NOTA FINAL Caderno de Resultados - 3ª Fase – Prova Experimental Para alunos do 2º ano Instruções – Leia atentamente antes do início do procedimento experimental. 1. Este caderno contém CINCO folhas, incluindo esta com as instruções. Confira antes de começar a resolver a prova. Qualquer problema chame o fiscal. 2. Os resultados e cálculos para cada questão (não só a resposta) devem ser escritos à CANETA. Caso não o seja, a questão será desconsiderada. 3. Procure organizar as idéias antes de transferir os resultados para o caderno. 4. O verso das folhas é reservado para rascunho, que não será considerado na correção. 5. É permitido apenas o uso de lápis, caneta, régua e borracha. O uso de lápis e borracha é permitido apenas no rascunho e como auxílio à construção de gráficos. 6. O aluno deve estar de posse de seu documento de identificação com FOTO RECENTE. Se o mesmo tiver documentação com foto que não permita o reconhecimento, o documento será retido para posterior averiguação pela Comissão Examinadora. 7. O conjunto experimental utilizado deve ser deixado sobre a bancada nas mesmas condições em que foi encontrado. 8. Não é permitido o uso de quaisquer tipos de calculadora. 9. Somente o Caderno de Respostas deverá ser devolvido no final da prova. 10. Esta prova tem 2 (duas) horas de duração e o estudante deverá permanecer na sala, no mínimo, 60 minutos. Nome: GABARITO Nº e tipo de documento de identificação apresentado: Nome da Escola: e-mail: Cidade: Estado: Assinatura Para uso da Comissão Organizadora Nacional Série: 1a QUESTÃO – Nota a) A expressão que relaciona capacidade térmica (C), calor (Q) e variação de temperatura (∆T) é C= b) A expressão que relaciona capacidade térmica (C), calor específico (c) e massa (m) é c) A expressão que relaciona Potência (P), energia (E) e variação de tempo (∆t) é P= c= Q ∆T C m E ∆t 2a QUESTÃO - Nota a) O calor recebido pela água é calculado pela expressão: Q = c ⋅ m ⋅ ∆T As temperaturas inicial e final da água dependem do ambiente em que foi realizado o experimento e de quanto tempo o ebulidor permaneceu ligado. Como exemplo, temos: Temperatura inicial da água: Ti = 23oC Temperatura final da água: Tf = 54oC Volume da água: Va = 200 ml A massa de água (ma) é obtida multiplicando-se o volume pela densidade: ma = 200⋅1 = 200 g. Logo, Q = 1 ⋅ 200 ⋅ (54 − 23) = 6.200 calorias b) A energia gasta pelo ebulidor é calculada pela expressão: E = P ⋅ ∆t Em nosso exemplo, temos: Variação de tempo: ∆t = 2min e 3s = 123 s Potência do ebulidor: P = 210 W Logo, E = 210 ⋅ 123 = 25.830 joules Pelo princípio da conservação da energia, os 25.830 joules correspondem às 6.200 calorias. Logo, uma caloria corresponde a 25.830 ≅ 4,17 joules. 6.200 1 cal ≅ 4,17 J 3a QUESTÃO – Nota A temperatura inicial da água fria depende do ambiente, e a temperatura inicial da água quente depende de quanto se aqueceu a água. Os dados utilizados aqui, e que estão na tabela abaixo, são um exemplo. Experimento 1: O calor cedido pela água quente é: Qaq = c ⋅ m ⋅ ∆T = 1 ⋅ 150 ⋅ (41 − 52) = −1.650 cal. O calor recebido pela água fria é: Qaf = c ⋅ m ⋅ ∆T = 1 ⋅ 100 ⋅ ( 41 − 23) = 1.800 cal. O calor cedido pelo calorímetro é: Qc = C ⋅ ∆T = C ⋅ ( 41 − 52) = −11 ⋅ C cal. Por conservação de energia, temos: Qaq+ Qaf + Qc = 0 ⇒ - 1.650 + 1.800 – 11C = 0 ⇒ C ≅ 13,6 cal/oC. Experimento 2: O calor cedido pela água quente é: Qaq = c ⋅ m ⋅ ∆T = 1 ⋅ 150 ⋅ (39 − 50,5) = −1.725 cal. O calor recebido pela água fria é: Qaf = c ⋅ m ⋅ ∆T = 1 ⋅ 100 ⋅ (39 − 23) = 1.600 cal. O calor cedido pelo calorímetro é: Qc = C ⋅ ∆T = C ⋅ (39 − 50,5) = −11,5 ⋅ C cal. Por conservação de energia, temos: Qaq+ Qaf + Qc = 0 ⇒ - 1.725 + 1.600 – 11,5C = 0 ⇒ C ≅ 10,9 cal/oC. Experimento 3: O calor cedido pela água quente é: Qaq = c ⋅ m ⋅ ∆T = 1 ⋅ 150 ⋅ (38,5 − 49) = −1.575 cal. O calor recebido pela água fria é: Qaf = c ⋅ m ⋅ ∆T = 1 ⋅ 100 ⋅ (38,5 − 23) = 1.550 cal. O calor cedido pelo calorímetro é: Qc = C ⋅ ∆T = C ⋅ (38,5 − 49) = −10,5 ⋅ C cal. Por conservação de energia, temos: Qaq+ Qaf + Qc = 0 ⇒ - 1.575 + 1.550 – 10,5C = 0 ⇒ C ≅ 2,3 cal/oC. Experimento 1 Massa Massa Temp. inicial Temperatura Capacidade Temp. inicial água quente (g) água quente (oC) água fria (g) água fria (oC) de equilíbrio (oC) térmica (cal/oC) 150 52 100 23 41 13,6 2 150 50,5 100 23 39 10,9 3 150 49 100 23 38,5 2,3 Valor médio: C = 9,0 cal/oC QUESTÃO 4 - Nota Retomando os dados da 2a questão, calculamos novamente o equivalente elétrico da caloria, levando em consideração a capacidade térmica do calorímetro: O calor absorvido pela água durante os 2min e 3s em que o ebulidor permaneceu ligado foi: Qa = 6.200 cal. O calor recebido pelo calorímetro, durante o mesmo intervalo de tempo é: Qc = C.(∆T) = 9,0 (54-23) = 279 cal. A energia gasta pelo ebulidor durante esse tempo foi: E = 25.830 J. Logo, o novo valor do equivalente elétrico da caloria (J) será: J= 25.830 ≅ 3,99 J/cal. 6200 + 279 QUESTÃO 5 - Nota Considerando o valor do equivalente elétrico da caloria, atualmente aceito, 4,18 J/cal, calculamos o erro percentual entre o resultado obtido e o valor esperado. Resultado da 2a questão: erro = Resultado da 4a questão: erro = 4,18 − 4,17 4,18 4,18 − 3,99 4,18 × 100 ≅ 0,2% . × 100 ≅ 4,5% . Para o nosso exemplo, o menor erro percentual é o da 2a questão, referente ao experimento em que não se levou em consideração a capacidade térmica do calorímetro. Esse resultado não era esperado, já que se levando em conta as perdas de energia do experimento, ou seja, considerando a capacidade térmica do calorímetro, o resultado deveria se aproximar do valor atualmente aceito. Isto significa que o experimento possui fontes de erro que necessitam de uma análise mais detalhada. A variação dos valores obtidos na determinação do equivalente do calorímetro é um exemplo desta proposição. As principais fontes de erro experimental desta prática são as seguintes: • A escala do Becker é relativamente imprecisão, dando-nos um erro de aproximadamente 5% nas medidas de volume de água. Consideremos, por exemplo, na 2a questão, que esse erro tenha ocorrido, e que, então, o volume real de água tenha sido de 190 ml. Nesse caso, o calor recebido pela água, durante os 2min e 3s, seria de 5.890 cal, e o valor do equivalente elétrico da caloria seria de aproximadamente 4,39 J/cal, o que nos daria um erro percentual de aproximadamente 4,9%. Se considerarmos a capacidade térmica do calorímetro, o valor do equivalente elétrico seria de 4,19 J/cal, que corresponde a um erro percentual de aproximadamente 0,2%. Esse tipo de resultado é o que na verdade esperaríamos obter. • A leitura do termômetro também é uma importante fonte de erro experimental, de ± 0,5 oC. Considerando esse erro no cálculo do calor recebido pela água, na 2a questão, poderíamos chegar a 6.000 cal, o que implicaria em um equivalente elétrico de aproximadamente 4,31 J/cal (erro de 3,1%). Considerando a capacidade térmica do calorímetro, esse valor seria de aproximadamente 4,12 J/cal (erro de 1,2%). • A perda de calor para o ar também é uma importante fonte de erro experimental, mas em menor escala, já que a temperatura da água, registrada no termômetro, diminui muito pouco durante o tempo em que os dados são coletados; isto é, aproximadamente 0,5 oC em 2 minutos, para uma temperatura de até 50 oC. Nesse caso, o calor recebido pela água seria de aproximadamente 6.300 cal e o equivalente elétrico seria de 4,1 J/cal. Com a capacidade térmica do calorímetro, esse valor passaria a aproximadamente 3,93 J/cal. Esse resultado não é muito diferente daquele encontrado na prática.