Trabalho Submetido para Avaliação - 30/04/2012 09:50:41 O CUIDAR DE CRIANÇAS PORTADORAS DE DIABETES MELLITUS TIPO 1 LARISSA VENTURINI ([email protected]) / Acadêmica de Enfermagem/UFSM, Santa Maria-RS NAIANA OLIVEIRA DOS SANTOS ([email protected]) / Mestrado em Enfermagem/UFSM, Santa Maria-RS ORIENTADOR: MARGRID BEUTER ([email protected]) / Professora Doutora em Enfermagem/UFSM, Santa Maria-RS MARCELLA SIMÕES TIMM ([email protected]) / Acadêmica de Enfermagem/UFSM, Santa MariaRS ANDREZA LIMA CARDOSO ([email protected]) / Acadêmica de Enfermagem/UFSM, Santa Maria-RS LUIZA CREMONESE ([email protected]) / Acadêmica de Enfermagem/UFSM, Santa Maria-RS THAÍS FIORAVANTE SILVEIRA ([email protected]) / Acadêmica de Enfermagem/UFSM, Santa Maria-RS Palavras-Chave: Diabetes Mellitus tipo 1; Criança; Cuidado; Enfermagem INTRODUÇÃO: A Diabetes Mellitus tipo 1, é uma doença crônica, decorrente da falta e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos, gerando o aumento dos níveis de glicemia no organismo, apresentando incidência com proporções cada vez maiores1. A descoberta da doença gera um impacto no portador e sua família, pois muda significativamente os hábitos de vida, devido à necessidade de reestruturação das rotinas com indicações de controle domiciliar do diabético. Uma das recomendações é a automonitorização da glicemia capilar, de múltiplas doses de insulina, da alteração no padrão dietético a partir de reeducação alimentar e da realização de atividades físicas programadas, a fim de manter os níveis glicêmicos2. Quando o portador da doença é uma criança, o tratamento é mais difícil, pois se trata de uma pessoa que ainda não tem maturidade suficiente para exercer seu autocuidado e nem está preparada psicologicamente para vivenciar a situação. Assim, a família e/ou paciente receberá orientação do profissional da saúde sobre a doença, quanto à importância e a necessidade de alterações no estilo de vida. Entre os profissionais que possuem competência para isso, encontra-se a enfermagem, por ser reconhecida como a responsável pelo acompanhamento domiciliar das famílias com crianças e adolescentes portadores de diabetes, e pela educação e treinamento em relação aos aparelhos e recursos utilizados no domicílio³. OBJETIVO: Identificar através de uma revisão de literatura como deve ser o cuidado a crianças portadoras de Diabetes Mellitus tipo 1. METODOLOGIA: Efetuada revisão teórica por meio de levantamento bibliográfico junto às bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) em março/2012. Para a busca dos dados utilizou-se os descritores: Diabetes Mellitus tipo 1, Criança e a palavra Cuidado, encontrando-se 14 publicações. Após a leitura dos resumos, elegeram-se estudos de interesse baseados nos critérios: resumo completo disponível em suporte eletrônico, nos idiomas português, espanhol e inglês, sendo excluído: monografias, teses, dissertações, manuais ministeriais, e artigos com resumo incompleto ou sem resumo disponível em meio online. A amostra do estudo foi constituída por cinco publicações completas, a partir da semelhança temática. Para melhor análise, os dados dos artigos foram organizados em um instrumento com roteiro sistematizado contendo: abordagem metodológica, ano de publicação, objetivos e resultados das produções. RESULTADOS: Os estudos observados buscavam conhecer a rotina, a aceitação e a qualidade de vida de crianças portadoras de Diabetes Mellitus tipo 1, sendo todos de natureza qualitativa e publicados entre 1998 a 2007. O impacto dessa doença sobre a família e o portador pode ocorrer nas esferas comportamental, somática, social e financeira, sendo frequente encontrá-las interrelacionadas4. Por ser uma doença associada à alimentação, é necessário um controle sobre as fontes alimentares do portador, sendo relevante a educação do paciente e da família, desde o início do tratamento4. Assim como as crianças, na maioria das vezes, necessitam de um responsável por não serem capazes de se autocuidar, é fundamental a implantação de programas de educação em diabetes para crianças contemplando os pais, pois eles darão orientação e suporte para o cuidado diário do filho diabético, inclusive quanto a administração de insulina, dieta, dinâmica familiar e testes de glicose no sangue.4 Associado à dieta e insulinoterapia os estudos apresentam a importância do exercício físico, como um dos pilares para o tratamento da doença, e como forma de melhorar o grau de controle glicêmico e a autoestima das pessoas diabéticas, inclusive das crianças. Os estudos trazem a necessidade de equipes multiprofissionais, fornecerem apoio e suporte a criança com diabetes e seu familiar, pois o trabalho planejado e integrado junto às famílias, quando direcionado para cada dificuldade abordada e observado sua interdependência poderá colaborar ativamente com o controle domiciliar e levar ao êxito o cuidado à criança e ao adolescente diabético tipo 1.3 CONCLUSÃO: A presença de uma doença como a Diabetes Mellitus tipo 1 associada ao tratamento com insulina causa grande impacto na vida dos pacientes, em especial a das crianças que não são capazes de exercer o autocuidado. Assim, um atendimento adequado e qualificado às crianças portadoras da doença e seus familiares, dará apoio e suporte durante os segmentos terapêuticos. Acredita-se que os programas de educação em saúde envolvendo as crianças com Diabetes Mellitus e seus familiares, podem diminuir o número de internações e a prevenção das complicações advindas da doença. Nesse sentido, os profissionais de enfermagem devem atuar como orientadores e organizadores desses programas, juntamente com os demais componentes da equipe, para propiciar cuidados domiciliares efetivos. REFERÊNCIAS: Secretaria de Atenção a Saúde, Ministerio da Saúde; Diretrizes e recomendações para o cuidado integral de doenças crônicas não- transmissíveis; http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/volume8livro.pdf; (Janeiro-2012). Zanetti ML, Mendes IAC, Ribeiro KP; O desafio para o controle domiciliar em crianças e adolescentes diabéticas tipo 1 ; Rev. Latino-am Enfermagem ; 9; 32-36; 2001. Zanetti ML, Mendes IAC; Análise das dificuldades relacionadas às atividades diárias de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1: depoimento das mães; Rev. Latino-am Enfermagem ; 9; 25-30; 2001. Dall’Antonia C, Zanetti ML; Auto-aplicação de insulina em crianças portadoras de diabetes mellitus tipo1; Rev. Latino-am Enfermagem; 8; 51-58; 2000.