CENTRO ESPÍRITA PEDRO DE ALCÂNTARA MOCIDADE ESPÍRITA PRINCESA ISABEL ESPÍRITAS: INSTRUÍ-VOS! A Necessidade de Amai-vos e Instrui-vos Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai. Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa, para deixar que estendas a mão que socorre aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades. Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instrui-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do alémtúmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: “Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal! Sede os vencedores da impiedade.” O Espírito de Verdade em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. VI, Pág. 130 (Paris, 1860) Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são bem-amados meus. Instruí-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provação humana. Assim como o vento varre a poeira, que também o sopro dos Espíritos dissipa os vossos despeitos contra os ricos do mundo, que são, não raro, muito miseráveis, porquanto se acham sujeitos as provas mais perigosas do que as vossas. Estou convosco e meu apóstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim de serdes os artífices da vossa imortalidade. O Espírito de Verdade em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. VI, Pág. 131 (Paris, 1861) Por que precisamos estudar ? “Em qualquer setor de trabalho a ausência de estudo significa estagnação. Esse ou aquele cooperador que desistam de aprender, incorporando novos conhecimentos, condenam-se fatalmente às atividades de subnível.” André Luiz em “Nos domínios da mediunidade”, pág. 166. A Doutrina Espírita exposta em suas bases nas obras da Codificação é uma doutrina que requer estudo e reflexão de todo aquele que a conhecer no seu tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião. Qualquer ciência requisita da parte daquele que pretenda dominar seus fundamentos um estudo sério, contínuo e aprofundado para que de fato haja a apropriação ou assimilação do conteúdo que lhe constitui o estatuto da epistemologia¹. ¹ Estudo dos limites do conhecimento e dos mistérios que os tornam válido. Se isso ocorre em todas as áreas do conhecimento humano, não seria diferente com a Doutrina Espírita, que é uma doutrina eminentemente educativa, que pretende proporcionar aos homens um novo olhar sobre a vida, sua origem e destinação, as leis que a regem tanto no plano físico como no plano moral e espiritual, sua vinculação com o chamado mundo dos mortos. Instruí-vos! Recomenda o Espírito de Verdade, confirmando o caráter educativo do Espiritismo. “A educação encontra no Espiritismo respostas precisas para melhor compreensão do educando e maior eficiência do educador no trabalho produtivo de ensinar a viver, oferecendo os instrumentos do conhecimento e da serenidade, da cultura e da experiência aos reiniciantes do sublime caminho redentor, através dos quais os tornam homens voltados para Deus, o bem e o próximo.” Joanna de Angelis em “Estudos espíritas”, pág.173. O que Estudar? No que diz respeito à Doutrina Espírita, cabenos a todos o dever de mergulhar o pensamento nas fontes do conhecimento, a fim de melhor entendermos os quesitos preciosos da existência e, simultaneamente, as leis predominantes da Causalidade, de modo a podermos esclarecer equívocos e duvidas, colocando balizas demarcatórias no campo das conquistas pessoais e intransferíveis. Itens fundamentais, do “curso” de Espiritismo: - Pequena pagina para reflexão, diuturnamente; Um conceito espírita como glossário para cada dia; Um dia da semana para o estudo espírita, no dia reservado ao Culto Evangélico do Lar, como currículo educativo; - - Uma pausa para a prece e singelo texto para vigilância espiritual, sempre que possível; TODOS podem realizar esse curso inadiável para promoção espiritual na escola terrestre. O estudo do Espiritismo, portanto, hoje como sempre é de imensurável significação. (Joana de Angelis em “Celeiro de Bênçãos”, pág. 33) A LEITURA COMO INSTRUMENTO DE ESTUDO Para que o homem se aproprie de modo mais completo do patrimônio cultural constituído coletiva e historicamente, necessita se instrumentalizar para proceder tal apropriação. O domínio das diversas linguagens culturais é fundamental ao processo de socialização, humanização, iluminação humana, alargando vistas e abrindo possibilidades de integração, ação e crescimento no contexto em que o homem, ser imortal, opera seu processo de aperfeiçoamento intelecto-moral. O Espiritismo requer, para ser melhor conhecido, que o adepto ou estudioso se torne um leitor crítico. E isto a distingue de qualquer outra proposta de caráter religioso, cuja característica primordial em sua quase totalidade tem sido a não aceitação da crítica racional. Nesse sentido é que o Movimento Espírita através de suas bases, as casas espíritas, preocupa-se com o estudo e a divulgação doutrinária em especial através do livro, fato este registrado pela última pesquisa do IBGE que aponta como o maior leitor brasileiro, o espírita, em sua maioria quantitativa. Ler não é apenas decodificar mas criar, produzir sentidos a partir da interação do leitor com o texto. O que faz o leitor no ato de ler? Que dispositivos e estratégias coloca em ação para atribuir sentido(s) ao texto? Ao ler de forma dinâmica (e não mecânica) o leitor de forma íntima e silenciosa, se orienta, imagina, cria, dialoga, recorda, projeta, evoca, conclui, numa atitude de interação com o texto. Reconhecendo a excelência da afirmativa do Espírito de Verdade: "Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo“, nós, os espíritas, temos atuado de modo significativo no estímulo à leitura e no estudo bem como no acesso à alfabetização e ao letramento daqueles a quem foi retirado o direito à escola e, conseqüentemente, ao domínio dos processos de leitura e escrita, essenciais para o acesso à cultura simbólico-escrita onde também se encontra a mensagem de nossa tão querida doutrina. Não podemos deixar de registrar que no interior das Instituições Espíritas desenvolvem-se atividades de estudo e leitura através da evangelização infantojuvenil, do estudo sistematizado e do estudo da mediunidade, aqui citadas como atividades específicas do ensino espírita. É preciso que os núcleos de estudo espírita percebam a existência da produção e circulação de sentidos no interior das instituições em torno da literatura espírita (Obras da Codificação, clássicas, ou outras) tornando-se indispensável reuniões de estudo sérias, coordenadores, evangelizadores ou monitores estudiosos e hábeis na condução dos grupos para que não se perca de vista o duplo objetivo da Doutrina Espírita: esclarecer e consolar, sem que esqueçamos do suporte das bibliotecas, livrarias, apostilas de estudo, reuniões de planejamento, cursos, reciclagem de recursos humanos, etc. Por fim, é preciso estimular, sem espírito sectarista² mas com bom senso a formação de sólida base doutrinária para que o leitor encontre aí um “porto" para desenvolver uma leitura verdadeiramente crítica, afastando-se do fanatismo, da ingenuidade, da superficialidade. ² Relativo à Seita. Partidário apaixonado. O LIVRO ESPÍRITA Em 18 de abril é comemorado o dia do livro espírita. O livro espírita atua como grande instrutor, à semelhança de inesquecível pedagogo esclarece mentes em turbilhão, serena corações em conflito e convida ao sublime trabalho da leitura que faz viajar pelo país do conhecimento. O livro espírita é autêntico desbravador que se aventura na busca de iluminar caminhos. Impossível passar indiferente à beleza da literatura espírita. Como não se modificar ao ler as obras da codificação? Como não se emocionar ao entrar em contato com a saga dos personagens que fizeram a história do mundo nos famosos romances ? São tantos autores encarnados e desencarnados que seria impossível citar todos, mas é necessário registrar a importância do trabalho desses autores que, com enorme dedicação ajudaram a construir a história da literatura espírita. A literatura espírita liberta das amarras mentais dos cadeados psíquicos que, ao longo dos anos impediram o ser humano de pensar. E, a falta de pensamento, bem sabemos, é mãe da ignorância, um mal que ainda se debata a humanidade. Em 18 de abril comemoramos o aniversário de publicação de "O Livro dos Espíritos", ocorrido no ano de 1857. E em 2008, graças a um Projeto de Lei, o dia 18 de abril passou a ser oficialmente o dia Nacional do Espiritismo. Espíritas amai-vos. Uma data que convida os espíritas à união para uma divulgação coesa do ideal espírita. Espíritas amai-vos. Sem amor qualquer chama se apaga, sem união as idéias se dispersam, com o Espiritismo não é diferente. O dia Nacional do Espiritismo deve celebrar a amizade dos espíritas para que essa data se imortalize, ficando além dos calendários e perpetuando-se pela ação espírita em prol da construção de um mundo melhor. O livro espírita é um chamado à instrução, o dia Nacional do Espiritismo um chamado à união, conforme ensinou o Espírito de Verdade: ESPÍRITAS, AMAI-VOS! ESPÍRITAS, INSTRUÍVOS! Pensemos nisso!!!