GERAÇÃO DO DESERTO GUIDO WILMAR SASSI RESUMO POR SEÇÕES Terceira parte: Caraguatá ADVERTÊNCIA: Para melhor absorver a história, ofereceu-se, aqui, uma sucinta recontagem da obra ‘Geração do Deserto’ de Guido Wilmar Sassi. Recomenda-se a leitura integral da obra. A recontagem foi feita separando-se as seções de cada parte. As páginas referidas são as do início de cada seção de: Geração do Deserto, Guido Wilmar Sassi. Editora Movimento- 4ªedição. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 1- P. 79 Os soldados, entusiasmados, com o resultado da campanha, enterravam aos mortos e declaram vitória, voltando a Curitiba. Com a saída dos soldados, os jagunços os quais ainda estavam escondidos, saem para Caraguatá. Tavinho e Tibúrcio vão cantando esperançosos na ressurreição do monge e dos fiéis. No acampamento em Caraguatá, faltam remédios para tratar os feridos. O bálsamo de ferrabrás é apenas cachaça canforada, com azeite e mastruço. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 2- P. 80 A lida em Caraguatá: Elias de Morais torna-se chefe supremo de maneira natural. Assume a função de guarda-livros ( pertencentes a José Maria). Ele lê e explica Carlos Magno e a Bíblia. Por recusa da comunidade em usar cédulas (dinheiro da República/ dinheiro do Diabo), ele manda cunhar moedas marcadas com GS (Guerra Santa)aceitas no assentamento e fora dele também. Usa um livro contábil (Deve- A ver ‒ no livro escrito haver) para registro dos eventos das batalhas, um livro de Medicina (Chenoviz) com o qual determina tratamento aos doentes(e isso lhe angaria mais respeito entre o povo do reduto). TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 2- P. 80 Seleciona uma nova virgem ‒ Ana‒(histérica e possivelmente epilética), porém mais dócil e fácil de controlar do que Maria Rosa. Ana, em transe, encarna o monge e fala desconexamente. Para escolhê-la, Elias segue o conselho de Frei Manuel (Manuel das Neves) vidente que assume os serviços religiosos. Elias é o intérprete da virgem. Alguns, como Mané Rengo, desconfiam da santidade da dupla: Ana e Frei Manuel, mas a maioria espera deles condução religiosa e resultados na guerra. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 3- P. 82 Rivalidade entre dois dos Pares de França: Gegé (Urgel de Danoa‒ José de Souza) e Daniel (aqui chamado de Gui de Borgonha, mas na p.25 fora nomeado como Guarim de Lorena). A animosidade é gerada por Carolina, a mulata disputada pelos dois. Ela escolhe Gegé, mas continua rindo-se para Daniel. Para provocá-lo, Daniel o chama de Gegé (coisa de que Urgel não gosta), zomba dizendo que Gegé não matara tantos peludos quanto marcara no cano de sua Winchester (no momento da conversa, ele surpreende Urgel fazendo uma cruz e, já que não era um momento de luta, isso provava que as cruzes não representavam mortos de verdade. Gegé afirma estar marcando um peludo de que se lembrara ter assassinado na fuga da cadeia.) Daniel faz troça e Urgel se remói no desejo de vingança. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 4- P. 83 Ricarte Branco apaixona-se por Ana (a virgem), platonicamente ela também o ama, mas desconhecem os sentimentos um do outro. O pai de Ana, o qual mora noutro assentamento (Josefino), adoece. Ricarte Branco é nomeado para escoltá-la, ele quer negar-se por medo da tentação de estar sozinho com ela, porém não o faz. No caminho há um interlúdio amoroso. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 5- P. 85 A perda da virgindade de Ana traz alegria ao casal durante a viagem (cinco dias), todavia o remorso os acompanha ao voltarem a Caraguatá. Ana parece ter perdido os poderes, está distraída ora permanece um longo tempo calada, ora põe-se a cantarolar. Ricarte também se culpa. Ainda assim procuram encontrar-se às escondidas. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 6- P. 87 Gegé mata Daniel por ciúme. Foram antes ao reduto Josefino, onde os soldados haviam atacado. Lá Gegé matou três peludo, na volta ao reduto (depois de perseguirem peludos), Gegé, em sua arma , obrigou Daniel a marcar quatro cruzes. Daniel marca três e diz que todos viram que o primeiro havia matado apenas três soldados. Gegé diz que a quarta cruz é para Daniel., então atira no rosto de Daniel. A cruz ele marcara depois. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 7- P. 90 No reduto, virou hábito marcar com cruzes na coronha da arma o número de soldados abatidos. Apenas Ricarte Branco tinha a arma limpa de marcas. E isso o incomodava. Era a vez de ele montar guarda e esperava matar algum peludo e trazer as orelhas dele como prova. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 7- P. 90 Ricarte Branco ouviu uma voz que mandava que atirasse. Atirou em alguém que estava acocorado próximo a ele e dessa vez acertou. Mas era Coco (um dos pares de França também chamado Oliveiros.). Ricarte por engano o matou e, não podendo confessar isso, enche-se de remorso. Ana está grávida ambos pensam ser castigo pela violação da virgem do monge. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 8- P. 93 A gente do reduto, antes alimentada pela doação dos fazendeiros, agora assalta fazendas ao redor à procura de alimento, roupa e remédio. Gegé é Ministro da Fazenda. Carolina, resolvida a questão do Daniel e tendo apanhado uma boa surra, agora é uma mulher comportada. Quando invadem uma fazenda próxima ao reduto, as mulheres brigam pelos pertences. Carolina, pela importância de seu marido, escolheu um espartilho e um grande espelho que a custo transportaram para o reduto. Comida não encontraram. O Coronel fugira com a família antes da invasão. À noite, Carolina exibe-se para Gegé, trajando um espartilho. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 9- P. 95 Elias dispensa a moça Ana da obrigação de “virgem” ao declarar que ela perdera a “santidade”. Isso depois de conversar com Liveira e Boca Rica que lhe contaram o ocorrido entre Ana e Ricarte Branco. Para Ana todo o remorso se fora, para ele ainda havia o inconfessável ‒ até mesmo para ela ‒ assassinato de Coco. Maria Rosa volta a ser a “virgem consultada”. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 10- P. 96 O ataque dos soldados à Caraguatá foi debelado pelos jagunços os quais se esconderam na mata. Poucas pessoas ficaram no reduto. A aproximação dos soldados era esperada e eles foram recebidos com balas às costas e vindas de cima dos pinheiros (os jagunços estavam escondidos), também foram cercados pela frente. Mesmo assim, Elias teme que Caraguatá seja indefensável se viessem mais soldados de Curitibanos, assim escolhe a Serra de Santa Maria para novo reduto. TERCEIRA PARTE: CARAGUATÁ 10- P. 96 As famílias vão para Santa Maria. Apenas Júlia, Liveira, Mané Rengo, Luzia e o menino Tadeu ficam, pois Júlia está novamente preste a dar à luz. Nasce Gracinda. Aparece Valentim ‒ órfão que se afeiçoa à Luzia e Mané Rengo. Todos ficam na tapera de Granemann.