Ano 9 • Nº 41 • Julho/Agosto/Setembro 2015 Casa Cor 2015 Ano 9 • Nº 41 • Julho/Agosto/Setembro 2015 SKATE Conheça a história de pessoas adultas que praticam o esporte BOLO DE VÓ Receitas simples para o café da tarde Divisórias A Casa Cor 2015 traz dicas criativas e modernas para separar ambientes Editorial A Revista Rossi é editada pela Café Editora sob a coordenação da área de Marketing Institucional da Rossi Conselho Editorial Mirella Bellinazzi Dantas Amante, Andrea Menezes, Talita Simões e Edson Batista dos Santos Serviço de Atendimento ao Cliente Estávamos animados para conferir a Casa Cor 2015, evento anual de decoração e arquitetura que aconteceu entre os meses de maio e julho, em São Paulo, trazendo o tema “Brasilidade”. O intuito foi resgatar as referências da cultura, das cores e das artes nacionais para dentro do lar. Visitamos a Casa em busca de novidades e selecionamos algumas propostas inovadoras para que você se inspire nos projetos. Morar Bem Arquitetura traz opções de como dividir cômodos de maneira criativa e leve, utilizando materiais diversificados e mantendo a integração dos ambientes. A simplicidade pode nos render grande conforto, e, para provar esse conceito, buscamos projetos que, guiados pelo minimalismo, utilizaram poucos elementos para compor aconchego e beleza, no Morar Bem Decoração. Para apartamentos com pouco espaço para a lavanderia, Meu Projeto estuda como deixar essa área funcional e bem aproveitada. Andava de skate na adolescência e sente saudade? A seção Comportamento traz exemplos de pessoas acima dos 20 anos que encontraram nesse esporte um jeito de se divertir. Com o tema água sempre em alta, você já parou para pensar se é possível transformar a água salgada em doce? Descubra mais em Sustentabilidade. Regina Misk é estilista e designer e desenvolveu seu trabalho em poltronas, cadeiras e sofás que ela garimpa em antiquários e até na internet para restaurar com o uso do tricô. Conheça esse trabalho em Entrevista. Para Gastronomia, trouxemos receitas deliciosas para alegrar o seu inverno: bolos simples e clássicos para combinar com o café da tarde. Nossa casa é o cantinho que temos para relaxar, receber os amigos, entre outras coisas, por isso, optamos por unir conforto, qualidade e inovação para que você tenha diferentes ideias e mude da melhor maneira. Se quiser nos mostrar a transformação de algum ambiente, compartilhe conosco postando sua foto nas redes sociais com a hashtag #ClickRossi. Boa leitura! Leonardo Diniz CEO da Rossi 4 | Revista Rossi Editores Caio Alonso Fontes e Marcos Racy Haddad Diretora de Redação Mariana Proença Editora-assistente Natália Camoleze Diretor de Arte Marcelo Furquim Editora de Arte Lygia Lacerda Estagiário de Arte Gustavo Lorenzini Diretor Comercial Marcos Racy Haddad Executiva de Contas Andrea Vieira Administrativo, Atendimento e Distribuição Fernanda Senna e Thalita Antoniete Colaboradores Texto Ana Paula Kuntz, Bianca Medeiros, Elaine Carvalho, Leonardo Valle, Janice Kiss, Marussia Whately Fotografia Alexia Santi/Agência Ophelia, Fernando Genaro/ Agência Ophelia, Leandro Andrade e Lucas Albin/Agência Ophelia Ilustração Clarissa Monteiro e Eduardo Nunes Tratamento de imagens Luciano Custódio Revisão Denise Costa Foto de capa Leandro Andrade Contato [email protected] Pré-impressão e impressão LOG & PRINT Gráfica e Logística S.A. Administração Avenida Nove de Julho, 4.877, torre B, cj.42 – Jardim Paulista São Paulo (SP) - CEP 01407-200 Tel.: (11) 3586-2233 www.cafeeditora.com.br [email protected] Projeto de Conteúdo Customizado. Todos os direitos reservados. Os textos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista. Todas as informações técnicas são de responsabilidade dos autores. Proibida a reprodução parcial ou total sem autorização prévia da editora. Jornalista Responsável Mariana Proença (MTb 42.716). Foto Divulgação Aconchego de inverno São Paulo e Grande São Paulo (11) 3038-5566 Demais localidades 0800 733 6000 www.rossiresidencial.com.br CRECI (Rossi - SP) 20006 UM TOQUE DE TECNOLOGIA E UM TOQUE DEDE DESIGN. Mangiare Tech com a inovadora tecnologia DocolPresence. Abre e fecha com apenas um toque na bica, corpo ou volante. Ducha pull-down. Extensão de até 45 cm, facilitando a limpeza e o manuseio. Ducha independente. Área sem acionamento por toque, permite o manuseio sem ligar ou desligar a torneira. LED indicativo de funcionamento. A luz acende para indicar a ativação. 00660606 Ambientes inspirados no que inspira você. Coleção Essenz. Textura que lembra pequenos nós de madeira e remete a impressões digitais sobrepostas. Linha Extrem. Muito mais brilho e resistência contra riscos, com cores que nunca desbotam. Móveis editáveis segundo especificações únicas. O melhor do design europeu com a precisão alemã. 8 anos de garantia em toda linha. Condições exclusivas para clientes ROSSI em nossas lojas. Fortaleza/CE Av. Barão de Studart, 2770 Joaquim Tavora // 85 3257.8358 Natal/RN Av. Senador Salgado Filho, 2850 Candelaria // 84 3234.2120 Porto Alegre/RS Av. José de Alencar, 639 Menino Deus // 51 3026.2664 Porto Alegre/RS R. Doutor Salvador Franca, 1168 Jardim Botânico // 51 3085.4500 Rio de Janeiro/RJ Av. Das Américas, 13561 Recreio dos Bandeirantes // 21 3388.5310 Rio de Janeiro/RJ Rua Conde do Bonfim, 86A Tijuca // 21 2204.1442 Xangri-Lá/RS Av. Paraguassu, 1771 Centro // 51 3502.6969 finger.ind.br Índice J U L H O | AG O STO | S E T E M B RO 2015 | E D I ÇÃO 4 1 10 Canal do Leitor Seu meio de contato com a Rossi 11 A Casa é Sua Envie fotos de momentos especiais na sua casa 12 Boas-vindas Dicas de cultura, gastronomia, decoração e cursos 18 Rossi Explica Como funciona o decorado 20 Produtos Canecas e xícaras com estilo 22 Comportamento A volta do skate 26 Sustentabilidade Descubra se é possível transformar água salgada em doce 28 Consumo Consciente Bianca Medeiros comenta sobre questões hídricas e a sociedade 30 Desenvolvimento Urbano Saiba o que são os parklets 32 Morar Bem | Arquitetura Divisórias diferentes para os ambientes 40 Meu Projeto Espaço da lavanderia 42 Morar Bem | Decoração Aconchego e minimalismo 50 Fora do Expediente Atividade para fazer no tempo livre 52 Entrevista Regina Misk e o tricô nos móveis 58 Gastronomia Bolo de vó 62 Viagem Urubici e suas aventuras 82 Moradas do Mundo Prédio da Statoil, na Noruega MAIS ROSSI 66 Notícias Rossi 68 Destaque do Mês 74 Acompanhe a Obra Nossa casa não é só o lugar onde a gente mora, é o mundo em que a gente vive. www.rossiresidencial.com.br | 9 Canal do Leitor Pergunte à Rossi Envie sua pergunta ou sugestão para [email protected] Fale conosco Quero ser cliente Rossi: Todo o Brasil 4003-0980 Já sou cliente Rossi: São Paulo e Grande São Paulo (11) 3038-5566 Demais localidades 0800 733 6000 Quero anunciar: Executiva de Contas Andrea Vieira [email protected] (11) 3586-2233 Sou vizinho de uma obra Rossi: Sabemos que obras, às vezes, resultam em mudanças. Por isso, estudamos os hábitos do bairro e seguimos a legislação para minimizar transtornos. Contate-nos: São Paulo e Grande São Paulo (11) 3038-5566 Demais localidades 0800 733 6000 ou envie um e-mail para [email protected] Site Rossi: www.rossiresidencial.com.br Relações com Investidores: www.rossiresidencial.com.br/ri Revista Rossi no site: www.rossiresidencial.com.br/revista-rossi.aspx Rossi nas redes sociais Twitter: www.twitter.com/Rossi_novidades Decoração Dúvida técnica Facebook: Como funciona a ideia da parede-lousa? FLÁVIA AMARAL, Curitiba (PR) R: Olá Flávia, para ter uma parede ou outras superfícies como essa o ideal é buscar boas opções da conhecida tinta lousa. É como pintar uma parede normal; delimite a região a ser pintada, para não manchar as outras partes da casa, espere secar por 72 horas e aí se divirta criando e desenhando. Pode-se utilizar giz comum. O que é a planta baixa? CARLOS PACHECO, Goiânia (GO) R: Carlos, a planta baixa é a representação gráfica da projeção horizontal de uma edificação, vista no sentido do teto para o piso, em toda a sua extensão. YouTube: Adorei a matéria da Estrada Real, não conheço aquela região. Estou planejando ir até lá nas minhas férias! JULIANA GONÇALVES, São Paulo (SP) R: Que bom que gostou da matéria, Juliana! É um lugar bem bonito, ideal para quem gosta de aventuras durante os passeios. Aproveite a viagem! 10 | Revista Rossi www.youtube.com/rossiresidencial Linkedin: www.linkedin.com/company/rossi-residencial Google Plus: google.com/+rossiresidencial Instagram: @rossiresidencial Morar Bem Decoração (edição 40) Muito criativa a matéria sobre grafite em casa. É impressionante como podemos abusar de diferentes estilos para diversificar cada ambiente. Estou pensando em decorar a minha sala com grafite. JORGE CAMARGO, Rio de Janeiro (RJ) R: Realmente é impressionante, Jorge, como podemos combinar estilos diferentes em cada ambiente. A matéria de grafite serve para mostrar que essa linda arte de rua pode se enquadrar dentro da casa e trazer originalidade e modernidade. Grupo Rossi A Revista Rossi reserva-se o direito de selecionar as cartas enviadas e resumi-las para publicação. Viagem (edição 40) www.facebook.com/rossiresidencial A Casa É Sua #ClickRossi Fotos Divulgação Na nossa casa sempre tem um cantinho preferido, diferente, algo singular. Então, por que não compartilhar com a gente? Basta seguir @rossiresidencial no Instagram e marcar com a hashtag #ClickRossi uma foto de um momento especial. Cada edição da nossa revista trará as fotos escolhidas. Confira o regulamento no site www.rossiresidencial.com.br/clickrossi e participe! @LUCASSAGATI @FEVARELA3 @TATIANEVACCARI 89% fluxo de Caixa, meta mais que batida #metaconcluida #rossi #repasse #equipe #presentinho #clickrossi #sabara #fundacao #piscina #clickrossi #mulhernaobra #ocondominiomaislindo #clickrossi @INAIECARDOZO @JULIOCEOLI @CAROL_FREITAS Nosso novo lar paulistano a todo o vapor! Felicidade é construir junto em família! #clickrossi Almoço com a melhor equipe de engenharia. #RossiResidencial #clickrossi #engenheiros #arquitetos Um mimo para nós porque merecemos! #clickrossi #rossiresidencial #rossidecoracao www.rossiresidencial.com.br | 11 Boas-vindas Novidades pelo Brasil NA ONDA Coleção inspirada nas bolachas-do-mar Os Irmãos Campana lançaram sua nova coleção, em Milão. A linha Estrela foi inspirada nas bolachas-do-mar. Reproduzindo a forma lúdica e redonda desses seres marinhos, criaram um mobiliário de metal, com recortes a laser unidos por uma solda robótica tecnológica, que permite flexibilizar qualquer forma, juntando as “bolachas” que configuram cada peça. A coleção é composta de poltrona, cadeira, mesa, sofá e luminária. Mais informações: www.inovedesign.com.br BRASILIDADE Restaurante traz pratos com ingredientes raros O restaurante Winiká foi criado com o intuito de resgatar a brasilidade de forma contemporânea. De origem indígena, o nome Winiká significa um convite para fazer alguma refeição junto. O chef Marcos Soares cria as receitas a partir de releituras da cozinha brasileira de raiz. Os pratos contam com ingredientes orgânicos, garimpados por todo o Brasil. Um exemplo é o queijo arupiara, que vem de uma fazenda do interior da Paraíba. Vinhos exclusivos, cervejas artesanais e drinques autorais compõem as bebidas. GOIÂNIA (GO) – Av. T-13, 711 – Ed. Santorini Loja 1. Mais informações: www.winika.com.br 12 | Revista Rossi EXPOSIÇÃO François Truffaut tem sua trajetória apresentada no MIS O MIS – instituição da Secretaria de Cultura de SP – recebe entre os dias 14 de julho e 18 de outubro a exposição Truffaut: um cineasta apaixonado, que revela o trabalho deste francês considerado uma das principais figuras do movimento cinematográfico conhecido por Nouvelle Vague. São mais de 600 itens entre desenhos, fotos, objetos, livros, revistas e roteiros com anotações, além de trechos de filmes e entrevistas do diretor. O ingresso custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). SÃO PAULO (SP) – Avenida Europa, 158 – Jardim Europa. Mais informações: www.mis-sp.org.br Jean Pierre Léaud e Truffaut no set de Domicílio Conjugal LAREIRAS Para quem quer se aquecer no inverno As lareiras móveis da Largrill proporcionam conforto em qualquer cantinho da casa. É possível instalá-las em diferentes bases, como vaso de cerâmica, mesa de mármore, móvel de madeira ou estrutura de pedra. Feita de aço inox, mede de 0,40 m a 1,40 m. As lareiras possuem um sistema ecologicamente correto, que funciona por meio da combustão por álcool em gel a 80 ºC, o único composto legalizado e permitido no Brasil por não produzir cheiro nem fumaça. Mais informações: www.largrill.com.br CIMENTO NA DECORAÇÃO A Kitchens apresenta a Cozinha Concret Em comemoração dos cinquenta anos, a Kitchens, empresa de armários planejados para cozinha, copa, área de serviço e banheiro, apresentou na última edição do Salão do Móvel de Milão a Cozinha Concret. A ideia é mostrar a tendência do cimento na decoração, criando um ambiente urbano e contemporâneo. Esse material pode ser aplicado nas faces dianteiras dos móveis, trazendo vantagens de manutenção e durabilidade do laminado. Mais informações: www.kitchens.com.br www.rossiresidencial.com.br | 13 Boas-vindas CASA COR SP Banheiro com vidro privativo A Casa Cor SP 2015 trouxe diversas tendências. A arquiteta Orlane Santos, por exemplo, criou o Banheiro Feminino do Boulevard, que foi inspirado em Manaus (sua cidade natal). Nele, Orlane apresentou detalhes da arquitetura antiga local, ligada aos recursos tecnológicos, e o resultado se vê nesse ambiente compacto. As portas das cabines foram feitas com um vidro conhecido no mercado como privativo. Ele contém um display ultrafino posicionado entre duas lâminas, que permite que, com um toque, sua superfície passe de translúcida a opaca, criando um espaço privado. Mais informações: www.orlanesantos.com MÓVEIS E GASTRONOMIA Restaurante Marakuthai na loja TOG Philippe Starck, proprietário da loja TOG, acaba de lançar uma novidade. Em busca de um ambiente acolhedor, ele convidou a chef Renata Vanzetto para elaborar o Marakuthai for TOG. A ideia foi levar para a loja um bar-restaurante autoral e contemporâneo, priorizando objetos de acrílico e madeira. No cardápio, diversidades como tirinhas de frango ao curry, sanduíches artesanais, cogumelos em molho cremoso de shoyu quente para comer com ciabatta, entre outras. SÃO PAULO (SP) – Rua Iguatemi, 236 – Iguatemi. Mais informações: www.marakuthai.com.br 14 | Revista Rossi Cursos Selecionamos alguns cursos para você inovar, aprender e aperfeiçoar seus trabalhos FORTALEZA (CE) PUFES DELICADOS Diversas opções com estampas exclusivas A ideia da Puffs de Alessa, e-commerce brasileiro focado em pufes e almofadas, é renovar e imprimir personalidade aos ambientes, com variedade de modelos exclusivos. Para desenvolver estampas personalizadas, a empresa de Porto Alegre trabalha com designers que pesquisam tendências em diversos estilos e áreas. Há também opções de pufes e almofadas com temáticas neutras e alegres, com estampas florais, geométricas, indianas, entre outras. A entrega dos pufes é realizada em todo o Brasil. Mais informações: www.puffsdealessa.com.br Brigaderia O objetivo é fazer com que o aluno desenvolva conhecimentos e habilidades no preparo de brigadeiros clássicos e gourmets, montagem e decoração, de acordo com as normas de higiene e manipulação de alimentos. Carga horária 20 horas. Quanto R$ 150. Onde Senac Turismo – Rua Tibúrcio Cavalcante, 1.750 – Aldeota. Mais informações www.ce.senac.br BELO HORIZONTE (MG) Teatro O curso oferece o primeiro contato com os elementos fundamentais para o trabalho de sensibilização e criação a partir de exercícios de expressão corporal, concentração, percepção do outro e do espaço, composição, improvisação e leituras, estimulando e desenvolvendo a presença cênica. Carga horária 3 horas semanais. Quanto R$ 552,50. Onde Galpão Cine Horto – Rua Pitangui, 3.613 – Bairro Horto. Mais informações www.galpaocinehorto.com.br RIO DE JANEIRO (RJ) Textos Natália Camoleze Fotos Divulgação NOVA LOJA A Tok&Stok inaugura filial em João Pessoa A Tok&Stok, loja de móveis e acessórios, inaugurou no mês de junho sua primeira loja no Manaíra Shopping, em João Pessoa, na Paraíba. O projeto assinado pelo arquiteto Felippe Crescenti conta com 3 mil metros quadrados divididos em dois andares interligados por escada rolante e um elevador no hall de entrada, que favorece a chegada das pessoas pelos dois pisos do shopping. O objetivo é levar ao cliente local todas as opções de produtos presentes nas outras redes. JOÃO PESSOA (PB) – Av. Flávio Ribeiro Coutinho, 805 – Manaíra. Mais informações: www.tokstok.com.br Jornalismo de moda O aluno vai aprender as características do mercado, assim como apresentar o universo da moda, desenvolver textos e aprofundar-se nas análises de diferentes tipos de cobertura jornalística dessa categoria. Carga horária 2 horas semanais. Quanto R$ 300. Onde Corredor Cultural – Rua do Ouvidor, 37 – Centro. Mais informações www.polocriativo.com.br SÃO PAULO (SP) Identidade Visual Busca capacitar o aluno em pesquisa, conceituação e desenvolvimento de sistemas completos de identidade visual, utilizando linguagem técnica e postura profissional. É indicado para diretores de arte, designers gráficos, web designers, profissionais de marketing e comunicação de modo geral. Carga horária 20 horas. Quanto R$ 760. Onde Belas Artes – Rua Doutor Álvaro Alvim, 90 – Vila Mariana. Mais informações www.belasartes.br www.rossiresidencial.com.br | 15 Rossi Explica Perguntas e respostas para dúvidas do dia a dia. Tem alguma sobre sua casa? Envie para a gente no [email protected] Apartamento decorado Utilizado nos estandes de vendas para mostrar a planta em escala real, o espaço também ajuda a dar muitas ideias para a nova casa Por Natália Camoleze Ilustração Clarissa Monteiro Fonte Alex Terras Barbalho (Gerente Regional Rossi Campinas) P ara quem compra o apartamento na planta, o decorado é uma ótima opção, pois ele traz um espaço elaborado com a finalidade de mostrar a proposta do projeto, possibilitando a visualização do tamanho, da disposição dos cômodos e dando ideias para a decoração. O intuito é fazer com que o cliente se imagine morando ali. QUANDO O DECORADO É NO ESTANDE – O modelo decorado pode ser feito junto com o estande de vendas, onde é construída uma réplica do apartamento e aplicada a decoração – essa unidade é demolida no final do projeto. QUANDO O DECORADO É NO APARTAMENTO – O decorado é aplicado em uma unidade que já está pronta quando há necessidade comercial. 18 | Revista Rossi DECORAÇÃO – A incorporadora contrata uma decoradora que faz todo o desenho do local e define as especificações. O projeto é feito seguindo um briefing (coleta de dados) realizado em reuniões para poder definir o tipo da decoração, baseada no público-alvo. Isso depende de cada empreendimento. Caso este tenha mais de um tipo de unidade, é estudada qual a melhor forma de apresentação. MÓVEIS – Quando o decorado é desfeito, geralmente os móveis apresentados ali são levados a leilão. TAMANHO – Segue a metragem do projeto final, para que o cliente possa visualizar como será o apartamento. DICAS PARA DECORAR O APARTAMENTO COMPRA – Quem se interessar pelo apartamento decorado pode comprá-lo. As vantagens são, entre outras, deixar de lado a preocupação com a decoração. DECORADOR – Caso o cliente deseje uma decoração como a apresentada no decorado, é possível entrar em contato com o profissional que elaborou o projeto e criar uma própria para o seu apartamento. • Estude a planta e as instalações do apartamento e esquematize os lugares onde deseja encaixar cada móvel; • Procure um equilíbrio de cores. Avalie qual cômodo ou parede você prefere pintar com cores mais escuras ou mesmo se quer deixar todas as paredes em tons claros. As cores contribuem para a definição de um ambiente: aconchegante ou não, calmo, jovem, divertido ou elegante. E, por isso mesmo, elas devem ser pensadas cuidadosamente. Uma dica é solicitar amostras de tintas e tecidos, testando sempre no local antes de tomar uma decisão final; • Opte por comprar, primeiramente, os móveis maiores, como os da cozinha, camas e sofás. Depois busque os menores, como mesa de cabeceira, de apoio, entre outros; • No quarto, vale a regra da proporção. A cama deve estar de acordo com o tamanho do ambiente, para que haja circulação de cada lado; • Sempre pesquise. O mundo da decoração é repleto de opções belas e inovadoras. www.rossiresidencial.com.br | 19 Produtos Entre canecas e xícaras Para quem gosta de apreciar um bom café ou chá sem perder o estilo MEXE A Caneca Mistura Tudo foi feita para aumentar a praticidade no dia a dia. É ótima para tomar suco, café, chocolate quente, entre outras bebidas. Basta colocar a mistura na caneca, pressionar o botão MIX por alguns segundos e ela já prepara a bebida. Dispensa o uso da colher para mexer o açúcar, por exemplo. ONDE Imaginarium – www.imaginarium.com.br QUANTO R$ 80,66 FOTO Para quem é fã de fotografias, este copo possui o formato de uma lente. É térmico, ideal para preservar as bebidas quentes DESENHO Caneca com uma coruja colorida, o que dá um brilho para a hora do café ou chá. Feita de porcelana, possui tampa de silicone e é acompanhada de uma caixa cartonada, ideal para presentear alguém. ONDE Zona Criativa – www.lojazonacriativa.com.br QUANTO R$ 34,90 preferidas e, com estilo, pode ser levado para todos os lugares. De plástico resistente por fora e aço inoxidável por dentro, a tampa é ideal para usar como porta-petiscos. ONDE Pink Presentes – www.pinkpresentes. com.br QUANTO R$ 69,90 QUENTINHO O Aquecedor de Café USB acompanha uma plataforma que mantém sua bebida aquecida; basta conectar a um notebook, carregador ou bateria. Pode ser usado em reuniões e viagens. ONDE Loopday – www.loopday.com.br QUANTO R$ 49,90 20 | Revista Rossi TRANSPARÊNCIA Com capacidade para 110 ml, esta xícara de café é de vidro transparente. A ideia do material é apreciar aquela linda crema do espresso ou valorizar o leite aerado do cappuccino. Da Tramontina, o conjunto inclui duas xícaras, feitas com parede dupla, o que permite que o lado de fora não esquente. ONDE Pepper – www.pepper.com.br QUANTO R$ 84 ELEGANTE Para quem prefere montar uma mesa JOGO PARA CHÁ Com o nome de Wonderland, o jogo é feito clássica, fugindo dos objetos engraçados, de porcelana esmaltada, esbanjando charme esta peça é ideal. São quatro xícaras nas e dando um toque delicado para a mesa do cores azul e branco; o pires segue lanche da tarde ou café da manhã. É composto um modelo mais arredonda- de um bule e seis xícaras para chá com pires. do e largo. ONDE Presentes Acompanha suporte com acabamento cromado. Mickey – www.mickey.com.br ONDE Tok & Stok – www.tokstok.com.br QUANTO R$ 384 Fotos Divulgação MENSAGEM QUANTO R$ 219,90 Quer deixar uma mensagem para alguém? Esta caneca MUSTACHE branca vem com um kit de letras reposicionáveis que Uma torre formada por qua- parecem ter sido tiradas de revistas e jornais. Cada letra foi tro canecas de 200 ml cada, com feita de um polímero durável que se fixa na caneca e pode o desenho de bigodinhos para deixar a mesa do café da manhã ser facilmente removida. ONDE O Segredo do Vitório – divertida. A peça é de cerâmica e o suporte, de metal cromado. www.osegredodovitorio.com.br QUANTO R$ 95 ONDE Casa Geek – www.casageek.com.br QUANTO R$ 69,90 www.rossiresidencial.com.br | 21 Comportamento Brincadeira de gente grande Com a popularidade ascendente, o skate tem atraído diversos públicos Por Ana Paula Kuntz Fotos Fernando Genaro e Alexia Santi/Agência Ophelia Roger anda de skate com os amigos do trabalho 22 | Revista Rossi Marcio Tanabe, proprietário e professor de uma pista coberta em São Paulo O engenheiro Roger está entrando para a casa dos 30 anos de idade com os dois pés em cima do skate. Há duas décadas, ele foi skatista por influência do pai, mas aos 17 anos deixou a atividade para dedicar-se a estudos e trabalho. “Estava muito ocupado e sem tempo. De vez em quando, dava uma volta aos domingos.” A história do skate no Brasil tem altos e baixos. A primeira vez em que a prancha com rodinhas começou a se popularizar entre os brasileiros, especialmente os praticantes de surfe que viajavam aos Estados Unidos e traziam de lá a influência dessa atividade, na época chamada de “surfinho”, foi na década de 1960. Apenas nos anos 1970 é que o País vivenciou o boom do skate, organizando os primeiros campeonatos, abrindo o mercado para diversas empresas especializadas em artigos do setor e pondo em circulação revistas segmentadas que ajudavam a divulgar a cultura skatista. Em 1976, inclusive, foi construída a primeira pista do Brasil e da América Latina em Nova Iguaçu (RJ). Mas a onda passou, e no início da década de 1980 a modalidade despencou em popularidade. Após uma breve recuperação, a crise econômica da década de 1990 novamente levou o skate ladeira abaixo. “O skate não sumiu do Brasil graças aos apaixonados, pessoas que, mesmo enquanto a atividade não era lucrativa, se dedicaram a manter viva a cultura skatista”, afirma Marcio Ta- nabe, 51 anos, formado em marketing e empresário do ramo de skate há 33 anos. “Já tive uma indústria de tênis, depois fui para o mercado editorial e de mídias que valorizavam o skate, abrindo espaço para a transmissão de campeonatos e colaborando com a profissionalização deste esporte.” Há quase cinco anos, ele administra o Skate City, uma pista de skate coberta, em São Paulo, que oferece aulas e locação. DICAS DE PROFISSIONAL • O instrutor Marcio Tanabe ressalta que adultos devem buscar a orientação de um professor para aprender a dominar o skate. As aulas são importantes para eliminar, em grande parte, o risco de lesões. • Também é indispensável o equipamento de proteção, composto de capacete, joelheiras e cotoveleiras, e, eventualmente, luvas. • É importante usar a sabedoria e a parcimônia adquiridas com a maturidade para respeitar os limites do corpo e se permitir progredir em seu próprio ritmo. Não adianta querer recuperar o tempo perdido na juventude; é preciso se entregar à diversão com segurança. www.rossiresidencial.com.br | 23 Comportamento Álvaro pegou carona no esporte da filha Natália, de 5 anos Mesmo acreditando que o skate sempre recuperaria a notoriedade, Marcio foi surpreendido pelo perfil dos praticantes. Esperava-se uma reciclagem de público, com gente nova chegando às pistas. E, por “nova”, entenda-se iniciante, e também jovem. “Não imaginávamos que aqueles que haviam deixado o skate de lado na adolescência voltariam depois de adultos. Ele observa que essa turma de veteranos é composta, em sua maioria, de profissionais bem-sucedidos, com estabilidade financeira, que agora vivem buscando desfrutar mais os prazeres da vida. Até porque, vale dizer, essa não é uma diversão tão barata. Longe de ser elitizada, mas um skate bacana mais um par de tênis apropriados e equipamento de segurança completo (joelheiras, cotoveleiras 24 | Revista Rossi e capacete) exigem um investimento inicial superior a R$ 1 mil. “Para muitos, é uma oportunidade de resgatar um sonho de criança”, que é exatamente o caso de Roger, que frequenta o Skate City semanalmente com outros dez amigos do trabalho que também entraram no embalo. Dessa turma, metade é de novatos nas pistas, representando a parcela de adultos que, mesmo sem nenhuma experiência durante a juventude, estão se permitindo momentos do mais saudável tipo de molecagem. Cada vez mais desvinculada da imagem da vagabundagem, a atividade tem atraído pessoas de diferentes “tribos”, de executivos a pais de família, com carreira e responsabilidades a zelar. Pegando carona no interesse da filha Natália, de 5 anos, que pediu para aprender a andar de skate após conhecer alguns esportistas no parque, o funcionário público Álvaro Junqueira, de 40 anos, começou a fazer aulas há menos de seis meses. “Levando minha filha para praticar no Parque da Juventude (em São Paulo), conversei com skatistas mais escolados que me deram a dica de procurar aulas particulares. Foi então que encontrei outros pais na mesma situação: à toa, por cerca de duas horas, enquanto esperavam que as crianças terminassem o treino”, conta. “Então surgiu a ideia de montar uma turma de adultos. Pra mim, foi uma ótima ‘desculpa’ para fazer algo que sempre tive vontade.” Aos iniciantes mais maduros, ele dá dois alertas fundamentais. O primeiro é não dispensar o equipamento de segurança. “Precisamos ter consciência de que o preparo físico está mais debilitado”, diz. O outro é preparar-se para uma verdadeira malhação. “Em duas horas de aula, fico supercansado. Não achei que seria tão puxado, mas a atividade é bastante intensa e me fez notar partes do corpo como o dedo médio do pé, que ficou bem dolorido nas primeiras vezes”, ri. E para quem acha que não há espaço para mulheres nesse esporte, prova o contrário a médica Ana Sayuri, de 40 anos. Democrático a todos os gêneros e idades, o skate conquistou o interesse da cirurgiã plástica durante uma resolução de Ano-Novo. “Resolvi que precisava fazer algo diferente em 2014, para sair da rotina de trabalho e estudo. Já praticava corrida, mas queria algo mais emocionante e que não demandasse companhia”, diz. Quase tão prático quanto correr, o skate lhe pareceu perfeito. “Dá para andar em qualquer lugar. O problema era que eu, pela idade e inexperiência, tinha vergonha, medo de passar ridículo.” A solução foi contratar Marcio para aulas particulares, e, em cerca de dois meses, Ana já estava confiante para deslizar em áreas públicas de São Paulo. “Agora estou no controle. E o sentimento mudou, tenho orgulho de estar inserida no meio skatista.” Ana Sayuri superou o medo e a vergonha com a ajuda de aulas particulares PERFIL DO SKATISTA BRASILEIRO Uma pesquisa encomendada pela CBSk (Confederação Brasileira de Skate), realizada pelo Instituto Datafolha em 2010, apontou que há quase 4 milhões de skatistas no Brasil (incluindo, provavelmente, os praticantes de long board). O número é 20% maior que o identificado em 2006. A idade média do skatista brasileiro é 16 anos, com faixas etárias distribuídas da seguinte forma: • 25% entre 3 e 10 anos de idade • 30% entre 11 e 15 anos • 31% entre 16 e 20 anos • 7% entre 21 e 25 anos • 7% tem mais de 26 anos www.rossiresidencial.com.br | 25 Sustentabilidade Água do mar para beber. Será? Tratá-la é custoso e consome mais energia, mas pode ser uma alternativa à falta de água doce Por Elaine Carvalho Q uem já foi à ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, já bebeu água potável vinda do mar. Por enquanto, é lá que existe o único sistema de abastecimento público brasileiro de água oceânica. Com a crise hídrica, alguns estados já estudam essa possibilidade, como Rio de Janeiro e Espírito Santo. São Paulo chegou a cogitá-la, mas, por estar muito distante do mar, o custo operacional dobraria. Para abastecer comunidades litorâneas, porém, a dessalinização é economicamente viável, embora a captação e o tratamento sejam mais caros que o processo tradicional, feito em água doce. “Este é um caminho irreversível”, diz o pesquisador Kepler Borges França, coordenador do Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes) da Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba. Trata-se, segundo ele, de um dos métodos existentes mais rápidos para tornar a água potável, uma maneira de garantir o 26 | Revista Rossi recurso quando não houver chuva. Para uma usina funcionar, é preciso um ano para sua implantação, fora o período de licenciamento ambiental. “Em situações de crise, é preciso usar as soluções que se tem em mãos”, acredita França. A dessalinização existe há quase cem anos. Inicialmente era utilizada por marinheiros e por países extremamente carentes de água doce. O Oriente Médio recorre a ela desde 1960. À medida que os custos de produção caíram, nas três últimas décadas, o uso se intensificou no planeta. Hoje são mais de 150 países que se valem desse recurso, entre eles Arábia Saudita, Estados Unidos, Israel, Japão, China, Chile, Espanha e Kuwait. No Brasil, há entre 3 mil e 3,5 mil sistemas de tratamento do tipo. O foco até agora estava nas águas salobras, especialmente as de mananciais subterrâneos do semiárido nordestino, região de seca histórica. Com menor quantidade de sal, essas fontes são menos complexas para tratar. Segundo França, a produção não chega a gastar US$ 1 por metro cúbico, enquanto na água do mar o valor é de US$ 1,50 e US$ 2,50 pelo mesmo volume. FILTRAGEM DA ÁGUA Até 1960, a técnica mais comum era a destilação, que ferve a água Fotos Shutterstock.com Na página ao lado, a Baía dos Porcos, em Fernando de Noronha. Aqui, usina de dessalinização em Lanzarote, na Espanha para separá-la do sal, “Ainda é utilizada em países como Arábia Saudita, onde o custo de energia (petróleo) é muito baixo”, observa o especialista em saneamento Renato Ramos, diretor do Negócio de Águas da Dow Química. De acordo com ele, mesmo lá existe uma tendência a mudar para o método de osmose reversa. “É mais conveniente para eles vender o petróleo do que queimá-lo”, ressalta. A técnica de osmose reversa foi o que tornou a dessalinização mundialmente mais atrativa, por consumir menos energia que a destilação. Ela consiste em criar um fluxo de pressão para empurrar a água contra uma membrana semipermeável que atua como filtro, que retém o sal e todas as impurezas de um lado do reservatório. Alternativas vêm sendo estudadas para reduzir a energia, que ainda pesa num projeto como esse. “Hoje, existem membranas desenvolvidas com alta tecnologia, como as da Dow, que conseguem diminuir esse consumo”, ressalta Ramos. Para efeito de comparação, ele explica que o gasto energético para produzir mil litros de água potável é o mesmo de um chuveiro elétrico em trinta minutos. Além disso, dá para fazer um reúso bem significativo. De acordo com França, do Labdes, até 70% da energia podem ser reaproveitados no próprio processo produtivo. Como alternativa para baratear esse e outros custos, o pesquisador sugere o desligamento parcial das máquinas no período de chuvas, tal como vem experimentando a Califórnia. “Seriam mantidas uma operação e uma manutenção mínimas”. CUIDADOS AMBIENTAIS Os impactos ao meio ambiente são um dos principais temores da ETAPAS DO TRATAMENTO 1. Tubulações sugam a água diretamente do mar. Elas têm uma peneira para impedir a captura de peixes e microalgas. 2. No reservatório, a água passa por uma pré-filtragem para a retirada dos resíduos maiores. Depois, ela passa por uma membrana. 3. A água filtrada segue para a rede de distribuição. 4. No exterior, antes de ser distribuída, a água passa por um leito de pedras ricas em minerais como cálcio e magnésio, reincorporando esses sais que, por ser maiores que os demais, podem ser barrados na filtragem. dessalinização. Ramos argumenta que os estudos ambientais são criteriosos e avaliam, por exemplo, as correntes e a vida marinha, assim como as tábuas de maré, para definir detalhes como distância e profundidade da captação da água. Também são definidos os locais aonde o sal retido na filtragem deve ser devolvido no oceano, para garantir que ele se disperse rapidamente a ponto de, em poucos metros, a concentração salina ser a mesma do mar. Em caso de despejo no solo, decorrente da dessalinização de água salobra, valem os mesmos cuidados de local e concentração salina. No Nordeste brasileiro, a salmoura é reaproveitada em sistemas de cultivo hidropônicos e na criação de peixes. “Desde que em quantidades adequadas, o sal dissolvido é um bom caminho para reaproveitar o rejeito”, afirma França. www.rossiresidencial.com.br | 27 Consumo Consciente A água e a sua participação A recente crise hídrica enfrentada pelo Estado de São Paulo chamou a atenção dos cidadãos nos últimos meses. Principalmente pelo fato de o Brasil ser um país abundante em recursos hídricos. Ao compararmos as reservas hídricas do Brasil com as de outros países, é fácil notarmos a posição privilegiada que o País ocupa. Tal posição se reflete inclusive no fato de a nossa matriz energética ser fortemente apoiada na geração de eletricidade a partir das usinas hidrelétricas. No entanto, as notícias sobre o enfrentamento da crise da água evidenciaram um cenário alarmante, que até então vem sendo pouco ou insuficientemente divulgado: a insegurança hídrica do País. Em razão da escassez de água superficial e das medidas de racionamento requeridas aos cidadãos pelo governo de São Paulo, houve um expressivo aumento do uso desordenado das reservas subterrâneas no estado. O uso irracional das reservas subterrâneas impacta diretamente na renovação dos fluxos superficiais, podendo ocasionar novos problemas em longo prazo. A extração de água do subsolo, a depender da vazão, requer a emissão de uma autorização pelo órgão ambiental estadual – a outorga. Esse fato reforça a necessidade de olharmos mais atentamente para a forma como o uso superficial e subterrâneo da água tem sido realizado. Seria apenas o dito “consumo consciente da água” pelos cidadãos suficiente para evitar situações tal qual a crise hídrica vivenciada por São Paulo? O consumo mais intensivo de água no Brasil e no mundo está associado à produção agrícola. Será que temos acesso suficiente a informações sobre o uso agrícola da água? Será que esse uso tem sido realizado de forma consciente? Em decorrência de grande parcela da população brasileira viver nos centros urbanos, nós acabamos nos distanciando do debate sobre o uso da água para a produção agrícola. Focamos o consumo para o abastecimento público. Embora seja desejável que os cidadãos pensem em usar a água de forma consciente no seu dia a dia com “banhos rápidos” e “implantação de reúso da água nos domicílios”, tais medidas não são capazes de, sozinhas, promover efetivas mudanças no cenário nacional atual de insegurança hídrica. Precisamos nos conscientizar dos mecanismos de diálogo para a discussão sobre as questões hídricas. No Brasil, foi instituída desde o ano de 1997 a figura do Comitê de Bacia Hidrográfica. No entanto, poucos cidadãos têm conhecimento sobre esse mecanismo e suas potencialidades. A ausência de informações e transparência nos processos decisórios sobre a gestão da água é o principal obstáculo às mudanças de cenário como a crise de São Paulo, que esteve mais fortemente associada à má administração do uso da água do que à ausência de chuvas. Os cidadãos precisam participar desses colegiados, informar-se sobre quem são os principais usuários da água na sua cidade e estado, e como o pagamento pelo seu uso vem sendo realizado. É de competência dos Comitês de Bacia Hidrográfica deliberar sobre a cobrança pela água nas bacias hidrográficas brasileiras, e, em muitas regiões do País, a cobrança – instrumento previsto pela Lei Federal que trata do recurso – ainda não foi instituída. Precisamos nos posicionar melhor no debate sobre a água e cobrar do Poder Público transparência na gestão desse recurso tão importante. Bianca Medeiros é mestre em Planejamento e Gestão Ambiental pela UFRJ e assistente de pesquisa do Centro de Direito e Meio Ambiente da FGV Rio. 28 | Revista Rossi Ilustração Eduardo Nunes Foto Divulgação Por Bianca Medeiros* Desenvolvimento Urbano A As minipraças instaladas no espaço de duas vagas para carros chegam ao Brasil Por Elaine Carvalho cidade de São Paulo ganhou cinquenta parklets – minipraças que ocupam o lugar de duas vagas na rua – esse número deve chegar a cem até o fim de 2015. Cada parklet é de um jeito. Ele pode conter bancos, bebedouro, plantas, estacionamento de bicicleta, aparelhos de ginástica etc. Um ano e meio após a instalação do primeiro, perto da Avenida Paulista, em São Paulo, a ocupação desses locais pelas comunidades já revelou muito sobre o comportamento das pessoas e a relação entre espaço público e qualidade de vida. A primeira coisa é que sim, todos gostam de ter em seu percurso um lugar para sentar, descansar, ler um livro ou fazer qualquer coisa. A segunda é que os parklets mudam a percepção das pessoas sobre a cidade. Logo que alguns deles foram instalados, o Instituto Mobilidade Viva fez a seguinte pergunta aos usuários: “De quem é o espaço público?”. E ouviu da maioria: “De ninguém”. Voltou meses depois e refez a pergunta, quando então 80% deles disseram: “É do cidadão”. Lincoln Paiva, diretor do Instituto, foi quem trouxe o conceito para o Brasil, inspirado no sucesso alcançado pelos equipamentos em vários países. O primeiro parklet da cidade foi na Rua Padre João Manuel, esquina com a Avenida Paulista, bem aceito instantaneamente. “Era uma intervenção urbana de dois dias, feita para a Bienal de Arquitetura de 2013. Quando fomos desmontar, as pessoas não 30 | Revista Rossi queriam deixar, fizeram um abaixo-assinado com mil nomes pedindo a permanência”, conta Paiva. A remontagem ocorreria em abril de 2014, com a publicação do decreto municipal que regulamenta a utilização desse lugar no município. SE O POVO OCUPA... “Estar na cidade é um movimento político. O uso que se faz desses espaços diz tudo sobre o que os outros querem”, acredita Paiva, que sonha em ver o tema ser tão debatido quanto o transporte. Oferecer novas experiências de ocupação leva cada um a pensar sobre a cidade que deseja. Esta é, para ele, a maior contribuição dada pelo projeto. São Paulo foi uma das primeiras cidades do mundo a regulamentar a criação desse tipo de local, sob as seguintes regras: qualquer pessoa física ou jurídica pode patrociná-lo, entrando com pedido na prefeitura, no qual assume a responsabilidade pela concepção do projeto, pelo investimento de mobiliário e pela manutenção. Também é preciso se comprometer a não comercializar nada ali, respeitando a finalidade pública. Se a comunidade gostar, a marca do patrocinador estará associada a algo positivo para o espaço. Além disso, atrair mais gente para a rua alavanca o comércio local. Em Chicago o movimento dos estabelecimentos cresceu 34% e em Nova York, 14%, segundo pesquisas americanas. No site Gestão Urbana (www.gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br), da prefeitura de São Paulo, um manual ensina como montar uma minipraça. Fotos Instituto Mobilidade Viva – Divulgação Você conhece os parklets? Respeito ao meio ambiente As portas Vert são fabricadas com madeira proveniente de florestas próprias e certificadas. Morar Bem | Arquitetura Divisórias cheias de estilo Em tempos em que a integração é palavra de ordem na decoração, divisórias são um jeito inteligente de setorizar os ambientes sem fechá-los Por Leonardo Valle Fotos Leandro Andrade 32 | Revista Rossi N o mundo da arquitetura, integrar é preciso. Isso porque a tática de derrubar paredes e interligar os espaços garante mais amplitude para o apartamento e ainda potencializa a iluminação. Delimitar cada cantinho em ambientes integrados, contudo, exige certa dose de inteligência e ousadia. Pois é exatamente aí que entram em cena as divisórias – forma prática e cheia de estilo de setorizar cada cômodo sem fechá-lo completamente. A chegada da Casa Cor 2015 indicou que as divisórias são tendência para os próximos anos, fazendo-se presentes em diversos projetos que compuseram a maior mostra de decoração do País. Nela, arquitetos e designers de interiores abusaram de materiais inusitados ou fizeram das divisórias verdadeiras obras de arte. Separamos quatro projetos belos e funcionais que se destacaram para você se inspirar. Confira! PAPEL POP Glamour e sustentabilidade foram as marcas registradas no ambiente Casa 11 criado pela designer de interiores Esther Giobbi. Ao lado de móveis e tecidos da renomada marca norte-americana Holly Hunt, Esther trouxe peças da Índia, piso e teto de pinus ecológico e – como grande estrela do ambiente – uma inusitada divisória de papel. “Ela pode ser recolhida como um rolo. O benefício é que divide mas deixa entrever o ambiente. A ideia era exatamente esta: ambientes que se comunicam”, defende a autora. Para ajudar a delimitar os espaços integrados, Esther ainda apostou em um papel de parede com ar exótico na área do dormitório e pintura em tom de azul na região da sala. “O papel de parede combinou com o armário chinês e os detalhes indianos. Já a parede azul da sala, aliada ao chão e teto de madeira clara, deu um ar mais tropical”, descreve. www.rossiresidencial.com.br | 33 Morar Bem | Arquitetura DIVERSIDADE DE OPÇÕES COBOGÓ: elemento vazado geralmente feito de cimento que propicia ventilação e iluminação natural ao cômodo. Apresenta formas geométricas ou esculturas, servindo também como elemento decorativo. ESTANTE: é simultaneamente funcional e decorativa. Por ser vazada, garante privacidade sem que o cômodo saia perdendo em iluminação. Pode abrigar livros e peças decorativas, que dão cor e embelezam o ambiente. RACK GIRATÓRIO: feito para receber a televisão, ele permite que o aparelho seja utilizado tanto no living quanto no dormitório. Além disso, garante a delimitação dos ambientes por tabela. PAINEL DE MARCENARIA: pode ser liso ou vazado. Sua vantagem é poder receber outros elementos, como quadros e televisão. 34 | Revista Rossi ARMÁRIO MASCULINO Autor do Loft Cosmopolita, o designer de interiores Fernando Piva investiu em uma decoração atemporal e predominantemente masculina, com destaque para tons sóbrios – como bege, marrom e greige (cinza com tons de marrom) – e influências de alfaiataria. “O ambiente evidencia a relação entre viagens e decoração, mostrando o resgate do convívio familiar nos lares brasileiros, e leva para dentro de casa as experiências adquiridas ao redor do globo sem perder a identidade nacional”, define o autor. O diferencial ficou por conta do armário, que separa sutilmente dormitório e banheiro. “O armário de portas de correr possui iluminação interna, acionada quando uma delas é aberta. As portas são de espelho acidato bronze aerografado”, explica. “A ideia de utilizá-lo como divisória foi ganhar espaço e criar um 'bloco' robusto e elegante. Suas vantagens são justamente: economia de espaço e leveza do conjunto”, completa. Na decoração do quarto, os papéis de parede imitam padrão de linho – tradicional tecido de alfaiataria. www.rossiresidencial.com.br | 35 Morar Bem | Arquitetura 36 | Revista Rossi VIDRO PARA REVELAR Brunete Fraccaroli optou por uma forma diferenciada de divisória no espaço da Suíte Master do seu ambiente “Acqua que Te Quero Água”. O dormitório foi separado do banheiro por paredes de vidro e persianas retráteis. O artifício deixou o ambiente ainda mais versátil. “A utilização do vidro como divisória deixou o quarto e o banheiro mais aconchegantes, e a banheira à mostra se tornou decorativa para o quarto. O vidro trouxe sofisticação e leveza na medida certa, e, por esse motivo, vem substituindo cada vez mais as portas e paredes”, defende. Quanto ao revestimento, o banheiro recebeu pastilhas em tonalidade esverdeada. Já as paredes do dormitório foram revestidas de madeira carvalho malva. E por falar em vidro, na parede da cabeceira da cama foi instalada uma imponente imagem de um leão impressa no material. www.rossiresidencial.com.br | 37 Crédito ascqcqvqvq Morar Bem | Arquitetura 38 | Revista Rossi OBRA DE ARTE No ambiente “Brasil de Pau a Pique” Roberto Migotto aliou tons terrosos a peças de design brasileiro. No centro foi aplicada uma divisória que separa living e cozinha. Ela foi desenhada pelo próprio arquiteto e executada em laca acetinada. O conceito de brasilidade foi ainda reforçado por execuções em pau-a-pique aplicadas no hall de entrada, em paredes de destaque da cozinha, além de todo o jardim de inverno, que abriga a imponente goiabeira. Crédito ascqcqvqvq ONDE ENCONTRAR Brunete Fraccaroli – www.brunetefraccaroli.com.br Esther Giobbi Home Page – www.esthergiobbi.com.br Fernando Piva – www.fernandopiva.com.br Roberto Migotto – www.robertomigotto.com.br www.rossiresidencial.com.br | 39 Meu Projeto Lavanderia Inteligente 3,81 m 1,61 m Totalmente integrada à cozinha, esta lavanderia foi pensada de forma prática. Assim, projetamos a lava e seca com abertura frontal e em uma altura mais elevada, para que ela pudesse ser acessada com facilidade. Tal solução evita que o morador precise se abaixar. Utilizamos uma mesma bancada de granito para a cozinha e a área de serviço, onde apoiamos a máquina e o tanque. Abaixo dela foram criados dois gavetões. Também aproveitamos o máximo do espaço para instalar armários de apoio. A reforma visou trocar o acabamento geral – que era muito simples – por material mais chamativo, pois o ambiente pode ser visto da sala. Como a área para o tanque era pequena, adotamos o modelo de cuba multiuso da Deca, que atende muito a lavanderias com pouca profundidade. Atrás do tanque revestimos o shaft com pastilha, já que é um local que molha com facilidade. Já na parede do lado oposto, para o lugar ficar mais charmoso, colocamos papel de parede com um pouco de grafismo. A marcenaria foi realizada em MDF branco, para deixar o ambiente mais leve. Carolina Ouro é arquiteta em São Paulo (SP) 40 | Revista Rossi Texto Leonardo Valle Fotos Mariana Orsi – Divulgação A instalação do tanque e da lava e seca foi pensada para melhorar a funcionalidade do ambiente e facilitar seu uso pelos moradores Você já sai de casa com Vontade de Voltar. design feito para viver sp | rJ | Mg | es | df | Ba Revenda: (37) 3244-0371 liderinteriores.com.br Morar Bem | Decoração Aconchego e minimalismo Inspire-se em cinco projetos apresentados na Casa Cor 2015 para criar ambientes novos na sua casa Por Leonardo Valle Fotos Leandro Andrade 42 | Revista Rossi www.rossiresidencial.com.br | 43 Morar Bem | Decoração A Casa Cor deste ano chegou explorando a brasilidade com o tema “O Brasil Visto por Dentro”. E o que mais pôde ser visto na mostra foram projetos criativos que revisitaram os conceitos de minimalismo e de aconchego. Do lado minimalista, muitos ambientes exploraram tonalidades monocromáticas e poucos acessórios. Já no quesito aconchego, o uso de revestimentos como madeira e papel de parede deixou os projetos muito mais confortáveis e convidativos. Escolhemos cinco opções para você se inspirar e inovar. MENOS É MAIS Com 225 metros quadrados, a Casa P&B de Léo Shehtman foi inspirada na frase do grande arquiteto Mies van der Rohe “Less is more” (menos é mais). Clean e sofisticada, a cozinha seguiu o mesmo conceito minimalista. “Ela pode ser considerada minimalista por ser uma cozinha linear monocromática branca, sendo a bancada e a mesa um único bloco branco com estrutura metálica externa”, descreveu o arquiteto e designer. Os revestimentos também deram um show à parte, com destaque para o piso de porcelanato “Avant Garde”, que se assemelha ao tradicional cimento queimado. “Ele tem a textura e o visual do concreto, porém, é mais resistente e de fácil aplicação. O formato retangular (1,20 cm x 60 cm) é contemporâneo e proporciona maior rendimento na instalação”, completa. A cozinha de Léo Shehtman possui ainda um painel de madeira, que serve de pano de fundo e aquece o ambiente junto com o jardim de inverno. Por fim, a parede em cobogó, um elemento de ventilação e iluminação naturais. 44 | Revista Rossi Atrás da cama o arquiteto optou por criar um pequeno escritório TOQUE DE CINZA Destaque na Casa Cor 2015, a Suíte Master idealizada por Toninho Noronha teve um leve toque minimalista. "Podemos dizer que um elemento minimalista é a ausência de paredes divisórias. Outro seria um piso único unindo todos os ambientes. Mas quando projeto não penso em um estilo. Digo que meus projetos são contemporâneos por representarem o atual e, se há elementos de outros estilos, estes são sempre revisitados", explica o arquiteto. O aconchego também foi outra presen- ça marcante, conquistado pela iluminação indireta, por tecidos e revestimentos. “Neste caso temos fitas de led, revestimento de parede com papel e couro, além do tapete debaixo da cama e as cortinas", completa. Por fim, destaque ainda para a cartela de cores usada por Toninho, que explorou tons de cinza. Foram utilizados do cinza-claro ao grafite, incluindo o marrom acinzentado e a inesperada combinação com o dourado, o bronze e o azul. “Gosto do cinza porque ele é suave e não é tão contrastante como o preto e o branco. Ele também é neutro e serve como base para qualquer proposta de projeto. Inclusive, acho que a base cinza tem mais identidade que uma base bege”, opina Toninho. www.rossiresidencial.com.br | 45 Morar Bem | Decoração VIDA SIMPLES Responsável por “A Casa da Gente”, Marina Linhares optou pela simplicidade para compor uma receptiva casinha com 70 metros quadrados de área construída. Para ela, boa parte do aconchego conquistado no projeto deve-se ao uso de madeira como revestimento. “O principal diferencial deste projeto é a escolha dos revestimentos, porque a madeira traz aconchego”, diz ela, que escolheu seixos para o piso e madeira pinus reciclada para os lambris e para a marcenaria. “Além disso, tem o fato de a casa ser integrada, e possuir um fogão a lenha e um gazebo que traz a natureza para dentro do espaço”, completa Marina. Outro diferencial deste projeto foi o uso de móveis com linhas arredondadas, o que reforçou a sensação de sofisticação e conforto. “Criei um ambiente social dedicado aos prazeres do convívio, às longas conversas, aos momentos junto aos amigos e à família”, afirma a decoradora. ARQUITETURA LIMPA O espaço da Deca na Casa Cor deste ano foi assinado por Gui na lavanderia. “O espaço Pet tem uma cuba e torneira com filtro Mattos. “Nossa intenção neste projeto não foi reproduzir uma servindo de bebedouro. Um toque de humor, que sempre está casa com todo o mobiliário, arranjos e produções que normal- presente em nossos projetos”, ressalta Gui Mattos. mente encontramos nas residências. Mas, sim, criar um campo mais limpo, para que o visitante pudesse interpretar entre o real e o imaginário”, resume o profissional. Para a lavanderia, foi escolhida a cor preta com o intuito de resgatar a ardósia, uma pedra brasileira. Além disso, Gui Mattos pretendia criar contraste interessante com a linha de louças e metais escolhida. Os destaques ficaram por conta do acabamento cinza-fosco nas louças presentes 46 | Revista Rossi www.rossiresidencial.com.br | 47 Morar Bem | Decoração 48 | Revista Rossi QUANTIDADE EXATA A arquiteta Patricia Martinez batizou seu ambiente de 70 metros quadrados de “Lagom”, que em sueco significa “quantidade exata”. “O minimalismo no ambiente pôde ser visto na proposta dos elementos essenciais para o espaço. Para isso, escolhemos esses recursos, no caso os móveis e objetos, de forma criteriosa e sem excessos”, explica. Segundo Patricia, a escolha de materiais e revestimentos influenciou para que o resultado fosse aconchegante. O mesmo valeu para o mobiliário, com apelo sensorial. Por fim, com um olhar apurado para as formas, Patricia Martinez utilizou elementos arredondados para quebrar a rigidez do espaço e tapete com grafismos bastante acentuados. ONDE ENCONTRAR Gui Mattos Arquitetura www.guimattos.com.br Leo Shehtman www.leoshehtman.com.br Marina Linhares Interiores www.marinalinhares.com.br Patricia Martinez www.patriciamartinez.com.br Toninho Noronha www.toninhonoronha.com.br www.rossiresidencial.com.br | 49 Fora do Expediente Administrador na cozinha Inspirado pela família, Giuliano sempre gostou de cozinhar e hoje prepara, com prazer, diferentes pratos para a esposa, as filhas e os amigos Facas selecionadas M eu gosto pela cozinha surgiu na adolescência. Meu pai veio de família italiana e também adora cozinhar. Logo, cresci em meio a esse interesse pela culinária, pelas técnicas e pelos sabores. Não lembro qual foi meu primeiro prato, mas com certeza algo que deve ter ficado horrível; minha mãe me repreendeu por estragar a comida, afinal, essa é uma arte que requer certa experiência. Adoro cozinhar para as pessoas e proporcionar momentos felizes. Sempre promovi encontros e já cheguei a participar de grupos de culinária. Quando morava em Chicago, eu me reunia com amigos para preparar um jantar coletivo, foi uma experiência ótima. Já fiz alguns cursos em escolas, mas o que me ajuda é a internet. Vejo diversos vídeos no YouTube. Nas horas vagas assisto aos programas culinários; com eles sempre aprendo algo diferente. Possuo também uma coleção de livros, que juntei ao longo dos anos. Gosto de investir em vários utensílios e temperos, desde um superprocessador até especiarias para determinados pratos. Tenho um fogão semiprofissional que é meu xodó; ele garante ótimos resultados. Acredito que qualquer prato merece respeito pela sua história e que deve ser feito com carinho e qualidade. Vou para a cozinha com a mesma satisfação para preparar uma sopa básica ou algo mais elaborado, como um carpaccio de polvo ou uma paella. Giuliano Vitor Taneze, 36, é administrador de empresas e adora cozinhar para os amigos. 50 | Revista Rossi Fatiador de frios Preparando os alimentos Texto Natália Camoleze Fotos Lucas Albin/Agência Ophelia Batedeira profissional Entrevista Agulha, lã e mobiliário Regina Misk procura poltronas, cadeiras, sofás e os deixa com um ar moderno usando o tricô Por Natália Camoleze Poltrona anos 60 de madeira de lei com estofado tricotado a mão 52 | Revista Rossi S abe aquela poltrona antiga com a qual a gente não imagina o que pode ser feito? Regina Misk, 52 anos, tem diferentes ideias para modificá-la e traz ao mercado diversas peças lindas e criativas. Nascida em Minas Gerais, Regina é estilista e designer, já desenvolveu peças de vestuário para todo o Brasil e exportou algumas coleções para outros países. Atualmente, busca poltronas, cadeiras e sofás em antiquários e até na internet com o intuito de restaurá-los. O processo começou pela procura de uma peça com um belo design, até o desenvolvimento do tricô. Através das cores, proporções, volumes, texturas e tato, a designer cria um diálogo entre a energia das ideias e as técnicas milenares do tricô e crochê para dar um toque especial ao seu trabalho. Revista Rossi: Como você começou a se interessar pelo tricô? Poltrona anos 60 de madeira de lei. O estofado tricotado a mão foi realizado em aproximadamente quarenta horas de trabalho Regina Misk: O interesse pela arte começou na minha adolescência, entre meus 13 e 14 anos, por influência da minha mãe e suas amigas, que gostavam de tricotar. Aprendi com minha mãe toda a base de um bom tricô. Revista Rossi: Quando o tricô passou a ser seu trabalho? Regina Misk: Na época eu estava com 16 anos e minha mãe tinha algumas amigas que vieram de Portugal morar aqui. Elas nos pediram ajuda para terminar uma encomenda para uma butique. A ideia era entregar blusas feitas a mão e eu entrei no projeto. A partir daí me envolvi nessa área e continuei criando e vendendo peças para essa butique e em outros lugares. Revista Rossi: Você se lembra da primeira peça que fez? Regina Misk: A primeira peça inteira que eu produzi foi um suéter de tranças, que dei de presente para o meu namorado na época. Revista Rossi: Você já teve uma grife própria? Regina Misk: Em 1986 abri a grife que levava o meu nome, em que fazia peças de www.rossiresidencial.com.br | 53 Entrevista Poltrona com pé palito anos 50 estofada em tricô com bordado manual em estilo capitonê tricô para algumas butiques em Belo Horizonte. Em 1998 optei por fechá-la, por motivos pessoais. Na época, meus filhos eram pequenos e a capacidade de gerir o negócio ficou reduzida. Decidi prestar assessoria a outras empresas na área de moda, me dedicando à pronta-entrega. Passei a trabalhar com consultoria de estilo e a criar produtos para outras marcas. Poltrona anos 50/60 de mogno, com estofado tricotado a mão Cadeira anos 60 com estofado tricotado a mão Revista Rossi: Hoje em dia como funciona o seu trabalho? Regina Misk: Crio peças que estão à venda no meu site (www.reginamisk.com). Desenvolvo objetos especiais para decoradoras, arquitetas e consumidores. Existem algumas pessoas que têm peças com valor afetivo e me procuram para deixá-las com uma nova roupagem. Recentemente fiz a primeira venda para um escritório de arquitetura de Nova York, o Leroy Street Studio. Sobre a área da moda, continuo fazendo consultoria. Revista Rossi: Como as pessoas podem encomendar suas peças? Regina Misk: Os interessados podem encomendar minhas peças através do próprio site. Revista Rossi: Você cria produtos? Regina Misk: Na parte da moda crio diferentes roupas para algumas marcas. Para o mobiliário pretendo, nos próximos meses, realizar parcerias para poder vender as peças. Pufes com estofado tricotado a mão 54 | Revista Rossi Revista Rossi: Como é essa transição da moda para o mobiliário? Regina Misk: Está ocorrendo aos poucos, mas acho que não largarei completamen completamente a moda. Quando comecei a criar peças de mobiliário foi por uma busca interna pela liberdade de criar. Esse meu interesse aconteceu quando elaborei um sofá para uso pessoal e, a partir daí, me empolguei. O que quero mesmo é trabalhar o lado au autoral tanto no mobiliário quanto na moda, fazer peças mais exclusivas e únicas, onde possa ter bastante liberdade criativa. Quando comecei a criar peças de mobiliário foi por uma busca interna pela liberdade de criar. Revista Rossi: Qual foi o primeiro mobiliário que você fez? Regina Misk: Foi em 1991. Resolvi criar um sofá diferente para a vitrine de uma loja que eu tinha. Todos acharam interessante e eu adorei realizar essa novidade. Revista Rossi: Como começa o trabalho? Regina Misk: Busco diferentes peças em antiquários ou na internet. A criação das peças é demorada. Primeiro seleciono os móveis e analiso se a forma ficará interessante. Só depois é que o tricô começa a ser criado. Acredito que um mobiliário revestido de tricô dá um toque de design e personalidade à casa, especialmente quando são peças vin- tage garimpadas, restauradas e cobertas por técnicas milenares de tricô e crochê. Revista Rossi: Como surgiu o convite para participar da Paris Design Week 2014? Regina Misk: O convite veio através da brasileira Camila Nacif, que trabalhava na galeria. Ela conheceu meu trabalho pela internet e me contou que a ideia era apresentar novos designers para a exposição Finding the Perfect Chair e, Poltrona Bergére, sem braço, anos 60 www.rossiresidencial.com.br | 55 Entrevista Poltrona anos 50 laqueada em esmalte fosco. Estofado em tricô jacquard P&B segundo os curadores, meu trabalho, tinha tudo a ver com o conceito da exposição. Revista Rossi: Quais trabalhos foram apresentados? Regina Misk: Foram levadas peças do mobiliário brasileiro das décadas de 1950 e 1960. Transformei sobras de uma confecção de roupas de tricô em cordões, para ser novamente tricotados e só depois aplicados no revestimento da poltrona. Acredito que um mobiliário revestido de tricô dá um toque de design e personalidade à casa, especialmente quando são peças vintage garimpadas. 56 | Revista Rossi Revista Rossi: O que as pessoas mais buscam no seu trabalho? Regina Misk: As pessoas procuram coisas para diferenciar o ambiente. Algo que reproduza a identidade de cada um, com exclusividade, aconchego e bom gosto. Revista Rossi: Você busca trabalhar com algo mais neutro? Ou vale investir no floral e nas estampas para compor uma peça? Regina Misk: Gosto de trabalhar mais com cores em misturas inusitadas. No entanto, o neutro tem muita procura. Fotos Pág. 54: Vicente França – Divulgação / Outras: Mage Monteiro – Divulgação Revista Rossi: As redes sociais ajudam? Regina Misk: Procuro as redes sociais para a divulgação do trabalho, uma ferramenta que me ajuda a publicar cada vez mais sobre o conceito das minhas peças, atingindo diferentes pessoas. Revista Rossi: Alguma novidade para este ano? Regina Misk: A novidade fica por conta desse formato de interação e venda entre as redes sociais, os clientes e eu. Pretendo dar alguns cursos também, para as pessoas que gostam da técnica do tricô. Em maio aconteceu a primeira Regina Misk One Day-Store, um projeto que mescla cultura e arte, com apresentação dos produtos que fabrico, oferta de workshops e um dia agradável de encontro com amigos. Devo promover outro ainda neste ano, provavelmente em outubro, com peças diferentes. O meu plano é fazer quatro lançamentos anuais e também levar o evento a outras cidades do Brasil. Como estou em fase de projeto-piloto, em 2015 serão apenas dois. Regina Misk: Acho que para se envolver é preciso que a pessoa seja original, goste muito do que faz e principalmente busque o máximo de conhecimento e capacitação para realizar o trabalho, além de muita persistência. Revista Rossi: Que dicas você dá para quem quer se aventurar nesse mundo das artes? Revista Rossi: Qual sonho falta realizar na profissão? Regina Misk: Montar um espaço/ateliê Banqueta com estofado de tricô, uma peça curinga para alegrar o ambiente para oferecer diferentes oficinas e expor as peças. Morar uns meses fora fazendo uma pós em Londres ou Paris com especialização em tricô e técnicas têxteis. Desenhar ou fazer parceria com alguma empresa de mobiliário. Como pode ver, existem ainda muitos sonhos a ser realizados, pois o importante para mim, o que me move para fazer um trabalho diferente é a curiosidade e essa eterna busca pelo aprendizado. www.rossiresidencial.com.br | 57 Gastronomia Cheiro de bolo Bolos simples, iguais aos das avós de antigamente, estão mais na moda do que nunca, agradando paladares e despertando memórias de afeto Por Janice Kiss 58 | Revista Rossi BOLO FORMIGUEIRO (Heloisa Bacellar) RENDE 12 PORÇÕES INGREDIENTES • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo • 2 xícaras (chá) de açúcar • 2 xícaras (chá) de coco fresco ralado em flocos grossos • ¼ de xícara (chá) de leite • 200 ml de leite de coco • 150 g de chocolate meio amargo ralado grosso ou de granulado • 50 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente • 4 ovos • 1 colher (sopa) de fermento em pó • Manteiga para untar e farinha de trigo para polvilhar Fotos Abre: Shutterstock.com / Preparo: Daniel Ozana – Studio Oz / Bolo Formigueiro: Érica Takano – Arquivo Pessoal PREPARO U ma casa só se transforma em lar quando se tem um bolo no forno. Esse jeito de pensar pode parecer exagero para alguns, mas para outros é a demonstração de pura relação de afeto. “Quando estou triste faço um bolo e quando estou feliz faço vários”, diz a boleira convicta Heloisa Bacellar, chef de cozinha e proprietária do Lá da Venda. Para Heloisa, um bolo traz aconchego para a casa, “chama para uma conversa ou serve para pensar na vida acompanhado de uma xícara de café”, diz. Na sua opinião, essa relação de afetividade com o produto – principalmente o simples, parecido com os bolos de vó – explica a abertura de tantas casas pela cidade. Ela própria passou a vender um pré-preparo de receitas simples, como as de limão e chocolate (sem conservantes nem corantes) – “Basta acrescentar ovos, leite ou água”, diz – acompanhado de pequenas formas para ir ao forno. Segundo a chef, essa ideia surgiu depois de ouvir tantos lamentos de clientes sobre “a falta de mão boa para bater um bolo”. (leia o quadro na pág. 61). “Na verdade, as famílias perderam a tradição de assar um bolo em casa nem que seja apenas no final de semana”, afirma. Preaqueça o forno a 180 ºC. Unte uma assadeira ou forma de bolo de tamanho médio com manteiga e polvilhe a farinha. Reserve. Separe as claras das gemas. Coloque as claras em uma tigela e bata na batedeira até obter picos firmes. Em outra tigela, bata as gemas com o açúcar, a manteiga, o leite, o leite de coco, a farinha e o fermento até obter uma massa homogênea. Com uma espátula e muita delicadeza, misture o coco ralado e o chocolate (ralado ou granulado) à massa. A seguir, adicione as claras em neve, mexendo suavemente. Transfira a massa para a assadeira (ou forma de bolo) e asse por cerca de 45 minutos, até o bolo ficar dourado. Faça o teste do palito: enfie um palito no centro e nas laterais do bolo. Se ele sair limpo, é sinal de que o bolo está bem assado. Retire do forno, espere esfriar por 15 minutos e desenforme em prato raso. Se quiser, finalize com uma cobertura de chocolate. DICA: diminua a quantidade de açúcar para 1 xícara (chá) caso prefira bolos menos doces. www.rossiresidencial.com.br | 59 Gastronomia Foi puxando as lembranças de infância vividas com a avó que Débora Torri Albarello resgatou receitas de bolos em sua antiga casa, em Toledo, no oeste do Paraná. Ela conta que o mais famoso era o bolo de café. “Simples, sem frescura, para o lanche da tarde”, conta. Com o tempo, o fascínio pela cozinha da avó Osmilda levou Débora a passar longas horas ao lado dela aprendendo outras receitas. Ao se mudar para São Paulo para trabalhar como redatora publicitária, Débora começou a fazer dessas tardes com bolo um hábito na agência em que trabalhava. “Aconteceu de forma inconsciente. Achava que um bolo era uma forma de aconchego em meio à rotina de tanto trabalho”, comenta. E aí apareceram as sugestões dos amigos. BOLO DE CHOCOLATE RAPIDINHO (Heloisa Bacellar) RENDE 10 PORÇÕES INGREDIENTES • 3 xícaras (chá) de farinha de trigo • 2 xícaras (chá) de açúcar • 2 xícaras (chá) de leite ou de água morna • 1 xícara (chá) de chocolate em pó • 200 g de manteiga sem sal e em temperatura ambiente – ou 1 xícara (chá) de óleo vegetal • 1 colher (sopa) de fermento em pó • ½ colher (chá) de bicarbonato em pó • 4 ovos • Manteiga para untar e farinha de trigo para polvilhar PREPARO Preaqueça o forno a 180 ºC. Unte uma assadeira com manteiga, polvilhe a farinha e reserve. Misture em uma tigela grande o chocolate, o açúcar, a farinha, o fermento e o bicarbonato. Acrescente a manteiga ou o óleo, os ovos, o leite ou a água e mexa até conseguir uma massa homogênea. Transfira a mistura para uma assadeira e asse por 40 minutos, em média. Faça o teste do palito: ao espetá-lo no centro do bolo, se ele sair limpo, é sinal de que o bolo está bem assado. Retire do forno, deixe esfriar e desenforme sobre um prato. Para uma pitada de charme, polvilhe açúcar de confeiteiro ou cubra com um creme de chocolate. 60 | Revista Rossi DEZ PASSOS PARA O BOLO PERFEITO BOLINHOS DE FUBÁ (Amô Bolinhos) RENDE 10 BOLINHOS OU 1 BOLO INTEIRO INGREDIENTES • 1 xícara (chá) de farinha de trigo • 1 xícara (chá) de açúcar • 1 copo de iogurte natural • 125 g de manteiga • 1 ovo • 2 colheres (sobremesa) de fermento em pó • 1 colher (chá) de sal • Erva-doce ou cubinhos de goiabada PREPARO Fotos Bolo Chocolate: Rômulo Fialdini – Divulgação / Bolinho de Fubá: Bruno Fuji – Divulgação Coloque em uma tigela a farinha, o fermento e o sal. Em outro recipiente, ponha a manteiga e o açúcar e bata até virar um creme. Acrescente o ovo, o iogurte natural e mexa. Transfira essa mistura líquida para a primeira tigela e mexa com uma colher de pau. Coloque a erva-doce a gosto ou os cubinhos de goiabada passados na farinha de trigo, caso contrário eles ficarão no fundo da massa na hora de assar. Preencha as forminhas com até ¾ da massa (para ela não transbordar enquanto estiver assando) ou unte uma assadeira com manteiga e farinha de trigo e despeje a massa. Leve para assar em forno preaquecido (180 ºC) por 15 minutos (para os bolinhos) e 30 minutos para o bolo inteiro, ou até que fiquem corados e passem no teste do palito. “Por que você não faz para vender?”. “Já pensou em montar alguma coisa?”. Eram perguntas frequentes. Os incentivos somados ao desejo do próprio negócio fizeram com que a redatora criasse a Amô Bolinhos, especializada em comercializar bolos em forminhas individuais (como as de muffin) e em versão diminuta, produto que ela batizou de “mordidinha”. “Para comer de uma bocada só”, conta. O novo trabalho fez dela uma conselheira para os amigos que não têm muita intimidade com a cozinha. “Aconselho primeiro a ter paciência, misturar os ingredientes líquidos aos secos de forma alternada e começar a bater a massa devagar”, ensina. De acordo com o estudo A História do Bolo na Alimentação Humana, desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, a receita mais próxima dos bolos de hoje teve origem na Itália (uma massa com amêndoas) durante o século XVII. Mas segundo alguns histo- Um bolo bem assado, fofinho e saboroso tem lá os seus segredos. Confira as dicas das boleiras Heloisa Bacellar, do Lá da Venda, e Débora Torri Albarello, da Amô Bolinhos. 1. Use farinha sem adição de fermento, pois as receitas pedem quantidades diferentes do produto. 2. Não guarde fermento em pó na geladeira. O produto sofre alterações e tem sua ação comprometida. 3. Peneire a farinha, pois esse preparo ajuda a tornar a massa mais leve e aerada. Não improvise, respeite as medidas das receitas. Elas são meio caminho andado para seu bolo dar certo. 4. Tire os ovos, o leite e a manteiga da geladeira com antecedência. Ingredientes em temperatura ambiente deixam o bolo mais fofinho. 5. Quebre os ovos em recipiente separado antes de juntá-los à receita. Se algum deles estiver estragado, você não compromete os outros ingredientes da tigela. 6. As claras em neve são sempre colocadas por último na receita. Elas devem ser incorporadas delicadamente, pois fornecem ar e dão leveza à massa. riadores, as primeiras versões remontam ao ano 700 a.C no Egito. No Brasil, o primeiro bolo desembarcou em 1500 com os desbravadores portugueses. Era recheado de amêndoa ou creme, de acordo com o historiador Luís da Câmara Cascudo (autor de História da Alimentação no Brasil) baseado na carta de Pero Vaz de Caminha. Segundo o relato, “os índios gostaram pouco, pois não agradava ao seu paladar”. Passados mais de cinco séculos, o bolo chega à mesa do brasileiro em diferentes versões – de farinha de trigo, milho, aveia, com ou sem glúten e lactose etc – para, segundo as boleiras Heloisa e Débora, pôr mais afeto no dia a dia. 7. Antes de levar o bolo para assar, preaqueça o forno para a temperatura interna ficar uniforme. 8. Para nivelar a massa e fazer com que ela cresça por igual, chacoalhe levemente a forma do bolo sobre a mesa (ou outra superfície) com cuidado. 9. Contenha a ansiedade e jamais abra o forno antes do tempo indicado. Do contrário, o bolo certamente murchará. 10. Para ter certeza de que o bolo ficou bem assado, faça o teste do palito. Se ele sair limpo, é sinal de que o bolo está no ponto. www.rossiresidencial.com.br | 61 Viagem Belezas naturais, inverno e até neve Urubici, em Santa Catarina, conta com um clima gelado e virou ponto de encontro para os fãs de esportes radicais Por Natalia Camoleze 62 | Revista Rossi O Brasil é um país de imensa diversidade, paisagens e pontos turísticos, o que proporciona a cada viajante uma experiência única. Urubici é um local que ganha destaque quando o interesse é por conhecer novos destinos brasileiros. Situada em Santa Catarina, no Vale do Rio Canoas, evidencia-se pelas belezas naturais, diversas colinas e cenários apaixonantes. A cidade está a 925 metros do nível do mar. Seu ponto mais alto chega a impressionantes 1.822 metros. No outono e no inverno, a cerração toma conta do lugar; ao longo do dia, ela vai se dissipando com o sol e mostra o que a neve traz de mais bonito. A CIDADE Urubici possui diversas cachoeiras, quedas-d’água e cascatas. É possível escolher entre se aventurar nos esportes radicais ou simplesmente relaxar ao lado da natureza. Seu clima é úmido durante todo o ano. O mês mais quente é janeiro, com temperatura média de 20 ºC; em junho a média é de 12 ºC, podendo diminuir e chegar a pontos negativos, quando então a neve passa a tomar conta da paisagem. Em 1996 a prefeitura municipal registrou a temperatura mais Ao lado, vista aérea do Parque Nacional São Joaquim. Aqui, paisagem apreciada ao chegar à Pedra Furada baixa, de 17,8 ºC negativos, com sensação térmica de 40 ºC negativos. É recomendado ir bem agasalhado nessa época, para não sofrer com as correntes frias. O local destaca-se ainda pela produção hortifrutigranjeira e de erva-mate, produto básico do tradicional chimarrão. DIVERSÃO Por causa da diversidade do relevo, Urubici tornou-se uma opção para os aventureiros. Programas não faltam. Pode-se fazer descida de rapel e tirolesa nas cachoeiras e paredões, canoagem nos rios, PARA INICIANTES NOS ESPORTES RADICAIS RAPEL – utiliza-se uma corda para se deslocar verticalmente de ARBORISMO – a ideia é atravessar plataformas montadas no um ponto superior a um inferior. Diferente da escalada, onde o alto das árvores, ultrapassando diferentes tipos de obstáculos. objetivo é subir em rochas ou locais artificiais. PARAPENTE – uma modalidade do voo livre que é realizada na TREKKING – conhecido como caminhada em trilhas, foi criado encosta de uma montanha ou em um local inclinado, que esteja para que se possa ter contato direto com a natureza e seus a favor do vento. Basta correr pela encosta abaixo, que o voo obstáculos, tais como florestas, montanhas, cerrados e rios. É começa assim que o vento atinge o velame. ideal o uso de bússola ou GPS. ASA-DELTA – é um tipo de aeronave composta de tubos de TIROLESA – consiste em um cabo aéreo ancorado alumínio. O piloto fica suspenso sob a armação e voa com o corpo horizontalmente entre dois pontos. Basta sentar na cadeirinha e deitado, conduzindo o veículo pela deslocação do seu corpo no deslizar pelo cabo de aço ou corda para ter a sensação de estar interior do trapézio. O praticante de asa-delta salta de uma rampa “voando” entre as paisagens. colocada na encosta de uma montanha e plana suavemente. www.rossiresidencial.com.br | 63 Viagem Centro histórico onde fica a Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, com arquitetura em forma de arcos cavalgadas e caminhadas por trilhas com variados graus de dificuldade. Há ainda lugar para saltos de parapente e asa-delta. Urubici ganhou o título de “Capital Catarinense dos Tesouros Naturais”, por causa das paisagens, como a vista da Pedra Furada, ou das diversas cascatas: Avencal, que pode ser visitada tanto pela parte superior, onde existe o Rio Funil, quanto pela trilha da mata virgem até seu pé, onde uma grande piscina natural é formada; e a cascata Véu de Noiva, que possui 62 metros de altura e cuja água escorre pelo paredão de pedras. No inverno ela chega a congelar. Com as temperaturas mais elevadas, é possível praticar esportes como arborismo, tirolesa e rapel. Uma vantagem é que boa parte das atrações está na mesma direção, entre os 30 quilômetros que ligam o centro da cidade à lendária Serra do Corvo Branco, onde passa a estrada que leva Urubici a Grão Pará (município de Santa Catarina). 64 | Revista Rossi BREVE HISTÓRIA Urubici foi descoberta no final do século XIX, começo do século XX, por portugueses que desembarcaram em Santa Catarina, e deram início ao cultivo das terras do vale do rio Canoas e do rio Urubici. Segundo historiadores, os jesuítas foram responsáveis por encontrar os caminhos, que hoje são conhecidos como marcos na região, por conterem ouro e especiarias. Foi em 1924 que atividades econômicas, agrícolas e pecuárias ganharam destaque, e Urubici passou, em 1956, para a categoria de município. Fotos Iran Croda - Guia de Turismo Credenciado pelo Ministério de Turismo/Divulgação Vista da Pedra Furada Serra do Corvo Branco Para quem gosta de visitar a parte histórica, o local possui uma igreja que se transformou em ponto turístico, por causa do seu estilo arquitetônico diferenciado em forma de arcos que caracterizam uma cruz. Para apreciar a vista do litoral sul catarinense, a opção é o Morro da Igreja, que possui 1.822 metros de altura. Na parte gastronômica é possível degustar a culinária campestre, pratos da cozinha internacional que são servidos nos restaurantes, hotéis e pousadas, além do tradicional churrasco, paçoca de pinhão e rosca de coalhada. Uma dica é saborear a truta, peixe abundante nos rios da região. CAMINHOS DA AVENTURA CASCATA DO AVENCAL: com uma queda livre de 100 metros, é o lugar ideal para a prática de rapel. Há uma trilha de 800 metros na parte baixa para caminhadas. CASCATA RIO DOS BUGRES: com 120 metros de altura, o percurso de acesso à cachoeira é realizado por matas e campos, incluindo travessia de rios. Ideal para trekking. CASCATA VÉU DE NOIVA: onde a água desce suavemente sobre o rochedo ondulado, transformando-se numa espuma branca que, ao sol, assemelha-se a um véu branco sobre a pedra escura. Fica a caminho do Morro da Igreja. Própria para as práticas de rapel e tirolesa. MORRO DA IGREJA: considerado o ponto mais alto da Serra Geral, com 1.822 metros de altitude. Localizado na divisa dos municípios de Urubici e Orleans, oferece uma visão completa da cadeia de montanhas que formam a Serra Geral. MORRO PELADO: local ideal para trilhas e rapel. SERRA DO CORVO BRANCO: está distante 28 quilômetros do centro da cidade. O ponto mais íngreme é asfaltado para melhor locomoção. O ponto mais alto está a 1.740 metros. Com 90 metros, é o maior corte em rocha do País. www.rossiresidencial.com.br | 65 Notícias Rossi Nossos prêmios e ações O primeiro semestre de 2015 contou com o reconhecimento de nossos trabalhos e a inauguração da Avenida Mackenzie, em Campinas O Portal Viva Real realizou, no mês de maio, a segunda edição do Prêmio Marketing Imobiliário, o Conecta Imobi, que premiou as melhores ações e profissionais de 2014. O evento também apresentou debates e as novas tendências para o segmento. O QUE É VIVA REAL É um portal de busca de imóveis residenciais e comerciais. Criado em 2009, com sede em São Paulo e mais catorze escritórios nas principais cidades, suas unidades atendem às empresas que buscam anunciar suas ofertas, com o intuito de facilitar a procura dos consumidores. PRÊMIOS A categoria Profissional de Mercado premiou Marcelo Dadian, graduado em Engenharia Civil e pós-graduado em Administração pela FGV, com especializa- 66 | Revista Rossi ções em Marketing e Inovação pela Universidade de Stanford (EUA). Marcelo foi responsável por ações que ampliaram a visibilidade da Rossi. Implementou iniciativas pioneiras para o mercado imobiliário, como o outlet digital, a participação no Big Brother Brasil, além de utilizar drones para a divulgação de empreendimentos. Durante o evento, Marcelo comandou uma palestra com o tema “Como a web transformou as ações de marketing da empresa”. A ação Robot View, realizada no ano passado para o Rossi Mais Parque Lagoa, em Barueri (SP), por intermédio da agência Today, ganhou na categoria de Recurso Tecnológico. A ideia surgiu com o objetivo de facilitar o processo de compra dos nossos clientes. Com o Robot View, foi possível visitar o apartamento decorado sem sair de casa. ENTREVERDES CAMPINAS No mês de junho, na cidade de Campinas, em São Paulo, membros da Entreverdes Urbanismo e da Rossi anunciaram a entrega do prolongamento da Avenida Mackenzie. Oficialmente denominada Isaura Fotos Divulgação Crianças participam do Family Run. Detalhe dos food trucks que agitaram o dia Roque Quércia, essa ampliação busca facilitar o acesso ao distrito de Sousas, desafogar o trânsito da região e servir de área de lazer. Segundo Valdemar Gargantini, CEO da Entreverdes Urbanismo, uma das empresas responsáveis pela realização da extensão da avenida, a ideia é tornar o trânsito da região mais fácil e seguro. Além disso, o projeto paisagístico exclusivo torna a via uma das mais belas vistas de Campinas. A cerimônia de inauguração contou com a presença do prefeito da cidade e de autoridades locais, e a realização da Family Run, uma corrida para crianças e adultos, que ocorreu em frente às portarias do Entreverdes Campinas. O evento contou ainda com serviço de massagem, barraca de artigos esportivos, Food Trucks e um espaço kids completo. Para o diretor de operações da Entreverdes Campinas, Geraldo Lopes Vieira Neto, a avenida cumpriu sua função de organização do trânsito na região. O parque linear ao longo dos 6,5 quilômetros do canteiro central virou opção para famílias que pedalam, andam, correm e contemplam as paisagens criadas pela via! ROSSI NO RIO GRANDE DO SUL No mês de junho a revista Amanhã apresentou os vencedores do prêmio Top of Mind, que traz as marcas mais lembradas pelos consumidores gaúchos durante o ano. A Rossi conquistou, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio na categoria Construtora. “É um privilégio estar presente pela terceira vez na memória do consumidor gaúcho. Esse reconhecimento reflete um trabalho de dezesseis anos na região e com mais de 15 mil unidades entregues por uma construtora que investe em inovação, sustentabilidade e valorização das pessoas. Também expressa nossos esforços em proporcionar espaços que atendam às necessidades de nossos clientes, priorizem sua qualidade de vida e agreguem valor à vivência da comunidade”, destaca o diretor da Regional Sul da Rossi, Gustavo Kosnitzer. www.rossiresidencial.com.br | 67 Destaque do mês Tenha tudo por perto O Rossi Reserva, em Porto Alegre, permite que a família vivencie novas experiências a cada dia 68 | Revista Rossi www.rossiresidencial.com.br | 69 Destaque do mês E m 2009 lançamos o Central Parque em Porto Alegre, um bairro com o conceito de Urbanismo Planejado, que visa resgatar a qualidade de vida, o convívio em comunidade e a valorização do meio ambiente. Essa ideia surgiu na década de 1980, nos Estados Unidos e na Europa, com a proposta de recriar nas grandes metrópoles o jeito tranquilo de viver no interior, com serviços próximos e prezando a área verde. Já entregamos cinco condomínios dentro do local, sendo quatro residenciais e uma torre empresarial. No ano passado lançamos o Rossi Reserva, que possui duas torres de apartamentos e dez casas. As áreas internas de lazer foram planejadas pelo escritório Raul Pêgas Arquitetos Associados. A arquiteta Cássia 70 | Revista Rossi Living do apartamento decorado Kroeff buscou referências em diversos países, optando pelas linhas das redes de hotéis Bulgari e Armani, que possuem um design monocromático e clássico. “Buscamos referências no que há de mais moderno e atual na arquitetura e no design, a fim de despertar o desejo da utilização das áreas comuns como extensão da sua moradia. É um convite ao convívio nesses espaços exclusivos”, comenta Cássia Kroeff, responsável pela decoração. ROSSI RESERVA O local reúne o que existe de mais sofisticado para que se vivencie uma nova experiência a cada dia. O projeto foi desenvolvido com atenção especial para a parte estética, valorizando o conceito do luxo, dando ênfase ao espaço verde, a áreas sociais ampliadas, a plantas residenciais bem planejadas e a elementos de decoração que sugerem grifes clássicas como Armani e Coco Chanel. “Usamos um debrum preto em paredes e painéis, o que remete ao perfume Chanel 5”, exemplifica Cássia Kroeff. A nossa intenção é proporcionar qualidade de vida e bem-estar através das áreas de lazer. A vegetação diversificada cria espaços agradáveis e aproxima os moradores da natureza. Um equilíbrio entre beleza e conforto”, afirma Guilherme Takeda, responsável pelo paisagismo e pelas áreas externas de lazer. Guilherme Takeda afirma ainda que a Rossi sempre se preo- www.rossiresidencial.com.br | 71 Destaque do mês Salão de Festas O PROJETO O Central Parque é formado por ruas e calçadas largas, que permitem um agradável passeio nos fins de tarde e um tráfego tranquilo de veículos. A distância entre as torres também é maior, proporcionando um excelente aproveitamento de iluminação natural. O Rossi Reserva segue a tendência das grandes metrópoles. “Equilibrando o uso da extensão do terreno entre a construção e o verde, criamos uma área com o conceito de parque dentro dos condomínios, investindo na utilização inteligente dos espaços, em plantas estudadas para ambientações charmosas e confortáveis, ruas privativas e arborizadas, tudo para gerar uma percepção positiva nas pessoas”, afirma Gustavo Kosnitzer, diretor da Regional Sul da Rossi. O terreno de 7.940 m², possui duas torres de 13 pavimentos, 72 | Revista Rossi além de casas. São 54 apartamentos de 101 m², com 3 dormitórios e a opção de 1 ou 2 suítes, 52 apartamentos de 127 m² e a opção de 1 a 3 suítes, e 10 casas de 143 m². O local conta com casa de campo e piscina, brinquedoteca para as crianças se distraírem, salão gourmet, sala de jogos para quem gosta de se divertir com os amigos, uma área fitness para aqueles que buscam manter a forma sem sair de casa, playland, Fotos Divulgação cupou com a sustentabilidade. Desde a criação de um condomínio planejado até o Rossi Reserva, um empreendimento em que mais de 50% da área foram destinados ao verde. piscinas externa e coberta, spa, quadra esportiva, salão de festas. São diferentes espaços para agradar a todos. Além disso, quem viver aqui contará com toda a infraestrutura do Central Parque. REFERÊNCIA Localizado no centro geográfico de desenvolvimento de Porto Alegre, o Central Parque está a poucos metros da Avenida Ipiranga, próximo à Terceira Perimetral e com acesso também pela Rua Professor Cristiano Fischer. É nessa região que está a PUC, o Hospital São Lucas, um dos núcleos hospitalares mais completos da cidade, o Jardim Botânico, o Shopping Iguatemi e o Bourbon Ipiranga, trazendo maior praticidade e facilidade para quem quer estar no novo polo de valorização da cidade. Segundo o arquiteto responsável pelo projeto, Celso Primi, a inspiração para elaborar o projeto foi na tradição local da qualidade de vida, criando espaços generosos voltados para o convívio entre as pessoas e promovendo o contato com a natureza, tudo isso emoldurado por uma arquitetura contemporânea e exclusiva. Rossi Reserva Localização: Avenida Ipiranga, 7.454 – Central Parque – Porto Alegre – RS Dormitórios: 3 com suíte Área: 101 e 127 m² Rossi Vendas: (51) 2797-0985 Confira mais informações no site: www.rossiresidencial.com.br Salão Gourmet www.rossiresidencial.com.br | 73 Acompanhe a Obra Veja momentos marcantes dos nossos clientes em Aracaju (SE), Manaus (AM) e São Paulo (SP). Para acompanhar mais detalhes da construção de seu imóvel, acesse www.rossiresidencial.com.br 20 1 DESTAQUES DOS EVENTOS ROSSI 1. Aracaju (SE) Klébia Oliveira Lima e Ana Julia Oliveira Lima conferem a Revista Rossi durante a Instalação do Condomínio Altos do Farol Fase 1 2. Manaus (AM) Helder Barbosa e Sefona Barbosa verificam todos os detalhes no Visita à Obra do Condomínio Life Flores 3 2 3. Manaus (AM) Entrega do Condomínio Fórum Business Center 74 | Revista Rossi 4 5 4. Manaus (AM) Virgilio Cesar Filho e Mayana Lima durante Visita à Obra do Condomínio Life Flores 5. Aracaju (SE) Fernando Menezes e Maria Jose Menezes na Instalação do Condomínio Altos do Farol Fase 1 6 6. Aracaju (SE) Francisco Alves Junior, Fabiola Dias Alves e a pequena Maria Carolina Alves na Instalação do Condomínio Prime Jardim Europa 7 7. São Paulo (SP) Marcelo Mendonça e Nadia Victor brindam a Entrega do Condomínio Rossi Mais Reserva Jaguaré www.rossiresidencial.com.br | 75 Acompanhe a Obra 8 9. Aracaju (SE) Braúlio de Oliveira, Luis de Oliveira, Emilly de Oliveira, Aline Santos, Camille de Oliveira e Jamille de Oliveira no Visita à Obra do Condomínio Life Università 10. São Paulo (SP) Francisco Antunes e Andrea Antunes na Entrega do Condomínio Rossi Mais Reserva Jaguaré 9 10 8. Manaus (AM) Durante Visita à Obra do Condomínio Life Flores, Paulo Cesar dos Barros, Marizete da Silva Barros e Julio Cesar da Silva apreciam a vista 11 12 11. Aracaju (SE) Emily Suelle de Souza brinca com Guilherme Souza durante a Instalação do Condomínio Altos do Farol Fase 1 76 | Revista Rossi 12. Aracaju (SE) Marta Rezende Cavalcanti e Demostenes Cavalcanti Junior conhecem a Sala de Jogos durante a Instalação do Condomínio Prime Jardim Europa 13 14 15 14. Aracaju (SE) Suani Alves e a pequena Maria Luiza Alves durante Visita à Obra do Condomínio Life Università 15. São Paulo (SP) 13. Aracaju (SE) Entrega do Condomínio Prime Jardim Europa Camila Marinho, Aline Lacerda, Flavio Calixto e Guilherme Natalino na Entrega do Condomínio Rossi Mais Reserva Jaguaré 16 16. Manaus (AM) Sylvio Neto e Raylane da Silva conferem todos os detalhes durante Visita à Obra do Condomínio Life Flores www.rossiresidencial.com.br | 77 Acompanhe a Obra 17 18. Aracaju (SE) Beniltom de Oliveira, Anderson de Oliveira, Telma de Oliveira e Marcela de Moraes no Visita à Obra do Condomínio Life Università 19. Aracaju (SE) Flavia Santana e José Santana durante a Instalação do Condomínio Altos do Farol Fase 1 18 19 17. São Paulo (SP) Hugo Pereira e Camila Vieira na Entrega do Condomínio Rossi Mais Reserva Jaguaré 20 20. Aracaju (SE) Celivaldo Rodrigues Brabo, Claudijane Silva, Laisa Brabo, Henry Brabo, Leonardo Vasconcelos, Suélem Brabo e João Victor Almeida na Instalação do Condomínio Prime Jardim Europa 78 | Revista Rossi Acompanhe a Obra Siga a evolução das obras que a Rossi possui em diversas regiões do Brasil. Para acompanhar mais detalhes da construção do seu imóvel, acesse www.rossiresidencial.com.br imóvel entregue Legenda do status da obra: AMAZONAS Legenda dos Estados: CEARÁ 100% Manaus 5% Manaus Reserva Inglesa – Liverpool – Fase 2 Fortaleza Manaus Reserva Inglesa London – Fase 1 96% Belo Horizonte Manaus Reserva Inglesa London – Fase 2 100% Belém Autêntico Batista Campos 59% Manaus 99% Curitiba 100% Belo Horizonte Rossi Andradas Office 100% 100% Ananindeua Rossi 360 Home&Business 61% LifeSpace Curitiba Vivendas do Rio Negro – Praças Juiz de Fora Rossi Mais Sintonia 100% Manaus Reserva Morada 74% 42% Reserva Inglesa – Liverpool – Fase 1 Parque Flamboyant 56 Belo Horizonte 35% Manaus Goiânia Rossi Splendore Rossi Mais Reserva Especial 98% 100% 98% PARANÁ Life Flores Gama Belo Horizonte Rossi Mais Poesia PARÁ 36% 60% Rossi Esplanada Business MINAS GERAIS Manaus Ideal Torquato – Fase 4 Brasília Vitral Residencial Clube GOIÁS obra em andamento 100% 41% 91% obra iniciada Manaus Britannia Park Offices 40% Ideal Samambaia – Fase 3 DISTRITO FEDERAL Manaus Authentic Recife Ananindeua obra concluída Ideal BR – Fase 1 34% Curitiba Palácio Imperial 99% Curitiba Rossi Atual Morada www.rossiresidencial.com.br | 79 Acompanhe a Obra Siga a evolução das obras que a Rossi possui em diversas regiões do Brasil. Para acompanhar mais detalhes da construção do seu imóvel, acesse www.rossiresidencial.com.br 61% Londrina 34% Jaboatão dos Guararapes Alta Vista Piedade Victoria Parque 29% Rio de Janeiro 100% Porto Alegre Reserva do Botânico – Jardim de Versailles 58% Santos 12% São Paulo Rossi Mais Parque da Lagoa 80 São Paulo Vila Nova Sabará Praça Alvorada Rossi Mais Jardins de Paulínia 100% São José do Rio Preto 98% São Paulo | As informações das obras são referentes ao mês de maio de 2015. Ribeirão Preto Reserva do Botânico – Jardim de Luxemburgo 53% São Paulo Rossi Atual Alto da Lapa Vila Nova Sabará Praça Flora 56% 94% 98% São Paulo Porto Alegre Rossi Mais Paulínia Praças Golfe 37% 81% 89% Xangri-Lá Rossi Mais Santos 69% Porto Alegre Rossi Atlântida – Fase 3 Rossi Reserva Rossi Mais Recanto Tropical Rossi Flórida 11% 42% Ribeirão Preto 94% 81% Itaboraí Rossi Multi Business Tirol Way – Fase 2 Porto Alegre 60% Duque de Caxias Vila Boa Vista Natal Class Alonso Bezerra Rossi Parque Panamby – Fase 3 Recife 80% Natal Espaço Vip Residencial 86% Rossi Itapeti 792 49% São Paulo Vila Nova Sabará Praça Marajoara 91% Sumaré Rossi Praças Ipê Roxo imóvel entregue Legenda do status da obra: Legenda dos Estados: PERNAMBUCO PARANÁ SÃO PAULO SERGIPE 89% Aracaju RIO GRANDE DO NORTE Life Jabotiana RIO GRANDE DO SUL 47% Life Universitá Aracaju Arboris Jabutiana 96% Aracaju 95% Aracaju Altos do Farol – Fase 3 97% Aracaju obra em andamento 74% Aracaju Altos do Farol – Fase 2 56% Le Provence Jardim Europa RIO DE JANEIRO obra iniciada 96% Aracaju Altos do Farol – Fase 1 Aracaju obra concluída Jardins de Londres 100% Aracaju Prime Jardim Europa 45% Aracaju Vista Beira Mar As obras Arte Studios e Best Western Multi Suítes (RJ) não foram publicadas nesta edição. Saiba mais em rossiresidencial.com.br/comunicadoarte e rossiresidencial.com.br/comunicadomulti www.rossiresidencial.com.br | 81 Moradas do Mundo Conhecido como Prédio da Statoil, o projeto fica na Península de Fornebu, região próxima a Oslo, capital da Noruega, e traz uma estética fascinante. A área ocupada é a de um estacionamento de um aeroporto antigo, que logo depois foi transformado em parque. A obra foi elaborada pelo escritório norueguês de arquitetura a-lab e tinha dois objetivos: causar o mínimo de impacto ambiental no parque e criar uma estação de trabalho única e inovadora. Os escritórios da empresa Statoil, produtora de energia, funcionam ali. Composto de uma superestrutura de aço, o local possui cinco volumes, de três andares cada, com 140 metros de comprimento e 23 de largura, empilhados de maneira diversa, formando uma estrutura diferente e moderna. São no total 65,5 mil metros quadrados, com um subsolo para estacionamento e áreas técnicas de 55 mil metros quadrados. Para os arquitetos, a ideia foi construir algo que desse a impressão de um movimento contínuo. Se fossem edifícios convencionais, teriam cerca de quarenta andares cada; deitados, facilitam a integração dos funcionários. A construção buscou valorizar também o contato humano com a natureza ao redor e teve como maior desafio equilibrar as dimensões e a expressão arquitetônica com o entorno do local. Escadas de fuga e de serviço estão concentradas em quatro núcleos gigantes de concreto, que também estabilizam a estrutura. Para a Statoil, o projeto foi ótimo para reunir seus funcionários em uma sede, com escritórios inusitados e um consumo baixo de energia que satisfaz aos ideais da empresa. 82 | Revista Rossi Fotos Interna: Divulgação a-lab / Outras: Luis Fonseca–Divulgação a-lab Escritório Cruzado