Linhagens, CLASSES para julgamentos, e padrões. Se você pudesse escolher entre dois bettas: - um com uma belíssima distribuição de cores, bem definidas e intensas, porém, apresentando algum pequeno defeito anatômico – uma assimetria nas guelras, p.ex. –, com um tamanho um pouco abaixo da média, e um temperamento apático, e - outro com a mesma cor (ou cores) desse anterior, porém, não tão aprimoradas quanto às do primeiro caso, mas, com uma excelente constituição anatômica (ou seja, sem defeitos anatômicos e um bom formato), e se mostrando bem ativo e alerta, Qual dos dois exemplares você daria prioridade para começar (ou continuar) seu trabalho de seleção? Resumindo as opções acima para melhor visualização: OPÇÃO 1 2 CORES FORMATO TEMPERAMENTO DISTRIBUIÇÃO INTENSIDADE EXCELENTE EXCELENTE PEQUENO APÁTICO REGULAR REGULAR EXCELENTE ATIVO QUADRO I Particularmente, iniciaria com um exemplar que se enquadrasse na segunda opção. Dessa forma, se eu fosse julgar exemplares em uma exposição especializada – e, portanto, preocupada com aspectos técnicos, voltada a selecionar as melhores matrizes, começaria por observar o temperamento e a anatomia dos bettas expostos, independentemente da cor (ou cores), do formato de nadadeiras, e de outras características exóticas que tivessem. Assim sendo, somente seriam avaliados os demais itens (intensidade e distribuição das cores, bem como, os formatos de corpos e nadadeiras) naqueles bettas que atendessem aos critérios relativos a um bom temperamento e uma anatomia saudável. Mas que critérios seriam esses? Quanto ao temperamento: - todos os bettas que forem expostos devem se mostrar ativos, ou seja, diante de outro betta (seja entre machos, seja entre fêmeas, ou entre um macho e uma fêmea) devem abrir as guelras, expandir as nadadeiras, enfrentar o outro – pelo menos, durante certo tempo –, exibindo mais intensidade em suas cores (se as tiver, é claro), e se movimentar pela beteira mostrando ao outro que aquele é seu território. Quanto a possuir uma anatomia saudável, não pode: - se mostrar sem equilíbrio postural na beteira – p.ex., apresentar o pedúnculo caudal caído com relação a uma linha imaginária horizontal que passa pela boca até o meio da caudal (como se houvesse somente um peso na caudal que fizesse forçar o pedúnculo caudal para baixo); - apresentar calombos ou reentrâncias no corpo; - apresentar barriga estufada (nos machos ou fêmeas sem ovócitos); - apresentar escamas eriçadas; - possuir desordem de bexiga natatória – ou seja, ao se observar o betta, este não apresenta sua linha longitudinal (da boca ao meio da caudal) na horizontal, e sim, curvada e pendendo para baixo do lado do pedúnculo caudal, lembrando um arco, como se o betta estivesse sempre olhando para a superfície, se preparando para dar um salto iminente. - nadar com dificuldade, se sacudindo em alguns casos. - apresentar quaisquer tipos de inchaços – olho inchado, boca inchada, guelras inchadas, nadadeiras corroídas, fungos, falta de escamas, pontos brancos (ou dourados) inflamados etc.; - apresentar assimetria (frontal ou lateral) nas guelras quando expandidas; - apresentar assimetria entre as nadadeiras peitorais, ou entre as pélvicas; - apresentar pelo menos, uma das nadadeiras retorcidas; - apresentar ausência de, pelo menos, uma das nadadeiras; - apresentar dorso desproporcional (ou lembrando, ou o dorso côncavo de um rinoceronte, ou o dorso convexo de um golfinho – às vezes, lembrando uma moreia). Qualquer betta que possua PELO MENOS UM dos itens acima – faltas consideradas gravíssimas – deverá ser DESCLASSIFICADO. ATENÇÃO: Nas exposições especializadas (ou seja, voltadas para a avaliação completa das matrizes), tais bettas com essas faltas gravíssimas poderão ter sua avaliação técnica continuada somente com o intuito de nortear o criador a respeito do material genético que está manipulando, porém, não poderão concorrer a qualquer titulo disponibilizado dentro da exposição, mesmo que acabem acumulando no somatório final de pontos, maiores pontuações que os demais bettas que passaram por essa análise, já que são portadores de faltas gravíssimas desclassificatórias. BETTAS SEM EQUILÍBRIO POSTURAL NA BETEIRA CALOMBOS E/OU REENTRÂNCIAS BARRIGA ESTUFADA (ATÉ EM FÊMEAS SEM OVÓCITOS) ESCAMAS ERIÇADAS DESORDEM DE BEXIGA NATATÓRIA (“JUMPING” BETTAS) FALTAS GRAVÍSSIMAS INCHAÇOS (OLHOS, BOCA, GUELRAS ETC.) (DESCLASSIFICATÓRIAS) ASSIMETRIA NAS NADADEIRAS (PEITORAIS E PÉLVICAS) ASSIMETRIA NAS GUELRAS EXPANDIDAS (FRONTAL OU LATERAL) PELO MENOS UMA DAS NADADEIRAS RETORCIDAS AUSÊNCIA DE QUALQUER NADADEIRA DORSO DEFORMADO (MUITO CONVEXO OU MUITO CÔNCAVO) QUADRO II Analisados esses itens, aqueles bettas que passaram por esse crivo, começarão realmente a ser avaliados (e a concorrer aos prêmios disponibilizados na exposição) quanto ao formato (tipos de nadadeiras, traços exóticos etc.), e depois, à distribuição e intensidade das cores (mas não o tipo de cor – ou cores – em si). Quanto às nadadeiras, os bettas deverão ser enquadrados quanto: 1 - ao comprimento das nadadeiras – quando comparadas proporcionalmente ao tamanho do corpo (excluídas as peitorais): A - nadadeiras curtas (PLAKAT – PK), ou B - nadadeiras alongadas (LONG FIN – LF). Esse item somente separa em que grande grupo o betta deverá ser enquadrado (sem qualquer outra análise crítica; ou seja, não envolve pontuação). 2 - ao formato das nadadeiras caudais: A - nº de lóbulos caudais: - dois lóbulos caudais (DOUBLE TAIL – DT), ou - um único lóbulo (SINGLE TAIL – ST). Nesse item (se DT ou ST), depois de o betta ser enquadrado em que grande grupo deverá ficar (se PK ou LF), será feita a crítica da simetria entre os lóbulos caudais, e entre a dorsal e a anal, (no caso dos DT), bem como, a qualidade dessa dorsal (se o pedúnculo dorsal é estreito, é médio, ou é largo). B - ao desenho da caudal: - em véu ou rabo de cavalo (VEIL TAIL – VT); - redonda (FAN TAIL), ou; - em DELTA – com as SUBCLASSES: - Super delta (SD); - Half-moon (HM), ou - Over half-moon (OHM). Nesse item deverá ser feita a crítica da qualidade de cada traço (onde se aplicar) em todos os bettas, sejam eles ST, DT, PK ou LF. C - ao tipo de borda das nadadeiras: - lisa, ou - em espigões (CROWN TAIL – CT). Nesse item, além de se separar em que SUBCLASSE o betta deverá ser enquadrado (ou seja, se CT, ou não), também, deverá ser feita a crítica da qualidade do CT (se for o caso) – que é a relação entre a presença do pano das nadadeiras e o tamanho do espigão – em todos os bettas, sejam eles ST, DT, PK ou LF. D - ao tipo de superfície das nadadeiras: - enrugada (aquelas com alto nº de dobras – ROSE TAIL) ou - plana (ou aquelas com pouquíssimas - ou nenhuma – dobras - FLAT). Nesse item deverá ser feita a crítica da qualidade de cada traço (onde se aplicar) em todos os bettas, sejam eles PK ou LF, ST, DT, CT ou não. E - ao tamanho das peitorais: - normal, ou - exacerbado – bettas com peitorais maiores ou iguais a 1/3 do tamanho do corpo. Nesse item deverá ser feita a crítica da qualidade de cada traço em todos os bettas, sejam eles PK ou LF, ST ou DT, CT ou não, e ROSE TAIL ou não. Resumindo as opções anteriores (até aqui abordadas) para melhor visualização: CURTA (PK) COMPRIMENTO DA DEFINE DOIS GRANDES GRUPOS CAUDAL LONGA (LF) ST (ÚNICO LÓBULO) Nº DE LÓBULOS DEFINE AS SUBCLASSES “ST” E “DT” CAUDAIS DT (DOIS LÓBULOS) LISA BORDAS DAS DEFINE A SUBCLASSE “CT” NADADEIRAS EM ESPIGÕES (CT) PLANA (SEM DOBRAS) SUPERFÍCIES DAS SE APLICA A TODOS OS GRUPOS NADADEIRAS COM DOBRAS (ROSE TAIL) EM VÉU (VT) DEFINE A SUBCLASSE “ANTIGO” ARREDONDADA DESENHO DA CAUDAL SD EM LEQUE (DELTA) HM DEFINE A SUBCLASSE “DELTA” OHM NORMAL TAMANHO DAS DEFINE A SUBCLASSE “PEITORAL” PEITORAIS EXACERBADO QUADRO III Avaliados (e pontuados) cada betta quanto aos aspectos mostrados no QUADRO III (onde se enquadrar, e independentemente das cores que possua), é chegada a hora de se avaliar outro item da CLASSE EXÓTICO: os bettas GIGANTES. Assim sendo, teremos como resultado o quadro: COMPRIMENTO DA CAUDAL Nº DE LÓBULOS CAUDAIS BORDAS DAS NADADEIRAS SUPERFÍCIES DAS NADADEIRAS DESENHO DA CAUDAL TAMANHO DAS PEITORAIS TAMANHO DO CORPO CURTA (PK) LONGA (LF) ST (ÚNICO LÓBULO) DT (DOIS LÓBULOS) LISA EM ESPIGÕES (CT) PLANA (SEM DOBRAS) COM DOBRAS (ROSE TAIL) EM VÉU (VT) ARREDONDADA SD EM LEQUE (DELTA) HM OHM NORMAL EXACERBADO NORMAL GIGANTE QUADRO IIIA DEFINE DOIS GRANDES GRUPOS DEFINE AS SUBCLASSES “ST” E “DT” DEFINE A SUBCLASSE “CT” SE APLICA A TODOS OS GRUPOS DEFINE A SUBCLASSE “ANTIGO” DEFINE O SUBCLASSE “DELTA” DEFINE A SUBCLASSE “PEITORAL” DEFINE A SUBCLASSE “GIGANTE” Depois de os bettas serem avaliados, e devidamente pontuados, é chegado o momento em que se deve discutir uma filosofia para enquadramento dos exemplares quanto aos quesitos quantidade de cores, e arranjo de cores. Quanto às quantidades de cores, teremos bettas: - de uma única cor (os chamados SÓLIDOS) – sejam pigmentados ou iridescentes; - com uma cor no corpo e outra diferente nas nadadeiras (os chamados BICOLORES) – sejam pigmentados (corpo e nadadeiras), iridescentes (corpo e nadadeiras), ou corpo pigmentado e nadadeiras iridescentes – ou vice-versa: corpo iridescente e nadadeiras pigmentadas; - MULTICOLORIDOS (aqueles com mais de duas cores, incluindo aqueles bettas somente com duas cores, porém, espalhadas, tanto pelo corpo, quanto pelas nadadeiras – ou seja: um betta com duas cores pode não ser bicolor, porém, todo betta bicolor possui somente duas cores); Porém, nesses muitos anos lidando com os bettas, sempre surgem de forma repetitiva disposições de determinadas cores (dentro desse grupo maior de multicoloridos) que se fixaram ao longo do tempo. Refiro-me a essas distribuições de cores como ARRANJOS CLÁSSICOS DE CORES. São eles: - os BUTTERFLIES (BF) – são bettas multicoloridos que apresentam em todas as nadadeiras (os melhores possuem, também, nas peitorais) uma (ou mais de uma) faixa bem definida de cor diferente daquela predominante nas nadadeiras. - os PINEAPPLES – são bettas não vermelhos apresentando o corpo na cor esverdeada acinzentada (lembrando a cor da casca do abacaxi, daí a sua designação em inglês), e as nadadeiras amareladas, ou verdes amareladas. Podem apresentar um debruado escuro em volta das escamas, parecendo ter uma rede preta sobre o corpo, bem como em todas as bordas das nadadeiras (ver pag. 28). - os CHOCOLATES – são bettas não vermelhos apresentando o corpo na cor amarronzada (ou na cor de café com leite), e as nadadeiras amareladas, ou verdes amareladas (ver pag. 28). Podem apresentar, também, o mesmo tipo de debruado escuro dos PINEAPPLES, em volta das escamas parecendo ter uma rede preta sobre o corpo. - os SALAMANDERS (SM) – são bettas multicoloridos que apresentam uma cor no corpo (pigmentada ou iridescente), e todas as nadadeiras – incluindo as peitorais – também coloridas (podendo ser essa cor igual à do corpo, ou diferente). O tipo clássico se apresenta sem máscara – isto é, sem pigmentação e/ou iridescência sobre a cabeça, cara, boca e opérculos –, mas alguns mais recentes podem apresentar algum tipo de máscara (parcial ou total). Apresentam obrigatoriamente um debruado – geralmente, branco (ou branco azulado) – em todas as nadadeiras (incluindo as peitorais), ou mesmo, um BF – com faixas mais largas –, e os melhores exemplares exibem também, um batom geralmente branco (ou branco azulado). No caso de a cor do corpo ser pigmentada, poderemos ter uma infiltração no corpo na forma de um “pó” espalhado azul aço e/ou esbranquiçado. No caso de a cor do corpo ser iridescente (ou pigmentada misturada homogeneamente com uma iridescente – vermelha e azul, p.ex., originando a cor lavanda) –, só poderemos ter uma infiltração no corpo na forma de um “pó” esbranquiçado. Poderemos, também, ter SALAMANDERS constituídos de um padrão CHOCOLATE, ou de um PINEAPPLE com um “pó” espalhado azul aço e/ou esbranquiçado sobre o corpo, e aquele debruado (ou mesmo BF) branco (ou branco azulado) obrigatoriamente acontecendo em todas as nadadeiras, inclusive, uma marcação nos lábios – branca (ou branca azulada) –, o batom (no caso dos melhores). Ver pag. 27. - os MUSTARD GAS (MG) – são bettas multicoloridos com uma marcação de corpo azul Royal escuro (ou mesmo, um azul aço escuro), e nadadeiras amareladas esverdeadas, podendo apresentar, um debruado escuro (ou mesmo BF) preto, ou azul Royal. Ver pag. 27. - os DRAGONS – são bettas multicoloridos constituídos de uma base de cor pigmentada no corpo (vermelha, preta, amarela, camboja, alaranjada), e nadadeiras nessa mesma cor pigmentada – ou outra diferente –, e sobre a cor pigmentada do corpo, um manto iridescente fortemente opaco em uma cor iridescente. Podem, também, apresentar como base pigmentada um dos dois arranjos clássicos, a saber, o PINEAPPLE e o CHOCOLATE, e um manto iridescente fortemente opaco. De preferência, quanto menos infiltração iridescente houver nas nadadeiras, e mais contínua for a forte iridescência e opacidade do manto, tanto melhor será a qualidade do betta DRAGON. Esse manto poderá ser parcial (marcando somente parte do corpo que vai das peitorais até a base do pedúnculo caudal), ou total (incluindo a cabeça – com a presença de máscara total – o chamado full mask –, ou mesmo uma máscara parcial). Em quaisquer dos casos de arranjo DRAGON, as escamas devem se apresentar maiores e levemente convexas, e não chapadas (planas, ou flat) e menores como aquelas encontradas nos bettas NÃO DRAGON. - os BLACK ORCHID (BO) – são bettas multicoloridos que possuem o corpo negro com uma cor iridescente fortemente escura (esverdeada, azulada, ou azul aço), e as nadadeiras negras (translúcidas ou não) com infiltrações radiais que acompanham a mesma iridescência do corpo (ver pag. 29). - os BLACK COPPER (BC) – são bettas multicoloridos que possuem o corpo escuro, e sobre ele uma infiltração iridescente escura, acobreada (copper) – podendo ser, ou verde jade, ou dourada avermelhada, ou dourada amarelada –, e as nadadeiras apresentando uma cor de fundo escura, e sobre elas, umas infiltrações radiais acobreadas (no mesmo tom da iridescência presente no corpo). Ver pag. 29. - RED GOLD – são bettas cambojas avermelhados que exibem sobre o corpo do betta a presença de uma camada transparente sépia (dourada acobreada) – e uma leve opacidade –, e sobre as nadadeiras, uma infiltração acobreada radial (ver pag. 29). - os MÁRMORES – são bettas que possuem uma mutação que torna qualquer que seja o seu arranjo de cores completamente instável e mutável ao longo do tempo. EM QUALQUER EXPOSIÇÃO TÉCNICA SÉRIA, OS BETTAS APRESENTANDO MARMORIZAÇÃO DEVEM SER DESCARTADOS, POIS, COM ELES NUNCA SE PODERÁ TER ALGO CONSISTENTE, COM CONTINUIDADE, E NESSE CASO NÃO SE PODE FALAR EM UMA MATRIZ GENÉTICA. Somente os mencionei para constar como uma nota de cautela e preocupação a ser evitada. Assim sendo, do ponto de vista de arranjo de cores, teremos as CLASSES: - SÓLIDO; - BICOLOR, e - MULTICOLORIDO – e dentro dessa, as SUBCLASSES: - COMUM, e - aqueles apresentando um dos ARRANJOS CLÁSSICOS (ESPECIAIS): - PINEAPPLE; - CHOCOLATE; - SALAMANDER (SM); - MUSTARD GAS (MG); - DRAGON; - BLACK ORCHID (BO), - BLACK COPPER (BC), e - RED GOLD. Resumindo o que estruturamos até agora, teremos: GRUPO TIPO PK LF SUBCLASSES LÓBULOS ST DT BORDAS lisa CT CORPO normal gigante PEITORAIS normais grandes DISTRIBUIÇÃO DE CORES SÓLIDO BICOLOR MULTICOLORIDO QUADRO IV Vamos ver de que maneira os juízes deverão preencher o QUADRO IV, acima. Por exemplo, vamos supor que o betta 032, do criador 005, seja um LF, DT, CT, gigante e DUMBO (um tipo de betta com as pélvicas exacerbadas), com uma distribuição de cor pigmentada PINEAPPLE, e arranjo de cores DRAGON, já em processo de marmorização no manto iridescente (e, portanto, um multicolorido). Teríamos o seguinte preenchimento da planilha: 005/032 GRUPO TIPO DISTRIBUIÇÃO DE CORES SÓLIDO BICOLOR MULTICOLORIDO PK LF X SUBCLASSES LÓBULOS ST DT BORDAS lisa CT X X CORPO normal gigante X PEITORAIS normais grandes X X QUADRO V Aproveitando a evolução das definições das características até aqui mostradas, poderemos, em paralelo, ir também, definindo uma estrutura de planilha que os juízes deverão preencher (uma por juiz, e uma para cada exemplar exposto), de tal forma a auxiliar, tanto na apresentação dos traços observados no fenótipo, quanto aos valores atribuídos para cada um desses traços, sem nos esquecermos de que também deverá ser deixado claro ao criador – que receberá o conjunto de planilhas (uma de cada juiz, e referentes às avaliações dos juízes para cada betta seu) – as características que foram pontuadas em cada betta mostrando a qualidade estética da matriz com a qual está trabalhando. Obs.: mais adiante atribuiremos os valores referentes às pontuações (específicas para cada característica), de tal modo a se avaliar o betta para fins de premiações. Como fizemos menção ao temperamento (ativo, apático), e a uma anatomia saudável – dois pontos que poderão eliminar determinado exemplar da exposição –, tais itens (importantíssimos) também deverão constar da planilha, de tal modo, a justificar o motivo de tal ato extremo (desclassificação) – se for o caso. ANATOMIA TEMPERAMENTO GRUPO/SUBCLASSE TIPO DISTRIBUIÇÃO DE CORES SÓLIDO BICOLOR MULTICOLORIDO X TOTAL DIST. CORES SUBTOTAL GERAL TOTAL BETTA 005/32 COM PROBLEMAS (DESCLASSIFICADO) APÁTICO (DESCLASSIFICADO) sem cor com cor e indiferente GRUPO PK LF X LÓBULOS ST DT X BORDAS lisa CT QUADRO VI APROVADA X ATIVO (APROVADO) X muito ativo somente alerta X SUBCLASSE CORPO PEITORAIS normal gigante normais grandes X X No caso de o betta estar desclassificado, p.ex., devido a estar apático, no fundo da beteira, mas com cor, sem se abrir etc., deverá ser registrado tal fato na planilha dele, da forma abaixo, marcando com um “X” a opção “com cor e indiferente”: ANATOMIA TEMPERAMENTO GRUPO/SUBCLASSE TIPO DISTRIBUIÇÃO DE CORES SÓLIDO BICOLOR MULTICOLORIDO X TOTAL DIST. CORES SUBTOTAL GERAL TOTAL BETTA 005/32 COM PROBLEMAS (DESCLASSIFICADO) APÁTICO (DESCLASSIFICADO) X sem cor com cor e indiferente X GRUPO PK LF X LÓBULOS ST DT X BORDAS lisa CT APROVADA X ATIVO (APROVADO) muito ativo somente alerta SUBCLASSE MASSA CORPORAL PEITORAIS normal gigante normais grandes X X QUADRO VIA Conforme dissemos, a análise do exemplar já desclassificado deverá ser continuada (dentro do possível), da mesma forma que os demais bettas que foram aprovados nos itens “anatomia” e “temperamento”, até onde se possa analisar – p.ex., se o betta se mostrar totalmente fechado, sem qualquer possibilidade de os juízes verificarem qual a abertura caudal que o mesmo possui, se há infiltrações de cores ou não nas nadadeiras etc., é claro, que tais análises não poderão constar da planilha, já que não puderam ser observadas por pura impossibilidade. Nessa altura da explanação ainda não importa a regra utilizada para se graduar cada característica presente no betta, e sim, como cada planilha deverá ser preenchida pelos juízes (como dissemos, um conjunto delas – um de cada juiz – para cada betta exposto). Como pode perceber, até agora, nessa planilha não há a preocupação quanto às qualidades das distribuições das cores apresentadas no betta. Então começaremos a discutir a qualidade dessa distribuição de cor (ou das cores), quanto aos problemas de infiltrações – manchas, riscos, pontos etc. – (no corpo e nadadeiras), debruados e/ou iridescências indevidas, falhas na distribuição das cores etc. Então, vamos examinar cada grupamento de distribuições de cores: SÓLIDOS (aqueles apresentando uma única cor) Do ponto de vista de julgamento não importa a cor que o betta possua. O que deve ser observado é que: - somente pode existir uma única cor resultante no betta, mesmo que a cor do corpo seja em um tom, e a das nadadeiras seja em outro, p.ex., um amarelo com corpo escuro, e as nadadeiras num tom amarelo claro (ou vice-versa). - as nadadeiras peitorais, preferencialmente, devem se apresentar exibindo essa mesma cor. - os bettas que possuírem full mask (cabeça totalmente coberta, mas na mesma cor do restante do fenótipo) deverão ser mais bem pontuados do que aqueles com máscaras parciais nessa mesma cor, e esses, mais bem pontuados do que aqueles bettas sem máscaras (ou mesmo, com qualquer máscara, mas não exibindo a mesma cor do restante do fenótipo). - não podem existir infiltrações de cores diferentes no corpo e/ou nas nadadeiras (seja na forma de iridescência – no caso dos sólidos de cor pigmentada –, ou de cor pigmentada, seja na forma de uma rede escura, presença de riscos, pontos ou manchas), e principalmente, - nenhuma presença de marmorização. DO PONTO DE VISTA DA INTENSIDADE DAS CORES, EM NENHUM GRUPO (SÓLIDO, BICOLOR OU MULTICOLORIDO) DEVERÁ SER CONSIDERADO ESSE FATOR, POIS, HÁ BETTAS OPACOS, HÁ BETTAS BLOND (BEM CLAROS), E AINDA OUTROS BEM ESCUROS. Ou seja, se todos eles atenderem – no caso dos SÓLIDOS – aos quesitos acima, todos terão as mesmas qualidades quanto a esses aspectos (sejam opacos, blond ou escuros). Resumindo, temos as características que deverão ser observadas nos bettas SÓLIDOS: TONALIDADE DA COR NADADEIRAS PEITORAIS MÁSCARA NA COR DO CORPO INFILTRAÇÕES DE COR MARMORIZAÇÃO SÓLIDO (PONTOS A SEREM DESCONTADOS) ÚNICA MAIS DE UMA TONALIDADE 0 1 COLORIDAS SEM COLORAÇÃO COMO AS DEMAIS DIFERENTES 0/1 5 3 TOTAL PARCIAL SEM MÁSCARA OU COR DIFERENTE 0/2 3/5 6 NO CORPO NAS NADADEIRAS SEM INFILTRAÇÃO 1/5 1/5 0 NO CORPO NAS NADADEIRAS NÃO POSSUI 1/7 1/7 0 TOTAL QUADRO VII OS VALORES NUMÉRICOS MOSTRADOS SÃO OS PONTOS QUE PODERÃO SER DESCONTADOS DO TOTAL DE 150 PONTOS – QUE É VALOR INICIAL PARA QUALQUER BETTA A SER AVALIADO. BICOLOR Do ponto de vista de julgamento, não importa as cores que o betta possua. O que deve ser observado é: - deve existir uma única cor resultante no corpo do betta, e outra cor diferente nas nadadeiras. - as nadadeiras peitorais, preferencialmente, devem se apresentar exibindo a mesma cor das demais nadadeiras. - os bettas que possuírem full mask (cabeça totalmente coberta, mas na mesma cor do restante do corpo) deverão ser mais bem pontuados do que aqueles com máscaras parciais nessa mesma cor, e esses, mais bem pontuados do que aqueles bettas sem máscaras (ou mesmo com qualquer máscara, porém, não exibindo a mesma cor do corpo). - não podem existir infiltrações de cores diferentes no corpo e nas nadadeiras (seja na forma de iridescência – no caso dos BICOLORES de cor pigmentada –, seja na forma de uma rede escura, presença de riscos, pontos ou manchas) e principalmente, - nenhuma presença de marmorização. A mesma observação quanto à intensidade das cores feita para os bettas SÓLIDOS vale para os BICOLORES. Resumindo, visualizamos no quadro abaixo as características nos bettas BICOLORES: NADADEIRAS PEITORAIS MÁSCARA NA COR DO CORPO INFILTRAÇÕES DE COR MARMORIZAÇÃO BICOLOR (PONTOS A SEREM DESCONTADOS) COLORIDAS SEM COLORAÇÃO COMO AS DEMAIS DIFERENTES 0/1 5 3 TOTAL PARCIAL SEM MÁSCARA OU COR DIFERENTE 0/2 3/5 6 NO CORPO NAS NADADEIRAS SEM INFILTRAÇÃO 1/5 1/5 0 NO CORPO NAS NADADEIRAS NÃO POSSUI 1/7 1/7 0 TOTAL QUADRO VIII MULTICOLORIDOS Como vimos, sugerimos as seguintes grandes SUBCLASSES: - os COMUNS (AOC), sem qualquer arranjo clássico de cores, e - aqueles apresentando um dos arranjos clássicos: - PINEAPPLE; - CHOCOLATE; - SALAMANDER (SM); - MUSTARD GAS (MG); - DRAGON; - BLACK ORCHID (BO), - BLACK COPPER (BC), e - RED GOLD. Então, para se apresentar uma planilha complementar àquela mostrada no QUADRO VI – na pag. 7 –, onde constem (e englobe todos) os pontos mais importantes a serem observados em qualquer betta MULTICOLORIDO (e que seja de fácil de manuseio por parte dos juízes), vamos desenvolvê-la por partes. Resumindo, visualizamos no quadro abaixo as características que deverão ser observadas na análise dos bettas MULTICOLORIDOS: MÁSCARA MÁRMORE TOT: TOT: BUTTERFLY TOT: PEITORAIS INFILTRAÇÕES TOT: TOT: ARRANJO DE CORES DRAGON TOT: DEMAIS ARRANJOS DE CORES PINEAPPLE TOT: CHOCOLATE TOT: BLACK ORCHID (BO) TOT: MUSTARD GAS (MG) TOT: BLACK COPPER (BC) TOT: RED GOLD TOT: TOT: SALAMANDER (SM) MULTICOLORIDO (PONTOS A SEREM DESCONTADOS) TOTAL (FULL MASK) PARCIAL SEM MÁSCARA (NO MASK) 0/1 2/3 4 SEM MÁRMORE SÓ NO CORPO OU SÓ NAS NADADEIRAS EM AMBOS 0 1/3 4/7 COMPLETO PARCIAL SOMENTE UM DEBRUADO SEM BF COM 1 OU 2 FAIXAS COM 1 OU 2 FAIXAS COMPLETO PARCIAL 0/1 2/4 0/1 2/4 0 COLORIDAS SEM COR 0/3 4 SEM INFILTRAÇÃO SÓ NO CORPO SÓ NAS NADADEIRAS INERENTES À LINHAGEM 0 1/2 1/2 0/4 TAMANHO DAS ESCAMAS QUALIDADE DO MANTO IRIDESCENTE GRANDES NORMAIS CONTÍNUO FALHADO 0 1/4 0/1 2/4 ARRANJO DE CORES BEM DEFINIDO JÁ SE DESCARACTERIZANDO TOT BATON: TOT SM: TOTAL DO MULTICOLORIDO 0 1/4 SOMENTE PARA OS SALAMANDER COM BATOM SEM BATOM 0 1 QUADRO IX Obs.: 1 - No quesito “MÁSCARA”, se todos os MULTICOLORIDOS com padrão SALAMANDER clássico de distribuição de cores se apresentarem sem máscara em determinada exposição, não necessariamente perderão pontos, pois tal característica é inerente a esse arranjo de cores. Porém, se na exposição houver SALAMANDER apresentando qualquer tipo de máscara (parcial ou total), por uma questão de desempate técnico, deverá ser aplicada a relação de pontuação acima mostrada em todos os SALAMANDER presentes. 2 - No quesito “INFILTRAÇÕES”, subitem “INERENTES À LINHAGEM”, deverão ser enquadrados aqueles exemplares que, por sua própria característica de linhagem, devam apresentar as infiltrações nas cores exibidas, p.ex., os BLACK COPPER, os RED GOLD, os BLACK ORCHID, de tal modo que não percam tantos pontos (p.ex., perder ponto por infiltração no corpo e mais pontos por possuir infiltrações nas nadadeiras) exatamente por atenderem as exigências das próprias arrumações de cores desejadas das respectivas linhagens. No entanto a quantidade/qualidade dessas infiltrações deverá ser avaliada. P.ex., um BLACK COPPER não deverá possuir infiltrações avermelhadas, e, portanto, se as exibir, deverá ser avaliado (ainda dento do subitem “INERENTES À LINHAGEM”), podendo perder, desde alguns pontos (de 1 a 3), até todos os 4, devido a essa falha, a critério de cada juiz. Então temos três planilhas resultantes (mostradas nos ANEXOS I E II – pag. 14 e 15) com as quais cada juiz terá que preencher ao avaliar determinado betta. 3 - Foram separados os DRAGON e os SALAMANDER dos demais AOC, porque eles requerem detalhes obrigatórios adicionais quando comparados com os demais AOC (respectivamente, escamas maiores e convexas, e a coloração nos lábios – o “batom”). Como funcionaria o processo durante o julgamento: - planilha I – mostra de forma resumida os principais pontos do fenótipo do betta, e o enquadra em um dos GRUPOS (PK ou LF), em qual (ou quais) SUBCLASSE (ST, DT, CT, GIGANTE, BIG EAR), e se o betta é SÓLIDO, é BICOLOR, ou MULTICOLORIDO (e em que CLASSE dentro desse último SUBCLASSE). - planilha II – registra os pontos no caso de o betta ser SÓLIDO ou BICOLOR, e depois de somados os pontos, é lançado tal valor na planilha I, na coluna do GRUPO ao qual ele pertença (PK ou LF), e deverá ser feito um “X” na linha (SÓLIDO ou BICOLOR). Quanto à avaliação de todas as SUBCLASSES relativas aos formatos de nadadeiras e as características exóticas (GIGANTES e BIG EAR) – o QUADRO X, mostrado abaixo contêm todos os pontos que deverão ser observados e avaliados pelos juízes. EQUILIBRIO ESTÉTICO ENTRE CORPO E NADADEIRAS (EXCLUÍDOS OS BIG EAR E DUMBOS) SIM NÃO 0a4 5a9 PEDÚNCULO DORSAL CAUDAL LARGO (DT) MÉDIO ESTREITO LARGO ESTREITO 0a2 3a5 6a9 0a4 5a9 FORMATO DELTA DOBRAS NA SUPERFÍCIE SD HM OHM SIM (ROSE TAIL) NÃO (FLAT) 6a9 3a5 0a2 0a3 4a9 CAUDAL FORMATOS ANTIGOS VEIL TAIL (VT) ARREDONDADO 0a9 0a9 SUBTOTAL (GERAL) RELAÇÃO ENTRE PRESENÇA DE PANO: TAMANHO DE ESPIGÃO CROWN TAIL >1:1 (CT com espigões pequenos) 1:1 (CT equilibrado) < 1:1 (CT esfarrapado) (CT) 6a9 0a2 3a5 SUBTOTAL CT SIMETRIA ENTRE OS LÓBULOS CAUDAIS (DT) SIM (COMO UMA PROJEÇÃO DA OUTRA) NÃO 0a4 5a9 DOUBLE TAIL (DT) SIMETRIA ENTRE A DORSAL E A ANAL SIM NÃO 0a4 5a9 SUBTOTAL (DT) PEITORAIS EXACERBADAS MAIORES QUE 1/3 DO CORPO IGUAIS OU MENORES QUE 1/3 DO CORPO 0a1 2a9 SUBTOTAL (PEITORAIS EXACERBADAS) GIGANTES MASSA CORPORAL COMPRIMENTO FORMATOS EXÓTICOS >2 VEZES O > 3 VEZES O PK (ACIMA DE 6,5 CM) LF (ACIMA DE 10 CM) NORMAL NORMAL < 8 CM >8 CM <11 CM >11 CM 4a9 0a3 4a9 0a3 4a9 0a3 APARÊNCIA CORPORAL DO GIGANTE LEMBRA A DO BETTA COMUM SIM 0a1 NÃO 2a9 SUBTOTAL (GIGANTE) QUADRO X DEVERÃO SEMPRE EXISTIR, NO MÍNIMO, TRÊS JUÍZES, DE TAL MODO A SE EXCLUIR A MAIOR E A MENOR NOTA FINAL PARA CADA QUESITO DE CADA BETTA. NO CASO DE MAIOR NÚMERO DE JUÍZES (SEMPRE UM NÚMERO “N” ÍMPAR) AS (N-2) NOTAS RESTANTES DEVERÃO SER SOMADAS E DIVIDIDAS POR (N-2), INCLUSIVE, PARA CADA TRAÇO (SE HOUVER NECESSIDADE). A seguir, as planilhas adaptadas para serem utilizadas nas avaliações dos juízes. ANEXO I planilha I ANATOMIA COM PROBLEMAS (DESCLASSIFICADO) APÁTICO (DESCLASSIFICADO) sem cor com cor e indiferente TEMPERAMENTO GRUPO/SUBCLASSE GRUPO TIPO PK LF LÓBULOS ST DT SEM PROBLEMAS FÍSICOS ATIVO (APROVADO) muito ativo somente alerta SUBCLASSE MASSA CORPORAL PEITORAIS normal gigante normais grandes BORDAS lisa CT MULTI ARRANJO DE CORES SÓLIDO BICOLOR AOC COMUM AOC ESPECIAL DRAGON SALAMANDER SUBTOTAL DO ARRANJO DE COR SUBTOTAL GERAL (ANEXO II) TOTAL DE PONTOS A SEREM DESCONTADOS DO BETTA planilha II SÓLIDO/BICOLOR (PONTOS A SEREM DESCONTADOS DE 150 PONTOS INICIAIS) ÚNICA MAIS DE UMA TONALIDADE TONALIDADE TOT: 0 1 COLORIDAS SEM COR PEITORAIS COMO AS DEMAIS DIFERENTES TOT: 0/1 5 3 SÓLIDO BICOLOR TOTAL MÁSCARA TOT: PARCIAL 0/2 3/5 NO CORPO INFILTRAÇÃO TOT: 1/5 NO CORPO MÁRMORE TOT: 1/7 SUBTOTAL DO ARRANJO DE COR SÓLIDA SUBTOTAL DO ARRANJO BICOLOR SEM MÁSCARA OU COR DIFERENTE 6 NAS NADADEIRAS 1/5 NAS NADADEIRAS 1/7 NÃO POSSUI 0 NÃO POSSUI 0 planilha III MULTICOLORIDO (PONTOS A SEREM DESCONTADOS DE 150 PONTOS INICIAIS) TOTAL (FULL MASK) PARCIAL SEM MÁSCARA (NO MASK) MÁSCARA TOT: 0/1 2/3 4 SEM MÁRMORE SÓ NO CORPO OU SÓ NAS NADADEIRAS EM AMBOS MÁRMORE TOT: 0 1/3 4/7 COMPLETO PARCIAL SOMENTE UM DEBRUADO SEM BF BUTTERFLY COM 1 OU 2 FAIXAS COM 1 OU 2 FAIXAS COMPLETO PARCIAL TOT: 0/1 2/4 0/1 2/4 0 COLORIDAS SEM COR PEITORAIS TOT: 0/3 4 SEM INFILTRAÇÃO SÓ NO CORPO SÓ NAS NADADEIRAS INERENTES À LINHAGEM INFILTRAÇÕES TOT: 0 1/2 1/2 0/4 TAMANHO DAS ESCAMAS QUALIDADE DO MANTO IRIDESCENTE ARRANJO DE CORES GRANDES NORMAIS CONTÍNUO FALHADO DRAGON TOT: 0 1/4 0/1 2/4 DEMAIS ARRANJOS DE CORES ARRANJO DE CORES BEM DEFINIDO JÁ SE DESCARACTERIZANDO PINEAPPLE TOT: CHOCOLATE TOT: BLACK ORCHID (BO) TOT: MUSTARD GAS (MG) TOT: BLACK COPPER (BC) TOT: 0 1/4 RED GOLD TOT: TOT: SOMENTE PARA OS SALAMANDER SALAMANDER (SM) TOT BATON: COM BATOM SEM BATOM TOT SM: 0 1 TOTAL DO MULTICOLORIDO ANEXO II EQUILIBRIO ESTÉTICO ENTRE CORPO E NADADEIRAS (EXCLUÍDOS OS BIG EAR E DUMBOS) SIM NÃO 0a4 5a9 PEDÚNCULO DORSAL CAUDAL LARGO (DT) MÉDIO ESTREITO LARGO ESTREITO 0a2 3a5 6a9 0a4 5a9 FORMATO DELTA DOBRAS NA SUPERFÍCIE SD HM OHM SIM (ROSE TAIL) NÃO (FLAT) 6a9 3a5 0a2 0a3 4a9 CAUDAL FORMATOS ANTIGOS VEIL TAIL (VT) ARREDONDADO 0a9 0a9 SUBTOTAL (GERAL) RELAÇÃO ENTRE PRESENÇA DE PANO: TAMANHO DE ESPIGÃO CROWN TAIL >1:1 (CT com espigões pequenos) 1:1 (CT equilibrado) < 1:1 (CT esfarrapado) (CT) 6a9 0a2 3a5 SUBTOTAL CT SIMETRIA ENTRE OS LÓBULOS CAUDAIS (DT) SIM NÃO 0a4 5a9 DOUBLE TAIL (DT) SIMETRIA ENTRE A DORSAL E A ANAL SIM (COMO UMA PROJEÇÃO DA OUTRA) NÃO 0a4 5a9 SUBTOTAL (DT) PEITORAIS EXACERBADAS (BIG EARS E DUMBOS) MAIORES QUE 1/3 DO CORPO IGUAIS OU MENORES QUE 1/3 DO CORPO 0a1 2a9 SUBTOTAL (PEITORAIS EXACERBADAS) GIGANTES MASSA CORPORAL COMPRIMENTO FORMATOS EXÓTICOS < 2 VEZES O > 2 VEZES O PK (ACIMA DE 6,5 CM) LF (ACIMA DE 10 CM) NORMAL NORMAL < 8 CM >8 CM <11 CM >11 CM 4a9 0a3 4a9 0a3 4a9 0a3 APARÊNCIA CORPORAL DO GIGANTE LEMBRA A DO BETTA COMUM SIM 0a1 NÃO 2a9 SUBTOTAL (GIGANTE) 1 SUBTOTAL (GERAL) 2 SUBTOTAL (CT) 3 SUBTOTAL (DT) 4 SUBTOTAL (PEITORAIS EXACERBADAS) 5 SUBTOTAL (GIGANTE) Os subtotais acima (de 1 a 5) deverão ser transportados para as respectivas colunas na planilha I, do ANEXO I, bem como, os valores totais das planilhas II e III (do ANEXO I) deverão ser colocados nas respectivas colunas DT, CT, GIGANTE, e PEITORAIS GRANDES, e na linha “SUBTOTAL DO ARRANJO DE COR”. Caso o betta não se enquadre em quaisquer desses tipos especiais (p. ex., ST, BORDA LISA, massa corporal normal, peitorais normais), os valores do “SUBTOTAL (GERAL)” e do “SUBTOTAL DO ARRANJO DE COR”, na planilha I, do ANEXO I, deverão ser colocados nas respectivas linhas, e na coluna “GRUPO”. PREMIAÇÕES Como vimos, visualizamos dois GRUPOS: PK e LF, bem como, os SUBCLASSES: ST, DT, CT, GIGANTE, BIG EAR, e DUMBO. Portanto, teoricamente, teremos: - 1º 2º e 3º lugares para PK (independente de os mesmos serem ST, DT, CT, ou exóticos); - 1º 2º e 3º lugares para LF (independente de os mesmos serem ST, DT, CT, ou exóticos); - 1º 2º e 3º lugares para DT (independente de os mesmos serem PK, LF etc.); - 1º 2º e 3º lugares para ST (independente de os mesmos serem PK, LF etc.); - 1º 2º e 3º lugares para CT (independente de os mesmos serem PK ou LF etc.); - 1º 2º e 3º lugares para GIGANTE (independente de os mesmos serem PK, LF etc.), e - 1º 2º e 3º lugares para PEITORAIS (independente de os mesmos serem PK, LF etc.). Como não podemos nos esquecer das fêmeas, vamos criar as mesmas premiações para elas: - 1º 2º e 3º lugares para PK (independente de as mesmas serem ST, DT, CT, ou exóticas); - 1º 2º e 3º lugares para LF (independente de as mesmas serem ST, DT, CT, ou exóticas); - 1º 2º e 3º lugares para DT (independente de as mesmas serem PK, LF etc.); - 1º 2º e 3º lugares para ST (independente de as mesmas serem PK, LF etc.); - 1º 2º e 3º lugares para CT (independente de as mesmas serem PK, LF etc.); - 1º 2º e 3º lugares para GIGANTE (independente de as mesmas serem PK, LF etc.); - 1º 2º e 3º lugares para PEITORAIS (independente de os mesmos serem PK, LF etc.). Repare que até aqui somente se classificou os bettas pelos formatos, e nenhuma palavra sobre as distribuições de cores. Portanto, deve-se criar as CLASSES: para SÓLIDO, para BICOLOR, e para MULTICOLORIDO, essa última podendo-se cria as SUBCLASSES DRAGON, SALAMANDER e AOC. Assim, devem-se ter também as premiações (tanto para os machos, quanto para as fêmeas): - 1º 2º e 3º lugares para SÓLIDO (com qualquer formato); - 1º 2º e 3º lugares para BICOLOR (com qualquer formato); - 1º 2º e 3º lugares para DRAGON (com qualquer formato); - 1º 2º e 3º lugares para SALAMANDER (com qualquer formato); - 1º 2º e 3º lugares para demais MULTICOLORIDOS – AOC. Na SUBCLASSE dos MULTICOLORIDOS “AOC” concorreriam todos os demais MULTICOLORIDOS que não se encaixarem em quaisquer das outras quatro SUBCLASSES acima, p.ex., os MÁRMORES, todos os tipos de BF – entre eles, os BLACK DEVIL, THAI FLAG etc. –, os ORANGE DALMATIAN, os PURPLE, os LAVANDER, os BLACK COPPER, os BLACK ORCHID, os PINEAPPLE, os CHOCOLATE, os MUSTARD GAS, os RED GOLD etc. Porém, não podemos nos esquecer de que em uma exposição especializada – portanto, voltada à qualidade genética das matrizes expostas, em termos de linhagens fixadas (ou em trabalho sério de fixação) –, muito bettas dessa SUBCLASSE ( a dos MULTICOLORIDOS – AOC) se mostrarão – em sua esmagadora maioria – sem qualquer possibilidade de uma continuidade em termos de novos aparecimentos em cruzamentos sucessivos e direcionados, como também, poderemos observar exemplares bastante fixados, como os RED GOLD, os BLACK COPPER, BLACK ORCHID, MUSTARD GAS etc. Esses últimos poderiam ser agrupados dentro da SUBCLASSE MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS. Então, teríamos os MULTICOLORIDOS divididos em: - MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS, e - MULTICOLORIDOS AOC COMUNS. Nesse SUBCLASSE de MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS, teríamos as linhagens já estabilizadas e trabalhadas – daí, mais uma vez, a necessidade de se definir quais seriam essas linhagens. Assim sendo, esse trabalho sempre continuará em aberto, pois, podemos antever que, com o tempo, novas linhagens surgirão, e à medida que forem se confirmando estabilizadas, se solidificando e se popularizando entre os criadores, elas deverão migrar da SUBCLASSE dos MULTICOLORIDOS AOC COMUNS, para a dos MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS. Mas, mesmo que tenha sido consensada a migração de determinada linhagem da SUBCLASSE dos MULTICOLORIDOS AOC COMUNS, para a dos MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS, porém, já tendo sido iniciada determinada temporada de exposições, tal decisão somente será disponibilizada na temporada seguinte, ou seja, o processo iniciado continuará da mesma forma que se iniciou, até o final daquela temporada de exposições. Depois de tudo o que foi discutido, ainda teremos o absurdo número de 78 prêmios para todas as CLASSES (incluídos aqueles para os machos, e aqueles para as fêmeas), bem como as três premiações para o BEST IN SHOW (1º 2º e 3º lugares – incluídos aqueles para os machos, e aqueles para as fêmeas), totalizando 84 PREMIAÇÕES. Senão, vejamos: FORMATO: 7 CLASSES 1 - PK; 2 - LF; 3 - DT; 4 - ST; 5 - CT; 6 - PEITORAIS; 7 - GIGANTE. ARRANJO DE CORES: 6 CLASSES 8 - SÓLIDO; 9 - BICOLOR; - MULTICOLORIDO 10 - DRAGON; 11 - SALAMANDER; 12 - DEMAIS AOC ESPECIAIS - PINEAPPLE; - CHOCOLATE; - MUSTARD GAS; - BLACK ORCHID; - BLACK COPPER; - RED GOLD; 13 - AOC COMUM (demais BF, demais AOC – inclusive os MÁRMORES). Mas, qual critério para se computar os pontos para cada premiação específica? Por exemplo, o que será melhor: um PK CT ou um PK comum? NO PRÊMIO MELHOR PK AMBOS CONCORRERÃO IGUALMENTE, POIS, SOMENTE SERÃO LEVADOS EM CONTA OS ITENS RELACIONADOS AO FORMATO PK, INDEPENDENTE DOS DEMAIS TRAÇOS (ou seja, não é levada em conta a cor, os formatos especiais, os formatos de borda etc.), porém, na premiação MELHOR CT, nesse exemplo, somente o segundo poderá disputar. Dessa forma, resumo no quadro a seguir, onde os pontos a serem descontados deverão ser pegos e somados (se for o caso) para o cálculo final que apontará os melhores exemplares para cada premiação (marcados com um “X”): MULTI BICOLOR SÓLIDO GIGANTE PEITORAIS NORMAIS PEITORAL TAMANHO NORMAL X X X X X X X MULTI PK LF ST DT CT PEITORAL GIGANTE SÓLIDO BICOLOR DRAGON SALAMANDER AOC COMUM AOC ESPECIAL BORDA LISA CT ST DT PRÊMIOS ONDE APANHAR OS PONTOS A SEREM DESCONTADOS PARA CADA PREMIAÇÃO ANEXO II ANEXO I SUBTOTAL GERAL X Portanto, se tivermos p.ex., um PK CT DT, este concorrerá separadamente para cada uma dessas três premiações (e até ao BEST IN SHOW), respectivamente, nas CLASSES: MELHOR PK, MELHOR CT, e MELHOR DT, podendo, esse mesmo betta, ser premiado em uma delas, ou em duas, ou nas três (e, claro, também, no BEST IN SHOW). Nesse caso, teríamos que considerar os totais de pontos descontados dentro de cada CLASSE/SUBCLASSE especificamente: 1 – para o MELHOR PK: somente os pontos descontados no subitem “SUBTOTAL GERAL”. 2 – para o MELHOR CT: SUBTOTAL GERAL + SUBTOTAL CT 3 – para o MELHOR DT: SUBTOTAL GERAL + SUBTOTAL DT Vamos a um exemplo prático: temos dois SALAMANDER LF, sendo um CT GIGANTE BIG EAR, e o outro um DT BIG EAR. Abaixo as avaliações de cada um deles para todos os demais traços através das planilhas dos ANEXOS I E II. Para melhor visualização, vamos trabalhar com a última planilha adaptada ao nosso exemplo: BETTA 1: SALAMANDER LF CT GIGANTE BIG EAR (através dos ANEXOS I e II – pag. 14 e 15) LF ST DT CT PEITORAL GIGANTE SALAMANDER 8 MULTI BICOLOR SÓLIDO PEITORAIS NORMAIS GIGANTE TAMANHO NORMAL PEITORAL BORDA LISA CT ST DT PRÊMIOS ONDE APANHAR OS PONTOS A SEREM DESCONTADOS PARA CADA PREMIAÇÃO ANEXO II ANEXO I SUBTOTAL GERAL 4 3 2 0 SALAMANDER: ÓTIMO (NÃO PERDEU NENHUM PONTO) LF: ÓTIMO (SÓ PERDEU 8 EM 26 PONTOS) CT: FRACO (PERDEU TODOS OS 4 PONTOS POSSÍVEIS NA AVALIAÇÃO DO TRAÇO) PEITORAL: ÓTIMO (SÓ PERDEU OS 2 PONTOS MÍNIMOS – A MAIS FORTE AVALIAÇÃO) GIGANTE: BOM (PERDEU 2 EM 8 PONTOS) BETTA 2: SALAMANDER LF DT BIG EAR (através dos ANEXOS I e II – pag. 14 e 15) LF ST DT CT PEITORAL GIGANTE SALAMANDER MULTI BICOLOR SÓLIDO PEITORAIS NORMAIS GIGANTE TAMANHO NORMAL PEITORAL BORDA LISA CT ST DT PRÊMIOS ONDE APANHAR OS PONTOS A SEREM DESCONTADOS PARA CADA PREMIAÇÃO ANEXO II ANEXO I SUBTOTAL GERAL 3 8 4 1 SALAMANDER: BOM (SÓ PERDEU UM PONTO) LF: ÓTIMO (SÓ PERDEU 8 EM 26 PONTOS) DT: BOM (PERDEU 3 EM 10 PONTOS) BIG EAR: FRACO (PERDEU TODOS OS 4 PONTOS POSSÍVEIS NA AVALIAÇÃO DO TRAÇO) Supondo que somente existam esses dois bettas na exposição, teríamos as premiações: LF – sem definição por enquanto, pois, ambos perderam 8 pontos cada. CT - BETTA 1 DT - BETTA 2 GIGANTE - BETTA 1 BIG EAR - BETTA 1 SALAMANDER - BETTA1. Mas, quem venceu na CATEGORIA LF? Pelos resultados práticos anteriormente mostrados, vamos estabelecer uma regra de desempate para definirmos quem levará determinado prêmio. NO CASO DE DESEMPATE NA PONTUAÇÃO DE DETERMINADO TRAÇO, O BETTA QUE POSSUIR MENOR PERDA DE PONTOS NO SOMATÓRIO TOTAL DOS TRAÇOS SERÁ O QUE LEVARÁ A PREMIAÇÃO. Vamos pesquisar os itens desses dois bettas: Nesse exemplo, ambos os bettas possuem em comum os traços SALAMANDER, LF e BIG EAR, cujos somatórios individuais dão, respectivamente: BETTA 1 = 17 pontos BETTA 2 = 16 pontos Então, quem venceu na CATEGORIA LF foi o BETTA 2 (que perdeu menos pontos). Classificação final: LF – BETTA 2 CT - BETTA 1 DT - BETTA 2 GIGANTE - BETTA 1 BIG EAR - BETTA 1 SALAMANDER – BETTA 1 E para o BEST IN SHOW? Somente concorrerão aqueles bettas (tanto os machos, quanto as fêmeas), que tiverem as maiores avaliações dos juízes, no conjunto: - BEST IN SHOW, - 2º lugar da exposição e - 3º lugar da exposição Então, para o BEST IN SHOW, vamos pesquisar as perdas totais de cada betta: BETTA 1 = 17 pontos BETTA 2 = 16 pontos Então, a classificação final será: LF – BETTA 2 CT - BETTA 1 DT - BETTA 2 GIGANTE - BETTA 1 BIG EAR - BETTA 1 SALAMANDER – BETTA 1 BEST IN SHOW: BETTA 2 2º lugar DA EXPOSIÇÃO – BETTA 1 Repare que o BETTA 2 (que levou os prêmios de MELHOR LF e de MELHOR DT) levou o BEST IN SHOW, embora o BETTA 1 tenha sido mais premiado (levou quatro prêmios), simplesmente, porque apresentou menos perda de pontos no total (BETTA 1, 17 pontos, e BETTA 2, 16 pontos). OU SEJA, UM BETTA PODERÁ LEVAR UM GRANDE NÚMERO DE PREMIAÇÕES INDIVIDUAIS, PORÉM, O QUE VALERÁ PARA CONCORRER AO BEST IN SHOW SERÁ A SUA PONTUAÇÃO TOTAL. Outro detalhe importante que deverá ser levado em conta é a quantidade de exemplares concorrentes que disputam cada premiação. Então, a organização de exposição deverá entregar a cada juiz uma planilha (mostarda abaixo), preenchida: Nº TOTAL DE PARTICIPANTES NA EXPOSIÇÃO LF ST DT CT GIGANTE PK SÓLIDO BICOLOR PEITORAL MULTICOLORIDO TOTAL DE BETTAS INSCRITOS: Mas por que tal preocupação? Por uma questão de mérito. Vamos a um exemplo. Em determinada exposição há 40 PK, 10 LF, 5 SÓLIDOS, 3 MULTICOLORIDOS SALAMANDER, e 42 MULTICOLORIDOS AOC. Supondo-se que se tivesse p.ex., um ranking nacional de exposições de bettas, e que um betta tenha que acumular pontos ao longo de uma determinada temporada envolvendo várias exposições nacionais ao longo do país, seria justo – tomando-se como exemplo, somente esta exposição fictícia – que a quantidade de pontos obtida pelo MELHOR PK fosse igual ao do MELHOR LF, do MELHOR SÓLIDO etc., etc.? Nesse caso, o melhor PK teve que ganhar de 39 concorrentes, enquanto que o melhor LF somente teve que disputar com somente outros 9. Cada MULTICOLORIDO AOC concorrerá com outros 41, enquanto que cada SALAMANDER concorrerá com outros 2, e cada SÓLIDO concorrerá com outros 4. Em uma pontuação que leve em conta esse grau de dificuldade (e, portanto, refletindo pesos diferentes no acúmulo de pontos finais) deverá existir um mecanismo que deixe transparecer isso, ou seja, algo proporcional às quantidades de concorrentes por categoria, de tal modo a refletir esse valor de mérito no resultado final. Se, p.ex., a primeira colocação premia com 10 pontos o vencedor, 5 pontos e 3 pontos, respectivamente, os 2º e 3º lugares, para um acumulado na disputa do ranking de determinada temporada, levando-se em conta a proporcionalidade entre os concorrentes em cada categoria (no nosso exemplo, PK, LF, SÓLIDO, SALAMANDER e AOC), teríamos, respectivamente, as seguintes pontuações obtidas nessa exposição, e que deverão ser levadas em conta para o acumulado final por categoria: 1º LUGAR 2º LUGAR 3º LUGAR (10) (5) (3) PK (40) 400 200 120 LF (10) 100 50 30 SÓLIDO (5) 50 25 15 SALAMANDER (5) 50 25 15 AOC (42) 420 210 126 Mas, a planilha anterior deixa transparecer, também, um complicador: observe a quantidade de pontos que os MULTICOLORIDOS AOC obtiveram na exposição hipotética desse exemplo. Como em uma exposição o que mais se tem são bettas MULTICOLORIDOS, vemos que esses acumulariam mais pontos do que as demais CLASSES – em princípio, mais apuradas e com maior grau de dificuldade em se obter, e (mais ainda) em se manter –, o que seria, de certo modo, um incentivo a se diminuir a qualidade dos trabalhos genéticos apresentados por aqueles criadores que não têm como prioridade a preocupação com a qualidade genética do peixe, e sim, com a obtenção de medalhas e títulos. Como contornar esse problema? Vamos rever as categorias teóricas que poderiam ser criadas: 1- PK; 2 - LF; 3 - DT; 4 - ST; 5 - CT; 6 - GIGANTE; 7 - PEITORAL; 8 - SÓLIDO; 9 - BICOLOR; - MULTICOLORIDOS 10 - DRAGON; 11 - SALAMANDER, 12 – AOC ESPECIAIS, e 13 – AOC COMUNS Fica claro que se não aplicássemos aos MULTICOLORIDOS AOC COMUNS o tratamento de se relacionar proporcionalmente os pontos obtidos com a quantidade de exemplares existentes na exposição, poderíamos contornar essa inconsistência, aplicando-se esse tratamento somente aos MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS. Assim sendo, deverá haver um conhecimento técnico por parte da comissão da exposição, e principalmente, por parte dos juízes que deverão, antes de cada julgamento, olhar os exemplares, e conferir quais desses MULTICOLORIDOS AOC devem ser enquadrados nessa SUBCLASSE MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS. Conforme explanado anteriormente, quando se pensar na criação futura de um ranking de pontuação – seja, regional, estadual, ou nacional –, tal definição deverá estar explicitada e consensada entre todos os criadores, e organizadores de exposições especializadas que se candidatem a fazer parte desse processo. Essa definição de “quem é o quê” deverá ser feita somente entre aqueles que tenham conhecimento técnico (e vivência suficiente na criação/seleção e manejo de bettas) suficiente para produzir algo com consistência – para definir quais MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS deverão ter o mesmo tratamento das demais categorias acima definidas, e para quais AOC não se deverá aplicar a regra da “proporcionalidade ao número de concorrentes presentes” na exposição (ou seja, não terão um tratamento diferenciado – os MULTICOLORIDOS AOC COMUNS). Em outras palavras: DEVERÁ HAVER OU UMA REGRA MAIS ABRANGENTE DEFININDO PARA TODAS AS EXPOSIÇÕES ESPECIALIZADAS, QUAIS SERIAM ESSAS LINHAGENS DE MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS. Nessa SUBCLASSE de MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS, teríamos as linhagens já estabilizadas e trabalhadas – daí, mais uma vez, a necessidade de se definir quais seriam essas linhagens. Logo deveremos ampliar a planilha anteriormente mostrada: Nº TOTAL DE PARTICIPANTES NA EXPOSIÇÃO ST DT CT GIGANTE PK LF SÓLIDO BICOLOR DRAGON SM MULTICOLORIDO AOC ESPECIAL PEITORAL AOC COMUM TOTAL DE BETTAS INSCRITOS: E não podemos nos esquecer de que, com a definição do que seja um MULTICOLORIDO AOC ESPECIAL, e um MULTICOLORIDO AOC COMUM, os juízes deverão utilizar, no item INFILTRAÇÃO, respectivamente, o subitem: “INERENTES À LINHAGEM”, e/ ou os demais subitens separadamente (infiltrações NO CORPO, e infiltrações NAS NADADEIRAS) – na planilha III do ANEXO I. Então, a próxima etapa deste trabalho será apresentar exemplares dos fenótipos de cada MULTICOLORIDO AOC ESPECIAL mencionados nesse trabalho. FENÓTIPOS DOS MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS DRAGON Como dissemos anteriormente, o arranjo de cores intitulado DRAGON é constituído de três fatores principais: - uma base de cor pigmentada no corpo (vermelha, preta, amarela, camboja, alaranjada), - sobre essa cor pigmentada do corpo, um manto iridescente fortemente opaco em uma cor iridescente, e por último, - as escamas preferencialmente devem se apresentar maiores e levemente convexas, e não chapadas (planas, flat) e menores como aquelas encontradas nos bettas NÃO DRAGON. Quanto maiores (e convexas) forem essas escamas, mais acentuada será a sensação de peso no manto iridescente, e melhor deverá ser avaliado o betta. Observe as fotos desse BLACK DRAGON. Fig.1 – BLACK DRAGON Compare o betta abaixo com esse exemplar acima – no que diz respeito à qualidade do arranjo DRAGON: Fig.2 – BLACK DRAGON Embora o exemplar da Fig.1 seja um LONG FIN (LF – caudais longas), e o exemplar da Fig.2 seja um PLAKAT (PK – caudais curtas), essas características não influenciam na definição de qual dos dois seria o portador de um melhor arranjo DRAGON. No entanto, observamos que na Fig. 1 há uma melhor definição no arranjo de cores (se mostra mais nítido, mais limpo, mais bem marcado), há menos infiltração de cores nas nadadeiras, e há uma melhor cobertura da cabeça (full mask), do que naquele mostrado na Fig.2. Quanto à qualidade do brilho, o DRAGON da Fig. 1 tem um forte manto opaco somente cobrindo o corpo, enquanto que no DRAGON da Fig.2 essa opacidade invade (“vaza”, se espalha) totalmente o betta, de certo modo embaçando a arrumação das cores, devido a esse espalhamento da opacidade. Quanto à arrumação e distribuição das infiltrações de cores nas nadadeiras, é notória a melhor qualidade do arranjo DRAGON da Fig.1. Mas, qual seria o arranjo DRAGON ideal? Como uma projeção tentando evoluir em direção a um modelo ideal – algo subjetivo e, portanto, discutível –, podemos imaginar que um arranjo “ideal” de BLACK DRAGON apresentaria as nadadeiras totalmente negras e encorpadas (ou seja, sem qualquer transparência, ou mesmo, translucidez), e um forte manto iridescente cobrindo totalmente o corpo do betta (incluídas a cabeça, opérculos, cara e boca) – dando a sensação de o mesmo ser BICOLOR –, que, no caso dos BLACK DRAGON, apresentaria corpo prateado (Fig.1), e nadadeiras limpas e negras. Porém, poderíamos pensar nos BLACK DRAGON conforme mostrado na Fig.1 – seja PK ou LF –, apresentando infiltrações radiais (bem limpas, bem desenhadas e definidas), e sempre na mesma cor da iridescência do manto. Logo, na avaliação de qualquer arranjo DRAGON (para quaisquer cores de manto, de corpo e nadadeiras) – seja ele se comportando como um “BICOLOR”, ou com as infiltrações radiais bem definidas e limpas (sempre acompanhando a cor do manto) –, se encontrássemos os dois “padrões” de DRAGON em uma exposição, ambas poderiam ter a mesma qualificação, isto é, sem qualquer perda de ponto quanto ao fator “INFILTRAÇÃO”, seja no caso de o DRAGON se apresentar como um “BICOLOR” – sem qualquer infiltração nas nadadeiras –, ou com as infiltrações nas nadadeiras bem marcadas na mesma cor do manto (conforme mostrado na Fig.1). Então, na utilização da planilha III do ANEXO I – pag. 14 – na avaliação do item “INFILTRAÇÃO”, teremos: - no primeiro caso (sem quaisquer infiltrações nas nadadeiras – o “BICOLOR”), deverá ser utilizada a opção “SEM INFILTRAÇÃO” – portanto, quanto a esse fator, não perderá nenhum ponto; - no segundo caso (com as infiltrações radiais bem definidas e limpas, e sempre acompanhando a cor do manto), deverá ser utilizada a opção “(infiltrações) INERENTES À LINHAGEM” – portanto, podendo até não perder ponto nenhum – dependendo da qualidade dessas infiltrações –, da mesma forma que aquele que não possua qualquer infiltração nas nadadeiras. Mas repare que, se for considerado como “padrão ideal” os DRAGON sem infiltração nas nadadeiras – tipo o “BICOLOR” –, todos os DRAGON que apresentarem as infiltrações radiais deverão perder pontos (dentro do item INFILTRAÇÕES) utilizando-se as opções (infiltrações) NO CORPO, e (infiltrações) NAS NADADEIRAS. Ou seja, não deverá ser utilizada a opção “(infiltrações) INERENTES À LINHAGEM”. O que foi dito aqui para o caso dos BLACK DRAGON vale para qualquer outro arranjo de cores dentro da CLASSE DRAGON (sejam os RED DRAGON, YELLOW DRAGON, BLUE DRAGON, ORANGE DRAGON etc.). Outros exemplos de arranjos DRAGON: Como uma última observação quanto a se analisar as infiltrações nos DRAGON, repare que o BLACK DRAGON (ao alto, e à esquerda) possui infiltrações avermelhadas acobreadas nas nadadeiras (respectivamente, na dorsal, na caudal, e na anal), e, portanto, mesmo que tenha sido escolhido como “padrão ideal de DRAGON”, aqueles com infiltração, no caso desse macho, ele deverá perder pontos - no quesito INFILTRAÇÃO – utilizando-se a as opções (infiltrações) NO CORPO, e (infiltrações) NAS NADADEIRAS, haja vista que essas infiltrações avermelhadas acobreadas não devem ocorrer nos BLACK DRAGON. Ou seja, quanto às infiltrações inerentes ao padrão DRAGON – as prateadas, vamos assim dizer –, ele não perderá ponto algum, porém, perderá pontos quanto à outras infiltrações. Como dito anteriormente, essa regra de “infiltrações de cores estranhas” vale para todos os tipos de DRAGON. SALAMANDER Como dissemos anteriormente, o arranjo de cores intitulado SALAMANDER apresenta: - uma cor no corpo (pigmentada ou iridescente); - todas as nadadeiras – incluindo as peitorais – também coloridas (podendo ser essa cor das nadadeiras igual à do corpo, ou diferente); - sem máscara (o tipo clássico), mas alguns mais recentes podem apresentar algum tipo de máscara (parcial ou total); - obrigatoriamente um BF (seja na forma de um debruado – geralmente, branco ou branco azulado – em todas as nadadeiras, incluindo as peitorais, mas poderá ser de uma cor diferente), ou mesmo, com faixas mais largas; - um batom geralmente branco (ou branco azulado), mas poderá ser de uma cor diferente, mas sempre igual àquela do BF (isso para os melhores exemplares). No caso de a cor do corpo ser pigmentada, poderemos ter uma infiltração no corpo na forma de um “pó” espalhado azul aço (steel blue) e/ou esbranquiçado. No caso de a cor do corpo ser iridescente (ou pigmentada misturada homogeneamente com uma iridescente – p.ex., a cor vermelha com a cor azul, originando a cor lavanda) –, só poderemos ter uma infiltração no corpo na forma de um “pó” esbranquiçado. Abaixo mostramos alguns exemplares desse arranjo de cores: MUSTARD GAS Como dissemos anteriormente, o arranjo de cores intitulado MUSTARD GAS são bettas multicoloridos com uma iridescência no corpo, azul Royal escuro (ou mesmo, um azul aço escuro), e nadadeiras amareladas (ou amareladas esverdeadas), e sempre exibindo um BF azul escuro (na forma de um debruado, ou mesmo, com faixas largas). Abaixo podemos ver algumas fotos de bettas MUSTARD GAS, porém, as três primeiras se mostram mais homogêneas entre si, em termos de distribuição de cores, do que com as duas últimas (o CT, e a foto subsequente). Porém o CT ainda mostra a marcação característica dos MG, pois, nas bordas dos panos das nadadeiras antes dos espigões, ainda exibem um leve debruado azulado. Mas, tanto o CT, quanto o betta da última foto (que mostra um “MG” com um BF escuro), já não apresentam as infiltrações azuladas em todas as nadadeiras (respectivamente, no CT, as pélvicas, e na última foto, a anal e as pélvicas), o que, certamente, causará perdas de pontos. Ou seja, na planilha III (pag. 14) – para esses dois bettas – poderão ser descontados pontos no item “DEMAIS ARRANJOS DE CORES”, subitem “JÁ SE DESCARACTERIZANDO” (de 1 a 4 pontos). PINEAPPLE São bettas não vermelhos apresentando o corpo na cor esverdeada acinzentada (lembrando a cor da casca do abacaxi, daí a sua designação em inglês), e as nadadeiras amareladas, ou verdes amareladas. Apresentam, também, um debruado preto em volta das escamas – lembrando uma rede. CHOCOLATE São bettas não vermelhos apresentando o corpo na cor amarronzada (ou na cor de café com leite), e as nadadeiras amareladas, ou verdes amareladas. Podem apresentar, também, o mesmo tipo de debruado escuro dos PINEAPPLES, em volta das escamas parecendo ter uma rede preta sobre o corpo. Repare que, tanto os PINEAPPLES, quanto os CHOCOLATES poderiam ser enquadrados, respectivamente, nas CLASSES BICOLOR E SÓLIDO, desde que apresentassem as nadadeiras totalmente amareladas (e não verde amareladas – e, nesse caso, os CHOCOLATES seriam enquadrados, também, na CLASSE BICOLOR). Como não se deve ter uma mesma linhagem disputando, ora na CLASSE SÓLIDO, ora na CLASSE BICOLOR – respectivamente, se as nadadeiras se mostrarem totalmente amareladas, ou verde amareladas –, é mais prudente (e sensato) manter sempre tais linhagens disputando, dentro da CLASSE – MULTICOLORIDO AOC ESPECIAIS. BLACK ORCHID São bettas multicoloridos que possuem o corpo negro, e sobre ele uma infiltração iridescente fortemente escura (esverdeada – ou turquesa –, azulada, ou azul aço), e as nadadeiras negras (translúcidas ou não) com infiltrações radiais que acompanham a mesma iridescência do corpo. Não devem possuir qualquer infiltração pigmentada (seja ela, avermelhada, amarelada, ou alaranjada), e se a possuir – além daquela iridescente, que é inerente ao arranjo BLACK ORCHID –, deverá perder ponto através do item “INFILTRAÇÃO (NO CORPO, e/ou NAS NADADEIRAS”). É claro que a qualidade da infiltração iridescente deverá ser discutida dentro da opção do item “INFILTRAÇÃO INERENTE À LINHAGEM”. Examinando a primeira e a última foto abaixo, existe uma leve infiltração avermelhada nas bases dos pedúnculos anais desses dois bettas, o que demandaria perda de pontos, caso esses bettas mostrados estivessem disputando entre si (no quesito INFILTRAÇÃO). No último betta, também, há um excesso de iridescência cobrindo quase que totalmente o corpo, o que descaracterizaria, em parte, o arranjo BLACK ORCHID, o que demandaria perda de pontos no item DEMAIS ARRANJOS DE CORES, subitem JÁ SE DESCARACTERIZANDO (de 1 a 4 pontos). BLACK COPPER São bettas multicoloridos que possuem no corpo um acobreado escuro (COPPER) – podendo ser esse acobreado, ou verde jade, ou dourado avermelhado–, e as nadadeiras apresentando uma cor de fundo radial escura, e sobre elas, umas infiltrações radiais no mesmo tom acobreado da iridescência presente no corpo. Não devem possuir qualquer infiltração pigmentada diferente da negra, e se a possuir – além do preto, e da iridescente COPPER, que são inerente ao arranjo BLACK COPPER –, deverão perder ponto através do item “INFILTRAÇÃO (NO CORPO, e/ou NAS NADADEIRAS)”. Não devem exibir qualquer tipo de BF. Observação: Há uma classe de bettas acobreados chamados PURPLES, que apresentam sobre essa marcação BLACK COPPER um manto violáceo, e, portanto, deve-se ter o cuidado de identifica-los, e julgá-los fora da classe dos AOC ESPECIAIS (ou seja, dentro da CLASSE MULTICOLORIDO AOC COMUNS), pois, se forem enquadrados junto aos BLACK COPPER, perderão muitos pontos devido à presença dessa forte película violácea. Compare os BLACK COPPER (anteriormente mostrados) com os COPPER (mostrados abaixo): As infiltrações negras nas nadadeiras dos BLACK COPPER – bem como, o copper bastante escuro – fazem a maior diferença entre esses, e os COPPER. Os COPPER comuns não apresentam a forte infiltração negra. RED GOLD São bettas cambojas avermelhados que exibem sobre o corpo do betta a presença de uma camada transparente sépia (dourada acobreada), com uma forte opacidade sobre o corpo e uma leve opacidade sobre as nadadeiras, bem como, uma infiltração acobreada radial. Não devem exibir BF. Aqui cabem as mesmas observações feitas para os BLACK DRAGON, no que diz respeito a um “padrão ideal”: O que seria melhor: um RG com o corpo conforme os mostrados nas figuras abaixo, porém, com as nadadeiras sem qualquer infiltração, ou aqueles com as infiltrações radiais? Porém, podemos notar algumas falhas nos dois RG: a infiltração radial nesse betta da esquerda não acontece nas pélvicas com o mesmo peso que nas demais nadadeiras, e ainda podemos perceber uma leve sobrecarga esbranquiçada – formando um leve debruado opaco nas bordas da caudal e da anal –, e no RG da direita pode-se perceber que a camada iridescente sépia (dourada acobreada) e opaca, se mostra bastante fraca, diluída. Com relação ainda a esse betta RG da direita, como a cabeça se apresenta sem máscara (ou seja, sem a presença dessa camada iridescente idêntica à do corpo do betta), tem-se a sensação de que o manto sépia se apresenta com falha. Visto isto, vamos abordar os detalhes referentes ao ANEXO II – apresentado na pag. 15 –, e aqui reproduzido pra facilitar a visualização. EQUILIBRIO ESTÉTICO ENTRE CORPO E NADADEIRAS (EXCLUÍDOS OS BIG EAR E DUMBOS) SIM NÃO 0a4 5a9 PEDÚNCULO DORSAL CAUDAL LARGO (DT) MÉDIO ESTREITO LARGO ESTREITO 0a2 3a5 6a9 0a4 5a9 FORMATO DELTA DOBRAS NA SUPERFÍCIE SD HM OHM SIM (ROSE TAIL) NÃO (FLAT) 6a9 3a5 0a2 0a3 4a9 CAUDAL FORMATOS ANTIGOS VEIL TAIL (VT) ARREDONDADO 0a9 0a9 SUBTOTAL (GERAL) RELAÇÃO ENTRE PRESENÇA DE PANO: TAMANHO DE ESPIGÃO CROWN TAIL >1:1 (CT com espigões pequenos) 1:1 (CT equilibrado) < 1:1 (CT esfarrapado) (CT) 6a9 0a2 3a5 SUBTOTAL CT SIMETRIA ENTRE OS LÓBULOS CAUDAIS (DT) SIM NÃO 0a4 5a9 DOUBLE TAIL (DT) SIMETRIA ENTRE A DORSAL E A ANAL SIM (COMO UMA PROJEÇÃO DA OUTRA) NÃO 0a4 5a9 SUBTOTAL (DT) PEITORAIS EXACERBADAS (BIG EARS E DUMBOS) MAIORES QUE 1/3 DO CORPO IGUAIS OU MENORES QUE 1/3 DO CORPO 0a1 2a9 SUBTOTAL (PEITORAIS EXACERBADAS) GIGANTES MASSA CORPORAL COMPRIMENTO FORMATOS EXÓTICOS < 2 VEZES O > 2 VEZES O PK (ACIMA DE 6,5 CM) LF (ACIMA DE 10 CM) NORMAL NORMAL < 8 CM >8 CM <11 CM >11 CM 4a9 0a3 4a9 0a3 4a9 0a3 APARÊNCIA CORPORAL DO GIGANTE LEMBRA A DO BETTA COMUM SIM 0a1 NÃO 2a9 SUBTOTAL (GIGANTE) 1 SUBTOTAL (GERAL) 2 SUBTOTAL (CT) 3 SUBTOTAL (DT) 4 SUBTOTAL (PEITORAIS EXACERBADAS) 5 SUBTOTAL (GIGANTE) EQUILÍBRIO ESTÉTICO ENTRE TAMANHO DE CORPO E NADADEIRAS Este quesito é bastante óbvio. Observe os bettas abaixo: As relações entre as nadadeiras e os corpos dos bettas da esquerda e do centro não se mostram harmoniosas no conjunto total corpo/nadadeiras. No DOUBLE TAIL (DT) – o betta central – podemos ver que a linha pontilhada seria o tamanho ideal da caudal para dar um acabamento estético ao conjunto. Já no betta SINGLE TAIL (ST) – o betta da esquerda – vemos que a nadadeira anal se mostra completamente desproporcional com relação ao conjunto dorsal, caudal e pélvicas. Porém, o betta azul Royal da direita se mostra bem mais equilibrado. Assim sendo, no quesito “EQUILÍBRIO ESTÉTICO ENTRE CORPO E NADADEIRAS”, deverão ser descontados pontos nesses dois bettas (o DT e o ST). Também por motivos óbvios nesse item não devem ser enquadrados os BIG EARS e os DUMBOS, pois, as suas nadadeiras peitorais são gigantescas quando comparadas com as demais. Esses bettas serão analisados no quesito “FORMATOS EXÓTICOS”, subitem “PEITORAIS EXACERBADAS”. PEDÚNCULO DORSAL: LARGO, MÉDIO, ESTREITO As figuras abaixo explicam o que deve ser analisado nesse quesito. PEDÚNCULO CAUDAL: LARGO, ESTREITO As figuras abaixo explicam o que deve ser analisado nesse quesito. CAUDAL: FORMATO DELTA – SUPER DELTA, HM e OHM Nesse quesito deve ser analisada a abertura da tesoura caudal do betta, respectivamente, menor que 180º, igual a 180º, e maior que 180º. CAUDAL: DOBRAS NA SUPERFÍCIE - SIM (ROSE TAIL) ou NÃO (FLAT) Nesse quesito deve ser analisada, respectivamente, a presença (ou não) de dobras no pano caudal, ou seja, podemos ter as nadadeiras dos bettas iguais a uma vela enfunada (FLAT ou plana), ou tal qual a superfície de uma cortina com muitas dobras (lembrando as dobras de um cravo – e não de uma rosa –, e por isso, a meu ver, são chamados inapropriadamente de ROSE TAIL; deveriam ser chamados de CARNATION TAIL). CAUDAL: FORMATOS ANTIGOS – VEIL TAIL (VT) ou ARREDONDADO Nesse quesito devem ser analisados esses dois formatos: VT – apresenta uma caudal em forma de rabo de cavalo, e ARREDONDADO – apresenta a caudal na forma de uma ventarola (em inglês, FAN TAIL). CROWN TAIL: RELAÇÃO ENTRE PRESENÇA DE PANO E TAMANHO DE ESPIGÃO Muito pano, pouco espigão Pano igual ao espigão (1:1) Pouco pano, muito espigão Dentro desse quesito, deverá ser avaliado pelos juízes se o betta apresenta um CT somente com pequenas pontas nas nadadeiras – quase não podendo ser caracterizado como tal –, ou se se mostra equilibrado, ou muito esfarrapado. DOUBLE TAIL: SIMETRIA ENTRE OS LÓBULOS CAUDAIS Nesse quesito deve-se observar – nos DT – o quanto simétrico são os dois lóbulos caudais. O DT da esquerda (um MUSTARD GAS – MG) apresenta os lóbulos caudais desiguais, enquanto que o DT vermelho à direita, se mostra muito bem equilibrado nesse quesito. DOUBLE TAIL: SIMETRIA ENTRE A DORSAL E A ANAL – SIM (COMO UMA PROJEÇÃO DA OUTRA) NÃO Nesse quesito, deve ser observada o máximo possível a semelhança entre a dorsal e a anal. O DT da esquerda exibe uma simetria quase perfeita, muito maior do que do DT da direita. Dessa forma, para que se possa diferençar esses dois DT, o da direita deverá perder alguns pontos, de tal forma que o DT da direita leve uma certa vantagem na pontuação final. FORMATOS EXÓTICOS: PEITORAIS EXACERBADAS DUMBO – dividindo-se o corpo do betta em três partes iguais, ele deve sempre apresentar nadadeiras peitorais maiores que as existentes nos bettas normais, e obrigatoriamente, ocupando um terço do corpo. BIG EAR – deve apresentar obrigatoriamente as nadadeiras peitorais que ultrapassem a terça parte do corpo. Estas definições estão de acordo com a BETTA SOCIETY OF MALASYA. BIG EAR DUMBO FORMATOS EXÓTICOS: GIGANTES Nesse quesito devemos atentar para três detalhes: - comprimento total exacerbado do betta (medido da boca ao meio da caudal); - massa corporal exacerbada, e - formato corporal parecido com o do betta tradicional. O comprimento dos gigantes deve se apresentar de 6,5 cm para mais (para os PK), e de 10 cm para mais (para os LF). No quesito massa corporal, os gigantes devem apresentar, no mínimo, uma massa corporal duas vezes maior do que aquela presente nos bettas comuns. Quanto ao formato do corpo dos gigantes, como esses são frutos do cruzamento do betta SIMORUM (que pertence ao Grupo de Espécies BELLICA), com os híbridos férteis atualmente existentes – frutos dos cruzamentos dos bettas pertencentes ao Grupo de Espécies SPLENDENS (que inclui o betta SPLENDENS, o betta IMBELLIS, o betta SMARAGDINA, o betta MAHACHAIENSIS, e o betta STYKTUS) –, podem surgir bettas agigantados e aparentemente “deformados” (entendendo-se aqui como formatos que seriam estranhos àquele com o qual estamos acostumados nos bettas ditos “SPLENDENS”). Tais “deformidades” mais comuns – ou formatos estranhos – ocorrem principalmente na cabeça do gigante: - ou apresentam a cabeça de moreia (ou cabeça de golfinho); - ou apresentam a cabeça de rinoceronte – um corpo agigantado, largo (entre os pedúnculos dorsal e anal) e a cabeça pequena (em comparação ao volume do corpo) com a boca voltada para o alto; - ou apresentam uma cabeça pequena e com a boca bicuda – lembrando a de um lambari. Assim sendo, será crucial aos juízes superar a surpresa diante dos tamanhos agigantados dos exemplares, e prevalecer o bom senso quanto a estes obrigatoriamente lembrarem os formatos dos bettas comuns. Dado a importância dessa última observação, poderíamos incluí-la na relação de faltas gravíssimas (e, portanto, desclassificatórias) – conforme mostrada na pag. 2; BETTAS SEM EQUILÍBRIO POSTURAL NA BETEIRA CALOMBOS E/OU REENTRÂNCIAS BARRIGA ESTUFADA (ATÉ EM FÊMEAS SEM OVÓCITOS) ESCAMAS ERIÇADAS DESORDEM DE BEXIGA NATATÓRIA FALTAS GRAVÍSSIMAS INCHAÇOS (OLHOS, BOCA, GUELRAS ETC.) (DESCLASSIFICATÓRIAS) ASSIMETRIA NAS NADADEIRAS (PEITORAIS E PÉLVICAS) ASSIMETRIA NAS GUELRAS EXPANDIDAS (FRONTAL OU LATERAL) PELO MENOS UMA DAS NADADEIRAS RETORCIDAS AUSÊNCIA DE QUALQUER NADADEIRA DORSO DEFORMADO (MUITO CONVEXO OU MUITO CÔNCAVO) APARÊNCIA CORPORAL BEM DIFERENTE DO BETTA TRADICIONAL RESUMO FINAL DO TRABALHO 1 – QUANTO AO NÚMERO DE JURADOS Deverão sempre existir, no mínimo, três juízes, de tal modo a se excluir a maior e a menor nota final para cada quesito de cada betta. No caso de maior número de juízes (sempre um número “n” ímpar) as (n-2) notas restantes deverão ser somadas e divididas por (n-2), inclusive, para cada traço (se houver necessidade). 2 – RELAÇÃO DE FALTAS GRAVÍSSIMAS (DESCLASSIFICATÓRIAS) BETTAS SEM EQUILÍBRIO POSTURAL NA BETEIRA APRESENTAR CALOMBOS E/OU REENTRÂNCIAS BARRIGA ESTUFADA (ATÉ EM FÊMEAS SEM OVÓCITOS) APRESENTAR ESCAMAS ERIÇADAS DESORDEM DE BEXIGA NATATÓRIA FALTAS GRAVÍSSIMAS APRESENTAR INCHAÇOS (OLHOS, BOCA, GUELRAS ETC.) (DESCLASSIFICATÓRIAS) ASSIMETRIA NAS NADADEIRAS (PEITORAIS E PÉLVICAS) ASSIMETRIA NAS GUELRAS EXPANDIDAS (FRONTAL OU LATERAL) APRESENTAR PELO MENOS UMA DAS NADADEIRAS RETORCIDAS APRESENTAR AUSÊNCIA DE QUALQUER NADADEIRA DORSO DEFORMADO (MUITO CONVEXO OU MUITO CÔNCAVO) APARÊNCIA CORPORAL BEM DIFERENTE DO BETTA TRADICIONAL 3 – QUANTO ÀS POSSÍVEIS CATEGORIAS PARA FINS DE PREMIAÇÃO QUANTO AO FORMATO: 7 CLASSES 1 - PK; 2 - LF; 3 - DT; 4 - ST; 5 - CT; 6 - PEITORAIS; 7 - GIGANTE. QUANTO AO ARRANJO DE CORES: 6 CLASSES 8 - SÓLIDO; 9 - BICOLOR; 10 - DRAGON; 11 - SALAMANDER; 12 - DEMAIS AOC ESPECIAIS 13 - AOC COMUM (demais BF, demais AOC – inclusive os MÁRMORES). Obs.: Foram separados os DRAGON e os SALAMANDER dos demais AOC, porque eles requerem detalhes obrigatórios de julgamentos adicionais quando comparados com os demais AOC (respectivamente, escamas maiores e convexas, e coloração nos lábios – o “batom”). 4 – PRESENÇA DE BETTAS MARMORIZADOS NA EXPOSIÇÃO Em qualquer exposição técnica séria, os bettas apresentando qualquer marmorização devem ser descartados, pois, com eles nunca se poderá ter algo consistente, com continuidade, e nesse caso não se pode falar em uma matriz genética. Somente os mencionei na relação acima para constar como uma nota de cautela e preocupação a ser evitada. 5 – QUANTIDADE DE PRÊMIOS POR EXPOSIÇÃO Como consequência da quantidade de CLASSES para julgamento, teremos: - 13 CLASSES x 3 prêmios x 2 (machos e fêmeas) = 78 premiações; - o BEST IN SHOW – 3 prêmios x 2 (machos e fêmeas) = 6 premiações. Totalizando: 84 premiações. 6 – JULGAMENTO DE CADA CLASSE – onde se buscar os pontos para o cálculo PK LF ST DT CT BIG EAR DUMBO GIGANTE SÓLIDO BICOLOR DRAGON SALAMANDER AOC COMUM AOC ESPECIAL MULTI BICOLOR SÓLIDO PEITORAIS NORMAIS GIGANTE TAMANHO NORMAL DUMBO BORDA LISA BIG EAR ST CT PRÊMIOS DT ONDE COLETAR OS PONTOS TOTAIS A SEREM DESCONTADOS PARA CADA PREMIAÇÃO ANEXO II ANEXO I SUBTOTAL GERAL X X X X X X X MULTI X X 7 – TABELA PRENCHIDA A SER FORNECIDA PELA COMISSÃO RESPONSÁVEL PELA EXPOSIÇÃO Nº TOTAL DE PARTICIPANTES NA EXPOSIÇÃO ST DT CT GIGANTE PK LF SÓLIDO BICOLOR DRAGON SM MULTICOLORIDO AOC ESPECIAL PEITORAL AOC COMUM TOTAL DE BETTAS INSCRITOS: 8 – CRITÉRIO A SER UTILIZADO PARA PONTUAÇÃO VISANDO RANKING 1º LUGAR – 10 pontos 2º LUGAR - 5 pontos 3º LUGAR - 3 pontos As pontuações finais que serão atribuídas a cada betta, em cada categoria – para as três premiações – serão frutos das multiplicações de cada número de pontos das respectivas premiações (respectivamente, 10, 5 e 3) pelos números de participantes em cada uma dessas categorias (ver planilha do item 7). Esse critério só não se aplica para a CLASSE MULTICOLORIDO AOC COMUM. 9 – ANEXOS I e II – pag. 14 e 15 10 – DESCRIÇÃO DOS FENÓTIPOS MULTICOLORIDOS AOC ESPECIAIS – pag. 24 a 30 11 - DESCRIÇÃO DOS DETALHES REFERENTES AOS ITENS DO ANEXO II – pag. 31 a 35 12 – CRITÉRIO DE DESEMPATE No caso de empate na pontuação de determinado traço, o betta que possuir menor perda de pontos no somatório total dos traços será o que levará a premiação desse traço específico. 13 – BEST IN SHOW Somente concorrerão ao BEST IN SHOW (e 2º e 3º LUGARES) aqueles bettas (tanto os machos, quanto as fêmeas), que tiverem os maiores totais nas avaliações dos juízes.