SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA MATERIAL MULTIMÍDIA O USO DE MAPA CONCEITUAL COMO FERRAMENTA PARA UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA ABORDAGEM DO TEMA FOTOSSÍNTESE PROFESSORA PDE: MARILUCIA PERIN PROFESSORA ORIENTADORA: DRª LUCILA AKIKO NAGASHIMA 2010/2011 PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA Título: O uso de mapas conceituais como ferramenta para uma aprendizagem significativa na abordagem do tema fotossíntese Autor Marilucia Perin Escola de Atuação Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva EFMN Município da escola Planaltina do Paraná Núcleo Regional de Educação Loanda Orientador Lucila Akiko Nagashima Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Paraná – Campus Paranavaí Disciplina/Área Ciências Produção Didático-pedagógica Material Multimídia Relação Interdisciplinar Não apresenta, porém, há possibilidade. Público Alvo Alunos Localização Colégio Estadual Marechal Arthur da Costa e Silva – EFMN Rua Vereador José Teixeira Alves, 117 Planaltina do Paraná – Paraná Palavras-chave Mapa Conceitual, Aprendizagem significativa, aprendizagem mecânica, fotossíntese, Cmap Tools. APRESENTAÇÃO Este material multimídia tem por objetivo tornar a aprendizagem, nas disciplinas de Ciências e Biologia, mais significativa. Levando-se em consideração que atualmente, o processo de ensino aprendizagem vem sendo baseado na simples memorização, onde o professor repassa os conceitos, o aluno memoriza e repete na avaliação. Na perspectiva de mudanças, o material propõe o uso do mapa conceitual como ferramenta pedagógica para tornar a aprendizagem significativa. O mapa conceitual permite ao educando visualizar os conceitos mais relevantes de um tema, além de possibilitar uma organização e estruturação hierárquica dos conceitos. A elaboração do material está pautada nos princípios da Teoria da Aprendizagem Significativa. Portanto, o trabalho inicia-se com uma reflexão sobre os conhecimentos prévios dos alunos sobre fotossíntese e a construção de um mapa conceitual. Para a abordagem do tema o material reúne diversos recursos de mídia (animações, imagens, vídeos, aulas experimentais). Após esta abordagem, há uma retomada do mapa construído inicialmente, para que cada aluno possa rever os conceitos que existia em sua estrutura cognitiva e acrescentar os novos conceitos adquiridos. Para a construção do mapa conceitual será utilizado o software Cmap Tools, como forma de integrar recursos de informática, no processo de ensino aprendizagem. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5 2 MAPA CONCEITUAL .................................................................................................... 9 2.1 O que são mapas conceituais? ..................................................................................... 9 2.2 Qual a importância do mapa conceitual no processo de aprendizagem? ................... 10 2.3 Como construir um mapa conceitual? ....................................................................... 11 3. LEVANTAMENTO DO CONHECIMENTO PRÉVIO DOS ALUNOS ................. 12 4 ABORDAGEM DO TEMA FOTOSSÍNTESE ............................................................ 12 4.1 Qual a importância da luz solar para a manutenção da vida no Planeta Terra?......... 13 4.2 De que forma as células conseguem essa energia? .................................................... 13 4.3 Sabe-se que os animais obtêm energia se alimentando de carnes e plantas. E as plantas, como conseguem energia para manter suas células em pleno funcionamento? . 13 4.4 De que forma as plantas realizam a fotossíntese? ...................................................... 14 4.5 Como as plantas realizam a fotossíntese? .................................................................. 16 4.5 Qual a estrutura de um cloroplasto? .......................................................................... 21 4.6 Como ocorre a absorção da luz solar no cloroplasto?................................................ 23 4.7 Que reações ocorrem na etapa fotoquímica? ............................................................. 24 4.8 Agora que já conhecemos a etapa fotoquímica, que reações ocorrem na etapa química? ........................................................................................................................... 26 4.9 Como a intensidade de luz pode influenciar a fotossíntese?...................................... 30 4.10 De que forma a temperatura pode alterar as reações químicas da fotossíntese? ..... 31 4.11 E a concentração de gás carbônico como podem influenciar na velocidade da fotossíntese? ..................................................................................................................... 31 5. CONHECENDO O SOFTWARE CMAP TOOLS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA................................................................................................................ 32 6. AVALIAÇÃO ................................................................................................................ 33 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 34 ANEXOS ............................................................................................................................ 37 ANEXO 1: Observação de cloroplastos ao microscópio ................................................ 38 ANEXO 2: Observação de estômatos ao microscópio .................................................... 39 ANEXO 3: Cromatografia de papel com diversos pigmentos vegetais ........................... 40 ANEXO 4: Desprendimento de O2 na fotossíntese da elódea ......................................... 42 ANEXO 5: Detectar a presença de amido nas folhas das plantas.................................... 44 5 1 INTRODUÇÃO “A aprendizagem significativa dos conceitos é precisamente uma das maiores dificuldades dos estudantes na aprendizagem de ciências [e biologia]” (MORAES, 2009, p. 1). Atualmente os alunos do ensino fundamental e médio apresentam dificuldades para assimilar novos conhecimentos e interagir com seus conhecimentos prévios. Ao ler um texto, uma questão ou uma situação problema, apresentam dificuldades em elaborar uma análise do assunto, em confrontar estes novos conhecimentos com os que já possuem. Em síntese, há uma grande dificuldade em organizar novas ideias ou conceitos. Diante desta realidade, os professores de Ciências e Biologia têm sentido inúmeras dificuldades em trabalhar as referidas disciplinas, pois não conseguem mais despertar em boa parcela dos alunos o interesse na compreensão dos conceitos científicos, próprios da disciplina. Geralmente os alunos relatam que têm muito conteúdo para estudar e que são muito difíceis. Observa-se assim, que há falta de uma aprendizagem mais significativa, pois a cada novo conteúdo a ser abordado, torna-se sempre necessária a retomada dos conteúdos anteriores uma vez que já não se lembram mais dos conceitos estudados. Atualmente há uma preocupação por parte dos professores e pesquisadores sobre a forma como vem sendo conduzido o processo de ensino aprendizagem nas escolas de educação básica, especialmente nas disciplinas de Ciências e Biologia. Um ensino baseado na simples memorização, sem compreensão dos significados. O que se observa são alunos tentando decorar determinado conteúdo, geralmente em vésperas de provas, com o objetivo de fazer a repetição destes conteúdos na avaliação. Ao se deparar com alguma situação problema que exija um pouco mais de análise e reflexão, os alunos demonstram uma imensa dificuldade, pois não conseguem estabelecer relações entre os conceitos abordados. Existem diversas ferramentas, técnicas e estratégias que auxiliam no processo de uma aprendizagem mais significativa. No entanto, o presente material didático propõe o uso de mapas conceituais, como ferramenta pedagógica, no ensino de Ciências e Biologia. Os mapas conceituais é uma ferramenta criada por Joseph Novak, na década de 1970, a luz da 6 Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel, a qual tem por princípio básico o conhecimento prévio do aluno e a sua predisposição para aprender. Segundo Ausubel et al. (1978) apud Lemos (2005, p. 42), ao analisar a interação entre professor, aluno e conhecimento no contexto escolar, identificaram duas formas de aprendizagem: mecânica e significativa. A aprendizagem significativa ocorre quando o indivíduo consegue relacionar, de forma não arbitrária e não literal, o conteúdo a ser aprendido com aquilo que ele já sabe, conseguindo, assim, generalizar e expressar esse conteúdo com sua própria linguagem. Quando não se consegue estabelecer esse relacionamento e formular essa generalização, diz-se que houve aprendizagem mecânica, ou seja, o indivíduo só consegue expressar as idéias repetindo as mesmas palavras, memorizadas de forma arbitrária e literal, sem ter, de fato, assimilados os conteúdos envolvidos [...]. De acordo com Moreira (2008), defensor brasileiro da teoria da aprendizagem significativa de Ausubel, a aprendizagem significativa é aquela em que o significado do novo conhecimento é adquirido, atribuído, construído, por meio da interação com algum conhecimento prévio, especificamente relevante, existente na estrutura cognitiva do aprendiz. Em sua concepção, se não houver interação entre os conhecimentos novos e os conhecimentos prévios, não haverá aprendizagem significativa. Mas, caso ocorra essa interação ambos os conhecimentos se modificam: o novo passa a ter significados para o indivíduo e o prévio adquire novos significados, ficando mais diferenciado, mais elaborado. Na teoria da aprendizagem de Ausubel, baseada no cognitivismo, há duas condições para a ocorrência de uma aprendizagem significativa. Primeiro, o aprendiz precisa de pré-disposição para aprender. O aluno só irá aprender se ele tiver disposição para fazer a conexão entre o novo conhecimento com seus conhecimentos prévios. Isso demanda um esforço pessoal, pois cada um possui conhecimentos prévios diferentes e também realizam interações muito peculiares na sua estrutura cognitiva. E a segunda condição é que o aluno precisa necessariamente ter tais conhecimentos prévios na sua estrutura cognitiva, relacionado ao que está sendo abordado, para que possa estabelecer uma “ponte” com o novo conhecimento. Brunner (1974, p. 28), afirma que “o conhecimento adquirido por alguém, sem suficiente estrutura a que se ligue, é um conhecimento fadado ao esquecimento. Um conjunto desconexo de fatos não tem senão uma vida extremamente curta em nossa memória”. 7 Ausubel (1963) descreve pela primeira vez no livro The Psychology of Meaningful Verbal Learning suas ideias sobre o processo de aprendizagem significativa. A sua teoria, denominada, teoria da aprendizagem da assimilação, pertence à família das teorias cognitivas de aprendizagem, na qual trata a aprendizagem como processo de formação, aquisição e retenção de conceitos. Ausubel; Novak; Hanesian (1980, p. 57) afirmam que: [...] a aquisição de novas informações depende amplamente das idéias relevantes que já fazem parte da estrutura cognitiva, e que a aprendizagem significativa nos seres humanos ocorre por meio de uma interação entre o novo conteúdo e aquele já adquirido. O resultado da interação, que ocorre entre o novo material e a estrutura cognitiva existente, é a assimilação dos significados velhos e novos, dando origem a uma estrutura mais altamente diferenciada [...]. Ausubel propõe uma teoria com base na compreensão de como o ser humano constrói novos significados em sua estrutura cognitiva. “A idéia fundamental é a de que a aprendizagem é um processo em que novas informações ou conhecimentos estejam relacionados com um aspecto relevante, existente na estrutura de conhecimentos de cada indivíduo” (NOVAK, 2000, apud MORAES, 2005, p. 1). “Segundo essa teoria, a aprendizagem é considerada significativa quando uma nova informação, seja conceito, idéia ou proposição adquire significados para o educando” (SILVEIRA, 2008, p. 86). Ausubel; Novak; Hanesian (1980, p. 82) afirmam que “a assimilação de conceito é, em geral, caracterizada por um processo ativo de relação, diferenciação e integração com os conceitos relevantes existentes. Quanto mais ativo este processo, mais úteis e significativos são os conceitos assimilados”. Quando a aprendizagem não ocorre de forma significativa ela se dá de forma mecânica. “Ao contrário da aprendizagem significativa, na aprendizagem mecânica as informações são aprendidas praticamente sem interagir com informações relevantes presentes na estrutura cognitiva” (MORAES, 2005, p. 3). Ausubel define “aprendizagem mecânica (ou automática) como sendo a aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma associação a conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva” (MOREIRA, [198-?], p. 63). No entanto, não considera a aprendizagem mecânica como contrária à aprendizagem significativa, mas como “extremos de um mesmo contínuo, de modo que pode-se, progressivamente, passar de uma para outra” (MOREIRA, 2010, p.76). Para ele a aprendizagem mecânica é importante em situações na qual o aluno não possui conhecimentos prévios para a ancoragem de novos conceitos. Quando o aluno se depara com alguma informação totalmente nova, no primeiro momento ele irá utilizar a aprendizagem 8 mecânica, ou seja, irá assimilar o novo conhecimento de forma automática sem se ligar a qualquer outra informação. Porém quando obtiver mais informações sobre o assunto já terá em sua estrutura cognitiva algum conceito pré-estabelecido que desempenhe o papel de “subsunçor”, como relata Ausubel, que servirá de suporte para a ancoragem de novos conhecimentos. Os mapas conceituais são utilizados como ferramenta facilitadora da aprendizagem significativa, pois propiciam uma visão geral do tema em estudo permitindo a integração, reconciliação e diferenciação de significados e conceitos (MOREIRA, 1999 apud MARTINS; LINHARES; REIS, 2009, p. 8). Por se tratar de uma técnica que evidencia os conceitos de um determinado conteúdo e suas inter-relações ela propicia uma facilidade de visualização e interligação entre os conceitos mais relevantes do conteúdo abordado, permitindo a organização e a estruturação hierárquica dos conceitos. Peña et al. (2005) também afirmam que o uso dos mapas conceituais propicia ao aluno realizar as conexões entre os novos conhecimentos e o que ele já sabe. Por ser uma ferramenta que possibilita a participação ativa do aluno, os mapas conceituais podem ser utilizados em diversos momentos do ensino aprendizagem. Pode-se fazer uso dos mapas para detectar os conhecimentos prévios, na construção do conhecimento, na avaliação, como resumo, na retomada de algum conteúdo, entre outras situações. Dentre as diversas possibilidades de aplicabilidade desta ferramenta pedagógica, demonstrar-se-á, durante a implementação do projeto na escola, sua utilização na averiguação dos conhecimentos prévios, durante o processo de aprendizagem e como avaliação. 9 2 MAPA CONCEITUAL Para utilizar os mapas conceituais na averiguação dos conhecimentos prévios dos alunos, sobre o tema fotossíntese, será necessário no primeiro momento ministrar uma aula sobre o que são mapas conceituais, como construí-los e qual a importância desta ferramenta no processo de aprendizagem. 2.1 O que são mapas conceituais? O mapa conceitual é um diagrama que representa os principais conceitos de um tema de estudo (assunto). Além da representação, ele permite a hierarquização e as mais diversas interações (conexões) entre os conceitos. Na hierarquização os conceitos são organizados na posição vertical, no sentido de cima para baixo, sempre partindo do conceito mais abrangente para os mais específicos. As interações válidas entre os diferentes conceitos podem ser estruturadas na posição vertical, horizontal e transversal, e em todos os sentidos. De acordo com Novak, um mapa conceitual é constituído de três elementos fundamentais: conceito, palavra de ligação e proposição (PEÑA et al., 2005). Conceito: “Termo que representa uma série de objetos, eventos ou situações que possuem atributos comuns” (FREITAS FILHO, 2007, p. 87). Eles são representados dentro de retângulos ou qualquer outra figura geométrica. Palavras de ligação: “São palavras que servem para unir os conceitos e indicar o tipo de relação entre eles” (Ibid., p. 45). “Estas devem definir a relação entre os dois conceitos, de modo a que sejam lidas como uma afirmação ou proposição válida. A ligação gera significado” (Novak, 2000, p. 227). As palavras de ligação se localizam sobre as linhas que unem os conceitos. 10 Proposição: “Frase ou oração que contém vários conceitos” (PEÑA, et al., 2005, p. 25). As afirmações ou proposições podem ser verificadas no momento da leitura de um mapa conceitual. Na Figura 1, observa-se um mapa conceitual com todos os elementos envolvidos na construção de um mapa conceitual. Figura 1: Mapa Conceitual sobre os conceitos envolvidos na construção de um mapa conceitual. Fonte: Construção da autora deste trabalho. 2.2 Qual a importância do mapa conceitual no processo de aprendizagem? O mapa conceitual permite uma melhor visualização dos principais conceitos relativos a um determinado tema ou área do conhecimento. As disciplinas de Ciências e Biologia são fundamentadas por uma vasta quantidade de princípios e teorias, que acabam dificultando uma aprendizagem por memorização, visto a grande quantidade de conceitos a serem decorados. O mapa conceitual contribui na organização, hierarquização e interações destes conceitos, tornando-os mais compreensivos, ou seja, mais significativos no contexto geral. Desta forma, o mapa conceitual é uma ferramenta facilitadora da aprendizagem significativa. 11 2.3 Como construir um mapa conceitual? 1º passo: Definir os principais conceitos do tema em estudo. 2º passo: Definir o conceito mais abrangente sobre o assunto para compor o 1º nível do mapa. 3º passo: Identificar os conceitos de maior relevância que podem se ligar diretamente ao conceito principal, compondo assim o 2º nível hierárquico. 4º passo: Relacionar os demais conceitos de acordo com a ordem de hierarquização dos mesmos para compor o 3º nível, o 4º nível, e assim sucessivamente. Desta forma, se estabelece todos os níveis hierárquicos que irá compor o mapa. 5º passo: Pensar nas palavras de ligação que irão estabelecer as interações entre os diferentes conceitos. Estas interações podem ser utilizadas em todos os sentidos, com a seguinte ressalva: a proposição formada entre os conceitos interligados necessitam de validação, ou seja, tem que apresentar um significado lógico no contexto do tema. Figura 2: Estrutura de um mapa conceitual. Fonte: Construção da autora deste trabalho 12 3. LEVANTAMENTO DO CONHECIMENTO PRÉVIO DOS ALUNOS Para Ausubel, o conhecimento prévio que o aluno traz em sua estrutura cognitiva é o ponto de partida para promover uma aprendizagem significativa. Partindo desta perspectiva, propor-se-á aos alunos algumas atividades que possibilitarão a averiguação dos conhecimentos prévios que já possuem sobre fotossíntese. Para a inicialização do trabalho será utilizado um vídeo que retrata a importância da luz solar como fonte de energia para o desenvolvimento e crescimento de todos os seres vivos do planeta. Atividade de averiguação dos conhecimentos prévios 1º momento: assistir o vídeo sobre a importância da fotossíntese para a manutenção da vida no planeta. Para assistir o vídeo clique no link abaixo. http://www.youtube.com/watch?v=o4HQDz1-sb4 2º momento: Discussão oral sobre o tema. 3º momento: Construção de um mapa conceitual com os conhecimentos prévios que possuem sobre fotossíntese. Nesta atividade os alunos trabalharão em grupos de 2 ou 3 alunos. Acredita-se que esta atividade em grupo contribuirá para melhor discussão e análise sobre o conhecimento prévio que cada um possui sobre o assunto. 4º momento: Apresentação do mapa conceitual elaborado por cada grupo, com as devidas explicações. 4 ABORDAGEM DO TEMA FOTOSSÍNTESE 13 Partindo dos conhecimentos prévios que os alunos apresentarem no mapa conceitual inicial, para a abordagem do tema em estudo serão utilizados diversas formas de mídias (imagens, animações e vídeos), aulas dialogadas, aulas práticas no laboratório de Ciências e aulas no laboratório de informática. A utilização de diversos recursos metodológicos tem por objetivo tornar o conteúdo mais significativo, proporcionando ao educando a possibilidade de uma aprendizagem realmente significativa. A partir deste momento descreveremos os encaminhamentos metodológicos que serão utilizados em sala de aula com os alunos. 4.1 Qual a importância da luz solar para a manutenção da vida no Planeta Terra? A radiação solar recebida pelo planeta Terra é considerada a fonte primária de energia. Toda e qualquer forma de vida que habita a Terra necessita de energia para a sua sobrevivência. Para se manter viva cada célula – que é a unidade estrutural que compõe os seres vivos – necessita de energia para a realização das inúmeras reações químicas que ocorrem em seu interior. 4.2 De que forma as células conseguem essa energia? As células animais retiram energia do alimento. Dentre a grande diversidade de animais, alguns se alimentam apenas de outros animais – são os carnívoros. Outros se alimentam apenas de plantas – são os herbívoros. E ainda existem os onívoros, animais que se alimentam tanto de outros animais como de vegetais. 4.3 Sabe-se que os animais obtêm energia se alimentando de carnes e plantas. E as plantas, como conseguem energia para manter suas células em pleno funcionamento? 14 As plantas também retiram a energia do alimento. A diferença é que as plantas, as algas e certas bactérias captam a “energia diretamente da radiação solar e a utilizam para a síntese de alimentos essenciais” (HALL; RAO, 1980, p. 1). Em síntese, pode-se dizer que as plantas produzem seu próprio alimento, por isso são chamadas de seres autótrofos, enquanto os animais são considerados os seres heterótrofos, devido a sua dependência de alimentação. Os seres autótrofos produzem seu próprio alimento através de um conjunto de reações químicas, denominada fotossíntese. 4.4 De que forma as plantas realizam a fotossíntese? Modesto e Siqueira (1981) definem fotossíntese como um processo biológico composto por uma série de reações químicas que resulta na produção de substâncias orgânicas e oxigênio a partir de dióxido de carbono (CO2) e água, tendo como fonte de energia a luz solar. Figura 3: Esquema geral da fotossíntese Fonte: http//www.diaadiaeducacao.pr.gov.br 15 Para Hall e Rao (1980), no Planeta Terra a fonte primeira de toda a energia metabólica é o sol e a fotossíntese é imprescindível para a manutenção de todas as formas de vida aqui existentes. De acordo com autores citados anteriormente, quando utilizamos o carvão, o gás natural, o petróleo, etc., como combustíveis, estamos utilizando a energia armazenada nesses materiais que foi captada da radiação solar, há milhões de anos, pois todos esses combustíveis se formaram a partir da decomposição de plantas e animais que ficaram soterrados entre camadas de rochas. Para Fogaça e Tutida (2007), a fotossíntese é a fonte fundamental de quase toda a energia biológica. Se não houvesse fotossíntese, não haveria alimento para a grande maioria dos seres vivos que não conseguem sintetizar seu próprio alimento (heterótrofos) e depende essencialmente dos seres autótrofos como fonte de matéria e energia. Observe a animação abaixo. Ela tem por objetivo estabelecer uma melhor compreensão do transporte de energia e matéria nas teias alimentares. Figura 4: Animação sobre transferência de energia Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ Para ativar animação, acesse o seguinte endereço eletrônico: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/simuladorese animacoes/2011/biologia/cadeia_alimentar.swf 16 4.5 Como as plantas realizam a fotossíntese? Conforme demonstra a Figura 03, através das raízes, as plantas absorvem a água e sais minerais, que é transportada até as folhas por vasos condutores – o xilema. As folhas e outras partes verdes das plantas absorvem do ar atmosférico o dióxido de carbono (CO2), por meio dos estômatos, estrutura localizada principalmente na face inferior da folha. Os estômatos são estruturas formadas por duas células-guardas, que quando estão túrgidas (cheias de água) apresentam um formato curvo, formando uma abertura – o ostíolo – que permitem as trocas gasosas da planta. Observe e analise a Figura 5. Figura 5. Estrutura de um estômato e as trocas gasosas. Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ Dependendo de algumas condições ambientais, as células guardas perdem água e “murcham”, e desta forma fecham o ostíolo, impedindo as trocas gasosas. Observe e analise a Figura 6. 17 Figura 6: Trocas gasosas em nível dos estômatos Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ Na perspectiva de possibilitar uma melhor compreensão e assimilação sobre a estrutura e função dos estômatos, será disponibilizada aos alunos uma animação sobre o assunto. Essa animação pode ser acessada pelos alunos no laboratório de informática. Está disponível no portal do professor, no seguinte endereço eletrônico: http://www.ib.unicamp.br/lte/bdc_uploads/materiais/video/material507_codigoBinario_pt.s wf No interior da célula vegetal, o dióxido de carbono (CO2) e a água (H2O), serão transformados em glicose (C6H12O6), água (H2O) e gás oxigênio (O2). Este processo é composto por uma série de reações químicas que dependem fundamentalmente da energia da luz solar. No entanto, é comumente representado por uma única equação química, conforme demonstra a Figura 7. 18 Figura 7: Equação da fotossíntese Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/ Graças à evolução biológica, plantas, algas e algumas bactérias apresentam em suas células uma substância denominada clorofila. A clorofila é uma molécula que além de conferir a cor verde às plantas também absorvem a energia luminosa que será transformada em energia química. Por ser uma radiação eletromagnética, a luz solar é composta por um espectro de ondas de diversos comprimentos. “Os raios gamas e os raios X têm comprimento de onda muito pequenos (menores que 10-9 cm), ao passo que os das ondas de rádio são da ordem de 104 cm” (HALL; RAO, 1980, p. 4). “Os comprimentos de onda mais curtos são mais energéticos e ou mais longos são menos energéticos” (Gonçalves, 2007, p.1). Desta forma pode-se concluir que “dentro do espectro de luz visível, o violeta tem o comprimento de onda mais curto e o vermelho, o mais longo. Analise a Figura 8. 19 Figura 8: Espectro eletromagnético Fonte: http.www.diaadiaeducacao.pr.gov.br O olho humano não consegue enxergar toda a radiação emanada do sol, apenas visualiza uma faixa do espectro formado pela luz branca. “Há cerca de 300 anos, o físico inglês Sir Isaac Newton (16421727) separou a luz em um espectro de cores visíveis ao passá-la através de um prisma” (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2007, p. 127). Observe a Figura 9. Figura 9: Decomposição da luz Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br Através deste experimento, “Newton mostrou que a luz branca [ou visível] de fato consistia em um conjunto de cores diferentes, variando do violeta em uma extremidade do espectro até o vermelho na outra” (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2007, p. 127). A faixa do violeta apresenta o comprimento de onda mais curto (cerca de 400 nm), do outro lado do espectro a faixa de cor vermelha tem comprimento de onda mais longo (cerca 700 nm). 20 Para que essa energia luminosa seja utilizada pelos seres vivos, é necessário que ela seja absorvida por alguns pigmentos (substância que absorve luz). Existem pigmentos que absorvem todos os comprimentos de onda, apresentando-se assim, na cor preta; por outro lado, existem pigmentos que refletem todos os comprimentos de onda apresentando-se na cor branca. No entanto, a maioria dos pigmentos absorve alguns comprimentos de onda e refletem outros, como é o caso da clorofila e demais pigmentos encontrados nas plantas. “A clorofila, [pigmento que confere a cor verde das folhas] reflete a luz verde e absorve com maior eficiência os comprimentos de onda das luzes azul e vermelha, nos quais a fotossíntese é mais intensa” (LOPES; ROSSO, 2005, p. 90). Isto ocorre devido ao fato de existirem diversos tipos de clorofila. Figura 10: Imagem de células com inúmeros cloroplastos Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br De acordo com Lopes e Rosso (2005), os principais tipos de clorofilas são: - clorofila a: encontrado nas cianofíceas e em todos os eucariontes fotossintetizantes; - clorofila b: encontrada nas plantas e algas verdes; - clorofila c: é característica das algas pardas e diatomáceas; - clorofila d: encontrada nas algas vermelhas; - bacterioclorofila: ocorre em bactérias fotossintetizantes. 21 As moléculas de clorofila apresentam diferenças na estrutura molecular, como pode ser observado na Figura 11, que representa uma molécula de clorofila a e outra de clorofila b. Figura 11: Estrutura molecular da clorofila Fonte: http://www.infoescola.com/plantas/clorofila/ Nos seres eucariontes, como algas e plantas, a clorofila se encontra no interior dos cloroplastos. Local onde ocorre a fotossíntese. 4.5 Qual a estrutura de um cloroplasto? Sabemos que a fotossíntese ocorre devido à absorção de luz pela clorofila, pigmento presente nos cloroplastos. Então, estudar a estrutura do cloroplasto é essencial para a compreensão deste importante processo que mantém a vida no planeta. O cloroplasto é delimitado por duas membranas lipoproteicas. A membrana interna sofre invaginações e formam estruturas chamadas de tilacoides. O interior do cloroplasto é constituído pelo estroma e diversos tilacoides. Os tilacoides se empilham, formando um granum, estrutura que se assemelha a uma pilha de moedas e que contém em seu interior os pigmentos fotossintetizantes, como a clorofila. Tais pigmentos são responsáveis pela absorção da energia luminosa. Enquanto o estroma é um fluído constituído por “proteínas 22 solúveis e enzimas, sendo responsável pela fixação do gás carbônico e produção de carboidratos” (MODESTO; SIQUEIRA, 1981, p. 13-1). Observe atentamente a Figura 12. Figura 12: Estrutura do cloroplasto Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br Todos os organismos fotossintetizantes possuem um ou mais pigmentos com capacidade de absorver a energia solar. As três principais classes de pigmentos encontrados em plantas e algas são as clorofilas, os carotenoides e a ficobilinas (HALL; RAO, 1980, p. 25). De acordo com Hall e Rao (1980) as clorofilas são os pigmentos que dão às plantas a sua cor verde característica. São insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos, [como o éter e a acetona]. A clorofila a é verde-azulada e a clorofila b é verde-amarelada, ambas se encontram nas folhas de plantas superiores e nas algas verdes. Os carotenóides são pigmentos amarelos ou alaranjados encontrados em todas as células fotossintetizantes. Normalmente, sua coloração não é evidente nas folhas, devido à maior concentração de clorofila. No outono, principalmente no hemisfério norte, a clorofila das folhas se desintegra e então surge a coloração dos carotenoides, conferindo uma coloração que vai do amarelo ao marrom. As ficobilinas são pigmentos constituídos por ficoeritrinas (pigmento vermelho) encontrados nas algas marinhas vermelhas e ficocianinas (pigmentos azuis) encontrados nas algas azuis. Os carotenoides e ficobilinas absorvem energia e transferem para a clorofila a, que realizará a fotossíntese. 23 Com o objetivo de tornar a aprendizagem, realmente significativa, propõe-se neste momento a realização de algumas aulas práticas possibilitando ao educando uma melhor compreensão e assimilação sobre as estruturas e função dos estômatos, dos cloroplastos e da clorofila. Atividade Experimental: ANEXO 1: Observação de cloroplastos ao microscópio ANEXO 2: Observação de estômatos ao microscópio ANEXO 3: Cromatografia de papel com diversos pigmentos vegetais 4.6 Como ocorre a absorção da luz solar no cloroplasto? Figura 13: Absorção da luz pelo cloroplasto Fonte: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br A fotossíntese inicia-se a partir do momento em que ocorre a absorção da energia luminosa pelos pigmentos presentes nos cloroplastos. Modesto e Siqueira (1981) relatam que ao ocorrer absorção de luz pela clorofila e demais pigmentos, seus elétrons passam a um nível energético mais alto, ficando no estado excitado, rico em energia. Essa energia absorvida desencadeará o processo de fotossíntese que consiste em um conjunto de reações que são 24 classificadas em duas etapas: etapa fotoquímica, que depende da energia absorvida e a etapa química, que não há necessidade da luz, porém depende dos produtos formados na etapa fotoquímica. Segundo Lopes e Rosso (2005), as reações que ocorrem na etapa fotoquímica são chamadas reações de claro e as que ocorrem na etapa química, reações de escuro, o que não quer dizer que elas ocorram apenas à noite. Em síntese pode-se dizer que para iniciar a etapa fotoquímica há necessidade de luz, enquanto a etapa química, não necessita da luz, ou seja, pode ocorrer durante o dia ou à noite. 4.7 Que reações ocorrem na etapa fotoquímica? Nesta etapa fotossintética ocorrem dois conjuntos de reações: a fotólise da água e a fotofosforilação. ETAPA FOTOQUÍMICA Fotólise da água Fotofosforilação Significa Significa “quebra da molécula de água” “adição de um fosfato ao ADP, produzindo ATP Fotólise da água: É a reação de quebra da molécula de água por meio da energia absorvida. 2 H2O água luz O2 + gás oxigênio 4 H+ + íons de hidrogênio O gás oxigênio é liberado para a atmosfera. 4 eelétrons 25 Os íons de H+ são recolhidos pelas moléculas de NADP (nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato) transformando-se em NADPH. Os elétrons liberados na quebra da molécula de água são utilizados na síntese do ATP (trifosfato de adenosina). De acordo com Linhares e Gewandsznajder (2005) essa síntese é chamada de fotofosforilação, porque a energia absorvida é utilizada para adicionar um fosfato (fotofosforilação) ao ADP [difosfato de adenosina], produzindo ATP. Produtos da etapa fotoquímica O2 – que é liberado para atmosfera NADPH – utilizada na etapa química ATP – armazena energia que será utilizada nas reações químicas da etapa química Atividade Experimental: ANEXO 4: Desprendimento de O2 na fotossíntese da elódea 26 4.8 Agora que já conhecemos a etapa fotoquímica, que reações ocorrem na etapa química? A etapa química da fotossíntese ocorre no estroma dos cloroplastos, sem a necessidade direta da luz (LOPES; ROSSO, 2005, p. 92). Por isso, conhecida como etapa de escuro. Esta fase é constituída por um conjunto de reações que utiliza o gás carbônico (CO2) absorvido do ar atmosférico através dos estômatos, além dos produtos formados na etapa fotoquímica – ATP e NADPH. Nesta fase, o gás carbônico (CO2) passará por uma série de reações de fixação do carbono que resultará na formação de moléculas de carboidratos (glicose, sacarose, amido, entre outras), que serão utilizadas como alimento para nutrição da planta. “Essa conversão de dióxido de carbono em compostos orgânicos é conhecida como fixação do carbono ou fixação do CO2” (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2007, p.134). As reações envolvidas no processo de fixação do carbono são frequentemente conhecidas como ciclo de Calvin, assim denominada em homenagem ao seu descobridor, “o cientista Melvin Calvin (1911-1997), que o elucidou, tendo recebido em função disso o Prêmio Nobel de Química em 1961” (LOPES; ROSSO, 2005, p. 92). O ciclo de Calvin ocorre em três etapas principais: 1ª) Quando o gás carbônico entra no ciclo e é fixado a molécula de RuDP (ribulose 1,5 bifosfato), formando o PGA (ácido fosfoglicérico). 2ª) Ocorre a transformação do PGA (ácido fosfoglicérico) em PGAL (aldeído fosfoglicérico), pela ação do ATP e NADPH provenientes das reações de claro. 3ª) Parte das moléculas de PGAL são regeneradas em RuDP, através de uma série de reações e outra parte das moléculas dará origem a glicose e outras substâncias orgânicas. 27 Simplificadamente, o ciclo de Calvin pode ser descrito da seguinte forma: Primeira etapa: O ciclo se inicia quando o gás carbônico (CO2) é incorporado a uma molécula de pentose chamada ribulose 1,5-difosfato ou simplesmente RuDP. Dessa união forma-se um composto instável com seis carbonos que se desdobra em duas moléculas com 3 carbonos – o PGA (ácido fosfoglicérico). Essas reações são desencadeadas graças a enzima ribulose difosfato carboxilase, frequentemente conhecida como “rubisco”. De acordo com Raven e colaboradores (2007) “rubisco” é a enzima mais abundante do mundo, estima-se que ela corresponde cerca de 40% do total de proteína solúvel da maioria das folhas. Segunda etapa: Nesta fase, cada molécula de PGA (ácido fosfoglicérico) é transformada em PGAL (aldeído fosfoglicérico) pela ação do ATP e do NADPH, produzidos na fase de claro. Terceira etapa: As moléculas de PGAL (aldeído fosfoglicérico) seguem dois caminhos distintos: ou dará origem a glicose e outras substâncias orgânicas, ou sofre diversas reações regenerando a RuBP (ribulose 1,5 bifosfato), reiniciando o ciclo. 28 Para melhor compreensão das reações que compõe o ciclo de Calvin observe e analise atentamente a Figura 14: 6 CO2 6 ADP 6 RuDP * (5C) E nzima Ribulose 6 ATP 6 Ribulose fosfato (5C) CICLO DE CALVIN 12 PGA ** (3C) 12 ATP 12 ADP 10 PGAL (3C) 12 NADPH 2 12 NADP 12 PGAL *** (3C) H2O 2 PGAL (3C) * RuDP - molécula de ribulose difosfato ** PGA - molécula de ácido fosfoglicérico *** PGAL - molécula de aldeido fosfoglicérico 1 molécula de glicose C6 H12 O6 Figura 14: Esquema do Ciclo de Calvin Fonte: Produção da autora deste material. As moléculas de PGAL (aldeído fosfoglicérico) que são liberadas do ciclo de Calvin possuem três carbonos, que se unem formando moléculas de glicose que contêm 6 carbonos. Porém, Raven e colaboradores (2007) afirmam que é pequena a quantidade de moléculas de glicose livre produzidas. A planta faz a conversão de tais moléculas em sacarose, a principal forma de transporte dos açúcares, ou em amido que podem ser temporariamente armazenado no estroma dos cloroplastos, durante o período luminoso. Durante a noite, a planta faz a conversão do amido em sacarose, que é transportada da folha para outras partes da planta. 29 Fogaça e Tutida (2007) relatam que os açúcares e demais substâncias produzidas pela planta, são transportados pelos vasos do floema para todas as partes da planta (das folhas à raiz). A planta utiliza parte destas substâncias como alimento para que possa viver e crescer, enquanto a outra parte permanece armazenada nas raízes, caules e sementes. Como exemplo, podemos citar, respectivamente, a mandioca, a cana-de-açúcar e o feijão. Observe a figura abaixo. Ela demonstra resumidamente todas as etapas da fotossíntese. Figura 15: Representação das etapas da fotossíntese Fonte: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/ A Figura 15 faz parte de um arquivo de animação que tem por objetivo auxiliar na assimilação dos conceitos que envolvem o processo de fotossíntese, acesse o link abaixo para ver a animação completa. http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/18399/open/file/Condigital_ base.swf?sequence=15&eventSource=2 Atividade Experimental: ANEXO 5: Detectar a presença de amido nas folhas das plantas 30 De acordo com a literatura, a fotossíntese é um processo complexo que envolve uma série de reações químicas. As reações químicas podem se processar de forma rápida ou mais lenta. Alguns fatores externos podem influenciar na velocidade das reações químicas da fotossíntese: luz, temperatura e concentração de CO2. 4.9 Como a intensidade de luz pode influenciar a fotossíntese? “Quando variamos a taxa de intensidade luminosa, a taxa de fotossíntese varia, mas a respiração permanece constante. Haverá um certo valor da taxa de intensidade luminosa em que o volume de gás oxigênio produzido na fotossíntese será igual ao volume desse gás consumido na respiração” (MACHADO, 2003, p. 85). Quando a quantidade de O2 produzido for igual à quantidade utilizada na respiração da planta é conhecido como ponto de compensação fótico. Desta forma, à medida que aumenta a intensidade luminosa a velocidade das reações da fotossíntese também aumenta até atingir o ponto de compensação fótico. A partir deste ponto, mesmo que ocorra um aumento da intensidade luminosa, não haverá aumento na produção de gás oxigênio, a produção de O2 permanecerá constante. Figura 16: Gráfico sobre influência da luz na fotossíntese Fonte: http://materiaestudada.blogspot.com/ 31 4.10 De que forma a temperatura pode alterar as reações químicas da fotossíntese? Se houver um aumento na intensidade de luz que incide sobre a planta, haverá um aumento na temperatura. “O aumento de temperatura acelera a velocidade das reações enzimáticas e, consequentemente, a velocidade da fotossíntese” (MACHADO, 2003, p. 85). No entanto, temperaturas acima de 40 ºC diminuem a velocidade das reações porque provocam desnaturação das enzimas. Figura 17: Gráfico sobre a influência da temperatura na fotossíntese Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fotossintese/fotossintese-6.php 4.11 E a concentração de gás carbônico como pode influenciar na velocidade da fotossíntese? Quando há um aumento na concentração de CO2 ao redor da planta, haverá melhor absorção e consequentemente um aumento na velocidade das reações da fotossíntese até o ponto de saturação. “A partir desse ponto a velocidade da fotossíntese permanece constante, independentemente do aumento da concentração de CO2” (MACHADO, 2003, p. 85). Figura 18: Gráfico sobre a influência da concentração de CO2 na fotossíntese Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fotossintese/fotossintese-6.php 32 5. CONHECENDO O SOFTWARE CMAP TOOLS NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA Além de utilizar os recursos tradicionais para a construção dos mapas conceituais, o professor também pode fazer uso dos recursos de informática. Existem alguns softwares “disponíveis na internet que oferecem recursos variados com a finalidade de construção de mapas conceituais” (RAZERA, 2006, p. 98). Especificamente neste projeto indicamos o software Cmap Tools, por ser um software livre, disponível na internet para download, de fácil manuseio permitindo ao aluno construir, navegar, compartilhar e criticar diversos modelos de mapas conceituais. A escolha deste software também se deve ao fato do mesmo estar disponível nos computadores da Paraná Digital, portanto, de fácil acesso aos professores e alunos. O Cmap Tools é uma ferramenta distribuída gratuitamente pelo IHMC1 que a disponibiliza em conjunto com outras ferramentas com o objetivo de proporcionar ambientes colaborativos e prover aos estudantes meios de colaborar em nível de conhecimento, permitindo que os usuários construam Mapas Conceituais e dividam o conhecimento expresso em seus Mapas com outros estudantes. A ferramenta Cmap Tools além de apresentar uma estratégia cognitiva para representação do conhecimento através dos Mapas Conceituais nos apresenta recursos para formatação dos Mapas, ou seja, adicionar recursos aos Mapas: sons, imagens, vídeos, textos e até mesmo outros Mapas para detalhar melhor os conceitos (CABRAL; OLIVEIRA, 2003, p. 2). Nesta fase do trabalho, os alunos receberão instrução sobre a utilização do software Cmap Tools e em seguida irão construir, no computador, o mapa conceitual confeccionado durante os trabalhos. Para instruir os alunos sobre o mecanismo de funcionamento do software Cmap Tools serão utilizados dois materiais disponíveis na internet. O manual “Como criar Mapas Conceituais utilizando o Cmap Tools” da Universidade Luterana do Brasil e o “Manual do IHMC Cmap Tools”, respectivamente postados, nas seguintes páginas. http://www.ufpel.edu.br/lpd/ferramentas/cmaptools.pdf. http://www.cecgodoy.pro.br/sc2008/index.php?option=com_content&task=view&id=5..... 33 6. AVALIAÇÃO Moreira (2010) relata que ao utilizar os mapas conceituais como instrumento de avaliação de aprendizagem, o professor terá uma visualização da organização conceitual que o aluno tem sobre determinado conteúdo. O autor afirma que se trata basicamente de uma técnica não tradicional de avaliação que busca informações sobre os significados e relações significativas entre conceitos-chave da matéria de ensino, segundo o ponto de vista do aluno. Os mapas construídos por aluno ou pelo professor têm significado muito pessoal. Por isso, mapas estruturados por dois alunos na avaliação da aprendizagem sobre um determinado conteúdo apresentará semelhanças e diferenças. Contudo, não se pode dizer que um seja melhor que o outro ou que um esteja certo e outro errado. Eles apenas evidenciam o entendimento que cada aluno tem sobre o assunto. No entanto, “o professor precisa tomar cuidado para não cair no relativismo onde „tudo vale‟: alguns mapas são definitivamente pobres e sugerem falta de compreensão” (Ibid, 2010, p. 24). Sobre o uso de mapas conceituais na avaliação, Moreira (2010, p. 24) descreve [...] Mapas conceituais são dinâmicos, estão constantemente mudando no curso da aprendizagem significativa. [...] Portanto, não faz muito sentido querer avaliá-los como se avalia um teste de escolha múltipla ou um problema numérico. A análise de mapas conceituais é essencialmente qualitativa. O professor, ao invés de preocupar-se em atribuir um escore ao mapa traçado pelo aluno, deve procurar interpretar a informação dada pelo aluno no mapa a fim de obter evidências de aprendizagem significativas. Explicações do aluno, orais ou escritas, em relação a seu mapa facilitam muito a tarefa do professor nesse sentido. Para o professor, o mapa conceitual é um bom instrumento para detectar com grande rapidez a quantidade e a qualidade da informação que um aluno possui. Isto facilita o trabalho do professor no planejamento dos conteúdos a serem trabalhados. Especificamente neste projeto de ensino os mapas conceituais serão utilizados no início do trabalho para averiguação dos conhecimentos prévios dos alunos e após a abordagem e discussão do assunto. Para avaliar os conceitos compreendidos no final do processo de ensino aprendizagem, cada aluno retomará o mapa inicialmente construído no qual acrescentará os conceitos assimilados no decorrer das aulas ministradas. O mapa inicial 34 será confeccionado por cada aluno, mas terão a oportunidade de estar em pequenos grupos (dois ou três alunos), enquanto que no mapa final cada aluno fará, individualmente, a sua construção. O objetivo é averiguar se houve assimilação de novos conceitos, ou seja, qual foi o crescimento qualitativo de cada aluno comparando o mapa inicial e o mapa final. REFERÊNCIAS AUSUBEL, D. P.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia Educacional. 2. ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. BRUNER, Jerome S. O processo da educação. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974. CABRAL, Anderson Ricardo Yanzer; OLIVEIRA, Taiana Rosales de. Como criar Mapas Conceituais utilizando o Cmap Tools. Guaíba, 2003. Disponível em: <http://www.ufpel.edu.br/lpd/ferramentas/cmaptools.pdf>. Acesso em: 17 fev. 2011. FOGAÇA, Rafaela; TUTIDA, Diogo. Como funciona a fotossíntese. 2007. Disponível em: < http://ciencia.hsw.uol.com.br/fotossintese.htm/>. Acesso em: 01 jun. 2011. FREITAS FILHO, João Rufino de. Mapas conceituais: estratégia pedagógica para construção de conceitos na disciplina química orgânica. Ciência & Cognição, Rio de Janeiro, v. 12, p. 86-95, dez 2007. Disponível em: <http://www.cienciasecognicao.org/pdf/v12/m347181.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2010. GONÇALVES, Fabiana Santos. Fotossíntese. 2007. Disponível em: http://www.infoescola.com/biologia/fotossíntese/print. Acesso em: 01 jun. 2011. HALL, D. O.; RAO, K. K. Fotossíntese. São Paulo: Pedagógica e Universitária Ltda, 1980. LEMOS, Evelyse dos Santos. Situando a teoria de aprendizagem significativa na prática docente, na formação de professores e nas investigações educativas em ciências. ABRAPEC, Minas Gerais, v. 5, n. 3, p. 38-51, set-dez. 2005. Disponível em: <http://www.fae.ufmg.br/abrapec/revista/index.html>. Acesso em: 30 ago. 2010. 35 LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia. São Paulo: Ática, 2005. LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia. São Paulo: Saraiva, 2005. MACHADO, Sídio. Biologia para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2003. MARTINS, Renata Lacerda Caldas; LINHARES, Marília Paixão; REIS, Ernesto Macedo. Mapas conceituais como instrumento de avaliação e aprendizagem de conceitos físicos sobre mecânica do vôo. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Minas Gerais, v. 9, n. 1, 2009. Disponível em: <http://www.fae.ufmg.br/abrapec/revistas/V9N1/v9n1a3.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2010. MASINI, Elcie F. Salzano; MOREIRA, Marco Antonio e colaboradores. Aprendizagem Significativa. 1. ed. São Paulo: Vetor, 2008. MODESTO, Zulmira Maria Motta; SIQUEIRA, Nilza Janete Baraldi. Botânica. São Paulo: Pedagógica e Universitária Ltda, 1981. MORAES, Patrícia Favoretto. O aporte de mapas conceituais na avaliação da contextualização e integração de saberes no ensino médio de ciências/química. In: MOSTRA ACADÊMICA UNIMEP, 7., 2009, São Paulo. Anais eletrônicos... São Paulo: UNIMEP, 2009. Disponível em: <http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/7mostra/1.htm>. Acesso em: 12 set. 2010. MORAES, Ronny Machado de. A Aprendizagem Significativa de conteúdos de Biologia no Ensino Médio, mediante o uso de organizadores prévios e mapas conceituais. Campo Grande: [2005]. Disponível em: <http://www3.ucdb.br/mestrados/arquivos/dissert/223.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2010. MOREIRA, Marco Antonio. Ensino e Aprendizagem: Enfoques teóricos. 3. ed. São Paulo: Moraes, [198-?]. MOREIRA, Marco Antonio. Mapas Conceituais e Aprendizagem Significativa. São Paulo: Centauro, 2010. NOVAK, Joseph D. Aprender criar e utilizar o conhecimento. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 2000. 36 PEÑA, Antonio Ontoria et al. Mapas Conceituais: Uma técnica para aprender. Trad. Maria José Rosado-Nunes e Thiago Gambi. São Paulo: Loyola, 2005. RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. RAZERA, Júlio César Castilho. O uso de mapas conceituais em projetos de aprendizagem integrados a recursos da informática: aplicação procedente ou atividade inútil? In: TEIXEIRA, Paulo Marcelo Marini (Org.). Ensino de Ciências – Pesquisas e reflexões. São Paulo: Holos, 2006. p. 97-108. SILVEIRA, Felipa Pacifico Ribeiro de Assis. Levantamento preliminar de habilidades prévias: subsídios para a utilização de mapas conceituais como recurso didático. Experiências em Ensino de Ciências, UFRGS, Rio Grande do Sul, v. 3, n. 2, p. 85-96, 2008. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/eenci/artigos/Artigo_ID62/v3_n2_a2008.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2010. 37 ANEXOS 38 ANEXO 1: Observação de cloroplastos ao microscópio Objetivo: - Visualizar os cloroplastos presentes na folhas de elódea e/ou tradescantia sp. Materiais: - Microscópio - Lâmina e lamínula - Pinça de pontas finas - Tesoura - Conta- gotas - Elódea e/ou tradescantia sp. Procedimentos: 1. Com o auxílio da pinça e tesoura, destacar uma folha da região apical da elódea. 2. Coloque a folha sobre uma lâmina bem limpa. 3. Pingue uma gota de água sobre a folha. 4. Coloque cuidadosamente, uma lamínula sobre a folha, evitando a formação de bolhas de ar. 5. Observe ao microscópio, em todas as objetivas, iniciando pela de menor ampliação. 6. Faça um esquema no caderno. Questionamentos: 1. Qual a função dos cloroplastos? 2. Porque os cloroplastos apresentam-se na cor verde? 3. Com base no conhecimento já abordado, faça um esquema da estrutura interna do cloroplasto. 39 ANEXO 2: Observação de estômatos ao microscópio Objetivos: - Observar a estrutura celular dos estômatos. - Observar o ostíolo, verificando se está aberto ou fechado. Materiais: - Microscópio - Lâmina e lamínula - Folhas de plantas como beijinho (Impatiens walleriana), boldo ou outra. - Conta-gotas Procedimentos: 1. Cada dupla de alunos montará uma lâmina. 2. Pegue uma folha da planta desejada e retire uma fina camada da parte inferior. 3. Coloque o material sobre a lâmina limpa. Se necessário, estenda bem o material com o auxílio de um pincel de pintura. 4. Pingue uma gota de água sobre o material e cubra cuidadosamente com uma lamínula. 5. Leve a lâmina ao microscópio e observe em todas as objetivas. Questionamentos: 1. Faça um esquema da estrutura do estômato que você observou na maior objetiva. 2. Os estômatos, que você observou, se encontram com os ostíolos abertos ou fechados? 3. Quais as funções desempenhadas pelos estômatos? 4. Os estômatos são encontrados em que partes da planta? 40 ANEXO 3: Cromatografia de papel com diversos pigmentos vegetais Objetivo: - Extrair e observar os diferentes pigmentos encontrados nas folhas dos vegetais. Materiais: - folhas verdes (espinafre) e folhas coloridas (Setcraesea púrpura) - almofariz e pistilo - areia fina - funil - papel filtro - bastão de vidro - béquer ou tubo de ensaio - acetona ou álcool 90% - placa de aquecimento - panela - béquer Procedimentos: 1. Ligue a placa de aquecimento e coloque uma panela com água para aquecer, que será utilizada para o banho-maria. Observação: Todos os procedimentos abaixo deverão ser realizados separadamente para as folhas verdes (espinafre) e a folhas coloridas (Setcraesea púrpura). 2. Colete algumas folhas, triture com as mãos e coloque em um almofariz. 3. Acrescente uma pequena quantidade de areia fina sobre as folhas (a areia facilita a trituração). 4. Faça a maceração até esmagar totalmente as folhas. 5. Acrescente um pouco de álcool ou acetona e macere mais um pouco. 41 6. Transfira a mistura para um béquer ou tubo de ensaio e aqueça em banho-maria por 5 minutos. 7. Retire do banho-maria e faça a filtragem do material. 8. Coloque o líquido obtido na filtragem em um béquer. 9. Utilizando uma tira de papel filtro, mergulhe uma das pontas no líquido do béquer, mantendo-a no máximo 1 cm dentro do líquido. 10. Aguarde de 20 a 30 minutos para que o líquido suba no papel filtro. 11. Em seguida, retire o papel do líquido e deixe secar. 12. Após a secagem, observe as faixas de cores dos pigmentos extraídos. Questionamentos: 1. Quais as faixas de cores observadas no papel das folhas verdes e das folhas coloridas? 2. Identifique os pigmentos fotossintéticos presentes nos dois vegetais? 3. Baseando-se na cromatografia realizada, explique porque o espinafre apresenta folhas extremamente verdes enquanto a Setcraesea púrpura possui folhas no tom violeta? 4. O que deve ter acontecido às células para que a clorofila possa ter saído? 5. Utilizando o conhecimento adquirido em aulas anteriores, explique a razão das folhas apresentarem cor verde. 6. De acordo com o conhecimento anteriormente adquirido, explique o motivo pelo qual as folhas verdes se tornam amareladas no outono. 42 ANEXO 4: Desprendimento de O2 na fotossíntese da elódea Objetivos: - Provar que a planta, ao realizar fotossíntese, libera o gás oxigênio para o ambiente. - Observar a importância da energia luminosa para ativação do processo de fotossíntese. Materiais: - Planta aquática elódea - Béquer - Funil de vidro - Tubo de ensaio Procedimentos: 1. Pegue um béquer e coloque água, aproximadamente ¾ do volume. 2. Pegue um funil coloque alguns ramos da planta elódea e vire sobre o béquer com água. 3. Coloque água em um tubo de ensaio até encher completamente. Tampe o tubo de ensaio com o polegar e vire sobre o bico do funil, cuidando para não entrar ar no tubo de ensaio. 4. Utilizando os procedimentos de 1 a 3, monte outro material. 5. Coloque um material (1) em local bem iluminado (pode-se usar uma luminária) e o outro material (2) deixe em um ambiente sem luz ou cubra com uma caixa de papelão, por exemplo. 6. Aguarde, 30 minutos aproximadamente, e compare os dois materiais. 43 Questionamentos: 1. O que está acontecendo no material que ficou na ausência e o outro que ficou na presença de luz? 2. Qual é o gás que está sendo liberado no material (1)? 3. Porque a elódea está liberando esse gás? 4. Como a elódea consegue produzir esse gás? 5. Pense! De que forma podemos provar que o gás emitido pela elódea é o oxigênio? 44 ANEXO 5: Detectar a presença de amido nas folhas das plantas Objetivos: - Observar a influência da energia luminosa na produção de compostos orgânicos durante o processo de fotossíntese. - Verificar a produção e armazenamento de amido nas folhas de vegetais com diferentes pigmentos. Materiais: - Planta com folhas de diferentes colorações. Ex. Pelargônio, hibisco, entre outras. - Solução de iodo - Papel alumínio - Tesoura - Placa de aquecimento - Panela para banho-maria - Álcool a 90% Procedimentos: 1. Deixar o vaso de planta a ser utilizada num ambiente sem luz, por 48 horas. Pode ser colocado dentro de um armário fechado, por exemplo. 2. Após retirar o vaso de planta do armário, cobrir algumas folhas com papel alumínio e colocar a planta sob luminosidade por mais 24 horas. 3. Depois de ficar sob luminosidade, cortar algumas folhas que ficaram expostas à luz e aquelas que foram cobertas com o papel alumínio. 4. Colocar as folhas, uma a uma, na água fervente por 3 minutos. 5. Introduzir as folhas fervidas em álcool em ebulição, em banho-maria, até ficarem descoradas. 45 6. Colocar um pouco de solução de iodo em placas de Petri. 7. Retirar, com auxílio de uma pinça, uma folha de cada vez, passando-a pela água fervente e em seguida colocá-la sobre a solução iodada da placa de Petri. 8. Observe e registre os resultados. Questionamentos: 1. Qual a função da solução iodada, utilizada no experimento? 2. Explique a diferença de resultados entre as folhas que ficaram na presença/ausência da luz. 3. Explique o fato da distribuição não uniforme de amido no limbo da folha que ficou em presença da luz.