ELOGIOS AO LIVRO “A FORÇA DE SER MULHER” “Lisa lançou com toda a força um desafio que não pode mais ser ignorado pela igreja. Chegou a hora das mulheres se levantarem e tomarem seu lugar ao lado dos homens em prol dos propósitos do Reino... Precisamos celebrar e abraçar as diferenças, ao invés de tentar eliminá-las. Este livro ajudará a libertar as mulheres das muitas imposições e limitações que as impedem de perceber o potencial que Deus lhes deu. Não consegui parar de ler o livro.” - Chris Caine, autora e diretora da Equip and Empower Ministries “Lisa Bevere quer ajudar as mulheres a alcançarem seu potencial, a valorizarem seu papel e a descobrirem o plano de Deus para suas vidas. A mensagem que ela nos transmite neste livro trará libertação e confiança, e ajudará mulheres de todas as idades a tomarem passos positivos pela integridade. Que alegria ler este livro! Com ele me dei conta de que nunca é tarde demais para lutar com as armas de uma mulher.” - Betty Robison, co-apresentadora do programa LIFE Today “Onde estão as filhas sem medo que estão prontas para usar sua força e lutar como mulheres? Nas páginas deste livro, esta pergunta é respondida de uma maneira profunda, todavia simples. Lisa desafia as ‘Déboras’ do mundo a assumirem uma posição, a despertarem para o potencial que existe dentro delas e a receberem a verdade da palavra de Deus. Com doçura, Lisa exorta as mulheres a deixar de lado suas armas carnais e lançar mão de suas armas espirituais, usando-as como instrumento de transformação. Prepare-se para a mudança radical que está prestes a acontecer dentro de seu coração.” - Nancy Alcorn, presidente e fundadora do Mercy Ministries of America “As mulheres são magníficas e Lisa fez um excelente trabalho para retratá-las como tal! É uma leitura imprescindível para todas nós que buscamos cumprir o propósito para o qual fomos criadas. Somos as filhas amadas do Rei e temos um papel incrível a cumprir aqui neste planeta. Com seu estilo particular e surpreendente, Lisa nos lança o desafio de amarmos intensamente, crescermos em força, superarmos obstáculos e reconhecermos nossa própria beleza. Um livro realmente poderoso. Não compre um só... Leve um também para uma amiga!” - Holly Wagner, autora de GodChicks,When It Pours He Reigns Lisa Bevere A Força de Ser Mulher Descobrindo o poder da alma feminina 1ª Edição Rio de Janeiro, 2008 Diretor Lester Bello © 2006 Lisa Bevere Copyright desta edição Hachette Book Group USA Autora Lisa Bevere Todos os direitos autorais desta obra estão reservados Título Original Fight Like a Girl 1ª Edição Agosto de 2008 Tradução Idiomas e Cia, por Vânia Carvalho Revisão Idiomas e Cia, por Leclerc Victer Av. das Américas, 7899 - Bloco 02 - Sl 603 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro/RJ - Brasil [email protected] www.bellopublicacoes.com.br Design capa (Adaptação) Ronald Machado Impressão e Acabamento Gráfica e Editora Del Rey B571 Bevere, Lisa A força de ser mulher / Lisa Bevere; tradução de Idiomas e Cia. – Belo Horizonte: Bello Publicações, 2008. 240p. Título original: Fight like a girl ISBN: 978-85-61721-12-1 1. Mulheres – Vida cristã. I. Título. CDD: 248.843 CDU: 231.11 Na tradução, foram utilizadas diferentes versões da Bíblia a fim de oferecer ao leitor a idéia original da autora em cada trecho. Em alguns casos indicados, optou-se pela tradução direta dos versículos para que fosse mantida a fidelidade. Versões utilizadas: NVI – Nova Versão Internacional, 2000, Editora Vida. ARA – João Ferreira de Almeida, revista e atualizada, 1997,Vida Nova. ARC – João Ferreira de Almeida, revista e corrigida, 1995, SBB. The Amplified Bible, Expanded Edition (AMP) - adaptada The New King James Version (KJV) - adaptada New Living Translation (NLT) – adaptada Ao meu marido John, que sempre incentivou minha vida e minhas paixões. Obrigada por me encorajar a perseguir a verdade – a nunca ficar satisfeita com nada menos do que a verdade. Amo você mais do que nunca, e agradeço a Deus por você ser o cavaleiro da minha vida. Aos meus quatro filhos, Addison, Austin, Alec e Arden: vocês me inspiram muito mais do que imaginam. Cada um de vocês é um presente do céu. Que suas vidas sejam cheias de honra! À minha querida Viking Jacque: você e outras filhas como você são a razão pela qual escrevo. Que você possa chegar muito longe, e que derrote o inimigo. Debby, você foi uma fonte inesgotável de apoio, uma das minhas melhores amigas. A todas as belas mulheres que desejam apenas desempenhar bem o papel de ser mulher. Que possamos recuperar por inteiro tudo o que foi perdido. Í nd i ce Capítulo Um:Você briga como uma mulher! 11 Capítulo Dois: Mas e se eu não gosto das mulheres? 24 Capítulo Três: Mas eu não sou um homem 39 Capítulo Quatro: Encontrando o ponto central 53 Capítulo Cinco:Você é o cara! 70 Capítulo Seis: Quando as mulheres atacarão? 85 Capítulo Sete: Lutando com sabedoria 103 Capítulo Oito: Experimentando Favor e Glória 121 Capítulo Nove: O que é o poder do amor? 133 Capítulo Dez: Dois com um só coração 151 Capítulo Onze: A luta pela beleza 173 Capítulo Doze: Imperfeita, porém autêntica 188 Capítulo Treze: Lutando com acessórios 206 Capítulo Quatorze: Lutando com influência 217 Capítulo Quinze: O poder do momento 234 Capítulo Dezesseis:Você está sendo observada! 247 Notas 263 A Força de Ser Mulher CAPÍTULO 1 Você briga como uma mulher! Ei, você briga como uma mulher! Normalmente, essa frase é usada como ofensa. Seja como for, se por um homem falando com outro homem, se por um homem falando com uma mulher, ou mesmo por uma mulher se referindo a um homem, essa frase jamais será considerada um elogio. E sabe por quê? Porque ela sempre surge como resposta a um golpe fraco, ou até mesmo a uma ofensa banal. Sendo assim, por que eu estaria incentivando alguém a brigar como uma mulher? Em primeiro lugar, porque aquilo que é um insulto para homens ou meninos não precisa soar da mesma forma para as mulheres. Mulheres deveriam agir e lutar como mulheres, mas, por alguma razão muito estranha, a maioria de nós preferiria ouvir que somos fortes como os homens ou que lutamos como os homens. Será que isso se deve ao fato das mulheres terem desenvolvido o hábito de lutar sempre de uma forma “suja”? 11 A força de ser mulher Antes de começarmos, não quero que você pense que sou um tipo de dondoca dengosa, defendendo a tese de que devemos usar chicotes com fitas cor-de-rosa nas pessoas. Não, esta não sou eu. Gosto de surfar, esquiar e caçar (nesta ordem). Moro com cinco homens e viajo por muitos países, na maioria das vezes, sozinha. Sou uma sobrevivente do câncer, sou mãe e sou esposa, mas primeiro fui filha. Não estou defendendo a idéia de que devemos adotar um pensamento simplista, nem que devemos fingir ser aquilo que não somos. Mas acho que precisamos questionar este ponto: por que é uma ofensa quando relacionamos os conceitos “força”, “luta” e “mulher”? Ou melhor, quero que as meninas e senhoras considerem um elogio se alguém lhes disser que lutam como mulheres. De fato, é bem possível que tenhamos esquecido o que significa a expressão “a força de ser mulher”. Há tempos, tentamos ser fortes como os homens e lutar como os homens, e quando isso não funciona, usamos o artifício do golpe baixo ou, até mesmo, trapaceamos! Algumas de nós simplesmente se escondem das tempestades e conflitos que nos rodeiam, imaginando que ao agir assim estão sendo femininas e se portando como convém às moças. Outras esqueComo deveria ser a luta ceram algo fundamental; aquilo de uma mulher, se travada que é considerado fraqueza para da maneira correta? um gênero, freqüentemente é o ponto forte do outro. Então pense comigo. Ser forte da maneira como os homens são não deveria ser sempre considerado errado para uma mulher? Um rapaz ganha o respeito de seus colegas quando luta como homem. Ele é considerado valente e forte quando luta por aquilo que é importante para os homens. É admirado por enfrentar grandalhões, proteger as crianças menores e defender a honra e o nome de sua família. Mas quando um rapaz não age da maneira certa, os outros zombam dele e os apelidos começam a surgir: “Maricas”, 12 Você briga como uma mulher! “Garotinho da mamãe!” Com certeza, o rapaz escutará todas essas ofensas se não alcançar o padrão de homem que se espera dele. Tal dinâmica não muda com a idade; um homem que luta e reage como mulher é considerado fraco ou efeminado. Adultos e meninos deveriam sempre lutar com a força e a capacidade inata aos homens. Eles são fisicamente mais fortes e, portanto, sabem que esta é a sua vantagem quando há uma luta ou conflito. Agora, se isso é verdade, o que é a força de uma mulher? Diversas questões e conflitos incitam o homem à ira. O que deveria então instigar uma mulher? E como deveria ser a luta de uma mulher, se travada da maneira correta? Mulheres e batalhas Antes de nos aprofundarmos e respondermos a esta pergunta, talvez você esteja questionando se as mulheres realmente deveriam se envolver em lutas ou conflitos. Para responder, precisamos voltar à intenção original ou a razão por trás de nossa criação. Inicialmente, as mulheres não foram formadas para a batalha, mas para nutrir a vida e os relacionamentos. Talvez seja por isso que não lidamos bem com o conflito. E sendo isso também uma verdade, será que para uma mulher é errado lutar? Não. Pelo menos, não mais errado do que é para o homem. Nenhum dos dois foi inicialmente criado para a destruição; ambos foram formados para a multiplicação, para a ordem, para cuidar e desenvolver. E chegará o dia em que as armas serão deixadas de lado em benefício deste mandato divino. A Bíblia diz que as espadas serão convertidas em arados (ver Isaías 2.4). Então, tanto homens como mulheres voltarão às suas posições originais, para um relacionamento dinâmico sobre a face da Terra. Contudo, enquanto isso não acontece, neste exato momento, há um problema, um inimigo e uma batalha. 13 A força de ser mulher Esta responsabilidade e privilégio absolutos eram de Adão e Eva. A Terra e tudo o que nela havia lhes foram confiados. Eles possuíam todos os recursos necessários para gerar o crescimento e manter a ordem, a fim de que todo o ser vivo prosperasse. Com a queda do homem, tudo mudou: o domínio se tornou servidão, a multiplicação se transformou em divisão e a ordem se tornou em caos. O florescer deu lugar à deterioração, pois cresceram espinhos e cardos nas plantas e árvores frutíferas. As sementes que geravam vida passaram a lutar por espaço num solo emaranhado com ervas daninhas e uma vegetação rasteira morta. E antes que essa confusão se instalasse sobre a face da Terra, o último a ser criado acabou se tornando o primeiro em conflito. Assim, com o cenário montado, a batalha estava prestes a começar. Porei inimizade entre você e a mulher. (Gênesis 3:15 NVI) Para compreender melhor tanto a magnitude como a proporção desta luta, precisamos primeiro definir o conceito de inimizade. Quando lia esta passagem, costumava substituir inimizade pela palavra ódio. O problema nessa substituição era que, embora os significados fossem semelhantes, o termo não expressava o sentido mais profundo de inimizade. O Dicionário Bíblico de Unger define inimizade como: “ódio de raiz profunda” e “hostilidade irreconciliável”1. Não confunda inimizade com o termo diferenças irreconciliáveis, que estamos tão acostumados a ouvir nos processos de divórcio.Trata-se de “hostilidades irreconciliáveis.” Estamos falando de um ódio tão profundo, que está destinado não apenas a existir eternamente, mas também a se aprofundar e se expandir indefinidamente. Para entender isso numa linguagem matemática, imagine um ponto único de onde saem duas retas ou setas. Uma segue para o oeste e a outra para o leste. As duas viajam em direções opostas sem a menor possibilidade de jamais se encontrarem. Estas setas não seguem a curva 14 Você briga como uma mulher! do nosso globo, mas viajam pela linha reta do tempo. Isso significa que a polaridade das hostilidades perpétuas aumentam com o passar dos anos, já que ambas se expandem e se multiplicam em alcance e extensão. Geração após geração, a hostilidade cresce. Inimizade é uma palavra tão intensa que só é usada oito vezes na Bíblia. Após sua primeira aparição no livro de Gênesis, a inimizade abre seus negros braços para cercar e atormentar a semente da mulher.Vemos sua influência se estender no livro do Apocalipse. O dragão irou-se contra a mulher e saiu para guerrear contra o restante da sua descendência, os que obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus. (Apocalipse 12:17 NVI) Quem trava esta guerra sem fim contra Eva, suas filhas e cada vida humana que passa pelo seu ventre? Uma serpente, o príncipe das potestades do ar. A guerra iniciada por uma serpente astuta agora abrange o grande dragão e todos os seus seguidores (veja Gênesis 3:15; João 8:44). No jardim, a serpente manejou habilidosamente sua arma do engano e roubou com eficácia o domínio da terra dos dois que eram um. Para vencer, o inimigo teve que dividir e conquistar. Ele realizou esta tarefa recrutando o apoio da mulher. Para fazer com que Adão perdesse sua posição, foi preciso mais do que enganá-lo. Satanás usou o poder da influência feminina. Sem a influência dela, é bem possível que o homem não tivesse se submetido ao conselho da serpente. Ele se rendeu à voz de sua esposa. Observou-a enquanto comia, e como aparentemente nada mudou, estendeu a mão e recebeu o fruto de sua esposa. Tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também. (Gênesis 3:6, NVI) 15 A força de ser mulher No alvorecer da criação, acredito que a beleza e o poder de influência de Eva eram tão profundos, que provavelmente chegavam a ser irresistíveis. O mundo perfeito com a mulher perfeita tinha o adversário perfeito. Adão não tinha sido avisado instruído para guardar e proteger a árvore? Por que será que a magnífica Eva, mãe de todos os viventes, usou sua habilidade para convencer Adão em detrimento de ambos? Acredito que podemos assumir neste ponto: ela não sabia que o estava conduzindo para fora do caminho. Eva obviamente pensava que tinha aconselhado bem o seu marido. Mas nunca somos sábias de verdade quando nos movemos para fora da sabedoria divina. O que o tentador ofereceu ao casal para que voluntariamente arriscassem tanto? Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento... (Gênesis 3:6 NVI) Tenho certeza que muitas árvores neste jardim eram boas para comer e agradáveis aos olhos. Mas uma árvore cujo fruto tinha o poder de elevar alguém à posição de Deus, era outra coisa. Eva achou que ali havia algo a mais; mais do que já recebera. Acho assombroso ver a mulher desejando uma coisa que não deveria possuir (ser igual a Deus), enquanto, durante o processo, vai perdendo algo que já possuía (o potencial de possuir sabedoria). Além disso, a serpente apelou para um desejo que Adão e Eva tinham: ser como Deus, e viver além da esfera de influência e autoridade divinas.Tanto o homem como a mulher buscaram uma posição que não lhes cabia. E por isso, só muitas eras depois, a semente de Eva, Jesus, reverteria esta insensatez. 16 Você briga como uma mulher! Embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se. (Filipenses 2:6, NVI) Adão e Eva foram, de fato, criados à imagem de Deus, mas não eram iguais a ele. O termo “imagem” aponta para um reflexo, e não para uma representação completa. Com uma retórica sedutora, a serpente enganou o casal, e os fez pensar que estavam recebendo algo, quando, na realidade, estavam perdendo. O inimigo não trouxe luz; pelo contrário, a serpente obscureceu o entendimento, mas eles acharam que aquilo era sabedoria. A serpente não buscava amizade, nem queria ajudá-los – na verdade, o inimigo queria tomar seu poder e lugar. Tendo ele mesmo já perdido a sua posição, precisava agora da posição deles. De fato, com muita freqüência vemos que quando a voz do engano fala, esquecemos quem somos e quem verdadeiramente são os nossos aliados. Perda de propósito, perda de lugar Freqüentemente, perdemos o que possuímos porque falhamos em nos lembrar por que tal coisa nos foi dada. Adão e Eva esqueceram o propósito e perderam o lugar. Eles sabiam que tinham sido criados para exercer o domínio, Freqüentemente, mas esqueceram o porquê disso. Tentando agarrar o que fora perperdemos o que possuímos dido, passaram então a fazer mau porque falhamos em nos uso de suas forças. Usaram o dolembrar por que tal coisa mínio contra suas próprias vidas, nos foi dada. ao invés de usá-lo para o benefício. E assim, a queda do homem originou a batalha entre os sexos. Foi aí que a luta começou. Será que aprendemos alguma coisa após todos esses anos de sofrimento? Quantos pais perderam o coração de seus filhos porque 17 A força de ser mulher esqueceram a razão pela qual os tiveram? Jamais foi para controlálos, mas para prover um ambiente em que pudessem desabrochar e crescer. Quantos casais perderam seus casamentos porque esqueceram a razão pela qual ficaram juntos? Lutam um contra o outro ao invés de lutar pelo amor que os uniu. Será que lutamos uns contra os outros e tentamos tomar o lugar e as posições das pessoas porque perdemos as nossas de vista? Todos perdemos quando tiramos dos outros o que eles não deveriam entregar. Por que não nos contentamos em permanecer na autoridade e posição que nos foram confiadas? A posição do homem não está à disposição para ser tomada, e, da mesma forma, não cabe a ele passá-la para outro. O lugar da mulher não está à disposição para ser tomado pelo homem, nem cabe a ela entregá-lo. Os dois devem permanecer juntos em seus respectivos papéis. O que nos foi dado para guardarmos, não deveríamos entregar a ninguém. O homem e a mulher abriram mão do que lhes foi confiado: proteger e cuidar do Jardim do Éden. Passamos todo este tempo tentando encontrar nosso caminho de volta ao Éden, o paraíso de Deus, onde sua criação resplandece novamente. Este jardim exuberante foi-se há muito tempo, embora as sementes de verdade e de princípio permaneçam. Ansiamos pela restauração do nosso paraíso perdido, um vislumbre do novo jardim que um dia finalmente se realizará plenamente. No Espírito, Jesus Cristo, a semente de Eva, garantiu esta vitória por nós. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar. (Gênesis 3:15 NVI) Onde se encontra então a restituição? Onde está a evidência da derrota do nosso inimigo? Quando veremos a escuridão esmagada e o fim da opressão? Quando os filhos de Eva começarão a viver na vitória alcançada pela sua semente? Acredito que começaremos 18 Você briga como uma mulher! a ver uma reviravolta ao paramos de fazer mau uso do nosso poder e autoridade. O que aconteceria se as mulheres usassem sua força e poderes de visão e influência para sarar e nutrir? E se os homens usassem seu poder e força para a verdade e a justiça? E se os homens lutassem como homens? E se as mulheres estivessem munidas de sua plena força para lutarem como mulheres? Todos venceríamos. Aquilo que foi perdido Os homens ganhariam o está sendo restaurado. respeito que perderam e as mulheres recuperariam o poder do amor. Saiba que aquilo que foi perdido está sendo restaurado. A maneira como as coisas estão hoje se renderá à maneira como deveriam ser.Venha comigo ao lugar da verdade. Mulheres, permitam que essas palavras falem com vocês, e sintam-se novamente livres para serem tudo aquilo que foram criadas para ser. O Senhor anuncia a vitória, e uma multidão de mulheres anuncia as boas novas. Reis inimigos e seus exércitos fogem às pressas, enquanto as mulheres de Israel repartem os despojos. (Salmo 68:11-12, Adaptação da versão inglesa da NLT Bible) Deus declara a vitória e já é hora das filhas proclamarem com alegria a verdade do que foi alcançado. Este triunfo é grande demais para uma só voz. Precisamos de muitas vozes que clamem que se fossem uma. A mentira foi longe demais, mas a verdade é mais poderosa. Se apenas declararmos a verdade, reis e exércitos inimigos fugirão. Na sua partida, restauraremos as riquezas e os tesouros que há muito tempo se perderam. 19 A força de ser mulher Totalmente livre, totalmente de Deus Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. (Gálatas 5:1 NVI) Quando o assunto é liberdade, Deus é tudo. Liberdade é uma ótima idéia para ele. Ele quer você totalmente livre para que seja totalmente dele. Com o passar dos anos, aprendi a acreditar que Deus na verdade gosta de nos colocar em posições e circunstâncias com potencial suficiente para desafiar as áreas cativas de nossa vida. Creio que ele se agrada quando vê seus filhos sendo compelidos a circunstâncias que estão fora da zona de conforto e controle.Talvez, se tentar observar de acordo com a perspectiva divina, isso não seja muito diferente de quando vejo meus filhos pularem e atravessarem as ondas. É importante que você entenda uma coisa: eu costumava ser uma pessoa bastante medrosa. Até mesmo escrever um livro que sugerisse conflito teria me assustado. Mas um dia chegou o momento em que o meu desejo de estar a salvo foi superado pelo meu desejo de ser uma pessoa livre. Será que já chegamos lá? Isso aconteceu comigo quando vi meus temores ecoarem nos meus filhos. Não sei se teria mudado se fosse apenas por mim. Teria sido bem mais fácil, em muitos sentidos, apenas ter permanecido escondida... Vou contar uma história para que você entenda melhor. Quando estava na escola secundária, me mandaram escolher entre duas matérias complementares: falar em público ou debate. Era para que eu pudesse me formar. Só que nada me assustava mais do que aquilo. Tinha um medo terrível de ficar na frente das pessoas. Aos cinco anos, perdi uma vista devido a um tipo de câncer chamado retinoblastoma. Da noite para o dia, a vida que eu conhecia mudou. Deixei de ser uma menina confiante e sociável para me transformar numa pessoa quieta e introvertida. Achava que as pessoas não 20 Você briga como uma mulher! me viam mais. Observava quando tentavam decidir para que olho deveriam olhar enquanto falavam comigo. Na escola, os elogios se transformaram em apelidos. Era chamada de “zarolha” e “ciclope”. Criei uma imagem de durona para tentar agir como se essas palavras não me atingissem. Ignorava os comentários e mantinha a minha postura até chegar em casa; então chorava inconsolavelmente em meu quarto. Por que eu não podia ser como todo o mundo? Agora tinha de ficar diante de meus colegas de classe e fazer uma palestra. Debate não era uma opção. Não passava pela minha cabeça como eu poderia vencer um argumento na frente de outras pessoas. Suportei as primeiras semanas das aulas, até que chegou a hora das palestras. Eu estava preparada, mas isso não importava. Quando chegou a hora, travei – eu não conseguia falar. A professora me deixou sair da sala de aula e começar de novo, mas eu não conseguia. Olhava para meus colegas e não saía nada. Então pedi licença e corri para a sala do orientador. Expliquei que era impossível fazer uma palestra de sucesso. Como eu poderia tirar um C, ou mesmo um A ou um B? Afinal de contas, eu estava em desvantagem! Meu conselheiro foi surpreendentemente compreensivo. Ele me fez algumas perguntas, do tipo: “Você está planejando fazer algo na vida que lhe requeira falar em público?” De modo algum! Garanti que não tinha a menor intenção de falar para um grupo maior do que duas pessoas para o resto da minha vida. “Então vamos fazer uma coisa. Escolha outra área dentro da Linguagem e retiraremos o requerimento das aulas de falar em público.” Mal podia acreditar no que estava ouvindo. Então, ali naquele momento, me inscrevi num curso de Kurt Vonnegut (um importante escritor americano). Como o orientador foi tão compreensivo, mencionei outra aula que era um grande problema: datilografia. Era praticamente impossível para mim bater mais do que vinte e cinco palavras por minuto. Defendi meu caso e ele escutou pacientemente. 21 A força de ser mulher “Acho que podemos suspender a datilografia também. Sempre haverá a opção de poder pagar alguém para datilografar seus trabalhos na faculdade.” Estava exultante! Saí dali sentindo como se um peso gigante tivesse sido retirado dos meus ombros. Juntei minhas coisas na sala de aula de palestras e apresentei o bilhete ao meu novo professor, avisando-o que entraria para a aula de Vonnegut. A datilografia se transformou em hora de estudos na biblioteca. A vida era boa. Mas Deus no céu devia estar rindo. Só consigo imaginar ele se virando para os anjos e dizendo: “Pobre Lisa. Vamos lhe dar uma folga. Entendo que ela está assustada demais para falar na frente de seus doze colegas.Vamos esperar e lhe dar um bom susto, transformando isso em centenas, e depois em milhares de pessoas. Além disso, jogaremos uma TV no meio para forçá-la até o limite. Ela não quer datilografar, pois é difícil demais para ela... Tudo bem, ela pode descansar por agora, porque vai passar o resto da vida digitando. As duas matérias que não quis fazer na escola secundária são as duas coisas que faço regularmente hoje em dia. Como podem ver, orientadores, professores e muitas organizações podem concordar com você quanto a ser deficiente e não ter condições. Mas Deus, jamais. Ele adora lhe dar a oportunidade de enfrentar seus temores, porque quando você os enfrenta, se torna uma pessoa corajosa. Onde estão as filhas corajosas que estão prontas para descobrir toda a sua força e lutar como mulheres? Ao virar as páginas deste livro, abra o coração. Acredite que você é uma dessas vozes, uma dessas filhas do Deus Altíssimo, que aprenderá a lutar como mulher. É hora de retomarmos tudo da serpente, de calçarmos nossos saltos altos e esmagarmos a sua cabeça. 22 Você briga como uma mulher! v Pai Celeste, Quero andar em luz e em verdade. Quero me revelar e me tornar a mulher que o Senhor criou. Perdoe-me por permanecer escondida, atrás da fachada de um homem. Acredito que no final há mais poder na minha revelação como mulher. Espírito Santo, faça a tua vontade na minha vida. Quero lutar minhas batalhas da maneira mais poderosa. Não me retirarei com medo, mas declararei com ousadia que lutarei contra tudo que se opuser a minha honra, ao meu Senhor e à minha família. Amém. v 23