SATA/12/2014 30 Junho de 2014 AGRICULTURA Aquecimento global - Não lavrar os terrenos pode reduzir os picos de calor Um estudo realizado por autores suíços vem dizer que uma agricultura sem a lavoura dos terrenos, pode fazer baixar até 2º a temperatura nos picos de calor extremo, contribuindo, assim, para o combate ao aquecimento global. O não lavrar a terra mantém no solo os resíduos das colheitas anteriores, que reflectem muito mais os raios solares, reduzindo a quantidade de calor absorvido pelo solo. A manutenção dos resíduos no solo contribui, também, para a retenção da humidade no solo, o que diminui a evaporação sem, contudo, afectar o efeito de abaixamento da temperatura dos resíduos. Com esta situação, existe uma maior conservação de carbono no solo, que é o principal gás a efeito de estufa que lançamos para a atmosfera. Esta técnica de sementeira directa, está muito expandida no continente americano, enquanto na Europa está pouco difundida, pelo que os autores do estudo defendem que existe uma margem muito grande para baixar a temperatura nos picos de calor extremo (Fonte: Agroinfo). Ver documento Alentejo já colhe papoilas e vai ter fábrica para produzir morfina em Beja Os "frutos" da primeira plantação industrial de papoila no Alentejo estão a ser colhidos, num projecto de uma farmacêutica escocesa, que está a construir uma fábrica para produzir morfina em Beja, a partir de papoilas semeadas na região. Na zona do Alqueva, uma máquina especializada colhe as primeiras papoilas semeadas, em Novembro de 2013, em 800 hectares de cerca de 40 agricultores alentejanos, através do projecto da Macfarlan Smith. Para "reduzir o risco e aumentar a segurança do abastecimento", a empresa precisava de expandir a sua área de plantação de papoilas no Reino Unido e, após analisar vários sítios na Europa, optou pelo Alentejo, que tem "os ingredientes para produzir uma boa colheita", conta o director de operações para Portugal. A primeira colheita "parece ser bastante aceitável", congratula-se, indicando que a empresa quer dobrar a área de plantação no Alentejo para 1.600 hectares em 2015 e para 3.200 hectares em 2016 (Fonte: Agência Lusa). Ver documento O que se deve fazer em Julho Mês de ceifa e debulha dos cereais. Na Horta semear agrião, alface, beldroega, cenoura, feijão de trepar e anão, nabo, rabanete, repolho, salsa, e as couves de Bruxelas, nabo e flor. Semear feijãoverde e alfaces (para antes dos primeiros frios do Inverno), nabo e couves tardias; e no final do mês, cenoura, rábano, salsa e plantas análogas. Colher alfaces, alho, beterraba roxa, beringela, cebola, cenoura, couves, espinafre de Verão, feijão, tomate. Terminar a colheita da batata temporã e começar a destinada à semente. No final do mês, os aipos e alguns melões. Cavar as terras dos canteiros. Roçar mato para estrume. Regar ao amanhecer ou entardecer. No Quarto Crescente cobrir cepas. No Jardim semear amores-perfeitos, calêndulas, cinerarias, etc., e as plantas bienais e vivazes de germinação lenta, para transplante no Outono. Colher as primeiras sementes (Fonte: Borda D`Água 2014 – Editorial Minerva). 1 Excesso de produção põe mirtilo a metade do preço habitual O excesso de produção do mirtilo em Portugal, que coloca alguns jovens produtores em apuros, está relacionada com o facto de Portugal ter cada vez menos capacidade de escoar o fruto para mercados externos. A empresa que concentra a comercialização e exportação de mirtilos em Portugal vai vender este fruto por cerca de metade do preço habitual, por causa do excesso de produção em relação à procura. O presidente da Mirtilusa explicou que o aumento de produção de 70 para 100 toneladas pode colocar em causa alguns dos projectos de financiamento que alguns produtores se candidataram. “Se não conseguirmos exceder o stock o mais provável é interromper a apanha do fruto. “Só que isso vai ser o caos, porque vai toda a gente reflectir em relação à produção de mirtilos”. Caso isto se verifique, o presidente da Mirtilusa mostrou-se preocupado com o futuro dos jovens produtores que fizeram candidaturas perante uma plantação que poderá deixar de ser rentável (Fonte: Rádio Noticias TSF). Ver documento Procura internacional pelo mirtilo português semelhante à de anos anteriores A procura internacional pelo mirtilo produzido em Portugal está a ser nesta época semelhante à dos anos anteriores, segundo as conclusões de uma reunião que juntou comerciantes e exportadores em Sever do Vouga para analisar a campanha de 2014."Foi unânime a opinião de que existe uma procura internacional semelhante à dos anos anteriores, o que tem assegurado o normal escoamento da produção. Alguns empresários afirmaram mesmo que já não têm mais produto para venda. Referiram que na presente campanha os preços voltaram a rondar os preços médios das campanhas de anos passados", refere o texto das conclusões. Os participantes alertaram, contudo, para "o carácter excepcional dos preços praticados na campanha de 2013 (ano em que foi batido respectivo recorde), pelo que tais valores não devem ser tomados como referência" (Fonte: Agência Lusa). Ver documento Preços mundiais de lacticínios podem recuperar nos próximos seis meses Os preços mundiais dos lacticínios suavizaram consideravelmente ao longo do segundo trimestre do ano, com umas quedas de 10 a 20 por cento. Esta situação deve-se a uma melhoria da produção de leite em algumas regiões de exportação e diminuição das compras a termo por parte da China, de acordo com a última informação do Rabobank. Prevê-se que a produção de leite desacelere significativamente no segundo semestre de 2014, como consequência de piores preços. Também para o consumo nas regiões de exportação espera-se uma melhoria lente devido ao aumento dos rendimentos dos consumidores, o crescimento de emprego e a queda dos preços a retalho. Esta melhoria na procura poderá conduzir a um progresso dos preços em finais de 2014 e início de 2015 (Fonte: Agrodigital). Ver documento 2 Copa-Cogeca prevê um aumento de 2,3 por cento para a colheita de cereais da UE O Copa-Cogeca publicou as suas novas estimativas para a campanha 2014/2015 de cereais na União Europeia dos 28, as quais confirmam uma boa colheita europeia, com um crescimento de 2,3 por cento, frente aos níveis do ano passado. A publicação destes dados partiu do grupo de trabalho “Cereais”. Durante e reunião, muitos Estados-membros indicaram que as estimativas da colheita da União Europeia (UE) para este ano são muito boas e espera-se alcançar um total de 304.147 milhões de toneladas, marcando a diferença com o resto do mundo. O presidente do grupo de trabalho destacou o problema das condições meteorológicas imprevisíveis e a doença da ferrugem amarela que surgiu em alguns países. O responsável sublinhou a necessidade de dispor de instrumentos apropriados, incluindo plantas resistentes a doenças, novas e melhores variedades, investigação, desenvolvimento e produtos fitossanitários eficientes (Fonte: CONFAGRI). Ver documento Expansão significativa da área de produção do tomate para a indústria As previsões, a 31 de Maio, apontam para um aumento das áreas de tomate para a indústria (+20%) e de batata de regadio (+5%) e para decréscimos no milho (-10%), arroz (-5%) e girassol (-10%). Na campanha dos cereais de outono/inverno esperam-se aumentos generalizados de produtividade (+10% no trigo duro, +25% no trigo mole e +35% no triticale, cevada e aveia). Relativamente aos frutos, prevê-se um decréscimo na produtividade da cereja (-10%), cultura que voltou a ser bastante afectada pelas condições climatéricas adversas que ocorreram na fase da floração/polinização e, posteriormente, na altura da colheita. Em sentido inverso, o rendimento unitário do pêssego deverá aumentar 25% (Fonte: INE). Ver documento Titularidade dos recursos hídricos Lei n.º 34/2014. D.R. n.º 116, Série I de 2014-06-19 - Procede à segunda alteração à Lei n.º 54/2005, de 15 de Novembro, que estabelece a titularidade dos recursos hídricos, actualizando as suas disposições e concretizando o disposto no artigo 2.º da Lei n.º 78/2013, de 21 de Novembro, no que respeita à definição dos requisitos e prazos necessários para a obtenção do reconhecimento de propriedade sobre parcelas de leitos ou margens das águas de mar ou de quaisquer águas navegáveis ou flutuáveis. Assim, torna mais flexível o regime da prova aplicável aos privados para reconhecimento da sua propriedade. Até 1 de Janeiro de 2016, a autoridade nacional da água identifica, torna acessíveis e públicas as faixas do território que, de acordo com a legislação em vigor, correspondem aos leitos ou margens das águas do mar ou de quaisquer águas navegáveis ou flutuáveis que integram a sua jurisdição, procedendo igualmente à sua permanente actualização (Fonte: Diário da República). Ver documento 3 Ambiente: 239 milhões de € estarão disponíveis em 2014 para propostas de projectos A Comissão Europeia lançou o convite à apresentação de propostas ao abrigo do programa de financiamento LIFE para projectos dedicados ao ambiente. O subprograma “Ambiente” do programa LIFE disponibilizará 238,86 milhões de € em 2014 para desenvolver e pôr em prática novas formas de resposta aos desafios ambientais em toda a Europa, incidindo em particular na conservação da natureza e da biodiversidade, na eficiência de utilização dos recursos e na governação e informação em matéria ambiental. O prazo para a apresentação de propostas decorre até 16 de Outubro de 2014 para os projectos tradicionais e para os projectos integrados foi fixado em 10 de Outubro de 2014 (Fonte: Comissão Europeia). Ver documento Regras para a utilização da referência “porco preto” Decreto-Lei n.º 95/2014. D.R. n.º 119, Série I de 2014-06-24 - Estabelece as regras a que deve obedecer a denominação de venda dos géneros alimentícios provenientes de “porco preto”, em estado fresco ou transformado. A denominação de venda associada à referência “porco preto” só pode ser utilizada nos porcos de raça alentejana, registados no Livro Genealógico Português de Suínos ou animais resultantes de cruzamento de raças de suínos inscritos nos livros de genealógicos. Os animais terão de permanecer, antes do abate, pelo menos dois meses em explorações de pecuária extensiva ou intensiva ao ar livre. A venda de produtos de “porco preto” que não cumprem os requisitos será penalizada com uma multa que pode ir até aos 25.000 euros (Fonte: Diário da República). Ver documento Gigantes das sementes vêem lucros cair A batalha pelo fornecimento de sementes de milho, nos Estados Unidos, levou a que os lucros da DuPont baixassem, mesmo com o aumento da venda de sementes de soja. Devido às condições de mercado, os agricultores americanos optaram, este ano, por reduzir a área de milho e aumentar a de soja. Esta situação não estava nas previsões da DuPont, que é a proprietária da Pioneer e provocou uma baixa da cotação das suas acções em Wall Street. Este anúncio surgiu um dia depois da maior produtora mundial de sementes, a Monsanto, ter reportado uma descida de 12,6% dos lucros, da sua operação com as sementes de milho, no trimestre MarçoMaio, em que as vendas da semente de milho desceram 16,4% (Fonte: Agroinfo). Ver documento Regime de produção e comércio dos vinhos e vitivinícolas da indicação geográfica (IG) “Lisboa” Portaria n.º 130/2014. D.R. n.º 120, Série I de 2014-06-25 - Define o regime para a produção e comércio dos vinhos e demais produtos vitivinícolas da indicação geográfica “Lisboa” e revoga a Portaria n.º 426/2009, de 23 de Abril, alterada pela Portaria n.º 1393/2009, de 27 de Novembro (Fonte: Diário da República). Ver documento 4 FLORESTAS Valor Acrescentado Bruto da Silvicultura aumentou 3,9% em volume e 2,4% em termos nominais em 2012 O Valor Acrescentado Bruto (VAB) da silvicultura aumentou 3,9% em volume e 2,4% em termos nominais em 2012. A Produção registou um aumento de 4,3% em volume, reflectindo principalmente a evolução registada na produção de Madeira (variação de 3,3%), com especial destaque para a Madeira para triturar, que aumentou 5,1% e atingiu o seu valor máximo. A produção de cortiça voltou a cair em 2012, recuando 2%, tinha registado o seu valor máximo em 2000, não tendo retomado o nível de produção desse ano, em que os preços foram muito elevados. Com efeito, o volume de produção diminuiu continuamente até 2005, ano a partir do qual se verificou uma recuperação, interrompida em 2012 (-2,0%). A série de preços correntes registou um decréscimo mais prolongado (até 2009), retomando o crescimento em 2010 e 2011. Em 2012 a produção decresceu novamente, em termos nominais (-7,9%), graças à conjugação da já mencionada diminuição em volume e do decréscimo de 6,0% nos preços (Fonte: INE). Ver documento Vem aí a floresta a regadio O tema está na ordem do dia e os ensaios estão no terreno. A Amorim está a testar montado de regadio, a Floresta Atlântica vai avançar com produção de madeiras nobres com recurso a rega e a Portucel está a fazer testes com eucaliptal. Ao defender a plantação de eucaliptos em Alqueva o presidente da EDIA lançou a polémica. As federações de associações de proprietários florestais com quem falámos não ficam chocados com a ideia, mas também não a defendem. “O grande desafio é aumentar a produtividade das áreas onde já temos floresta”, alerta a directora executiva da Forestis. Em Maio, o presidente do conselho de administração da EDIA, disse ser favorável à plantação de eucaliptos em Alqueva, defendendo que desta forma seria possível garantir a sustentabilidade das pequenas explorações agrícolas, o chamado „regadio social‟ (Fonte: Vida Rural). Ver documento Mais uma praga sem controlo Metade do eucaliptal existente no país, cerca de 400 mil hectares, está afectado pela praga do gorgulho do eucalipto, avança fonte oficial da Direcção-geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Só nos eucaliptais da Altri Florestal, de um dos maiores grupos de produção de pasta de papel no país, estão afectados cerca de três mil e 500 hectares de plantações – refere a directora de planeamento e desenvolvimento na área de sanidade florestal da empresa. Em causa está o insecto Gonipterus platensis – originário da Austrália, tal como a árvore de cujas folhas se alimenta. A luta contra a praga, para a qual se criou um plano nacional de acção, é difícil. "A capacidade de dispersão deste insecto é muito grande. Os prejuízos costumam ser maiores em regiões de maior altitude, onde o gorgulho encontra condições ideais (Fonte: Jornal SOL). Ver documento Se deseja receber a ficha directamente no seu mail, por favor CLIQUE AQUI e envie. 5 Aquecimento global - Não lavrar os terrenos pode reduzir os picos de calor Um estudo realizado por autores suíços e publicado em 23 de Junho, vem dizer que uma agricultura sem a lavoura dos terrenos, pode fazer baixar até 2º a temperatura nos picos de calor extremo, contribuindo, assim, para o combate ao aquecimento global. O não lavrar a terra mantém no solo os resíduos das colheitas anteriores, que reflectem muito mais os raios solares, reduzindo a quantidade de calor absorvido pelo solo. A manutenção dos resíduos no solo contribui, também, para a retenção da humidade no solo, o que diminui a evaporação sem, contudo, afectar o efeito de abaixamento da temperatura dos resíduos. Com esta situação, existe uma maior conservação de carbono no solo, que é o principal gás a efeito de estufa que lançamos para a atmosfera. Esta técnica de sementeira directa, sem movimentação dos terrenos, está muito expandida no continente americano, enquanto na Europa está pouco difundida, pelo que os autores do estudo defendem que existe uma margem muito grande para baixar a temperatura nos picos de calor extremo. Os investigadores realizaram os trabalhos de campo no sul de França, em campos de trigo e constataram que, deixando os resíduos de colheita sobre o solo, a reflexão dos raios solares aumenta 50%. Fonte: Agroinfo Voltar Data: 26/06/2014 6 Alentejo já colhe papoilas e vai ter fábrica para produzir morfina em Beja Beja, 29 Junho (Lusa) - Os "frutos" da primeira plantação industrial de papoila no Alentejo estão a ser colhidos, num projecto de uma farmacêutica escocesa, que está a construir uma fábrica para produzir morfina em Beja, a partir de papoilas semeadas na região. Na zona do Alqueva, uma máquina especializada colhe as primeiras papoilas semeadas, em Novembro de 2013, em 800 hectares de cerca de 40 agricultores alentejanos, através do projecto da Macfarlan Smith. Para "reduzir o risco e aumentar a segurança do abastecimento", a empresa precisava de expandir a sua área de plantação de papoilas no Reino Unido e, após analisar vários sítios na Europa, optou pelo Alentejo, que tem "os ingredientes para produzir uma boa colheita", conta à agência Lusa o director de operações para Portugal da Macfarlan Smith, Jonathan Gibbs. "O que o Alentejo oferece é a luz do sol, o calor, os solos, a forte capacidade dos agricultores e, mais importante, a barragem do Alqueva, que fornece a água", frisa Jonathan Gibbs, entre papoilas prontas a colher de uma das plantações na zona de Beja. Após os resultados positivos de experiências feitas pela Macfarlan Smith no Alentejo, a empresa obteve, em Março de 2013, a licença do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde para plantar papoilas na zona do Alqueva, para depois extrair e produzir morfina para fins medicinais. A primeira colheita "parece ser bastante aceitável", congratula-se, indicando que a empresa quer dobrar a área de plantação no Alentejo para 1.600 hectares em 2015 e para 3.200 hectares em 2016 e espera obter maiores concentrações de morfina por hectare de papoilas semeado na região em relação às obtidas nas plantações no Reino Unido. Em declarações à Lusa e de olho na colheita das papoilas plantadas nas suas terras, Filipe Cameirinha, um dos agricultores envolvidos no projecto, explica que aceitou o "desafio" da farmacêutica por considerar "interessantíssima" a cultura de papoila. No Alentejo, devido ao potencial produtivo do Alqueva, "temos das melhores condições para produzir papoila e foi isso que nos levou a aceitar este desafio", frisa Filipe Cameirinha, referindo que a primeira sementeira "correu muito bem" e é para "repetir". 7 A Macfarlan Smith, no âmbito do seu plano de investimentos no Alentejo, está a construir a primeira fase da fábrica para produzir morfina para fins medicinais em Beja, a partir das papoilas semeadas na região através de agricultores locais. A fábrica, em construção nos arredores de Beja, vai servir, numa primeira fase, para armazenar e fazer o processamento inicial das papoilas, indica Jonathan Gibbs. Trata-se da "primeira fase do processo de produção de morfina", através da qual são separadas as palhas e as sementes das cápsulas das papoilas, as quais serão depois moídas e processadas, seguindo depois para a unidade da Macfarlan Smith em Edimburgo, na Escócia, para a fase de extracção e produção de morfina, explica. Segundo Jonathan Gibbs, a primeira fase da fábrica, num investimento de cerca de quatro milhões de euros, deverá estar pronta no final deste ano e a empresa espera ter a produção da primeira colheita de papoilas no Alentejo totalmente processada em Beja e pronta para seguir para Edimburgo em Fevereiro de 2015. A "longo prazo", os planos da empresa passam por construir a segunda da fase da fábrica, que ainda precisa de ser licenciada pelo Infarmed e poderá implicar um investimento entre 20 e 40 milhões de euros, para que a fase de extracção e produção de morfina a partir das papoilas semeadas no Alentejo possa ser feita em Beja, refere. A Macfarlan Smith vai continuar a semear papoilas no Reino Unido para a unidade de produção de morfina em Edimburgo e o objectivo é que as papoilas semeadas no Alentejo possam ser encaminhadas para produzir morfina na fábrica em Beja, explica. Fonte: Agência Lusa Voltar Data: 29/06/2014 8 Excesso de produção põe mirtilo a metade do preço habitual O excesso de produção do mirtilo em Portugal, que coloca alguns jovens produtores em apuros, está relacionada com o facto de Portugal ter cada vez menos capacidade de escoar o fruto para mercados externos. A empresa que concentra a comercialização e exportação de mirtilos em Portugal vai vender este fruto por cerca de metade do preço habitual entre segunda-feira e sábado, por causa do excesso de produção em relação à procura. Em declarações à TSF, o presidente da Mirtilusa explicou que o aumento de produção de 70 para cem toneladas pode colocar em causa alguns dos projectos de financiamento que alguns produtores se candidataram. «Se não conseguirmos exceder o stock esta semana o mais provável é interromper a apanha do fruto. Só que isso vai ser o caos, porque vai toda a gente reflectir em relação à produção de mirtilos», explicou José Carlos Sousa. Caso isto se verifique, o presidente da Mirtilusa mostrou-se preocupado com o futuro dos jovens produtores que fizeram candidaturas perante uma plantação que poderá deixar de ser rentável. «Para consumirmos tanto mirtilo e tanta plantação que está a ser feita, as pessoas têm de abdicar de todo o género alimentar e comer só mirtilos. Acho que é uma loucura incentivar tanta gente a fazer plantações», acrescentou. José Carlos Sousa adiantou ainda que é cada vez mais difícil escoar o mirtilo para mercados externos e lembrou que a Holanda vai deixar de comprar o fruto a Portugal na próxima semana por causa de a produção deste país já estar a funcionar. Com a Bélgica e a França a apenas aceitarem a fruta vinda de Portugal em mercado aberto, isto significa que o preço de venda baixará para cerca de três euros por quilograma. «Para enviarmos fruto a três euros por quilo, temos a despesa do transporte, caixa e couvette e vamos ficar com menos de um euro para pagar por quilo ao produtor, que não dá para a mão-deobra da apanha do fruto», concluiu. Fonte: Rádio Noticias TSF Voltar Data: 15/06/2014 9 Procura internacional pelo mirtilo português semelhante à de anos anteriores Sever do Vouga, 28 Junho (Lusa) - A procura internacional pelo mirtilo produzido em Portugal está a ser nesta época semelhante à dos anos anteriores, segundo as conclusões de uma reunião que juntou comerciantes e exportadores em Sever do Vouga para analisar a campanha de 2014. Realizado no âmbito da Feira do Mirtilo, na sexta-feira, o encontro serviu também para discutir estratégias para a fileira dos pequenos frutos e nele marcaram presença empresas oriundas das diversas regiões do país, de diversas dimensões e diferentes posicionamentos no mercado, como a Biolafões, Centroberry, Driscoll´s, Lusomorango, COAPE, Lafoberry, Mirtisul, Quinta de Boucinha e Delícias do Tojal. "Foi unânime a opinião de que existe uma procura internacional semelhante à dos anos anteriores, o que tem assegurado o normal escoamento da produção. Alguns empresários afirmaram mesmo que já não têm mais produto para venda. Referiram que na presente campanha os preços voltaram a rondar os preços médios das campanhas de anos passados", refere o texto das conclusões. Os participantes alertaram, contudo, para "o carácter excepcional dos preços praticados na campanha de 2013 (ano em que foi batido respectivo recorde), pelo que tais valores não devem ser tomados como referência", acrescenta. Sublinhando que "a garantia da qualidade, a certificação dos produtos e o apertado controlo de custos são condições básicas para o sucesso do negócio", os exportadores presentes manifestaram a vontade em continuar a trabalhar com os produtores "de uma forma organizada, de modo a que tal parceria se possa traduzir num maior poder negocial, que traga benefícios para todos os intervenientes". A reunião foi promovida pela Agim - Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial, com sede em Sever do Vouga, e foi aberta também aos produtores. Ayrton Sequeira, da empresa Delícias do Tojal, um dos maiores exportadores de mirtilo, salientou que os pequenos frutos são a actividade mais rentável do sector frutícola, mas não podem ser um 'hobby' de fim-de-semana. Segundo o exportador, não há outra actividade no sector frutícola "tão rentável como a dos pequenos frutos", mas trata-se de "um negócio exigente, que obriga a uma atitude pautada pela dedicação, responsabilidade e profissionalismo". "A cultura comercial do mirtilo não é um 'hobby' de fim-de-semana. Quem assim pensar não vai ganhar dinheiro e, como acontece com qualquer 'hobby', vai ter que pagar para dele desfrutar", afirmou Ayrton Sequeira, secundado pela generalidade dos intervenientes. Fonte: Agência Lusa Voltar Data: 28/06/2014 10 Preços mundiais de lacticínios podem recuperar nos próximos seis meses Os preços mundiais dos lacticínios suavizaram consideravelmente ao longo do segundo trimestre do ano, com umas quedas de 10 a 20 por cento. Esta situação deve-se a uma melhoria da produção de leite em algumas regiões de exportação e diminuição das compras a termo por parte da China, de acordo com a última informação do Rabobank. Prevê-se que a produção de leite desacelere significativamente no segundo semestre de 2014, como consequência de piores preços. Também para o consumo nas regiões de exportação espera-se uma melhoria lente devido ao aumento dos rendimentos dos consumidores, o crescimento de emprego e a queda dos preços a retalho. Esta melhoria na procura poderá conduzir a um progresso dos preços em finais de 2014 e início de 2015. Em 2014 verificou-se um extraordinário aumento da produção de leite na União Europeia. As margens foram suficientemente altas para que muitos pecuários tenham optado por produzir acima da quota, com mais 5,46 por cento no segundo trimestre de 2014 em relação período homólogo de 2013, prevendo-se que o crescimento da produção continue a superar o consumo no mercado interno. Nos Estados Unidos da América (EUA) os preços diminuíram muito menos que no mercado internacional. Contudo, aguarda-se uma maior redução no segundo semestre, devido à quebra das exportações e um maior aumento da produção interna de leite. Na Nova Zelândia, a produção assinalou uma subida de 17,5 por cento frente à campanha anterior, a qual foi afectada pela seca. Também prevê-se que as exportações aumentem durante o segundo e terceiro trimestre de 2014. Por último, na Austrália, o balanço para 2014/2015 é positivo para a maioria das regiões produtoras de leite, apesar dos pecuários do sul enfrentaram preços mais baixos em relação à campanha passada. Fonte: Agrodigital Voltar Data: 26/06/2014 11 Copa-Cogeca prevê um aumento de 2,3 por cento para a colheita de cereais da UE O Copa-Cogeca publicou as suas novas estimativas para a campanha 2014/2015 de cereais na União Europeia dos 28, as quais confirmam uma boa colheita europeia, com um crescimento de 2,3 por cento, frente aos níveis do ano passado. A publicação destes dados partiu do grupo de trabalho “Cereais”. Durante e reunião, muitos Estadosmembros indicaram que as estimativas da colheita da União Europeia (UE) para este ano são muito boas e espera-se alcançar um total de 304.147 milhões de toneladas, marcando a diferença com o resto do mundo. Max Schulman, presidente do grupo de trabalho, destacou o problema das condições meteorológicas imprevisíveis e a doença da ferrugem amarela que surgiu em alguns países. O responsável sublinhou a necessidade de dispor de instrumentos apropriados, incluindo plantas resistentes a doenças, novas e melhores variedades, investigação, desenvolvimento e produtos fitossanitários eficientes. Este ano foi uma prova da importância crucial dos produtos fitossanitários para conseguir um maior rendimento das culturas. Os agricultores europeus não podem impulsionar a economia da UE sem esses produtos e sem a obtenção de novas variedades, disse Max Schulman. O Copa-Cogeca, em conjunto com o Rabobank, também lançou um estudo para disponibilizar um mapa actual da capacidade de armazenamento e de interconexão das infra-estruturas para consolidar o funcionamento do mercado único. Fonte: CONFAGRI Voltar Data: 25/06/2014 12 Gigantes das sementes vêem lucros cair A batalha pelo fornecimento de sementes de milho, nos Estados Unidos, levou a que os lucros da DuPont baixassem, mesmo com o aumento da venda de sementes de soja. Devido às condições de mercado, os agricultores americanos optaram, este ano, por reduzir a área de milho e aumentar a de soja. Esta situação não estava nas previsões da DuPont, que é a proprietária da Pioneer e provocou uma baixa da cotação das suas acções em Wall Street. Este anúncio surgiu um dia depois da maior produtora mundial de sementes, a Monsanto, ter reportado uma descida de 12,6% dos lucros, para 721 milhões de dólares da sua operação com as sementes de milho, no trimestre Março-Maio, em que as vendas da semente de milho desceram 16,4%, para os 1,3 mil milhões de dólares. Na próxima segunda-feira, o Departamento Agrícola dos Estados Unidos vai publicar as suas previsões da área semeada de milho nos Estados Unidos, que será seguramente inferior aos 95,365 milhões de acres do ano passado. Fonte: Agroinfo Voltar Data: 30/06/2014 13 Vem aí a floresta a regadio O tema está na ordem do dia e os ensaios estão no terreno. A Amorim está a testar montado de regadio, a Floresta Atlântica vai avançar com produção de madeiras nobres com recurso a rega e a Portucel está a fazer testes com eucaliptal. Ao defender a plantação de eucaliptos em Alqueva o presidente da EDIA lançou a polémica. As federações de associações de proprietários florestais com quem falámos não ficam chocados com a ideia, mas também não a defendem. “O grande desafio é aumentar a produtividade das áreas onde já temos floresta”, alerta a directora executiva da Forestis. Em Maio, o presidente do conselho de administração da EDIA, José Pedro da Costa Salema, disse ser favorável à plantação de eucaliptos em Alqueva, defendendo que desta forma seria possível garantir a sustentabilidade das pequenas explorações agrícolas, o chamado „regadio social‟. O sector florestal “é muito dinâmico e, se utilizarmos as pequenas parcelas de terreno em Alqueva, podemos atenuar a falta de matéria-prima e reduzir a vinda de barcos carregados de madeira da América do Sul”, adiantou. O presidente da EDIA encara como “natural regar eucaliptos”, e considera “um erro” que a legislação em vigor o proíba. A VIDA RURAL foi à procura de projectos, reacções e opiniões sobre floresta de regadio (não apenas eucaliptos) e a directora executiva da Forestis – Associação Florestal de Portugal, que junta 31 organizações de proprietários florestais do centro e norte do País, defende que “floresta é sempre melhor do que abandono”. Mas Rosário Alves considera que o uso de regadios abandonados, por exemplo (caso de cerca de 50% dos regadios públicos) para a plantação de floresta, tem de “ser incluído numa política nacional para os solos agrícolas abandonados. O Estado tem de se colocar numa posição equidistante e bem escudado em análises económicas e técnicas”. Já o presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF), que reúne 41 associações de proprietários florestais do sul (duas), centro e norte de Portugal, diz: “não vejo mal nenhum em se aproveitar regadios abandonados para a floresta, se não estão a ser usados para fins agrícolas, pode ser uma opção. Mas será sempre para nichos de mercado e principalmente para espécies nobres, como o freixo, o castanheiro, a nogueira negra, entre outras”. Vasco Campos adianta que “já há inúmeros exemplos disso por todo o País, onde os proprietários têm água disponível”, ressalvando que, “na maioria dos casos, os produtores regam as árvores apenas nos primeiros anos, até cerca dos quatro/cinco anos, porque a partir daí as raízes já têm profundidade suficiente para atingir os lençóis freáticos no solo e a rega já não é necessária. Falando aqui da realidade que conheço melhor, no centro e norte, onde a pluviosidade é muito superior ao Alentejo e Algarve, por exemplo”. Fonte: Vida Rural Voltar Data: 24/06/2014 14 Mais uma praga sem controlo Metade do eucaliptal existente no país, cerca de 400 mil hectares, está afectado pela praga do gorgulho do eucalipto, avança fonte oficial da Direcção-geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Só nos eucaliptais da Altri Florestal, de um dos maiores grupos de produção de pasta de papel no país, estão afectados cerca de três mil e 500 hectares de plantações – refere Ana Raquel Reis, directora de planeamento e desenvolvimento na área de sanidade florestal da empresa. Em causa está o insecto Gonipterus platensis – originário da Austrália, tal como a árvore de cujas folhas se alimenta. A luta contra a praga, para a qual se criou um plano nacional de acção, é difícil. "A capacidade de dispersão deste insecto é muito grande. Solta-se das árvores quando estas são abanadas e agarrase firmemente aos locais onde pousa", explica a especialista, acrescentando: "Desfolhas moderadas reduzem a produtividade do povoamento em cerca de 20%. Desfolhas muito fortes e consecutivas, ao longo de anos, podem inviabilizar completamente a produção de madeira". Os prejuízos costumam ser maiores em regiões de maior altitude, onde o gorgulho encontra condições ideais. Até agora, os produtores apenas podiam recorrer a insecticidas. Mas os agentes do sector, a Altri Florestal e o Raiz, do grupo Portucel (que não respondeu às questões do SOL), começaram recentemente a investigar um novo insecto: o Anaphes inexpectatus, uma espécie de vespa. Uma vespa importada Fonte oficial da DGAV explica que este é um "parasitoide" importado, parecido com outro utilizado na Europa nos anos 90 para o mesmo efeito – o Anaphes nitens. "Testes em laboratório revelaram um nicho semelhante", pelo que se antecipa o mesmo comportamento no campo, acrescenta a mesma fonte. Mas a investigação da acção desta "pequena vespa que parasita os ovos da praga" está ainda no início, refere Ana Reis, da Altri. "Esta é uma via que ainda está a ser investigada", diz, explicando que a procura de parasitas mais resistentes a temperaturas baixas que o Anaphes nitens começou em 2009: "Encontrámos o tal Anaphes inexpectatus. Temos feito largadas desta pequena vespa e vamos acompanhando a sua instalação em campo, sob controlo e com acompanhamento oficial. Ainda é um trabalho muito precoce que, mesmo que funcione, ainda vai levar algum tempo a dar frutos". 15 "Ao parasitar os ovos de gorgulho do eucalipto, o insecto inviabiliza os embriões da praga e nascem mais parasitoides que irão parasitar mais ovos", explica ainda. Quanto aos efeitos para outras espécies nativas de Portugal, garante a especialista, o Anaphes inexpectatus é inofensivo: Este insecto "só parasita ovos de gorgulho pelo que é inócuo para a fauna nativa". Domingos Patacho, especialista em florestas da Quercus, questiona contudo o facto de a DGAV não divulgar dados sobre a monitorização deste insecto exótico (o inexpectatus é originário da Austrália). "Os estudos sobre a espécie deveriam ser conhecidos", considera o especialista, questionando por que "o Instituto de Conservação da Natureza não esclarece quais os pareceres dados" e sublinhando que, até agora, esta vespa "ainda não tinha sido utilizada na Europa", desconhecendo-se por isso o seu impacto. Fonte: Jornal SOL Voltar Data: 26/06/2014 16