B
O
L
E
T
I
M
NÚMERO
DO
DIA
OFERECIMENTO
US$ 8,5 bi
S E X TA - F E I R A , 9 D E O U T U B R O D E 2 0 1 5
pagarão o empresário Stephen
Ross e o fundo Qatar Sports
Investiments pelo controle da F-1
EDIÇÃO • 358
Ex-vice do São Paulo acusa
Aidar de desvio de dinheiro
POR REDAÇÃO
A crise política no São Paulo
está perto de se transformar em
caso de polícia. Exonerado do
cargo na segunda-feira após agredir o presidente do São Paulo,
o ex-vice-presidente do clube
Ataíde Gil Guerreiro distribuiu um
e-mail a conselheiros acusando
o presidente Carlos Miguel Aidar
de desviar dinheiro do clube.
Guerreiro acusa o mandatário
de desviar dinheiro, por meio de
comissões, na contratação de
jogadores e, também, no contrato
de fornecimento de uniforme com
a americana Under Armour.
De acordo com o dirigente, ele
teria gravado uma conversa com
Aidar em que ele revela como
fazia para receber comissões por
meio da empresa TML, de sua
namorada, Cinira Maturana.
A namorada de Aidar já havia
sido apontada pela Puma como
responsável pelo fim das negociações entre clube e empresa.
No fim do ano passado, em carta
assinada pelo presidente Fabio
Espejo, a Puma diz que teria sido
obrigada a pagar 20% do valor do
contrato para Cinira pela intermediação do negócio. A empresa,
porém, nega que ela tenha participado da negociação e diz que
isso impediu a marca de fechar
com o clube para este ano.
No e-mail endereçado aos
conselheiros, Guerreiro afirma
que falhou o acordo da TML também com a Under Armour, e que
então, segundo Aidar, a Far East
teria entrado no negócio como
intermediária por meio do vice-presidente de marketing Douglas Schwartzmann, que sempre
negou vínculo com a empresa.
1
Guerreiro entregou o e-mail ao
Conselho Consultivo do clube,
que é formado por ex-presidentes
e alguns são-paulinos ilustres,
como o empresário Abilio Diniz.
Na tarde de quinta-feira, Aidar
se reuniu com o conselho e deu
suas explicações, afastando a
ideia de pedir licença do clube,
como era o desejo de boa parte
dos conselheiros presentes.
O presidente, porém, perdeu
boa parte de seu apoio político
após a briga com Guerreiro, na
segunda-feira. Agora, com as acusações do ex-vice, a situação fica
ainda mais delicada para ele.
“Basta!” e “Fora!” são os gritos
que dão tom à crise são-paulina
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
diretor de
da conteúdo da Máquina do Esporte
Um dos jornais mais influentes do
Brasil nos anos 1960, o Correio da
Manhã publicou na época dois editoriais demolidores sobre o governo
de João Goulart: “Basta!” e “Fora!”
Muitos dizem que esses textos foram o estopim para o golpe de Estado que derrubou Jango, dias depois.
O São Paulo de Carlos Miguel Aidar vive momento de ebulição semelhante. O presidente são-paulino já
havia se afastado de Juvenal Juvêncio, antigo aliado. Depois, envolveu-se em confusão quando sua namorada foi apontada como beneficiária
de comissão em contrato do clube.
Parceiro no empréstimo do ídolo
Kaká, o Orlando City rompeu relações com o São Paulo ao cobrar dívida não paga pelo time do Morumbi.
Contratado como CEO, Alexandre Bourgeois foi demitido pouco
depois. O episódio estremeceu as relações do presidente com o bilionário Abílio Diniz, que tinha dado aval
para a contratação do executivo.
A gota d’água foi a briga com Ataíde Gil Guerreiro. Após a saída do
vice de futebol, o resto da diretoria
colocou seus cargos à disposição,
deixando ainda mais frágil a base de
sustentação do presidente.
As trapalhadas da atual diretoria
aproximam o São Paulo da bagunça
que eram Palmeiras e Corinthians
anos atrás. Os desmandos levaram
os rivais ao purgatório da Série B.
Sem base política no cube, Aidar
está à beira de precipício parecido
ao de Jango à época dos editoriais
do Correio da Manhã. A saída do
gaúcho da presidência do país levou
o Brasil a 21 anos de trevas.
Poucos são-paulinos acreditam em
um fim semelhante se Aidar cair.
Com embalagem personalizada, Nestlé
acha meio de se aproximar de Rio-2016
POR REDAÇÃO
A associação a um grande evento esportivo
está longe de ser exclusividade dos patrocinadores oficiais. Com os Jogos Olímpicos chegando,
as marcas dão novos passos para estarem mais
próximas do Rio 2016. No caso da Nestlé, a estratégia foi uma embalagem para o Nescau.
A marca usará quatro atletas para ilustrarem a
embalagem do produto. Alexandra, do handebol, Falcão, do futsal, Thaísa, do vôlei, e Tiago
Splitter, do basquete, estarão nas latas. Eles
foram selecionados para serem embaixadores
da marca em campanha focada no esporte, algo
que a Nescau já tem feito desde o fim da Copa
do Mundo, esse sim patrocinado pela empresa,
por meio da marca de chocolates Garoto.
Com a assinatura “Energia para crescer”, a
campanha reforça o incentivo à prática esportiva
unida a hábitos alimentares mais saudáveis. O
2
conceito tem sido usado por toda a Nestlé neste
ano, com a plataforma “Família mais ativa”.
Ainda que a associação do Nescau com o
esporte não seja novidade, a linha nessa área
costumava estar
mais próxima
das modalidades
radicais, como o
skate, exceto na
Copa do Mundo.
Nos Jogos
Olímpicos do Rio,
as marcas mais
próximas da Nestlé são a Sadia, apoiadora oficial
na categoria “alimentos embalados” e a Batavo,
também da BRF, parceira de produtos lácteos.
As latas estarão à venda neste mês. A empresa
diz ainda que fará outras ações com os atletas.
Fifa confirma veto a Blatter e
Platini, mas não altera eleições
POR REDAÇÃO
O juiz alemão Hans-Joachim
Eckert seguiu a recomendação
do Comitê de Ética da Fifa e suspendeu Joseph Blatter e Michel
Platini por 90 dias. Jérôme Valcke,
afastado da entidade desde que
foi envolvido num esquema de
revenda de ingressos com ágio
para a Copa do Mundo do Brasil,
recebeu a mesma punição. Eles
ainda podem ser suspensos por
mais 45 dias pela entidade.
A sentença de três meses é a
máxima punição da Fifa quando
há investigação em andamento.
Na semana passada, a Justiça suíça abriu ação penal contra Blatter
e Platini por má gestão e pagamento desleal no processo de
antecedeu o Mundial brasileiro.
Já o presidente da Kia-Hyundai,
Chung Mong Joon, foi banido do
futebol por seis anos
sob acusação de
compra de votos nas
licitações para as Copas de 2018 e 2022,
que acontecerão na
Rússia e no Qatar,
respectivamente.
Blatter já não pode
mais usar o seu
escritório na sede da
entidade, em Zurique. Em seu
lugar assumiu Issa Hayatou, de 69
anos. Em seu primeiro comunicado oficial no cargo, o camaronês
confirmou as eleições para presidência em 26 de fevereiro e disse
que não concorrerá ao cargo.
Oficialmente, apenas o príncipe
da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein,
apresentou candidatura. O prazo
termina no dia 26 de outubro.
Zico precisa do apoio de cinco
federações para formalizar sua
participação no pleito. Ele tem
tido dificuldade para obter as assinaturas necessárias e concorrer.
“Hoje enquanto alguns candidatos são suspensos, outras
candidaturas não ligadas a essa
estrutura não conseguem apoios
para serem formalizadas. O modelo está completamente errado
e viciado”, reclamou o brasileiro.
Uefa mantém francês no comando da entidade
A Uefa informou que Michel Platini está mantido na presidência da entidade, embora o francês
tenha sido suspenso pelo Comitê de Ética da Fifa
pelos próximos 90 dias. A nota diz ainda que o
ex-jogador irá recorrer da decisão que deve tirá-lo
da corrida pela presidência do órgão máximo do
futebol, em fevereiro de 2016.
“O Comité Executivo da Uefa está ciente de que
o presidente da Uefa tomará imediatamente todas
as medidas necessárias para recorrer da decisão
do comitê de ética da Fifa para limpar seu nome”,
apresenta trecho de comunicado da Uefa.
Pelo estatuto da entidade europeia, “o vice-
-presidente de mais alta patente da Uefa assume
poderes e deveres do presidente em sua ausência”. O cargo seria, então, preenchido por Ángel
María Villar, de 65 anos, presidente da Real Federação Espanhola de futebol (RFEF).
Platini foi suspenso por ter recebido cerca de R$
8 milhões de Blatter entre 1999 e 2002. O dirigente admitiu ter recebido o dinheiro, mas afirmou
se tratar de serviço lícito. Após o afastamento, ele
afirmou sentir “uma revolta profunda, mais do que
um sentimento de injustiça ou de vingança. Me
recuso a acreditar que uma decisão política possa
manchar uma vida dedicada ao futebol”.
4
Dia das Crianças faz empresas
apostarem em ações com esporte
POR REDAÇÃO
O Dia das Crianças, que é comemorado na próxima segunda-feira, motivou algumas empresas
a realizar ações voltadas ao público infantil através do esporte e,
assim, ativar seus patrocínios.
A Bradesco Seguros fará ação
na ciclofaixa, em São Paulo, que
é patrocinada pela empresa. Já o
time de vôlei do Brasil Kirin terá
ação durante partida do Campeonato Paulista, na quinta-feira.
A Bradesco Seguros promoverá
atividades como o Mini Circuito
Conviva para crianças e o Espaço
Conviva para pais e filhos na cidade de São Paulo. As ações serão
das 10h às 15h, em alguns pontos
da cidade de São Paulo. Algumas
ações alusivas às Olimpíadas também estão sendo programadas.
O Mini Circuito Conviva será
na rua Haddock Lobo. Nele será
montado um trajeto para crianças pedalarem e aprenderem as
principais regras de trânsito. Na
Praça do Ciclista será montado o
Espaço Conviva,
com atividades
lúdicas, como oficinas de máscaras
e de colorir.
A empresa
também irá disponibilizar uma tenda
para empréstimo
de bicicletas e
posto de serviço
para bicicletas.
Já o Brasil Kirin
fará ação no jogo
contra o São Bernardo, no ginásio do Taquaral, em Campinas,
pelas quartas-de-final do Paulista.
O ingresso será trocado por 1 kg
de alimento e um brinquedo em
bom estado. Dentro do ginásio a
criançada poderá se divertir com
o personagem infantil Ben 10,
que comandará um concurso de
dança dentro da quadra.
“Temos sempre preocupação
de fazer ações que aproximem
o torcedor da nossa equipe de
vôlei e criem uma sinergia com
a marca Brasil Kirin. Entendemos
que poderíamos investir mais
nessa relação para este jogo”, diz
Fernando Maroni, diretor de projetos da ESM, gestora do time.
As crianças poderão degustar
refrigerante e algodão doce na
entrada e fazer pintura facial.
As 200 primeiras crianças que
chegarem à arena ganharão camisas, já todas aquelas que forem
ao jogo receberão minibolas.
Por meta, Rio-16 decide reduzir orçamento em 30%
O Comitê do Rio-2016 anunciou o corte de
até 30% dos gastos para os Jogos Olímpicos. A
ação é para não estourar o orçamento de R$ 7,5
bilhões e, assim, ficar com contas deficitárias. Por
lei, a diferença seria paga pelo Governo Federal.
“O tempo de esbanjar acabou. Agora, nós precisamos ser criativos nas maneiras de concretizar
estes cortes”, afirmou Mário Andrada, diretor de
comunicação do Comitê Organizador dos Jogos.
A verba total para a realização do evento no Rio
de Janeiro é de R$ 38,7 bilhões, valor dividido em
três frentes orçamentárias: verbas privadas, Matriz
de Responsabilidades e plano de legado. O custo
para a parte esportiva do evento é de R$ 7,5 bi.
5
Download

Ex-vice do São Paulo acusa Aidar de desvio de dinheiro