Resumo dos Resultados Alcançados pelo Seminário • ATIVIDADES TRADICIONAIS E EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS Num total de seis mesas redondas, diferentes temas ligados à dinâmica socioambiental dessas áreas protegidas foram • CADEIAS PRODUTIVAS E EFICIÊNCIA ECONÔMICA discutidos, voltados a três aspectos principais: conceitos práticos, procedimentos para definição de indicadores e • DESAFIOS E GARGALOS DAS potencial de envolvimento dos diferentes setores da POLÍTICAS PÚBLICAS DO SETOR sociedade. Cada mesa contou com a participação de quatro especialistas que receberam previamente três perguntas orientadoras sobre as linhas que deveriam abordar, de acordo com o tema central de cada mesa. Durante o Seminário, palestrantes e participantes manifestaram suas preocupações e sugestões para que os objetivos almejados para esse sistema tenham seu alcance potencializado2. ◊ É importante existirem indicadores locais definidos pelas comunidades, pois eles garantem a adaptabilidade do modelo e a aderência local ao sistema. (Petra Ascher, GIZ-DF) 2 ◊ As lacunas de dados e informações científicas sobre os impactos/efeitos da economia de mercado na qualidade de vida das populações que vivem em UCs são imensas. (Cristina Adams, USP) ◊ É preciso refletir sobre como vão ser consideradas as questões político-institucionais, tendo em vista o não reconhecimento ou as limitações em reconhecer uma série de experiências positivas já avançadas, Citações extraídas de Marinelli &Mendes (2010) 13 como a gestão compartilhada entre UCs e Terras Indígenas. Como fim último, o sistema deve subsidiar a tomada de decisão com vistas a mudar a realidade atual e gerar subsídios para pressionar a melhora das políticas públicas voltadas ou que afetem as UCs. (Adriana Ramos, ISA) ◊ O sistema deve se basear em análises multicriteriais, que permitam reconhecer e comparar variáveis que perpassem minimamente por todas as categorias de UCs e cenários regionais. (Marcelo Hercowitz, ISA) ◊ É importante que o sistema possibilite comparações, o que implica aplicar as mesmas métricas ainda que sob diferentes contextos e cenários. (Maria Cecília Wey de Brito, MMA) ◊ O sistema deve considerar: os instrumentos de gestão que já existem (Plano de Manejo e conselhos); as categorias das UCs; a capacidade de gerar informação; a interação com os gestores e parceiros de gestão com as comunidades do interior e entorno das UCs; os conflitos e os aportes gerados pela gestão das UCs; e os impactos das UCs sobre os indicadores sociais, econômicos e ecológicos. (Sérgio Borges, FVA) ◊ O sistema deve ser simples, de fácil operacionalização e que permita comunicação rápida entre os diversos atores participantes (comunidades, gestores, conselho etc), gerando dados de maneira contínua. Para tanto, é necessário que se defina explicitamente o papel de cada ator participante do sistema: Quem gera dado? Quem analisa os dados? Quem disponibiliza a informação? Quem tem acesso aos dados? (Sérgio Borges, FVA) ◊ Avaliar a possibilidade da criação de indicadores polissêmicos e da constituição de indicadores próprios para cada escala territorial, que sejam generalizáveis, passíveis de serem somados, sucintos, baratos e relevantes. (Deborah Lima, UFMG) ◊ Os indicadores devem ser realistas, isto é, aplicáveis e que tenham ligação com os dados do campo. (François Le Torneau, CNRS-CREDAL/CDS-UnB) ◊ As demandas e as necessidades de informação de cada grupo devem ser consideradas, mas pressupõese que a lista de aspectos que se pretende monitorar não seja extensa demais. (Petra Ascher, GIZ-DF) ◊ É necessário compreender como os usos dos recursos naturais adotados pelas populações locais influenciam os processos geradores e mantenedores de biodiversidade. (Nurit Bensusan, consultora) ◊ O modelo proposto deve ser transitório e dinâmico, vai ser útil na medida em que responda às demandas das pessoas na base. (Irene Garay, UFRJ) ◊ O melhor sistema para avaliar a sustentabilidade é aquele que nos dá as melhores condições para tomada de decisões. (Maria Cecília Wey de Brito, MMA) ◊ O sistema deve orientar os doadores e executores de projetos na melhor alocação de recursos e esforços de conservação, indicando a melhor forma de gestão e os fluxos de investimentos existentes na região. (Daniela Lerda Klohck, FUNBIO) ◊ O sistema deve monitorar a contribuição das UCs para o desenvolvimento da sustentabilidade socioambiental e para melhoria da qualidade de vida das populações que vivem nessas áreas, bem como sua influência sobre as populações que residem no entorno. (conclusões do Seminário) ◊ As populações locais devem ser incluídas enquanto atores-chave para geração e apropriação dos dados e informações. (conclusões do Seminário) 14 ◊ É necessário estabelecer uma comunicação e parceria com entidades que já coletam e mantém bancos de dados sobre essas UCs. (conclusões gerais do Seminário) ◊ O sistema proposto pelo ISA deve evitar a duplicação de esforços, a partir de uma revisão dos indicadores já disponíveis e, ao mesmo tempo, minimizar as lacunas, complementando as informações e os bancos de dados já existentes. (conclusões gerais do Seminário) ◊ São desafios intrínsecos ao processo de construção de indicadores: ajustar sua fundamentação teórica, simplificar a definição de indicadores e dar visibilidade à sua aplicação. (conclusões gerais do Seminário) O documento síntese “Bases para construção de um sistema de monitoramento socioambiental das Unidades de Conservação da Amazônia Brasileira” (Marinelli & Mendes, 2010) apresenta os principais aportes de cada mesa redonda e uma sistematização geral das contribuições trazidas por cada palestrante. Não se trata de um relatório exaustivo, incluindo todos os pontos da fala de cada palestrante ou da plenária, nem tampouco do posicionamento do ISA com relação às mesmas. Trata-se de uma sistematização das idéias, conceitos e contribuições trazidas no evento, e que serviram como input para os fóruns posteriores. A opinião dos participantes e as considerações da plenária durante a sessão de encerramento tiveram como principais destaques a qualidade das discussões, propiciada pelos conhecimentos e experiências reunidas pelos participantes das mesas redondas, e a postura de comprometimento da plenária em contribuir efetivamente com o debate. O pioneirismo com que o tema do seminário vem sendo abordado pelo ISA e a forma de condução desse processo diante do desafio que ele representa, também foram bastante valorizados. Alguns indicadores que explicitam os avanços obtidos a partir da realização do Seminário: 1. Perguntas orientadoras aos palestrantes: expectativas de abordagem atingidas; 2. Sistemas de avaliação de UCs: sinalizados seus gargalos e demandas socioambientais; 3. Modelo qualitativo: reforçados os componentes orientadores dos processos já representados e complementada a base conceitual prática para seu aprimoramento; 4. Abordagem e princípios da proposta: validados pela plenária como coerentes com a aplicação desejada para os produtos do sistema em construção; 5. Indicadores: assimilados os pressupostos, premissas e passos importantes para que os objetivos de construção do sistema proposto sejam atingidos; 6. Setores da sociedade: socializadas as expectativas e visões. iii. Encaminhamentos Em resposta às preocupações e sugestões dos participantes, a proposta em construção deve estar pautada em um sistema integrado, que possa monitorar a sustentabilidade socioambiental das UCs e considerar as especificidades locais diante dos diferentes cenários regionais da Amazônia. Para tanto, sob uma visão sistêmica, deve adotar uma abordagem 15 abrangente, que seja alimentada por fontes de informação e conhecimentos complementares, que aborde as UCs individualmente, mas também as influências e efeitos das diferentes escalas territoriais: bacia hidrográfica, mosaicos de UCs e TIs e conjunto de UCs. Deve considerar o conhecimento tradicional através do envolvimento efetivo das representações sociais locais, na discussão, elaboração, análise, avaliação e aplicação dos resultados. 2. Oficinas Regionais Objetivo: assimilação das visões e demandas dos diferentes setores da sociedade, dos nove estados da Amazônia Legal, quanto a um sistema de monitoramento socioambiental de Unidades de Conservação. Manaus-AM, 19 e 20/10/2009, Parque Municipal do Mindú Belém-PA, 22 e 23/10/2009, Hotel Beira Rio Segundo Dia PROGRAMAÇÃO Primeiro Dia 9h30. Abertura e Nivelamento. CONSTRUÇÃO DE UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO SOCIOAMBIENTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA. 10h30. Mesa 1. PROCESSOS ORIENTADORES DA DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NA AMAZÔNIA Desafios e gargalos do manejo/gestão - Manaus: Márcia Lederman (GIZ-AM) / Belém: Marcelo Salazar (ISA-MT) Oportunidades de inclusão socioeconômica e no manejo participativo - Manaus: Jairo Lima (CTA-AC) / Belém: Patrícia Pinha (ICMBio, Rebio Lago Piratuba-AP) Extrativismo e aproveitamento de recursos naturais - Manaus: Henrique Carlos (SDS-AM) / Belém: Marlucia Martins (MPEG-DA) 13h30. Atividade em GT. APRIMORAMENTO DO MODELO CONCEITUAL: refinamento dos componentes orientadores (variáveis, objetos/agentes, entidades) dos processos (ambiental, social, econômico e cultural) que regem a dinâmica de UCs na Amazônia 9h. Mesa 2. DEMANDAS SETORIAIS POR INFORMAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS E O FORTALECIMENTO DA GESTÃO DE UC NA AMZÔNIA Gestão Pública - Manaus: Mônia Fernandez (Coord. Regional ICMBio-AM) / Belém: Fabiano Costa (Coord. Regional ICMBio-PA) ONGs - Manaus: Carlos Durigan (FVA-AM) / Belém: Thaís Kasecker (CI Brasil-PA) Pesquisa e Conhecimento - Manaus: Rosane Rosa (UNEMAT-MT) / Belém: Claudia Funi (IEPA-AP) 10h45. Atividade em GT. PRIORIZAÇÃO DE SISTEMAS: análise de desempenho dos sistemas ambiental, social, econômico e cultural. 13h30. Atividade em GT. SOCIOAMBIENTAL: demanda de objetivo, utilização e formato). MONITORAMENTO informações (tema, 16h. MONITORAMENTO SOCIOAMBIENTAL: disponibilidade de informações (acesso, formato, qualidade e periodicidade). 17h. Encerramento. 16h. Atividade em GT. VIABILIDADE DE PROCESSOS: priorização de componentes orientadores e análise dos processos (ambiental, social, econômico e cultural) que regem a dinâmica de UCs na Amazônia Segundo Dia Segundo Dia Segundo Dia 16 i. Resumo dos Resultados Alcançados pelas Oficinas Regionais A oficina regional da Amazônia Ocidental foi realizada em Manaus-AM, nos dias 19 e 20 de outubro de 2009, e reuniu 27 representantes dos estados do AM, AC, RR, RO e MT, sendo: onze representantes de ongs, doze representantes de órgãos públicos de gestão, três representantes de instituições de ensino e pesquisa, e um representante de órgão internacional. A oficina regional da Amazônia Oriental foi realizada em Belém-PA, nos dias 22 e 23 de outubro de 2009, e reuniu 18 representantes dos estados do PA, AP, TO e MA, sendo: sete representantes de ongs, três representantes de instituições de ensino e pesquisa, e oito de órgãos públicos de gestão. Foram realizadas mesas-redondas e exercícios de aprimoramento do modelo conceitual (refinamento dos componentes em variáveis, objetos/agentes e entidades), de priorização de componentes e sistemas considerados no modelo conceitual, e para identificação das demandas de informações (tema, objetivo, utilização e formato) e sua disponibilidade (acesso, formato, qualidade e periodicidade). Em linhas gerais, a utilização do gráfico de dependências mostrou-se um instrumento de apoio efetivo como referência aos debates, para proposição de ajustes e assimilação das experiências (setoriais, regionais e institucionais) reunidas. Atribui-se boa parte disso ao direcionamento dado a metodologia dos trabalhos em grupo a partir da abrangência das palestras nos dois dias de evento. Esses resultados são explicitados nas cerca de 60 considerações de ajustes/propostos ao modelo, sinalizadas no total das duas oficinas, contribuindo no processo de aprendizado em busca da representação de conceitos práticos, principal objetivo do raciocínio qualitativo nessa fase de construção do sistema. Alguns indicadores que explicitam os avanços obtidos a partir da realização das Oficinas Regionais: 1. Perguntas orientadoras aos palestrantes: expectativas de abordagem atingidas; 2. Modelo conceitual: ajustes de componentes propostos; 3. Priorização de processos: componentes, dimensões e sistemas relevantes identificados; 4. Demandas dos indicadores: aspectos das variáveis, usos e aplicação sinalizados; 3. Reuniões Regionais Objetivo: apresentar às representações da sociedade civil, maiores detalhes sobre a proposta de monitoramento socioambiental, para que ela seja apropriada, seu funcionamento seja discutido e para que de maneira conjunta, seja conhecido o interesse e potencial envolvimento do setor no sistema proposto. Manaus, dias 2 e 3/03/2010, Adrianópolis Flat Hotel Belém, dias 4 e 5/03/2010, Hotel Beira Rio QUESTÕES QUE PAUTARAM AS REUNIÕES REGIONAIS: 1. COMO AS INFORMAÇÕES DE MONITORAMENTO SERÃO GERADAS? 2. COMO OS RESULTADOS SERÃO UTILIZADOS? 3. QUEM IRÁ APLICAR O PROTOCOLO DE DADOS? 4. COMO AS INSTITUIÇÕES SE APROPRIARÃO DOS RESULTADOS? 5. C ? 17 Instituições Participantes: Manaus • Associação Kanindé - RO • CNS (Conselho Nacional de Populações Extrativistas) – AM • CTA (Centro do Trabalhador da Amazônia) – AC • FVA (Fundação Vitória Amazônica) – AM • GTA (Grupo de Trabalho da Amazônia) – AM • ICV (Instituto Centro de Vida) – MT • IPÊ (Instituto de Pesquisas Ecológicas) – AM • SOS Amazônia – AC Belém • CI (Conservação Internacional-Brasil) - PA • IEB (Instituto Internacional de Educação do Brasil) – PA • CNS (Conselho Nacional de Populações Extrativistas) – PA • IEPÉ (Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena) – AP • MIQCB (Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu) – MA PROGRAMAÇÃO GERAL Primeiro Dia 9h. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA: REFLEXÃO, AVALIAÇÃO CONJUNTA E CONSIDERAÇÕES Ponto 1. Implementação - Quem serão os aplicadores do protocolo? - Como as informações serão obtidas? Ponto 2. Entrada de Informações - Como a informação de campo de cada UC será reunida num lugar só? - A cada quanto tempo as informações serão obtidas? Ponto 3. Formato, Acesso e Uso das Informações e Resultados - Quem irá se apropriar dos resultados, em que formato, e de que modo? - Para que, e como os resultados poderão ser utilizados? 14h. RECEBIMENTO DE APORTES DAS INSTITUIÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA Ponto 1. UC de Atuação: direta/permanente e indireta/pontual Ponto 2. Priorização de alvos de monitoramento 18h. ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS DO PRIMEIRO DIA Segundo Dia 8h. COMPROMISSOS NUMA AGENDA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Próximas Ações do Grupo Novos Encontros e Oportunidades Construção de Agenda Integrada 12h. Encerramento dos Trabalhos da Reunião i. Resumo dos Resultados Alcançados pelas Reuniões Regionais Foi discutido o funcionamento do sistema e priorizado um conjunto de 61 alvos (Gestão, 18 alvos; Economia, 12; Sociais, 11; Culturais, 7; Político, Jurídicos e Institucionais, 13). Manaus: ◊ É mais interessante fazer as análises em separado conforme o setor da sociedade dos representantes no Conselho. Os desdobramentos sobre a interpretação dos resultados teria que ser um trabalho a ser feito pelas instituições locais e regionais que atuam/conhecem a UC. 18 ◊ Além da aplicação é importante pactuar o feedback dos resultados. ◊ As zonas de amortecimento devem ser consideradas com seriedade. ◊ A constituição do Conselho (nas representações de cada setor) pode ser um indicador do grau de conflito (refletido pelos interesses) na gestão da reserva. ◊ Conselho e associação-mãe deveriam preencher o formulário, mesmo quando a associação não fizer parte do Conselho, pois é um ator fundamental no processo. ◊ O princípio para que o sistema funcione é o Conselho - instância de desdobramento das políticas públicas locais. Ele pode exercer uma função mais interventora, como instrumento de controle social. ◊ É importante socializar o sistema junto aos conselheiros antes da aplicação, a tempo das expectativas de aplicação serem discutidas e dos agentes estarem mais preparados para responder ao formulário. ◊ Acordo com Instituições de Ensino Superior podem ser positivas como uma forma de incentivo para o envolvimento futuro do “jovem” das Unidades de Conservação. ◊ Considerar a regularização fundiária, termos de compromisso, e planos de uso no Sistema. ◊ Todas as instituições que participaram da contrução do Sistema devem estar novamente reunidas para avaliação da aplicação piloto, mas se não for possível, pelo menos FVA e IPE, para o caso das UCs do Baixo Rio Negro. ◊ O sistema deve ser consolidado em uma agenda de responsabilidade socioambiental com as UC da Amazônia. Belém: ◊ Aplicar a ferramenta ao final da reunião dos conselhos não seria uma boa, pois os conselheiros seriam influenciados nos resultados dos encaminhamentos da reunião. Aplicar um dia antes. ◊ Ao envolver um público humilde, com dificuldades de escrever e ler, será necessário um acompanhamento constante na aplicação. ◊ Precisamos ter cuidado na análise dos dados e fazer as análises por segmento (setores), pois se empacotarmos tudo não vamos ter resultados robustos/fidedignos. ◊ Para facilitar o entendimento e interpretação dos resultados, pode-se considerar o setor de atuação do conselheiro e manter em segredo o seu nome. ◊ O grau de aceitação do sistema pelos conselheiros também preocupa e pede sensibilização antecipada. O que eles, o Conselho, a reserva, a região e a Amazônia podem ganhar com isso? ◊ Uma cartilha é fundamental como roteiro para o aplicador. ◊ Na escala mais local há muita dificuldade de aproximação com as instituições de governo. ◊ A simplicidade da ferramenta deveria ser um facilitador da transferência de competências em direção a maturidade organizacional. Deve ser palatável para que seja apropriada localmente. 19 II. WORKSHOP “Indicadores Socioambientais para Unidades de Conservação” Brasília, 24 e 25 de Março de 2010, Centro de Convenções Israel Pinheiro Objetivo do Workshop Reunir especialistas nos diferentes aspectos que envolvem a dinâmica socioambiental de UCs para tradução das informações acumuladas ao longo de seis eventos participativos em um conjunto de indicadores para o monitoramento socioambiental dessas áreas protegidas na Amazônia brasileira. Produto do Workshop Um set de indicadores construído a partir de uma lista de alvos, e potenciais variáveis para o acompanhamento da situação dos mesmos. PROGRAMAÇÃO Segundo Dia Primeiro Dia 9h: Construção de Indicadores – continuação (trabalho em grupo) 9h: Abertura 9:30h: Apresentação dos Programação do Workshop Objetivos e 13:30h: Construção de Indicadores – continuação (trabalho em grupo) 10h: Resgate Histórico: construção, objetivos, aplicações, princípios e valores que norteiam o sistema de monitoramento em construção – Carlos E. Marinelli (ISA) 16h-18h: Construção de Indicadores – continuação (trabalho em grupo) 11:30h: Orientações para Construção de Indicadores (Plenária) – Reflexões sobre os alvos de monitoramento (trabalho em grupo) 9-11h: Mercado de Grupos (visita aos trabalhos e intercâmbio) 14:30h – 17:30h: Construção de Indicadores (trabalho em grupo) 11-12h: Próximos passos, avaliação do evento e encerramento. 26/04 20 a. Resgate Histórico3 DE DEONDE ONDEVIEMOS VIEMOS EEOND ONDEEQUEREMOS QUEREMOS CHEGAR? CHEGAR? Colabora Colaboradore dores,s, Pe Pesqui squisasadore dores,s, Parc Parceieiros ros, ,SSocie ocieda dade. de..... PROJETO PROJETOMOORE: MOORE:Aumento Aumento das dascapacidades capacidadesde de gerenciamento/análise gerenciamento/análisede de informações informaçõesee da da disseminação disseminaçãode deconhecimento conhecimentosocioambiental socioambiental sobre as Unidades sobre as Unidadesde de Conservação Conservaçãoda daAmazônia Amazônia ISA ISA ANÁLISES ANÁLISES SOC SOCIOAMBIENTAIS IOAMBIENTAIS SISTEMA SISTEMAde de INFORMAÇÃO INFORMAÇÃOde de ÁREAS ÁREAS PROTEGIDAS PROTEGIDAS AA VALIAÇÃ VALIAÇÃOODA DA SUSTENTABILIDAD SUSTENTABILIDADEE ININDICADORES DICADORES SITE SITE(UCs (UCs) ) RRELATÓRIOS ELATÓRIOS CUSTOMIZAD CUSTOMIZADOS OS 3 Os slides desta seção foram apresentados durante o Workshop. 21 22 23 Nota: Um detalhamento sobre as atividades, resultados e produtos dessas duas estratégias podem ser consultados nas páginas 10 e 12/13. 24 25 Observações e recomendações dos participantes após apresentação do Resgate Histórico: ◊ O conjunto de informações deve ser analisado de maneira integrada e cruzada, com interpretação interdisciplinar. A interdisciplinaridade deve vir na interpretação das informações e não nas análises. (Sérgio Borges, FVA-AM) ◊ Em algum momento foi discutido o que seria a linha de referência - o que é a visão de quando está bom. É importante ser passada para quem está fazendo o diagnóstico. (Rita Mesquita, INPA-AM) ◊ Fontes de informação na escala local são baseadas em impressões qualitativas (declarações) e coletivas (associações e conselhos), e isso tem implicações. (Sérgio Borges, FVA-AM) ◊ Há um elemento que não foi colocado e que nós estamos negligenciando: os municípios. Estamos falando de várias escalas, mas não dos municípios. A relação com os municípios é complexa. É estratégico que as UCs sejam incorporadas nos planos municipais de desenvolvimento. Mais importante que bacia do ponto de vista da gestão. (Sérgio Borges, FVA-AM) ◊ Sobre o intervalo de levantamento de dados para o monitoramento, é interessante o uso de indicadores que permitam traçar duas questões principais: amplitude de alteração (aferição de escala de resposta) e a proximidade do benchmarking (o quão próximo está de um nível de sustentabilidade). (Geraldo Stachetii, Embrapa-SP) b. Construção de Indicadores4 4 Os slides desta seção foram apresentados durante o Workshop. 26 ALGUMAS ALGUMAS FUNÇÕES FUNÇÕES DOS DOS INDICADORES INDICADORES Autores Autoresdiversos diversosindicam indicamfunções funçõesdiferentes diferentespara paraos osindicadores. indicadores. OOquadro quadroabaixo abaixorepresenta representauma umasíntese síntesede detrês trêsabordagens abordagenssobre sobreootema. tema. Para Para Tunstall Tunstall (1992), (1992), indicadores indicadores Kelly Kelly && Harwell Harwell (1990) (1990) assim assim AA OECD OECD (1993) (1993) distingue distingue três três ambientais as funções dos ambientais são são medidas medidas usadas usadas definiram definiram as funções dos grandes grandes funções, funções, cada cada uma uma para para avaliar avaliar condições condições ambientais ambientais indicadores indicadores no no contexto contexto da da representando representando oo desenvolvimento desenvolvimento ee tendências de tendências (em (em nível nível global, global, recuperação recuperaçãode deecossistemas: ecossistemas: de seus seus próprios próprios indicadores indicadores (note (note regional, que regional,nacional, nacional,global); global); que oo tipo tipo de de indicador indicador requerido requerido deve deve mudar mudar ao ao longo longo do do tempo, tempo, bem bem como como oo tipo tipo de de dados dados necessários); necessários); (a) (a) (a)comparar compararpaíses paíseseeregiões; regiões; (a) importância importância intrínseca intrínseca (do (do (a) (a) medida medida da da performance performance ecossistema): ecossistema): espécies espécies de de valor valor ambiental; ambiental; econômico, econômico, espécies espécies ameaçadas; ameaçadas; outros outros aspectos aspectos de de interesse interesse humano humanodireto; direto; (b) antecipar ee projetar (b) antecipar projetar (b) (b) indicadores indicadores de de aviso aviso antecipado antecipado (b) (b) integração integração de de preocupações preocupações tendências; (early ambientais tendências; (earlywarning); warning); ambientaisem empolíticas políticassetoriais; setoriais; (c) (c) (c) prover prover informação informação que que (c) (c)indicadores indicadoresde desensitividade; sensitividade; (c) maior maior integração integração geral geral de de funcione preocupações funcione como como avisos avisos antecipados antecipados preocupações ambientais ambientais em em (early políticas (earlywarning); warning); políticaseconômicas. econômicas. (d) (d)avaliar avaliarcondições condições em em relação relação aa (d) (d)indicadores indicadoresde deprocessos; processos; objetivos objetivoseemetas metas(alvos). (alvos). (e) (e) indicadores indicadores de de sensitividade sensitividade ee vulnerabilidade vulnerabilidadedos dosecossistemas. ecossistemas. (Tabela (Tabelamontada montadaaapartir partirde deBakkes Bakkeset etal., al.,1994) 1994) 27 EM SÍNTESE, PARA CONSTRUÇÃO DOS INDICADORES DO SISUC FORAM CONSIDERADOS OS SEGUINTES ATRIBUTOS: - VIABILIDADE FINANCEIRA E OPERACIONAL PARA A PRODUÇÃO E/OU AQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES; - TRANSPARÊNCIA METODOLÓGICA E CONFIABILIDADE QUANTO AO TIPO DE INFORMAÇÃO; - CLAREZA E AMPLA COMUNICABILIDADE; - INFORMAÇÕES COMPREENSÍVEIS, SINTÉTICAS E RELEVANTES PARA PÚBLICOS DIVERSIFICADOS. 28 i. Trabalhos em Grupo (GTs) Objetivo: construção de indicadores para monitorar alvos prioritários, previamente identificados, para o monitoramento socioambiental de Unidades de Conservação. Os participantes foram divididos em quatro grupos de trabalho (GTs): Economia, Meio Ambiente, Gestão e Política Institucional e, Sociocultural. O processo de construção dos indicadores se dividiu em três etapas: a. Preenchimento da matriz lógica pelos GTs; b. Mercado de análise dos indicadores; c. Consolidação da matriz lógica. ii. Organização de Trabalhos Para o registro das informações foi utilizada uma matriz lógica que trazia seis perguntas orientadoras. Ela foi utilizada nos quatro GTs e preenchida em dois momentos, de forma que o trabalho do primeiro dia servisse como referência a sua continuidade no dia seguinte. MATRIZ LÓGICA EXERCÍCIO 1 - Tarde do primeiro dia Alvo ...priorizados que estarão disponíveis aos GTs Qual o indicador? Vale para UC, entorno ou ambos? ...pode ser indicador simples, composto, polissêmico... Para que grupo ou categoria de manejo? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? O indicador é importante para uso em qual escala? Conselho, Regional ou Amazônia? (No que se aplica?) 1. Xxxxxxx 2. Yyyyyy Exercício 2 - Manhã do segundo dia Alvo Qual o indicador? Vale para UC, Entorno ou Ambos? ...pode ser indicador simples, composto, polissêmico... Qual a variável? Estado, condições, situação, fase...? ...pode ser até o próprio indicador Como será aferido? Referência (ruim e boa) ...conforme a variável Fonte da informação Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? Quem vai responder sobre isso? 1. 2. Uma lista de insumos identificados antecipadamente e pôsteres com diretrizes de trabalho também foram disponibilizados aos grupos para apoiar a construção dos indicadores (VEJA DETALHES MAIS ABAIXO). 29 OBSERVAÇÕES SOBRE O PREENCHIMENTO DA MATRIZ – COM BASE NAS PERGUNTAS FEITAS PELOS COORDENADORES E RELATORES DOS GTS EM REUNIÃO REALIZADA NO INÍCIO DOS TRABALHOS E NO FINAL DO PRIMEIRO DIA: • • • Durante reunião de orientação aos coordenadores e relatores de GTs, é apresentado o formato e os elementos da Matriz Lógica. • • • FOCO: SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL LOCAL. OS ALVOS FORAM DEFINIDOS EM ETAPAS ANTERIORES DO PROCESSO E, A NÃO SER SOB FORTE JUSTIFICATIVA, NÃO PODEM SER ALTERADOS. FOCAR NOS ALVOS DE MONITORAMENTO E NÃO EM METAS DE CONSERVAÇÃO. O SISTEMA NÃO PRETENDE SER EXATO, MAS SIM ESTRATÉGICO, UTILIZANDO INDICADORES SIMPLES E COM CONDIÇÕES DE SEREM MEDIDOS. ESSE SISTEMA NÃO PRETENDE LEVAR A CONSTRUÇÃO DE QUESTIONÁRIOS PARA PÚBLICOS ESPECÍFICOS. QUANDO FOR DESIGNADO QUE É O CONSELHO A FONTE DE INFORMAÇÃO, TODOS OS MEMBROS RESPONDEM. Etapa 1: Preenchimento da Matriz Lógica pelos GTs Em cada GT, uma pessoa ficou responsável pela coordenação dos debates e outra pela relatoria. Cada grupo adotou uma dinâmica própria de trabalho - acordada entre seus membros - e preencheu a matriz lógica utilizando tarjetas afixadas em um painel na parede. 30 Alvos De um total de aproximadamente 100 alvos de informação socioambiental, identificados ao longo dos seis eventos realizados antes do Workshop, cerca de 30 (6-8 alvos por dimensão) foram priorizados durante as Reuniões Regionais para construção de indicadores sobre a situação de cada um deles (COMO JÁ FOI VISTO NO ITEM 3). Não foram disponibilizados alvos ligados a questões verticais, de rotina das UCs, resultantes, ou que permitam uma intervenção em escala pontual e de rápida resposta. Pelo contrário, os alvos eram mais genéricos, voltados a questões mais horizontais e estratégicas. Os alvos utilizados durante as atividades eram amplos e sempre referentes a ASPECTOS que atingem, afetam ou acontecem na UC e/ou seu entorno. Para que o recorte do alvo fosse de fácil compreensão e entendimento comum, eles foram caracterizados ASPECTOS quanto aos aspectos que os caracterizavam (VEJA A O FORNECIMENTO DA DESCRIÇÃO DO “ASPECTO” DESCRIÇÃO DO ASPECTO DE CADA ALVO NO CONTEÚDO DE CADA ABORDADO POR CADA ALVO TRAZIA UMA DESCRIÇÃO, GT, MAIS ABAIXO). EM AMPLO ESPECTRO, SOBRE A COMPLEXIDADE E FOCO DE CADA UM DELES. O OBJETIVO FOI NIVELAR O Hierarquicamente falando-se, podia haver sobreposição GT, FORNECENDO UMA BASE COMUM DE entre os alvos. Saúde e educação, por exemplo, podiam ENTENDIMENTO, SOBRE AS POSSÍVEIS QUESTÕES A estar dentro do indicador polissêmico “qualidade de SEREM CONSIDERADAS EM CADA ALVO, VISANDO vida”. O que não podia, era perder a essência do alvo FACILITAR OS DEBATES E DIRECIONAR. que havia sido priorizado. Reinaldo Lourival (da TNC) no início dos trabalhos do GT Meio Ambiente, com destaque para ampliação da lista de alvos prioritários trabalhados pelo grupo. 31 PÔSTERES CONTENDO AS DIRETRIZES PARA CONSTRUÇÃO DOS INDICADORES FORAM COLOCADOS NAS PAREDES DAS SALAS ONDE TRABALHARAM OS 32 c. Grupos Temáticos (GTs) e Resultados Todos os grupos iniciaram os trabalhos com a leitura da lista de Alvos e seus respectivos Aspectos para nivelamento e entendimento comuns. A seguir, os membros do grupo se debruçaram sobre a tarefa de preencher a matriz lógica. GT Economia ALVOS: Sustentabilidade das Cadeias Produtivas: todo o conjunto de fatores, condições e características para que as cadeias produtivas advindas das diferentes práticas e/ou atividades oriundas dos sistemas produtivos (agrícola, extrativista ou pesqueiro); de um ou mais produtos; com manejo ordenado ou não, desde que gerem renda; para que possam ser mantidas e/ou se desenvolver em bases que não gerem impactos negativos, sejam eles: sociais, econômicos, ambientais, culturais e que não resultem em conflito com a gestão da UC. Oportunidades de Geração de Renda: todo o conjunto de ações, projetos, iniciativas e programas em execução, exceto que envolvam transferência de renda e crédito, desde que possibilitem novas opções para geração ou complemento da renda das famílias, a partir de práticas e atividades praticadas dentro ou proporcionadas/originárias/advindas da UC e/ou sua zona de amortecimento. Coordenação: Leonardo Hasenclever – IEB Relatoria: Gustavo Tossello – TNC Elaine Teixeira – Funbio Marcelo Hercowitz – ISA Antônio Tafuri – MMA Fernando Tatagiba – MMA Iniciativas de/do Associativismo: todo o conjunto de ações, influências, conseqüências e desdobramentos resultantes desde a presença/ausência, passando pelo perfil e qualidade da atuação, das iniciativas, projetos, organização, mobilização e outras questões que contribuam no planejamento, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação que contribua com os aspectos econômicos. Transferência de Renda: todo tipo de oportunidades e programa, ação ou iniciativa que já envolva a transferência de renda; seja de governo ou não; independente do grupo social atingido/alvo, gênero, setor da reserva ou público, desde que envolva a transferência direta de renda em nome de alguém, endereço ou localidade de dentro da reserva e/ou sua zona de amortecimento. Produção: todo tipo, quantidade e/ou valores agregados à produção, desde que esteja acontecendo dentro da UC ou em seu entorno, desde que seja para fins econômicos; seja atividade agrícola, pesqueira, extrativista, turística ou outra qualquer; em bases sustentáveis ou não; ordenadas ou não; bem como sua influência e conseqüências: sociais, ambientais, culturais, econômicas ou de gestão. Demanda de Produtos: todo tipo de demanda por produtos e suas quantidades, sejam eles produzidos dentro da UC, em sua zona de amortecimento ou não; industrializados, artesanais, naturais ou sintéticos; independente se para consumo ou uso, seja para fins sociais, econômicos, de consumo, produção, culturais, ambientais; bem como suas influências e conseqüências sobre diferentes aspectos. Oferta de Produtos: todo tipo de oferta de bens/produtos e suas quantidades, desde que para fins de mercado e que sejam extraídos/produzidos/beneficiados dentro da UC e/ou em sua zona de amortecimento; sejam eles comercializados ou não localmente; bem como suas influências e conseqüências sobre diferentes aspectos: sociais, econômicos, culturais ou ambientais. Consumo: todo tipo de consumo e suas quantidades, sejam eles produzidos dentro da UC, em sua zona de amortecimento ou não; industrializados, artesanais, naturais ou sintéticos; seja para fins individuais, familiares ou comunitários; bem como suas influências e conseqüências sobre diferentes aspectos: sociais, econômicos, culturais ou ambientais. 33 LISTA DE INSUMOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS* Efeitos da economia de mercado na qualidade de vida das populações que vivem em UCs Eficácia do manejo no retorno econômico Dinâmica migratória das populações humanas por conta da valorização da terra Influência da demografia nas questões econômicas Desigualdades na exploração, comercialização ou apropriação dos recursos Viabilidade econômica do uso dos recursos naturais Estratégias de produção e comercialização para produtos Aspectos econômicos relacionados às externalidades Aspectos econômicos relacionados à equidade Custo de oportunidade da terra. Custos sociais incorporados as populações das UC ao longo do tempo Custo envolvido com a gestão da UC Elos entre a produção e o consumidor Transferência de recursos entre classes econômicas Relações de parcerias com empresas Dialogos entre atores do entorno das UCs para a busca de alternativas econômicas Atividades extrativistas são familiares ou coletivas Atividades produtivas simultâneas. Relação entre o tipo de beneficiamento-produção-renda Valor agregado conforme o tipo de beneficiamento Renda Renda ligada ao manejo rec naturais Alternativas de renda aplicadas em Ucs Alternativas de renda que propiciem conservação Criação das reservas origina ou acirra conflitos que não existiam antes Instrumentos de incentivo à pecuária, à mineração, entre outros que impactam a área Canalização de recursos para produção integrada Desenvolver linhas específicas de crédito Investimentos em pesquisa e tecnologia para cadeias de produtos Incentivos fiscais para estímulo a negócios Estoques de produção Mudanças nos padrões de produção Organização da produção Produção: agricultura familiar, extrativismo, pesca e caça Desenvolver cadeias produtivas Mercado Escoamento Acessibilidade Comercialização * Os insumos foram separados em grupos de acordo com o assunto geral que os agrega. Lógica de Trabalho: O GT de economia partiu dos alvos propostos, alinhando-os no quadro de forma a permitir uma visualização ampla dos mesmos. Os alvos foram inicialmente visitados, um por um, buscandose identificar sobreposições, complementações, e principalmente, fatores que teriam relação com cada um deles. Neste momento o grupo se permitiu agrupar quatro dos alvos propostos em torno dos eixos OFERTA e DEMANDA por entender que são eixos comuns na análise econômica. Esses alvos foram, então, elencados em um “painel paralelo” para que, numa etapa subsequente, o grupo procurasse estabelecer relações causais entre os mesmos. 34 A proposição de indicadores se deu pelo alinhamento das cadeias causais estabelecidas para cada alvo a partir dos fatores identificados, buscando-se medidas que expressassem mudanças/evoluções nessas cadeias causais. Não foi seguida uma ordem pré-determinada para o início das discussões e colaborações. Uma vez escolhido um alvo, dedicava-se atenção e reflexão sobre o mesmo até que o grupo sentisse a necessidade de seguir para o próximo alvo. Dois pontos merecem destaque: 1 - O grupo se dedicou àquela primeira parte do trabalho, visitando cada alvo a priori, com intensidade, mergulhando em discussões infindáveis e remexendo a teoria em busca de “insights” que corroborassem a identificação dos fatores, o estabelecimento das relações causais e a proposição dos indicadores. 2 - O grupo sentiu a necessidade de dedicar esforços no sentido de melhorar a relação dos alvos propostos com as teorias econômicas, para obter mais robustez nos indicadores a partir de uma base conceitual mais concreta. Membros do GT Economia durante debate. Alguns destaques nas discussões do GT – Economia: ◊ Acerca da questão da “sustentabilidade”: “Qualquer atividade gera impacto. A questão é: qual o nível aceitável?” (Fernando Tatagiba) ◊ Em Economia, é necessário considerar a variação, mais do que o valor absoluto. ◊ O GT considerou que dados de demografia vão estar dentro do sistema (Gustavo Tossello) ◊ O que é produto? Por exemplo: pirarucu ou carne de pirarucu + língua de pirarucu – Decidiu-se usar o produto in natura mesmo e não o produto depois de agregar valor/processar. ◊ Conceitos: Oferta é o que é produzido para comercialização; Produção é = comercialização + consumo próprio. ◊ Tema polêmico: Indicador “acesso a crédito” – talvez tenha mais a ver com elegibilidade (Leonardo Hasenclever) – Conclusão da conversa: ficará o número de créditos concedidos. ◊ No caso de transferência de renda, permanência/tempo de contrato é dado importante se a meta é a sustentabilidade. (Leonardo Hasenclever) ◊ Considerar a diversidade e não só a quantidade no caso dos verificadores relacionados com oferta/produção. A diversidade leva em conta a equidade. Por exemplo: tão importante quanto saber o número de produtos é saber de onde são (extrativismo vegetal, compra, caça, pesca e outros) (Geraldo Stachetti, GT Meio Ambiente) 35 “Variação no preço da terra” foi um indicador que causou muito debate. Como aferir as mudanças na posse da terra? Isso tem ou não tem a ver com o propósito da variável? Qual a relação com a de sustentabilidade? É bom ou é ruim o preço da terra subir? Qual o impacto do turismo? Essas foram algumas das perguntas levantadas. ◊ ◊ Muitos dos indicadores identificados serão potencializados quando cruzados com outros. ◊ O ICMBio não considera turismo como cadeia produtiva. O GT-Economia ignorou isso. ◊ “Pesquisa” não foi contemplada nos outros grupos: quantidade de pesquisa, parcerias com instituições de pesquisa etc. (Elaine Teixeira) ◊ No caso das cadeias produtivas vamos extrapolar o entorno. (Fernando Tatagiba) ◊ Caê lembrou o grupo que, em sua apresentação durante o Seminário (2009), Jorge Madeira destacou seis coisas que não poderiam ficar de fora: custo, benefício, externalidades, equidade, oferta e demanda. ◊ Precisamos separar a renda gerada pela exploração/retirada de recursos, da renda gerada por serviços viabilizados pela existência da UC. (Leonardo Hasenclever) ◊ A exploração de produtos se aplica apenas para UCs de Uso Sustentável ou também para Proteção Integral? No início não houve unanimidade. Segundo Tatagiba: “também para Proteção Integral – por exemplo, no caso da água produzida numa UC de PI. Segundo Caê: “Eu defendo que por uma questão metodológica restringirmos este indicador para UCs de uso sustentável”. Uma possibilidade: nas UCs de uso sustentável, considerar produtos e serviços da sociobiodiversidade, nas de proteção integral, considerar produtos e serviços subjacentes ao aproveitamento possível (turismo e afins). O grupo chegou ao consenso de limitar o indicador de % da renda vinculada à exploração de recursos naturais para UCs de uso sustentável. ◊ Variação do preço da terra: o benchmark é o que gerou mais reflexões filosóficas, sobre os prós e contras da variação do preço da terra. Uma possibilidade: observar a variação do preço da UC e entorno em comparação à variação do preço em recorte regional. Não houve consenso em torno desta proposta: o grupo decidiu marcar o indicador para análise posterior sobre como ele será aferido. Uma das propostas é que o indicador seja deslocado de alvo - atualmente ele se encontra em “oportunidades de geração de renda na UC” - para “sustentabilidade das cadeias prioritárias”, pois o efeito do aumento do preço da terra tem efeitos negativos também, ao impactar negativamente a sustentabilidade das cadeias. ◊ É consenso que formalização é bom, mas será que é necessário avaliar organizações não-formais? Essa é uma questão ainda em discussão. Não houve consenso completo. É desejável que seja possível observar a organização desde um grau anterior à formalização, contudo o aumento de formalização das organizações é ainda mais relevante. 36 1. Matriz GT Economia Legenda: Destaque em Vermelho: Houve discussão e/ou não houve consenso. Tarjeta rosa: inclusão após rodada de Mercado (intercâmbio com outros GTs) Destaque em Amarelo: Necessário rever Vale para UC, entorno ou ambos? Para que grupo ou categoria de manejo? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? acesso a crédito todas Qual o indicador? Alvo acesso a recursos a fundo perdido/ Oportunidades de doações geração de renda na UC variação no preço da terra no entorno todas todas O indicador é importante para que tipo de uso? Conselho Instituição Focal planejamento estratégico da associação / execução dos programas / elaboração do plano de manejo planejamento e priorização dos investimentos em conservação / planejamento "tático" para o ordenamento territorial na zona de amortecimento fortalecimento institucional/ desenvolvimento social/acesso a crédito/credibilida de/ ganhos de escala/acesso a mercados priorização dos investimentos em conservação aumento da segurança diminuição do risco de atuação priorização dos investimentos na conservação Amazônia desenvolvimento de políticas de fomento priorização dos investimentos em conservação Como será aferido? Fonte da informação Fonte da informação1 Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? 1) famílias; 2) beneficiárias; 3) UC/entorno Número de créditos concedidos - zero; maior que zero ONGs, projetos / compensação / investimentos públicos contratos (podendo ser em dinheiro, bens ou serviços) 1) R$/ha; 2) preço da terra; 3) não consensual porque: entorno/regional subiu (é bom ou ruim?); *por vezes a referência desceu (é bom ou ruim?) mais exequível será a base municipal efeito da formalização das associações inexistência; aumento; diminuição aumento da segurança o redução do n de org. Iniciativas de/do diminuição do formalizadas e aumento associativismo na organização social todas risco de atuação número de associações das formalizadas; UC - priorização dos organizações no redução das org. locais investimentos na entorno não formalizadas com conservação menos formalizadas; não mudou 1 Branco (UC e Conselho/Associação de Moradores), Azul (Entorno e Inst. Focais: Local/Regional), Amarelo (Ambas e Instituições c/ Atuação no Recorte Amazônia). - não formalizadas - Banco do Brasil - imobiliárias / cartórios formalizadas: existência de CNPJ - 37 Qual o indicador? Alvo Vale para UC, entorno ou ambos? Para que grupo ou categoria de manejo? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? número de produtos (variedade) Produção na/da UC - Oferta na/da UC quantidade de produto todas valor dos produtos número de produtos (variedade) Consumo na/da UC - Demanda na/da UC quantidade de produto todas valor dos produtos Transferência de renda aos moradores da UC e seu entorno 1 existência de programa de transferência de renda todas O indicador é importante para que tipo de uso? Conselho Instituição Focal Amazônia planejamento e organização da produção/estratégia s de comercialização/ captação de recursos/ordenamen to territorial da zona de amortecimento priorização dos investimentos em conservação/ fortalecimento institucional/ desenvolvimento social/replicação de iniciativas/captação de recursos formulação e implementação de políticas públicas/ captação de recursos/oferta de crédito planejamento e priorização dos organização da investimentos em produção/estratégia conservação/ s de fortalecimento comercialização/ institucional/ captação de desenvolvimento social/ recursos/ordenamen replicação de iniciativas/ to territorial da zona captação de recursos de amortecimento planejar ações voltadas ao bem estar social / fortalecimento de direitos básicos do cidadão / priorização de esforços: geográfico, temático formulação e implementação de políticas públicas/ captação de recursos/oferta de crédito priorização de implementação de PP / proposição de alternativas de PP redistributivas Como será aferido? Fonte da informação Fonte da informação1 Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? número de produtos zero; 1-2; 3-5; 6(variedade); bens e 10; + de 10 1 serviços ofertados aumento; quantidade manutenção; diminuição aumento; valor da produção manutenção; diminuição Conselho número de produtos zero; 1-2; 3-5; 6(variedade); bens e 10; + de 10 serviços ofertados - - - - - - quantidade valor da produção aumento; manutenção; diminuição aumento; manutenção; diminuição Conselho Conselho 1) famílias; 2) beneficiárias de bolsa; 3) UC/entorno nenhuma; minoria (poucas); metade; maioria (muita); todas Conselho (*ver se existem dados oficiais) famílias beneficiárias da previdência social nenhuma; minoria (poucas); metade; maioria (muita); todas Conselho (*ver se existem dados oficiais) Drop down por produto - quantidade por produto 38 Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Vale para UC, entorno ou ambos? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Alvo UC de uso sustentável manejo dos recursos naturais em exploração todas Sustentabilidade das cadeias produtivas infraestrutura existente para acesso a mercado agregação de valor no processo produtivo autos de infração na UC e entorno Como será aferido? Fonte da informação Fonte da informação1 Amazônia Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 10 Conselho controle sobre a intervenção na natureza e proposição e alternativas de PP para a Amazônia número de produtos e cadeias certificadas número de processos de produção com licenciamento processo de produção com manejo tradicional zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 10 Conselho O indicador é importante para que tipo de uso? Conselho subsídio ao debate e decisão sobre manejo de recursos naturais subsídio ao debate e decisão sobre manejo de recursos naturais Instituição Focal priorização dos investimentos em conservação / fortalecimento institucional / desenvolvimento social / replicação de iniciativas / captação de recursos / organização comercial formulação e implementação de políticas públicas/captação de recursos/oportunidade de crédito, doação, investimento plano de negócios existência de meio de comunicação todas UC de uso sustentável todas acesso ao mercado planejar ações voltadas à produção e comercialização planejamento de programas de proteção / revisão do plano de manejo acesso às comunidades prioridade de investimento em infraestrutura existência de modal de acesso3 zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 10 inexistente; em elaboração/planejam ento; em execução conforme o plano; executado com sucesso sem sistema de comunicação; rádio; telefone; internet2 adequado; inadequado; suficiente; insuficiente Conselho Conselho Conselho Conselho acesso ao mercado priorizar investimentos em processos produtivos número de produtos que passam por processos de transformação zero; 1-2; 3-5; 6-10; + de 104 Conselho planejamento do programa de proteção priorizar investimentos para a proteção e fiscalização / identificação de fragilidades / priorizar investimentos para PP geradoras de renda número de autos lavrados5 zero; existência; recorrência Conselho 2 Quicando cada item quando se aplicar, o que dará a possibilidade de combinações. / Surgiu comentário no mercado sobre qualificar (qual o uso e quem tem acesso). Não houve consenso porque talvez não reflita agregação de valor. 4 Sugestão do Mercado: não existe transformação; existe pouca transformação; transformação com intermediário; transferência e venda direta. 5 Qualificar o produto autuado (Drop Down) 3 39 GT Meio Ambiente ALVOS Conservação/Manejo dos recursos naturais da/na UC: toda proposta, iniciativa, plano ou ação; pontual ou mais abrangente; já realizado ou em vias de sê-lo; que tenha como princípio, em seu desenvolvimento ou finalidade, o objetivo de intervir (desde através da educação, passando pela pesquisa de base, até o manejo comunitário etc) sobre os recursos naturais, na escala de populações, comunidades ou paisagem; com objetivo pré-determinado: reduzir/diminuir, manter/equilibrar, aumentar/ampliar, otimizar/melhorar.... Extração/Uso dos recursos naturais da/na UC: todo tipo, prática ou atividade extrativista; legal ou ilegal; planejada ou não; ordenada ou não; sob enfoque de manejo do produto/espécie ou de comunidades/paisagem; praticado por moradores da UC ou não; que sua extração seja subproduto de outra atividade (acidental ou não) ou que tenha objetivo de aproveitamento mais direto (específico ou mais geral); independente da finalidade: subsistência, troca, comercialização, estocagem etc. atingidos: sociais, econômicos, ambientais, culturais ou de gestão. Serviços ecossistêmicos/Saúde do ambiente/Integridade ambiental da UC: o conjunto de serviços prestados pela natureza e o meio ambiente; mais locais ou mais amplos; que determina ou influencia os componentes e/ou processos ecológicos; na manutenção, recuperação ou reabilitação da estrutura e/ou dinâmica ecossistêmica; direta ou indiretamente; nas diferentes escalas ecológicas; hoje ou para as futuras gerações. Coordenação: Nurit Bensusan – Consultora Relatoria: Davi Pantoja – UnB Rita Mesquita – INPA Reinaldo Lourival – TNC Geraldo Stachetti – Embrapa Mariana Napolitano – WWF-Brasil Pressões sobre a UC: todo tipo, prática ou atividade; pontual ou mais abrangente; na UC, seu entorno, região ou bacia; legal ou ilegal; planejada ou não; ordenada ou não; independente de sua finalidade; exercida sobre o meio ambiente, que esteja acontecendo e já resulte em impactos negativos, independente de qual ou de quais aspectos Desmatamento ilegal da UC e sua zona de amortecimento: todo e qualquer tipo de desmatamento ilegal já ocorrido ou em andamento; corte raso ou seletivo; em bases sustentáveis ou não; independente da finalidade e benefícios que possa gerar, locais ou regionais; que seja subproduto de outra atividade ou não; praticado por moradores da UC ou não; de forma individual ou não; fazendo uso de máquinas ou não. Áreas degradadas/em recuperação/recuperadas na UC: toda proposta, iniciativa, plano ou ação; pontual ou mais abrangente; resultado ou produto; que tenha como princípio, em seu desenvolvimento ou finalidade, analisar, recuperar ou re-habilitar áreas degradadas nas diferentes escalas, de paisagens. LISTA DE INSUMOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS* As atividades extrativistas são familiares ou coletivas Produção: agricultura familiar, extrativismo, pesca, caça Produção Produção anual Relação entre as atividades praticadas na UC Dinâmica de uso de solo Áreas de agricultura Áreas de uso Dinâmicas de desmatamento Atividades ilegais realizadas no interior da reserva Mudanças climáticas Estoques de carbono Invasão 40 Degradação ambiental Impacto humano Instrumentos de incentivo à pecuária, à mineração, entre outros que impactam a área Garimpo Desmatamento Eminência e impactos de obras Redução dos estoques de recursos naturais Processos, composição e funções da biodiversidade transformadas pelas populações Conhecimentos que essas populações sobre esses processos Manejo Participativo dos Recursos Naturais Influência dos usos dos recursos naturais sobre os processos da biodiversidade Tipos de prática Relação entre conservação e manejo tradicional Conservação da biodiversidade a partir da melhoria da qualidade de vida Compatibilizar o uso dos recursos naturais com a conservação da biodiversidade Exploração Sustentável Quantidade recursos naturais Localização recursos naturais Acesso recursos naturais Taxa de retirada dos recursos naturais Esforço de captura Tamanho dos indivíduos Informações de esforço Tamanho da população Distribuição da população Raridade (quantidade e distribuição) Endemismos Valor do endemismo (ecológico e econômico) População mínima viável Causas de extinção Ciclos reprodutivos Distribuição e o “status” das populações * Os insumos foram separados em grupos de acordo com o assunto geral que os agrega. Lógica de Trabalho: O grupo partiu da reflexão sobre os alvos e sua abrangência e reconheceu grande sobreposição entre eles. A despeito desta sobreposição, o grupo utilizou duas abordagens gerais que agruparam os 6 alvos disponíveis em dois sub-grupos de 3 alvos: • Alvos que trazem uma contribuição positiva para sustentabilidade da UC (i.e. Conservação/Manejo dos recursos naturais da/na UC, Serviços ecossistêmicos/Saúde do ambiente/Integridade ambiental da UC e Áreas degradadas em recuperação/recuperadas na UC); e • Alvos trazem uma contribuição negativa (i.e. Davi Pantoja – relator do GT Meio Ambiente 41 Extração/Uso dos recursos naturais da/na UC, Pressões sobre a UC, Desmatamento ilegal da UC e sua zona de amortecimento). Na seqüência, o grupo filtrou os insumos disponibilizados no material de apoio. Foram feitos muitos cortes, fusões e ajustes, de forma que poucos insumos foram utilizados na forma em que foram propostos. O grupo adotou como procedimento o preenchimento da matriz lógica por linha até esgotar as discussões sobre cada alvo. Quando as discussões se esgotavam, o grupo preenchia a linha inteira da matriz. Para aferição da variável, o grupo adotou a técnica de fazer a pergunta de trás para frente: “se eu tiver a variável y, vou conseguir medir o indicador x? Alguns destaques nas discussões do GT – Meio Ambiente: ◊ “Convencionamos que estamos realizando o cumprimento de uma tarefa (um exercício), e que fazemos uma construção em cima de uma estrutura já disponibilizada e, portanto, não se trata de uma construção integral do grupo”. ◊ Como desenvolver indicadores sobre uma coisa que ainda não se tem clareza? (ex: Sustentabilidade). (Rita Mesquita) ◊ A comunidade tem conhecimento sobre os ciclos reprodutivos das espécies que lhes interessam (ninhal, dormitório, etc.). ◊ Indicador “Sítios de reprodução”: 1. Ainda carece uma definição de que espécies serão abordadas, sugere-se o uso de espécies indicadoras de perturbação; 2. A forma de aferição e as categorias de interesse para uma UC sustentável é espécie-dependente; ◊ Nem sempre o manejo dito “tradicional” é sustentável. (Rita Mesquita, citando o exemplo dos indígenas que extraíam copaíba com machado matando as árvores. Essa não era uma prática ancestral. Eles não tinham o conhecimento sobre o uso da copaíba. Adquiriram recentemente usando machado e causando impacto. Foi necessária uma intervenção externa para que eles aprendessem a fazer a extração do óleo com trado, de forma sustentável). ◊ Práticas tradicionais podem ter impactos positivos e/ou negativos. Se positivos, devem ser incorporados no desenho participativo do manejo. Se negativos, devem sofrer mudanças por meio de capacitação e ajustes (verificadas no alvo Conservação e Manejo). ◊ Não se monitora uso de recursos em Unidade de Proteção Integral (UPI) porque se assume que é uma situação transitória. Entretanto, é preciso fazê-lo. ◊ Monitoramento dos recursos em uso: queremos saber se o uso está extrapolando o limite suporte do sistema. ◊ O GT Gestão, quando visitou o GT Meio Ambiente, comentou que a abordagem utilizada, considerando os efeitos negativos e positivos sobre a sustentabilidade das UCs, podia gerar um efeito “espelho”. Como exemplo, citou o indicador “intensificação das práticas danosas”, como variável do indicador negativo “efeito de práticas de manejo tradicionais”. 42 ◊ O Grupo acha que para a dimensão Meio Ambiente não é tão relevante se o desmatamento é legal ou ilegal (que seria mais pertinente à dimensão de gestão). O Grupo está ciente da enorme dificuldade de gerar e acessar os dados de ilegalidade. ◊ “Conflitos” foram divididos: 1. Conflitos entre usuários; e 2. Conflitos entre usuários e gestores. No primeiro caso, deveriam ser passivos de ajustes ou regularizações (sendo considerados como provocativos de impactos negativos sobre a UC). No segundo, estão no contexto dos alvos positivos, pois em geral, ocorrem na perspectiva objetiva de ordenamento no uso dos recursos para melhor conservação. 43 2. Matriz GT Meio Ambiente Legenda: Categorização dos Alvos Destaque em Vermelho: Houve discussão e/ou não houve consenso. Tarjeta rosa: inclusão após rodada de Mercado (intercâmbio com outros GTs) Destaque em Amarelo: Necessário rever Categorização dos Alvos ações positivas ações negativas Qual o indicador? Alvo Vale para UC, entorno ou ambos? monitoramento da 1 biodiversidade 1 Conservação e manejo monitoramento de recursos naturais em uso aplicação de tecnologias de "baixo impacto" Para que grupo ou categoria O indicador é importante para que tipo de uso? de manejo? Como será aferido? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Todas UC de Uso Sustentável todas Fonte da informação Fonte da 1 informação Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? Conselho Instituição Focal Amazônia Estado, condições, situação, fase...? fomento para o plano de gestão e status de conservação. não se aplica não se aplica proporção do executado 2 x planejado >=1: excelente; 0,75<=x<1: bom; 0,5<=0,75: regular; 0<=x<0,5:ruim Não contemplado; contemplado não executado; contemplado executado; executado mas insuficiente não se aplica proporção de ações conhecidas em relação às propostas do plano ações "culturais" das comunidades (acordos / práticas) / residente e entorno ações "culturais" , independente se são formais /culturais e outras positivas relação entre conservação e manejo adoção de práticas e conhecimentos tecnológicos não se aplica monitoramento da adoção de melhores práticas difusão de monitorament o da matriz de paisagem adoção de práticas e conhecimentos tecnológicos não existem; existem mas não são cumpridas; existem e são cumpridas Conselho Conselho Conselho Conselho eficácia das ações (sim; não) nível de adoção de práticas sustentáveis pelas comunidades (UC); e nível de adoção de práticas mais sustentáveis no manejo produtivo (entorno) 1 Incluindo uso indireto em UC de PI; No caso de uso por populações ainda residentes em PI (situação provisória), este elemento aparecerá sob o indicador invasões para uso no alvo Extração / uso dos recursos naturais 2 o (freqüência [n de coletas de dados/ano]; variação na aplicação de recursos financeiros) 44 Categorização dos Alvos 1 Qual o indicador? Alvo Vale para UC, entorno ou ambos? efeito das práticas de manejo (conhecimento tradicional) sobre os Conservação e recursos/ manejo biodiversidade (continua participação seção anterior) comunitária no monitoramento da biodiversidade qualidade e quantidade da água 2 3 3 Integridade ambiental / serviços ecossistêmicos Regeneração e recuper. de áreas degrad. Para que grupo ou categoria de manejo? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Como será aferido? Fonte da informação Fonte da 1 informação Amazônia Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? nível de adoção de práticas sustentáveis pelas comunidades (UC); e nível de adoção de práticas mais sustentáveis no manejo produtivo (entorno) não tem monitoramento participativo; não tem; tem mais não é adotado O indicador é importante para que tipo de uso? Conselho Instituição Focal todas desenho participativo de estratégias de manejo não se aplica não se aplica adoção de práticas e conhecimentos tradicionais todas capacitação e planejamento do manejo melhoria da gestão não se aplica adoção dos resultados do monitoramento participativo na gestão todas questões de programas de saúde e água potável e saneamento e saneamento e vulnerabilidade controle de à seca e cheias poluição regulamentação do uso da água regimes de cheias e secas todas resolução de conflitos resoluçao de conflitos ações de proteção e busca de alternativas sítios de reprodução 3 da fauna todas ações de fiscalização, proteção e educação resoluçao de conflitos ações de fiscalização, proteção e educação acordos e/ou projetos de recuperação de spp. e/ou recursos todas programas de recuperação e manejo não se aplica conflito entre usuários residentes e gestores doenças de veiculação hídrica impactos humanos sobre os recursos hídricos da UC e entorno mudanças dos comportamentos relacionados aos conflitos variação nos ciclos reprodutivos/ nas quantidades de espécies e recursos/ distribuição e abundancia existência e adequação ocorrência de doenças Conselho Conselho Conselho variação da quantidade e qualidade relacionada aos impactos Conselho impactos de eventos extremos sobre os residentes Conselho não existe conflito; conflito em negociação; conflito sem negociação Conselho Conselho manutenção, redução , ou aumento dos sítios não precisa; precisa mas não existe; existe mas não é eficiente; existe e é eficiente Conselho Saiu "distribuição e abundancia de sítios de reprodução". 45 Categorização dos Alvos 4 Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Vale para UC, entorno ou ambos? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Conselho todas planejamento e ordenamento territorial não se aplica não se aplica variação da população e sua distribuição no espaço censos demográficos (+ densidade: ruim; 4 densidade: bom) - - não se aplica não se aplica - - Qual a variável? Fonte da informação Fonte da informação Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados disponíveis? Alvo Pressões sobre UC pressão demográfica (residente e usuária, incluindo migrações) 5 Impactos setoriais Impacto de fluxos migratórios: indígenas, pops rurais, pressão demográfica grupos que entram 6 na UC análise de cenários e planos p/ infraestrutura e mineração (impactos) 5 Para quem serve? Extração / Uso dos recursos naturais Instituição Focal Amazônia Estado, condições, situação, fase...? Conselho Conselho - - todas planejamento/ ações preventivas/ articulação política/ mobilização não se aplica não se aplica - - influência das análises n de audiências e reuniões comunitárias, planos, etc. variação articulação e mobilização social influência das análises; desconhecimento; conhecimento sem aplicação; conhecimento mais aplicação o não se aplica não se aplica Conselho Conselho o invasão para uso todas melhora da gestão não se aplica n de audiências e reuniões comunitárias impacto das invasões afeta a disponibilidade: sim, não , indisponível Conselho 4 No mercado: censos escolares e outros censos. Indicador novo depois do Mercado – não foi trabalhado pelo grupo. 6 Não foi desdobrada - havia expectativa que fosse tratado no grupo social. 5 46 Categorização dos Alvos 5 6 Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Vale para UC, entorno ou ambos? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação Amazônia Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? garantir a complementaridade e conectividade existência , adequação, participação existe e é efetivo; não efetivo; não existe impacto dos conflitos sobre os recursos aumenta, diminui, ou mantém a disponibilidade de recursos Alvo Extração / Uso dos recursos naturais (continua seção anterior) Desmatamento ilegal planejamento espacial / 7 zoneamento todas conflito entre usuários todas efeitos das práticas de manejo (conhecimento tradicional e tecnológico) sobre os recursos/ 8 biodiversidade variação dos recursos extraídos mudanças na cobertura vegetal Conselho Instituição Focal ordenamento do nas uso e atividades atividades de produtivas e de fiscalização e conservação controle ajuste de conduta regularização de uso e de atividades Conselho Conselho Conselho não se aplica mudança de práticas e comportamentos danosos abandono de praticas danosas; adoção de praticas mais sustentáveis. redução; manutenção; aumento não se aplica não se aplica variação no esforço de coleta/captura abandono de praticas danosas; adoção de praticas mais sustentáveis. Priorização de ações e recursos; sistema de alertas e respostas capacitação e mobilização (brigadas/ voluntários, etc) variação nas taxas e na distribuição especial das diferentes coberturas e uso do solo aumento, mudança, ou redução da integridade da UC / existência, tipo, extensão, e distancia da atividade / sensoriamento remoto + verificação 9 em campo todas extensão rural e capacitação não se aplica todas propostas de proteção e manejo todas planejamento de ações (proteção, fiscalização, educação) Conselho Conselho 7 Sugestão do GT Gestão no mercado - virar alvo Na apresentação do mercado: negativo do efeito das práticas de manejo como indicador positivo (?) 9 Neste caso, integridade pode ser melhor traduzido como cobertura florestal. 8 47 GT Gestão / Política Institucional ALVOS: Instrumentos de Gestão: número e tipo dos diferentes instrumentos e espaços legais reconhecidos pelos sistemas de gestão (federal ou estaduais), que contribuem para gestão, desde o planejamento para sua elaboração, passando pela metodologia de execução e processos envolvidos, qualidade do produto final, abrangência, atendimento aos pressupostos ligados ao contexto, categoria da UC e realidade local, até o monitoramento de sua aplicação, revisão e ajustes adaptativos, com destaque para: Conselho Gestor, Plano de Gestão, Programa de Pesquisa e Conhecimento, Zoneamento e Instrumentos Emergenciais/Transitórios (Plano de Uso, Termo de Compromisso, Termo de Ajuste de Conduta e Acordos). Organizações e Associações: todo o conjunto de ações, influências, conseqüências e desdobramentos resultantes, desde a presença/ausência, passando pelo perfil e qualidade da atuação, das iniciativas, projetos, organização, mobilização e outras questões que contribuam no planejamento, desenvolvimento, acompanhamento e avaliação por parte das organizações e associações que contribuem com a gestão da reserva. Ações de Gestão: todo o conjunto de ações, considerados nas propostas, projetos e programas ligados a gestão (excluindo os instrumentos), desde o seu planejamento, passando pela metodologia de elaboração/formalização, qualidade da ação, abrangência, atendimento aos pressupostos ligados ao contexto, categoria da UC e realidade local, até o seu monitoramento, revisão e ajustes adaptativos, entre eles, com destaque para: Gestão Participativa, Manejo Participativo dos Recursos Naturais, Exploração Sustentável, Fiscalização, Regularização Fundiária e diferentes tipos de monitoramento (de gestão, biodiversidade, uso de recursos, financeiro etc). Coordenação: Sérgio Borges – FVA Relatoria: Henrique Santiago – CEUC/SDS Iara Vasco – ICMBio Patrícia Pinha – ICMBio Deisi Balensiefer – ICMBio Marta Irving– UFRJ Maura Machado – MMA Investimentos Financeiros na UC: todo tipo de iniciativa, projeto, programa ou ação que caracterize uma oportunidade, aprovação, recebimento, aplicação, resultados, produtos ou conseqüências, do investimento, custeio e sustentabilidade financeira relacionada à gestão. Governança e governabilidade: todo o conjunto de fatores, características, instrumentos e diferentes aspectos ligados aos processos que regulam a gestão (participação, direitos, transparência, responsabilidade, consenso, igualdade, inclusão, efetividade e eficiência) e as relações entre os diversos setores/atores envolvidos na mesma, bem como as condições para/em que isso aconteça. Conflito de competências institucionais: todo o conjunto de fatores, características e condições que propiciam ou que possam evitar, minimizar ou controlar os conflitos de atuação, ações, agendas, planos, objetivos ou metas institucionais, independente de qual(is) e quantos os setores da sociedade e instituições envolvidos. LISTA DE INSUMOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS Compromisso para resolver problemas Aportes gerados pela gestão Atuar das pessoas com maior efetividade Ações preventivas Invasão da UC Compreensão e atuação na dinâmica regional Envolvimento dos diferentes setores com a implantação e gestão Fortalecer as associações locais Reflexo do posicionamento das pop locais sobre os instrumentos de participação/controle Gestão Participativa Articulação entre grupos sociais, setores e esferas Construção/Efetividade de Parcerias Conflitos gerados pela gestão Conflitos da gestão com o marco legal 48 Ações governamentais conflituosas com foco nos objetivos da UC Sobreposição de projeto de reforma agrária Projetos de assentamento fantasma Programas de Reforma Agrária: Flonas, RDS e Resex Acessos ao programa do Incra Criação das reservas origina ou acirra conflitos que não existiam antes. Criação dos conselhos Efetividade dos Conselhos Elaboração dos Planos de Manejo Implantação daqueles já existentes Elementos e propostas definidos pelo Plano Gestão influencia a biodiversidade: Regularização fundiária Zoneamento Custo envolvido com a gestão da UC Fiscalização e Vigilância Monitoramento (de gestão, biodiversidade, uso de recursos, financeiro etc). UCs possue estratégias e metas pré-definidas. Instrumentos Emergenciais/Transitórios (Plano de Uso, Termo de Compromisso, Termo de Ajuste de Conduta). Formalização de acordos/Acordos Relação entre conservação e manejo tradicional Exploração Sustentável Garantir políticas públicas mais claras para pessoas que lidam com Ucs Articular políticas públicas de assistência voltadas às populações tradicionais Políticas públicas específicas para UC Situação legal das atividades de manejo ou serviços explorados Legislações florestais Manejo Participativo dos Recursos Naturais Envolvimento das populações tradicionais na conservação como agentes de pesquisa Relação entre conservação e conhecimento Integração dos conhecimentos científico e tradicional Disposição ao diálogo entre conhecimentos Programa de Pesquisa e Conhecimento Suporte à pesquisa Geração de conhecimento Respeito a motivações distintas (ética) Respeito aos direitos de propriedade intelectual das populações Conseqüências do deslocamento das populações tradicionais. * Os insumos foram separados em grupos de acordo com o assunto geral que os agrega. 49 Lógica de Trabalho: O grupo adotou como procedimento identificar pelo menos um indicador para cada alvo. O grupo acabou fazendo uma discussão conceitual pesada. Depois da matriz completa, o grupo fez a revisão de indicador por indicador nas duas direções: do indicador para o método de aferição, e vendo se o método de aferição realmente aferia a variável, para testar se aquela variável era realmente indicativa. Esse grupo tinha, originalmente, seis alvos. O grupo resolveu fundir “conflitos de competência” e “governança e governabilidade”, pois o conflito pode ser um elemento da governança: o processo de governança Membros do GT Gestão e Política Institucional durante permite que o conflito seja explicitado e tratado de debate. maneira adequada (governabilidade da gestão). Alguns destaques nas discussões do GT – Gestão / Política Institucional: ◊ No Alvo “Instrumentos de Gestão”, na busca de outros instrumentos além do Plano de Manejo (também chamado de Plano de Gestão por alguns dos participantes), houve um debate sobre o Decreto de Criação. O Decreto de Criação é instrumento de gestão? – ele apresenta as justificativas e critérios (limites, objetivos, etc.). Há problemas de gestão que foram criados desde o Decreto de Criação como, por exemplo, falhas nos limites ou sobreposição com outras categorias. O grupo resolveu assumir os Decretos de Criação como premissa de gestão. ◊ Acerca da vigência do Plano de Manejo: houve divergência na utilidade da vigência em tempo – potencialmente ele é registrado por outros métodos de aferição como “Tracking Toll” e RAPPAM. Houve também divergência entre utilizar escalas de tempo ou escala qualitativa/subjetiva. ◊ Com relação ao Alvo “Organizações e Associações”, foram elencadas e discutidas várias variáveis: números projetos, diversidade de organizações, aderência aos objetivos da UC, cooperação entre instituições. ◊ Sérgio trouxe para o grupo o tema da ausência de marcos legais para alguns temas. Por exemplo, a exploração mineral em UCs de uso sustentável. ◊ Um dos temas levantados nos debates foi a diferença entre possibilidade de gestão (Ex. atende poucos programas de gestão, mas foco nas prioridades e na realidade, etc.) e gestão eficiente (que segue o planejamento estratégico e equilibra as ações entre os programas, etc.). ◊ O grupo considerou que era importante o Sistema ser capaz de identificar as seguintes questões: (i) Se já foi dado início às ações básicas de gestão, como proteção e elaboração do plano de manejo; (ii) Observância ou inobservância do Plano de Gestão na implementação de ações; (iii) Indicadores de processo de implementação do plano de gestão. ◊ Tópicos de discussão com relação ao Alvo “Governança e governabilidade e Conflito de Competências Institucionais”: 50 • • • • • • • • • • • • • A governança da UC passa pela participação oficial da Unidade (equipe gestora da UC) em outros espaços políticos (conselhos municipais, conselhos de bacia, etc.) – diferenciando se a participação é em fóruns locais, regionais... (Iara Vasco) Governança relacionada a poder – qualidade do processo de governança dos fóruns e de horizontalização (compartilhamento) de poder Empoderamento dos atores sociais no processo de tomada de decisão Participação direta Tríade: grupos sociais, privados e governamentais Análise de governança em aspecto ampliado (da UC para fora). Ex. UC do ARPA e fora do ARPA, PI ou US Avaliar processo de co-gestão sob a ótica de governança e governabilidade Avaliar processo/poder de governança dos atores relacionados à UC, em licenciamentos, etc. Poder de influência da UC sobre políticas públicas locais/regionais Transparência / participação da sociedade civil nos processo de planejamento Processo de governabilidade trabalha diretamente no gerenciamento do conflito, que por sua vez faz parte das relações sócio ambientais. Equidade no processo de tomada de decisões Como a UC identifica a necessidade e transforma isso em política pública ◊ A variável “programas, ações e projetos oficiais de políticas públicas”, do indicador “integração de políticas públicas” se relaciona à programas de escala nacional. Ex. Luz para Todos, Fomento do INCRA, Tele Centros, obras de infra-estrutura etc. – todas as escalas de “quem vai responder” são relevantes, dependendo da escala do projeto. ◊ A variável “processos educativos de formação”, do indicador “empoderamento local”, pode se referir a um programa educativo da UC ou do parceiro, incluindo as instituições responsáveis pela educação local. Propostas feitas por outros grupos no Mercado, mas que não foram discutidas pelo Grupo por falta de tempo: Plano de manejo pactuado socialmente parece ser um indicador de governabilidade e governança e não de instrumento de gestão. Governança e governabilidade: capital social questionamento se a variável "novas organizações" é uma variável útil. No alvo "governança e governabilidade", seria interessante dividir em dois itens separados: governança e governabilidade. Governança: somente as ações de processos de PP como planos de governo que está sendo permeado na UC. Governabilidade: seriam as políticas públicas do governo, se existem ou não. No alvo "governança e governabilidade", na variável "capital social", a aferição deveria incluir a ampliação de atuação das organizações existentes. Alvo "governança e governabilidade", indicador "capital social" - se o aparecimento de novas organizações é algo necessariamente bom ou se a continuidade das já existente é uma variável mais interessante. No item "equilíbrio de ações" dividir em "desequilíbrio planejado" e "desequilíbrio não planejado" (ações de gestão na unidade). Observação: verificar como será aferido o que é investimento público - se considera ou não recursos públicos captados por parceiros, por exemplo. (investimento financeiro na UC). 51 Em capital social - sugere-se que se adote um sistema de aferição: não existe capital social (medido em número de novas organizações) formalizado; existe, mas não é efetivo; existe e é efetivo. No item "instrumento de gestão", indicador "efetividade do conselho", o indicador relevante seria a auto-avaliação do conselho, ou seja, se os próprios conselheiros se percebem como propositivos na melhoria de gestão da UC. No alvo "ações de gestão para a UC", variável "aderência das ações", a proposta é que nos meios de aferição, ao invés de baixo, médio e alto, se utilize categorias de porcentagem (ex: 010 %, 11-20 %, etc.) - as aferições são subjetivas, o que causa diferentes entendimentos e dificuldade na avaliação de resultados. Alvo "instrumento de gestão", indicador "plano pactuado socialmente" - em vez de 'todos os setores’, colocar "a maioria dos setores". Polêmica: para sua sustentabilidade, não é desejável que 100% do orçamento da UC venha de investimentos públicos. No alvo "instrumentos" pensar como incluir como um novo indicador outros instrumentos além do plano: planos de proteção, planejamentos em escalas maiores como mosaico, corredor, etc. No item "organizações atuantes na gestão", a variável "organizações atuantes" é circular porque é a mesma do alvo. No alvo "ações de gestão": o fato que ações de gestão não estão no planejamento não significa que não estejam contribuindo para sustentabilidade. Por exemplo: insumos do INCRA para a construção de casas que não estão previstos no plano de gestão mas que melhoram a vida da turma. No indicador "sustentabilidade financeira" - se a aferição da variável cujo indicador é sustentabilidade financeira diz respeito ao financiamento ou à adequação do investimento - chegou-se à conclusão de que é a adequação do investimento. Foi discutido, mas o grupo não quis saber: "inexistência ou incompatibilidade de marcos legais" - não deveria caráter negativo, mas sim positivar: existência e compatibilidade - o grupo entendeu que essa variável deve ser, sim, negativada. - uma opção: marcos legais. Aferição: 1) inexistentes; 2) incompatível; 3) inefetivo; 4) prejudicial. Incluir a variável "equilíbrio de gênero" no indicador "empoderamento local" - seria aferida por meio da relação entre número de mulheres e homens no conselho. O grupo social propôs que um indicador importante seria a existência de conflito. Considerar o impacto das ONGs sobre a gestão da UC. 52 Legenda: Destaque em Vermelho: Houve discussão e/ou não houve consenso. Tarjeta rosa: inclusão após rodada de Mercado (intercâmbio com outros GTs) Destaque em Amarelo: Necessário rever Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? atualidade do plano de 2 manejo todas as categorias Conselho subsidiar a atuação dos conselheiros Instituição Focal orientar as ações a serem 3 executadas Amazônia todas as categorias atendimento às demandas e legitimidade do plano de manejo Como será aferida? Fonte da informação Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? não se aplica portaria e roteiro portaria e roteiro metodológico metodológico para elaboração para elaboração e o plano de e o plano de manejo para manejo para revisão revisão vigência/tempo (elaboração/ revisão) do plano de 4 gestão referência: vigente, obsoleto, intermediário aderência com a realidade atual (nível de atualização) Referência: atualizado em execução, desatualizado em execução, desatualizado não utilizado - não se aplica entidades participantes 5 dos fóruns de discussão a maioria dos setores envolvidos, parte dos setores envolvidos, poucos setores 6 envolvidos relatórios de planejamento, plano de manejo relatórios de planejamento, plano de manejo - não se aplica não se aplica Instrumentos 1 na/da gestão plano de manejo pactuado socialmente Qual a variável? não se aplica Vale para UC, entorno ou ambos? Para quem serve? não se aplica Para que grupo ou categoria de manejo? não se aplica Alvo Qual o indicador? não se aplica a. Matriz GT Gestão / Política Institucional incorporação das demandas dos usuários/ beneficiários que reconhecido; não reconhecido; estejam em consonância parcialmente reconhecido com os objetivos da 7 Unidade 1 Sergio defende que o decreto de criação da UC é o primeiro instrumento de gestão (define objetivos, categoria, limites) - É a base sobre a qual a UC vai ser gerida. Ponto de partida para a gestão. Critérios: existência do decreto, qualidade do decreto. 2 Modelo Clássico de Plano de Manejo: demorava muitos anos para ficar pronto e depois não servia para quase nada. 3 50% das Ucs da Amazônia são Estaduais. 4 Houve divergência no grupo: Sérgio acha que a vigência não é relevante como a aderência e que esse não é um bom indicador. Ieda e Adriana acham que a vigência é importante. 5 apresentação no mercado: etapa de construção do plano 6 revisão: antes era "todos" os setores envolvidos; intermediário; baixo envolvimento. 7 na revisão saiu "incorporação das demandas dos usuários" 53 Alvo Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Vale para UC, entorno ou ambos? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Para quem serve? Conselho Instituição Focal Amazônia Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? todos os setores relatórios, atas e envolvidos; intermediário; regimento do poucos setores envolvidos Conselho atendimento ao regimento relatórios, atas e (100%); parcialmente 8 periodicidade das reuniões regimento do atendido (50%); não Conselho atende (0%) relatórios, atas e nível de satisfação sobre o alto;médio;baixo regimento do funcionamento do Conselho Conselho 70-100% de execução; 40- relatórios, atas e execução das deliberações e 69% de execução; 0-39% regimento do recomendações do Conselho de execução Conselho cumprimento dos acordos presentes nos instrumentos de gestão da UC com a 9 dimensão de "gestão" todas as organizações projetos e locais estão resultados das organizações atuantes envolvidas/são atuantes; ações/ intermediário; poucas iniciativas projetos/ projetos/iniciativas em iniciativas: contribuem; execução (número); sintonia não contribuem; com os objetivos da unidade prejudicam cooperação entre as quantidade de projetos/ organizações nos iniciativa realizadas em projetos/iniciativas parceria diversidade da representação por setores Instrumentos na/da gestão (continua seção anterior) Organizações locais atuantes na gestão da UC efetividade do Conselho implicações das organizações locais na implementaçã o de ações de apoio à gestão 10 da UC todas as categorias todas as categorias - fortalecimen to do processo de gestão da UC adesão, engajamento, legitimidade, controle social, governabilidade fortalecimento do processo de gestão da UC não se aplica não se aplica 8 Retirada na revisão (conferir se é isso mesmo). 9 Essa tarjeta veio de outro grupo - foi mesclada com a tarjeta anterior (execução das deliberações e recomendações do Conselho). 10 não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica projetos e resultados das ações/iniciativas não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica Esclarecimento feito na apresentação durante o Mercado: é o quanto as organizações estão atuando em ações, não se trata das recomendações. 54 Alvo Ações de gestão na/da UC Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Vale para UC, entorno ou ambos? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? qualidade de implementaçã o de manejo Investimentos sustentabilidad financeiros na e financeira da UC UC Governança e Governabilida de integração de PP setoriais todas as categorias todas as categorias todas as categorias Para quem serve? Conselho avaliação e revisão do planejamento - - Instituição Focal avaliação e revisão do planejamento para captação de recursos e estabeleciment o de parcerias consolidação da UC (contribui para) Amazônia não se aplica definir alocação de recursos Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? aderência das ações ao planejamento alto;médio;baixo instrumentos de gestão (PM, POA, etc) instrumentos de gestão (PM, POA, etc) não se aplica distribuição de esforços por áreas temáticas concentração de esforços em determinadas ações/programas de manejo ou existe uma distribuição equitativa de esforços entre ações/programas de manejo - não se aplica não se aplica aportes gerados pelo setor público, por parcerias e gerados pela própria UC suficiência em relação ao planejamento: alta; média; baixa - PPS federal e estadual PPS federal e estadual - POA da UC / projetos POA da UC / projetos - documentos oficiais de designação não se aplica - não se aplica PPA, PAC, PAC2, etc. - não se aplica não se aplica 0-10% (muito baixo); 11-50% investimentos públicos (baixo); 51-70% (moderado); adequados ao 71-90% (bom); 91-100% planejamento da UC (ótimo) participação da UC (equipe gestora) em participação: alta; média; fóruns e colegiados baixa. Quais? 11 locais e regionais aprimoramento e programas, ações e conflituosas (os) com os adequação de projetos oficiais de objetivos da UC; não políticas públicas 12 PP interfere; contribui com a UC inexistência ou incompatibilidade de não interfere ou prejudica 13 marcos legais 11 O quanto a UC influencia PPs. Caê sugere que se trabalhe para aumentar a objetividade ou utilizar outra variável. Ex: luz para todos, bolsa família… / ex: assentamento do INCRA nas proximidades ou dentro da UC. 13 Ex: mineração em UCDS, sobreposição com TI. 12 55 Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Vale para UC, entorno ou ambos? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Alvo Governança e Governabilidade (continua seção anterior) empoderamento local todas as categorias Para quem serve? Conselho controle social e fortalecimento da gestão Equilíbrio de Gênero - - Existência de conflitos referentes à existência da UC16 todas ações de mediação e resolução Instituição Focal controle social e fortalecimento da gestão não se aplica Amazônia Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? processos educativos, formação de conselheiros e equipe de gestão plano de capacitação: 1) continuada em execução; 2) parcialmente executada; 3) cursos pontuais; 4) inexistência democratização da informação sobre a UC conhecimento/ internalização das informações: alto, médio e baixo14 capital social iniciativas e projetos comunitários em implementação: nenhuma mudança; novas organizações; desaparecimento dos projetos ou iniciativas existentes não se aplica intensidade do conflito muitos e não equacionados; equacionados; resolvidos; não existem (qualificar os conflitos existentes) não se aplica intensidade do conflito muitos e não equacionados; equacionados; resolvidos; não existem (qualificar os conflitos existentes) não se aplica - documentos oficiais, projetos e relatórios plano de manejo, plano de manejo, atas de atas de conselhos, conselhos, relatório relatório financeiro da UC, relatório de financeiro da UC, execução de relatório de execução de atividade, POA15 atividade, POA documentos documentos oficiais de oficiais de entidades e entidades e relatórios de relatórios de projetos projetos - documentos oficiais, projetos e relatórios não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica não se aplica 14 Contribuição do Mercado. Antes era: conhecimento das informações: alto; médio; baixo. Apresentação mercado: se essas coisas estão traduzidas em linguagem compreensível pelo Conselho. 16 Sugestão da Muriel no mercado. Não houve consenso no grupo, mas o grupo acha importante abordar no âmbito do alvo governança - entra como indicador ou variável? O grupo mudou para existência de conflitos no processo de gestão. 15 56 GT Sócio-Cultural ALVOS (como os alvos vieram da etapa anterior, foram disponibilizadas as duas listas de aspectos e insumos para o GT Sócio-Cultural): Alvos Culturais: Identidade Cultural: todo o conjunto de fatores e condições que determinam e influenciam o auto-reconhecimento como pertencente a um local, gênero, crença religiosa, raça, etnia, história etc, bem como suas conseqüências sobre as diferentes relações ligadas às questões sociais, econômicas, ambientais, culturais e da gestão da UC em geral. Consciência Socioambiental: todo o conjunto de capacidades, ações, iniciativas, comportamento e postura de aplicar, de acordo com a situação, o conhecimento sobre os valores e regras morais, observando sua própria conduta e formulando juízos que contribuam para o desenvolvimento da sustentabilidade, de maneira ecologicamente correta, economicamente viável, socialmente justa e culturalmente aceita. Valores Culturais: todo o conjunto de fatores e condições que determinam e influencia (positiva e/ou negativamente) a identidade própria de cada pessoal a partir de sua escolha/opção/decisão sobre os modos, maneiras e finalidades de suas práticas sociais, individuais ou coletivas, refletidas em seu modo de vida/cotidiano, e que geram conseqüências sociais, culturais, ambientais, econômicas e relacionadas à gestão, dentro da UC e/ou em sua zona de amortecimento. Práticas/Manifestações Culturais Tradicionais: ações, atitudes e iniciativas praticadas por um conjunto de pessoas que compartilham comportamentos, crenças e/ou conhecimentos comuns por meio de manifestações individuais, familiares, comunitárias e/ou coletivas, que explicitam uma cultura e a sua valorização diante das futuras gerações, bem como as ameaças para que essas sejam mantidas, através de festas, encontros, ritos, formas de trabalho, estórias, crenças etc. Extrativismo Tradicional: todo o conjunto, presença, número e tipos, bem como as ameaças as práticas de extração dos recursos naturais, desde que para fins de subsistência, independente de seu ordenamento ou nível de sustentabilidade, época do ano, condições ou local, desde que executado de modo tradicional, empiricamente passado de geração a geração, bem como suas conseqüências culturais, econômicas, ambientais, sociais e sobre a gestão. Diversidade Cultural: todo o conjunto de fatores, ações e condições que determinam ou influenciam a convivência de idéias, a variação e multiplicidade das expressões culturais, bem como as formas de organização social, valores culturais, grupos sociais, consciência individual e suas interações com o meio. Coordenação: Henyo Barretto – IEB e Muriel Saragoussi – Consultora Relatoria: Thiago Cardoso – IPE e Ana Flávia Zingra – ICMBio Glenn Shepard – MPEG/UFPA Lêda Luz – GIZ Viviane Pacheco – ICMBio Wilde Itaborahy – CEUC/SDS Aspectos Religiosos/Espirituais: todo o conjunto de fatores, características, comportamentos e crenças relacionadas ao sobrenatural/divino/sagrado e o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças, independente da religião, e que geram influencias sobre os aspectos culturais, econômicos, ambientais, sociais e de envolvimento na gestão da reserva. Alvos Sociais: Grupos Sociais: (1) todos os tipos, formas, papéis, desempenho, representatividade e efetividade de grupos formados por pessoas nas quais as semelhanças nas atividades entre os indivíduos que os constituem possibilitem agrupá-los (ou entre si, mas é redundante...); (2) o reconhecimento de um grupo formado por indivíduos com características comuns, apesar de poderem ser mais ou menos heterogêneos entre si, e reconhecidos em seus diferentes níveis hierárquicos: ribeirinhos, produtores, extrativistas, indígenas, pescadores, jovens, comerciantes, agricultores, caçadores, estudantes, artesãos, famílias, pilotos, comunitários etc.; (3) grupo de indivíduo que compartilha uma identidade cultural / étnica ou de visão de mundo e se auto-reconhece como tal. Organização Social: os formatos, fatores, condições, características, formas de atuação e as conseqüências de conjuntos de atividades desempenhadas por grupos sociais organizados nos quais os seus integrantes se relacionam e interagem de maneira consciente, voltados para objetivos e metas comuns, com fins de realizá-los na plenitude suas potencialidades, sejam elas voltadas a causas sociais, econômicas, culturais, ambientais ou de gestão. Qualidade de Vida/Bem Estar: o conjunto de aspectos, fatores e características que podem afetar as condições positivas gerais de vida das pessoas, considerando de maneira integrada o seu bem estar físico, mental, psicológico 57 e emocional, além de relacionamentos sociais e culturais, condições econômicas, de saúde, educação e outros fatores que afetem a realização de seu potencial como indivíduo só ou pertencente a um grupo social/cultural. riscos envolvidos na extração/produção/beneficiamento, condições de estocagem, preparo e armazenamento de excedentes. Saúde: um conjunto de fatores sociais, econômicos, políticos e culturais, coletivos e individuais; históricos e atuais; que se combinam de forma particular e em conjunturas específicas; e que pode ser influenciada pelas condições emocionais, econômicas, de habitação, educação, acesso à informação, prevenção, tratamento, saneamento básico, alimentação adequada e outras, individual, familiar, no trabalho ou comunidade. Conhecimento Tradicional: Aborda: o significado e a forma com que informações são geradas e interpretadas e, por meio da razão ou experiência empírica, geram atos, expressões, costumes ou atividades que são passadas em forma de conhecimento de geração em geração, sendo utilizadas para orientar ações e tomadas de decisão no dia a dia e resguardado seus direitos são passíveis de serem obtidas e transmitidas, contribuindo para complementação e integração de conhecimentos e para aplicação nos diversos aspectos que envolvem a gestão de UC. Educação: um conjunto de fatores, ações, iniciativas, oportunidades e programas, voltados ao ensino e/ou aprendizado nas diferentes faixas etárias (infantil, juvenil, adulto, senil), junto aos diversos grupos sociais, com finalidades mais específicas (formação técnica, treinamento etc) ou mais gerais (acesso ao conhecimento, transmissão da cultura e de conhecimentos tradicionais, sensibilização, e outras), desde que possibilitem o acesso à informação e a disseminação de conhecimento. Segurança Alimentar: conjunto de fatores e aspectos que possibilitam as condições mínimas viáveis para manutenção da segurança alimentar de pessoas, famílias e comunidades, de maneira diversificada e abundante, que garanta as necessidades nutricionais básicas do organismo, bem como a sua qualidade, disponibilidade, acesso (espacial e temporal), LISTA DE INSUMOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS CULTURAL Influência das praticas culturais sobre a biodiversidade Manejo Participativo dos Recursos Naturais. Relação entre o manejo tradicional e a conservação. SOCIAL Acessos ao programa do Incra Acessos aos Programas de Reforma Agrária: Flonas, RDS e Resex: Acesso ao Pronaf Projetos e incentivos sociais recebidos Direito à terra. Articular políticas públicas de assistência voltadas às populações tradicionais Especificidade das Políticas públicas para UC Empoderamento das comunidades quanto a essas legislações. Avaliações dos instrumentos de gestão Efetividade do Conselho Fiscalização dos instrumentos de gestão. Bem estar psicológico Melhoria na qualidade de vida a partir da conservação da biodiversidade Vitalidade comunitária Condições de Saúde Status nutricional Condições de Saneamento 58 Condições de Educação Inclusão digital Acesso a serviços públicos Conseqüências do deslocamento das populações tradicionais Dinâmica migratória das populações humanas por conta da valorização da terra Permanência das Pessoas na UC Demografia Crescimento populacional Criação das reservas origina ou acirra conflitos que não existiam antes. Benefícios sociais incorporados as populações das UC ao longo do tempo Cumprimento das expectativas com relação às UCs Manejo Participativo dos Recursos Naturais Oportunidades de Treinamento Disposição ao diálogo entre conhecimentos Fortalecimento das associações locais Atuação das pessoas com maior efetividade Articulação entre grupos sociais, setores e esferas Envolvimento dos diferentes setores com a implantação e gestão Voz das populações locais nas tomadas de decisão Respeito aos direitos de propriedade intelectual das populações Conflitos entre potencialidades e conhecimento/acesso/preparo para cadeias produt. Participação das mulheres na economia doméstica Participação das mulheres nos espaços de tomada de decisão Participação das mulheres na gestão comunitária. Relação entre as pop locais e a UC Posicionamento das pop locais sobre a UCs Satisfação quanto aos instrumentos emergenciais. Percepção da comunidade: implementação da UC, às normas e às mudanças trazidas Lógica de Trabalho: Nas etapas anteriores do processo, planejou-se a criação de dois GTs, um para identificação de indicadores para as questões sociais e outros para as questões culturais. Entretanto, no início do Workshop, reunidos os participantes de ambos os grupos, decidiu-se por sua fusão em um grupo único. Com a fusão, o número de alvos ficou muito grande. O primeiro passo foi enxugar os alvos. Para isso, fundiu-se os alvos grupo social e diversidade cultural, pois ambos se referem em essência à diversidade sociocultural. Os alvos “saúde” e “educação” foram inseridos no alvo “qualidade de vida/bem estar. O alvo “extrativismo tradicional” foi Membros do GT Sociosultural durante debate. incorporado ao alvo “conhecimento tradicional”. O grupo definiu “organização social” como uma instituição formal ou informal de um grupo social específico, organizados e motivados por uma ou varias ações específicas. 59 Alguns destaques nas discussões do GT – Sociocultural: ◊ O debate sobre alvo organização social ficou entre o reconhecimento formal ou informal de determinada organização e como poderiamos verificar a vitalidade da mesma, haja visto que apenas a sua existência não é um indicador seguro da capacidade de mobilização para cumprir os objetivos da organização. Importante frisar que o indicador deste alvo é o número de organizações ativas sobre o número de grupos sociais locais e que a indicação de uma organização deve se basear no autoreconhecimento (e nas terminologias) declarado pelos atores sociais. ◊ O alvo segurança alimentar foi bastante polêmico. O debate ficou em torno da concepção de fome, com parte da plenária defendendo que a fome é algo absoluto e objetivamente mensurável e outra parte definindo fome como algo relativo, que se refere a um estado de necessidade definida por quem a sofre. Entretanto, segundo Henyo, “se o agricultor pensa em mercado, coloca seu esforço no processamento e perde soberania alimentar” e essa é uma questão que influencia a soberania alimentar da família. Outro ponto foi a concepção de fome no discurso, pois um grupo pode se colocar diante do representante do Estado como em estado de fome permanente como uma estratégia de acessar políticas públicas. Foi colocado que é difícil encontrar estado de fome permanente na Amazônia, salvo em alguns casos em meio urbano, devido a relativa abundância de recursos naturais e devido as múltiplas estratégias e conhecimentos dos moradores e que a fome é algo mais esporádico/sazonal, principalmente nas cheias e também que persiste sim uma fome de políticas públicas como educação, saúde e transporte. Esta relativização da fome dificultaria mensurações e não poderia ser colocado como indicador principal de segurança alimentar, o que foi consenso no grupo. Portanto, segurança alimentar foi conceituada como a capacidade de determinado grupo ou família em manter e diversificar seus sistemas produtivo/econômico (resiliência). ◊ O alvo qualidade de vida/bem estar, virou apenas bem estar. O grupo entrou em consenso de que o termo qualidade de vida é muito amplo e exigiria um conjunto complexo de indicadores, com grande risco de reducionismo na análise, pois, quem é que define o que é qualidade de vida? Já o termo bem estar é mais focado e pode ser mensurado pelo grau de satisfação do morador quanto a vida na UC. As variáveis, neste caso, seriam modulares e a aferição valeria para todas. Dentro de bem estar entraria o indicador direito a terra e ao acesso aos recursos naturais, podendo ser mensurado pelo nível de segurança que o morador possui diante de sua situação diante deste insumo. ◊ Reforçou-se a importância do extrativismo ser um alvo trabalhado pelo GT Economia. ◊ Foram identificadas duas grandes lacunas nos alvos: a inexistência de elementos para tratar da questão de gênero e dos conflitos socioambientais. ◊ Foi destacada a importância de se fazer um glossário dos conceitos. ◊ Parte dos indicadores são quantitativos, mas os números levantados são números que se declaram. Qual a confiabilidade desses dados? A maior parte dos indicadores diz respeito à percepção do entrevistado. Deve-se ter consciência disso. ◊ Comunidade é um grupo social ou uma organização social? ◊ Sobre qualidade de vida, surgiram questões tais como: “Qual a relação com a UC?”. “Aquelas pessoas muitas vezes não estavam no mapa antes da UC existir e é a partir da criação da UC que elas passam a poder reivindicar serviços.” (Muriel) ◊ A questão do conflito surgiu a partir do exemplo “da briga que foi deixar agentes de saúde no Plano de Manejo no Jaú” (Muriel). 60 ◊ Dificuldade do grupo: como aferir dados relativos ao entorno? MERCADO ◊ Petra trouxe a questão de gênero, que não foi tratada pelo grupo. Petra destacou a importância de aproveitar o processo de monitoramento para compreender as relações de gênero. Quantas casas são chefiadas por mulheres? E a questão da Fome? É mais comum em casas chefiadas por mulheres? • As proposições quanto a gênero foram muito boas, porém difíceis de mensurar. A única acatada transformou-se em uma nova variável dentro do alvo “organização social”, indicador “diversidade de grupos sociais organizados, formal ou informalmente”. As não acatadas foram: 1) número de grupos liderados por mulheres, 2) número de casa onde foi registrado fome chefiadas por mulheres, 3) no indicador “satisfação quanto à vida na UC”, naquelas casas onde houver alta satisfação, inserir quantas dessas casas são chefiadas por mulheres (nota da Fafá: esse indicador nem considera a variável número de casas, e sim grau de satisfação). ◊ Sugeriu-se incluir um indicador relacionado com acesso à informação (ex. internet, TV, rádio) em bem estar. ◊ Observar na referência para aferição, que em alguns casos, cabe melhor “fraco” do que “ruim”, e “forte” do que bom (a partir de proposição acatada). CONSIDERAÇÕES GERAIS: ◊ Foram considerados grupos sociais organizados aqueles com organização formal ou informal. ◊ No caso dos alvos sócio-culturais, o entorno considerado é a área de influência da UC. ◊ Que o instrumento de aferição tenha campo para descrição de variáveis, sempre que apropriado. Por exemplo: no alvo “grupos sociais”, indicador “número de grupos sociais que se auto reconhecem, ou são reconhecidos”, existe a necessidade de conhecer a diversidade de grupos sociais (a partir de proposição durante o mercado). Essa informação só será obtida com o resultado do número de grupos, e uma qualificação desses grupos. ◊ Trabalhar com 4 categorias na aferição (padronizar para toda a ferramenta). ◊ O indicador status nutricional, para o alvo “segurança alimentar”, foi considerado “gordura”, pois é impossível de avaliar com a ferramenta. ◊ As lacunas identificadas para o GT Sócio-Cultural foram: 1) gênero, 2) conflitos; 3) demografia. 61 Legenda: a. Matriz GT Socio-Cultural Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Vale para UC, entorno ou ambos? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Alvo diversidade de atores organizados (grupos sociais), formal ou informalmente Organização Social capacidade de mobilização do conjunto de organizações da região capacidade de alcançar os objetivos da organização participação em redes e alianças todas Destaque em Vermelho: Houve discussão e/ou não houve consenso. Tarjeta rosa: inclusão após rodada de Mercado (intercâmbio com outros GTs) Destaque em Amarelo: Necessário rever Para quem serve? Conselho identificação de interlocutores e potenciais parceiros Instituição Focal identificação de fortalezas (parcerias), lacunas (fomento) e necessidades (apoio) Amazônia não se aplica Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação Estado, condições, situação, fase...? Referência (ruim e boa) Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? 1. número de grupos sociais (%) organizados/número total de grupos sociais existentes; 2) grupos sociais organizados; 3) UC e entorno 1) < 30% (ruim); 2) 31 a 70% (médio); 3) > 70% (bom) Conselho/ Associação de Moradores Instituições Focais Local/Regional 1) Número de grupos sociais organizados, formal ou informalmente, que têm entre as suas lideranças, mulheres, jovens ou idosos; 2) grupos sociais organizados, formal ou informalmente, que têm entre as suas lideranças, mulheres, jovens ou idosos; 3) entorno - - todas fortalecimento institucional fortalecimen to de parcerias fortalecimento de 1) percepção sobre boa capacidade de parcerias para mobilização das organizações das formação de redes regiões; 2) capacidade de mobilização; e alianças 3) UC e entorno 1) < 30% (ruim); 2) 31 a 70% (médio); 3) > 70% (bom) Conselho/ Associação de Moradores Instituições Focais Local/Regional todas fortalecimento institucional fortalecimen to de parcerias fortalecimento de parcerias para formação de redes e alianças 1) < 30% (ruim); 2) 31 a 70% (médio); 3) > 70% (bom) Conselho/ Assoc. Moradores - Instituições Focais Local/Regional todas em prol de objetivos comuns em prol de objetivos comuns em prol de objetivos comuns 1) < 30% (ruim); 2) 31 a 70% (médio); 3) > 70% (bom) Conselho/ Assoc. Moradores - Instituições Focais Local/Regional 1) percepção sobre o alcance dos objetivos das organizações da região; 2) alcance dos objetivos; 3) UC e entorno 1) porcentagem de organizações da região participando de redes e alianças; 2) participação em redes e alianças (organizações da região); 3) UC e entorno 62 Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Vale para UC, entorno ou ambos? Todas, PI, US, ou categoria(s) específica(s)? Alvo Grupos Sociais (inclui identidade cultural) Consciência socioambie 1 ntal número de grupos sociais que se autoreconhecem ou são reconhecidos Para quem serve? Conselho Referência (ruim e boa) adequar políticas públicas 1) número de grupos; 2) grupos sociais que se auto-reconhecem ou são reconhecidos; 3) UC e entorno dado de diagnóstico, que servirá como parâmetro para outros indicadores 1) número de iniciativas endógenas; 2) iniciativas; 3) UC e entorno 0: não existe; 1: existe uma; 2: existem diversas iniciativas endógenas de proteção e de regras em prol da conservação dos recursos naturais todas incorporação aos instrumentos de gestão subsídio a projetos de apoio / efeito demonstrativo cumprimento dos acordos presentes nos instrumentos de gestão 2 da UC todas (contanto que o plano tenha sido participativo) implementação dos instrumentos de gestão todas 3 fome emergencial: alerta para a necessidade de intervenções e políticas Conselho, Instituição Focal, ou dados públicos? Estado, condições, situação, fase...? qualificar interlocução Segurança Alimentar Fonte da informação Amazônia qualificar interlocução resiliência do sistema de produção de alimentos Como será aferida? Instituição Focal todas perene: manutenção da autonomia de produção da família Qual a variável? possibilidade de parcerias e elaboração de projetos efeito demonstrativo (intercâmbio de experiências) conservação da biodiversidade / ecossistema identificar implicações para políticas públicas 1) percepção do conselho sobre o 0: insatisfatório; 1: cumprimento dos acordos presentes nos satisfatório; 2: muito instrumentos de gestão, construídos de forma satisfatório participativa; 2) percepção; 3) na UC 1) número de fontes de alimento (roça, 1) até 3 (pouco); 2) 3-5 quintal, sítio, pesca, caça, compra, outros); 2) (médio); 3) mais de 5 fontes de alimentos; 3) UC e entorno (diverso) 0: maioria alta dificuldade; 1: maioria 1) dificuldade de acesso às fontes de média dificuldade; 2: alimento; 2) acesso às fontes; 3) UC e entorno maioria baixa dificuldade; 3: maioria sem dificuldade 1) número de eventos de fome percebidos; 2) eventos de fome; 2) na UC e entorno 0) constante; 1) ocasional; 2) não tem Conselho/ Associação de Moradores Instituições Focais Local/Regional Conselho/ Associação de Moradores Instituições Focais Local/Regional Conselhos/ Associação de Moradores - - Conselhos/ Associação de Moradores 1 Na apresentação do Mercado: avaliação das regras. Pendência: incluir um indicador sobre o impacto das ONGs sobre a população residente. Pode ir para o grupo de Gestão. 3 Gerou muita discussão pela dificuldade de mensuração. 2 63 Alvo Qual o indicador? Para que grupo ou categoria de manejo? Para quem serve? Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação 1) número de eventos reconhecidos pelos residentes da região; 2) eventos reconhecidos; 3) UC e entorno n de festas, como diagnóstico o (comparação com n anterior) comparando na segunda o aplicação: diminui o n de eventos (ruim); aumentou ou o manteve o n de eventos (bom) Conselhos/ Associação de Moradores 0) não tem; 1) pouca; 2) média; 3) muita Conselhos/ Associação de Moradores 0) nenhuma; 1) poucas; 2) muitas Conselhos/ Associação de Moradores 0) nenhuma; 1) poucas; 2) muitas Conselhos/ Associação de Moradores 0) siml; 1) não Conselhos/ Associação de Moradores o Manifestações Culturais Tradicionais vitalidade do calendário de eventos e festas técnicas (inclui extrativismo) tradicionais de uso dos recursos naturais todas todas oportunidades de encontros e interações sociais oportunidade de geração de 4 renda Conhecimento Tradicional acesso ao conhecimento tradicional todas garantia de direitos coletivos inserção de atividades em acordo com o calendário desenvolvimen to de cadeias produtivas intercâmbio de experiências e efeito demonstrativo s relação entre conhecimento tradicional e científico/ acadêmico não se aplica geração de políticas públicas oportunidades de inovação e acesso a mercados perpetuação da identidade social Valores Culturais 4 5 indicadores 5 polissêmicos 1) grau de participação dos jovens na organização dos eventos na região; 2) participação dos jovens na organização; 3) região da UC 1) quantidade de técnicas de manejo, alimentação, artesanato, construção e cura aprendidos com os mais velhos ou com a natureza em uso; 2) técnicas usadas; 3) UC e entorno 1) quante de técnicas de manejo, alimentação, artesanato, construção e cura aprendidos que os mais jovens estão aprendendo; 2) técnicas repassadas 3) UC e entorno 1) todas as pesquisas realizadas com o conhecimento e consentimento prévio das comunidades; 2) pesquisas realizadas; 3) UC não se aplica Na revisão pós Mercado saíram: sustentabilidade dos modos de vida / autoestima (iniciativas endógenas / consciência socioambiental / vitalidade do calendário / manifestações culturais/acesso 64 Alvo Qual o indicador? direito à terra e aos acesso aos recursos naturais Para que grupo ou categoria de manejo? todas 6 Bem Estar satisfação quanto à vida na UC impacto da UC nas condições de vida do município de abrangência todas todas Para quem serve? realização do seu potencial como regularização indivíduo ou fundiária grupo identificação de necessidades de planejamento de reivindicações normas de suo de recursos e negociação do termo de compromisso realização do seu potencial como indivíduo ou grupo orientar a priorização identificação de das ações de gestão necessidades de planejamento de reivindicações Revisar: Deverão ser analisados os participação diferentes atores do município nos municípios nos de abrangência, processos da indicando UC porcentagem de satisfação. Qual a variável? Como será aferida? Fonte da informação 1) nível de segurança quanto à permanência na área e ao direito de acesso aos recursos; 2) - ; 3) UC técnica; 3) na UC 1) inseguro; 2) maios ou menos seguro; 3) seguro Conselhos/ Associação de Moradores 1) grau de satisfação dos residentes com sua vida e de seus filhos; 2) residente; 3) UC 1) ruim; 2) regular; 3) bom Conselhos/ Associação de Moradores 1) grau de satisfação em relação à oferta de serviços de saúde, educação, transporte, energia, água, programas sociais, crédito, comunicação, assistência técnica na UC; 2) saúde, educação, transporte, energia, água, programas sociais, crédito, comunicação, assistência técnica; 3) na UC 1) baixo 2) médio; 3) alto Conselhos/ Associação de Moradores 1) nível de impacto da UC nas condições de vida do município; 2) impacto; 3) municípios de abrangência da UC 1) impacto negativo; 2) não tem impacto; 3) pouco impacto positivo; 4) impacto positivo Amazônia legislação de acesso aos recursos naturais realização dos objetivos da UC não se aplica realização dos objetivos da UC realização dos objetivos da UC 6 Pendência: criar o indicador “conflitos em relação à UC”, sendo que abrangerá UC e entorno (tarjeta amarela). A sugestão é que, na variável, se considere a possibilidade de inserir um drop down das categorias de conflito,incluindo conflitos entre comunidades. 65 Etapa 2: Mercado de Análise dos Indicadores Construídos Para promoção do intercâmbio entre os GTs, houve um momento denominado “Mercado” onde os participantes tiveram a oportunidade de visitar as salas dos demais grupos de trabalho para conhecimento, discussão e sugestões aos resultados da matriz produzida. Em cada sala, o relator tinha 15 minutos para a apresentação da matriz aos visitantes (originários de outro GT) e, na sequência, o grupo tinha 30 minutos para discussão e registro de considerações. A apresentação focou nos campos “alvo”, “indicador”, “variável”, e “como será aferido?”. Em seguida, os grupos trocavam de sala, e assim sucessivamente. GT Sócio-Cultural recebe o GT Gestão e Político – Institucionais na etapa de Mercado GT Meio Ambiente recebe o GT Economia na etapa de Mercado Etapa 3: Consolidação da Matriz Lógica Após o Mercado, os membros de cada GT se reuniram e avaliaram as sugestões e comentários recebidos. Cada questão podia ser então: rejeitada, aceita e incorporada à matriz, aceita com modificações ou deixada em espera (quando não houve tempo suficiente para se chegar a um consenso). 66 Plenária Final Depois do retorno dos grupos da discussão interna sobre as contribuições durante o Mercado, todos os participantes se reuniram em plenária para deliberar sobre os encaminhamentos e fazer uma avaliação do Workshop. Inicialmente, foi feito um breve relato das atividades realizadas e considerações gerais sobre o fórum e a satisfação com o trabalho realizado e o sucesso do evento. 67 A partir do slide abaixo, a plenária foi provocada a refletir sobre os resultados do trabalho realizado e debater sobre os próximos passos para o teste dos indicadores em caráter piloto. Caê Marinelli - ISA (por e-mail após o evento) “As perguntas provocativas à plenária final nos trouxeram como resposta: 1. dentro dos princípios pré-acordados para construção dos indicadores eles são viáveis (refletem a realidade de campo, são sucintos, automáticos e generalizáveis); 2. a magnitude dos mesmos pode contribuir para o atendimento das demandas dos diferentes setores da sociedade e; 3. eles detectam a interlocução/diálogos que permitem entender parte da dinâmica que rege a sustentabilidade socioambiental das UCs da Amazônia.” 68 ii. Encaminhamentos • Envio das Matrizes aos participantes para revisão • Revisão dos Resultados/Discussão em GT • Aplicação do Formulário em Campo • Interpretação dos resultados em conjunto com instituições focais locais/regionais • Disseminação dos resultados para discussão • Definição do protocolo de indicadores Glossário ou Manual Na plenária de encerramento do Workshop foi destacada a importância do formulário ser acompanhado de um manual contendo um glossário independentemente da forma como sera feita a preparação dos aplicadores da ferramenta. Apenas para efeito de registro, seguem duas sugestões para esse manual e respectivo glossário: - O que difere os grupos sociais organizados dos não organizados é o fato de estarem mobilizados em prol de uma ação. - Termos necessários para o glossário: dificuldades de acesso; bem estar e suas variáveis – saúde, educação, transporte, energia, água, programas sociais, créditos, comunicação e assistência técnica; tradição. - Indicador polissêmico - Abordagem sistêmica iii. Avaliação do Workshop Henyo Barreto – IEB “Há lacunas: gênero, demografia e conflitos. Há interlocução entre as matrizes dos GTs. Testar em 2 formatos/abordagens (há disponibilidade de recursos?)” Muriel Saragoussi - Consultora “Há muitos indicadores. A ordem das perguntas influencia a resposta. Como capturar as diferentes visões que representam diferentes espaços. Aglutinar conjuntos de perguntas.” 69 Wadih Scandar Neto - IBGE Iara Vasco - ICMBio “O número de indicadores não significa que será o número de perguntas. Como traduzir os indicadores em perguntas de questionário? Não existe uma pesquisa sem um manual de preenchimento do questionário. Cada pergunta tem que vir com explicação sobre o que se entende para cada uma... O glossário é só o primeiro passo de construção de um manual de preenchimento. Cuidado na divulgação dos resultados com o sigilo na obtenção da informação. Divulgação de dados agregados. Não dá para divulgar informação por unidade. Pelo menos 3 respondentes por conselho com sigilo de fonte. “Considerando que lidamos com processos (outro tipo de construção): todo mundo quer fazer monitoramento, mas o que queremos é transformar a realidade (que as UCs sejam efetivas). Nesse sentido, me preocupo com a utilização dos resultados que esse sistema vai trazer. Como é que isso vai ser internalizado pelos órgãos gestores já que, por enquanto, é privado? Como vão se apropriar e adotar as medidas para que os resultados sejam aplicados na gestão. Até o momento isso não acontece efetivamente mesmo com o uso atual de algumas ferramentas.” No grupo ambiental houve preocupação com questões sociais que não foram consideradas porque achava-se que seriam consideradas no grupo social e que depois não viu que isso aconteceu.” Marta Irving – UFRJ-RJ Henyo Barreto – IEB “Dentro da perspectiva de desdobramentos: - Ruído de comunicação na situação de comunicação do questionário. Algum instrumentos têm que estar compartilhados entre quem pergunta e quem responde: elaboração de um Glossário. - Houve um debate dentro do grupo: deixar em aberto para o respondente dizer o que quiser como entende ou colocamos opções fechadas. Exercício de integração das matrizes em termos de convergência e indicadores comuns e tradução para instrumento aplicável e pré-teste. Os processos de transformar indicadores e variáveis em protocolos específicos vai ser complicado. O papel de clarear elementos foi feito com sucesso nessa oficina. - Propor que houvesse um momento específico para treinamento das pessoas que vão aplicar os questionários – para reduzir o ruído.” 70 Gustavo Tossello - TNC “Destaque para os protocolos de entrada de dados – como vai ser a entrada de dados de outros bancos de dados do poder público... e protocolos de saída de dados. Destaque para a importância do drop down para o enriquecimento do sistema em diferentes estratos. Ao invés de papel, pode-se usar celular.” Serginho - FVA “Parabens, Caê! Muita gente, muitos especialistas, muita qualidade. Desafio de ter um instrumento simples que lida com conceitos complexos: capital social, desenvolvimento sustentável, etc. e ainda tem que ser realista! Ser participativo pode ser muito chato, complicado. “Ainda não dá para concluir sobre a interlocução entre grupos e alvos.” Eliane Teixeira – Funbio “Como vai ser feita a manutenção do sistema? Como vai ser transformado em ações? Que recursos existem para que isso aconteça?” 71 III. LISTA DE PARTICIPANTES DE TODOS OS FÓRUNS Nome Nome Instituição-UF Instituição - UF ISA-DF Christoph Jaster ICMBio-AP Alan Moraes de Paula ADTUR-TO Aparecida Lopes SEMA-AC Alba L. Colares COEMA-AP Ciro Campos de Souza INPA-RR Alexandre Batistella SEMA-MT Claudia Funi IEPA-AP Claudia Pereira de Deus e Silva INPA-AM Adriana de Carvalho Ramos Aléxis Bastos Alicia Rolla Allan Razera Ana Cristina Barros Ana Flávia Zingra Rio Terra-RO ISA-SP ICMBio-DF TNC-DF ICMBio-AM Claudiane SEMA-AC Cláudio Eduardo de Castro SEMA-MA Cleiton A. Signor ICMBio-AM Cletho Brito SEDAM-RO Ana Géssika Araújo de Carvalho SEMA-AC Cristina Adams USP-SP Ana Mota CNS-AM Cristina Tófoli IPE-AM André A. Cunha GFA-DF Cristina Velasquez ISA-MT Andreina Valva MMA-DF Antônio Carlos Hummel Antônio Carlos Pereira Santiago Daniel Reis Maidino ICMBio-AM SFB-DF Daniel Vieira Embrapa-DF Naturatins-TO Daniela Lerda Funbio-RJ Antonio Galdino ICMBio-RR Davi Lima Pantoja Antonio Lisboa ICMBio-RR Deborah de Magalhães Lima UFMG-MG Antonio Tafuri MMA-DF Deisi C. Balensiefer ICMBio-DF Arnaldo Carneiro ISA-DF Denilson B. Costa Aurélio Diaz Herraiz IEB-AM Diogo Beatriz Mendes ISA-DF Domingos Sávio Macedo Bianca Brenda Kawanna vale Goes Consultora-AC SEMA-AP Edjales Benício Brito UnB-DF UFT-TO RR CEUC/SDS-AM GTA-RO Eduardo M. B. Barcellos ICMBio-MT UFAM-AM Bruno Vinicius Silva ICMBio-AM Eduardo Venticinque Camila Freitas IDESAM-AM Elaine Porfirio ISA-DF ICMBio-DF Elaine Teixeira Funbio-RJ Caren Cristina Damolcin Carlos César Durigan FVA-AM Elder Monteiro Antunes SEMA-MT Carlos Duarte SEF-AC Elektra Rocha WWF-AC Carlos Eduardo "Caê" Marinelli ISA-DF Elfran Alex Raiol Picamço SEMA-AP ICMBio-DF Eliane Abreu SEMA-MA IESA-AP Eliani Fachin SEMA-MT Elias SEMA-AC Carlos Henrique Fernandes Carlos Henrique Schmidt Carolina Fonseca Caroline Jeanne Delelis Cassandra Pereira de Oliveira ICMBio-RO CDS/UnB-DF Elisangela Sales ACT-AP ICMBio-AP Erica Souza Rossi SEMA-AP Érika Fernandes Pinto ICMBio-DF Célia Regina A. Soares UNEMAT-MT Célia Regina das Neves CNS-PA Cesar Haag Christian Silva Fabiana Barbosa Rio Terra-RO CEUC/SDS-AM Fabiana Pereira Correia SEMA-MA UTFPR-PR Fabiano Gumier Costa ICMBio-PA 72 Nome Fernando Fernando Tatagiba Flávia Lima Francisco Aginaldo Queiroz Silva Francisco J. B. de Oliveira Filho ICMBio-AM MMA-DF PARATUR-PA GTA-AM François Michel Le T. WWF-DF Embaixada Francesa-DF Geraldo Stachetti Rodrigues Embrapa-SP Gino Machado de Oliveira Naturatins-TO Giovani Musial GIZ-AP Giselle Paulino Lopes Fonseca IEPE-AP Glenn H. Shepard Jr. MPEG-PA Guilherme C. Lima SEMA-AP Guilhermo Moises CEUC/SDS-AM Gustavo CM ICMBio-AM Gustavo Oliveira STB-DF Gustavo Tossello TNC-DF Gustavo Vieira ISA-DF Heider C. Lemos Abará-MA Helena Boniatti Pavese UNEP-DF Helena Maria Maltez (relatora) Helio Jorge de Cunha Consultora ISA-DF MMA-DF Henrique Santiago CEUC/SDS-AM Henyo T. Barreto IEB-DF Hudson Rocha Gomes SEMA-MA Iara Vasco ICMBio-SC Iremar Antonio Ferreira IMV-RO Irene Ester Gonzalez Garay UFRJ-RJ Ivaneide Bandeira Cardozo Jairo José de Magalhães Lima Jakeline Bezerra Pinheiro James Antonio Messias da Silva Jarine R. Reis Kanindé-RO CTA-AC SEDAM-RO SEMA-AC Jorge Madeira Jose Ponciano Dias Filho Juliano SEMA-AC Jesus Rodrigues SEDAM-AC MMA-DF Joedson IEB-AM Jorge IMV-RO Instituição - UF UnB-DF ICMBio-RR Consultor-AC Katiuscia Fernandes IEB-PA Kézia CNS-PA Larissa Diehl Leda Luz ICMBio-RR GIZ-DF Leidiane Pereira da Oliveira SEMA-PA Lena IMAC-AC Leonardo Azevedo Leonardo Hasenclever Lilian de Cardoso Lindoso Naturatins-TO IEB-DF ICMBio-TO Liliana Pires IUCN-AC Lívia Souza SEMA-MA Lucia Lima ICMBio-DF Luciano de Meneses Evaristo IBAMA-DF Luciene Rodrigues ECOTROPICA-MT Luiz IBAMA-RO Mágda Vanessa Martins de Sousa ICMBio-AC Manoel Reinaldo Costa Furin SEMA-AP Manoel Silva da Cunha CNS-AM Marcelo Hercowitz ISA-SP Marcelo Salazar ISA-PA Marcelo Silva da Costa Suatá-PA Marcia Regina Lederman GIZ-AM Márcio Luis Silvia Souza ISA-PA Marco Antonio Lima Marcos Vital IPE UFRR-RR Marcus Eugênio Lemgruber Porto SEDAM-RO Marcus Keynes S. Lima IBAMA-AP Maria Aparecida de Oliveira Lopes SEMA-AC Maria da Conceição Silva de Oliveira CEUC/SDS-AM Jesus Menezes João de Deus Medeiros Nome Instituição - UF Maria de Lourdes Ramos Maria Edileiza Soares Mendes IDPDHMA-PA SEMA-AP ASCAMPA-TO Maria Inês Miranda de Andrade IBAMA-DF Maria Rosário Silva SEDAM-RO Mariana Napolitano WWF-DF Marina ISA-AM 73 Nome Instituição - UF Nome Marina Barros SEMA-MA Renata de Melo Valente Marlucia Martins MPEG-PA Renato Renato Eurípedes Nascimento Júnior Marta Irving UFRJ-RJ Instituição - UF CI-PA SEDAM-RO UFT-TO Marysson Maia da Silveira SEMA-AC Ricardo Bomfim Machado UnB-DF Maura Machado Silva MMA-DF Ricardo Fraiz Vasques IBAMA Maurício Pacoal SEMA-PA Rita Mesquita Michelle Pinto SEF-AC Roberta Roxilene dos Santos Mírian Lucatelli ICMBio-AP Rodrigo Lopes Monia Laura Faria Fernandes ICMBio-AM Rodrigo Marcelino INPA-AM ICV MHF-RO ICV-MT Muriel Saragoussi Consultora-DF Rômulo Batista Murilo Sergio Drummond AMAVIDA-MA Rômulo Martins Rocha SEMA-AP Nely Tocantins UFMT-MT Rosane Duarte Rosa S. UNEMAT-MT Newton Marcelo N. dos Santos SEMA-AP Roselis Mazurek Nilva Barauna IBAMA-RR Rosenilde Gregorio da Santa Costa MIQCB-MA Nurit Bensusan Consultora-DF Ruberval Barbosa SRHMA-TO Samuel WWF-AM Oberdan M. Andrade GTA-AP Odécio Lima SEMA-AP Sanae Hayashi Orlene S. Costa Suatá-PA Sara Melo Oswaldo Braga de Souza ISA-DF Ozacia de Jesus Corto FESPEMA-MA Patrícia Carvalho Baião CI-PA Saulo Andrade Sebastião Patricia Ribeiro Salgado Pinha ICMBio-AP Silvia de Mello Futada Paula Soares ICMBio-AM Silvia Helena Costa Brilhante Paulo Bittencourt Paulo Bonavigo Paulo Bretas Paulo Fernando Maier Souza Petra Ascher Poliana Gomes Lopes REVECOM-AP IFT-PA Kanindé-RO UnB-DF ISA-DF ICMBio-AC ISA-SP SOS Amazonia-AC Silvio R. F. Vilanova Sylvia Bahvi UFMT-MT Tânia Maria do N Ferreira SEMA-MA Tatiany Barata MMA-DF Teiamar da Encarnação Bobot GTA-AM DF ICMBio-DF Thaís Kasecker CI-PA GIZ-DF Thiago Cardoso IPE-AM Naturatins-TO Vera Lúcia Guarim UFMT-MT ICMBio-DF Raim ICMBio-AM Viviane Pacheco Raissa R. de G. Azulay SEMA-MA Wadih Scandar Neto Reinaldo Imbrósio INPA-RR Walmir Mário Alves Lima Júnior Reinaldo Lourival TNC-DF Wilde Itaborahy Renata SEMA-AC WWF-DF Sidney Tadeu Rodrigues Paulo Amorim IMAZON-PA FVA-AM UFMA-MA ACT-AP IPI-AM Sergio Henrique Borges (Serginho) Patrícia Maia C. Albuquerque Paulo A. A. Trindade CEUC/SDS-AM FEMACT-RR IBGE-RJ ICMBio-PA CEUC/SDS-AM William Magnusson INPA-AM Yara Camargo FVA-AM Yassodhara Brandão de Araújo SEMA-MA 74