A investigação em ciências sociais e humanas no IICT: Investigadores do DCH e do DES reúnem com Franz-Wilhelm Heimer1 Teve lugar no dia 1 de Fevereiro uma reunião entre investigadores do DCH e do DES e o Professor Franz-Wilhelm Heimer, catedrático jubilado de Sociologia e Estudos Africanos do ISCTE, convocada pelo Presidente do IICT, o Professor Jorge Braga de Macedo. A reunião teve lugar em resultado do envio para publicação na revista “História” de uma carta redigida pelo Professor Heimer a propósito de uma crónica publicada pelo Professor António Manuel Hespanha nessa mesma revista. 1. Introdução ao debate; o percurso científico do convidado. Na reacção ao referido artigo, o Prof. Heimer – embora furtando-se a pronunciar-se expressamente sobre as críticas aí formuladas - procurou corrigir a imagem dada na crónica relativamente ao contexto global da investigação científica sobre os Estudos Africanos em Portugal. Com esta intenção, focou mais especialmente o domínio da investigação em Ciências Sociais (incluindo a Economia e História) sobre África. Em relação a este domínio específico, considerou que a massa crítica hoje existente no país se encontra predominantemente nas universidades e não no IICT, facto que não transparece na referida crónica. Comentando ainda a questão dos Congressos LusoAfro-Brasileiros, também abordada no texto do Prof. Hespanha, o Prof. Heimer chama na sua carta a atenção para o facto de estes congressos serem sempre organizados por universidades portuguesas, brasileiras ou africanas, as quais até à data não têm contado com o IICT, em virtude de o considerarem como pouco relevante no contexto específico deste tipo de congressos. O Presidente do IICT deu a palavra ao convidado, agradecendo a sua presença e propondo que houvesse a seguir uma ronda pelos presentes. Iniciando a sua apresentação, o Professor Heimer agradeceu o convite, referindo que já em Novembro passado o Prof. Braga de Macedo lhe tinha solicitado a sua 1 Este texto, da responsabilidade de Franz Heimer, Jorge Braga de Macedo, Ângela Domingues e Vítor Rosado Marques, beneficiou de contribuições de membros do Comité Editorial no sentido de adequar uma nota de reunião elaborada com base em apontamentos de Joana Forte distribuidos aos intervenientes ao formato do blogue História Lusófona. NOTA – Uma versão anterior continha uma gralha na página 8 detectada por um dos autores, agora corrigida. 1 opinião sobre a orientação actualmente proposta para o IICT, e esclareceu que o propósito acordado para esta reunião era o de saber dos próprios investigadores do IICT em Ciências Sociais quais as suas áreas de trabalho e projectos em curso. Em relação à carta supracitada, o Professor Heimer afirmou estar ciente de que ela se prestava a leituras erróneas, as quais esperava pudessem vir a ser superadas. Salientou ainda que, para ele, com o decorrer da reunião se veria a melhor forma de esclarecer os seus propósitos e chegar a algumas conclusões. Para melhor se dar a conhecer aos presentes começou por resumir a sua própria trajectória. Neste sentido, informou que está a desenvolver, desde há 40 anos, pesquisas em e sobre África, onde chegou a conhecer e estudar uma vintena de países. Desde há 26 anos que é investigador do Centro de Estudos Africanos no ISCTE, o que o conduziu a concentrar-se mais sobre os PALOPs. Mencionando a sua formação inicial em Língua e Literatura Inglesa e Francesa, referiu que cedo mudou para o domínio das Ciências Sociais, fazendo um doutoramento em Ciência Política, Sociologia e Ciências da Educação. Explicou que a sua actividade enquanto investigador o levou a dar-se conta da importância fundamental da interdisciplinaridade, e a familiarizar-se, sempre a partir de trabalhos concretos, com os domínios da História, da Antropologia, da Psicologia Social e, numa medida mais limitada, da Economia. Defendeu que esta inter ou trans-disciplinaridade não é apenas uma questão de rigor nos area studies, caso dos Estudos Africanos, mas que deve ser aplicada em geral para todas as Ciências Sociais (lembrando que esta posição foi articulada de forma particularmente nítida por Immanuel Wallerstein, durante o seu mandato de Presidente da Associação Internacional de Sociologia). Por fim, advogou a necessidade de os estudos africanos em ciências sociais, onde quer que se realizem, terem sempre como horizonte todo o continente. No Centro de Estudos Africanos esta tem sido a posição e a prática, o que inclusive permitiu compreender melhor as especificidades dos países lusófonos de África. 2. Algumas questões prévias A seguir à intervenção do Professor Heimer, alguns dos investigadores, solicitaram a apresentação de pontos prévios antes da ronda. O Presidente deu então a palavra a Marina Temudo, Augusto Nascimento, Vítor Rodrigues e João Pedro Marques. 2 Marina Temudo considerou que a "Carta do Leitor" do Prof. Heimer continha fortes injustiças em relação aos investigadores do IICT e foi, por isso, geradora de grande polémica e consternação entre estes, recomendando que o texto seja reexaminado e reescrito pelo autor. Muitos dos investigadores do IICT colaboram com diversas universidades na docência, orientação de teses e projectos de investigação e, nessa medida, as afirmações de que a "massa crítica (...) de competências em relação a África (...) não se encontra no IICT, mas nas universidades" e que os Congressos LusoAfro-Brasileiros de Ciências Sociais, "organizados por universidades portuguesas, brasileiras e africanas, nunca contaram com o IICT por considerá-lo pouco relevante" são não só inverdades, como podem mesmo ser consideradas um assassínio académico. Afirmou que todos os textos podem ser alvo de múltiplas leituras e que, embora admita não ser essa a intenção do autor, a "Carta" poderá ser interpretada como um enaltecimento do CEA à custa de uma subalternização do IICT. Sublinhou ainda que alguns dos investigadores do IICT são membros do CEA, contribuindo desta forma para o prestígio do centro e a sua inserção em diversas redes, como é o caso da AEGIS, em cujo 1º congresso participaram através de apresentação de comunicações e organização de um painel. Numa resposta imediata, o Prof. Heimer manifestou a sua perplexidade perante leituras que nada tinham a ver com aquilo que pretendia expressar e que de facto escreveu. Ainda assim aceitou alterar a redacção da carta de forma a minimizar o risco de ser mal compreendido. Em relação aos Congressos Luso-Afro-Brasileiros, reiterou o que já escrevera na sua “Carta do Leitor”, a saber, que algumas edições destes congressos não foram bem sucedidas, mas declara-se convencido de que a fórmula em si contém um potencial considerável. Augusto Nascimento frisou a necessidade de dar continuidade a esta discussão e de haver uma maior colaboração entre as universidades e o IICT. Apontou ainda dois problemas que têm impedido uma maior visibilidade e reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos investigadores do IICT: problemas de ordem logística e financeira, no sentido de não haver dinheiro para a realização de trabalhos de grupo, de congressos e para publicações; por outro lado, problemas a nível institucional que se traduzem na resistência à inovação, que apresenta já um grande historial. Referiu ainda a questão de a focalização do IICT na lusofonia poder não ser a opção mais correcta, e salientou a necessidade de a direcção actuar no sentido de ser possível um aumento da produção científica. 3 Por seu lado, Vítor Rodrigues, referiu que a “Carta do Leitor” do Prof. Heimer, que despoletou toda a questão, e da qual tivera conhecimento no dia anterior, representava um “assassinato intelectual” dos historiadores do IICT. Sublinhou, por outro lado, a existência no IICT de uma competência científica significativa nesta área, dando a conhecer o conjunto de actividades científicas desenvolvidas ao longo dos últimos anos pelos seus investigadores – elaboração, por uma equipa constituída por investigadores do DCH e de Cabo Verde, da História Geral de Cabo Verde (3 vol.s); organização da “Reunião Internacional de História de África”; concepção e execução do Projecto de Cartografia Colonial que culminou com a realização de um simpósio internacional de especialistas africanos, europeus e americanos; e a publicação da Portugalia Monumenta Africana, entre muitas outras sobre a temática, das quais ofereceu alguns exemplares mais significativos. Deu ainda a conhecer várias manifestações de apreço para com o trabalho desenvolvido no DCH sobre História de África expressas em inúmeros emails enviados por especialistas estrangeiros sedeados quer em África, quer na Europa e América do Norte e do Sul. Nesse sentido procedeu à leitura de extractos de algumas dessas missivas, nomeadamente as do Professor Henry Lovejoy da UCLA (USA), da Doutora Maria da Conceição Neto, da Universidade Agostinho Neto, e do Doutor Carlos Lopes, da ONU. Retorquindo, o Prof. Heimer salientou que a reacção de Vítor Rodrigues se baseou num equívoco, porque a carta em causa não negava em absoluto as competências existentes no IICT, antes pretendia acentuar apenas o reduzido número de investigadores do IICT a trabalhar em estudos africanos, relativamente às várias centenas de especialistas que neste momento existem em Portugal. João Pedro Marques fez uma crítica bastante assertiva dizendo que a situação no IICT tem sido “um encadeado de mal-entendidos, provavelmente o maior deles esta reunião” e que a produção histórica que tem sido desenvolvida pelos investigadores do IICT será mais importante do que a desenvolvida noutros sítios em Portugal. Expressou o seu respeito pela competência científica do Prof. Heimer, considerando, no entanto, que para ele não fazia sentido discutir os seus trabalhos com alguém que não fosse historiador, e que, assim, não o poderia reconhecer como seu par. O Professor Heimer considerou esta intervenção muito útil, por realçar as múltiplas ambiguidades da reunião que, para ele próprio, eram cada vez mais patentes. No entanto, deixou claro que não se sentia em nada ofendido pela declaração de João Pedro Marques, e reiterou o seu entendimento de que a compartimentação disciplinar 4 defendida por este constituía um erro grave e uma posição francamente prejudicial para as Ciências Sociais. Nesse momento, o Professor Braga de Macedo interveio afirmando que era exactamente a interdisciplinaridade que o IICT defendia e pediu aos investigadores presentes que mostrassem que esta existia nos trabalhos por eles desenvolvidos. 2. Actividades no DCH: um breve ponto de situação Convidado a iniciar a ronda sobre os seus projectos de investigação, João Pedro Marques recusou fazê-lo, argumentando que constam dos documentos de reestruturação dos ex-HIST/SOC e que, quem quisesse, poderia consultá-los. Ana Cristina Roque afirmou que, apesar de ser historiadora, só sabia trabalhar em interdisciplinaridade, também por força do vasto património e espólio lusófono do IICT, nomeadamente no tratamento das missões antropológicas, sobretudo de Moçambique. Salientou ainda que o seu interesse por práticas tradicionais de medicina a levava a colaborar com botânicos, bem como com investigadores de África e da América Latina. Augusto Nascimento revelou o seu interesse pelo século XIX e salientou que o enfoque do IICT na lusofonia não seria o mais correcto. Mostrou-se, no entanto, “pronto a ir para o terreno em São Tomé logo que existam condições”. Revelou ainda o seu interesse no tema dos “estados falhados” e ter gostado de escrever um artigo para a Nova Cidadania. Manuel Lobato concordou com a questão dos equívocos lamentáveis referidos pelo seu colega João Pedro Marques e de não ser justo afirmar que a investigação que se faz no campo da História no IICT não seja considerada relevante. Os temas de especialização dos investigadores eram considerados importantes pelo IICT quando nele ingressaram, sendo de resto áreas de investigação que começaram a ser desenvolvidas nas universidades onde esses investigadores fizeram mestrados e doutoramentos. No caso da História, o défice no estudo de temas contemporâneos não destoa muito do que se passa na vizinha Espanha, onde os estudos hispano-americanos privilegiam o passado imperial anterior ao século XIX. Maria Manuel Torrão referiu que, desde que entrou para o IICT em 1987, tem trabalhado em projectos de cooperação nomeadamente na elaboração da “História Geral de Cabo Verde”, projecto de investigação com características pioneiras dado que se tratou de um trabalho conjunto entre uma ex-metrópole e uma ex-colónia. 5 Luís Frederico Antunes salientou que nem todos os investigadores trabalham exclusivamente sobre África lusófona, e que ele próprio investiga as relações que a África Oriental manteve com a Índia, sobretudo com o Gujerate e com outros espaços do Império português, em particular com o Brasil, numa perspectiva transdisciplinar acerca das relações económicas e do diálogo intercultural. Vítor Rodrigues referiu que ensinou em várias universidades e que a sua especialidade é a história militar dos séculos XVI e XVII, tendo também dedicado alguma atenção à cartografia colonial, com o objectivo de levar a cabo um projecto de investigação com a Doutora Maria Emília Madeira Santos e o Professor João Carlos Garcia, da Universidade do Porto, sobre a matriz original dos espaços nas antigas colónias portuguesas. Salientou ainda que com outros colegas tenciona executar um projecto de constituição de uma biblioteca digital sobre temática ultramarina. Miguel Jasmins Rodrigues referiu que também foi professor antes de entrar para o IICT há dez anos e tem interesse na história da organização dos poderes nas sociedades atlânticas de Antigo Regime, desde o século XV. Considerou importante falar com pessoas de outras áreas, mas que para um debate especializado seria natural que este se realizasse entre historiadores, como afirmou João Pedro Marques. Maria João Soares disse estar no IICT desde 1993, e que participou na “História Geral de Cabo Verde” estando agora mais interessada no século XIX. Manuela Cantinho considerou que ela própria era um bom exemplo da interdisciplinaridade existente no IICT pois sendo formada em História fez um Doutoramento em Antropologia. Trabalha na Sociedade de Geografia de Lisboa onde está a tratar o espólio de Henrique de Carvalho, no quadro de um projecto da FCT. Lívia Ferrão colabora com Ana Cristina Roque nas missões antropológicas, que a seu ver se enqudram bem na iniciativa portuguesa da CPLP. Catarina Madeira Santos, actualmente bolseira de pós-doutoramento, entrou em 1997 com uma bolsa de "Inserção de Mestres e Doutores nas actividades do IICT" e obteve um doutoramento conjunto em Lisboa e Paris, tendo afirmado que o seu trabalho é interdisciplinar. O projecto sobre memórias africanas da escravatura é disso um bom exemplo. Carlos Almeida referiu o facto de serem os investigadores do IICT os que mais sentem a paralisação e bloqueamento que este instituto tem sofrido desde há largos anos e que, curiosamente, são os mais disponíveis para lutar contra isso. Lamentou que os historiadores não tivessem sido mais ouvidos no processo de avaliação internacional e 6 declarou que se formou em História dos Descobrimentos, trabalhando agora sobre os missionários capuchinhos no Congo, investigação que culminará numa dissertação de Doutoramento em Antropologia. Eugénia Rodrigues saudou o Professor Heimer, recordando um encontro anterior no lançamento de um livro sobre os Achikunda, em 2004, no qual o Professor Heimer afirmou não estar interessado em História. Congratulou-se, por isso, com a sua mudança de opinião e com a sua abertura ao diálogo entre a História e as demais Ciências Sociais. Referiu que tem trabalhos publicados sobre Angola, Índia e Moçambique, incidindo os seus estudos principalmente sobre as estruturas sociais e políticas de Moçambique no Antigo Regime. Ângela Domingues referiu igualmente a transdisciplinaridade da sua investigação sobre a história do Brasil colonial e a relação de alguns dos seus trabalhos com a Iniciativa portuguesa na CPLP. O Professor Braga de Macedo concluiu as intervenções dos historiadores sugerindo que elas procuraram mostrar que no IICT há inter e trans-disciplinaridade e que esta, bem como a utilidade para a cooperação, são pontos de honra na investigação que se faz. Explicou ainda a importância da “Iniciativa portuguesa” tomada na CPLP em 2003 e salientou o facto de o IICT ser o único Laboratório de Estado não só com Ciências Naturais e Sociais, mas também com História e Património. Fez votos para que os investigadores saibam aproveitar a integridade que a avaliação internacional preservou, em vez de se fecharem em caixas disciplinares. Vítor Rosado Marques, a encerrar a reunião, fez uma breve apresentação do IICT, tentando transmitir ao Professor Heimer a ideia de que o Instituto tinha outra componente científica para além das Ciências Sociais e Humanas. Assim, este investigador referiu a existência de dois departamentos científicos no IICT, dedicados às Ciências Humana (DCH) e Naturais (DCN), aos quais pertenciam, respectivamente, 18 e 39 investigadores. Foi ainda realçado o Programa de Desenvolvimento Global (DES), como sendo um programa interdisciplinar que incluía no seu seio investigadores dos dois departamentos e a existência de três centros ligados ao consórcio BIOPOLIS (sedeado em Oeiras) designados por Tropoeiras, assim como os serviços abertos ao público: o Jardim Botânico Tropical e o Arquivo Histórico Ultramarino. Menciona ainda a existência de cerca de 50 bolseiros (16 dos quais de pós-doutoramento) e de cerca de 140 colaboradores que dão um forte contributo para a massa crítica do IICT. 7 Numa síntese do DES, referiu os 3 grandes temas e a criação dos grupos de trabalho paritários. Foram relatadas as actividades em curso ou em vias de execução, em áreas ligadas à redução da pobreza, segurança e qualidade alimentar, desenvolvimento sustentável, economia, governação, ensino superior, antropologia cultural, sociologia, parcerias público privadas, saúde e colecções e geo-informação. Foram, também, enumerados alguns projectos e os seus responsáveis. A terminar, referiu uma recente publicação de 2 volumes, editada por ISAPress, “ANGOLA – Agricultura, Recursos Naturais e desenvolvimento Rural”, onde a contribuição das Ciências Naturais do IICT está marcadamente presente, com dados únicos, como é o caso dos artigos sobre a Bibliografia Zoológica de Angola. 3. Um balanço da reunião Perante as intervenções dos investigadores presentes, o Professor Heimer fez um balanço final, referindo que: • esta reunião em boa parte não foi dedicada ao objectivo inicialmente indicado, mas a problemas internos do IICT, sobre os quais não pretende tomar posição; • sai melhor informado sobre a investigação em ciências sociais no IICT, mas dá-se também conta, com satisfação, que o seu conhecimento a este respeito era maior do que pensava; • constata uma grande heterogeneidade do conjunto dos investigadores em ciências sociais do IICT, devido a muitas diferenças em termos de interesses e sensibilidades, não tendo por isso cabimento a noção de que o DCH se trata de uma unidade compacta; • acrescenta algumas considerações sobre o capítulo da inter- e transdisciplinaridade. Chama a atenção para o facto, por ninguém contestado, de que em cada uma das “disciplinas académicas” historicamente constituídas existe não uma perspectiva única comum a todos, mas uma grande diversidade de perspectivas. Não há “o” historiador, “o” sociólogo, “o” economista. É, portanto, essencial que cada investigador em ciências sociais, qualquer que seja a sua filiação disciplinar, escolha os instrumentos analíticos e metodológicos mais adequados para os seus trabalhos, e isto 8 independentemente das áreas das ciências sociais onde estes instrumentos tiveram a sua origem; • em último lugar, pondo-se a questão de saber se faria sentido dar algum seguimento a esta reunião, declara que ainda não tem uma opinião formada sobre este ponto. Desde já pensa que nenhum seguimento teria sentido que não estivesse assente numa clara motivação dos próprios investigadores. E julga que eventuais futuras reuniões só teriam sentido desde que não houvesse, como desta vez sucedeu, um mero enunciar dos trabalhos de cada um, mas um verdadeiro debate - para o qual reafirma todo o seu interesse, desde que haja a correspondente motivação das pessoas. No final, o Prof. Heimer indicou o seu e-mail, [email protected], pedindo feedback da erunião. O Prof. Braga de Macedo anunciou a sua intenção de examinar a hipótese de outras reuniões, mais reduzidas, nomeadamente com o DES. 9