R IHGB
a. 169
n. 441
out./dez.
2008
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO
DIRETORIA – (2006-2008)
Presidente: Arno Wehling
1º Vice-Presidente: João Hermes Pereira de Araújo
2º Vice-Presidente: Victorino Coutinho Chermont de Miranda
3º Vice-Presidente: Max Justo Guedes
1ª Secretária: Cybelle Moreira de Ipanema
2º Secretário: Elysio de Oliveira Belchior
Tesoureiro: Fernando Tasso Fragoso Pires
Orador: José Arthur Rios
CONSELHO FISCAL
Membros efetivos: Antônio Gomes da Costa, Marilda Corrêa Ciribelli e Jonas de Morais Correia Neto
Membros suplentes: Joaquim Victorino Portella Ferreira Alves e Pedro Carlos da Silva Telles
COMISSÕES PERMANENTES
Admissão de sócios: José Arthur Rios, Alberto Venancio Filho, Carlos Wehrs, Francisco Luiz
Teixeira Vinhosa e João Hermes Pereira de Araújo
Ciências Sociais: Lêda Boechat Rodrigues, Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão, Helio
Jaguaribe de Mattos, Cândido Antônio Mendes de Almeida e Ronaldo Rogério de Freitas Mourão
Estatuto: Affonso Arinos de Mello Franco, Alberto Venancio Filho, Victorino Coutinho Chermont
de Miranda, Célio Borja e Elysio Custódio Gonçalves de Oliveira Belchior
Geografia: Max Justo Guedes, Lucinda Coutinho de Mello Coelho, Jonas de Morais Correia Neto,
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão e Miridan Britto Falci
História: João Hermes Pereira de Araújo, Maria de Lourdes Viana Lyra, Eduardo Silva, Elysio
Custódio G. de Oliveira Belchior, Pe. Fernando Bastos de Ávila e Guilherme de Andréa Frota
Patrimônio: Affonso Celso Villela de Carvalho, Claudio Moreira Bento, Joaquim Victorino
Portella Ferreira Alves, Victorino Coutinho Chermont de Miranda e Fernando Tasso Fragoso Pires
CONSELHO CONSULTIVO
Membros nomeados: Augusto Carlos da Silva Telles, Luiz de Castro Souza, Lêda Boechat
Rodrigues, Evaristo de Moraes Filho, Max Justo Guedes e Hélio Leoncio Martins
CEPHAS (Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas) Coordenadoras: Maria de Lourdes Viana
Lyra e Lucia Maria Paschoal Guimarães
Editor do Noticiário: Victorino Coutinho Chermont de Miranda
DIRETORIAS ADJUNTAS
Arquivo: Carlos Wehrs
Biblioteca: Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha
Museu: Vera Lucia Bottrel Tostes
Coordenadoria de Cursos: Maria de Lourdes Viana Lyra, Mary del Priore
Patrimônio: Guilherme de Andréa Frota
Projetos Especiais: Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão
Informática e Disseminação da Informação: Esther Caldas Bertoletti
Relações Externas: João Maurício Ottoni Wanderley de Araújo Pinho
Iconografia: Pedro Karp Vasquez
REVISTA
DO
INSTITUTO HISTÓRICO
E
GEOGRÁFICO BRASILEIRO
Hoc facit, ut longos durent bene gesta per annos.
Et possint serâ posteritate frui.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169, n. 441, pp. 9-368, out./dez. 2008.
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ano 169, n. 441, 2008
Indexada por/Indexed by
Historical Abstract: America, History and Life - Ulrich’s International Periodicals Directory Handbook of Latin American Studies (HLAS) - Sumários Correntes Brasileiros
Comissão da Revista - Editores
Miridan Britto Falci (Diretora) - Esther Bertoletti - Maria de Lourdes Viana Lyra - Mary Lucy
Murray Del Priore
Conselho Editorial
Arno Wehling (Presidente)
Antonio Manuel Dias Farinha
Carlos Wehrs
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
Humberto Carlos Baquero Moreno
João Hermes Pereira de Araújo
José Murilo de Carvalho
Vasco Mariz
Conselho Consultivo
Amado Cervo
Aniello Angelo Avella
Antony Russel-Wood
Antonio Manuel Botelho
Hespanha
Braz Augusto Aquino Brancato
Carlos Humberto Pederneiras
Corrêa
Claude Lévi-Strauss
Edivaldo Machado Boaventura
Fernando Camargo
Geraldo Mártires Coelho
José Octávio de Arruda Mello
José Marques
Junia Ferreira Furtado
Leslie Bethell
Márcia Elisa de Campos Graf
Marcus Joaquim Maciel de
Carvalho
Maria Beatriz Nizza da Silva
Maria Luiza Marcílio
Nestor Goulart Reis Filho
Stuart Schwartz
Victor Tau Anzouategui
Correspondência:
Rev. IHGB - Av. Augusto Severo, 8-10º andar - Glória - CEP: 20021-040 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Fone/fax. (21) 2509-5107 / 2252-4430 / 2224-7338
e-mail: [email protected]
home page: www.ihgb.org.br
© Copright by IHGB
Tiragem: 700 exemplares
Impresso no Brasil - Printed in Brazil
Revisora: Julia Carion
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. - Ano 1-4 (jan./dez.,1839)-.
Rio de Janeiro: o Instituto, 1839v. : il. ; 23 cm
Trimestral
Título varia ligeiramente
ISSN 0101-4366
N. 408: Anais do Simpósio Momentos Fundadores da Formação Nacional
N. 427: Inventário analítico da documentação colonial portuguesa na África, Ásia e Oceania
integrante do acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro / coord. Regina Maria Martins
Pereira Wanderley
N. 432: Colóquio Luso-Brasileiro de História. O Rio de Janeiro Colonial. 22 a 26 de maio de
2006.
N. 436: Curso - 1808 - Transformação do Brasil: de Colônia a Reino e Império
1. Brasil - História. 2. História. 3. Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - Discursos, ensaios, conferências. I. Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Ficha catalográfica preparada pela bibliotecária Célia da Costa
SUMÁRIO
Apresentação
Miridan Britto Falci
9
I– CELEBRAÇÕES ACADÊMICAS
I.1–
Sessões de posses
Discurso de recepção ao sócio
Célio de Oliveira Borja
Alberto Venancio Filho
Discurso de Posse
23
Discurso de recepção ao sócio
Miguel Maria Santos Corrêa Monteiro
25
Discurso de Posse: Pombal e os Jesuítas
33
Discurso de recepção ao sócio
Pedro Aranha Corrêa do Lago
57
Discurso de Posse: Debret e Taunay artistas rivais
da Missão Francesa
71
Discurso de recepção à sócia Isabel Lustosa
89
Discurso de Posse
93
Sessão Magna
Fala do Presidente
Arno Wehling
109
Relatório de Atividades
117
Célio de Oliveira Borja
Edivaldo M. Boaventura
Miguel Corrêa Monteiro
Alberto Venancio Filho
Pedro Aranha Corrêa do Lago
Maria de Lourdes Viana Lyra
Isabel Lustosa
I.2–
11
Cybelle Moreira de Ipanema
Elogio aos Sócios Falecidos
José Arthur Rios
125
II– DELIBERAÇÕES SOCIAIS
II.1– Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
Assembléias Gerais, Ordinárias e Extraordinárias
II.2– Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas
CEPHAS
II.3– Atas e/ou deliberações de Comissões Permanentes
ou Especiais
Sessão Magna Aniversária, 21 de outubro de 2008
131
151
237
III–INFORMES ADMINISTRATIVOS
III.1– Atos do presidente
Editais e Portarias
239
III.2– Relatórios setoriais
Biblioteca
257
Arquivo
259
Iconografia
263
Hemeroteca
269
Museu
271
III.3– Publicações Recebidas
Livros recebidos
275
Periódicos recebidos
288
III.4– Estatística
Sala de Leitura
295
Visitas ao Museu
295
Acesso ao site
295
IV–QUADRO SOCIAL
IV.1– Cadastro Social
a - Por classe
297
b - Por ordem alfabética
329
c - Relação de presidentes e endereços
de Institutos Históricos
341
IV.2– Movimentação no quadro social
Eleitos
345
Transferidos
345
Falecidos
345
Propostas e Pareceres
347
IV.3– Vagas no quadro social
Vagas existentes no quadro social
em 31 de dezembro de 2008
363
APRESENTAÇÃO
A última revista do ano de 2008 apresenta um novo formato.
Em reunião ocorrida em outubro de 2008 presentes a Presidência,
Vice-Presidência e a Comissão da Revista, resolveu-se destinar ao último
número de cada ano os Discursos das Posses ocorridas durante o mesmo.
Nesta, no entanto, só figuram três posses, já que em números anteriores
foram alocadas as correspondentes aos trimestres em que foram realizadas.
Nosso objetivo, nessa transformação, é duplo: adequar a Revista
ao modelo já consagrado de revista acadêmica nos números dos três primeiros trimestres – onde não se apresentam discursos de posses - e, ao
mesmo tempo, possibilitar ao pesquisador interessado na percepção do
pensamento de nosso sócio, as características básicas do empossando no
tocante à sua formação, à sua obra e à sua contribuição como sócio do
Instituto.
A última revista do ano comporta, assim, uma síntese da vida social
e administrativa do IHGB:
I - Celebrações Acadêmicas divididas em duas partes: os Discursos
de posses e a Sessão Magna sempre ocorrida no dia da fundação do Instituto 21 de outubro;
II – Deliberações Sociais - Atas das reuniões acadêmicas (Cephas)
onde convidados e sócios, previamente agendados por Maria de Lourdes
Viana Lyra e Lucia Guimarães, falam sobre suas pesquisas e trabalhos
mais recentes e as atas das Comissões Permanentes ou Especiais e das
Assembléias Ordinárias e Extraordinárias com os pareceres sobre a admissão de sócios;
III – Informes Administrativos contendo os Atos (editais e portarias)
do Senhor Presidente, os Relatórios setoriais da Biblioteca, Arquivo, Ico-
nografia, Hemeroteca e Museu, as Publicações Recebidas, a Estatística de
Visitas ao Museu, acesso ao site e à sala de Leitura;
IV – Quadro Social contendo o Cadastro Social por classe e ordem
alfabética, a movimentação no quadro social ocorrida por eleição, transferência ou falecimento e as vagas existentes em 31 de dezembro de 2008.
É uma revista em que a equipe de funcionários do IHGB colabora
com suas informações e levantamentos.
As atividades diversas, como as palestras na CEPHAS (Comissão
de Estudos e Pesquisas Históricas) todas as quartas-feiras, cursos, visitas
de alunos da rede escolar do Rio às nossas dependências, empréstimos
de obras raras para exposições diversas, doações e compras incorporadas
ao nosso acervo comprovam que o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro é uma instituição ímpar: é acadêmica de conhecimento, pelos seus
ideais de pesquisa e elaboração da História; é um Arquivo pela força de
sua documentação; uma Biblioteca, pela sua alentada biblioteca aberta ao
público; e um Museu, pela posse de obras raríssimas.
Distanciado das atividades especificamente de ensino como são os
Programas de História, nosso Instituto, e conseqüentemente nossa Revista, cumpre sua missão e objetivos: apresentar ao público em geral, historiadores, sociólogos e cientistas políticos as contribuições mais recentes
da produção dentro dessas áreas e possibilitar aos acadêmicos, em geral,
o conhecimento da nossa INSTITUIÇÃO.
Miridan Britto Falci
Sócia titular – Diretora da Revista
Pós-Doutora em História -Professora Adjunto da UFRJ
Discurso de recepção ao sócio Célio de Oliveira Borja
I – CELEBRAÇÕES ACADÊMICAS
I.1 –
Sessões de Posses
DISCURSO DE RECEPÇÃO AO SÓCIO
CÉLIO DE OLIVEIRA BORJA
Alberto Venancio Filho1
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro recebe hoje Célio de
Oliveira Borja. A sua qualificação seria extensa e desnecessária: advogado, professor, jurista, deputado estadual e federal, Presidente da Câmara dos Deputados, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ministro da
Justiça, todos estes títulos englobando uma única personalidade, figura
destacada no meio jurídico e político, com uma atitude inatacável na vida
pública e privada e com um profundo sentido ético da conduta humana.
Este Instituto, a Casa da Memória Nacional, acolhe aqueles que escrevem sobre a História, mas ao lado deles muitos outros que também
fazem a História. O elenco seria amplo e lembro alguns: como maior expressão o Barão do Rio Branco, presidente perpétuo desta Casa, historiador da História Militar e que os percalços da diplomacia não permitiram
realizar obra mais completa.
Recordo Tavares de Lyra, pertencente ao grupo do Jardim de Infância, Ministro da Justiça do governo Afonso Pena, cuja biografia foi traçada com mão de mestre pelo nosso saudoso Presidente Américo Jacobina
Lacombe.
Relembro também José Carlos Macedo Soares, também presidente
perpétuo desta Casa, Ministro das Relações Exteriores por duas vezes,
Ministro da Justiça, Interventor no Estado de São Paulo e cujos estudos
históricos estão em primeira plana das nossas estantes.
Assim, à história aqui e em toda a parte se dedicam não apenas aqueles que exercem a profissão ou o ofício, mas muitos dos quais voltados
1 –1Sócio Titular – Instituto Histórico e Geografico Brasileiro
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):11-21, out./dez. 2008
11
Alberto Venancio Filho
para outras profissões também são afeiçoados aos estudos históricos.
Inicio com o curso secundário de Célio Borja realizado no Instituto
Lafayete, escola de boas humanidades, dirigida pelo ilustre professor Lafayete Cortes. Ensinavam no estabelecimento os desembargadores Fonseca Passos, Porto Carreiro de Miranda e Nei Palmeiro. Pode-se aventar
que esses professores despertaram a vocação jurídica de Célio Borja, e de
dois outros, José Carlos Moreira Alves e Luiz Otávio Gallotti, três futuros
Ministros do Supremo Tribunal Federal, fato certamente inédito para uma
escola secundária. Para os estudos jurídicos também se encaminhou uma
vocação prematuramente desaparecida Márcio Lourenço Filho e do grupo despertaram duas vocações literárias: Antônio Carlos Vilaça e Alberto
Costa e Silva.
A política estudantil o atraiu em momento de agitação política em
que grupos de esquerda tentavam dominar os cargos de direção de entidades estudantis. Numa eleição disputadíssima em que a anulação estava
sendo julgada pelo Tribunal de Estudantes, Paulo Egydio Martins, candidato à Presidência da União Metropolitana de Estudantes pela chapa
democrática, aguardava o resultado em outro local, quando Célio Borja
veio ao seu encontro e, contrastando com a figura austera de hoje, disse:
“Paulo, demos uma lavada!”.
A profunda fé católica que conserva até hoje fez pertencer na juventude à Ação Católica Brasileira e a exercer depois a vice-presidência do
Centro D. Vital e ser membro da Associação de Juristas Católicos.
O visgo político não o abandonou ao deixar a política estudantil.
Bacharel e doutor em direito, exerce a profissão e o magistério, quando
eminente político e jurista, seu professor Aliomar Baleeiro, cujo nome
deve ser pronunciado com respeito, insistiu para que concorresse à cadeira de deputado estadual à Assembléia Constituinte do novo Estado da
Guanabara. Era o início de uma grande e notável carreira política.
Pode-se dizer, adaptando frase conhecida, que a história é tema importante demais para ser deixada apenas para os historiadores.
12
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):11-21, out./dez. 2008
Discurso de recepção ao sócio Célio de Oliveira Borja
De fato, o apanágio do grande jurista é aquele que traz para sua especialidade conhecimentos de ordem filosófica, econômica e política e
mesmo literária e artística.
No campo do Direito nenhum setor apresenta vinculação mais nítida
com a História do que o Direito Público – Direito de Estado –, pois cada
mudança institucional é a história em movimento, e as instituições têm de
se adaptar a essas alterações, só compreendidas com o entendimento do
processo de evolução histórica.
Foi a esses aspectos históricos que Célio Borja se dedicou ao estudar
o Federalismo, um dos cernes da vida política brasileira que afeta o País
há mais de um século. Em excelente estudo, “O Federalismo na Constituição de 1988”, publicado pela Fundação Getúlio Vargas no volume
“Estudos sobre a Constituição de 1988”, ao examinar esta Constituição,
V.Excia. tem presente a evolução histórica do instituto desde a adoção
em nosso direito pelo apostolado de Rui Barbosa, as adaptações em cento
e dezessete anos de vida republicana e a passagem do Federalismo dual
para o Federalismo cooperativa.
O interesse pelo federalismo se espraia em vários momentos, quando, por exemplo, no Supremo Tribunal Federal se opõe a uma “interpretação ideológica da Constituição que nela veria uma tendência incoercível à
centralização”. E acrescentaria: “Como juiz, tenho que me limitar exclusivamente àquilo que está posto no texto de lei”.
Os temas históricos estão presentes em sua judicatura no Supremo
quando impõe o primado da Constituição e da lei diante de medidas arbitrárias do Poder Público:
“O que não podemos fazer – e cada vez me convenço mais disso
– é, em nome de uma certa utilidade social, esquecer os cânones,
as regras, os princípios que presidem a organização do Estado e
da vida da sociedade. Ou damos primazia ao direito e exigimos
que as autoridades cumpram o seu dever dentro da lei e dentro da
Constituição ou realmente penso que não saberia bem o que estaria
fazendo aqui”.
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Alberto Venancio Filho
Comentando a tão apregoada reforma da Justiça, comentava com
uma pitada de bom senso:
“Nas nações ricas e desenvolvidas, a organização da Justiça é tão
boa que ajuda os juízes a serem bons. Cá, a pobreza da Justiça é
tamanha que, por mais que faça o bom juiz, o bem que faz chega
tarde. Falta pouco para que o Brasil tenha boa Justiça, porque isto
depende, preponderantemente, de fazer-se nos serviços judiciários
a mesma revolução que já se fez em outros serviços públicos com
grande êxito. Sabemos fazê-lo, sem dúvida: falta-nos vontade”.
No campo estritamente histórico, em conferência feita nesta Casa
sobre “Pedro Calmon e o Direito”, Célio Borja destacava dois aspectos da
vida daquele eminente consórcio, que se aplica a ele com perfeição:
“A sua indiscutível erudição não escondia o fato de que o Brasil era o seu interesse primordial. Assim, na exposição do Direito
Público, geral ou positivo, eram as instituições nacionais, na sua
longa existência, que motivavam o estudo comparado dos símiles
estrangeiros”.
E em outro passo:
“Na obra de Calmon predominam as explicações históricas, para as
quais estava ele excepcionalmente preparado”.
Entre os numerosos estudos históricos, cito só alguns: a conferência
pronunciada no Museu Imperial de Petrópolis em 15 de outubro de 1976
comemorando os cento e cinqüenta anos de existência da Câmara dos
Deputados como órgão do Poder Legislativo com o título de “Alguns
Parlamentares do Segundo Reinado”.
O título é ilusório, porque na verdade a conferência é súmula da
história parlamentar e política do Império, através de figuras dos grandes
estadistas, “para relembrar aqueles que no Parlamento do Império ilustraram minha velha província natal”.
Inicia dizendo que a histórica Província Fluminense acompanhava
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):11-21, out./dez. 2008
Discurso de recepção ao sócio Célio de Oliveira Borja
ativamente os acontecimentos que interessavam de perto aos interesses
brasileiros, confirmando, dessa forma, como em tantos outros episódios
de nossa História, o seu inegável ascendente, que não se interrompeu ao
longo de quase cinco séculos.
A análise começa pelos participantes das Cortes de Lisboa que considerava como embrião das instituições parlamentares.
Destaca em primeiro lugar Francisco Vilela Barbosa, o primeiro
Marquês do Paranaguá, um dos dez conselheiros que elaboraram a Constituição do Império e contribuíram para a restauração do Conselho de
Estado e a reforma do Código de Processo Criminal.
Menciona em seguida Joaquim Gonçalves Ledo, chamado pelo Barão do Rio Branco como quem inspirou todas as grandes manifestações
que iniciaram o movimento pela Independência.
A seguir, pouco conhecido, José Egídio Lopes de Almeida, o Barão
de Santo Amaro, com destacada atuação parlamentar. Acompanha Dom
João quando da chegada ao Brasil e orienta como conselheiro de Dom
João VI para a solução de grandes problemas políticos.
Aureliano de Souza Coutinho, o Visconde de Sepetiba, inscreve-se
entre os maiores estadistas patrícios que se distinguiu por sua honradez
e talento administrativo. É uma das mais completas figuras de homem
público do Segundo Reinado. O testamento revela a simplicidade:
“Seja o meu enterro com muita simplicidade e sem a menor ostentação; não me vistam fardas e não me ponham insígnias; esses
galardões do mérito provocam a vaidade, postos em cima de um
cadáver num pouco de lama abandonada pela alma, me parecem
quase ridículos”.
Euzébio de Queirós Coutinho Matoso da Câmara é outra figura exponencial das terras fluminenses. Disse Machado de Assis no “O Velho
Senado”: “Uma só vez ouvi falar de Euzébio de Queirós e a impressão
que me deixou foi viva; era fluente, abundante, claro sem prejuízo do
vigor e da energia”.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):11-21, out./dez. 2008
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Alberto Venancio Filho
Outro parlamentar fluminense do Segundo Reinado foi Francisco
de Sales Torres-Homem, o Visconde de Inhomirim. Autor do Libelo do
Povo, com o pseudônimo de Timandro, que mais tarde iria reconhecer o
quanto errara em suas opiniões.
E comenta Célio Borja: José Joaquim Rodrigues Torres, o Visconde
de Itaboraí, foi o estadista que, por cerca de cinqüenta anos, prestou os
mais assinalados serviços ao Brasil, para justificado orgulho da terra natal
fluminense.
Outra referência é a Paulino José Soares de Souza, o Visconde de
Uruguai, o primeiro Paulino. Embora não tenha nascido em terras fluminenses, foi um dos primeiros Presidentes da Província do Rio de Janeiro
e eleito membro da Assembléia Provincial na primeira legislatura, um
dos mais notórios parlamentares do Segundo Reinado. Com Euzébio de
Queirós e Itaboraí formou o “trio saquarema”.
Afinal, examina a figura de José Maria da Silva Paranhos, o Visconde do Rio Branco, em que se via como um predestinado político, predestinação por sinal gloriosamente confirmada na obra do gabinete de 7 de
março de 1871.
Às críticas à atuação na questão do Prata, de volta ao Brasil, defendeu-se no Senado com discurso de oito horas. Relata Machado de Assis:
“Era uma hora da tarde quando o Presidente deu a palavra ao Senador por
Mato Grosso. Começava a discussão do voto de graças... Eram nove horas da noite quando acabou. Estava como no princípio, nenhum sinal de
fadiga nem dele nem do público que o aplaudiu. A agitação passara com
os sucessos e a defesa estava feita”.
E conclui Célio Borja o estudo:
“Se é verdade que não se deve apegar demasiado ao passado a
ponto de negligenciar o presente e o futuro, também não será menos verdadeiro que, sem um conhecimento apurado do que se fez
de duradouro entre nós, ignorando como atuaram nossos estadistas
de outrora, precisamente no momento em que o Brasil amanhecia
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):11-21, out./dez. 2008
Discurso de recepção ao sócio Célio de Oliveira Borja
para o lugar que já hoje ocupa no mundo, estaremos cometendo o
grave equívoco de secionar o fluxo das correntes históricas autenticamente nacionais”.
Trabalho de relevância é o estudo sobre Caxias, mostrando o autor
um arguto analista do Segundo Império, na feição de militar, de parlamentar e de político.
Analisa a atuação de Caxias a partir da guerra da Independência na
Bahia, das rebeliões e da Revolução Farroupilha, aponta aspecto fundamental do regime monarquista de grande significado e nem sempre assinalado: “a função que a monarquia exerceu no sentido do respeito à hierarquia e submissão da força armada às instituições políticas nacionais”.
A atuação parlamentar como Senador da Província do Rio Grande do
Sul também merece destaque.
Na análise da atuação da Guerra do Paraguai, o estudo dedica vários
parágrafos que a mostrar a posição de Caxias, as críticas e agravos que
recebeu e que respondeu com bravura. Creio que o ponto alto do estudo é
o debate da questão de Caxias com o Ministério de Zacarias por ocasião
da Guerra do Paraguai mostrando que a queda do Ministério de Zacarias
não teve relação com o episódio, pois ocorrera muitos meses depois.
Acrescento dois gestos expressivos de Caxias, o primeiro, contribuindo para a nomeação de Rio Branco como Cônsul em Liverpool, onde
iniciou brilhante carreira. Rio Branco era na época o Jucá Paranhos, rapaz
boêmio, freqüentador das noitadas do Alcazar para ouvir as cançonetas
das artistas francesas e D. Pedro II resistia a nomeá-lo. Caxias, junto com
Cotegipe, obteve da regente Princesa Isabel a nomeação. Em outro passo,
junto ao Imperador, empenhou-se pela anistia dos bispos D. Vital de Oliveira e D. Antônio de Macedo Costa.
A transcrição das palavras de Caxias completa o seu perfil:
“Não tendo servido senão ao Sr. D. Pedro e ao seu Governo, representado pelos seus Ministros de Estado” (...) “não receio que seja
exibida aqui, ou em qualquer outra parte, a minha fé de ofício. Ela
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Alberto Venancio Filho
é tão limpa, tão cheia de serviços, tão nobre, que não pode senão
fazer-me muita honra sempre que for trazida à luz do dia. Não
há em toda a minha vida, quer privada quer pública, um fato que
possa envergonhar-me. Em toda a minha vida tomei por norma
obedecer sempre, sem hesitar, a todas as ordens do governo”.
Sr. Célio Borja.
Além de fazer história em trabalhos de alta expressão, V.Excia. fez
história contemporânea.
V.Excia. fez história no Parlamento. Eleito Presidente da Câmara
dos Deputados em 1971 em pleno regime militar, dada a eficiência do
trabalho parlamentar e o prestígio que alcançara, foi um elemento de contemporização entre as demandas dos elementos radicais militares e de
outro lado das facções extremadas. Com a cassação de alguns deputados,
teve dificuldades em se manter no posto, mas achou de dever enfrentar
a situação e foi figura de proa no processo de abertura. Há um episódio
emblemático: estava se preparando para comparecer à reunião do Conselho Executivo da União Parlamentar na Austrália, do qual era membro,
quando decidiu não viajar enquanto o Congresso estivesse em recesso.
No momento o Brasil estava em importantes negociações com aquele
país e a ausência do representante brasileiro teria repercussão negativa.
Instado pelo Chanceler Azeredo da Silveira, declarou que só compareceria à reunião se o Congresso fosse reaberto. E o chanceler mais tarde dava
a informação do Presidente da República de que o Congresso seria aberto
quando chegasse à Austrália.
V.Excia. fez história na elaboração de leis. O conhecimento histórico
do fastígio da velha província fluminense no Império e da herança que
os líderes saquaremas exerceram no Império certamente despertaram o
interesse de examinar a situação geopolítica com a mudança da capital
para Brasília e a criação do Estado da Guanabara. Estava atento à situação
do Estado do Rio e da Cidade do Rio, esta sem possibilidade de realizar
uma verdadeira expansão industrial. Como Deputado Estadual apresentara projeto de reflorestamento das encostas da Cidade, com vistas à preser-
18
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):11-21, out./dez. 2008
Discurso de recepção ao sócio Célio de Oliveira Borja
vação ambiental. Mas o interesse não era apenas pela Cidade do Rio de
Janeiro, mas também pelo seu entorno e a recuperação do antigo Estado
do Rio que entrara em processo de decadência.
Em conseqüência, fez várias manifestações em público e entrevistas
em jornais, ao considerar que a fusão era alternativa a ser estudada. Representante do futuro governo do Presidente Geisel, solicitou documento
a respeito, que foi entregue nas vésperas da posse.
Já em abril realizou-se reunião com a presença do Presidente e outras
pessoas, da qual surgiu a necessidade da preparação de um Projeto de Lei.
Armando Falcão e Reis Veloso presentes lhe disseram:
“Você faz porque está com isso na cabeça. Além do mais é carioca e
jurista e quem entende disto é você.”
Logo após a entrega do documento, houve nova reunião para discussão do projeto e Célio Borja pôde conhecer os conhecimentos literários
do General João Baptista Figueiredo solicitando mudanças no texto hoje
aceitas.
O projeto de fusão incluía duas partes, uma de aplicação geral para
caso de fusão, divisão e desmembramento do Estado, e outra aplicável
para o caso Guanabara e Estado do Rio. O projeto teve andamento no
Congresso e foi aprovado. Célio Borja aventou a possibilidade de ser
nomeado Governador do Novo Estado, o que afinal não ocorreu.
Os resultados trazidos pela fusão, os benefícios e os malefícios, ainda não foram devidamente estudados, mas para ele a falta de uma efetiva
liderança política frustrou em grande parte os resultados desejados.
V.Excia. mais uma vez fez história quando da votação do impedimento do Presidente Fernando Collor de Mello. Convocado pelo Presidente da República como Ministro da Justiça para realizar a implantação
do parlamentarismo, encontrou como colegas Marcílio Marques Moreira
na parte da Fazenda, Celso Lafer na parte das Relações Exteriores, Hélio Jaguaribe na Secretaria de Ciência e Tecnologia e Sérgio Rouanet na
Secretaria de Cultura. Era um ministério de notáveis. Mas ao lado do miR IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):11-21, out./dez. 2008
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Alberto Venancio Filho
nistério de notáveis passou a existir o ministério das sombras, devotado à
corrupção e à apropriação de recursos públicos.
O escândalo veio à baila. Com a reação da opinião pública Barbosa
Lima Sobrinho, Presidente da Associação Brasileira de Imprensa, e Marcelo Lavenère Machado, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil,
ambos a título pessoal, propuseram ao Congresso Nacional o impedimento do Presidente.
Encontrava-se diante de um dilema: o drama da atividade política
é manter o equilíbrio entre as exigências da real politik e os imperativos
da conduta ética, evitando os transbordamentos desta última, para não
cair no anátema de Gaston Boissier, ao comentar a inapetência política
de Catão:
“En exagérant les scrupules, on désarme la vertu”.
Aos ministros havia a posição cômoda de pedir demissão e deixar o
cargo, retornando às suas atividades, mas o dever com a Nação os convocava para permanecer. Formou-se o “gabinete da governabilidade” e sem
faltar à confiança ao Presidente da República, promoveu com sucesso
a transição sem ruptura da ordem do País. Marcílio Marques Moreira
manteve o controle da economia, tranquilizando os investidores estrangeiros; Celso Lafer explicando a situação, em contato com as embaixadas
e chancelarias estrangeiras, e Hélio Jaguaribe e Sérgio Rouanet atuando
no âmbito das suas secretarias.
V.Excia. Ministro da Justiça, o ministério mais antigo, o ministro da
ordem pública, coordenou este trabalho em contato permanente com as
Forças Armadas e com as classes políticas. Creio que não haverá episódio idêntico em nenhum outro país que atravessou este trauma dentro da
maior tranqüilidade.
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Discurso de recepção ao sócio Célio de Oliveira Borja
Sr. Célio Borja.
Esta súmula bastante incompleta de sua vida e obra justifica à saciedade o ingresso no Instituto como personalidade que escreveu sobre a
História e fez história contemporânea.
A escolha do tema para a posse, “Considerações sobre a História
das Instituições Políticas no Brasil” – assunto pouco estudado pela historiografia –, revela o interesse do estudioso pela matéria.
Senhor Célio Borja.
Afastado das lides políticas, liberado da função judicante, V. Excia.
tem se dedicado, ao lado de chefe exemplar, de família exemplar – e homenageio a nossa querida Helena –, às tarefas de jurisperito. Recolhido
ao gabinete de trabalho, na sua “arrière boutique”, no dizer de Montaigne, V. Excia. tem sido chamado para redigir pareceres, largamente solicitados e que merecem a consideração e o acatamento dos juízes de nossos
tribunais superiores.
Creio que nas gavetas do escritório estarão recolhidos vários rascunhos de trabalhos incompletos. Esperamos, portanto, que, com o ingresso
nesta Casa, V. Excia. nos proporcionará a conclusão desses estudos históricos esboçados.
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Discurso de posse
DISCURSO DE POSSE1
CÉLIO DE OLIVEIRA BORJA
Célio de Oliveira Borja
No discurso proferido em 30 de janeiro de 1908, na sessão de sua
posse na Presidência do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Barão do Rio Branco dizia faltar-lhe competência “para poder igualar os
homens eminentes” que o haviam antecedido, mas empenhava sua boa
vontade e afirmava o “ardente desejo” de recomendar-se à estima dos
seus confrades e retribuir em dedicação às muitas finezas de que se julgava devedor, concorrendo, na medida dos seus recursos, para que o futuro
do Instituto não desmerecesse o seu passado “fecundo e glorioso”.2
Estas palavras completam um século, neste ano de 2008; tomo-as
para dizer-vos que os meus propósitos não traem os do nosso Presidente
Perpétuo, embora minhas pobres vida e obras não se possam comparar
às dele.
A modéstia com que se apresentou era desmentida pelo valor superlativo das memórias históricas e geográficas que escreveu e com as quais
completou o trabalho de seu pai, o VISCONDE DO RIO BRANCO, na
determinação e negociação das fronteiras e na afirmação da integridade
territorial do Brasil.
Mas se a modéstia de tão grande homem lhe sobrepujava o valor
notório e indisputável, no meu caso, são muito bem fundados o temor
com que me aproximo do Instituto e a reverência com que me associo
às altas personalidades das letras históricas e geográficas do nosso País.
Sem embargo da seriedade e empenho de meus estudos monográficos
de professor de Direito Constitucional e Teoria Geral do Estado, dos tra1 –1Posse realizada em 25 de junho de 2008
2 –1Obras Completas do Barão do Rio Branco, IX, Discursos, Ministério das Relações
Exteriores, pg. 149.
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Célio de Oliveira Borja
balhos profissionais do advogado e dos projetos legislativos e pareceres
jurídicos que produzi como servidor do povo brasileiro sem outro vínculo
funcional que não o amor à minha terra e à minha gente sem embargo da
seriedade e do esforço, sei do muito que devo para corresponder ao voto
generoso que me deu ingresso entre vós, caros confrades.
Tributo à Vossa Excelência, Senhor Presidente Arno Wehling, admiração por sua contribuição à história, cultivando-a como disciplina de
rigor e estudando-a com método seguro que a elevam à condição de ciência. Da admiração e da convivência, nasceu a amizade.
A V.Excelência e aos confrades ilustres, entre os quais tenho tantos
e tão antigos amigos, sou profundamente reconhecido pelo acolhimento
generoso.
A Alberto Venâncio Filho agradeço a aceitação do encargo de receber-me. Sua escolha foi inspirada pela amizade e, na mesma medida, pela
admiração por sua vida profissional e por sua obra de historiador das instituições jurídicas, biógrafo das mais ilustres personalidades da Literatura
e do Direito brasileiros.
É tão notável a sua vocação literária que, reconhecendo-a, a Academia Brasileira de Letras reservou-lhe o posto singular de representante
das letras jurídicas pátrias, entre seus pares.
O Instituto Histórico e Geográfico conhece-lhe a produção historiográfica, que enriquece sua tradição e seu acervo.
Sou-lhe reconhecido, meu caro Alberto Venâncio Filho, pelas palavras e pelos gestos com que me tem sempre incentivado, não diria paternalmente, uma vez que é bem mais moço do que eu, mas como o benjamim dos meus conselheiros e modelos.
A todos os queridos amigos e colegas que anuíram ao convite do
Instituto Histórico agradeço as presenças, motivo de alegria para Helena
e para mim, para nossos filhos e netos aqui presentes, nada podendo dizer
de nossos bisnetos que ainda não estão em idade de freqüentar esta Casa
da memória e da História do Brasil.
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Discurso de recepção ao sócio Miguel Maria Santos Corrêia Monteiro
DISCURSO DE RECEPÇÃO AO SÓCIO
MIGUEL MARIA SANTOS CORRÊA MONTEIRO
Edivaldo M. Boaventura1
É com alegria que o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro recebe hoje o educador e historiador Miguel Maria Santos Corrêia Monteiro,
professor da Universidade de Lisboa e secretário-geral da joanina Academia Portuguesa da História. Ao longo de sua produtiva vida acadêmica,
desenvolveu duas dimensões do conhecimento que se harmonizam na sua
trajetória: Educação e História.
A dimensão pedagógica se manifesta em intensas atividades de formação de docentes, dedicando-se com afinco à Didática da História e à
vertente historiográfica, que se torna expressiva na investigação científica. Contribui, assim, significativamente, para a História Moderna, envolvendo a Companhia de Jesus no contexto cultural do século XVI ao
XVIII.
Licenciado em História pela Faculdade de Letras de Lisboa, fez a
profissionalização para o ensino e obteve, em seguida, o mestrado com a
dissertação: Os jesuítas e o ensino médio: contributo para uma análise da
respectiva ação pedagógica. Inicia, dessa forma, a sua linha do inquérito
investigativo sobre a contribuição dos inacianos.
Miguel escreveu uma série de ensaios, comunicações para congressos, conferências e outros trabalhos acadêmicos acerca dos jesuítas,
culminando com a sua tese de doutoramento: O padre Inácio Monteiro
(1724-1812) um jesuíta português na dispersão: contribuição para a história da Companhia de Jesus durante a época das luzes.
1 –1Professor Emérito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Mestre e Ph.D. em Administração Educacional pela The Pennsylvania State University (Penn State), Doutor e
Docente Livre em Direito pela Ufba. Entre suas publicações encontram-se UFBA: trajetória de uma universidade 1946-1996 (1999); Metodologia da Pesquisa: monografia,
dissertação e tese. (2004); O solar Góes Calmon (2004), Castro Alves: um parque para o
poeta (2006). Posse realizada em 26 de novembro de 2008.
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Edivaldo M. Boaventura
Com mestrado e doutorado, confirma-se o seu chamado para o magistério superior com uma riquíssima experiência pedagógica. Como atividade profissional, voltada sobretudo para o ensino médio, lecionou no
curso secundário em vários colégios, quando ingressou como assistente
estagiário na sua alma mater. Tornou-se, então, professor-assistente da
Faculdade de Letras, no ramo educacional. É nessa condição que desenvolverá a coordenação de estágios e de outras atividades curriculares, tanto no continente quanto em Funchal, na Ilha da Madeira. André Maurois
chamaria com muita propriedade anos de aprendizagem.
Percebe-se, na progressão da carreira, como a educação superior universitária assume uma função estratégica de formar e capacitar recursos
humanos para os seus próprios quadros e para os demais níveis e tipos de
ensino, máxime o fundamental e o médio.
É do seu posto, na Universidade de Lisboa, que Miguel desenvolve
todo um trabalho altamente pedagógico com Didática, Metodologia do
Ensino da História e Estágio. Coordenou por anos o Seminário de Didática e Conteúdos Programáticos e ensinou também Teoria da Educação,
Sociologia da Educação e Metodologia da História. A propósito da Didática, é oportuno referenciar Duarte Costa Pereira, distinguido scholar
da Universidade do Porto, quando se refere à clivagem entre didática da
Europa Central e ao currículo anglo-saxônico. A Europa central refere-se
certamente ao grande Comenius e ao desenvolvimento do Curriculum
and Programs, nas universidades norte-americanas.
A propósito de sua contribuição à educação, tomo a sua obra Didáctica da História: teorização e prática - algumas reflexões como exemplificação do seu saber pedagógico, reflexo do seu fazer. Neste trabalho
discute os modelos educativos, o planejamento didático, as estratégias do
processo ensino–aprendizagem, os materiais escolares de apoio, a avaliação, problema tão discutido entre nós, as visitas de estudo, a utilização
dos meios audiovisuais e a metodologia do projeto.
Já em outra obra, que trata da mesma problemática metodológica O ensino da história numa escola em transformação - discute como os
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Discurso de recepção ao sócio Miguel Maria Santos Corrêia Monteiro
estudantes do ensino básico e secundário não gostam de História. Empiricamente, mostra o resultado de um inquérito realizado com 480 respostas
em que 179 alunos disseram que não gostam de História. Indaga: em
uma escola em transformação, qual o valor da História como disciplina?
Como ensinar História em um contexto de tecnologia, de pressa e do
pronto a servir?
Reconhece que uma das respostas encontra-se na “alteração dos métodos de ensino, o que pressupõe igualmente uma mudança na atitude dos
professores, que passa pelo abandono gradual de um tipo de aula baseado
na exposição exaustiva e cansativa de conteúdos”.
Em contraste marcante reconhece que o público anônimo, sobretudo
adulto, tem demonstrado vivo interesse, pois “aumenta de dia para dia:
editores, realizadores de cinema e de televisão, arqueólogos e entusiastas
de diversos países, todos eles encontraram um público para o qual a História constitui uma fonte inesgotável de fascinação.”
Miguel, respondendo à pergunta formulada por John Chaffer – será
que a morte do passado atingiu nossas escolas? – mostra a utilização do
documento nas estratégias do ensino da História, isto é, em um ensino
ativo. Pesquisa documental que pode envolver teste de hipóteses, exige consulta aos mais diversos tipos de arquivos públicos e privados e
apresenta-se sob os mais diversos formatos, na caracterização de Antônio
Carlos Gil.
No início do seu magistério escreveu e ilustrou um delicioso livro - A
ilha pedagógica. - uma verdadeira utopia da escola. Enfeixa:
É um conjunto de reflexões, fruto da experiência humana e profissional do autor, e pretende alertar os leitores para o problema
da Escola isolada, fechada sobre si mesma, sobre os sistemas pedagógicos inalteráveis, sobre os seus preconceitos e métodos antiquados e em muitos casos cheios de erros, que contribuem para
deformar gerações de alunos em nome da tradição, em nome de
projetos mais ou menos percebidos e adaptados e quantas vezes
afastados da realidade e portanto utópicos.
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Edivaldo M. Boaventura
Ao longo da participação em encontros de âmbito científico e pedagógico e em inúmeras atividades de formação em comunicação e conferências, expressa a sua contribuição à história. Um dos temas mais recorrentes são os jesuítas. Ilustro com alguns: “Ação dos jesuítas na China até
o início da Querela dos Ritos”, “A Companhia de Jesus e a missionação
no Oriente”, “O século XVII e o Marquês de Pombal”, “O tempo de São
Francisco Xavier”, “Teísmo e humanismo na educação jesuítica dos séculos XVI e XVIII. Um ensaio deixou-me curioso: “O longo e penoso
exílio dos jesuítas portugueses em Itália durante os reinados de D. José I
e D. Maira I”.
Possui alentado conhecimento sobre a vida dos nossos padres jesuítas haurido das suas investigações, nos arquivos da Itália, em especial
Roma, Ferrara e Bolonha, Espanha e Portugal, quando da elaboração da
sua tese de doutoramento. Considerando a cópia, abundante e qualificada,
dos seus ensaios jesuíticos, Miguel nos deve uma coletânea da Societatis
Jesu S.J. que eu intitularia - Jesuítas, educação e fé. É uma sugestão que
flui da leitura da sua obra.
Dentro da temática jesuítica, seleciono o belo livro: São Francisco
Xavier: um homem para os demais, comemorativo do quinto centenário
de nascimento. Belíssimo em palavras e em ilustrações como o esplendor
miraculoso do apóstolo do Oriente, pintado por Rubens, a despedida de
Dom João III, retratada por José de Avelar Rebeto e a movimentada tela
de André Reinoso que mostra São Francisco Xavier tornando doce a água
do mar. Dentre todo o conjunto figurativo e textual, destaco a frase dramática de despedida de São Francisco Xavier ao seu amigo e colega de
ordem, Santo Inácio de Loiola, “até a eternidade”.
Uma abordagem dentre muitas outras da sua produção científica são
as relações entre História e Cinema. Como secretário da Comissão de
Formação Permanente do Centro de História da Universidade de Lisboa,
organizou o primeiro ciclo de palestra “Cinema e História”, dedicado à
História Contemporânea. Assim, trabalhou a Guerra Civil Espanhola com
as películas La lengua de las mariposas, um filme de 1999 dirigido por
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Discurso de recepção ao sócio Miguel Maria Santos Corrêia Monteiro
José Luís Cuerda, o Dragon rapid, de Jaime Camino, de 1986. Dedicando-se aos temas medievais, instrumentalizou o ensino com O nome
da rosa, de Jean-Jacques Annaud, O sétimo selo, de Ingmar Bergman, o
Decameron, de Píer Paolo Pasolini.
Atinente ao filme A missão, considera um filme histórico “quando
procura recriar e interpretar uma série de acontecimentos reais ocorridos
no passado, mas de uma enorme relevância no desenvolvimento futuro
das colônias espanholas e portuguesas na América, e mesmo no que diz
respeito ao cenário político da Europa”.
Enfim, pondera que a concepção positivista da História, na época da
criação do cinema, era voltada para o documento escrito. Os positivistas foram incapazes de mudar as suas concepções não somente quanto à
história, mas também no que tange à documentação: “a função didática
da relação cinema-história se consubstancia na utilização de um novo
método aplicado ao ensino: o uso da linguagem cinematográfica como
instrumento auxiliar de formação histórica, com a finalidade de integrar,
orientar e estimular a capacidade de análise dos estudantes.”
Começando a fechar esta palavra congratulatória, Miguel, em pleno
desenvolvimento de sua carreira acadêmica, participa de bancas de exames, elabora pareceres técnicos e científicos e orienta mestrados e doutoramentos. No particular, distingue-se pela coordenação do Mestrado em
Didática da História, ao qual tem se empenhado com energia e extremos
de dedicação.
Dentre as muitas organizações a que Miguel pertence, cabe uma referência à Academia Portuguesa da História pelas relações institucionais
e pessoais com o nosso Instituto. Como Secretário-Geral da joanina Academia, tem sido um parceiro qualificado desse relacionamento entre as
duas instituições. Instituições que têm como função precípua a disseminação do conhecimento pela convivência acadêmica.
Miguel é um fautor da internacionalização das Academias de História, que é também um dos objetivos do nosso Presidente Arno Wheling,
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Edivaldo M. Boaventura
que procura, internamente, a aproximação com os Institutos Históricos
brasileiros. Interessa incrementar o intercâmbio interacadêmico e intrauniversitário como expressão ou talvez como reação à globalização. No
que tange a Portugal e ao Brasil, a aproximação complementa a pesquisa
pela história nos dois lados do Atlântico.
Como Secretário-Geral da Academia Portuguesa da História, colabora eficientemente com a presidente Manuela Mendonça, no desempenho
de funções e missões, tanto em Portugal quanto no exterior. Recentemente, distinguiu-se na hospitalidade das Primeiras Jornadas Comemorativas
da Partida da Família Real para o Brasil 1807-2008. Recordo a visita às
históricas Linhas de Torres, cuidadosamente preparadas por ele. Lembro
igualmente o sucesso do Décimo Congresso Ibero-Americano das Academias de História, de 2006. Por tudo que tem realizado no relacionamento
Brasil-Portugal, este cerimonial de entrada quer dizer também agradecimento. Muito obrigado, meu caro Sócio Correspondente.
Meus caros amigos, presidente Arno Wheling, secretária Cybelle de
Ipanema, meus caros confrades.
A tomada de posse no nosso Instituto sucede à agregação que o confrade Miguel acaba de se submeter com êxito em setembro. Esses exigentíssimos exames da tradição universitária européia avaliaram o seu labor
acadêmico e científico na construção da História Moderna, no magistério
superior na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Se este é um
momento de agradecimento é também de congratulação pelo sucesso do
desempenho acadêmico. Parabéns, meu caro amigo Miguel, por toda uma
vida dedicada aos estudos, pela sua distinguida scholarship, pela produção científica e acadêmica, integradas à Educação e à História, e mais ainda pela amizade e vivo interesse pelo Brasil, o professor doutor Miguel
Maria Santos Corrêia Monteiro muito somará com a sua incorporação ao
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Parabéns, meu caro amigo. Venha com a sua Margarida, a quem
apresento os melhores e mais distinguidos sentimentos de acolhida. Venha com as alunas, alunos, colegas e servidores da Universidade de Lis-
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Discurso de recepção ao sócio Miguel Maria Santos Corrêia Monteiro
boa e venha também com os confrades da nossa mui querida Academia
Portuguesa da História.
Bem haja.
Seja bem feliz na Casa da Memória Nacional.
Gratos a todos pela atenção,
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2008.
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Discurso de posse: Pombal e os Jesuítas
DISCURSO DE POSSE1
MIGUEL CORRÊA MONTEIRO
POMBAL E OS JESUÍTAS
Miguel Corrêa Monteiro
Passados cerca de duzentos e trinta anos após a sua fundação por
Inácio de Loiola e um punhado de companheiros, e de ter sido autorizada
pelo Papa Paulo III, a Companhia de Jesus foi suprimida por um outro
Papa, Clemente XIV, cedendo assim às pressões dos soberanos de Portugal, Espanha, França e Nápoles. Foi a 21 de julho de 1773. E sobre este
facto uma questão se nos coloca desde já: será que a perda desta Congregação pelas monarquias católicas referidas foi uma questão tão inesperada como alguns autores querem fazer crer? Pensamos que não há nada
de surpreendente neste facto, uma vez que ele reflecte o lento processo
de afrontamento entre o poder absoluto que vigorava no chamado século
das Luzes, que, ao dominar o Estado, não podia tolerar um outro poder
ou Estado paralelo. Como é que uma sociedade religiosa que dependente
acima de tudo dos próprios Papas poderia ter coabitado um “edifício”
onde só havia espaço para o Estado Absoluto?
Na construção deste Estado surge-nos a figura incontornável de Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e depois Marquês de
Pombal, cujo governo de Portugal foi caracterizado por Francisco Calazans Falcon do seguinte modo:
“Um mercantilismo de tipo clássico, tardio mas ajustado à defasagem da sociedade lusa, adequado ao absolutismo reformador
que dele se serve como instrumento de aceleração das mudanças.
Insere-se então, como problemática mais profunda, a de transição
do Feudalismo ao Capitalismo. Ilustração numa sociedade perifé1 –1Realizada em 26 de novembro de 2008.
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Miguel Corrêa Monteiro
rica, longamente fechada sobre si mesma, na qual o movimento
ilustrado foi fatalmente alguma coisa vinda de fora, do “estrangeiro”. Em conseqüência, diversidade de discursos, eclectismo das
formas de pensamento, redefinição das práticas ao sopro de uma
realidade que se dobra mas continua a resistir. Encontro, teoricamente inexplicável, de dois fenómenos que deveriam em princípio
repelir-se um ao outro: o Mercantilismo e a Ilustração. Entretanto, ali estavam eles, juntos, articulados, durante todo o período
pombalino”2.
Quando nos interrogamos sobre os verdadeiros motivos que terão
levado o Marquês de Pombal a perseguir os Jesuítas do modo como o
fez, parecendo ser esta a missão mais importante da sua vida, temos que
partir dos documentos existentes, como a lei da proscrição, entre outros, e
onde são referidas seis importantes acusações. A primeira tem a ver com a
famosa questão em torno do Tratado de Limites, celebrado ainda em vida
do Rei D. João V (1750), e que entregava a Portugal o Sul do Brasil. Este
facto obrigou a transferência de sete aldeias de indígenas missionadas por
Jesuítas espanhóis para a margem esquerda do Rio Paraguai. Em troca
Portugal entregou à Espanha a Colónia do Sacramento, situada perto de
Buenos Aires.
A resistência dos índios em abandonar os locais onde habitavam foi
atribuída aos Jesuítas com acusações publicadas em Lisboa na Relação
abreviada da República, que os religiosos Jesuítas das Províncias de
Portugal e Espanha estabeleceram nos Domínios Ultramarinos das duas
Monarquias; e da guerra, que neles têm movido, e sustentado contra os
exércitos espanhóis e portugueses. Formada pelos registros das Secretarias dos dois respectivos Principais Comissários, e Plenipotenciários; e
por outros documentos autênticos, e também na Dedução Cronológica e
Analítica publicada em Lisboa no ano de 1765. Sobre este assunto refere
o padre Jesuíta António Leite,
“Os índios recusavam-se a deixar as suas casas e terras, não obs2 –1Francisco José Calazans Falcon. A época pombalina, São Paulo, Ática, 1982, p.
483.
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Discurso de posse: Pombal e os Jesuítas
tante as instâncias dos missionários para que cumprissem as ordens do monarca espanhol. Mas, mesmo que os jesuítas, sobretudo ao princípio, apresentassem as dificuldades de tal medida, ou
até alguma resistência, como aliás as autoridades e os Bispos do
território espanhol, não seriam responsáveis deste facto os seus
confrades portugueses”3.
Contudo, a luta travada pelos índios contra as tropas aliadas de Portugal e Espanha, apesar de ter sido corajosa, era desigual, e acabou com a
chacina de milhares. A força das armas acabou de um modo violento com
a utopia, o sonho dos padres inacianos. Para Lúcio de Azevedo,
“A execução do Tratado de Limites no Brasil, o estabelecimento
da Companhia do Grão-Pará, a declaração da liberdade dos indígenas da América, pertencem a este período do Governo pombalino, antecedente ao terramoto, e constituem na sua ligação o facto
culminante de todo o reinado. Com efeito, esses actos levaram
Carvalho à luta com os Jesuítas, e daí por diante toda a administração se orienta pela idéia sobreposta a tudo o mais de os vencer
e aniquilar” 4.
Quando examinamos a correspondência de Mendonça Furtado, Governador da Amazónia e irmão de Pombal, compreendemos que existia
um ressentimento mais antigo contra os inacianos, demonstrador de que
o eventual confisco das suas propriedades e outros bens, assim como o
fim da administração que exerciam nas suas missões, iriam permitir um
desenvolvimento do controle, não só político quanto à mão-de-obra indígena, mas em relação à posse económica da região amazónica. Foi também atribuído aos missionários portugueses do Norte do Brasil o facto
de ter sido mal recebida a perda dos benefícios de autoridade temporal
concedidos anteriormente aos índios, assim como a proibição de pode3 –1António Leite SJ, “A Ideologia Pombalina - Despotismo Esclarecido e Regalismo”,
in Como Interpretar Pombal?, Lisboa, Ed. Brotéria, 1983, pp. 27-54. Veja-se igualmente
Miguel C. Monteiro, Inácio Monteiro (1724-1812), um jesuíta português na dispersão,
Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004, pp. 177-213.
4 –1Lúcio de Azevedo, in O Marquês de Pombal e a sua época, Lisboa, Clássica Edit.,
1990, p. 95.
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Miguel Corrêa Monteiro
rem enviar ao Reino os produtos da terra indígena para compra ou troca
de outros que lhes faziam falta tais como tecidos para se puderem vestir
e ferramentas. Em causa estava o monopólio concedido por Pombal à
Companhia do Grão-Pará.
Os Jesuítas entenderam que este facto significava a ruína das aldeias
dos índios, e procuraram reagir, nomeadamente através do padre Malagrida, que se deslocou à Corte em Lisboa. Alegava-se também que os
inacianos se dedicavam ao comércio, o que corrompera muitos padres
− esquecendo-se as anteriores concessões reais e pontifícias − e ainda que
nas suas queixas, nomeadamente ao Geral da Congregação, difamavam
o rei e o ministro. O seu envolvimento no atentado perpetrado contra D.
José foi outra das acusações que fizeram contra os inacianos. Nada se provou contra estes, para além das confissões obtidas durante a tortura a que
foram sujeitos o Duque de Aveiro e um dos Távoras. Na sentença que foi
mandada ao Papa, os Jesuítas também foram acusados de terem incitado
os amotinados do Porto em 1757.
Todos estes acontecimentos tiveram lugar numa época histórica
complexa, mas ao mesmo tempo cativante para o historiador como foi
o século XVIII, em meados do qual o “Despotismo Esclarecido” estava
amplamente divulgado na Europa. Em Portugal, esse sistema esteve geralmente associado ao Regalismo, sendo apontado o ministro de D. José
I, mais conhecido por Marquês de Pombal, como o seu principal protagonista, durante o longo reinado do rei (1750-1777)5. Durante muito tempo
foi comum atribuir-se ao ministro todas as realizações importantes da
época, principalmente depois do terramoto de 1755 e do atentado contra o
monarca ocorrido em 1758, altura em que os destinos do Estado passaram
a estar nas mãos de Carvalho e Melo.
Mas terá sido D. José um rei fraco, alheado dos assuntos da governação, levando uma vida de luxo, entregue aos prazeres da caça, da música
e das aventuras amorosas, como diversos autores o caracterizaram? Será
que delegou completamente no seu ministro toda a pesada responsabi5 –1Cf. António Leite, “A Ideologia Pombalina−Despotismo Esclarecido e Regalismo”
in Como interpretar Pombal?, Lisboa, Ed. Brotéria, 1983, p. 27.
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Discurso de posse: Pombal e os Jesuítas
lidade de tomar decisões, limitando-se a assinar sem ler os documentos
mais complexos, dando deste modo uma total e cúmplice cobertura à actuação do seu ministro, que lentamente se tornou aos olhos do reino uma
figura omnipotente? Pensamos que não, sendo até normal o rei despachar
com os secretários de estado quando a corte se encontrava em Mafra ou
Salvaterra.
O rei travou igualmente as pretensões de Pombal em relação ao julgamento dos Jesuítas, porque o desejo do ministro era fazê-los julgar por
um tribunal civil, o que era sem dúvida um atropelo ao Direito Canónico
que determinava que os inacianos fossem julgados nos tribunais eclesiásticos, mas, como seria de prever, o Papa negou a possibilidade em contrário. Mas este facto não evitou que os Jesuítas fossem desnaturalizados,
presos e expulsos do reino e de todos os domínios do Ultramar por lei de
3 de Setembro de 1759, assinada conjuntamente pelo monarca e o seu
omnipotente ministro. Dificilmente podemos acreditar, no entanto, que
o monarca, apesar de influenciado por Pombal, tivesse podido acreditar
na culpabilidade global dos Jesuítas, que antes, enquanto príncipe e nos
primeiros anos do seu reinado, tanto estimara.
Alguns historiadores têm mesmo afirmado, modernamente, que o
Rei D. José foi umas vezes cúmplice e outras o instigador das acções praticadas pelo seu ministro. E se nos é difícil perceber se o monarca pensava
de um modo diverso de Carvalho e Melo, o facto é que, em termos práticos, o monarca se identifica com Pombal, sendo o próprio Rei o primeiro
responsável pelos actos praticados pelo seu ministro.
O Marquês de Pombal interferiu igualmente nas ordens religiosas,
ao perseguir os seus membros que não estavam de acordo com as idéias
regalistas, através das escolhas que recaíam em pessoas que aprovavam
as sua idéias e o seu modo de actuar, particularmente os religiosos que
desejavam uma maior austeridade para as respectivas Congregações, e
que foram acusados de violarem o segredo da confissão. Contudo, o objectivo maior da perseguição de Pombal foi, sem dúvida, a Companhia
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de Jesus, de quem se procurou servir para alcançar o poder6. No entanto,
a feroz perseguição que lhes moveu no País e no estrangeiro, valendo-se
de todos os meios para alcançar os seus fins, culminando na sua desnaturalização, prisão e expulsão, foram bem a medida do ódio de Sebastião
José aos jesuítas.
Esta animosidade contra os filhos de Loiola está bem patente com a
publicação da famosa Dedução Cronológica e Analítica (1767), onde a
história nacional, sobretudo no que diz respeito aos seus períodos negativos, é vista como conseqüência nefasta da influência directa ou indirecta
dos inacianos. Todo o espírito de isenção na linha de Fr. António Brandão
e D. António Caetano de Sousa fora deixado de lado7. E, depois da morte do Marquês, estabeleceu-se uma divisão de opiniões a favor e contra
Pombal. Os pombalinos, representados pelo ministro Sousa Coutinho,
defenderam uma “interpretação da sua atitude como quase laicista, jusnaturalista, precursora dos novos tempos e de novas formas de governo, ligadas aos conceitos do despotismo iluminado”. Os que expressavam uma
opinião diferente, considerando que o período pombalino tinha sido uma
vergonha para o País, tinham no Visconde de Vila Nova de Cerveira a sua
figura principal. Os ecos que chegavam até nós da Revolução Francesa
contribuíram para a perda de importância da primeira corrente de opinião,
sobretudo em termos políticos.
A pressão internacional para que o Papa suprimisse uma Congregação a quem a Igreja devia tanto, usando toda a influência pessoal e diplomática para conseguir alianças para os seus intentos junto dos governos
6 –1O Marquês de Pombal ficou a dever a seu tio Paulo de Carvalho, lente da Universidade e arcipreste da Patriarcal, o seu património inicial, pois dele herdou, em 1737, bens
em Oeiras e Sintra, prédios em Lisboa, e mais de 504 mil cruzados em dinheiro, e foi
certamente esse tio que o relacionou com o Cardeal D. João da Mota, primeiro-ministro
responsável pelo seu envio para Londres. Cf. J. Lúcio de Azevedo, O Marquês de Pombal
e a sua época, Lisboa, Clássica Editora, 1990, p. 10.
7 –1Cf. J. Borges de Macedo, artº sobre Pombal, in Dicionário de História de Portugal,
dirigido por Joel Serrão, Porto, Liv. Figueirinhas, 1992, vol. V, p. 113. Segundo este historiador, “Com a Dedução Cronológica inaugurou-se uma historiografia oficial abertamente
partidária e que continuou até os nossos dias, tendo pertencido à cultura não-oficial o
esforço de isenção e de justa análise”.
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Discurso de posse: Pombal e os Jesuítas
de Madrid e de Paris, não deu tréguas ao Papa Clemente XIII. Contudo,
não se submetendo às imposições de que era alvo, o Pontífice Romano
publicou o breve Apostolicum Pascendi de 7 de Janeiro de 1765, defendendo os inacianos. A reacção do ministro português não se fez esperar, e
está patente na proposta apresentada aos governos da Espanha e da França, congregados contra os Jesuítas: a criação de uma força expedicionária
para invasão dos Estados Pontifícios a fim de obrigar o Papa a extinguir
a congregação Inaciana. Estava mesmo prevista a sua deposição no caso
de se recusar a fazê-lo.8 Contudo, tal não foi necessário, visto que no dia
2 de Fevereiro de 1769, morria Clemente XIII, e as três potências conjugaram esforços, utilizando a sua influência junto à Santa Sé, para que o
Papa a escolher fosse do seu agrado. O novo Papa eleito, Clemente XIV,
foi assim ocupar a cadeira do Bispo de Roma em tempos conturbados
para a cristandade. Não conseguindo enfrentar as ameaças das três cortes
católicas, cedeu, acabando por decretar a extinção da Companhia de Jesus
a 21 de julho de 1773.
É bem verdade que os Jesuítas tinham inimigos. Alguns ataques contra eles foram feitos pelos enciclopedistas, designadamente D’Alembert
que, no entanto, considerava que os jansenistas eram muito piores e se,
por acaso, fossem poder, passariam a exercer sobre todos uma violenta
repressão. Outros vieram mesmo do seio da própria Igreja através de congregações que olhavam o poder dos Jesuítas e a sua influência política
com desconfiança e, porque não dizê-lo, com inveja. E se os ministros das
potências católicas, Pombal, Choiseul, Aranda e Tanucci representando
os governos de Portugal, França, Espanha e Nápoles, contribuíram com
os seus ataques para a exaltação do espírito voltairiano, há que procurar a
razão principal da extinção da Companhia na formação do Estado Nacional Moderno. A Congregação inaciana foi fruto da sua época, isto é, foi
8 –1Como a Espanha não se mostrasse muito interessada na empresa, o poderoso ministro de Luis XV, e Duque de Choiseul, enviou resposta através do embaixador francês
acreditado em Lisboa, de que se tratava de um perigoso intento, e que o melhor seria as
três potências interessadas na extinção dos inacianos esperarem mais algum tempo, pois
o Papa Clemente XIII estava doente e avançado em idade, apostando-se, deste modo, na
sua morte para se tomar decisões.
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fundada durante um período da história européia em que se degladiavam
os sectores romano e germânico, tentando manter um certo distanciamento em relação às fronteiras nacionais e aos ventos que agitavam as bandeiras de Francisco I, Henrique VIII e os príncipes protestantes 9.
A afirmação crescente dos nacionalismos, que se dava não só em
Portugal, era comum à França, Espanha e Áustria. A influência francesa
no destino da Espanha ainda foi maior com a candidatura dos príncipes
franceses ao seu trono. Esta centralização foi provocando uma cada vez
maior incompatibilidade entre as opções romanas dos inacianos e os interesses directos dos Estados Absolutos, como aconteceu nos territórios
americanos da Espanha e de Portugal. A Companhia que manifestara uma
abertura a todos os povos e culturas e uma enorme capacidade de adaptação às culturas diferentes dos valores transmitidos pela evangelização
e pelo ensino, foi fazendo de aliada do filosofismo e procurou manter as
melhores relações com os “déspotas iluminados”, mas não se conteve
com os ataques que lhe eram dirigidos da Enciclopédia.
Ao lidar com nacionalismos crescentes, as hipóteses de sobrevivência foram também escassas, porque teria sido preciso mudar tudo ou quase tudo, e fazer isto teria sido descaracterizar a Congregação. Sem dúvida
que havia muito antigo aluno que detinha posições importantes no tecido
social e nos quadros nacionais, mas seria possível à Companhia desligarse do seu voto de obediência ao Papa? E à ortodoxia católica? Como
tornar autónomas as suas diversas províncias? Os Jesuítas tiveram que
enfrentar esta tempestade que caiu sobre eles, confiando que de Roma,
o Geral, Padre Lorenzo Ricci, eleito em 1758, conduzisse a nau a bom
porto, enfrentando numerosos problemas como os constantes ataques dos
jansenistas, dos galicanos e dos “filósofos”.
9 –1 Cf. Idem, ibidem, pp. 480-481. Para o autor, a Companhia tinha tentado adaptar-se,
mas as “tentativas de apagar as suas origens externas, transnacionais, ultramontanas, abortam definitivamente no fim do reinado de Luís XIV, quando o Papa se serve da Companhia
para fazer prevalecer em França a aplicação da Bula Unigenitus que pretende submeter a
prática cristã à negação expressa do jansenismo. Está aí o principal ponto de ruptura que
marca a ferro em brasa a Sociedade, instrumento de um processo inquisicional, opressivo,
e decretado do estrangeiro”.
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A complicar a situação estavam as relações com a Santa Sé que não
eram as melhores desde há muito, visto que os Jesuítas tinham sido condenados na questão dos “rituais chineses”, e viram a História do Povo de
Deus (Histoire du peuple de Dieu) do padre francês Berruyer ser incluída
no Índex. Também havia muita discordância entre as posições de Roma e
os missionários no respeitante ao Paraguai. Mas a grande ofensiva contra
os inacianos partiu de Portugal, onde o fervor missionário dos companheiros de Loiola tinha sido tão proveitoso desde o reinado de D. João
III. Como foi possível uma tal reviravolta? Será que Carvalho e Melo foi
assim a única causa da desgraça da Companhia? Segundo Lacouture, “a
causa antiga e profunda foi a situação conflituosa entre os Jesuítas fundadores das missões guaranis e as colónias portuguesas. Originariamente,
como vimos, e primeiro sobre a protecção muito notória e muito directa de Madrid, os “Pais” haviam constituído os “redutos” como bastiões
contra os caçadores de escravos, na sua maioria portugueses ou vindos
de territórios controlados por Portugal, como os mamelucos paulistas.
As relações entre a “República Guarani” e Lisboa baseavam-se, pois, na
contradição”.
Era forçoso que as grandes casas nobres fossem atingidas, sobretudo as que tinham interesses ultramarinos como as Casas de Aveiro e
Távora. Esta política também se dirigiu às ordens religiosas com os mesmos interesses e influência no estrangeiro, sendo a Companhia de Jesus a
mais significativa. Este processo teve diversas evoluções caracterizadas
por uma guerra aberta no Brasil, pelos motins populares do Porto, e pela
tentativa de eliminação física do rei e as relações tensas com a burguesia
lisboeta.
As dificuldades que o Estado atravessava não foram somente de natureza política. A diminuição das remessas de ouro brasileiro provocara
efeitos no comércio do açúcar, diamantes e escravos. Este facto ocasionou
uma diminuição do poder de compra de produtos estrangeiros, afectando principalmente as importações de Inglaterra. A somar às dificuldades
comerciais, as nossas exportações também diminuíram, o que agravou
ainda mais a crise nos rendimentos do Estado. Este conjunto de probleR IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):33-56, out./dez. 2008
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mas não fez desanimar Pombal, que procurou diminuir os seus efeitos em
termos económicos e sociais.
A responsabilidade da crise foi atribuída aos Jesuítas, culpados de
todos os males de que o País sofria, através de uma vasta campanha interna e externa de propaganda política. As conseqüências foram a expulsão
dos filhos de Loiola, a morte do Padre Malagrida aos oitenta e dois anos
– prenunciadora do ajuste de contas com a alta nobreza do reino como
veio a suceder depois do atentado contra o rei – o corte de relações com
Roma, a perseguição a outras ordens religiosas, e aos pequenos e médios
mercadores.
A narração pormenorizada que Pombal levou a efeito contra a Companhia de Jesus, e que esteve na origem da perseguição, prisão e banimento dos padres inacianos não somente de Portugal continental, mas
também de todo o Ultramar em 1759-1760 até à extinção da ordem em
1773, foi escrita pelo Padre Jesuíta José Caeiro, um contemporâneo entre
muitos outros destes acontecimentos10.
Pombal tentou justificar os seus procedimentos de diversas formas.
Não só através Relação Abbreviada publicada em dezembro de 1757, e à
qual alguns inacianos pretenderam dar resposta. Contudo, para não piorar
a situação adversa em que estavam envolvidos os Jesuítas, tal resposta
não foi autorizada pelo Provincial. Tentava-se deste modo evitar aumentar o clima de tensão entre o ministro de D. José e os filhos de Loiola,
e que seria certamente desvantajosa para estes, como veio a acontecer
mais tarde. Já desde o tempo da questão dos redutos que se receava na
Congregação a reacção violenta de Pombal. As conseqüências não se fizeram esperar a começar pelos Jesuítas residentes na Corte, a quem foi
dada ordem de expulsão, sendo-lhes vedada a entrada no paço. Aqueles
inacianos desempenhavam importantes funções como confessores e perceptores de fidalgos e de membros da Família Real, como aconteceu com
10–1Veja-se José Caeiro, S. I., História da Companhia de Jesus da Província de Portugal
(Séc. XVIII), Lisboa, Edit. Verbo, 1995-1999. Trad. portuguesa segundo o ms. Livraria
2600-2601 do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa, por Júlio Morais S. I. (Livro
I) e José Leite, S. I. (Livros II-V).
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o Infante D. Pedro, irmão do Rei, e das filhas deste, em que destacamos a
futura rainha D. Maria I. A sua influência era ainda maior por serem conselheiros do monarca nas questões de âmbito moral e eclesiástico, pelo
que a sua saída provocou as mais diversas reacções. Recearia Pombal que
informassem o rei dos acontecimentos ocorridos no Brasil? E teria sido
realmente necessário?
Foram igualmente desterrados outros Jesuítas da capital, assim como
os 21 que haviam chegado do Maranhão, por ordem do Governador, Francisco Almada e Mendonça, que era irmão de Pombal. Sobre as acusações
de que foram alvo, nenhuma tinha ficado provada. Desterrados então, seriam igualmente presos em 1759. Por altura destes acontecimentos, Carvalho e Melo acusou os Jesuítas, sobretudo através da Relação Abreviada
como referimos, apresentada ao Papa Bento XIV. No limiar da sua vida,
o Papa não quis deixar de atender a um documento oficial da coroa portuguesa, e tendo também em conta que as acusações eram graves, nomeou
o Cardeal Francisco de Saldanha para Visitador da Companhia de Jesus
em Portugal, tendo-lhe recomendado discrição e moderação no inquérito
que iria realizar.
Os Jesuítas receberam a notícia da nomeação do Cardeal Saldanha a
2 de maio de 1758 e confiaram que a visita do reformador da sua Congregação se faria com toda a imparcialidade. No entanto, o Cardeal Visitador
não realizou a investigação como lhe fora ordenado pelo Papa, condenando os Jesuítas por fazeram comércio vedado aos religiosos, e proibindoos de continuarem a fazê-lo, ameaçando-os com a pena de excomunhão.
Ao acusar os jesuítas de “amotinados, infiéis ao rei, manchados com
o crime de negociação e semeadores de doutrinas falsas e sediciosas”,
Pombal pretendia deixar o Patriarca de Lisboa, D. José Manuel da Câmara, sem capacidade para reagir, cedendo aos desejos do ministro. Assim,
a 6 de junho de 1758 foi retirada aos filhos de Loiola a capacidade de
confessar e pregar, sendo mesmo proibidos de o fazer na igreja patriarcal
de Lisboa.
O ódio contra os inacianos terá sido a principal razão que moveu
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Pombal? Será que foi este o principal motivo do ministro de D. José, a
justificar a afirmação de João Lúcio de Azevedo de que “toda a acção
pombalina é consequência do seu ódio antijesuítico”?11 Terá sido esta a
verdadeira razão da feroz perseguição à Companhia de Jesus, iniciada
pelo ministro português e rapidamente alargada à França, Espanha e alguns estados italianos? Terá sido aquele o principal motivo dos pedidos
feitos pelos governos para, através de ameaças directas ou veladas, obterem do Papa a extinção da Congregação inaciana? Diremos ainda com
Lúcio de Azevedo, referindo-se a Pombal, que
“Dentro e fora do País foi grande a repercussão dos seus actos.
Como Tanucci e Aranda, Frederico, o Grande, e José II de Áustria, quis a golpes de tagante despertar a sua nação para a vida
nova, que o fermentar das idéias, a meio do século XVIII, deixava
obscuramente entrever. Mas, sempre imbuído da rotina que pensava repudiar, foi seu principal esforço consolidar o poder régio,
rematando o abaixamento já secular da nobreza, e, até onde foi
possível, emancipando a autoridade civil da tutela romana, obra
que a Idade Média principiara”12.
Como seria de esperar, esta intenção do Papa não foi do agrado das
cortes interessadas na perda da Companhia, e o direito que se concede a
quem é acusado para que se defenda, um direito aliás bem cristão, foi recusado aos amigos de Jesus. O que receavam? Que os jesuítas conseguissem convencer os juízes se estes fossem isentos? O facto é que as cortes
11–1Cf. António Leite, “A Ideologia Pombalina-Despotismo Esclarecido e Regalismo”,
in Como Interpretar Pombal?, Lisboa, Ed. Brotéria, 1983, p. 53. Para o autor, a razão
“era a mesma porque os jansenistas e regalistas, sobretudo em França, tanto odiavam
os Jesuítas: a oposição que sobretudo aqueles religiosos manifestavam contra as idéias
menos ortodoxas, ou mesmo francamente heterodoxas dos jansenistas e dos regalistas e
galicanos, sobretudo contra o Papa, ao qual os Jesuítas se mantinham fiéis, até em virtude
de um voto especial de obediência que emitiam os seus professos”.
12–1J. Lúcio de Azevedo, op. cit., p. 7. “A execução do tratado de limites no Brasil, o
estabelecimento da companhia do Grão-Pará, a Declaração da Liberdade dos Indígenas
da América pertencem a este período do Governo pombalino, antecedente ao terramoto,
e constituem na sua ligação o facto culminante de todo o reinado. Com efeito, esses actos
levaram Carvalho à luta com os Jesuítas, e daí por diante toda a administração se orienta
pela idéia sobreposta a tudo o mais, de os vencer e aniquilar”.
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não aceitaram a realização do Concílio.
Na madrugada do dia 21 de julho de 1773, Clemente XIV assinou
o breve Dominus ac redemptor que suprimia a Companhia de Jesus. De
que valeram as manifestações posteriores de arrependimento? Não tinha
o Papa o poder de revogar um documento de que foi responsável? Não
sabia o sucessor de Pedro que a supressão dos Jesuítas representaria sempre um duro golpe no “edifício” cristão, e que o seu próprio prestígio ficaria afectado? O facto é que no Breve criticou profundamente inacianos,
acusando-os de serem uma fonte de discórdias para a cristandade:
“... A Sociedade, quase ainda no berço, viu nascer no seu seio diferentes germes de discórdias e de invejas que não só dilaceraram os
seus membros mas também os levaram a sublevar-se contra outras
Ordens religiosas, contra o Clero Secular, as Academias, as Universidades, os Colégios, as escolas públicas, e contra os próprios
Soberanos que os haviam acolhido nos seus Estados”.
O texto tenta justificar, no passo seguinte, os motivos que levaram
à expulsão da Companhia de Jesus: “não houve nenhuma das acusações
mais graves que não fosse feita contra esta Sociedade, e a paz e a tranqüilidade da Cristandade foram durante muito tempo perturbadas (...)”, justificando-se em seguida a atitude tomada pelas monarquias de Bourbon:
“ao ponto de os nossos caríssimos filhos em Jesus Cristo os reis
de França, Espanha, Portugal e das duas Sicílias serem obrigados
a banir dos seus Reinos, Estados e províncias todos os religiosos
desta Ordem, persuadidos de que este meio extremo era o único
remédio para tantos males e o único que se devia usar para impedir
os Cristãos de se insultarem, de se provocarem mutuamente e de se
ofenderem no próprio seio da Igreja, sua mãe. Mas estes mesmos
reis, nossos caríssimos filhos em Jesus Cristo, pensaram que este
remédio não poderia ter um efeito duradouro nem estabelecer a
tranquilidade no universo cristão, se a Sociedade em si não fosse
inteiramente suprimida e abolida”.
Segundo a opinião do Professor Borges de Macedo, o governo pom-
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balino, como uma realidade em si mesma, desligado da respectiva realidade social e política onde se integra, assim como das restantes perspectivas económicas e culturais, tem sido visto como sendo obra do Ministro
Pombal, de D. José ou dos dois.
“Nesse dimensionamento, esquecem-se, quase sempre, não as pessoas, mas as posições contrárias e o que elas defendiam, assim
como a situação do País dentro da qual elas fazem sentido. Mas na
História Política, a actuação dos governos e das oposições nunca
se bastam a si próprias”13.
Refere ainda aquele historiador que é forçoso considerar a época
pombalina “como um todo onde os contrários existem” para a podermos
compreender.
“Nela, os Jesuítas foram vencidos, precisamente, porque tinham
algo de importante a dizer, a que o aparelho de Estado se opôs
porque tinham algo de importante a defender. As sociedades são
assim. Mal vai quem as julga de outro modo e supõe que os homens se esgotam nesses problemas do dia a dia. Para vencer os
Jesuítas, Pombal teve de os esmagar. Isto significa que a mensagem que representavam era essencial para o tempo em que estes
acontecimentos ocorreram. A fatalidade da história é só a de que
tem de haver vencedores e vencidos. Não se segue daí que estes
últimos estejam em erro ou em culpa; pode significar que a sua
mensagem é, por um momento, ultrapassada pelos acontecimentos. E foi o que sucedeu. Na dialéctica da sociedade portuguesa do
século XVIII, seguros da justeza da sua posição, quanto à origem
do poder, como defensora dos homens contra o perigo da tirania,
os Jesuítas foram vencidos mas não recuaram nessa posição doutrinária. Era, como se viu, o essencial” 14.
A 3 de setembro de 1759 completava-se um ano sobre o grave atentado contra o Rei D. José. Esta foi a data escolhida para publicação da lei
que acusava os Jesuítas.
13–1Jorge Borges de Macedo, “Dialéctica da Sociedade Portuguesa no tempo de Pombal”, in Como interpretar Pombal?, Lisboa, Edit. Brotéria, 1983, pp. 22-23.
14–1Idem, ibidem, p. 23.
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Discurso de posse: Pombal e os Jesuítas
“Declaro os sobreditos Regulares na referida forma corrompidos,
deploravelmente alienados do seu Santo Instituto, e manifestamente indispostos com tantos, tão abomináveis, tão inveterados e tão
incorrigíveis vícios para voltarem à observância dele, por notórios
rebeldes, traidores, adversários e agressores, que têm sido e são
actualmente, contra a minha Real Pessoa e Estados, contra a paz
pública dos meus reinos e domínios, e contra o bem comum dos
meus fiéis vassalos; ordenando que como tais sejam tidos, havidos
e reputados; e os hei desde logo, em efeito desta presente lei, por
desnaturados, proscritos e exterminados; mandando que efectivamente sejam expulsos de todos os meus reinos e domínios, para
neles mais não poderem entrar; e estabelecendo, debaixo de pena
de morte natural e irremissível e de confiscação de todos os bens
para o meu fisco e câmara real, que nenhuma pessoa, de qualquer
estado e condição que seja, dê nos meus reinos e domínios entrada
aos sobreditos Regulares ou qualquer deles, ou que com eles, junta
ou separadamente, tenha qualquer correspondência verbal ou por
escrito, ainda que hajam saído da referida Sociedade e que sejam
recebidos ou professos em quaisquer outras províncias de fora dos
meus reinos e domínios” 15.
Em conseqüência destes crimes eram expulsos de Portugal e seus
domínios. Num “Comentário” ao julgamento do Tribunal de Lisboa, publicado pelas Novidades Interessantes pode, ler-se o seguinte:
“Foi o rei de Portugal que decidiu despojar os Jesuítas daquela soberania que tinham usurpado no Paraguai e que lhes era mais cara
do que as meninas dos olhos (...). É por isso que os Jesuítas dão
lições não só de revolta e sedição, mas também de assassínio e de
sangue (...). Estes ‘Pais’ decidem autoritariamente que matar o rei
não é sequer um pecado venial (...). Qual não será o excesso desta
maldade, quando a deliberação e a decisão dizem respeito não à
vida de um particular mas à do Soberano; quando se trata de a sa15–1 “Lei da Expulsão da Companhia de Jesus” in José Caeiro, S. I., História da Expulsão
da Companhia de Jesus da Província de Portugal (Séc. XVIII), Lisboa, Editorial Verbo,
1999, pp. 391-393 com ortografia actualizada. O texto pode igualmente ser encontrado na
Colleção de Leis, Decretos, e Alvarás, Ordens régias e editaes, que se publicárão desde o
Anno de 1759 até 1764, Lisboa, bem como na Colleção dos Negócios de Roma, I, Lisboa
1874, pp. 114-116.
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crificar não a um interesse público, real ou suposto, o que deixaria
ainda ao projecto um grau de enormidade que faz horror, mas ao
interesse particular daqueles que pronunciam a decisão, do que só
os Jesuítas são capazes. (...) Estes ‘Pais’ não são talvez os únicos
que têm defendido que por vezes é permitido matar os reis; mas
são os únicos que nunca abandonaram esta doutrina execrável. São
os únicos que a adoptaram. São os únicos que a ensinam numa
tradição perpétua, desde há mais de cento e cinqüenta anos. São os
únicos, enfim, a tomarem-na como regra de conduta e a aplicá-la
no seu próprio interesse...” 16.
Mais uma vez foram os inacianos acusados de pretenderem usurpar
o território do Brasil, pelo que a maneira rápida como se tinha enfrentado
este problema foi até considerada benéfica para a coroa, considerandose que, se tivessem esperado mais dez anos para os reprimir, os Jesuítas
poderiam resistir com êxito às forças européias coligadas. Refere ainda o
documento que foi o fracasso deste projecto que levou os padres inacianos a prepararem a ruína da real pessoa assim como dos vassalos, preparando o atentado de que fora vítima o monarca no ano anterior. Então,
como é referido no documento,
“passaram a atentar contra a minha fama a cara descoberta, maquinando e difundindo por toda a Europa, em causa comum com os
seus sócios das outras regiões, os infames agregados de disformes
e manifestas imposturas”.
Nessa data era publicado o decreto de expulsão dos Jesuítas, declarando o Rei que os considerava:
“corrompidos, deploravelmente alienados do seu santo instituto,
e manifestamente indispostos com tantos, tão abomináveis, tão
inveterados e tão incorrigíveis vícios para voltarem à obediência
dele, por notórios rebeldes, traidores, adversários e agressores, que
têm sido e são actualmente, contra a minha real pessoa e Estados,
contra a paz pública dos reinos e domínios, e contra o bem comum
dos meus fiéis vassalos; ordenando que tais sejam tidos, havidos
16–1Nouvelles intéressantes, Tomo III, p. 447.
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e reputados; e os hei desde logo, em efeito desta presente lei, por
desnaturalizados, proscritos e exterminados; mandando que efectivamente sejam expulsos de todos os meus reinos e domínios, para
neles mais não poderem entrar; e estabelecendo, debaixo de pena
de morte natural e irremissível e de confiscação de todos os bens
para o meu fisco e câmara real, que nenhuma pessoa, de qualquer
estado e condição que seja, dê nos meus reinos e domínios entrada
aos sobreditos Regulares ou qualquer deles, ou que com eles, junta
ou separadamente, tenha qualquer correspondência verbal ou por
escrito, ainda que hajam saído da referida Sociedade (...) a menos
que as pessoas que os admitirem, ou praticarem, tenham para isso
especial licença minha...”.
Por conseguinte, os Jesuítas foram presos por todo o reino e respectivas possessões no ultramar, as suas escolas cercadas e encerradas, os
seus bens arrolados e confiscados e os seus membros, incluindo os noviços, presos onde quer que estivessem. Metidos em prisões desumanas,
aguardaram penosamente o momento de embarcar para Itália, permanecendo os estrangeiros nos cárceres nacionais. Os inacianos portugueses
acusados ficaram igualmente nas prisões estatais, como aconteceu aos
provenientes do Grão-Pará e Maranhão.
A expulsão foi o golpe de misericórdia no condenado, afastando de
vez a influência que a Congregação inaciana tivera na política portuguesa,
motivando o desdobramento de esforços e energias de vários reinos católicos que em Roma se multiplicavam em actividades para a extinção da
própria Companhia. Referimos como o recém-agraciado Conde de Oeiras
se desembaraçou daqueles que julgou serem os seus maiores inimigos, e
expulsou o núncio Acciaiuoli sob um pretexto rídiculo de ordem protocolar. Este incidente provocado tinha como finalidade última a criação de
uma situação de corte institucional com a Corte Pontifícia, que recebera
os Jesuítas portugueses acusados de se terem organizado para contrariar a
acção de Pombal, e conseqüentemente o embaixador português em Roma
retirou-se. Não deixaram os bispos portugueses de obedecer à Santa Sé?
Com que intenção? Tudo indicia, como referimos, que Pombal projectou
a criação de uma igreja independente de Roma.
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Decorridos apenas três escassos meses do decreto de confisco dos
bens inacianos em Portugal, sucedeu a ordem de expulsão. De facto, o
Rei D. José informou o Papa através de carta datada do dia 20 de Abril
de 1759, da sua decisão de expulsar os Jesuítas do reino. Mas, paradoxalmente, parecia que não havia grande pressa em fazer embarcar a caminho
do exílio os primeiros Jesuítas, o que ocorreu em 16 de setembro, quando
132 padres partiram de Lisboa. Logo a seguir, a 5 de outubro, os Jesuítas
foram declarados rebeldes e traidores e o próprio Cardeal Visitador nesse
mesmo dia alertava o povo católico para o perigo que corria se os contactassem, acusando os inacianos de não se quererem emendar dos seus
erros, e pedindo para eles a oração dos fiéis para que se convertessem.
Depois de uma viagem muito dura, em que foram tratados como objectos
amontoados, chegaram ao porto de Civitavecchia, que fazia parte dos territórios Pontifícios, no dia 24 de outubro. Presos em condições desumanas, suportando o frio e a humidade das masmorras onde muitos vieram a
falecer, os inacianos, sobretudo os mais jovens sem os votos definitivos,
foram tentados a pedir ao Cardeal Saldanha a dispensa dos votos anteriormente feitos, ficando deste modo no reino. Sem forças anímicas para
resistir e pressionados igualmente pelas famílias, alguns renunciaram,
mas a esmagadora maioria, que incluía até os noviços da Congregação,
resistiu, como aconteceu em Coimbra onde de 145 escolásticos somente
três cederam. 17
O caminho do exílio foi realmente muito longo para os inacianos.
Entre 1759 e 1769, decorreu uma década em que o Governo de D. José
esteve apostado no enfraquecimento da Igreja. Podemos utilizar mesmo
a expressão de combate ou batalha diplomática, capitaneada pelo lado
português por esse homem de notável determinação e energia que foi
Carvalho e Melo. E no fundo era o interesse temporal que estava em
causa. Não vira a Europa do século XVI o interesse com que os príncipes
alemães se apressaram a enfileirar ao lado das teses de Lutero quando se
17–1Cf. William Bangert, S. J., História da Companhia de Jesus, Porto, Livraria A. I.,
1985, p. 447. “Dos 1700 membros da Assistência Portuguesa, incluindo os missionários
de além-mar, seis sétimos permaneceram fiéis à Companhia. O governo procedeu a expulsão por fases, vindo a aportar na Itália cerca de 1100 Jesuítas portugueses”.
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Discurso de posse: Pombal e os Jesuítas
falou em nacionalizar os bens das ordens religiosas? Agora tratava-se de
extinguir uma Congregação que fazia sombra ao poder dos reis absolutos,
e por isso Pombal obteve a aliança dos Governos francês e espanhol.
E porque de uma batalha se tratou, todos os meios foram utilizados
pelos atacantes para alcançar a vitória: as ameaças directas, os subornos
escondidos, as promessas a cumprir no futuro, os argumentos verbais e a
propaganda escrita, nomeadamente o livro Dedução Cronológica e Analítica, publicado em Lisboa em 1767, e que teve enormes conseqüências
no descrédito lançado contra a Companhia de Jesus, acusada de ser a
responsável dos momentos negativos acontecidos na História de Portugal
desde o seu estabelecimento no País. E nesta “guerra” tudo serviu, desde
a ameaça de um corte religioso com a Santa Sé, à invasão dos seus domínios por uma coligação militar dos países burbónicos, aos subornos a
certas figuras da corte pontifícia de Clemente XIII e à propaganda.
O longo caminho do exílio começara para os Jesuítas em 1755, ano
em que Carvalho e Melo enviou um decreto assinado pelo Rei ao Pará,
que era a capital da capitania do Grão-Pará e Maranhão, governada por
Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do ministro. Segundo refere o Padre Anselmo Eckart, como conseqüência deste acto, foram exilados três padres Jesuítas: Teodoro da Cruz, António José e o Padre Roch
Hundertpfund, natural da Baviera, conhecido e estimado pela rainha viúva de D. João V 18.
Foram os primeiros exilados. Ao aportarem a Lisboa a 19 de novembro de 1755, puderam ver uma cidade destroçada pelo grande terremoto
na sua caminhada para o Colégio de Santo Antão, que fora também atingido, servindo agora como hospital. Tendo ordens para se manterem disponíveis para serem convocados a qualquer momento, o facto é que isso
nunca aconteceu. Já anteriormente (em 1753), fora chamado pela rainha o
padre Malagrida para a assistir espiritualmente, e que pedia ao povo para
fazer penitência, considerando que o terremoto era um castigo divino.
Para trás tinham deixado longos anos de trabalho junto das populações
18–1Cf. Anselmo Eckart, S. J., Memórias de um Jesuíta prisioneiro de Pombal, Braga,
Livraria A. I., 1987, p. 19.
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Miguel Corrêa Monteiro
indígenas. A sua vinda foi como um presságio para os acontecimentos
dramáticos que ocorreriam posteriormente.
Em Setembro de 1757, os padres Jesuítas foram afastados da Corte
com a justificação de que já não eram necessários. Esta notícia foi-lhes
comunicada em plena noite, tendo apenas tempo para juntar os seus parcos haveres, e deixar o Palácio Real sob escolta militar. No dia seguinte,
a entrada na Corte foi vedada igualmente ao Padre Provincial quando este
procurava saber o que se passava, com a informação da parte de Pombal
da proibição de entrada a qualquer Jesuíta.
Em finais do mês de novembro de 1757, começava igualmente o
longo caminho do exílio para dez Jesuítas do Pará. Além do Reitor do Colégio, foram expulsos mais nove missionários, sendo três deles alemães.
Relata o Padre Eckart, que foi um dos expulsos, que os inacianos foram
metidos num navio de guerra que transportava material bélico, partilhando o seu alojamento com outros dez padres Capuchos. Depois de dois
meses e meio de viagem marítima algo atribulada em que foram vistoriados por duas naus inglesas, a comitiva dos exilados fora engrossada
com mais cinco Jesuítas vindos do Maranhão que viajavam em barcos
pertencentes à Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão. Chegados à
foz do Rio Tejo no dia 12 de fevereiro de 1758 e depois de um episódio
perigoso passado com um dos navios que evitou à justa um naufrágio,
ainda tiveram que esperar a bordo quatro dias antes de serem autorizados
a desembarcar. Este facto aconteceu perante a assistência de uma multidão que queria observar os inacianos. Uma vez desembarcados, foram
transportados em oito caleches, e por ordem de Carvalho e Melo partiram
para o exílio em Sanfins, tendo pernoitado em Sacavém. Foi durante esta
viagem que o grupo de exilados teve conhecimento do libelo intitulado
Relação Abreviada da República dos Jesuítas do Paraguai, um dos livros
que mais mal fez aos Jesuítas, tendo Pombal mandado imprimir só na
cidade de Lisboa 20 mil exemplares que foram distribuídos por diversos
nobres e religiosos, assim como aos embaixadores portugueses nas cortes
européias, onde foi traduzido e igualmente divulgado.
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Discurso de posse: Pombal e os Jesuítas
A política de Pombal foi a de resolver de uma vez por todas o problema da Companhia de Jesus em Portugal, e sem qualquer aviso enviar
para os Estados Pontifícios cerca de 1500 jesuítas, para que o Papa os
acolhesse e lhes desse sustento e trabalho, uma questão grave, visto estarem condenados a desterro perpétuo. No entanto, procurou separar os
não-professos, muitos deles jovens adolescentes dos inacianos com o 4º
voto, porque se considerava que não sendo ainda professos não tinham
ainda tomado conhecimento oficial das maquinações e projectos secretos
da Companhia contra o Rei e os seus domínios, e com muitas ameaças e
promessas de liberdade, tentou-se que abandonassem a Congregação.
Apesar de todas as vicissitudes porque tinham passado no seu longo
caminho do exílio, os Jesuítas portugueses experimentaram na Itália a
liberdade relativa dos que se consagram à vida religiosa. Viviam com
pouco, situação que se foi agravando como veremos, muitos não tinham
trabalho específico, em virtude do aumento da oferta que de repente tinha aparecido junto das comunidades italianas, tinham muitas saudades
dos seus parentes e amigos, mas estavam livres, viam a luz do sol e respiravam ar puro. A situação para os que ficaram em Portugal foi bem
diferente. Os que se encontravam em Azeitão continuaram a enfrentar
as tentativas levadas a cabo para que abandonassem a Companhia. Eram
ainda submetidos às mais árduas provações, tendo aí falecido diversos Jesuítas, como os Padres João Lopes, que fora Reitor do colégio de Setúbal,
e António Pais, já muito idoso, que fora companheiro do Padre Malagrida
no Maranhão. Deste local veio também para Azeitão e aí morreu o Padre
Manuel Taborda, e o Irmão Carlos Correia, nascido no Brasil.
Será legitimo considerar que Pombal obteve vitória sobre a Companhia de Jesus? Não estava o País em dificuldades quando Carvalho e
Melo se tornou Secretário de Estado? Onde é que estava o Portugal de
outros tempos, a nação poderosa do século XVI, com muitas das suas
conquistas perdidas para ingleses e holandeses? Não terá sido esta vitória
de Pombal, segundo refere o padre inaciano William Bangert, “um estranho acto de automutilação”? É que a atitude do Ministro de D. José não
deixa de parecer estranha, porque em vez de procurar dar consistência ao
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País e aos domínios do ultramar, precisamente quando o momento era de
crise, o Marquês, “com a cegueira própria dos Iluministas, baniu um grupo numeroso de homens que, além das suas criações literárias, científicas
e espirituais, dirigiam vinte colégios em Portugal, e trinta nas colónias.
(...) Embora Pequim e Nanquim legalmente estivessem dentro da esfera
do Padroado português, o Vice-Rei da Índia, Manuel Saldanha de Albuquerque, a mais alta autoridade portuguesa no Oriente, recebeu instruções
para não tocar nos Jesuítas da China, porque esses viviam “mais como
gentios do que como religiosos”, e não eram facilmente substituíveis.
Mas dos outros campos de missão, consagrados pelos suores de alguns
dos maiores apóstolos da história, como a Índia, de Francisco Xavier, Roberto de Nobili e João de Brito; Macau de Alessandro Valignano e Matteo
Ricci; o Brasil de Manuel da Nóbrega, José de Anchieta e António Vieira;
a África de Gonçalo da Silveira, Baltazar Barreira e Pedro Pais − de todas
estas regiões ultramarinas, as naus, transportando nos porões superlotados e insalubres cerca de 850 homens, sulcaram os mares em direccção
à Europa” 19.
A história repetiu-se. Mas desta vez não foram cristãos novos a abandonar o Reino, desterrados, mas levando as suas riquezas e contribuindo
para o desenvolvimento económico de outras nações. Agora eram homens de grande cultura e experiência cujo exílio provocou um enorme
vazio nos territórios por eles deixados, como o Brasil, e um retrocesso em
termos educativos, porque os colégios ficaram sem mestres qualificados,
obrigados a transportar para outras paragens o seu saber.
Se, por um lado, foi em Portugal que se iniciaram os cerrados ataques contra a Companhia de Jesus que acabaram por a perder, foi, por
outro lado, com profunda emoção que se assistiu ao heróico exemplo
que deram todos aqueles que aceitaram o exílio perpétuo de preferência
à renúncia da sua fé e dos seus votos. Ao testemunho de inacianeidade
que foi dado por professos e não-professos, alguns com 16 anos de idade,
que souberam resistir a todas as ameaças e promessas de liberdade e de
pensões para abandonarem a Companhia, tudo enfrentando desde os tra19–1Cf. William Bangert. op. cit., pp. 448-449.
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Discurso de posse: Pombal e os Jesuítas
tamentos desumanos, às ameaças de perpétua prisão, à morte pela fome
em ilhas desertas ou nas costas de África, às ternas súplicas de mães e
irmãs, regadas com lágrimas que fizeram alguns vacilar, apelos de amigos e de familiares horrorizados com a perspectiva do exílio para sempre
em terra distante. Em nome da fé tudo souberam sofrer e ultrapassar. E
mesmo se houve alguns que fraquejaram como é próprio dos homens,
este facto ainda vem engrandecer mais o mérito dos que renunciaram a
viver em liberdade no seu próprio País, e a viver o seu longínquo desterro
com resignação, preferindo isso a violar os seus votos e a sua vocação
religiosa.
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Miguel Corrêa Monteiro
Referências bibliográficas
Azevedo, Lúcio, O Marquês de Pombal e a sua época, Lisboa, Clássica
Edit., 1990.
Bangert, William, S. J., História da Companhia de Jesus, Porto, Livraria A.
I., 1985.
Caeiro, José, S. I., História da Companhia de Jesus da Província de Portugal
(Séc. XVIII), Lisboa, Edit. Verbo, 1995-1999.
Colleção de Leis, Decretos, e Alvarás, Ordens régias e editaes, que se
publicárão desde o Anno de 1759 até 1764, Lisboa, bem como na Colleção
dos Negócios de Roma, I, Lisboa 1874.
Eckart, Anselmo, S. J., Memórias de um Jesuíta prisioneiro de Pombal,
Braga, Livraria A. I., 1987.
Falcon, Francisco José Calazans, A época pombalina, São Paulo, Ática,
1982.
Leite, António, S.J., “A Ideologia Pombalina - Despotismo Esclarecido e
Regalismo”, in Como Interpretar Pombal?, Lisboa, Ed. Brotéria, 1983, pp.
27-54. Veja-se igualmente
Macedo, Jorge Borges de, “Dialéctica da Sociedade Portuguesa no tempo
de Pombal”, in Como interpretar Pombal?, Lisboa, Edit. Brotéria, 1983, pp.
22-23.
Macedo, J. Borges de, artº sobre Pombal, in Dicionário de História de
Portugal, dirigido por Joel Serrão, Porto, Liv. Figueirinhas, 1992, vol. V, p.
113.
Monteiro, Miguel Corrêa, Inácio Monteiro (1724-1812) um jesuíta português
na dispersão, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, 2004.
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Discurso de recepção ao sócio Pedro Aranha Corrêia do Lago
DISCURSO DE RECEPÇÃO AO SÓCIO
PEDRO ARANHA CORRÊA DO LAGO
Alberto Venancio Filho1
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro recebe hoje como Sócio Honorário brasileiro um historiador da Arte, um bibliófilo, um colecionador, um ex-livreiro e um editor, mas dentre tantos títulos se destaca,
sobretudo, o pesquisador.
Assim foi salientado na proposta de admissão assinada por mais de
uma dezena de sócios:
“Queremos acentuar que as atividades a que vêm se dedicando o
candidato, no campo da cultura, na pesquisa, colecionamento, estudo, divulgação, de documentos históricos, e de Arte, livros, inclusive os raros,
sempre teve neste Instituto pesquisadores dedicados, desde os precursores, como Rio Branco, Varnhagen, ou Affonso Taunay, até os mais recentes, como, por exemplo, José Antônio, no Recife; Mindlin em São Paulo;
Ferrez, ou Sousa Leão, no Rio; cada um com suas características mas,
certamente, todos importantes para o campo cultural de nosso País.”
Neto de Oswaldo Aranha, Pedro Corrêa do Lago nasceu em 1958 no
Rio de Janeiro. Poucos anos depois o pai, o Embaixador Antônio Corrêa
do Lago, foi removido para Caracas, o que lhe proporcionou na meninice
o conhecimento da língua espanhola, na qual aprendeu a ler e escrever.
Estágio importante foi também a residência em Genebra, a cidade
de Calvino e Rousseau, e a freqüência ao liceu de língua francesa, onde
tomou conhecimento da cultura francesa e universal. Em muitos casos
o drama de filhos de diplomatas são apenas curtas estadas no Brasil e
longas permanências no exterior, que provocam o desenraizamento e o
desconhecimento da cultura do seu País. Não foi o caso do nosso homenageado, as freqüentes vindas ao Brasil, quando vivendo no exterior, e
realizando curso de humanidades em colégio no Rio deixaram marcas
1 –1Sócio Titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
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Alberto Venancio Filho
firmes no primado da Cultura Brasileira.
Quando da formatura no Colégio Santo Inácio, vivíamos na época
os malefícios do bacharelismo que afastava dos cursos de direito jovens
com predisposições humanísticas e estávamos em predomínio da era dos
economistas.
Optou pela Economia e formou-se pela PUC, tendo entre seus professores Pedro Malan e como colegas Armínio Fraga e Gustavo Franco.
A escolha da dissertação de Mestrado revelaria o interesse histórico: a
evolução da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC), órgão
criado em 1945 no Governo Vargas para controle e fiscalização do sistema bancário, e vinte anos depois absorvido pelo Banco Central.
O interesse pela Arte e pela Pesquisa começou na infância, na casa
dos pais, na Bélgica, dos 11 aos 16 anos, folheando livros de Arte. A
residência era próxima da Alemanha, da França e da Holanda, e a família passava o domingo em visitas a cidades históricas ou museus. Nessa
época, já com surgimento do interesse por papéis e documentos, estudou
a pintura moderna, inclusive para orientação de coleções, e por extensão
se interessou pela pintura antiga.
O interesse por livros raros veio de freqüentar livrarias antiquárias
em Bruxelas e Paris durante toda a adolescência, pois em algumas delas
eram também vendidos documentos e papéis.
Após a formatura trabalhou por pouco tempo numa instituição financeira, mas se tornou logo sócio, durante um ano, numa firma que fornecia livros correntes brasileiros às universidades americanas. Durante esse
período formulou o projeto de uma livraria de livros raros em São Paulo,
e foi convidado em encontro casual na Inglaterra para representante da
Sotheby’s em São Paulo.
Em qualquer atividade humana, a fortuna maquiaveliana é indispensável para o êxito e na pesquisa histórica ela é extremamente importante.
E dela o novo sócio tem sido bem aquinhoado.
Dois exemplos, entre muitos, são ilustrativos. Percorria a Lima Li58
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Discurso de recepção ao sócio Pedro Aranha Corrêia do Lago
brary, doada pelo ilustre historiador e nosso consócio à Universidade Católica de Washington, para examinar um quadro de Frans Post quando verificou em cima de uma estante um quadro que o curador Thomas Cohen
declarava ser de Chamberlain, mas o olho clínico do visitante verificou
logo ser de Taunay, e que seria capa de um dos seus livros.
De outra feita, ao avaliar uma coleção de livros antigos num apartamento da Rui Barbosa, reparou em cima de uma estante num determinado
quadro. Ao examiná-lo concluiu ser quadro procurado há muitos anos,
uma pintura de Pailière, o mais importante quadro descritivo da Cidade
de São Paulo no século XIX.
Mas a fortuna se conjuga a virtude do especialista que sabe examinar
e com o cabedal de seus conhecimentos chegar a conclusões exatas.
Examinando os livros de gravuras o volume “Iconografia Brasileira” (Coleção Itaú), inclui uma das mais importantes coleções já formadas
do País. O volume apresenta tanto obras individuais excepcionais quanto
um conjunto quase exaustivo da iconografia impressa publicada no século XIX. Reúne uma das mais expressivas coleções de gravuras publicadas
sobre o Brasil durante o período que se estende desde 1847 a 1869. A
essas gravuras se adiciona conjunto de óleos e aquarelas de grande importância, tanto da imagem do nosso passado como de obras de arte de
qualidade relevante.
A coleção abrange imagens do Brasil inscritas num amplo espectro,
a começar no século XVII com Frans Post, o nosso primeiro paisagista
até 1860, quando a disseminação da fotografia determina o fim dos álbuns
de gravuras de temas brasileiros editados no Brasil e no exterior.
A iconografia brasileira do século XVII tem a expressão de novo,
se comparada à pobreza das imagens nos Estados Unidos, que só alguns
anos depois alcançara o privilégio de que o Brasil já teve em 1637, ter a
sua paisagem pintada por artista profissional formado na Europa.
Prefaciando um dos primeiros livros A Iconografia Paulista do Século XIX, escreveu José Mindlin:
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“Espero que este ensaio de pesquisa de Pedro Corrêa do Lago,
tão bem sucedido, não se limite ao presente volume. A iconografia
brasileira ainda tem muitos mistérios, especialmente a do Brasil
Colônia. Acho que todos devemos ser gratos ao autor pelo prazer
que nos proporcionou. Mas acho também que todos esperamos
vê-lo continuar seus esforços, valendo-se da nova faceta de seu
talento que este livro revelou”.
O prognóstico se confirmou procedente e várias outras obras surgiram de sua pena.
Outro volume, Cinco Séculos de Papel e Tinta, Autógrafos e Manuscritos da Coleção Pedro Corrêa do Lago, é parte da monumental coleção de dezenas de milhares de manuscritos reunidos durante muito anos.
Personalidades do mundo inteiro estão registradas em documentos inéditos. Cartas, manuscritos, desenhos, dedicatórias, fotografias assinadas,
os documentos reproduzidos no livro quase todos inéditos, em termos de
episódios desconhecidos da maior parte das personalidades mais expressivas dos últimos cinco séculos, todas elas hauridas de coleções privadas
formadas há quase trinta anos. O espectro é grande desde o século XI
aos dias de hoje, com personalidades, como Rubens, Rafael, Napoleão,
Freud, Joyce Proust e Einstein.
O professor Carlo Ginzburg, da Universidade de Piza e da Califórnia, um dos maiores especialistas contemporâneos, no prefácio fala do
entusiasmo e da revelação que foi um dia visitar a coleção de Pedro Corrêa do Lago. Posso confirmar que idêntico fato aconteceu comigo, certo
dia em sua residência em São Paulo, ao mencionar qualquer nome a esmo
tirava ele do gavetão um autógrafo da pessoa.
Nesse tema de autógrafos, Pedro Corrêa do Lago discute sobre a sua
permanência do autógrafo e se a informática desferirá um golpe mortal
no autógrafo:
“Talvez possa vir a dar-se o caso, mas o telefone, tal qual a máquina de escrever, tinham já ― desde há cem anos contribuído para
diminuir sensivelmente o número de mensagens escritas a mão.
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Os faxes recebidos não são considerados como peças autógrafas.
E menos ainda os e-mails, mesmo que provenham autenticamente
de seu autor. É certo que os comportamentos no domínio da escrita
mudaram muito e deverão ainda evoluir. O autógrafo será por isso
cada vez mais apreciado e é de prever que as peças interessantes se
tornarão mais difíceis de encontrar, o que tenderá a valorizá-las”.
Já no campo da Pintura, a publicação da Obra Completa de Frans
Post (1612-1680), escrito com sua mulher Bia Corrêa do Lago e editado
em 2006, reúne trabalhos até agora desconhecidos, e constitui importante
contribuição para a história do Brasil holandês.
Na introdução o nosso novo sócio expõe a importância da passagem
do pintor pelo Brasil comissionado pelo Príncipe Maurício de Nassau,
com tantos outros artistas como Piso, Marcgraf, Barleus e Eckout. Evaldo
Cabral de Melo acentuou que a vinda desses artistas foi iniciativa pessoal
do Príncipe, desvinculada de sua ação administrativa. Enquanto Eckout
se retratava às pessoas, Frans Post restringiu-se ao estudo da paisagem e
forneceu matéria extremamente importante para o conhecimento da História Social da época.
Os engenhos, os fortes, as igrejas retratadas pela sua mão podem ser
mais expressivas para o conhecimento histórico do que muitos trechos de
livros.
Vários estudiosos anteriormente se debruçaram sobre o estudo da
obra de Post, com Oliveira Lima anteriormente, Eduardo Prado, Pedro
Souto Maior e mais recentemente com o Embaixador Joaquim de Souza
Leão Filho, mas o livro de Pedro e Bia Corrêa do Lago colocou em total
dimensão a importância desse pintor e a relevância de sua obra.
Na expressão de Ribeiro Couto, Maurício de Nassau desejava que
os pintores “copiassem” as coisas novas que pintassem “documentos” do
reino exótico e Post correspondeu a esse propósito, pois a ele se deve o
primeiro retrato plástico de um fragmento da terra brasileira, foi ele quem
primeiro fixou na tela a nossa luz, os nossos rios, os nossos horizontes, a
cor do nosso ambiente físico na região nordestina.
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Alberto Venancio Filho
Em matéria de fotografia, um grande livro com uma visão admirável
da cidade de São Paulo na década de 60, no século XIX, é volume de Augusto Militão de Azevedo. Carioca que iniciou a vida como artista teatral,
indo a São Paulo com uma companhia ali se radicou, se dedicando anos
depois à fotografia.
Naquele momento a cidade de São Paulo era atrasada, com uma população de cerca de vinte mil habitantes, dos quais quinhentos eram estudantes da academia de direito que exerciam papel relevante na vida da
cidade.
O Rio de Janeiro não teve um registro fotográfico tão expressivo
quanto São Paulo – graças ao trabalho de Augusto Militão. Afonso Taunay já acentuara a importância dos trabalhos que vinham sendo divulgados, mas trabalhos avulsos e incompletos, dos quais o volume que Pedro
Corrêa do Lago apresenta oferece uma visão mais abrangente.
A fotografia documental é instrumento importante para compreender
os espaços urbanos de São Paulo e tentar entender a paisagem humana
nesse processo de formação. Não fosse o trabalho de Militão iniciado em
1862, a Cidade de São Paulo de então seria totalmente abstrata para os
dias de hoje.
O interesse pela obra de Taunay, surgiu por acaso, quando Pedro
Corrêa do Lago visitava a biblioteca Oliveira Lima e encontrou um quadro do pintor.
Alguns anos mais tarde o quadro foi exibido pela primeira vez no
Brasil, o autor curador da exposição “Olhar Distante”, em São Paulo, na
comemoração dos quinhentos anos do Brasil. Nessa ocasião haviam surgido duas admiráveis paisagens atribuídas a Chamberlain pelo estudioso
Joaquim de Souza Leão, que Pedro Corrêa do Lago também atribuiu a
Taunay.
Deve-se o primeiro estudo sobre Taunay ao historiador brasileiro
Afonso Taunay, seu bisneto e nosso ilustre consócio que resolveu se debruçar sobre a vida do bisavô, quase que completamente esquecido e o
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Discurso de recepção ao sócio Pedro Aranha Corrêia do Lago
nome de Taunay significando apenas os descendentes que se tornaram
ilustres em vários setores da atividade cultural.
Taunay fez levantamento meritório, dadas as condições então pouco
favoráveis à pesquisa de História, e conseguiu identificar muitos quadros
da produção de Taunay que se encontravam na Europa e com o ramo
francês da família.
O livro discute o caráter oficial da missão; se teve realmente esse
caráter ou se foi iniciativa de particular, o que me parece, entretanto, irrelevante para o estudo da obra de Taunay. O livro analisa as dificuldades
do pintor ao chegar ao Brasil e adaptar-se à nova realidade. Na verdade,
ele nunca fez um esforço de adaptação, apenas resolveu não tomar conhecimento dela.
Taunay pintou o Brasil como se não estivesse aqui. Nada alterou de
sua paleta.
Mesmo diante da nova realidade do Rio de Janeiro, as formas do
Brasil foram modificadas em função dos princípios estéticos que Taunay
nunca deixou de cultivar.
O que Taunay sabia pintar era mais determinante do que a realidade.
Na verdade, na técnica, nas formas e nos esquemas, nada mudou no Brasil para Taunay, pois se recusava a pintar o que via. Ele só pintava o que
queria pintar.
Durante sua estada no Rio, a atitude de Taunay diante da paisagem
foi sempre a de idealizá-la.
“Taunay não leu o Brasil em português. Leu o Brasil em francês e
até mesmo italiano. Não adaptou sua pintura ao Brasil, mas o Brasil à sua
pintura.”
Passou cinco anos com vida pacata e conseguiu colocar a família na
residência da floresta da Tijuca, um local admirável de residência, onde
tinha uma plantação de café.
No final, resume Pedro Corrêa do Lago:
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“Não se trata de concluir se a obra de Taunay nos trópicos é um
fracasso ou um sucesso. É sem dúvida uma grande vantagem para
o Brasil ter tido sua paisagem submetida à escolha e à versão de
um grande artista neoclássico e a simples existência de vinte paisagens do Rio de Janeiro é um claro privilégio brasileiro”.
A publicação da obra Voyage Pitoresque et Historique du Brésil,
com as pranchas de Jean Batiste Debret pela Casa Firmin Didot de Paris
entre 1834 a 1939, inicia uma série de estudos sobre o pintor francês que
culmina com o Catálogo Raisonné Debret e o Brasil - Obra Completa
(1816-1831), de Pedro Corrêa do Lago e Júlio Bandeira.
No prefácio, o historiador e acadêmico José Murilo de Carvalho salienta que “para os historiadores em particular, a publicação desse catálogo é um grande presente. Debret inaugurou entre nós a história da vida
privada em imagens. Graças a ele, sobretudo, sem desfazer de Rugendas,
Ender e outros, somos informados sobre como se vestia, trabalhava, se
divertia, era enterrada gente rica e gente simples, livres e escravos”.
A obra está dividida em quatro conjuntos: óleos, aquarelas acabadas,
esboços e desenhos e gravuras.
Os autores dizem na introdução que “este é um livro de Arte e não se
pretende um livro de História. Não foram tentadas interpretações extensas da inserção de Debret em seu tempo nem uma análise de sua época a
partir de uma leitura literal de seus escritos”. Mas esta análise não seria
necessária, pois a expressividade da pintura de Debret pela exatidão da
realidade revela por si só a vida social da época.
Como comprovação da seriedade do trabalho, foi constituído, como
no catálogo de Post, um comitê de especialistas brasileiros e estrangeiros
para dirimir dúvidas e estabelecer um corpus coerente da obra de Debret,
dentre eles o nosso ilustre e querido consócio embaixador João Hermes
Pereira de Araújo.
Debret foi eleito Sócio Correspondente do Instituto Histórico em
1830 e já no ano seguinte surgiram na Revista do Instituto críticas a seu
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Discurso de recepção ao sócio Pedro Aranha Corrêia do Lago
trabalho.
Na síntese de Afonso Arinos de Melo Franco:
“Em termos franceses a posição de Debret como artista foi modesta. E para o Brasil ele continua a ser o mais precioso documentarista da formação de nossa sociedade de país independente.”
Este ano um novo volume de Pedro Corrêa do Lago foi publicado,
a “Coleção Princesa Isabel – Fotografias do Século XIX” (A descoberta
de um tesouro cultural inédito composto de mais de mil imagens brasileiras).
Visitando há alguns anos uma neta da Princesa Isabel para lhe oferecer o livro de gravuras do século XIX, o casal Corrêa do Lago encontrou
num grande baú de ferro centenas de fotografias, logo identificada pela
coleção pessoal, formada pela Princesa Isabel e o Conde D’Eu, levada
para o Castelo de D’Eu, até a sua morte em 1920.
A coleção se equipara à Coleção Tereza Cristina Maria, doada por
Dom Pedro II à Biblioteca Nacional, e tem ainda a peculiaridade de destacar grandes mestres da fotografia do século XIX, entre os quais Marc
Ferrez.
No prefácio com o título sugestivo “O Tesouro no Baú”, o historiador e acadêmico José Murilo de Carvalho conclui:
“A descoberta e revelação da Coleção Princesa Isabel opera uma
revolução no campo da fotografia brasileira Oitocentista. A Princesa e o Conde prepararam um festim iconográfico para os historiadores do Brasil e da fotografia.”
De fato, a História do Brasil Imperial ganhou relevo nesta obra, da
qual se destacam momentos expressivos da época: os episódios da Abolição e a fotografia extraordinária da Sessão do Senado que aprovou a
Lei Áurea; o interesse do Conde D’Eu pelo Exército com fotografias expressivas de manobras militares e episódios da Guerra do Paraguai e o
interesse do casal pela imigração em Santa Catarina e no Rio Grande do
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Alberto Venancio Filho
Sul, revelada em muitos instantâneos.
O especialista Joaquim Marçal Ferreira de Andrade ressalta a importância da coleção do ponto de vista técnico:
“Ela vem iluminar algumas das áreas – dos estudos históricos de
nossa fotografia –, ainda obscuras, esclarecer dúvidas e, acima de
tudo, provocar e renovar os debates sobre alguns dos temas mais
palpitantes, quando lidamos com as imagens do nosso passado.”
Como enquadrar essa importante obra editorial na historiografia?
No livro “De La Connaissance Historique”, o historiador francês
Henri Irenée Marrou, no capítulo “A história se faz com documentos”,
esclarece:
“Nós não podemos atingir o passado diretamente, mas somente
através dos traços, inteligíveis para nós, que foram deixados deles
na medida em que esses traços subsistiram e nós o reencontramos
e somos capazes de interpretá-los. Reencontramos a primeira e a
mais forte das servidões que pesa sobre a elaboração da História.”
Acrescenta o historiador francês:
“Encontramos aí um dos limites mais estreitos e rígidos em que
se encontra limitado o conhecimento histórico: sua possibilidade,
sua precisão, seu interesse e valor se encontram determinados pelo
fato brutal, todo exterior da existência ou da ausência duma documentação conservada com relação a cada uma das questões que a
pesquisa se propõe a abordar.”
E cita o texto a frase lapidar de Stephan Zweig:
“Como poderemos surpreender o misterioso instante de transição
em que um verso, uma frase, uma melodia passam do invisível
para o material, senão nos escritos originais dos grandes mestres,
fruto de um enorme esforço ou redigido às pressas”.
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Discurso de recepção ao sócio Pedro Aranha Corrêia do Lago
Não seria necessário tratar da relação da Arte, especialmente da Pintura com a História, tema bastante estudado. Mencionaria apenas a obra
monumental de Francis Haskell, professor de História da Arte da Universidade de Oxford “History and Its Images”, examinando a influência da
Arte na História desde a Antiguidade. Conclui citando o livro do historiador holandês Johan Huizinga, que em “O Declínio da Idade Média”
demonstra que as pinturas de Jan Eick devem ser consideradas como o
último reflexo de uma civilização em decadência, e não como o anúncio
do nascimento de uma nova sociedade.
Enquanto as artes plásticas de há muito eram utilizadas como instrumentos de conhecimento histórico, só recentemente a fotografia ganhou
este status.
Cite-se um fato curioso como a utilização da fotografia tardou em
nosso país. No início do século XX, ao organizar Euclides da Cunha a
equipe para a missão de reconhecimento do Alto Purus, incluiu nela um
fotógrafo. O Secretário-Geral do Itamaraty, o velho funcionário Visconde
de Cabo Frio, que ocupava a função há muito tempo, opinou dizendo que
as expedições dos viajantes coloniais não levavam fotógrafo.
É evidente que a fotografia é um instrumento útil de conhecimento
da História. Se o passado é na expressão de Paul Valery “uma coisa toda
mental”, quanto teria ganho o passado se a fotografia existisse antes do
século XIX.
Entretanto, como documento a ser analisado pelo pesquisador, a fotografia é um dado natural que tem de ser trabalhado pelo pesquisador. Na
expressão de E. P. Thompson ,
“a iconografia, certamente, é uma fonte histórica das mais expressivas que traz embutida as escolhas do produtor e todo o contexto no qual foi concebida, idealizada, forjada ou inventada. Nesse
aspecto, ela é uma fonte como qualquer outra, e assim como as
demais tem que ser explorada com muito cuidado. Não são raros
os casos em que elas passam a ser tomadas como verdade, porque
estariam retratando fielmente uma época, um evento, uma deter-
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Alberto Venancio Filho
minada paisagem. Não se deve deixar prender por essas armadilhas metodológicas. É preciso saber filtrar todas essas imagens,
todos esses registros inconográficos.”
Às armadilhas metodológicas, podem ser citadas as armadilhas técnicas: recorde-se uma fotografia famosa da campanha eleitoral de 1947,
em que se tem a nítida impressão de que no palanque de comício em São
Paulo, Luis Carlos Prestes está segurando o microfone para Getúlio Vargas discursar.
Mas com todas estas ressalvas a fotografia se tornou indispensável
para o conhecimento histórico. Que grande utilidade para conhecer a vida
em São Paulo nos meados do século XX nas fotografias de Augusto Militão de Azevedo e com a vida imperial no álbum da Princesa Isabel.
Na análise de Susan Sontag:
“Fotos fornecem um testemunho. Algo de que ouvimos falar mas
de que duvidamos parece comprovado, quando nos mostram uma
fotografia. Enquanto uma pintura ou uma descrição jamais podem
ser outra coisa que não uma interpretação estritamente seletiva,
pode-se tratar uma fotografia como uma transparência estritamente seletiva”.
E mais adiante:
“A época atual é de nostalgia, e os fotógrafos fomentam ativamente a
nostalgia. A fotografia é uma arte elegíaca, uma arte crepuscular”.
Ao cabo deste percurso cabe a reflexão de José Mindlin:
“Como Pedro Corrêa do Lago conseguiu reunir um acervo desse
porte, é um mistério, pois não somente exige persistência, conhecimento e muitas vezes patológica insistência, embora tenha sido
beneficiado por certa proteção sobrenatural que colocou em seu
caminho documentos normalmente inencontráveis.”
Um breve intervalo ocorreu nesta atividade intelectual. Surpreendido pela escolha do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, Pedro Corrêa do
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Discurso de recepção ao sócio Pedro Aranha Corrêia do Lago
Lago, dedicado aos livros, aceitou a tarefa de presidir a Biblioteca Nacional como um desafio. Trabalhando na iniciativa particular, encontrou
um ambiente bem diverso: a rotina e a rigidez burocrática, as verbas insuficientes e incertas, um pessoal competente e dedicado, mas com baixa
remuneração. Nos três anos de sua gestão, tentou realizar um programa
de abertura para o público potencial, incluindo, entre outras iniciativas,
a publicação da Revista de História da Biblioteca Nacional, assessorada
por um Comitê Editorial de grandes especialistas, revista e comitê mantidos pela administração seguinte. Com a extinção da Secretaria do Livro
e da Leitura, suas funções passaram para a Biblioteca e no período foram
instaladas cerca de 600 bibliotecas em municípios onde elas inexistiam.
Senhoras e Senhores,
Este sucinto e impreciso resumo da obra de Pedro Corrêa do Lago,
embora não permita avaliar a sua total dimensão, já dá a medida da importância de seus trabalhos para a História da Arte de nosso País e para a
pesquisa histórica, justificando cabalmente sua eleição para esta Casa.
Senhor Pedro Corrêa do Lago,
Ao ingressar no IHGB ainda na juventude, sabemos dos inúmeros
projetos em elaboração e a convicção de que iremos receber a profícua
colaboração da sua inteligência, da sua cultura e da sua extraordinária
capacidade de pesquisador.
O discurso que vamos ouvir “Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa” é a primeira dessas grandes contribuições.
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Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
DISCURSO DE POSSE1
PEDRO ARANHA CORRÊA DO LAGO
Debret e Taunay artistas rivais da Missão
Francesa
Pedro Aranha Corrêa do Lago
Senhor Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Dr.
Arno Wehling, Dr. Alberto Venancio Filho, ilustre jurista e historiador,
membro da Academia Brasileira de Letras, que me recebe hoje nesta casa
com um generosíssimo discurso, mais um gesto que devo à sua longa e
indefectível amizade; minha mãe, Dedei Aranha Corrêa do Lago, meu sogro, José Rubem Fonseca, Senhores Sócios, Senhoras e Senhores, é com
grande honra e prazer que tomo hoje posse da cadeira de Sócio Honorário deste Instituto, cuja atividade intensa admiro desde a adolescência. O
IHGB contribui fundamentalmente há 170 anos para o aprofundamento
dos estudos da História do Brasil, paixão que compartilho com os demais
sócios e também agora com um número cada vez maior de brasileiros.
Dos muitos temas ligados à História da Arte no Brasil que tive o
privilégio de estudar, dediquei-me recentemente à vida e à obra de dois
dos pintores de maior destaque do começo do século XIX em nosso País:
Jean-Baptiste Debret e Nicolas-Antoine Taunay, cuja rivalidade é o assunto desta fala.
Os dois franceses chegaram ao Brasil no mesmo momento, o que levou a historiografia tradicional a considerá-los sempre juntos sob a legenda de “Missão Francesa”, nome dado no início do século XX a um grupo
de artistas em dificuldades políticas na França com a queda de Napoleão.
Estes artistas, cujo destino se tornara incerto na nova fase da França que
se abriu em 1815, foram reunidos num grupo organizado por Joachim
1 –1Realizada em 12 de novembro de 2008.
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Pedro Aranha Corrêa do Lago
Lebreton, e partiram para o Brasil com o objetivo de iniciar o ensino
artístico e fundar uma academia de Belas-Artes no País. Como veremos,
as trajetórias de Debret e Taunay sempre estiveram em oposição e os
dois pintores foram – desde o embarque na França – rivais ferozes, pois
competiam pela mesma posição, a de Professor de Pintura de História na
futura Escola de Belas-Artes que esperavam criar. A chamada pintura de
história era então a categoria mais prestigiosa na hierarquia do ensino de
Belas-Artes e terminaria por equivaler no Brasil à posição de pintor oficial da Corte, pois pouco interessava a D. João VI aquela que talvez fosse
a segunda categoria mais valorizada, a chamada pintura de paisagem.
Faltaram elementos e alguns documentos-chave descobertos recentemente para que os historiadores do passado que se debruçaram sobre a
chamada Missão Francesa pudessem estudar mais profundamente a luta
surda que se travou entre Debret e Taunay. O terceiro personagem dessa
história, Joachim Lebreton, organizador da Missão, não desempenhou o
papel de árbitro que talvez lhe coubesse, pois também enfrentou a rivalidade de Taunay. Assim, deixou de ser isento e tendeu para o lado de
Debret.
É importante voltar às origens desta famosa Missão Francesa para
explicar melhor como o projeto brasileiro destes dois grandes artistas entra logo em conflito e por que motivos. Esta rivalidade só pode ser compreendida no contexto da estranha dinâmica do grupo que chegou ao Rio
de Janeiro em março de 1816, liderado por Lebreton, antigo secretário da
Seção de Belas-Artes do Instituto de França, também ele caído em desgraça no novo regime instaurado em seu país.
Esse grupo de vinte e poucas pessoas tem sido chamado comumente de Missão Artística Francesa, expressão que só foi definitivamente
cunhada por Affonso Taunay, bisneto do pintor, em 1916, exatos cem
anos após a chegada da então chamada “expedição”. O conjunto de artistas estrangeiros também tem sido às vezes tratado como “Missão Lebreton”, “Colônia Lebreton”, ou mesmo “Caravana Lebreton” e de tal forma
foi atabalhoada sua partida, ainda que sua organização pouco tivesse de
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Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
improvisada. Vamos continuar a nos referir a ela como Missão Francesa,
o nome mais habitualmente usado, apesar de todos concordarem que só
tenha sido assim batizada muito mais tarde. Ao partir, o grupo não tinha
qualquer nome oficial, e a colônia de artistas que se estabeleceu no Brasil
se autodenominava ainda “expedição”, na expressão do próprio Debret.
Consagrou-se entre nós, no entanto, o termo “Missão Francesa”, que, se
não prevaleceu em sua época, certamente pode ser usado hoje com propriedade, pois se tratou sem dúvida de uma “missão”, na medida em que
foi assim concebida e constituída por Joachim Lebreton.
Lebreton desempenha o papel crucial de tertius na rivalidade entre
Debret e Taunay, e é um personagem fundamental dessa história, que começa de fato com ele e com um dos maiores cientistas do século XIX,
Alexandre Von Humboldt, grande explorador da América Central e do
Sul. Humboldt fora impedido de entrar no Brasil pelas autoridades portuguesas no final do século XVIII, pois estas ainda temiam a incursão
de qualquer estrangeiro que pudesse revelar as riquezas do Brasil, tanto
mais um cientista que parecia aos olhos dos portugueses possuir qualificações de espião de alta periculosidade. Quase vinte anos mais tarde,
em 1815, quando começa nossa história, Humboldt continuava mantendo
laços com o Novo Mundo, especialmente com o México, onde participara
da criação da Academia de Nobles Artes, uma iniciativa que lhe parecia
particularmente importante e bem-vinda para as Américas.
Joachim Lebreton, acusado mais tarde de ser um padre que largara a
batina – quando na verdade fora apenas um seminarista –, casara-se com
a filha de um homem influente e, após as vicissitudes da Revolução Francesa, chegara à posição de grande destaque àquela época, de secretário
da Seção de Belas-Artes do Instituto de França, na qual se manteve por
mais de dez anos. Era um homem hábil, que soube ampliar seus apoios
durante a época napoleônica, mas que estava de tal forma comprometido
com o Império que em 1815, ante a dupla queda de seu protetor, sentiu claramente não ter mais condições políticas para conservar o posto.
Deve ter confidenciado esta profunda preocupação com seu futuro imediato a Humboldt, seu colega no Instituto de França. Estou convencido de
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Pedro Aranha Corrêa do Lago
que partiu de Humboldt a sugestão de que Lebreton se empenhasse num
projeto de criação no Brasil de uma escola de Belas-Artes nos mesmos
moldes da Academia de Nobles Artes mexicana, pois o francês não tinha
nenhum conhecimento do Novo Continente, e dificilmente lhe ocorreria
sozinho tal idéia como opção de solução para seu destino.
Humboldt conhecia também o Marquês de Marialva, Embaixador
português em Paris, e sabia que Lebreton mantivera boas relações com
o conde da Barca, agora ministro de D. João VI, quando este havia sido
o enviado português em Paris. Do encontro de Lebreton com Humboldt
deve ter surgido a idéia de propor a Marialva, com o endosso do cientista
alemão, a formação de um grupo de artistas e artífices que pudesse criar o
ensino de Belas-Artes no Brasil e atender também às muitas necessidades
decorativas da nova Corte do Reino Unido de Portugal e do Brasil.
Uma série de circunstâncias improváveis, mas particularmente felizes, permitiu que a hoje chamada Missão Francesa, que começou apenas
como uma “utopia Lebreton”, se materializasse no episódio pleno que
hoje conhecemos. Foram fundamentais o prestígio de Humboldt junto a
Marialva, o empenho pessoal e o entusiasmo de Lebreton – o principal
interessado –, mas também o apoio imediato do embaixador português,
homem culto que entendeu os grandes benefícios da iniciativa para a Corte no Brasil, uma vez que tal colônia de profissionais de alto nível poderia
ser contratada a baixo custo, devido à crise política que os desvalorizara.
Havia também a coincidência favorável da amizade de Lebreton com o
Conde da Barca, formada em Paris anos mais cedo, e que tornava o líder
da expedição uma figura confiável aos olhos do principal ministro francófilo de D. João VI no Rio de Janeiro.
É preciso notar que sempre foi muito claro para Marialva e para o
diplomata português que o sucedeu, o Cavaleiro de Brito, que – devido às
dificuldades pessoais que seus membros anteviam enfrentar na França – a
tal colônia de artistas formada por Lebreton representava sem dúvida a
melhor relação qualidade/preço existente na Europa naquele momento,
uma verdadeira pechincha se a idéia era trazer para a nova Corte um gru-
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Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
po de bons profissionais dessa área.
Se a escolha da Corte portuguesa fosse contratar um grupo equivalente na Inglaterra ou na Itália, as dificuldades e o custo seriam muito
maiores, uma vez que para convencer artistas estabelecidos a deixar suas
situações estáveis seria necessário oferecer fortunas. É portanto claro que
houve um profundo interesse das duas partes, e grande competência de
Lebreton, que convenceu talentosos profissionais franceses a tentar uma
grande aventura para integrar a expedição ao Brasil, ainda que compartilhassem em menor medida o seu infortúnio político. Houve empenho
também, é verdade, por parte dos portugueses Marialva, Brito e, mais
tarde, o Conde da Barca. Este acompanhou todas as negociações de seus
enviados à França, informando constantemente os pormenores a D. João
VI, e sempre ressaltando que não se prometesse nada aos franceses. Os
portugueses tinham uma clara noção da situação de força em que estavam nesta contratação, pois não restava ao grupo de franceses nenhuma
opção viável naquele momento. Falou-se do interesse do Czar da Rússia
em contratar Debret e Grandjean de Montigny (o ilustre arquiteto que
também fez parte da Missão), mas este projeto nunca teve chance real de
concretizar-se.
Uma vez abordado por nós o contexto da iniciativa de Lebreton, podemos agora comparar as circunstâncias pessoais muito diferentes que
levaram Debret e Taunay, os principais pintores da Missão, a decidir integrá-la.
Debret provavelmente teria podido sobreviver como pintor sob o
novo regime que sucedeu Napoleão, a chamada Restauração da dinastia
Bourbon, cujo último rei havia sido Luís XVI, guilhotinado 22 anos antes. Apesar de sua reputação como pintor ser menor, porquanto não fosse
membro do Instituto – como o era Taunay, mais velho e mais bem estabelecido –, Debret havia conquistado algum espaço graças a suas cenas
de batalhas e, sobretudo, ao apoio de um parente de sua mulher, David,
o mais influente artista da época de Napoleão. Quando lhe foi proposto
o trabalho no Brasil, Debret estava próximo dos cinqüenta anos, idade
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Pedro Aranha Corrêa do Lago
avançada naquela época para uma guinada tão completa. Ocorreram, no
entanto, duas delicadas circunstâncias pessoais que o impeliram definitivamente a aceitar a aventura: sua mulher o deixara e, um ano antes,
perdera seu único filho, preparado para também ser artista, provação que
o deixou sem gosto pela vida. Fora até então um homem dinâmico e saudável, e ao que parece bastante cordato, mas o aspecto mais importante
para a história que estamos contando foi, sem dúvida, sua boa relação
com Lebreton, cuja origem exata não é conhecida. A amizade pode ter
surgido apenas a partir de simpatia mútua no momento em que se viram envolvidos no mesmo objetivo de mudança para o Brasil, o que não
ocorreu, como veremos mais tarde, entre Lebreton e Taunay, que tiveram
sempre uma relação difícil com relação ao projeto brasileiro. O fato é que
a confiança de Lebreton em Debret e a facilidade de suas relações desempenharam um papel decisivo no rumo que a Missão Francesa tomaria no
Brasil, pois Lebreton preferiu Debret para a posição de Pintor de História,
fator determinante para a carreira do artista no Brasil. Talvez os unisse o
fato de ambos viajarem sem suas famílias, ao contrário de Taunay, que
trouxe uma numerosa parentela para o Brasil, e parece ter preferido concentrar sua vida social no âmbito familiar. É muito difícil, quase duzentos
anos mais tarde, especular sobre as personalidades respectivas de Debret,
Lebreton e Taunay, sobretudo quando restam muito poucos testemunhos
de época a esse respeito. É indubitável, porém, que as idiossincrasias,
simpatias, diferenças, invejas e manias dos três desempenharam papel
relevante no surgimento e no formato inicial do ensino de Belas-Artes
no Brasil.
Nicolas Taunay, quando embarcou para o Brasil com a mulher, criada e cinco filhos, era um artista quase famoso, doze anos mais velho que
Debret, e com uma posição bem mais firme na arte francesa de então, pois
era membro do Instituto na Seção de Belas-Artes, consagração máxima
para um artista oficial na França daquele tempo. Tornara-se conhecido
com paisagens e cenas bucólicas, históricas ou campestres, inspiradas
por uma visão da Arcádia oriunda de sua estada na Itália na juventude.
Seus quadros revelavam uma qualidade extraordinária de miniaturista, e
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Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
o artista fora apelidado por seus colegas, de forma um pouco irônica, de
“Poussin dos pequenos formatos”. Parece ter sido um homem dedicado ao
trabalho e à família, e seu comprometimento com Napoleão e seu regime
não fora maior do que o de quase todos os artistas de mesmo destaque em
sua geração. Não tinha, assim, tanto a temer quanto Lebreton, servidor
assíduo do Império, ou Debret, associado claramente a David – fadados a
sofrer muito mais com a volta dos Bourbon. Tanto Taunay acreditava poder sobreviver no novo regime que, durante o breve período da primeira
restauração de Luís XVIII – antes do retorno de Napoleão nos famosos
cem dias em que recuperou o poder –, chegou a proferir um discurso
em que se congratulava com o regresso ao trono de um descendente de
Henrique IV. Este pronunciamento tinha o objetivo claro de demonstrar
sua fidelidade à velha dinastia que os novos ventos políticos acabaram de
trazer de volta, e garantir a sua permanência no Instituto, posição máxima
que lograra alcançar e de que muito se orgulhava.
Se para Debret a decisão de acompanhar a missão montada por Lebreton foi relativamente fácil, uma vez que pouco ainda o ligava à sua
vida passada – e permanecer na França lhe parecia insistir no desgosto
–, para Taunay a idéia de juntar-se a um grupo organizado por Lebreton
para um destino longínquo sempre pareceu a última e a pior das opções
diante das novas incertezas políticas. Taunay fora um dos primeiros artistas convidados, pois Lebreton precisava de um membro do Instituto
para abrilhantar o grupo que tentava formar e para impressionar favoravelmente os portugueses. Contudo, o organizador deve ter se arrependido
logo, pois Taunay passou a competir por uma posição de primeiro plano
no grupo. Não restou nenhum documento que ilustre o primeiro contato
entre eles, assim como não sabemos como se deu a proposta a Debret,
membro menos prestigioso da comunidade artística francesa aos olhos
dos portugueses, mas provavelmente desde o início mais cordato, dinâmico, útil e confiável para Lebreton.
Taunay recebera, a princípio, a proposta de Lebreton como uma opção extrema, mas nunca a teria aceitado não fosse um estopim familiar da
maior gravidade, que o obrigou a dar passo tão ousado. Ao contrário de
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Pedro Aranha Corrêa do Lago
Lebreton, Taunay esperava que seu discurso a favor de Luís XVIII – que
por sorte não lhe causou problemas durante a breve volta de Napoleão –
fosse agora lembrado por ocasião do retorno definitivo dos Bourbon e que
a prova de sua fidelidade garantisse a continuação de seus privilégios de
membro do Instituto. Encaminhava-se, quase certamente, para a opção de
tentar sua chance no novo regime (ainda que esperasse ser inicialmente
algo ostracizado) quando se deu a famosa e momentosa assembléia da Seção de Belas-Artes do Instituto, em 28 de outubro de 1815. Essa reunião
era a primeira do novo reinado, e a ela compareceu excepcionalmente
o Duque de Wellington. Lebreton proferiu um discurso provocador que
equivalia a um suicídio político e à perda imediata de sua posição, o que
já não lhe importava, pois acabara de garantir junto aos portugueses a
opção Brasil. Taunay ficou quieto durante toda a sessão e teria muito provavelmente escapado incólume de qualquer expurgo não tivesse ocorrido
um episódio extemporâneo, que resultou no verdadeiro motivo de sua
partida para o Brasil. Seu filho mais velho, Charles Taunay – que ganhara
a Legião de Honra por méritos militares aos 21 e tinha agora 24 anos –,
insurgiu-se publicamente contra o fato de seu pai, aos 61 anos, e apesar de
grande artista, ainda não ter sido agraciado com a mesma condecoração.
Charles manifestou-se de forma tão ruidosa e escandalosa que se chegou
a pensar que se tratasse de um atentado contra o Duque de Angoulême,
sobrinho do rei e herdeiro do trono, também presente à sessão. O jovem Taunay foi, naturalmente, preso e libertado dias mais tarde somente
graças à intervenção de alguns amigos de seu pai. Continuava, porém,
pairando sobre ele a ameaça de nova prisão, o que foi decisivo para que
Nicolas Taunay aceitasse imediatamente a viagem ao Brasil e embarcasse
dois meses mais tarde, com toda a família, para o Rio de Janeiro. Nesse
intervalo, vendeu apressadamente suas propriedades, e levantou a quantia
considerável para a época de quarenta mil francos, suficiente, pensava ele
– juntamente com a pensão que esperava receber de D. João VI –, para
mudar-se com sua família para o Brasil e passar o tempo necessário até
que o gesto de seu filho fosse esquecido. Em nenhum momento Taunay
pensou em estabelecer-se permanentemente no Rio de Janeiro. O Brasil
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Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
pareceu-lhe nesse momento um mal necessário e a única solução imediata
diante da ameaça de prisão iminente do filho. Não fosse esse estopim, o
artista de idade avançada certamente não teria deixado o quase certo pelo
incerto. Devemos ao gesto impensado de Charles o legado dos 16 quadros
de nossa paisagem pintados por seu pai, o maior e mais importante conjunto de vistas a óleo do Rio de Janeiro realizado por um artista viajante
na primeira metade do século XIX.
Debret, por seu lado, não excluía a possibilidade de passar no Brasil
o resto de seus dias, caso as condições lhe fossem favoráveis e pudesse reencontrar no Rio de Janeiro algo da felicidade perdida na França. Permaneceu de fato por mais de 15 anos e só deixou o País aos 63 anos, devido
à abdicação de seu protetor, D. Pedro I. Caso o reinado deste tivesse sido
mais longo, é provável que Debret tivesse continuado no Brasil. Talvez
pudesse ter realizado à distância o seu grande projeto, que acabou concretizando de volta à França, o famoso livro e álbum de gravuras Viagem
pitoresca, que divulgou amplamente sua obra e o consagrou entre nós.
Tão logo chegou ao Rio de Janeiro, o objetivo essencial para Taunay
tornou-se garantir uma pensão do rei D. João VI, pois o velho pintor já
se habituara a receber uma quantia mensal por ser membro do Instituto, e
durante todo o Império dependeu do favor de Napoleão. Uma vez obtida
essa pensão, a prioridade seria conquistar os postos de maior prestígio no
incipiente mundo artístico do Rio de Janeiro. As opções possíveis que se
apresentavam para Taunay no Brasil eram, por ordem de sua própria preferência: 1) tornar-se Diretor da Academia de Belas-Artes a ser fundada
no Rio de Janeiro, cargo que poderia esperar devido a sua idade, posição
hierárquica e ao fato de ser membro do Instituto, obtendo também – idealmente – a posição de Secretário da mesma Academia para um de seus
filhos; 2) a segunda opção seria a nomeação de Professor de Pintura de
História, sem dúvida a posição de maior destaque que um pintor poderia
ter na futura Academia, superior à de um Professor de Pintura de Paisagem, e Taunay podia pretender esse cargo em função de sua experiência
com temas históricos durante sua longa carreira no Império; 3) a terceira
opção seria tornar-se Professor de Desenho dos jovens príncipes, o que
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Pedro Aranha Corrêa do Lago
lhe permitiria aproximar-se da Corte e da Família Real. A quarta possibilidade, que o próprio Taunay inventou, seria um cargo de Curador das
Coleções Reais, posto que absolutamente nunca ocorrera a D. João VI
criar, pois as coleções de arte eram administradas pela mordomia da Casa
Imperial sem distinção com relação aos móveis, obras de arte ou outros
utensílios. Finalmente, a quinta e a pior de todas as opções em termos de
prestígio seria a de Professor de Pintura de Paisagem na futura Academia
de Belas-Artes. Essa foi justamente a única que Taunay conseguiu, mas
que lhe garantiu ao menos – antes mesmo de ser montada a Academia – a
mesma quantia anual que a de Professor de Pintura de História.
Os franceses foram muito bem recebidos ao desembarcar, e iniciaram-se logo as conversas entre Lebreton e o Conde da Barca para definir
o formato da futura Academia de Belas-Artes, e obter rapidamente uma
pensão real para os integrantes da Missão, de forma que pudessem sobreviver no Brasil. Isso só ocorre em agosto de 1816, pouco menos de cinco
meses após a chegada dos franceses. É nesse período, entre março e agosto, que Taunay, Debret e Lebreton buscam aliados e tentam se posicionar
junto à Corte – e esses meses representam o auge da rivalidade entre os
três personagens, ou, melhor dizendo, da atitude de Taunay contrária a
Lebreton e Debret.
Todas as iniciativas que cada um tomará nesse intervalo determinarão os anos seguintes de sua estada no Brasil e a obra que deixarão entre
nós. Debret logo consegue aproximar-se do Príncipe-Herdeiro, o futuro
D. Pedro I, que contava então com apenas 18 anos. De fato, uma aquarela sua datada de agosto revela um adiantado retrato do príncipe de corpo inteiro, que deve ter sido iniciado por volta de abril. Isso mostra que
Debret não perdeu tempo em posicionar-se nessa corrida em busca dos
favores da Família Real. Conseguiu também aproximar-se da duquesa viúva de Cadaval, prima do rei e a fidalga de maior prestígio na Corte após
os membros da Família Real. Obtém logo, portanto, esses dois apoios
essenciais, e consegue também pintar em maio dois pequenos quadros
ilustrando a partida das tropas reais para Montevidéu, quando retrata a
Família Real reunida pela primeira vez. Este último movimento não es80
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Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
capa à família Taunay que, diante da aparente vantagem do rival, resolve
desencadear uma onda de boatos contra Lebreton que, esperavam, enfraquecesse também Debret.
Taunay contava com o apoio do cônsul da França no Rio de Janeiro,
Maler, que vira com grande desconfiança a chegada da expedição e enxergava em Lebreton e nos demais membros da Missão Francesa (com
exceção do velho Taunay) um grupo de perigosos bonapartistas, cuja
influência deveria ser esvaziada ou mesmo eliminada. Aliado a Maler,
Taunay imaginou poder minar a força e a reputação de Lebreton e, pela
mesma ocasião, a de Debret, como revela uma fabulosa carta que relata e
desvenda todo esse primeiro período.
Às vezes, ao estudar um determinado ponto da história, o pesquisador tem a sorte de dispor de um documento de importância extraordinária.
Neste caso, foi encontrada nos anos 1950, em Paris, pelo estudioso Yan
de Almeida Prado, uma das raras cartas de Debret falando do Brasil que
chegaram a nós, e que constitui um documento histórico de primeira grandeza. A carta não foi tratada, até hoje, como o documento fundamental
que é sob todos os aspectos. O texto de Debret é uma fonte riquíssima, do
tipo com que sonha todo historiador. Foi lido e interpretado por diversos
autores, mas alguns tenderam a achar exagerado o que entenderam como
ironia ou mesmo sarcasmo do pintor. Outros minimizaram vários aspectos essenciais do texto, e outros ainda simplesmente confundiram os personagens aos quais Debret se refere. Em novembro de 1816, isto é, nove
meses após a chegada ao Brasil, Debret escreve essa longa carta privada
para um amigo íntimo, Lafontaine, que vivia na França e não tinha qualquer influência ou relação com os eventos no país. Debret quer lhe contar
sua vida no primeiro ano de Rio de Janeiro, tanto mais que Lafontaine
conhecia os personagens envolvidos, inclusive Taunay. Isso leva a crer
que Debret tenha sido o mais sincero possível, ainda que naturalmente
discorresse a partir da sua própria versão dos fatos. Mas nada indica que
exagere em seu texto, e o cruzamento de suas afirmações com o que revelam outras fontes esparsas mostra que não há nenhuma inconsistência em
seu relato. Muito mais do que qualquer outro escrito, seja de Taunay ou de
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):71-88, out./dez. 2008
81
Pedro Aranha Corrêa do Lago
outro personagem pertinente ao período, este é sem dúvida o documento
fundamental que explica os pormenores dos primeiros tempos da Missão
Francesa no Brasil, e deixa clara essa rivalidade intensa entre Debret e
Taunay, que não foi ainda estudada plenamente, e cuja relevância para os
rumos que tomou a “expedição” é fundamental.
A mensagem de Debret é linear e claríssima. Acompanhá-la é um
prazer para o historiador, ou mesmo para o leitor curioso, pois até parece
que o autor planta em cada linha mais uma peça que completa o quebracabeça. Todas as chaves que desvendam as diferentes etapas iniciais da
Missão Francesa no Brasil figuram nessa carta, que confirma que Taunay
chegou a sugerir que se dispensasse, até mesmo antes da partida, a presença de Lebreton, voltando a reconciliar-se com ele durante a travessia,
apenas para tentar desacreditá-lo novamente tão logo chegassem ao Rio
de Janeiro. O objetivo de Taunay e de sua família era evidente. Lebreton
era o candidato natural à presidência da Academia, e o Conde da Barca
só deixaria de escolhê-lo se rumores arruinassem sua reputação. O alvo
estava claramente identificado e era preciso, portanto, desqualificar Lebreton com duas acusações: a de que fosse um padre casado e a de que,
23 anos mais cedo, quando deputado, tivesse votado a favor da execução
do rei. Tratava-se, de fato, de um outro Lebreton, e não o Joachim, que
tomara parte nessa decisão. Ambas as acusações revelaram-se falsas, mas
desempenharam amplamente, por algum tempo, seu papel de calúnia.
Affonso Taunay, o bisneto de Nicolas Taunay, autor da primeira crônica desse período, ignorava a existência dessa carta quando escreveu
sobre seu antepassado, e é possível que seu amigo Yan de Almeida Prado
tenha escondido sua descoberta para poupá-lo de qualquer decepção a
respeito da atitude de seus parentes. De fato, a carta revela uma família
Taunay bastante intrigante, que não hesita em espalhar rumores não verificados contanto que sirvam ao propósito de prejudicar Lebreton e afastálo do caminho em direção à diretoria da futura Academia. Como Lebreton
também preferia Debret na posição de pintor de história, Taunay talvez
esperasse matar dois coelhos com uma só calúnia, já que o descrédito de
Lebreton também traria ao velho artista, além do comando da Academia,
82
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):71-88, out./dez. 2008
Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
a posição de pintor de história junto à Corte, cargo que Debret não alcançaria sem o apoio de Lebreton. Escrita no final de 1816, quando muito da
poeira inicial já havia baixado, a carta é uma crônica deliciosa, especialmente quando descreve o afobamento de Taunay, tanto nos preparativos
para o embarque quanto na reação à dianteira que Debret assumira ao
retratar, por sugestão de Lebreton, a Família Real numa ocasião pública
pouco após o desembarque no Rio de Janeiro. A caracterização de Taunay
como Dom Basílio, famoso personagem das comédias de Beaumarchais
e da ópera de Rossini, é particularmente saborosa. Um “Basílio”, empregado como substantivo, expressava o caluniador por excelência. No
mesmo ano da carta, Rossini tornaria popular uma das melhores árias
no Barbeiro de Sevilha, quando Dom Basílio profere o famoso discurso
sobre a calúnia – meio infalível, segundo ele, para desgraçar as pessoas
mais honestas.
Entretanto, Taunay não suspeitava, nesses primeiros meses, da solidez da posição de Lebreton, protegido pelo Conde da Barca, que só viria
a morrer um ano depois. Essa confiança não deixava qualquer espaço
para a escolha de outro diretor enquanto o ministro português detivesse o
poder. Ignorando isso, Taunay pensava que com o apoio de Maler estaria
desferindo, ao espalhar os rumores, um tiro certeiro e mortal.
Em fins de maio de 1816, chega ao Brasil uma embaixada prestigiosa cuja importância tampouco tem sido justamente avaliada. O Duque
de Luxemburgo, embaixador extraordinário de Luís XVIII, mandado ao
Brasil para confirmar a devolução da Guiana Francesa, chega acompanhado de um grupo de músicos, cientistas e artistas, como Neukomm,
Saint-Hilaire e Clarac, personagens de tal destaque que sua embaixada
poderia ser considerada uma “Segunda Missão Francesa”. Luxemburgo,
fidalgo absolutista francês, era irmão da Duquesa de Cadaval e sua vinda ao Brasil soou ao Cônsul Maler como a oportunidade definitiva de
desacreditar Lebreton, provando ao duque suas filiações bonapartistas.
Segundo a carta de Debret, Taunay e Maler animam-se com o provável
novo aliado, levam-lhe a pretensão de Taunay de obter o posto prometido
a Lebreton, e repetem-lhe as muitas acusações a respeito do líder da expeR IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):71-88, out./dez. 2008
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Pedro Aranha Corrêa do Lago
dição. O tiro, infelizmente para o velho pintor, acabaria saindo pela culatra, uma vez que Luxemburgo considerou descabidas as alegações contra
Lebreton e Debret, e desagradou-lhe a ousadia de Taunay em candidatarse à diretoria da futura Academia e ainda pedir-lhe a posição de secretário
para seu filho Hippolyte. Por outro lado, Taunay e Maler desconheciam
que Debret já causara boa impressão no Duque de Luxemburgo pelos serviços prestados à sua irmã, a Duquesa de Cadaval, para quem executara
dois grandes quadros a óleo – recém-identificados em livro como obra de
Debret, assim como seu retrato e o de seu filho, em aquarela.
O texto da carta é hoje plenamente interpretável à luz das informações consolidadas de que passamos a dispor. Essa leitura pode ser um
pouco injusta com Taunay, pois só contamos com a versão de Debret e
certamente o mesmo relato escrito por algum membro da família Taunay
apresentaria as coisas sob outro ângulo, e seguramente seria ressaltado o
aspecto da legítima defesa do que a família considerava os direitos naturais de seu patriarca. Mas não há motivos para duvidar de que os fatos
tenham se desenrolado basicamente como Debret relata, uma vez que outras fontes permitem confirmar muitas de suas afirmações.
Outro documento histórico de menor importância para nosso relato,
mas que deu lugar a interpretações recentes diversas, merece também ser
mencionado. Trata-se da famosa carta não datada de Taunay a D. João VI,
na qual o pintor propõe os seus serviços ao rei, o que levou à idéia de que,
mesmo antes da partida da Missão Francesa, Taunay já tivesse se oferecido para trabalhar no Brasil, independentemente da iniciativa de Lebreton.
A carta foi descoberta no Museu Imperial por Donato Mello Junior nos
anos 1970, e deu origem a um artigo de sua autoria no qual apresenta a
teoria deste autoconvite de Taunay. Mal sabia o pintor que, por deixar de
datar sua carta – um detalhe que lhe teria parecido insignificante –, criaria, dois séculos mais tarde, tanta dúvida entre os historiadores. Na verdade, um elemento claro, no próprio texto da carta, permite datá-la e prova
que foi certamente escrita no Brasil e enviada a D. João VI no primeiro
momento da Missão Francesa, entre abril e julho de 1816, nos famosos
quatro primeiros meses decisivos em que se sedimentam as posições rela84
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):71-88, out./dez. 2008
Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
tivas de cada um dos integrantes da Colônia Lebreton. Todos os indícios
revelam que a carta é do período. A própria ausência de data é característica de uma correspondência entregue em mãos a um destinatário que
sabe que o missivista se encontra próximo. A carta contém, ademais, uma
prova inequívoca de sua data: Taunay saúda D. João VI como “Senhor”
e trata-o por “Vossa Majestade”. Só poderia dirigir-se a ele dessa forma a
partir de março de 1816, quando, com a morte de sua mãe, a rainha titular
D. Maria I, o então príncipe regente tornou-se o rei D. João VI. Fazia agora jus ao tratamento de “Majestade”, pois se tornara rei de direito e de fato
do Reino Unido de Brasil e Portugal. Até então, D. João VI era saudado
nas cartas como “Alteza” e referido como “Vossa Alteza Real”. Taunay
certamente não ignorava esses usos, estritamente codificados na época,
que faziam parte das mais corriqueiras noções de etiqueta, dominadas por
todos os homens em contato com as cortes européias. Nunca escreveria
uma carta para uma Alteza Real chamando-a de “Majestade”.
Temos uma prova adicional com a segunda carta que Taunay escreve, quase certamente no mesmo dia, a D. Carlota Joaquina, referindo-se
também a ela como “Majestade” e mencionando a primeira missiva que
mandara ao “rei”. Esta constatação nos parece um elemento definitivo,
que encerra a questão.
A carta teve como resultado uma encomenda de oito retratos feita
pela rainha Carlota Joaquina, que representam as princesas que formavam a ala feminina da Família Real. Taunay não imaginava que, ao aceitar essa encomenda, fecharia suas portas de acesso ao núcleo da Família
Real, constituído por D. João VI e seu filho, o futuro D. Pedro I. O velho
pintor nada sabia do afastamento profundo entre o rei e sua mulher, e
esperava que, após os retratos solicitados pela rainha, seguissem outras
encomendas da Corte. Enganou-se profundamente, pois não se dera conta
de que cometera um equívoco fundamental ao apostar no costado errado
da Família Real, aquele liderado pela rainha, que vivia distante do rei,
numa grande casa de Botafogo. Os dois só se reuniam nos grandes eventos da Corte, mas levavam vidas separadas. Taunay estava habituado a
agradar rainhas. Fora um protegido da Imperatriz Josefina, mas essa – ao
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Pedro Aranha Corrêa do Lago
contrário de D. Carlota – era próxima de seu marido e ser seu protegido
significava também gozar da proteção do Imperador. A situação não se
repetia no Brasil. Ao optar pela proteção da rainha, Taunay renunciou,
sem saber, aos cuidados do rei e do jovem príncipe D. Pedro, que a essa
altura já se tornara amigo de Debret, que dele se aproximara, ainda nos
primeiros meses da expedição, ao pintar seu retrato. Nesse aspecto Taunay ficou em clara desvantagem e nunca conseguiu recuperar o terreno
perdido. Não há notícia de qualquer retrato de D. João VI ou de D. Pedro
realizado por Taunay, que provavelmente teriam sido encomendados ao
artista caso este não fosse visto como um pintor de D. Carlota.
O decreto de 12 de agosto de 1816 acalmou definitivamente o clima
de ebulição dos primeiros quatro meses após a chegada da Missão. Estava
criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios – organizada segundo o
plano proposto por Lebreton –, e foram distribuídas pensões aos franceses “beneméritos” que integravam a Missão. Havia já vários meses que os
artistas “úteis”, como Debret e seu amigo Grandjean de Montigny, trabalhavam intensamente para as celebrações ou retratos da Corte, enquanto
os “menos úteis”, como Taunay, eram pouco solicitados e só lhes restava
conspirar.
A confirmação de Lebreton como diretor da Academia – cargo ainda
inexistente na prática – e a nomeação de Debret como Pintor de História
significaram a intensificação da carreira deste também como pintor da
Corte e deixaram-no ocupadíssimo com diversas encomendas, enquanto
não era estabelecida de fato a futura Academia. Apesar de sua vitória
aparente, esta situação representou também um longo período de decepção para Lebreton, durante o qual esperou em vão que se concretizasse a
criação da Academia, projeto que a morte do Conde da Barca, em março
de 1817, adiou sine die. Os quase três anos após o decreto foram, assim,
de profunda angústia para Lebreton, que morreu, em junho de 1819, sem
que saísse do papel a instituição para a qual fora nomeado diretor. Nesse
intervalo, Taunay dedicou-se à paisagem brasileira e retirou-se em sua
casa na Floresta da Tijuca, muitas vezes descrita por viajantes e retratada
por ele em alguns de seus quadros mais famosos. Manteve, nesse perí86
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):71-88, out./dez. 2008
Discurso de posse: Debret e Taunay artistas rivais da Missão Francesa
odo, segundo sua própria expressão, “tanta esperança quanto este país
me permite”, mas satisfazia-se com a gorda pensão do rei, que equivalia
anualmente a uma quarta parte de toda a fortuna que amealhara ao partir
para o Brasil.
Debret, juntamente com o arquiteto Grandjean de Montigny, esteve
profundamente envolvido nas comemorações da aclamação de D. João
VI, do desembarque da princesa Leopoldina e outros importantes eventos que teve de decorar e documentar para a Corte. Um curioso episódio
ocorrido nos quase três anos entre o decreto que criou a Escola de Belas Artes e a morte de Lebreton foi justamente a chegada da Imperatriz
Leopoldina, oportunidade que deu a Taunay um último alento. O artista
realizou um grande quadro para provar ao rei sua capacidade como Pintor
de História. Trata-se do Primeiro passeio de D. João VI e D. Leopoldina
na Quinta da Boa Vista, o maior e mais ambicioso dos óleos sobre tela
pintados por Taunay no Brasil, e que retrata com maestria uma passagem
alegre para a monarquia. O pintor esperava que este quadro, com o qual
presenteara ao rei, lhe propiciasse novas encomendas, mas seu desejo não
se realizou, talvez ainda como retaliação à sua primeira aproximação com
Carlota Joaquina.
A morte de Lebreton foi para Taunay o último sopro de esperança.
O velho pintor estava no Brasil havia mais de três anos e se considerava
muito superior a Debret como candidato à sucessão de Lebreton. No entanto, a nomeação de um substituto para uma função que tecnicamente
não existia era a última das preocupações dos ministros que sucederam
o Conde da Barca: Targini e Vila Nova Portugal. Por isso, somente ao
cabo de mais de um ano decidiram por um postulante que não era nem
Debret nem Taunay, mas sim um pintor português medíocre, Henrique
José da Silva, pai de numerosa família e que fora recomendado ao ministro Targini, futuro Barão de São Lourenço. A nomeação de Henrique
José da Silva dará ensejo, seis anos mais tarde, a uma nova rivalidade
famosa: a de Debret com o pintor português. Taunay, contudo, já não
participa dessa história, pois decidira regressar à França tão logo soube da
nomeação de Silva, no final de 1820. Em março de 1821, já está de volta
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Pedro Aranha Corrêa do Lago
a Paris, encerrando assim o período de quase cinco anos que passou no
Brasil, durante o qual acumulou toda sorte de frustrações, mas conseguiu
pintar um fabuloso grupo de vistas do Rio de Janeiro, que constituiu seu
maior legado pessoal ao país. Deixou aqui quatro de seus cinco filhos,
entre os quais Félix-Émile, que concretizaria nos anos seguintes todos os
objetivos que seu pai não alcançara: tornou-se de fato pintor de história e
diretor da Academia de Belas-Artes, assim como professor de desenho do
futuro Imperador D. Pedro II, que permaneceu por toda a vida seu grande
amigo e concedeu-lhe o título de Barão de Taunay. Félix-Émile foi, por
sua vez, vítima de inúmeras intrigas, mas morreu consagrado com 85
anos, em 1881.
Apesar de todas as dificuldades e frustrações que evocamos, e do
fosso que se abriu entre os dois principais artistas da Missão Francesa –
que continuam a ser sempre citados em conjunto nos estudos brasileiros
–, o legado artístico de Debret e Taunay foi fundamental para nosso País e
estabeleceu-se apesar (ou talvez em virtude) desta rivalidade e dos atrasos
da Academia, que tanto atormentaram Lebreton. Taunay não teria tido a
energia e a saúde necessárias para desempenhar o papel de Debret, nem
tampouco teria podido pintar suas belas paisagens do Brasil se estivesse empregado em tempo integral como professor. Por sua parte, Debret
não teria conseguido acumular, com o mesmo empenho, suas inúmeras e
preciosas observações visuais caso fossem diferentes as condições, ainda
que as posições almejadas parecessem as mais favoráveis para os dois
artistas nos primeiros tempos após a chegada.
Resta-nos, portanto, muito além e talvez graças a esta rivalidade histórica, a obra magnífica que ambos esses grandes artistas nos deixaram.
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Discurso de recepção à sócia Isabel Lustosa
DISCURSO DE RECEPÇÃO À SÓCIA
ISABEL LUSTOSA
Maria de Lourdes Viana Lyra1
Caríssima Isabel Lustosa,
Manifesto inicialmente minha enorme satisfação por ter sido escolhida para lhe receber nessa tocante solenidade de posse no Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro, a mais antiga instituição cultural do
País e referência inconteste para os estudiosos da História do Brasil. Não
faz muito tempo que aqui também fui acolhida e ainda é viva em mim a
emoção que você hoje deve estar sentindo. Alem disso, creio que um tipo
de sentimento emanado da boa terra nordestina, de onde ambas viemos,
provavelmente faz nossos corações baterem ainda em maior sintonia.
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro recebe hoje em seus
quadros uma intelectual talentosa e dinâmica, em plena maturidade, cuja
produção historiográfica desponta como uma das mais férteis nos últimos
anos. Isabel Lustosa nasceu em Sobral, no interior do Ceará, e iniciou
seus estudos na capital do Estado, Fortaleza, concluindo-os no Rio de Janeiro, onde se bacharelou em Ciências Sociais, pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro. Revelando-se pesquisadora por excelência começou a
se destacar neste campo desde o início de sua atuação profissional colaborando na implantação do Centro de Estudos Históricos da Divisão de Documentação e Pesquisa no Museu da República. Também ali organizou o
seminário interdisciplinar “Bairros do Rio: em busca de uma identidade”
e elaborou seu primeiro estudo: “Catete, singularidades de um bairro do
Rio”, publicado na Revista do Rio de Janeiro, em 1984.
Na Fundação Casa de Rui Barbosa, passou a coordenar o Projeto Botafogo, reunindo pesquisas em torno de vários aspectos da história daquele bairro. Em paralelo, dirigiu a área de pesquisa do Museu da República
1 –1Sócia Titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):89-92, out./dez. 2008
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Maria de Lourdes Viana Lyra
e escreveu seu primeiro livro: “Histórias de Presidentes: a República do
Catete”, no qual analisa os períodos governamentais de Deodoro da Fonseca a Juscelino Kubitschek, enfocando a relação dos presidentes com
a imprensa através de casos curiosos, charges, poemas e marchinhas de
carnaval criadas sobre a vida e o caráter dos ocupantes do Catete. Lançado em plena campanha presidencial de 1989 e recentemente reeditado, o
livro obteve grande repercussão pela abordagem criativa e narrativa agradável, tornando-se obra de referência sobre o assunto. A autora descobriu
àquela altura o gosto pelo estudo de temas que, segundo ela mesma, “desde então me acompanham e aos quais sempre volto em meus trabalhos:
a imprensa, a caricatura, o humor, a política e a vida cultural do Brasil e
do Rio de Janeiro”.
Seguindo a mesma trilha Isabel aprofundou o tema em sua dissertação de mestrado em Ciências Políticas, no IUPERJ: “Brasil pelo método
confuso – humor e boemia em Mendes Fradique”, estudo precursor sobre
o humorismo brasileiro do começo do século XIX, publicado em 1993.
E, como tese de doutorado, na mesma instituição: “Insultos impressos: a
guerra dos jornalistas na Independência”, analisando o papel da imprensa no processo de Independência e as imprevisíveis formas de competição política resultantes, publicado em 2000. Em seguida reuniu artigos
esparsos e produzidos ao longo dos anos, publicando-os em 2004 sob o
título: As trapaças da sorte: ensaios de história política e história cultural. São textos diversos que cobrem um vasto leque de temas, espaços e
temporalidades, pois tratam “da política ao carnaval; de José Bonifácio,
nas Cortes de Lisboa, a Paulo Francis, no Pasquim; do Rio de Janeiro,
na antiga Rua do Ouvidor, à América de Henry Ford”, e que acabam por
formar um abrangente painel sobre fatos e personagens que marcaram
o longo trajeto da História do Brasil, entre os séculos XIX e XX, e cuja
leitura é leve e atraente.
O seu alentado curriculum vitae enumera dezessete títulos de livros
escritos individualmente ou em parceria, ou ainda por ela organizados e
quase o mesmo número de capítulos escritos em obras coletivas. Há ainda uma expressiva quantidade de três dezenas de artigos publicados em
90
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):89-92, out./dez. 2008
Discurso de recepção à sócia Isabel Lustosa
renomadas revistas acadêmicas nacionais e estrangeiras. Não cabe aqui
fazer referência a todas essas obras escritas, mas quero destacar aquela
que alcançou maior repercussão no meio acadêmico e obteve ótima receptividade entre o grande público: o estudo biográfico. D. Pedro I: um
herói sem nenhum caráter. Fugindo do modelo das biografias tradicionais
que tendem a enaltecer os fundadores das nacionalidades, Isabel Lustosa
analisa a trajetória do personagem através de duas faces contraditórias do
seu comportamento. Enfoca o seu lado rude, malcriado e irresponsável,
mulherengo e farrista, briguento e fanfarrão, complementado pelo lado
valente, simpático e inteligente. Enriquece assim a imagem do jovem que
começou a governar o Brasil aos 22 anos, promoveu a Independência e
deu uma Constituição ao novo país, abdicou aos tronos de Portugal e do
Brasil, e morreu cercado de glória. Considerado por ela como um dos
personagens mais fascinantes da História do Brasil o perfil biográfico que
traçou sobre D. Pedro I agradou a um grande número de leitores e, caso
raro entre nós historiadores, tornou-se um sucesso editorial.
Ainda em sua atividade de pesquisadora elaborou relevante trabalho
como co-editora, juntamente com o jornalista Alberto Dines, da edição
fac-similar do Correio Braziliense. A qual traz notas introdutórias aos
29 volumes originais e a organização de mais um trigésimo reunindo ensaios de historiadores, jornalistas, filólogos e críticos literários sobre o
publicista Hipólito da Costa e sobre o período de circulação do referido
jornal (1808 – 1822). Esse trabalho representa contribuição inestimável à
pesquisa sobre o processo de Independência do Brasil.
No campo da divulgação, em iniciativas igualmente louváveis visando a transmissão do conhecimento histórico ao público infantil, escreveu
duas obras: O Chico e o avô do Chico, narrativa ficcional construída com
o objetivo de despertar na criança o interesse pela história da cidade; e
História dos escravos, que recebeu o certificado de Altamente Recomendável pelo Instituto Nacional do Livro Infanto-Juvenil / Fundação Nacional do Livro / Ministério da Cultura.
Atualmente Isabel Lustosa é pesquisadora titular da Fundação Casa
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):89-92, out./dez. 2008
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Maria de Lourdes Viana Lyra
de Rui Barbosa, órgão do Ministério da Cultura, e dedica-se exclusivamente às atividades de pesquisa. Atua ainda de forma intermitente na imprensa escrevendo nos jornais O Globo e Folha de São Paulo, resenhas
de livros, crônicas, ensaios e textos ficcionais, sendo nessa condição convidada com freqüência para participar de bienais, feiras literárias e programas de televisão. Todo esse dinamismo, aliado à segurança intelectual
e à extrema simpatia, característica marcante e facilitadora de sociabilidades, dão sinais do quanto será proveitosa a sua presença entre nós.
Sócia Honorária Isabel Lustosa, seja bem-vinda ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, seja bem-vinda entre nós.
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):89-92, out./dez. 2008
Discurso de posse:
DISCURSO DE POSSE1
ISABEL LUSTOSA
Isabel Lustosa
Boa tarde.
Eu gostaria de saldar na pessoa do Presidente do IHGB, Prof. Arno
Wehling todos os demais sócios do Instituto, na pessoa do Prof. José Almino de Alencar, Presidente da FCRB, todos os meus colegas daquela
instituição a que estou ligada não só por laços profissionais, mas também
de amizade, e saudar, na pessoa do Acadêmico Afonso Arinos de Mello
Franco, meu querido amigo, os membros da ABL. Estendo esta saudação a todos os presentes, amigos de várias fases de minha vida, e, muito
especialmente, a meu companheiro, Mario Bag, meu irmão Fred, minha
cunhada Elza e meus sobrinhos. De longe, lá no Ceará, sei que acompanham esse momento com muita alegria minha mãe Dolores, meu filho
Francisco Bento e aquela verdadeira comunidade de irmãos, cunhados e
sobrinhos que compõem a família Lustosa da Costa.
Também aproveito para homenagear a memória de alguns intelectuais com que tive o privilégio de conviver e que me honraram com a sua
amizade e que ligam essas duas casas: Américo Jacobina Lacombe, Plinio
Doyle, Homero Sena e Francisco de Assis Barbosa. Com esse elenco de
grandes historiadores, escritores, memorialistas, mas, principalmente de
pessoas inteligentes, charmosas, de conversação e trato amável, trabalhei
durante alguns anos da minha vida e hoje vejo o quanto essa convivência
foi importante para a minha formação.
Esta posse acontece ao apagar das luzes do ano de 2008, que foi marcado pelas comemorações em torno dos 200 anos da chegada da Corte
portuguesa ao Brasil. Tendo participado de tantas atividades acadêmicas
e culturais relacionadas com essa importante data, escolhi um assunto
relacionado com as mesmas para compor meu discurso. Essas comemo1 –1Realizada em 10 de dezembro de 2008.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):93-108, out./dez. 2008
93
Isabel Lustosa
rações tiveram início ainda em 2007 e se prolongaram por todo o ano
seguinte, com mais intensidades no primeiro semestre e na Cidade do
Rio de Janeiro, onde a corte se estabeleceu. Na mídia, a data despertou
enorme interesse, de forma que, talvez, desde os festejos pelo centenário
da Independência, em 1922, nunca mais se tinha visto em relação a um
fato histórico.
No entanto, não freqüentaram muito o noticiário os temas mais polêmicos relacionados com o estudo do período, dos quais o mais interessante diz respeito à política econômica. Pois se sabe que é considerável
a quantidade de estudos sobre os antecedentes e as conseqüências do decreto de Abertura dos Portos e do tratado de comércio assinado em 1810
com a Inglaterra e renovado em 1825 por D. Pedro I. Sobre este importante tema merece destacar o artigo de Rubens Ricupero: “O problema
da Abertura dos Portos”, inserido no livro organizado por Luís Valente
e o mesmo Ricupero, A Abertura dos Portos. Ricupero faz ali um interessante estudo comparativo entre o decreto de Abertura dos Portos e o
tratado assinado com a Inglaterra em 1810. O autor chama a atenção para
o caráter daninho desse último e para as razões políticas de sua assinatura,
levando toda a culpa para esse mau negócio tanto para o Brasil quanto
para Portugal aos interesses da dinastia Bragança. Mostra ainda como
foram esses mesmos interesses depois representados por D. Pedro I, que
levaram à renovação do mesmo tratado, em bases igualmente desvantajosas para o Brasil, em 1825.
Outro aspecto pouco contemplado nos debates foi a questão da concentração dos benefícios resultantes de todo o processo na região Centro-Sul do País em detrimento do resto do Brasil e do Norte e Nordeste
brasileiro em especial. Fato que foi o motor das revoluções que agitaram
Pernambuco e que só esteve em pauta nas comemorações através da voz
solitária de um autor contemporâneo da maior importância: Ewaldo Cabral de Melo.
No meio acadêmico-universitário, a data propiciou a realização de
muitos seminários e conferências. Merecem destaque os grandes encon-
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Discurso de posse:
tros internacionais produzidos pela Universidade Federal Fluminense, em
março, e pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em maio. Além
do encontro promovido pelo Superior Tribunal de Justiça, no Museu da
Justiça, e a série de conferências promovidas pela Academia Brasileira de
Letras, todos realizados no Rio de Janeiro. O seminário promovido pela
UFF, em maio, reuniu pesquisadores do Brasil e do exterior, notadamente de Portugal, e foi, certamente, o maior evento acadêmico relacionado
com o tema. Os que dele participaram tomaram contato com pesquisas
que contemplam os mais variados aspectos: as razões da transferência
da corte; fatores que a antecederam; as vicissitudes da viagem; a abertura dos portos; a criação do Banco do Brasil; o papel dos naturalistas; o
funcionamento da justiça; os desdobramentos econômicos causados pela
transferência e instalação da Corte no Rio de Janeiro; o impacto da mudança sobre outras regiões do Brasil, como o Nordeste e o Sul. Figuras
importantes como o Conde de Linhares e o Visconde de Cairu tiveram
suas idéias e trajetórias analisadas em mais de um trabalho.
A administração de Paulo Fernandes Viana no Rio de Janeiro também mereceu estudo minucioso. Mais uma notável contribuição dessa
grande historiadora luso-brasileira, uma das maiores especialista no período: Maria Beatriz Nizza da Silva. Na questão da administração da justiça, os trabalhos que o professor Arno Wehling apresentou em vários dos
encontros que se realizaram o credenciam como maior especialista na
matéria e jogam luz sobre esse aspecto tão pouco conhecido e, no entanto,
tão importante para os desdobramentos que sucederam não só à chegada
do Rei, mas também à sua partida.
Tanto na UFF quanto no IHGB também foram contempladas questões puramente historiográficas relacionadas com o tratamento dos diversos temas tal como vêm sendo trabalhados, tanto no Brasil quanto em
Portugal. Nessas matérias, particularmente proveitoso foi o diálogo com
os colegas portugueses que para cá vieram, notadamente pela revelação
de arquivos e de novos estudos relacionados com a elite portuguesa e com
a situação econômica de Portugal depois de 1808.
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Isabel Lustosa
Tantas foram as publicações lançadas no âmbito das comemorações
dos 200 anos da chegada da Corte que seria fastidioso arrolá-las aqui. A
música, a ciência e os impressos foram temas de livros que estão hoje
entre os mais vendidos nas livrarias. O best-seller de Laurentino Gomes,
“1808”, popularizou o tema ampliando ainda mais o público dos leitores
que já tinham se encantado com a obra de Patrick Wilkcen, Império à deriva, lançada há poucos anos. O livro de Vasco Mariz, A música no Rio de
Janeiro no tempo de D. João VI, também apresenta o ambiente da Capela
Real, palco da disputa entre o arrogante maestro português Marcos Portugal e o modesto músico brasileiro José Maurício Nunes Garcia.
A antiga Igreja do Carmo - que foi Capela Real e, depois da Independência, Capela Imperial, título que conservou até a Proclamação da
República - foi totalmente restaurada para as comemorações sob os auspícios da Fundação Roberto Marinho que também publicou livro reunindo
artigos de diversos autores sobre sua história. Os livros sobre a história
do Jardim Botânico, O Jardim de D. João, de Rosa Nepomuceno, e sobre
Taunay e a chamada Missão Francesa, O sol do Brasil, de Lilia Schwarcz,
elaboram esses dois aspectos importantes do período sob novas perspectivas. A trajetória e o papel de Carlota Joaquina naquele contexto que
já tinham sido estudados em livro anterior por Francisca de Azevedo,
Carlota Joaquina na Corte do Brasil, são agora reforçados pelas cartas
da princesa e depois rainha reunidas em edição comentada pela mesma
autora, Carlota Joaquina – cartas inéditas.
A imprensa do período joanino foi o tema de diversos livros lançados ou reeditados no âmbito das comemorações. Para o conhecimento da
história e do conteúdo da Gazeta do Rio de Janeiro foram importantes
contribuições os livros de Maria Beatriz Nizza da Silva, – A Gazeta do
Rio de Janeiro (1808-1822): cultura e sociedade. Rio de Janeiro: Eduerj,
2007 – e de Juliana Gesuelli Meirelles, – Imprensa e poder na corte joanina: a Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1821), Rio de Janeiro, Ed. Arquivo Nacional, 2008. Importante publicação do mesmo editor da Gazeta,
Manuel Ferreira de Araújo Guimarães, a revista O patriota teve todos os
seus textos reunidos em um CD que acompanha livro de textos de quatro
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Discurso de posse:
autores sobre a mesma publicação organizada por Lorelai Kury, Iluminismo e Império no Brasil - O Patriota (1813-1814). O livro de Cybelle e
Marcello de Ipanema: Silva Porto: livreiro na Corte de D. João - editor
na Independência mereceu bela reedição pela editora Capivara de nosso
confrade Pedro Correa do Lago.
Parte 2
Em termos de estudos mais abrangentes, destacam-se dois trabalhos
de fôlego: a biografia D. João VI: um príncipe entre dois continentes,
de Jorge Pedreira e Fernando Dores Costa, originalmente publicada em
Portugal e aqui lançada pela Companhia das letras, e Versalhes Tropical: Império, monarquia e a Corte Real portuguesa no Rio de Janeiro,
1808-1821, da historiadora norte-americana Kirsten Schultz. A biografia
de D. João é trabalho denso que tem sobre as anteriores a novidade do
foco: é um olhar português sobre seu reinado. Novidade porque enfrenta
outra questão que esteve em pauta nos debates: o contraste entre o olhar
francamente favorável com que a historiografia brasileira viu o personagem e seu reinado com a visão crítica, para não dizer desfavorável, que
dos mesmos se construiu em Portugal. No entanto, é biografia que vai na
mesma direção das anteriores ao se deter no período bem mais do que no
personagem, não trazendo maiores revelações a seu respeito.
Mas, sem dúvida, a longamente esperada publicação do livro de Kirsten Schultz foi o grande marco dentre os tantos lançamentos do período.
Originalmente publicado nos Estados Unidos em 2001, o livro de Kirsten
Schultz já figurava na bibliografia da maior parte dos estudos que se produziram daí em diante. Baseada em densa pesquisa documental, a autora
percorre os principais temas relacionados ao período, produzindo análise
original e aprofundando as discussões propostas por outros autores que a
antecederam. Sua maior contribuição é, sem dúvida, na análise da relação
dos escravos com D. João, intermediada pelo intendente-geral de polícia,
Paulo Fernandes Viana. De certa forma, em seu estudo Kirsten repensa a
questão dos limites do liberalismo no âmbito do despotismo ilustrado que
orientou a política joanina. Ela analisa, de forma bastante feliz, o impacto
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Isabel Lustosa
que a “Imediata Presença do Soberano” representou sobre as relações
sociais, inclusive as entretidas entre senhores e escravos. A seu ver: “No
processo tanto de construir uma nova corte quanto de forjar uma nova
política da monarquia no Novo Mundo, os imperativos da sociedade colonial e os imperativos de uma corte real reconfiguraram-se juntos”.
A prática de peticionar à coroa estendia-se a todos os vassalos, independentemente do seu status social. No entanto, apesar dos escravos estarem formalmente excluídos da comunidade de vassalos do Rio, depois
da transferência da Corte, eles passaram a reivindicar um relacionamento
particular com a Coroa, vendo “o monarca como a fonte de justiça à qual
todos estavam sujeitos e à qual todos podiam apelar quando diante de dificuldades”.Essa ação dos escravos levando seus pedidos ao Rei criou uma
situação de fato no que concernia às relações de poder que mantinham
com seus proprietários. Assim, diz Schultz, a autoridade do rei antagonizava com a autoridade do senhor. Ao atender o pleito do escravo, o soberano demonstrava que a autoridade real estava acima de todas as demais
hierarquias sociais e que a autoridade do proprietário de escravos deveria
ser manifestamente circunscrita pela lei e pela Coroa. Em outras palavras,
a própria autoridade da monarquia, teoricamente reconhecida como absoluta, mas também justa e liberal, ficaria enfraquecida se proprietários
de escravos fossem liberados para agir de maneira que seu soberano não
podia agir. Ao intervir impedindo as injustiças e a tirania das autoridades
inferiores, diz Schultz, a Coroa revelava que o poder real absoluto era
virtuoso.
O valor de contribuições como o trabalho de Kirsten Schultz, só agora tornado acessível ao público universitário, e seu enraizamento no campo historiográfico a que vieram se associar, só será devidamente avaliado
com o tempo. No entanto, quero crer que, mesmo sendo grandes contribuições, elas todas se beneficiam em grande medida de alguns trabalhos
precursores que ainda continuam a iluminar os caminhos dos que elegem
essa importante fase de nossa História como tema de seus estudos. Dentre
os que para mim foram fundamentais destaco os trabalhos de Maria Odila
Leite da Silva Dias e da Sócia Titular deste Instituto, Maria de Lourdes
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Discurso de posse:
Viana Lyra. A meu ver são obras que se propõem a examinar o período de
forma abrangente, reunindo um conjunto de informações inéditas e produzindo teses que hoje fazem parte do acervo de que partem historiadores
e cientistas sociais para analisar aquele momento histórico. Assim me
parece que, mesmo sendo grande o esforço renovador das tantas investigações em curso, a acuidade e pertinácia das análises dessas duas autoras
ainda não foram superadas. Cabe aqui resumir suas idéias centrais de
modo a demonstrar essa afirmativa.
Parte 3
Dois trabalhos de Maria Odila Leite da Silva Dias recentemente reeditados são os mais citados pela bibliografia relativa ao período. A autora reuniu em um pequeno livro A interiorização da metrópole e outros
estudos, Alameda, 2005 seus três ensaios mais importantes. Contrastar
a dimensão material dessa obra, em termos de páginas impressas, com
a enorme importância que tiveram para os estudos que se lhe seguiram
deve, de alguma forma, nos ajudar a refletir sobre a possibilidade de um
conteúdo formulado de forma econômica, clara e objetiva prover com
teses originais um campo importante do conhecimento histórico. De fato,
com poucas e bem colocadas palavras, Maria Odila desenvolveu teses
fundamentais que fizeram de seus artigos orientadores de trilhas seguidas
posteriormente por outros grandes historiadores brasileiros e estrangeiros.
Seu trabalho mais antigo, “Aspectos da Ilustração Brasileira”, publicado no começo de 1968 na revista do IHGB, abriu caminho para muitos estudos, no âmbito da História das Idéias e das Práticas Políticas do
Período. Como ele se relaciona diretamente com o trabalho da Maria de
Lourdes que comentarei em seguida, me atenho primeiro ao texto clássico e que foi mais citado durante os eventos de 2008: A interiorização da
metrópole. Publicado em 1972, portanto quatro anos depois do primeiro,
esse artigo abriu a senda para outros trabalhos importantes nas áreas da
história econômica e social brasileiras.
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Isabel Lustosa
Ao ter estabelecido em seu ensaio fundador as matrizes do processo de desenvolvimento econômico do Centro-Sul do País – predomínio
social do comerciante; interdependência de interesses rurais, comerciais
e administrativos; processo moderado de emancipação da colônia frente
à metrópole onde, menos do que a questão política, predominaram os
interesses econômicos locais – Maria Odila deu a régua e o compasso
que possibilitaram, entre outros, os trabalhos de Alcir Lenharo, Riva Goresntein e João Fragoso. Ela também explorou com eficácia analítica a
influência que tiveram, naquele contexto, os mecanismos sociais de acomodação baseados no receio das elites coloniais em relação aos riscos
que qualquer agitação social traria para a economia.
A vinda da Corte para o Brasil, com o enraizamento do Estado e dos
interesses portugueses no Centro-Sul, processo que a autora denominou
de “interiorização da metrópole”, representou não uma ruptura, mas a
continuidade de um processo de transição da colônia para o império. O
surto de crescimento que tivera início a partir da descoberta das minas de
ouro e diamante na passagem dos séculos XVII para XVIII não sofreu
interrupção na segunda metade do século XVIII, apesar de seu esgotamento. A estrutura de estradas e a rede de pequenas vilas e fazendas que
se criaram no período ligando as Minas Gerais ao porto do Rio de Janeiro
serviriam de suporte à produção agrícola e pecuária destinada à exportação e também ao abastecimento da população local. Com a chegada da
Corte, a demanda por esses produtos se elevaria consideravelmente, gerando, a princípio, uma crise no abastecimento. Crise esta que seria logo
seguida pela ampliação e intensificação da rede de comércio que já ligava
o Rio a Minas e a São Paulo. Tudo isso propiciou a mais estreita integração entre as capitanias do Centro-Sul fazendo com que a região liderasse,
posteriormente, o processo de rompimento com Portugal.
Maria Odila também sugere que o fortalecimento das elites da região
estava associado às estreitas inter-relações dos interesses comerciais com
os agrários, ao contrário do que antes se pensara. Suas elites comerciais,
enriquecidas principalmente pelo tráfico negreiro, estreitaram seus laços
com a burocracia da Corte, tanto pela realização de investimentos em
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Discurso de posse:
obras públicas quanto pelos casamentos entre filhos de uns e outros. A
proximidade do trono proporcionaria aos comerciantes estabelecidos no
Rio de Janeiro acesso privilegiado à exploração de postos e de serviços
administrativos que, por falta de funcionários e de estrutura administrativa, passaram a ser terceirizados pela Coroa. Essa mesma elite seria ainda
a grande beneficiária das doações de sesmarias onde, mais tarde, surgiriam as imensas fazendas produtoras de café, principal riqueza do País
durante todo o século XIX e começo do XX.
Outro caminho importante aberto por Maria Odila aponta no sentido
de mostrar como esse cenário lançou os fundamentos do Novo Império
a partir do controle do Rio de Janeiro sobre as demais capitanias, especialmente as do Nordeste. O grande volume de recursos investidos na
transformação do Rio em metrópole, às custas da elevação dos impostos
sobre as demais partes da antiga colônia, teria representado, do ponto de
vista das outras capitanias, apenas um recrudescimento dos processos de
colonização portuguesa do século anterior.
No entanto, entre as classes dominantes tanto do Sul quanto do Norte, a enorme distância que as separava do resto da sociedade seria um
fator de união, ainda mais reforçado pelo temor de que aqui se repetissem
os acontecimentos de São Domingos, onde uma revolta de escravos tinha
dizimado a população branca. Tal perigo, sempre lembrado pelos conservadores, se casava bem com o espírito da contra-revolução européia que
se seguira à queda de Napoleão. Mas, principalmente, seria o risco que
representavam para a estabilidade econômica que neutralizaria inconfidências, revoltas e regionalismos de caráter separatista como os que mais
de uma vez agitariam Pernambuco.
Da peculiaridade desse modo de transição resultou que o processo de
Independência do Brasil de Portugal não foi marcado por um movimento
nacionalista ou revolucionário e também não ensejou, na seqüência, um
processo de consolidação nacional. A continuidade da ordem existente
com a manutenção da monarquia era a grande preocupação dos homens
que forjaram a transição para o Império. Ao contrário das elites criollas
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que expulsaram e expropriaram os espanhóis metropolitanos, as elites
brasileiras se confundiram com as portuguesas, que acabaram por enraizar seus capitais e interesses no Brasil.
A idéia de que se precisava de um governo central forte para neutralizar os conflitos da sociedade e as forças de desagregação internas
era defendida pelos ilustrados brasileiros que a viam como fator decisivo
para a manutenção da unidade. Desta forma, conclui Maria Odila, a independência se fez com base em um incipiente nacionalismo didático,
integrador e progressista que daria origem, no Segundo Reinado, a uma
consciência nacional eminentemente elitista e utilitária.
Parte 4
Em Aspectos da Ilustração brasileira, publicado quatro anos antes
do texto que resumi acima, Maria Odila já havia mapeado as bases sociais, intelectuais e ideológicas que orientariam a ação da elite brasileira
naquele contexto. A forma moderada com que o Brasil se tornou independente de Portugal, conservando inclusive a mesma dinastia no trono
pode ser apenas parcialmente explicado pela vinda da Corte e da estrutura
administrativa para o Rio de Janeiro. Só mesmo a existência de uma elite
constituída com base nos mesmos valores que tinham predominado durante toda a regência e Reinado de D. João VI poderia dar sustentação a
um modelo político que conservaria muito do que nos viera de Portugal.
“Aspectos da Ilustração brasileira” analisa o surgimento do quadro
de intelectuais e cientistas que comporiam aquela elite. Grupo criado na
Universidade de Coimbra que optou por uma formação que tinha por base
os conhecimentos úteis, as ciências naturais e a matemática em detrimento
das belas letras e que teve em D. Rodrigo de Sousa Coutinho, o Conde de
Linhares, seu principal mentor. No entanto, esse movimento de cooptação
da juventude culta brasileira teria começado com Pombal e sua política de
industrialização portuguesa que deveria ter por base as matérias-primas
produzidas no Brasil. Para desenvolver e diversificar a produção agrícola
da colônia americana, de forma que compensasse as oscilações dos rendi-
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Discurso de posse:
mentos do quinto e a baixa do preço do açúcar, o poderoso ministro de D.
José I encomendou aos governadores e capitães-generais das principais
capitanias a realização de estudos sobre a flora brasileira e de levantamento de seus produtos mais comerciáveis. Com isto, foi produzida por
brasileiros letrados uma série de trabalhos geográficos e estatísticos que
seriam depois continuados sob a orientação de D. Rodrigo.
Para Maria Odila, tais estudos, que eram freqüentemente acompanhados por relatórios de viagem mereceriam ser analisados como parte
integrante do processo de formação de uma consciência nacional, pois
revelavam os conhecimentos de que os brasileiros daquele tempo dispunham sobre a realidade de sua Terra. Esses trabalhos de natureza empírica
e objetiva constituiriam, a seu ver, um patrimônio documental de caráter
mais específico para os estudo das origens de uma cultura brasileira “do
que a análise das primeiras manifestações revolucionárias e republicanas
da colônia, formas generalizadas de um movimento cosmopolita e universal”.
Esses jovens ilustrados eram, em sua maioria, filhos dos grandes proprietários e negociantes brasileiros e estavam perfeitamente identificados
com os interesses materiais de seu grupo de origem e, por isso, não aderiram ao liberalismo democrático de Jean Jacques Rousseau. Educados na
atmosfera de Reforma do Antigo Regime que marcou a segunda metade
do século XVIII português e o despotismo ilustrado que orientaria a política joanina, imbuídos de sentimento patriótico que os ligava à grande
família portuguesa que se espalhava por vários continentes, estimulados
por D. Rodrigo, adotariam o sonho do grande império luso-brasileiro.
Assim, Maria Odila chama a atenção para um aspecto fundamental
da mentalidade desse grupo que teria conseqüências para os desdobramentos posteriores de nossa história. Segundo a autora: “quase não se
vislumbravam idéias de separação entre os ilustrados brasileiros”. Menos
ainda depois da vinda da Família Real para o Brasil, quando pareceu a
eles que ia se concretizar o ideal de um grande império português centralizado na América. O que buscavam era a reforma do Estado Absolutis-
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Isabel Lustosa
ta nos moldes sonhados pelos reformadores que viam no Brasil a única
esperança de um futuro glorioso para Portugal. Pudemos constatar nos
debates que marcaram a imprensa da Independência como esse sonho
persistiria na mente de muitos brasileiros de atuação decisiva até mesmo
depois do Fico. Maria Odila vai ainda mais longe quando diz:
“Tem-se a impressão de que a independência veio refrear um pouco
os sonhos dos ilustrados brasileiros – sonhos que envolviam visões otimistas não somente de progresso material como também de regeneração
social, antecipando uma transfiguração idealista do novo império americano”.
Um aspecto que é ressaltado pela autora é o papel da política do
Estado, tanto com Pombal quanto com D. Rodrigo, nesse movimento de
formação de quadros brasileiros e de cooptação dos mesmos para o grande projeto português. Naturalmente que, após a Independência, o Império a que dedicariam seus talentos e esforços seria outro. Migrando das
Ciências Exatas para a Política, como foi o caso de José Bonifácio de
Andradas, eles levaram para a atividade pública o pragmatismo e o racionalismo próprio da Ciência. Evitando as abstrações e as teorias políticas
tão caras aos grupos mais identificados com os ideais da Revolução Francesa, eles procurariam “dar à política uma feição essencialmente moderada, preocupando-se, sobretudo, com a ordem, e lutando para manter a
unidade do País e um executivo forte”.
Parte 5
Toda uma geração de jovens, boa parte deles nascidos no Brasil, se
formaria tendo como ideal de progresso e desenvolvimento para todo
o reino português, inclusive sua grande colônia americana, o programa
pensado no âmbito do chamado Reformismo Ilustrado. O livro de Maria
de Lourdes A Utopia do Poderoso Império. Portugal e Brasil: Bastidores
da Política 1789-1822. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1994 esquadrinha o
universo de idéias e símbolos que foram utilizados para construir esse
ideal, concentrando-se especialmente no discurso de D. Rodrigo de Sousa
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Discurso de posse:
Coutinho.
A autora percorre o caminho seguido pela idéia de Império Lusobrasileiro desde quando, no reinado de D. João IV, o Padre Antônio Vieira
lançou a bandeira do Quinto Império para levantar o orgulho do povo
português e estimulá-lo a lutar pela recuperação da autonomia do Reino
frente à Espanha. Seguindo essa trilha, Maria de Lourdes produz certamente o estudo mais completo sobre o conteúdo e as contradições do
chamado reformismo ilustrado no que diz respeito ao Brasil. A autora desencava as raízes do conceito, a partir da evolução do pensamento liberal
propiciada pelas revoluções inglesa, americana e francesa. Ela também
analisa as idéias de dois autores do século XVIII que estiveram na base
das formulações teóricas do Reformismo Ilustrado em Portugal: o abade
Raynal e Adam Smith. A inevitabilidade da independência das colônias
americanas prevista pelos dois e a maneira de sanar os danos que isto
causaria às suas metrópoles sugerida pelo segundo vão influenciar na fórmula intermediária que intelectuais a serviço do absolutismo português
desenvolveriam para preservar a colônia sem mudar o regime.
Seu estudo também nos proporciona uma viagem pela história das
visões do Brasil que circulavam na Europa e das idealizações que se
construíram a partir não só dos relatos, mas também por conta da própria realidade desesperançada dos portugueses que poucas saídas tinham
para o crescimento da metrópole cada vez mais dependente de sua mais
importante colônia. O império americano lavava a alma portuguesa da
humilhação de ser uma nação de segunda no contexto das monarquias
européias e os confortava com a idéia de que possuíam um tesouro na
América, uma terra prometida para onde a Coroa e o próprio povo de
Portugal poderia migrar a qualquer momento. Terra tão rica e boa que,
para alguns, valeria até mesmo a troca da sede européia pelas possessões
espanholas na América do Sul a fim de realizar o destino do poderoso
império luso-brasileiro. As dimensões continentais dessa terra eram tais
que a ela só poderia caber o título de Império.
O livro de Maria de Lourdes é também um precioso estudo sobre
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Isabel Lustosa
o pensamento de D. Rodrigo de Sousa Coutinho e de outros ilustrados
acerca do Brasil e de como esse corpo de idéias lidou com as situações do
acaso. A tese do poderoso império elaborada no âmbito do Reformismo
Ilustrado serviu para mitigar a imagem absolutista do Regime Monárquico português e para mascarar a profunda desigualdade no tratamento dado à colônia em favor da metrópole. Sob a alegação do necessário
equilíbrio entre as duas partes do Reino, o Brasil, por suas dimensões,
estaria destinado à produção das matérias primas que, na Europa, movimentavam a Balança Comercial portuguesa. Portugal, por sua vez, além
de conservar o monopólio da produção do vinho e do azeite, devia receber investimentos no sentido de estimular o incremento e a diversificação
de sua produção industrial.
No entanto, o modelo que embasava esse ideal tinha como pontos de
ancoragem o fato de que se destinava a Portugal o posto necessário de líder da nação portuguesa, tanto por sua história quanto por estar situado no
continente europeu, junto ao grande mercado, vizinho das demais coroas.
No entanto, depois de 1808, com o estabelecimento da sede da monarquia
na América, essa tese ficaria comprometida. Afinal, Portugal se mostrara
um lugar estrategicamente menos favorável à sobrevivência da monarquia do que o Brasil, protegido, pela distância e por sua imensa costa,
de um possível ataque estrangeiro. Ao mesmo tempo, a transferência da
Corte também mostraria que o mesmo poderoso império se tornaria mais
viável se governado e administrado diretamente da América.
Essa também é outra contribuição do trabalho de Maria de Lourdes:
a análise da adaptação do projeto do poderoso império à nova realidade
no discurso de D. Rodrigo que, no Brasil, volta a ocupar o posto de principal ministro de D. João. D. Rodrigo que também fora, antes de 1807,
um dos intelectuais portugueses que tinham defendido a idéia da transferência da sede da Corte para o Brasil. Projeto que, levado a cabo por força
das circunstâncias, tinha muitos adversários entre os conselheiros de D.
João. No Rio de Janeiro, o grande esforço de D. Rodrigo foi no sentido de
realizar, a partir do Brasil, as reformas que o Reino de Portugal precisava,
mantendo o projeto do grandioso império sem explicitar, pelo menos em
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Discurso de posse:
seus documentos, a evidente intenção de tornar definitiva a permanência
da Corte no Brasil.
D. Rodrigo morreu em 1812. Não enfrentou, por isso, a pressão que,
da Europa, fizeram os portugueses para restabelecer o modelo antigo. Um
dos seus seguidores, Silvestre Pinheiro, o mais ilustrado representante
desse projeto junto a D. João, apresentaria, em 1814, como alternativa
às pressões portuguesas que, depois da expulsão dos franceses, se intensificariam, a divisão dos dois reinos: D. João permaneceria no Brasil e o
Príncipe D. Pedro seguiria para Portugal, convertido em uma espécie de
reino anexo ao Brasil, com relativa autonomia administrativa.
D. Rodrigo que, com muitos recursos retóricos tentara manter os portugueses na mesma ilusão com que, na década anterior, conseguira atrair
os brasileiros para o seu projeto, talvez não tivesse ido tão longe. O fato
é que a tese do poderoso império luso-brasileiro se desfez por inevitável
depois que a sede do poder mudou para o Rio. Os portugueses da Europa
não se conformaram com o papel secundário a que estavam destinados na
era americana da monarquia portuguesa. Um dos dois lados fatalmente
romperia. A solução encontrada pelos ilustrados brasileiros que tinham se
formado sob a orientação de D. Rodrigo, no entanto, foi a mais próxima
possível do seu projeto: o rei voltou, mas aqui ficou o príncipe. E, apesar
da Independência, o vínculo com Portugal prolongar-se-ia através da dinastia Bragança até o final do século XIX. Uma transição lenta e gradual
que teria agradado aos Reformistas Ilustrados do final do século XVIIII.
Desta maneira, o trabalho de Maria de Lourdes, publicado pela primeira vez no final da década de 1970, completou o concentrado esboço
analítico que havia sido produzido por Maria Odila. Creio que o trabalho
de Kirsten Schultz é herdeiro direto dessa tradição de historiadoras que
produziram análises de conjunto da realidade brasileira daquele período
a partir de uma pesquisa documental densa. Cada uma em seu estilo representa uma tradição preciosa na nossa historiografia que, talvez, depois
que venham à luz os tantos trabalhos produzidos em virtude da comemoração dos 200 anos da chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, será ainda
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Isabel Lustosa
mais engrandecida.
Muito obrigada.
108
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Sessão Magna 21 de outubro de 2008
I.2 –
Sessão Magna
FALA DO PRESIDENTE ARNO WEHLING
Arno Wehling1
Senhores membros da Mesa
Senhores Sócios do Instituto
Ilustres convidados
Senhoras e Senhores
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro cumpre hoje 170 anos
de fundação. Os 27 fundadores, tendo à frente o cônego Januário da
Cunha Barbosa e o brigadeiro Raimundo José da Cunha Matos, destacaram-se da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional e fundaram nova
entidade, com a finalidade de coligir informações, discutir questões de
relevância para a história, a geografia e a administração do País e divulgar
suas conclusões por meio de eventos e publicações.
Era todo um catálogo de realizações, que aparecia enunciado no estatuto de 1838 e nos “programas históricos” propostos pelo primeiro presidente do IHGB, o Visconde de São Leopoldo. Na expressão da época,
foram reunidas a história filosófica e a história pragmática para, a partir
de um repositório de dados sobre o País, compreender o processo de sua
formação e estabelecer diretrizes para o futuro. Mesmo a idéia de formar
quadros para a administração pública aparece nos textos produzidos na
primeira década do Instituto.
Ao mesmo tempo programa de pesquisa científica, proposta de pedagogia social e discurso legitimador, o projeto do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro pressupunha diversos desdobramentos: coleta de
1 –1Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. - Sócio Titular
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109
Arno Wehling
dados no Brasil e no exterior, envolvendo procedimentos que hoje denominamos arquivísticos, museológicos e biblioteconômicos; realização de
investigações que permitissem aprofundar o conhecimento da evolução
histórica do País, de sua composição étnica, de suas bases geográficas, de
suas características e potencialidades econômicas; constituição de foruns
de debates especializados e divulgação de textos que contribuíssem para
aperfeiçoar o nível científico, educacional e cultural do País; e, por último
e talvez mais importante, a elaboração de um discursso legitimador que
levasse em conta os valores dominantes entre aquela elite fluminense, mineira e paulista que reequilibrava institucionalmente o País, com o apoio,
nem sempre fácil, das demais elites provinciais.
Esses valores aparecem algo difusamente nos textos publicados na
Revista do Instituto em seus primeiros anos, mas se tornam explícitos
com a premiação da monografia de Martius, em 1843, sobre “como se
deve escrever a história do Brasil”. Aí estão, clara e sucintamente expostas, as vértebras do discurso legitimador que será a marca do Instituto e
do País ao longo de quase todo o século XIX.
O método a seguir é o da combinação da história filosófica com a
história pragmática; o objeto da pesquisa, a sociedade, a cultura, a vida
econômica e as instituições políticas, mais do que as meras informações
factuais, numa equação que combina a história dos costumes de Voltaire
com a história do Zeitgeist da Ilustração alemã; o processo formador, a
fusão das etnias portuguesa, indígena e negra, com o predomínio da primeira, como rio principal ao qual se mesclavam os afluentes, na metáfora
geográfica do autor; as concepções diretoras, a idéia da integridade nacional, pela união das províncias em torno ao centro político e da monarquia
constitucional como forma de governo capaz de permitir as condições de
estabilidade ao sistema político, indispensáveis à paz e ao progresso.
Ao longo dos seus 170 anos, certamente os “programas históricos”
a cumprir pelo IHGB variaram de acordo com as circunstâncias de sua
historicidade. Ao romantismo historicista, preocupado com a integridade
nacional e a construção do estado, seguiram-se as gerações cientificistas,
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Sessão Magna 21 de outubro de 2008
embebidas de positivismo, evolucionismo e posteriormente marxismo,
centradas em encontrar os fundamentos e a dinâmica da sociedade brasileira.
No século XX também se acrescentaram ao debate weberianos, estruturalistas e foucauldianos. Ainda neste século viu o IHGB acelerar-se
o movimento de fundação de seus congêneres estaduais, já iniciado no
século XIX e o movimento de pesquisa universitária, nascido com a fundação das Faculdades de Filosofia na década de 1930 e consolidada com
os programas de pós-graduação dos anos 1970.
Novos papéis precisaram ser definidos para o Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, como precisaram igualmente ser definidos para os
institutos estaduais e, já agora, municipais.
Um papel, porém, permanece como base, embora todo o restante
mude, e na oportunidade em que coincide a comemoração dos 170 anos
com a realização do IV Colóquio dos Institutos Históricos Brasileiros,
vale a pena ser sublinhado: é o papel de pensar o Brasil. Peço licença
para reiterar aqui o que já enunciei em outro colóquio, que nos reuniu em
encontro regional.
Nosso dever para com nossas instituições é continuar a pensar o
Brasil e pensar nossos estados, quer formulando nós próprios a reflexão,
como o fazemos em nossas reuniões permanentes e extraordinárias e em
nossos congressos estaduais, nacionais e internacionais, quer facultando
os meios, em nossos arquivos, bibliotecas e museus, para que os pesquisadores alheios às nossas Casas o façam, quer, ainda, contribuindo para
as políticas de preservação do patrimônio cultural e para o êxito da pedagogia social da comemoração.
Esse pensar o Brasil e pensar nossas realidades regionais, no início do século XXI, envolve certamente categorias, conceitos e práticas
diversas daquelas que orientaram os nossos respectivos fundadores e as
gerações intermediárias. Desde a nossa autolocalização institucional no
panorama da cultura brasileira até as atividades concretas que a refletirão,
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Arno Wehling
tudo precisa ser repensado à luz dos desafios dessa peculiar modernidade
pós-moderna.
Nossas instituições precisam construir coletivamente, pelo esforço e
pela participação de seus membros, os novos objetivos para responder a
tantos e tão profundos desafios. Mas o deverão fazer, creio, plenamente
conscientes de que os novos objetivos definir-se-ão nos limites impostos pelas suas antigas finalidades. Os fins dos Institutos Históricos estão
inscritos perenemente – com a perenidade que podem ter as construções
humanas – em nossos estatutos e em nossas realizações desde os fundadores. A eles permaneceremos absolutamente fiéis. Quanto aos objetivos,
estes sofrem os efeitos da historicidade e precisam ser redefinidos a cada
nova conjuntura, sempre olhando o norte definido pelos fins. Já tive oportunidade, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, referindo-me a
outro contexto, de utilizar uma paráfrase de Ortega y Gasset que parece
adequada a esta situação: não devemos fazer o que os fundadores fizeram,
sob pena de nos esclerosarmos num conservadorismo estéril; mas devemos fazer o que fariam hoje, se estivessem em nosso lugar.
Para cumprir este desiderato, somente seremos bem-sucedidos se tivermos muito claros os fins dos Institutos Históricos e Geográficos, aqueles princípios intemporais cuja encarnação histórica cabe a cada nova geração de membros das nossas Casas.
É um desafio magno, mas que estimula nossa inteligência e anima
nossa criatividade. E deveremos vencê-lo juntos, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e Institutos Históricos Estaduais, para honra de nossas
entidades que, pensando as realidades regionais, pensamos simultaneamente o Brasil, e com isso ajudamos a consolidar esta imensa realização
histórica que é fazer de um país continental um milagre de unidade na
diversidade.
Fazer 170 anos implica, também, em reafirmar nosso compromisso
de recomeçar, cumprindo a sina de Sísifo.
Recomeçar consolidando o que foi realizado, partindo de um ponto
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):109-116, out./dez. 2008
Sessão Magna 21 de outubro de 2008
que serve de patamar e alavanca para os seguintes, sempre no sentido de,
em cumprimento ao Programa fixado pela atual Diretoria, adensar a contribuição intelectual e moral do Instituto ao Brasil, fazendo-o partícipe de
peso no conjunto das instituições culturais brasileiras.
Diversos são os instrumentos para a consolidação do trabalho até
aqui desenvolvido, alguns já mencionados por ocasião de Sessões Magnas ou solenidades de posse. Sobre um dos mais significativos, porque
condição da argamassa que nos une como sócios, a sociabilidade - gostaria hoje de expender algumas reflexões.
A própria natureza de uma academia envolve a idéia de união e esta
por sua vez tem como corolários o convívio e a sociabilidade. Bernardin
de Saint Pierre fala da indispensabilidade de “reunir as verdades dispersas
por toda a terra”. Xavier Heuschling, no Dictionnaire générale de la politique, de 1864, afirma ser necessária “a unidade na multiplicidade: tal é
a lei da natureza, na ordem intelectual e moral, como na ordem material.
Daí também a necessidade da reunião dos homens que pensam, para concentrar num local comum suas idéias isoladas e esparsas”.
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro tem sido, ao longo de
sua história, um local de convergência de idéias sobre a História, a Geografia e outros campos do conhecimento. Convergência que não significa
abandono de concepções ou convicções próprias em favor das eventualmente dominantes na instituição. Aqui coexistiram e conviveram racionalistas ilustrados, historicistas, positivistas, evolucionistas, marxistas e
weberianos; liberais, tradicionalistas, conservadores e socialistas; românticos, realistas e modernistas. Ademais, orgulhamo-nos de nossas origens
pluricorporativas: poucas instituições mais existem nas quais sentem-se
lado a lado e dialoguem juristas, eclesiásticos, militares, professores universitários, diplomatas, médicos.
Essa convivência plural tornou-se possível e, mais do que isso, desejável, porque a finalidade que nos congrega é uma só: pensar o Brasil.
Mas não o fazemos do ponto de vista de um partido, porque não aspiramos ao poder. Não o fazemos do ponto de vista de uma ideologia, porque
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Arno Wehling
não aspiramos, ao estilo sofista, vencer uma discussão. Pensamos o Brasil
de um ponto de vista acadêmico, isto é, de uma valoração superior, não
imediatamente engajada numa determinada opção, de qualquer natureza, mas mediatamente identificada com valores mais altos que envolvem
uma atitude de profunda empatia com a humanidade e um sincero desejo
de que o País afirme um ethos humanista.
Ao percorrermos as páginas da Revista do Instituto, desde o século
XIX, é esta mensagem, freqüentemente envolta em formas muito diversas de expressão, que encontramos. Talvez o exemplo pessoal mais emblemático dessa idéia seja o do cônego Januário da Cunha Barbosa, que
foi pregador imperial, mas também polêmico e combativo jornalista e
deputado. Esteve no governo, na oposição e na prisão, mas dedicou seus
últimos anos à finalidade maior de dar ao Brasil uma instituição efetivamente nacional, para muito além das circunstâncias.
Em conseqüência, quando falamos em sociabilidade, não estamos
nos referindo necessariamente à amabilidade, mas à capacidade de conviver com o outro, ainda que este outro seja profundamente diferente.
Charles Duclos, que era um homem cultivado no sentido francês do século XVIII e viveu nos reinados dos últimos Luíses, dizia que “o homem
sociável inspira o desejo de com ele conviver... [ ao contrário ] o homem
amável reúne vícios, frivolidades e inconvenientes que o tornam freqüentemente o menos digno de ser amado”.
A sociabilidade manifesta-se de diferentes maneiras, seja na essência, seja nos acidentes, seja no estilo. Mas alguns de seus traços mais
característicos devem ser lembrados, se desejamos refletir sobre nossa
Casa e seu espírito.
Em primeiro lugar, um acendrado respeito pela pessoa e pela obra de
nosso confrade. Para além da tolerância, que apenas suporta a diversidade do outro, esse respeito nasce não apenas da mútua condição acadêmica, mas da convicção de que aquele que não pensa como nós certamente
o faz amparado por alguma parcela de verdade em seu pensamento, assim
como a nossa própria Weltanschauung, por mais cara que ela nos seja,
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Sessão Magna 21 de outubro de 2008
também é um exercício necessariamente parcial, datado e perspectivado.
Quando lemos os livros de Max Fleiuss sobre o Instituto, cujos temas
diversificados cobrem quase toda a primeira metade do século XX, ou
quando recordamos o consulado de Pedro Calmon à frente de nossa instituição, entendemos a expressão concreta desta atitude, a de um convívio
fundado no respeito intrínseco pela pessoa e seu trabalho e não na tolerância, esta sempre fruto de uma decisão política.
Inseparável desta atitude é a da admiração ilimitada pela inteligência, mais do que pela simples erudição. A valorização do “contato com
pessoas inteligentes”, na expressão de Goethe, fê-lo perguntar o que seria,
“se não tivesse sempre aprendido com elas”. E rematando o pensamento
em forma de conselho, dizia, dirigindo-se a seu correspondente: “Vocês
devem aprender não através dos livros, mas de uma viva troca de idéias,
por meio de uma tranqüila sociabilidade”. Esta Geselichkeit reaparece em
várias obras e vários momentos de sua vida, atestando a importância que
lhe dava, talvez porque ela já se encontrasse em certo declínio nestes anos
de crise do Antigo Regime, refugiando-se em alguns nichos acadêmicos
e literários.
O gosto pela troca de idéias completa, assim, o perfil acadêmico da
sociabilidade. Sem o “comércio de idéias” da expressão Setecentista, a
sociabilidade não floresce. Ela seria apenas um exercício frívolo ou lúdico, se não contribuísse efetivamente para o refinamento do conhecimento. Aquilo que hoje em dia as diferentes especialidades fazem em
congressos científicos, trocando informações e procedimentos dentro de
certas regras, visando ao aperfeiçoamento de um determinado campo,
pode e deve ser feito em outro estilo e com meios diversos, numa sociedade acadêmica. Muitos anos antes de falar-se em interdisciplinaridade,
Valéry, referindo-se à Academia Francesa, falava do “comércio de personalidades incomparáveis” para ilustrá-lo com a troca multifacetada permitida pelo convívio de prelados, diplomatas, filósofos, poetas, militares
e historiadores.
É da interlocução entre diferentes, sobretudo entre muito diferentes,
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Arno Wehling
que podem nascer as reflexões mais elaboradas e as valorações mais profundas, além e acima das práticas rotineiras do quotidiano. Se, em nosso
espaço espiritual, continuarmos a perseguir esta finalidade, o “comércio
de idéias” será o instrumento fundamental para atingi-la, pois poderemos
dizer, ainda com Goethe, que “onde a Geselichkeit encontra interlocutores, ela está à vontade”.
Possa o Instituto continuar sendo este lugar do espírito onde se
cultivam os valores maiores.
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Relatório das atividades do ano social 2007-2008
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DO ANO SOCIAL 2007-2008
Cybelle Moreira de Ipanema
1ª secretária
Exmo. Sr.
Prof. Dr. Arno Wehling
DD. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Demais ilustres componentes da Mesa Diretora
Exmos. Senhores
Delegados dos Institutos Históricos Estaduais,
Representantes junto ao IV Colóquio dos Institutos Históricos Brasileiros
Prezados Confrades
Senhoras e Senhores
Quando começamos a frequentar o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, como centro de pesquisa; quando a generosidade dos seus
membros nos levou a uma cadeira no Quadro Social – diretora, na 1ª
Secretaria –; quando a generosidade, ainda, dos confrades vem nos elegendo, há sucessivos sete mandatos na gestão Arno Wehling, não sonharíamos, sequer, com o privilégio de repassar o desempenho do Instituto
em seu 170º aniversário. É o peso de existência longa, sem perder a perspectiva de vencer os desafios que a marca impõe.
Como nos anos anteriores, nas décadas anteriores, nas centúrias –
quase duas – anteriores, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro arvorou a bandeira do trabalho – em nome da manutenção das tradições, e
não descurou delas.
Desde 1838, evidentemente, têm-se alterado projetos e resultados,
mas não a coerência em se apresentar à comunidade estudiosa, propiciando caminhos e embasamento material - livros, periódicos, manuscritos, iconografia, peças museológicas - para a realização da produção do
conhecimento no viés da História, da Geografia e das demais Ciências
Sociais.
Disponibilizar os acervos, oferecer matéria para reflexão, a partir dos
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Cybelle Moreira de Ipanema
próprios sócios, ou acolhendo contribuições externas, tem sido a tônica
do funcionamento ininterrupto nessa idade longeva, balizada por eventos
rotineiros e/ou esporádicos.
CEPHAS – Entre a última Sessão Magna e a presente, a Comissão
de Estudos e Pesquisas Históricas, sob a coordenação de Maria de Lourdes Viana Lyra e Lúcia Maria Paschoal Guimarães - após funcionamento
sob Arivaldo Silveira Fontes, realizou 15 sessões, com apresentação de
39 comunicações, por sócios ou convidados, isoladas ou grupadas, sob
ou não o título de Mesas Temáticas, tratadas a seguir e não incluídas na
contagem acima.
Sessões globais – Dedicaram-se a Nelson Werneck Sodré, com o
Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, em seu III Congresso
Fluminense de História e Geografia, e outras entidades, Basílio de Magalhães, Hipólito da Costa e o Correio Braziliense, José Carlos de Macedo
Soares, Genealogia, Josué de Castro, Padre Antônio Vieira (duas sessões
completas) e Arqueologia.
Posses – Em 9 de janeiro, realizou-se a posse da Diretoria, Conselho
Fiscal e Comissões Permanentes, eleitos em dezembro anterior. Empossaram-se ainda, durante o ano, os sócios: Marcos Guimarães Sanches, honorário brasileiro, no gabinete do presidente e, solenemente, Jean Pierre
Blay, correspondente estrangeiro, recebido por Guilherme de Andréa Frota, e os honorários brasileiros, Antonio Izaias da Costa Abreu, recebido
por Arno Wehling, Ondemar Ferreira Dias Junior, por Cybelle Moreira de
Ipanema, e Célio de Oliveira Borja por Alberto Venâncio Filho.
Ainda no dia de hoje, no gabinete, a posse do correspondente brasileiro, D. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança.
Posse, ainda, revestida de grande solenidade e expressiva freqüência,
foi a do presidente de Portugal, Dr. Aníbal Cavaco Silva, como Presidente
de Honra do Instituto, dentro das comemorações dos 200 anos da corte
portuguesa no Brasil, cabendo ao presidente Arno Wehling saudá-lo.
Eventos culturais e associativos – A Abertura das Atividades Cul-
118
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Relatório das atividades do ano social 2007-2008
turais fez-se em 5 de março, com a conferência de Kenneth Light sobre
“A transferência da corte para o Brasil”.
Realizaram-se em três fases, as comemorações do Bicentenário, com
a participação do IHGB: I Jornadas Comemorativas da Partida, em Lisboa, em novembro de 2007; na Bahia, de 14 a 16 de maio deste ano e no
Rio de Janeiro, nesta Casa, de 19 a 21 do mesmo mês.
Em igual sentido, foi aqui realizado, de 3 a 6 de junho, o “Curso D.
João e a Cidade do Rio de Janeiro 1808-2008”, pelo Instituto Histórico e
Geográfico do Rio de Janeiro, com parceria do Brasileiro.
O Instituto participou do Seminário “Juízes e Tribunais - Perspectivas da História da Justiça no Brasil”, em março, associando-se ao Supremo Tribunal Federal.
Como periodicamente acontece, realizou-se, em conjunto com o
IHGB, a XXVII Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica – SBPH.
Em outubro, será o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro parceiro da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha
no Simpósio do Bicentenário do Visconde de Inhaúma.
Participação, igualmente, deu o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro a mais duas realizações tendentes ao Bicentenário da Transferência
da Corte. Com o jornal Folha Dirigida e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro, e o apoio do Real Gabinete Português
de Leitura e Liceu Literário Português, integrou-se no Concurso de Redação para estudantes. Por um lado, vários de seus sócios colaboraram no
tablóide preparado para estimular os concorrentes e, por outro, sediou,
em 24 de setembro, o evento de premiação a 100 (cem) classificados,
assim como ofereceu brindes. Foi lançado, na ocasião, o livro resultante
do Concurso: A chegada da Corte Portuguesa e a Transição para a Independência.
Nem se deixe de fora o registro de que se inscreveram, da última
série do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do Estado, 22.714 parR IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):117-123, out./dez. 2008
119
Cybelle Moreira de Ipanema
ticipantes!
A outra presença foi na Revista da Academia Brasileira de Letras,
relativa ao tema, com ensaios de sócios.
Cursos e outras realizações convocatórias de público – Todos sob
a coordenação da Sócia Honorária Mary Del Priore. Os Cursos “História
e doenças: estudos e perspectivas” (abril) e “O que é sport?” (junho) e a
programação, em outubro, do “Baú de histórias”: cotidiano e objetos de
nosso passado”, em três sessões e a participação de seis especialistas, em
parceria com a ABBR – Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação.
De ressaltar a criação, pelo Governo Federal, do Conselho Nacional
de Política Cultural, na área do MinC, onde representam o Instituto seus
presidente e 2º vice-presidente, Victorino Chermont de Miranda.
Da maior significação é o evento que se inicia no dia desta Sessão
Magna: o IV Colóquio dos Institutos Históricos Brasileiros, na tradição
do primeiro, de 1998, e que este ano, ao congraçar os Institutos de todo o
Brasil, privilegiou a temática dos 200 Anos.
Lançamento de livros – Registrem-se, entre março e setembro: A
Casa das Alagoas, a História e as Coleções, de Douglas Apprato Tenório e Carmen Lúcia Dias; La Ravardière e a França Equinocial, de Vasco Mariz e Lucien Provençal; Da Escola Palatina ao Silogeu: Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (1889-1938), de Lucia Maria Paschoal
Guimarães; Silva Porto: livreiro na corte de D. João, editor na Independência, de Cybelle de Ipanema e Marcello de Ipanema (in memoriam);
Napoleão Bonaparte: imaginário e política em Portugal c. 1808-1810, de
Lúcia Maria Pereira das Neves; Caminhos do açúcar: engenhos e casasgrandes das Alagoas, de Douglas Apprato e Carmen Lúcia Dias; e Nas
fronteiras da intolerância: Einstein, Hitler, a Bomba e o FBI, de Ronaldo
de Freitas Mourão; além do decorrente do Concurso de Redação.
Durante o Colóquio Luso-Brasileiro da transferência da corte, em
maio, foi lançada a 2ª edição do clássico de Joaquim Veríssimo Serrão,
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):117-123, out./dez. 2008
Relatório das atividades do ano social 2007-2008
presidente de honra da Academia Portuguesa da História (que não pôde
comparecer), O Rio de Janeiro no século XVI, agora em um só volume,
acrescido de ilustrações.
O Colóquio contou com o apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro e das entidades portuguesas Real Gabinete e Liceu Literário.
Reproduções e empréstimos de acervo - O Instituto, aberto à pesquisa o ano inteiro, também atende a pedidos de reprodução e de empréstimo
de documentos sob sua guarda, o que se traduz em um intenso relacionamento.
Revista – Circulando há 169 anos, a Revista do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro reúne o maior conjunto de estudos de História do
Brasil. É referência internacional em Ciências Sociais. Trimestral, editada pela Gráfica do Senado Federal, tem a direção da Sócia Titular Miridan
Britto Falci. Foram lançados este ano os volumes 437 (out.-dez. 2007) e
438 (jan.-mar. 2008). Em Brasília, o volume seguinte.
Noticiário – Além da informação administrativa, formal, dos editais
e portarias que regulam o funcionamento do Instituto, da programação
cultural do período e eventos, o órgão, mensal, sob a edição de Victorino
Chermont de Miranda, é enriquecido com descrições ilustradas de itens
do acervo do Instituto. Valiosas para acompanhar a presença do Corpo
Social são as informações respectivas e o “Destaque na imprensa”.
Registrada a ascensão de Luiz de Castro Souza, benemérito, eleito
em 1963 como novo decano do Instituto, após o falecimento de D. Pedro
Gastão de Orléans e Bragança.
Visibilidade do Instituto – Contratou-se empresa de comunicação
para a divulgação das atividades.
Tesouraria – Sob comando de Fernando Tasso Fragoso Pires controlando as chaves do cofre, como convém.
Setores técnicos – Entrosados com a Sala de Leitura, para dar conseqüência ao atendimento ao usuário, de 2ª a 6ª, de 9h30 às 17 horas,
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Cybelle Moreira de Ipanema
sem solução de continuidade, de janeiro a janeiro. Dirigidos por sócios e
movimentados por chefes, são assim enunciados:
Biblioteca – Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha e Maura Corrêa
e Castro.
Hemeroteca – a mesma sócia e Célia da Costa.
Arquivo – Carlos Wehrs e Lúcia Maria Alba da Silva.
Iconografia – sem diretor; chefe, a mesma.
to).
Museu – Vera Lúcia Bottrel Tostes (sem corpo funcional no momen-
Em reconhecimento pela participação e dedicação à Casa, foram,
como visto, agraciados sete funcionários, caminhando com o Instituto há
mais de 20 anos.
Secretária da Diretoria – Tupiara Machareth Ávila Dias.
A Secretaria, ligada à Diretoria, funciona como esta, durante todo
o ano, não se fragmentando por recesso como as atividades culturais, de
dezembro a março.
Gerência administrativa – Jeferson dos Santos Teixeira, na biface: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (cultural) e Edifício Pedro
Calmon (comercial). No setor, instalado, com apoio do BNDES, o sistema de prevenção de incêndio, certamente de importância capital com
dispensa de justificativa.
Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores,
Circulando entre Diretoria, Corpo Social, Setores técnicos, Secretaria e Gerência Administrativa, procura conhecer do funcionamento a 1ª
secretária que, todo ano, agradece aos corpos dirigentes, administrativos
e funcionais a possibilidade de desempenhar o que lhe compete, espelha-
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Relatório das atividades do ano social 2007-2008
do, em parte, por este Relatório, tanto extenso, quanto lhe exige a imagem
do Instituto em mais 365 dias diante do público acadêmico e cultural do
País que o freqüenta, participa das suas atividades e toma conhecimento
delas pelas páginas da Revista, em seu último número de cada ano.
Muito obrigada.
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Elogios aos sócios falecidos
ELOGIO AOS SÓCIOS FALECIDOS
José Arthur Rios
Ilmo. Sr. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Professor Arno Wehling
Membros da Diretoria
Prezados Colegas
Senhoras e Senhores
Mais uma vez, abusando da paciência dos meus confrades, venho ler
o obituário dos que se foram no correr do ano que se finda. Lamentável
que o IHGB não tenha na sua burocracia o cargo de um escrivão dos mortos que aqui viesse devidamente enlutado, melhor desincumbir-se desse
registro. À falta desse titular, recorro à lembrança de um amigo, crente
fervoroso que, em grave doença, interpelado pelo médico que o visitava
se desejava alguma coisa, suspirou – só tenho pressa de chegar logo ao
purgatório. Manifestava assim sua certeza de salvação, na verdade garantia de ressurreição. Nem seria preciso recordar Santa Tereza “muerro
porque no muerro”. É, portanto, nesse espírito que espero ouçam essa
resenha, despida de qualquer unção funerária, inspirada na esperança de
que os colegas ausentes estejam vivendo no limiar de outra vida e de uma
paz que não é deste mundo.
Para nós, grandes as perdas do ano nessas figuras da mais diversa
formação, vindos de tão remotos quadrantes: juristas, militares, professores, servidores exemplares do Estado, até três senhoras – que a morte
comete a grosseria imperdoável de não poupar o sexo frágil – ,brasileiros
a maioria, mas também um norte-americano e uma alemã e, até um Príncipe nascido na Espanha – todos irmanados na mesma vocação de amor
ao nosso País, de culto à nossa história.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):125-130, out./dez. 2008
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José Arthur Rios
DOM PEDRO GASTÃO DE ORLEANS E BRAGANÇA. Veio à
luz em Sevilha, neto da Princesa Izabel, a Redentora, e bisneto de D.
Pedro II – monarca cidadão – ,o mais legítimo de nossos republicanos.
Tantas vezes pr1esidiu nossas sessões, símbolo vivo de uma nobreza mais
de caráter que de sangue. A ele deve o Brasil a recuperação do arquivo do
Castelo D´Eu, patrimônio histórico que hoje se encontra à disposição dos
nossos pesquisadores, no Museu Imperial, em Petrópolis.
Logo, como que a escoltá-lo, numa invisível Guarda de Honra, ARIVALDO SILVEIRA FONTES, sergipano de Riachão do Dantas. No físico enxuto e na palavra breve, não desmentia a origem sertaneja. Chegou
ao Instituto com larga folha de serviços prestados ao País: professor de
matemática do Colégio Pedro II e do Colégio Militar do Rio de Janeiro,
diretor-geral do Departamento Nacional do SENAI, diretor e presidente
da Fundação Osório, Secretário de Educação de Sergipe – acima de tudo
educador, voltado para problemas essenciais de formação de recursos humanos. Na modéstia e simplicidade de trato quase fazia esquecer importantes funções desempenhadas na administração pública. Escreveu sobre
a história dos colégios militares do Brasil, traçou o perfil de Vultos do Ensino Militar sem esquecer Figuras e Fatos do seu amado Sergipe. Muitas
vezes, na presidência das reuniões do CEPHAS, cabia-lhe a espinhosa
tarefa, sempre desempenhada com hábil diplomacia, de dar a palavra aos
conferencistas e também de encurtar o tempo das intervenções, como todos sabem, sempre insuficientes.
Assídua às reuniões do CEPHAS, recordamos a figura de FRIEDA
WOLFF. Nos anos 30 veio para o Brasil com o marido fugindo das perseguições racistas da Alemanha nazista. Não perdia ocasião para defender
e valorizar sua cultura e sua gente. Singularizou-se pela contribuição à
história dos judeus e judaizantes em nosso País, amiúde marginalizada ou
esquecida na história oficial. Em colaboração com o marido Egon Wolff assinou inúmeros estudos sobre as comunidades judaicas revolvendo
arquivos, bibliotecas, até registros de cemitérios. Suas pesquisas foram
divulgadas nos Estados Unidos, em países da Europa, em Israel. Só-
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):125-130, out./dez. 2008
Elogios aos sócios falecidos
cia Honorária do Instituto foi eleita, em 1994, benemérita. Dedicada de
corpo e alma à defesa da causa judaica, foi militante no judaísmo talvez
esquecida de que o brasileiro, como em tanta coisa mais, só é racista por
preguiça e que o Brasil, na frase lapidar de um publicista “é uma terra em
que padre é maçon” – hoje diríamos progressista, “preto casa com branca,
alemão joga no bicho e judeu come carne de porco”.
Sócio Correspondente foi o brasilianista JOHN W. F. DULLES. Não
sei se ainda há brasilianistas ou se é espécie extinta como extintas parecem as verbas fartamente distribuídas in illo tempore a esses pesquisadores pelo Departamento de Estado Norte-americano. A categoria não
chegou a produzir uma ideologia – o brasilianismo – mas deu origem
a figuras e obras marcantes que muito influíram em nossa cultura, trazendo-nos uma metodologia, às vezes uma visão nova de nossa história
– e que está pedindo com urgência uma avaliação. Dulles, entre tantos,
foi dos que mais contribuíram para o conhecimento da fase mais recente
de nossa história política. Filho de Secretário de Estado, formado pelas
universidades de Princeton e Harvard, dedicou-se a partir de 1962 à cátedra de estudos latino-americanos na Universidade do Texas. Deixou
obras definitivas sobre Anarquistas e Comunistas do Brasil, biografias
minuciosas de personalidades polêmicas e contraditórias como Getúlio
Vargas, Castelo Branco, Carlos Lacerda. Seu último trabalho, a biografia
de Heráclito Sobral Pinto, o grande e intemerato advogado liberal; todos
esses livros traduzidos para o português, escritos em notável espírito de
imparcial objetividade. Em 1997, ao receber notícia de sua escolha para
Sócio Correspondente do Instituto, agradeceu a distinção em carta ao
nosso Presidente que é modelo de modéstia e retrato do scholar que foi:
“Com sentimento de profunda gratidão – e também de humildade – venho
aceitar a possibilidade de me ver associado ao IHGB e quero agradecer
sua gentileza em considerar-me sócio e a todos os que, como o Sr., vêm
contribuindo para o renome desta casa”.
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José Arthur Rios
NÍCIA VILLELA LUZ seria brasilianista pela freqüência e associação a universidades americanas se não fosse paulista. Cumpriu brilhante
carreira na USP, onde assumiu a orientação dos cursos de pós-graduação
na área de História da Civilização Brasileira quando da aposentadoria
de Sérgio Buarque de Holanda. Foi discente e docente de universidades
norte-americanas, participou de projetos de pesquisa sobre História Econômica do Brasil patrocinados pelas Universidades de Harvard e Vanderbilt e pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Além de sua obra
mais importante A Luta pela Industrialização do Brasil e do ensaio hoje
mais do que nunca oportuno sobre a política de D. João VI e seu papel na
formação de nossa indústria, deixou inúmeros artigos em revistas especializadas e colaborações em obras coletivas.
Outra figura feminina que nos deixou foi MARIA CECÍLIA RIBAS
CARNEIRO. Dedicada colaboradora do historiador Helio Silva em sua
obra sobre a História da República, chegou a concluí-la, após a morte
do historiador, redigindo os volumes finais. Completou sua formação
de magistério na Universidade do Texas, onde privou do convívio e dos
ensinamentos de Foster Dulles. Não se limitou a acompanhar Helio Silva
com exemplar dedicação. Só a política os separava, ele lacerdista, ela
getulista. Seguiu-o também na vida religiosa. Helio faleceu na Ordem
Beneditina, Maria Cecília o acompanhou como oblata de São Bento. Falta-nos a imagem do novelo de sua cabeça branca na primeira fila das reuniões do CEPHAS que freqüentou praticamente até seus últimos dias.
Do baiano JOSÉ FORTUNA ANDRÉA DOS SANTOS, nosso José
Andréa, da sua brilhante carreira no magistério e no serviço público, haveria muito a dizer. Começou a vida profissional ensinando no tradicional Ginásio da Bahia, foi promotor público no interior do Estado e logo
depois, em 1967, começou sua longa identificação com o Departamento
Nacional de Obras contra a Seca, onde implantou as normas do serviço,
elaborou o planejamento do setor jurídico, chegando a Procurador-Geral
do Departamento, cargo que exerceu até sua aposentadoria. Participou
da criação do Banco do Nordeste e da Sudene. Em 1967, assessorou o
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Elogios aos sócios falecidos
recém-criado Ministério do Interior, passando a servir no seu setor jurídico. Serviu a quatro ministérios até dezembro de 1984, e mereceu, por
serviços prestados, a medalha de ouro que lhe foi concedida pelo Governo Federal. Deixou-nos vários trabalhos sobre História do Brasil, dentre
os quais se destacam o ensaio sobre seu antepassado o Marechal Andréa.
Impossível enumerar seus trabalhos sobre Direito Administrativo, numismática, heráldica, filatelia, teses jurídicas e histórias, bem como várias
comunicações apresentadas nas sessões do CEPHAS.
Do mesmo padrão foi BRAZ AUGUSTO AQUINO BRANDATO.
Homem do Rio Grande do Sul, dedicou boa parte da sua vida à Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre e à história de seu estado.
Professor de graduação e pós-graduação de sua Universidade, deixounos, entre outros, estudo sobre a vinda da Corte portuguesa para o Brasil.
Concentrou seu interesse na época da invasão napoleônica em Espanha e
Portugal, nas figuras de D. João VI, Carlota Joaquina e Pedro I, analisou
as vicissitudes da política hispânica no começo do século XIX, a Carta
Constitucional portuguesa de 1826 e acompanhou, com lente de jurista
e historiador, os primeiros vagidos do liberalismo na Península Ibérica e
também os últimos estertores do absolutismo.
ODILON NOGUEIRA DE MATOS foi outro historiador que se voltou para o estudo e recuperação dos anais de seu Estado natal. Seu campo
de estudo foi a história paulista, - o que não impediu de conquistar o reconhecimento da Real Academia de Historia de Madrid. Vinha editando,
desde 1969, sob os auspícios da Universidade Católica de Campinas, a
Notícia Bibliográfica e Histórica, precioso acervo de documentos e informações que hoje soma mais de 130 números. Nogueira de Matos tinha
a singularidade de ser um historiador da música e um dos seus livros é
Música e Espiritualidade.
Concluímos aqui, Senhor Presidente, esta resenha. No seu necessário e forçoso esquematismo, não faz justiça aos títulos e méritos dos
nossos companheiros que partiram. Graças à sua dedicação e seu talento,
na diversidade de suas vocações, contribuíram para dar a essa Casa de
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José Arthur Rios
Memória sua verdadeira dimensão nacional e internacional, na defesa de
um patrimônio hoje ameaçado pela lenta erosão de nossas melhores tradições e pela traça solerte do esquecimento.
José Arthur Rios
IHGB, Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2008.
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Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
II – DELIBERAÇÕES SOCIAIS
II.1 –
Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
ATA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
DE 9 DE JANEIRO DE 2008
Posse da Diretoria, Conselho Fiscal e Comissões Permanentes
Aos nove dias do mês de janeiro de dois mil e oito, no Salão Nobre,
realizou-se a Sessão de Posse da Diretoria, Conselho Fiscal e Comissões Permanentes do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, para o
mandato dois mil e oito / dois mil e nove. Sessão sob a Presidência do
Prof. Arno Wehling e secretaria de Cybelle Moreira de Ipanema. Aberta às dezoito horas e quinze minutos, compôs o presidente a Mesa com
as seguintes personalidades: presidentes Cícero Sandroni, da Academia
Brasileira de Letras, Cláudio Murilo Leal, do PEN Clube do Brasil , gen.
Aureliano Pinto de Moura, do Instituto de Geografia e História Militar
do Brasil , Stella Leonardos, da Academia Carioca de Letras , Edir Meirelles, da União Brasileira de Escritores , e Carlos Eduardo Barata, do
Colégio Brasileiro de Genealogia. Seguindo o ritual do Instituto, a secretária leu as Efemérides brasileiras, do Barão do Rio Branco, relativas
à data. Foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao sócio grande
benemérito e decano do Corpo Social, Dom Pedro Gastão de Orléans e
Bragança, recém-falecido. Em seguida, a leitura do Termo de Posse da
Diretoria e demais órgãos, eleitos em doze de dezembro do ano passado.
O Presidente Arno Wehling leu o Termo de Compromisso pela Diretoria,
seguindo-se, por ele, a chamada dos membros da Diretoria, presentes, que
assinaram o Livro de Posse. Faltaram, por motivo justificado, o primeiro
e o terceiro vice-presidentes, respectivamente, Emb. João Hermes Pereira
de Araújo e alm. Max Justo Guedes. O discurso do presidente enfocou o
humanismo, visão presente sempre, desde a criação do Instituto. Reafirmou o compromisso humanista do IHGB, expresso na centralidade do
documento como fonte histórica, no seu tratamento crítico e em outros
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aspectos. Encerrada sua fala, foram lidas as manifestações recebidas, desde o Senhor Presidente da República. Registradas também as presenças
do Presidente do Real Gabinete Português de Leitura, Antonio Gomes
da Costa, do Diretor do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro,
Paulo Knauss, do Presidente da Academia Brasileira de Filologia, Leodegário Azevedo Filho, do Emb. Álvaro Franco, da Fundação Alexandre
Gusmão, do Subsecretário Municipal de Turismo, Paulo Bastos César, do
pro-reitor de Planejamento da UniRio, Luiz Cleber Gak, da profª. Julia
Belesse, decana do Centro de Ciências Humanas da mesma Universidade, e de Antonio Celso Alves Pereira, Presidente da Sociedade Brasileira
de Direito Internacional. O Presidente Arno Wehling agradeceu ao Corpo
Social a confiança reiterada para um novo mandato de Diretoria, e à presença de sócios e convidados. Passou a Diretoria à Sala Imperial, onde
recebeu os cumprimentos, seguindo-se de coquetel no terraço. Compareceram os seguintes sócios: Arno Wehling, Victorino Chermont de Miranda, Elysio de Oliveira Belchior, Fernando Tasso Fragoso Pires, Alberto
Venancio Filho, Arnaldo Niskier, Marcos Guimarães Sanches, Lygia da
Fonseca Fernandes da Cunha, Antônio Izaias da Costa Abreu, Dora Alcântara, José Arthur Rios, Célio Borja, Mary Del Priore, Antonio Gomes
da Costa, Esther Caldas Bertoletti, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Affonso Arinos de Mello Franco, Melquíades Pinto Paiva, Vasco Mariz, Vera Bottrel Tostes, Marcos Castrioto de Azambuja, Carlos Henrique
Cardim e Cybelle Moreira de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
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Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORINÁRIA
DO DIA 20 DE FEVEREIRO DE 2008
Eleição do Presidente da República Portuguesa como Presidente de
Honra do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Aos vinte dias do mês de fevereiro de dois mil e oito, realizou-se, na
Sala Pedro Calmon, em segunda convocação, a Assembléia Geral Extraordinária, destinada à eleição do Presidente de Portugal, Aníbal Cavaco
Silva, como Presidente de Honra do Instituto. Presidência do prof. Arno
Wehling e Secretaria de Cybelle Moreira de Ipanema. A sessão foi aberta
às quinze horas e explicada a razão, fundada em uma tradição do IHGB.
O Presidente leu a Proposta da Diretoria e mencionou os governantes de
Portugal que já tiveram o título: os reis Dom Fernando, em 1842, e Dom
Carlos, em 1897, e os Presidentes da República, Gen. Francisco Higino
Craveiro Lopes (1947), Alm. Américo de Deus Rodrigues Tomás (1971)
e Dr. Jorge Fernando Branco de Sampaio (1999). Apresentada a Proposta,
foi a mesma aprovada por aclamação, com unanimidade dos participantes. Passando aos Assuntos Gerais, o Gen. Jonas de Morais Correia Neto
pediu para lembrar dois fatos ocorridos no presente dia: em 20 de fevereiro de 1827, a Batalha de Passo do Rosário ou Ituzaingó, de resultados
indefinidos, para o Brasil ou Buenos Aires, fechando-se com a criação do
estado-tampão do Uruguai. O assunto gerara polêmica entre o Gen. Tasso
Fragoso e Max Fleiuss, do Instituto. O segundo, a entrada triunfal do Conde de Porto Alegre em Buenos Aires, em 20 de fevereiro de 1852, após a
derrota de Monte Caseros, que selou o destino de Juan Manoel de Rosas.
O Presidente agradece e anuncia as próximas sessões do Instituto: em 5
de março, Abertura das Atividades Culturais, e 7 de março, a Posse do
Presidente Aníbal Cavaco Silva, às 11 horas. Compareceram os seguintes
sócios: Arno Wehling, Victorino Chermont de Miranda, Lygia da Fonseca
Fernandes da Cunha, Fernando Tasso Fragoso Pires, Maria de Lourdes
Viana Lyra, Jonas de Morais Correia Neto, Maria da Conceição Beltrão,
Marilda Corrêa Ciribelli, Elysio de Oliveira Belchior, Max Justo Guedes,
Carlos Wehrs, Luiz de Castro Souza, Vasco Mariz, Roberto Cavalcanti de
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Albuquerque, Antonio Gomes da Costa, Guilherme de Andréa Frota, José
Arthur Rios, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Helio Leôncio Martins
e Cybelle Moreira de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
DE 5 DE MARÇO DE 2008
Abertura das Atividades Culturais
Aos cinco dias do mês de março de dois mil e oito, realizou-se a
sessão destinada a marcar a Abertura das Atividades Culturais do ano.
Às dezessete horas e quinze minutos inicia-se a sessão, compondo o Presidente a Mesa com o segundo Vice-presidente Victorino Chermont de
Miranda; o Alm. Armando de Senna Bittencourt, Diretor do Patrimônio
Histórico e Cultural da Marinha; o Secretário do Instituto Arqueológico,
Histórico e Geográfico Pernambucano; além da primeira secretária. Lidas
as Efemérides brasileiras, do barão do Rio Branco, relativas à data, o
presidente minudenciou os eventos que, ao longo do ano, vão marcar a
participação do Instituto nas comemorações dos 200 anos da Chegada da
Família Real ao Brasil. Nos dias vinte e sete e vinte e oito, programação
conjunta com o Supremo Tribunal Federal, no Centro Cultural da Justiça,
intitulada “Juízes e tribunais”. Dezenove a vinte e um de maio, o Colóquio Luso-Brasileiro “A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil”.
No mês de outubro, IV Colóquio dos Institutos Históricos Estaduais, com
ênfase na temática dos 200 anos e comemorando os cento e setenta anos
da fundação do IHGB. A seguir, deu a palavra ao historiador Kenneth
Ligth para sua conferência, “A transferência da Capital e Corte para o
Brasil – 1807-1808”. Discursou sobre a viagem, capacidade dos navios,
ventos, circunstâncias, número de passageiros. Ao final, mostrou imagens dos navios, como concebeu suas posições e encomendou quadro a
um pintor (acha-se exibido na Exposição do Museu Histórico Nacional).
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Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
A secretária registrou as manifestações recebidas e presenças no plenário.
Arno Wehling encerrou a sessão, agradecendo a sócios e convidados e
anunciou o coquetel e o lançamento do livro de Lucia Maria Paschoal
Guimarães, Da Escola Palatina ao Silogeu: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro – 1889/1938. Compareceram os seguintes sócios: Arno
Wehling, Victorino Chermont de Miranda, Lygia da Fonseca Fernandes
da Cunha, Mary Del Priore, Maria de Lourdes Viana Lyra, Marilda Corrêa Ciribelli , Elysio de Oliveira Belchior, Maria da Conceição Beltrão,
Antonio Izaias da Costa Abreu, Carlos Wehrs, Lucia Maria Paschoal Guimarães, Luiz de Castro Souza, Esther Caldas Bertoletti, Roberto Cavalcanti de Albuquerque, Marcos Guimarães Sanches, Armando de Senna
Bittencourt , José Arthur Rios, Alberto Venâncio Filho, José Murilo de
Carvalho, Jaime Antunes da Silva, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Isabel Lustosa e Cybelle Moreira de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
ATA DA SESSÃO EXTRORDINÁRIA
DE 7 DE MARÇO DE 2008
Posse, como Presidente de Honra, do Presidente da Nação Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva com início às onze horas e trinta minutos.
A Sessão, no Salão Nobre, foi antecipada por ato na Sala Imperial, onde o visitante foi introduzido pelo presidente Arno Wehling que o
apresentou aos membros da Diretoria, que ali o aguardavam, e diversas
autoridades, representantes de instituições culturais e de governos estadual, e municipal da Cidade do Rio de Janeiro.
O presidente Arno Wehling convocou as chefes da Biblioteca e Arquivo para explicarem peças raras do acervo do Instituto que foram: a edição príncipes de Os Lusíadas e a Relação dos despachos publicados na
Corte pelo expediente da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros, e da Gerra, Rio de Janeiro, 13 de maior de 1808, primeira peça saída
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da Impressão Régia. Em seguida, ofereceu ao presidente Aníbal Cavaco
Silva o Álbum dos 150 anos do Instituto e a edição fac-similar de Os Lusíadas, lançada no ano passado, aguardo crítico de Leodegário de Azevedo
Filho. À senhora dona Maria Cavaco Silva foi oferecida a obra sobre
Franz Post (Catalogue raisoné), organizada por Pedro Corrêa do Lago.
Os visitantes ofertaram ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro a
publicação: Portugalia Documenta Cartográfica. A seguir, o presidente
de Portugal passou ao Salão Nobre, totalmente lotado, acompanhado dos
membros da Diretoria presidente Arno Wehling, 2° e 3° vice-presidente
Victorino Chermont de Miranda e Max Justo Guedes, e 1ª secretária, Cybelle Moreira de Ipanema, quando já todos se achavam no recinto: os
sócios do Instituto, na galeria de Sócios.
Cybelle Moreira de Ipanema
1ª secretária
ATA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
DE 9 DE ABRIL DE 2008
Posse do Sócio Honorário Brasileiro Antônio Izaias da Costa Abreu
Às dezessete horas e vinte minutos do dia nove de abril de dois mil
e oito, no Salão Nobre, teve início a Sessão de Posse do Sócio Honorário
brasileiro, desembargador Antônio Izaias da Costa Abreu. O Presidente
Arno Wehling iniciou a sessão compondo a Mesa, onde já se encontrava
a primeira-secretária Cybelle Moreira de Ipanema com os membros da
Diretoria: segundo vice-presidente, Victorino Chermont de Miranda e tesoureiro Fernando Tasso Fragoso Pires, além do decano do Corpo Social
Luiz de Castro Souza. Convocou a secretária para a leitura das Efemérides brasileiras, do barão do Rio Branco, alusivas à data. Em seguida, designou Comissão de três sócios para introduzirem o empossando: Maria
da Conceição Beltrão, Vasco Mariz e Ronaldo de Freitas Mourão. Sua
entrada no plenário, lotado de sócios e convidados, foi saudada de pé.
Acercando-se da Mesa, o novo sócio ouviu a leitura do Termo de Posse
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Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
pela secretária e, a seguir, leu o Termo de Compromisso, passado pelo
Presidente. Aplaudido, recebeu deste o Diploma de sua categoria. Foi
chamada sua esposa, Maria de Fátima Abreu, para a imposição do colar
acadêmico. O Discurso de Recepção esteve a cargo do Presidente Arno
Wehling que destacou a circunstância de, sempre, o Instituto ter contado
com juristas em seu Quadro Social. Mencionou vários, recordando um
dos últimos, o Desembargador José Bezerra Câmara. Enalteceu a formação e as atividades do novo sócio, com larga trajetória na Judicatura do
Estado do Rio de Janeiro. Natural de Bom Jesus do Itabopoana, no noroeste fluminense, tem-se dedicado, além de suas atribuições forenses, ao
estudo das comunidades fluminenses e da implantação e desenvolvimento
do Poder Judiciário estadual. É autor de, entre outros, Municípios e topônimos fluminenses e Palácios e Fóruns do Judiciário do Estado do Rio de
Janeiro. Passou-lhe a palavra, em seqüência, o Presidente para sua oração
protocolar. Da tribuna, proferiu o discurso: “Evolução histórica das comarcas fluminenses”. Foram marcadas por muita emoção as referências à
sua própria terra e comarcas onde tem atuado. Ao final, a Secretária fez o
registro de outras presenças no plenário e das manifestações recebidas. O
Presidente encerrou a sessão, dizendo muito esperar o Instituto da colaboração do novo sócio. Agradeceu a presença de todos e convidou para o
coquetel oferecido pelo casal Maria de Fátima–Antônio Izaias. Compareceram os seguintes sócios: Arno Wehling, Fernando Tasso Fragoso Pires,
Maria da Conceição Beltrão, Melquíades Pinto Paiva, Antônio Izaias da
Costa Abreu, Esther Caldas Bertoletti, Victorino Chermont de Miranda,
Luiz de Castro Souza, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, Marcos Guimarães Sanches,Vasco Mariz, Dora
Alcântara e Cybelle Moreira de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
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ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 7 DE MAIO DE 2008
Posse do Sócio Honorário brasileiro Ondemar Ferreira Dias Junior
Aos sete dias do mês de maio de dois mil e oito, realizou-se, na Sala
Pedro Calmon, a sessão de posse do Sócio Honorário brasileiro Ondemar Ferreira Dias Junior. Sessão presidida pelo Prof. Arno Wehling, com
secretaria de Cybelle Moreira de Ipanema, iniciada às dezessete horas e
vinte e cinco minutos. Para compor a Mesa o presidente convocou, além
da secretária; o segundo vice-presidente Victorino Chermont de Miranda,
o Sócio Institucional Jaime Antunes da Silva – Diretor-geral do Arquivo Nacional – e o decano do corpo social, Luiz de Castro Souza. Lidas
as Efemérides brasileiras, do barão do Rio Branco, alusivas à data, uma
Comissão de sócios, constituída de Esther Caldas Bertoletti, Elysio de
Oliveira Belchior e Maria de Lourdes Viana Lyra introduziu no recinto o
novo sócio, recebido de pé, sob aplausos. Acercando-se da Mesa, ouviu
ele o Termo de Posse, lido pela secretária, e leu o Termo de Compromisso, passado pelo presidente que lhe entregou o Diploma de sua categoria.
Ambos, presidente e empossando, assinaram o Livro de Posse. A imposição do colar acadêmico ficou a cargo da esposa do novo sócio, Jandira
Neto Dias. A seguir, a Sócia Emérita e primeira-secretária Cybelle Moreira de Ipanema leu, da tribuna, o Discurso de Recepção. Recordou, em
primeiro lugar, o início da Divisão de Patrimônio Histórico e Artístico da
Guanabara, em mil novecentos e sessenta e cinco, dirigida por Marcello
de Ipanema, onde ela mesma chefiou a Seção de Pesquisa, Exposições e
Divulgação, em que esteve alocado Ondemar Dias e deu grande contribuição àquele órgão da Secretaria de Educação e Cultura, no ano do IV
Centenário do Rio de Janeiro. Louvou a formação acadêmica e o desempenho como professor e arqueólogo do novo sócio, área de conhecimento
a que se tem dedicado, criando o Instituto de Arqueologia Brasileira, com
sede própria no município de Belford Roxo, base de pesquisas, formação
de técnicos e atividades, hoje estendidas aos estados do Acre e Tocantins.
Seu último trabalho é, com a equipe do IAB, a pesquisa arqueológica
na antiga Catedral, a Igreja de N. S. do Carmo da Sé do Rio de Janeiro.
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Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
Em seqüência, o presidente concedeu-lhe a palavra para sua oração sob
o título “Sobre a degenerescência do índio brasileiro”, onde apontou as
distorções de avaliação nesse terreno. Findo seu discurso, a secretária leu
as manifestações recebidas por sua posse. O Presidente encerrou a sessão,
esperando novas contribuições do sócio que já tem colaborado na Revista
e se apresentando na CEPHAS. Agradeceu a presença de todos e convidou, em nome do casal Dias, para coquetel no terraço. Compareceram os
seguintes sócios: Arno Wehling, Elysio de Oliveira Belchior, Maria de
Lourdes Viana Lyra, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Ondemar Ferreira Dias Junior, Jaime Antunes da Silva, Lygia da Fonseca Fernandes
da Cunha, Esther Caldas Bertoletti, Antônio Izaias da Costa Abreu, Victorino Chermont de Miranda, Luiz de Castro Souza, Marcos Guimarães
Sanches, José Arthur Rios, Maria Cecília Londres e Cybelle Moreira de
Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA
DE 11 DE JUNHO DE 2008
Prestação de contas de 2007
Às quatorze horas e trinta minutos do dia onze de junho de dois mil
e oito, abriu-se, em segunda convocação, a Assembléia Geral Ordinária
de Prestação de Contas de dois mil e sete, chamando a atenção o presidente Arno Wehling para três pontos: o atraso nesta realização, motivado
pelo Escritório de Contabilidade a apresentação de superávit nas contas,
representando, em parte, superávit do ano e em parte para cobrir déficits
anteriores e a autorização solicitada, como todos os anos, à Assembléia
para a Diretoria transferir rubricas, se necessário, a fim de evitar convocação específica. A seguir, deu a palavra ao tesoureiro, Fernando Tasso
Fragoso Pires, que leu o Parecer Favorável do Conselho Fiscal, firmado pelos sócios Jonas Correia Neto, Antonio Gomes da Costa e Marilda
Corrêa Ciribelli, às contas do Instituto relativas ao exercício passado (de
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primeiro de janeiro a trinta e um de dezembro de dois mil e sete). Informa
do superávit e diz estar ligado ao fato de o Instituto ter, agora, nove inquilinos (com áreas menores). Antes era o que se chamava “concentração
de risco”. Lembra também o ônus com as entidades culturais que não pagam e ocupam um andar. O sócio Alberto Venâncio Filho pergunta se há
subvenção e o Presidente explica ser pequena quantia anual do MinC que
só pode ser aplicada a melhorias do acervo e atendimento e não manutenção dos serviços. Recorda também que o convênio com o Senado tem
mantido a Revista, com prazos regulares. O Presidente põe em votação
o Relatório do tesoureiro. Ninguém se manifestando, declara-o aprovado. Não há, também, Assuntos Gerais. O Prof. Arno Wehling agradece
a todos e dá por encerrada a Assembléia. Compareceram os seguintes
sócios: Arno Wehling, Elysio de Oliveira Belchior, Maria da Conceição
Beltrão, Marilda Corrêa Ciribelli, Carlos Wehrs, Alberto Venâncio Filho,
Fernando Tasso Fragoso Pires, Lêda Boechat Rodrigues, Miridan Britto
Falci, Victorino Chermont de Miranda, Esther Caldas Bertoletti e Cybelle
Moreira de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
DE 25 DE JUNHO DE 2008
Posse do Sócio Honorário brasileiro Célio de Oliveira Borja
Aos vinte e cinco dias do mês de junho de dois mil e oito, na
Sala Pedro Calmom, tomou posse o Sócio Honorário Brasileiro Célio
de Oliveira Borja. Sessão presidida pelo Prof. Arno Wehling, aberta às
dezessete horas e quinze minutos, com secretaria de Cybelle Moreira de
Ipanema. O Presidente compôs a Mesa com o segundo Vice-presidente
Victorino Coutinho Chermont de Miranda, o segundo secretário Elysio
de Oliveira Belchior e o tesoureiro Fernando Tasso Fragoso Pires. Lidas,
como de praxe, as Efemérides brasileiras, do Barão do Rio Branco, alusivas à data. O Presidente constituiu Comissão dos sócios Maria Beltrão,
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Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
Affonso Arinos e José Arthur Rios para introduzir o novo sócio no recinto. Recebido de pé e sob aplausos, Célio Borja acercou-se da Mesa e
ouviu a leitura do Termo de Posse, pela secretária. A seguir, leu o Termo
de Compromisso, estatutário, entregue pelo Presidente que também lhe
passou o Diploma de sua categoria. Ambos, Presidente e empossando,
assinaram o Livro de Posse. Para fazer a imposição do colar acadêmico,
foi chamada a esposa, Srª. Helena Maria de Oliveira Borja. O Presidente
deu a palavra ao sócio encarregado do Discurso de Recepção, Alberto Venâncio Filho que, da tribuna, traçou a trajetória do novo sócio: professor,
jurista, com desempenho em várias áreas da administração federal, no
Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Foi ministro da Justiça, como
presidente da Câmara dos Deputados e ministro do Supremo Tribunal
Federal. Em muitas ocasiões, em situações delicadas da vida brasileira,
soube enfrentar como o momento exigia. Finda a saudação, o Prof. Arno
Wehling agradeceu ao porta-voz do Instituto sua oração, cabendo a vez
ao novo sócio para sua alocução que versou sobre “ Considerações sobre
a História das instituições políticas”. Sua longa tradição do magistério e
da prática da magistratura permearam seu Discurso de Posse. Ao final, a
secretária registrou novas presenças no plenário, como de ex-ministro,
e as numerosas manifestações de apreço recebidas das áreas política e
cultural. No encerramento, o presidente reiterou a marca do discurso de
Alberto Venâncio, traçando o duplo perfil de Célio Borja de intelectual
ligado à História e ao Direito. Teceu mais considerações, agradeceu a aula
magna conduzindo à reflexão do novo sócio, ao lado de agradecimento à
presença de sócios e freqüentadores e convidou, em nome do casal Célio
Borja, para um coquetel no terraço.
Compareceram os seguintes sócios: Arno Wehling, Victorino Chermont de Miranda, Elysio de Oliveira Belchior, Fernando Tasso Fragoso
Pires, Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão, Lygia Fernandes da Cunha, Maria de Lourdes Viana Lyra, Célio Borja, Alberto Venâncio Filho, Hélio Jaguaribe, Eduardo Silva, Leda Boechat Rodrigues,
Dora Alcântara, Tarcísio Padilha, Affonso Arinos de Mello Franco, Isabel
Lustosa, José Arthur Rios, Alberto da Costa e Silva, Ronaldo de Freitas
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):131-149, out./dez. 2008
141
Mourão, Marcos Guimarães Sanches, Melquíades Pinto Paiva e Cybelle
Moreira de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
ATA DA SESSÃO DO DIA 21 DE OUTUBRO DE 2008
Posse do Sócio Correspondente Brasileiro D. Carlos Tasso de SaxeCoburgo e Bragança
Às dezessete horas e trinta minutos do dia vinte e um de outubro
de dois mil e oito, no gabinete do presidente Arno Wehling, tomou posse o Sócio Correspondente Brasileiro D. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo
e Bragança, eleito em dezesseis de dezembro de mil novecentos e oito.
Como de praxe, a posse se revestiu de todos os rituais das posses solenes,
só não havendo discurso de recepção. O presidente explicou o motivo de
reunião, dizendo representar o novo sócio a continuação, no Instituto, da
presença de D. Pedro II, de quem é descendente. Não apenas a circunstância levou à sua eleição, mas por se tratar de historiador competente,
com o trabalho de pesquisas em livros e colaborações na Revista. Em dois
mil e sete, lançou, pela Universidade de Caxias do Sul, com o apoio do
Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, O imperador e a atriz:
D. Pedro II e Adelaide Ristori, edição de luxo da correspondência trocada
pelo imperante e a atriz italiana, muitas vezes atuante em espetáculos no
Brasil. Foi lido, pela secretária, o Termo de Posse e, pelo empossando, o
Termo de Compromisso, após o que o presidente lhe passou o diploma,
assinando ambos o Livro de Posse. Igualmente foi-lhe imposto o colar
acadêmico, sacramentando a investidura. D. Carlos agradeceu a distinção, mencionando seu interesse em prosseguir pesquisas e realizações na
linha do Instituto. Compareceram numerosos sócios, inclusive correspondentes, participantes do IV Colóquio dos Institutos Históricos Brasileiros
– que se realizava – que cumprimentaram o novo membro invertido do
Quadro Social.
142
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):131-149, out./dez. 2008
Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
ATA DE SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
DO DIA 12 DE NOVEMBRO DE 2008
Posse do Sócio Honorário Brasileiro Pedro Aranha Corrêa do Lago
Aos doze dias do mês de novembro de dois mil e oito, no Salão
Nobre, tomou posse o Sócio Honorário Brasileiro Pedro Aranha Corrêa
do Lago, em sessão presidida pelo prof. Arno Wehling, com secretaria
de Cybelle Moreira de Ipanema. A sessão teve início às dezoito horas e
quinze minutos com a abertura pelo Presidente, que compôs à Mesa com
o segundo Vice-presidente Victorino Chermont de Miranda, o tesoureiro
Fernando Tasso Fragoso Pires, e o orador oficial José Arthur Rios. Presente, o Cônsul Geral de Portugal no Rio de Janeiro, Embaixador Antônio
Almeida Lima, não integrado à Mesa por se Ausentar mais cedo Lidas
como de praxe, as Efemérides brasileiras, do barão do Rio Branco, alusiva à data. O presidente designou Comissão para introduzir o novo sócio,
composta de João Maurício de Araújo Pinho, Evaldo Cabral de Mello
e Elysio de Oliveira Belchior. Saudado de pé pela numerosa Platéia de
sócios, convidados e familiares, o sócio acercou-se da mesa, onde foi lido
o Termo de Posse. O Presidente pediu-lhe ler o Termo de Compromisso,
entregando-lhe o diploma, seguindo-se a assinatura no Livro de Posse.
Para a imposição do colar acadêmico foi chamada a esposa Bia Corrêa do
Lago. O Presidente deu a palavra do Sócio Titular Alberto Venâncio Filho. Para a saudação em nome do Instituto, seu discurso traçou a biografia
do empossando, filho do Embaixador Antônio Corrêa do Lago que, desde
cedo, a mercê da residência em países estrangeiros, travou contato com as
literaturas e as línguas, por exemplo, espanhola e francesa. Destacou sua
formação e aplicação às atividades de pesquisador e historiador da arte,
colecionador, livreiro e editor, com uma faceta também de investigador
da fotografia como fonte histórica. Durante algum tempo, exerceu o cargo
de presidente da Fundação Biblioteca Nacional, onde desenvolveu proje-
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):131-149, out./dez. 2008
143
tos culturais ligados ao livro e à leitura. Nos vários campos de estudo ...
produzido edições de apurado gosto artístico, ao lado do metodológico na
revelação das fontes. Editou, mais recentemente, três importantes obras
sobre: o pintor Franz Post, Jean Baptista Debret e a Coleção pessoal de
fotografia da Princesa Isabel. Com a palavra, o empossado Pedro Corrêa do Lago escolheu para seu tema “Debret e Taunay: artistas rivais na
Missão Francesa”. Discutiu a chamada Missão Francesa e as figuras e
papéis de Joaquim Lebreton e os pintores Debret e Taunay. Baseado em
documentos, aprecia a rivalidade dos dois artistas, Felix-Emile Taunay,
membro do Instituto de France, como Lebreton, e Jean Baptista Debret,
que não o era. Uma revelação curiosa é de que Taunay se aproximou da
Rainha Carlota Joaquina, pintando-lhe os retratos das filhas, no pressuposto de agradar ao Rei, o que teve efeito exatamente contrário. D.João
inclinou-se por Debret, que deixou vários retratos seus, como o conhecido em trajes majestáticos, e o quadro do desembarque da arquiduquesa
Leopoldina para o casamento com D.Pedro. Terminada sua exposição, a
secretária registrou outras presenças no plenário e as manifestações recebidas.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
DE 26 DE NOVEMBRO DE 2008
Posse do Sócio Correspondente Português Miguel Monteiro
Às dezessete horas e vinte minutos do dia vinte e seis de novembro de dois mil e oito, na sala Pedro Calmon, realizou-se a posse do Sócio Correspondente Português Miguel Monteiro, eleito em dezessete de
outubro de dois mil e sete. A sessão foi presidida pelo presidente Arno
Wehling com secretaria de Cybelle Moreira de Ipanema. Aberta, o presidente compôs a Mesa com os sócios Victorino Chermont de Miranda,
segundo vice-presidente, e José Athur Rios, orador, além do presidente
do Colégio Brasileiro de Genealogia, Carlos Eduardo Barata. Como do
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Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
ritual do Instituto, foram lidas as Efemérides brasileiras, do barão do Rio
Branco, relativas à data. Para introdução do novo sócio no recinto, o presidente designou Comissão composta de Esther Bertoletti, Vera Tostes e
Elysio Belchior, sócios titulares. Recebido de pé, sob aplausos, Miguel
Monteiro acercou-se da Mesa onde ouviu a leitura do Termo de Posse,
pela secretária. Leu o Termo de Compromisso, solicitado pelo presidente,
recebeu deste o Diploma e ambos assinaram o Livro de Posse. A imposição do colar acadêmico ficou a cargo da sócia Maria Beltrão. Para a
saudação em nome do Instituto, foi convocado o Sócio Correspondente
brasileiro Edivaldo Machado Boaventura, da Bahia, que, da tribuna, traçou o elogio do novo sócio, um especialista no estudo dos jesuítas. É ele
secretário-geral da Academia Portuguesa da História, com formação em
colégio jesuítico e, de longa data, pesquisador, em arquivos de Portugal,
da Itália, com destaque para o Vaticano, da trajetória dos inacianos em sua
terra, no Brasil e no mundo. Autor de extensa e importante bibliografia
sobre o tema como Inácio Monteiro, um jesuíta português na dispersão.
Professor, com destacada atuação na Universidade de Lisboa e outras de
seu País, participante de reuniões internacionais, como, neste próprio Instituto, ainda em maio, sobre a presença da Corte portuguesa no Brasil.
O presidente agradece ao sócio da Bahia e dá a palavra ao empossando
cuja fala versou sobre “Pombal e os jesuítas”. Inicia lembrando a valiosa
biblioteca da Academia Portuguesa da História e os acervos documentais
de Lisboa e fora dela. Classifica os jesuítas de “primeiros mestres do Brasil”, discorrendo sobre sua ação em mais de duzentos anos de catequese
e pedagogia, nos Colégios fundados no extenso território brasileiro, até
a supressão da Ordem, pelo marquês de Pombal, em mil e setecentos e
cinqüenta e nove. Lembra José de Anchieta e o padre Antônio Vieira. Na
fala de encerramento, o presidente Arno Wehling destacou a importância
da incorporação de Miguel Monteiro aos quadros do Instituto, passando a
ser representante do IHGB na Academia Portuguesa da História e, em escala maior, no mundo cultural português. Convidou para confraternização
no terraço, agradecendo a presença de sócios e freqüentadores.
Compareceram os seguintes sócios: Arno Wehling, Victorino Cher-
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mont de Miranda, José Arthur Rios, Miguel Monteiro, Edivaldo Boaventura, Maria da Conceição Beltrão, Vera Bottrel Tostes, Esther Caldas
Bertoletti, Paulo Sérgio Rouanet, Lygia Fernandes da Cunha, Elysio de
Oliveira Belchior, Maria de Lourdes Viana Lyra, Guilherme de Andréa
Frota, Ronaldo de Freitas Mourão, Marcos Castrioto de Azambuja, Melquíades Pinto Paiva, João Maurício de Araújo Pinho e Cybelle Moreira
de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
DE 10 DE DEZEMBRO DE 2008
Eleição de sócios
Aos dez de dias do mês de dezembro de dois mil e oito, realizou-se,
em segunda convocação, às quinze horas, a Assembléia Geral Extraordinária, destinada à eleição de novos membros dos quadros sociais do
Instituto. Presidência da sessão, prof. Dr. Arno Wehling, e secretaria da
profª Dra. Cybelle Moreira de Ipanema, primeira-secretária. O presidente
abriu a sessão às quinze horas e cinco minutos e explicou o mecanismo
de votação, com a utilização de cédulas de cores diferentes, para cinco categorias de sócios: eméritos, titulares, correspondentes brasileiros,
correspondentes estrangeiros e honorários brasileiros. Consultou o plenário sobre a dispensa de leitura dos pareceres das Comissões, onde todos
os candidatos tinham sido aprovados. Aceito, o segundo vice-presidente
Victorino Chermont de Miranda pede a fixação do quorum para eleição.
Estando presentes vinte sócios, ele representa onze votos para a obtenção
da maioria absoluta. Distribuídas as cédulas e, posteriormente, recolhidas
à urna, o presidente designou escrutinadores os sócios Elysio de Oliveira
Belchior e Carlos Wehrs, Titulares, e o decano do Instituto, Luiz de Castro Souza, Benemérito. Apurados os votos, o presidente voltou à mesa e
indicou que o decano enunciasse os resultados. Em todos os casos, houve
votos positivos, marcados com x (xis), e votos em branco, que serão,
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):131-149, out./dez. 2008
Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
aqui, expressos. Para Sócio Emérito, por transferência da categoria de
Correspondente Brasileiro, Walter Fernando Piazza (dezoito mais dois);
para Sócios Titulares, por transferência de categoria de Honorários Brasileiros, Alberto da Costa e Silva (dezoito mais dois), Armando de Senna
Bittencourt (dezoito mais dois), Arnaldo Niskier (treze mais sete); João
Mauricio de Araújo Pinho (dezoito mais dois) e Marcos Guimarães Sanches (dezessete mais três); para a categoria de sócio correspondente brasileiro, Reinaldo Carneiro Leão (dezesseis mais quatro); para a categoria de
Sócios Correspondentes Estrangeiros, Andreé Mansuy-Diniz Silva (dezessete mais três) e Nuno Álvares Pereira de Castro (dezessete mais três)
e para a categoria de Sócios Honorários Brasileiros, Antônio Celso Alves
Pereira (dezessete mais três), Luiz Cláudio Aguiar (dezessete mais três),
D. João de Orléans e Bragança (dezesseis mais quatro) e Kenneth Henry
Leonel Light (dezesseis mais quatro). O presidente proclamou os eleitos,
agradeceu a presença de todos e encerrou a sessão, convidando para a
posse da Sócia Honorária Brasileira, Isabel Lustosa, às dezessete horas.
Compareceram os seguintes sócios: Arno Wehling, Marilda Corrêa
Ciribelli, Elysio de Oliveira Belchior, Fernando Tasso Fragoso Pires, Carlos Wehrs, Esther Caldas Bertoletti, Eduardo Silva, Vasco Mariz, José
Arthur Rios, Affonso Arinos de Mello Franco, Roberto Cavalcanti de
Albuquerque, Luiz de Castro Souza, Leda Boechat Rodrigues, Antônio
Gomes da Costa, Maria de Lourdes Viana Lyra, Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão e Cybelle Moreira
de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):131-149, out./dez. 2008
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ATA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
DE 10 DE DEZEMBRO DE 2008
Posse da Sócia Honorária Brasileira Isabel Lustosa
Aos dez dias do mês de dezembro de dois mil e oito, realizou-se a
Sessão Extraordinária, marcada para a posse da Sócia Honorária Brasileira Isabel Lustosa. Aberta a sessão às dezessete horas e quinze minutos
pelo presidente Arno Wehling, foi composta a Mesa pelo presidente do
Colégio Brasileiro de Genealogia, Carlos Eduardo Barata, o presidente
da Sociedade Brasileira de História da Medicina, Carlos Alberto Basílio de Oliveira, e o sócio benemérito Luiz de Castro Souza, decano do
IHGB. Lidas pela primeira-secretária Cybelle Moreira de Ipanema, as
Efemérides brasileiras do barão do Rio Branco, referentes à data. Em
seguida, o presidente designou Comissão para introduzir a nova sócia:
Esther Bertoletti, Melquíades Pinto Paiva e Eduardo Silva. Recebida, sob
aplausos, com o numeroso plenário de sócios e convidados de pé, Isabel
Lustosa acercou-se da Mesa, onde lhe foi lido o Termo de Posse. Leu, a
pedido do presidente, o Termo de Compromisso e recebeu seu Diploma.
Ambos, presidente e empossanda, assinaram o Livro de Posse. O colar da
instituição foi imposto por Mário Mendonça. No ritual da Casa, o prof.
Arno Wehling convocou a Sócia Titular Maria de Lourdes Viana Lyra
para o Discurso de Recepção. Traçou o perfil acadêmico e profissional da
nova sócia, formada em Ciências Sociais e Ciências Políticas, com grande atuação na Fundação Casa de Rui Barbosa, onde é pesquisadora de
História. Autora de numerosa bibliografia sobre períodos presidenciais,
imprensa e outros, participou com Alberto Dines da organização da edição fac-similar do Correio Brazilense, de Hipólito da Costa. Ultimamente, lançou livro sobre D. Pedro I. Escreve em periódicos do Rio e de São
Paulo. Finda a apresentação, a palavra foi dada à empossanda, que falou
sobre “O impacto da transferência da Corte para o Rio de Janeiro a partir
de alguns textos fundadores”. De início, marcou sua posição nos estudos
historiográficos do País e se dedicou à análise das comemorações dos 200
anos da Corte portuguesa no Brasil: eventos e produção de livros e outras
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):131-149, out./dez. 2008
Atas e/ou Resoluções de Assembléias Gerais
formas de mídia, exaltando a reviravolta de 1808. Grande parte de sua
oração foi dedicada à apreciação da trajetória do Brasil, à luz de livros de
Maria Odila da Silva Dias e Maria de Lourdes Lyra. Ao encerrar a sessão,
o presidente, em seu dizer, interpretando a opinião de sócios, saudou a
entrada de Isabel Lustosa nos quadros do Instituto. Agradeceu aos componentes da Mesa, à sócia que falou pelo Instituto e à presença de todos,
convidando para o coquetel no terraço, oferecido pela nova sócia.
Compareceram os seguintes sócios: Arno Wehling, Maria de Lourdes
Viana Lyra, Isabel Lustosa, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Melquíades Pinto Paiva, Roberto Cavalcanti de Albuquerque, Elysio de Oliveira
Belchior, Marilda Corrêa Ciribelli, Eduardo Silva, Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, Affonso Arinos de Mello Franco, Esther Caldas Bertoletti, Miridan Britto Falci, Luiz de Castro Souza, Victorino Chermont de
Miranda, Antônio Izaías da Costa Abreu, José Arthur Rios, Célio Borja e
Cybelle Moreira de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):131-149, out./dez. 2008
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
II.2 –Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
ATA DA 1ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 12 DE MARÇO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Victorino Coutinho Chermont de Miranda
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Dando início à sessão, o presidente saúda os presentes e, logo após,
relembrando a relevante participação no IHGB do Sócio Emérito Odilon Nogueira de Matos, recentemente falecido na cidade de
Campinas, pede um minuto de silêncio em sua memória. Em seguida, faz a leitura do artigo A ver navios ..., publicado no dia anterior,
no jornal O Globo, escrito pelo embaixador de Portugal no Brasil,
Sr. Francisco Seixas da Costa. Pela qualidade do texto e pertinência
do tema abordado, no contexto das comemorações pelo Bicentenário
da Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, sugere que o
mesmo seja transcrito em anexo à ata desta sessão, sendo a moção
aprovada por todos os presentes.
2. Apresentação do conferencista do dia: Orlando de Barros - Professor
de História do Brasil na UERJ, onde é o decano de sua unidade, o
IFCH. Ex-professor da UFF, doutor em História Social pela USP,
dedica-se às pesquisas sobre temas culturais, inclusive os internacionais, principalmente entre o final da Primeira República aos tempos
de Vargas.
Título da exposição: Corações De Chocolat, a história da Companhia Negra de Revistas (1926-27).
Resumo da exposição: A Companhia Negra de Revistas foi a primeira organização de artistas negros, dentre outras formadas no Brasil.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
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Sua concepção se deve ao artista baiano João Candido Ferreira, o
De Chocolat, influenciado pelo aparecimento da Révue Nègre, célebre iniciativa artística parisiense de 1925. A trupe de De Chocolat
e de seu sócio, o cenógrafo português Jaime Silva, contra todas as
dificuldades e contra a má vontade da imprensa conseguiu alcançar
um notável sucesso, no Rio, em São Paulo e em outras cidades de
diversos estados onde excursionou. No começo de 1927 agregou-se
à Companhia Negra o menino de 11 anos Pequeno Otelo, o futuro Grande Otelo, com inesquecível sucesso. Depois de um ano de
existência, extinguiu-se a Companhia Negra, logo depois de ter sido
convidada a exibir-se em Buenos Aires, ocasião em que seus opositores a consideraram “um atentado aos foros da civilização”.
3. Questões levantadas sobre a conferência / Comentários/Debates: Os
sócios presentes Miridan Britto Knox Falci, Maria de Lourdes Viana
Lyra, Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, Victorino Coutinho
Chermont de Miranda, Carlos Wehrs e os visitantes Vera Cabana e
Claudio Aguiar tecem comentários instigantes sobre o tema apresentado.
4. Freqüência:
Número de sócios presentes: 10
Número de convidados: 4
Relação dos sócios presentes: Victorino Coutinho Chermont de Miranda, Maria de Lourdes Viana Lyra, Lygia da Fonseca Fernandes
Cunha, Carlos Wehrs, Miridan Britto Knox Falci, Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão.
Relação dos convidados presentes: Orlando de Barros, Stella de Barros, Claudio Aguiar, Vera Cabana.
Livro doado: Corações De Chocolat. A história da Companhia Negra de Revistas (1926-27) Orlando de Barros. Rio de Janeiro: Livre
Expressão, 2005.
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
Transcrição do Texto: A ver navios ...
ATA DA 2ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 26 DE MARÇO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Dando início à sessão, o presidente saúda os presentes e, logo após,
solicita que a coordenadora faça a leitura da Ata da Sessão Anterior,
o que é feito, sendo aprovada sem restrições.
Segue-se a apresentação do conferencista do dia: Magda Maria Jaolino Torres - Professora Adjunta do Departamento de História do
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Doutora em História pela Universidade de Brasília
– que falará sobre:
O Teatro Jesuítico e os problemas de sua apreensão no Brasil
Resumo da exposição: Considerando os objetivos maiores do IHGB
– “coligir, metodizar, publicar ou arquivar os documentos necessários para a História e a Geografia do Brasil...” – antes mesmo de
apresentar a minha tese de doutorado sobre as práticas discursivas da
Companhia de Jesus e a emergência do que chamei de “teatro jesuítico da missão” no Brasil do século XVI, defendida na UnB após um
quadriênio de estudos doutorais realizados em Florença, berço do
teatro moderno, e Roma, sede dos arquivos mais relevantes da Companhia de Jesus -, pareceu-me oportuno alargar a discussão sobre o
estado de suas possíveis fontes, a inexistência de edições críticas,
sinalizando possíveis vias de superação. Bem como refletir sobre os
problemas que tal situação vem acarretando para a percepção das
dimensões das problemáticas em que se insere o tema, geralmente
tratado entre nós de forma bastante reduzida sob o título de “teatro
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
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de Anchieta”.
2. Questões levantadas sobre a conferência/Comentários/Debates – O
visitante Roberto Paulo Freire levantou questão pertinente, o Professor Leodegário A. de Azevedo Filho teceu elogios e fez comentários
instigantes sobre o trabalho de pesquisa apresentado, sendo seguido
pela sócia Maria de Lourdes Viana Lyra.
3. Outras intervenções (comunicados, doações de livros etc.)
A Sócia Emérita Cybelle de Ipanema faz a apresentação do seu livro,
elaborado em parceria com Marcello de Ipanema (in memoriam) Silva Porto: livreiro na Corte de D. João, editor da Independência
-, que será lançado após a sessão da Cephas, no terraço do IHGB, e
editado no contexto das comemorações pelo bicentenário da transferência da Corte portuguesa para o Brasil, pela editora Capivara.
O sócio Pedro Corrêa do Lago tece comentário elogioso sobre a validade da obra editada e ressalta a importância do trabalho de pesquisa
dos autores.
4. Freqüência:
Número de sócios presentes: 12
Número de convidados: 14
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling; Cybelle de Ipanema;
Maria de Lourdes Viana Lyra, Elysio Belchior, Carlos Wehrs, Melquíades Pinto Paiva, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Vasco
Mariz, Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, Miridan Brito Falci,
Lucia Maria Paschoal Guimarães e Pedro Corrêa do Lago.
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
ATA DA 3ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 02 DE ABRIL DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente Arno Wehling, que saudou os presentes e solicitou à subcoordenadora da CEPHAS para
proceder à leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada sem restrições. Em seguida, o presidente convocou o conferencista convidado da sessão, o professor Luiz Carlos
Soares, e o apresentou ao auditório: Luiz Carlos Soares é Professor
Titular da Área de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal Fluminense; doutor em História pelo University College London, onde defendeu a tese “Urban Slavery in Nineteenth
– Century Rio de Janeiro, em janeiro de 1988. Autor de diversas
publicações, o professor falará sobre “O ‘Povo de Cam’ na capital
do Brasil: a escravidão urbana no Rio de Janeiro do século XIX”,
temática, aliás, abordada em livro do mesmo nome, recentemente
lançado pela Editora 7 Letras.
2. Resumo da Exposição:
O Rio de Janeiro constituiu a maior cidade escravista das Américas
e experimentou um crescimento econômico, urbano e populacional
sem precedentes, não apenas por causa da expansão cafeeira no Vale
do Paraíba, mas também devido à sua posição como centro comercial e financeiro da cafeicultura. Estima-se que, na primeira metade
do século XIX, cerca de 900 mil escravos tenham sido desembarcados no País pelo porto do Rio de Janeiro, destinando-se a grande
maioria deles às necessidades de mão-de-obra da atividade cafeeira.
Entretanto, um número considerável desses cativos permaneceu na
cidade, para ser empregado, juntamente com seus descendentes já
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
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nascidos no País (crioulos e mestiços), nas mais diversas atividades urbanas. Por volta de 1850, mais de 110 mil escravos viviam
nas áreas das freguesias urbanas e rurais do Município do Rio de
Janeiro. Obviamente, uma massa tão grande de cativos tinha que
ser controlada de forma rigorosa tanto pelos senhores quanto pelos
poderes públicos. Mas, apesar deste rigoroso controle, os escravos
não deixaram de manifestar, consciente ou inconscientemente, sua
rebeldia contra a situação de cativeiro, praticando com freqüência
fugas, roubos, agressões e assassinatos, organizando pequenas e atomizadas revoltas, fazendo parte das diversas maltas de capoeiras que
infestavam a cidade e, até mesmo, recorrendo à alternativa última do
suicídio.
Todavia, a cessação definitiva do tráfico de escravos africanos, em
1850, produziu um declínio gradual da escravidão no Rio de Janeiro
e a redução da população cativa da cidade. A enorme elevação dos
preços de cativos, após o fim do tráfico, e a diversificação da economia urbana de meados do século, trazendo alternativas mais rentáveis e seguras para aplicação de capital, estimularam os senhores
da cidade e seus arredores a se desfazerem de grande parte de seus
escravos e substituí-los por novos trabalhadores recrutados entre as
grandes levas de imigrantes europeus (sobretudo portugueses) que
chegavam ao País. Apesar disso, o Rio de Janeiro continuou a concentrar um número considerável de escravos até as vésperas da Lei
Áurea de 1888, que determinou a abolição incondicional da escravatura em todo o Brasil.
3. Questões levantadas sobre a conferência/Comentários/Debates
A sócia Miridan Brito Falci levantou questões, estabelecendo um
cotejo entre indicadores da população escrava do Rio de Janeiro e
com a do Piauí, alvo da sua pesquisa de doutorado. O sócio Tasso
Fragoso elogiou a apresentação e teceu alguns comentários pertinentes, enquanto que a visitante Suellen Teixeira Nascimento solicitou
informações de fontes sobre escravidão urbana. Ao final do debate,
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
o palestrante doou duas obras de sua autoria para a Biblioteca do
IHGB, e presidente Arno Wehling sugeriu que a sócia Miridan Falci resenhasse o mencionado livro “O ‘Povo de Cam’ na capital do
Brasil: a escravidão urbana no Rio de Janeiro do século XIX”, com
vistas à publicação na Revista Trimensal do IHGB.
4. Outras intervenções (comunicados, doações de livros etc.)
Dando prosseguimento aos trabalhos, o presidente Arno Wehling
convidou o Sócio Correspondente Estrangeiro d. Marcus de Noronha a apresentar a comunicação “Transferência da Família Real
para o Brasil: antigo plano magistralmente executado”. D. Marcus
Noronha fez uma apreciação a respeito das interpretações da historiografia portuguesa tributárias da obra de Oliveira Martins, que
consideram uma “fuga”, a vinda de D. João e de sua Corte para os
domínios americanos. Baseado em documentos do Gabinete Real
do Príncipe Regente e do seu Real Conselho, o autor demonstrou
que a solução da transmigração há muito que vinha sendo preparada
em Lisboa. Portanto, não pode ser considerada uma fuga.
5. Nada mais havendo a tratar o presidente deu por encerrada a sessão,
lembrando a todos que a próxima reunião da CEPHAS ocorrerá no
dia 16 de abril, e contará com a participação dos professores Zilia
Osório de Castro e Luís Crespo Andrade, da Universidade Nova de
Lisboa.
6. Freqüência:
número de sócios presentes: 10
número de convidados: 8
relação dos sócios presentes: Arno Wehling; Cybelle de Ipanema;
Fernando Tasso Fragoso Pires; Ondemar Dias;Melquíades Pinto
Paiva, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Miridan Brito Falci,
Maria da Conceição Beltrão, Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha
e Lucia Maria Paschoal Guimarães.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
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ATA DA 4ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 16 DE ABRIL DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente Arno Wehling, que saudou os presentes e cumprimentou o sócio Vasco Mariz pelo lançamento do seu último livro, A música no Rio de Janeiro no tempo
de d. João VI, realizado na Livraria da Travessa, no dia 14 passado. Em seguida, passou a palavra à subcoordenadora da CEPHAS
para proceder à leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido,
sendo a mesma aprovada sem restrições. O presidente convocou,
então, a primeira conferencista convidada da sessão, Zilia Maria
Brandão Osório de Castro para tomar assento na mesa dos trabalhos,
solicitando que a subcoordenadora a apresentasse ao auditório: Zilia
Maria Brandão Osório de Castro é doutora em Filosofia e Cultura
Portuguesa. Professora catedrática jubilada de História das Idéias
na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova
de Lisboa, onde continua a desenvolver suas atividades dirigindo o
Seminário Livre de História das Idéias, além de coordenar o Centro
de História da Cultura e o Grupo de Investigação Faces de Eva, de
estudos sobre mulheres. Membro da Academia Portuguesa da História, Zilia é autora e organizadora de diversas publicações, a exemplo
de Cultura e Política. Manuel Borges Carneiro e o vintismo (1990);
Portugal e Brasil. Debates Parlamentares 1821-1836 (2002); Dicionário do Vintismo e do 1º Cartismo (2001); Dicionário no Feminino
(2005) e Tratados do Atlântico Sul. Portugal e Brasil 1825-2000
(2006). A professora falará sobre “A nova grande Lusitania”.
2. Resumo da Exposição:
Zilia Osório de Castro agradeceu o convite e manifestou sua satisfa-
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
ção de participar da sessão da CEPHAS. Sua comunicação traçou o
percurso das relações luso-brasileiras após a independência, fixando-se nas primeiras décadas do século XX, quando foram formuladas diversas propostas no sentido de estreitar os laços entre Portugal
e Brasil. Um desses projetos consistiu na publicação de uma revista
de natureza binacional, a Atlântida, dirigida em Lisboa por João de
Barros e no Rio de Janeiro por Paulo Barreto, o popular João do Rio.
A Atlântida circulou entre 1915 e 1920, patrocinada pelos dois governos. Trouxe a latinidade para o primeiro plano, como resposta ao
avanço do pangermanismo, defendeu a formação da “Nova grande
Lusitânia”, ou seja, de uma comunidade luso-brasileira, por meio da
aproximação política e cultural dos dois países.
3. Questões levantadas sobre a conferência/Comentários/Debates
O presidente Arno Wehling levantou questão pertinente sobre a
aproximação luso-brasileira, articulando-a com a presença de Fidelino Figueiredo no Brasil. A sócia Lucia Guimarães lembrou que em
1908, quando foi anunciada a visita do rei de Portugal D Carlos ao
Brasil, o Barão do Rio Branco, então presidente do IHGB, chegou
a programar com Max Fleiuss a convocação de um congresso lusobrasileiro de História, com o objetivo de reunir intelectuais dos dois
países para exame de temas comuns. O projeto, porém, não foi avante devido ao assassinato do monarca.
4. Após essas intervenções, o Presidente Arno Wehling convocou o segundo conferencista convidado, o professor Luís Crespo de Andrade, e pediu que a subcoordenadora da CEPHAS fizesse a sua apresentação. Luís Crespo de Andrade é doutor em Filosofia, professor
do Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas e investigador do Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa. Autor de diversos trabalhos sobre publicações culturais, lançou recentemente obra examinando a trajetória
editorial da revista Sol Nascente (1937 e 1940.) Coordenador do Seminário Livre de História das Idéias, desenvolve o Projeto Edição de
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Revistas de Cultura, apoiado pela Fundação para Ciência e Tecnologia e financiado pelo Programa operacional de Ciência e Inovação,
comparticipado pelo Fundo Comunitário Europeu - FEDER. O professor falará sobre “Intelectuais e Literatura - Afinidades Atlânticas
nos Finais da Década de 1930”.
5. Resumo da Exposição: O professor agradeceu o convite para se apresentar na sessão da CEPHAS e iniciou sua comunicação tecendo algumas reflexões teóricas sobre o papel desempenhado pela publicação e circulação de periódicos nos movimentos culturais. Em seguida, centrou sua análise na revista Sol Nascente, editada em Portugal,
na década de 1930, e que contava com a participação de intelectuais
portugueses e brasileiros. Apontou as afinidades existentes entre
aqueles letrados e as redes de sociabilidades que se teceram entre os
colaboradores de Sol Nascente. Evidenciou, ainda, a influência que
escritores brasileiros de esquerda como Jorge Amado e José Lins do
Rego exerciam sobre seus pares em Portugal, apesar da censura do
Estado Novo salazarista.
6. Após a exposição do Prof. Luís Crespo, o presidente Arno Wehling
convidou a fazer uso da palavra o professor Edivaldo Machado
Boaventura, Sócio Correspondente do IHGB, natural do estado da
Bahia. Edivaldo Boaventura externou sua satisfação em participar
da sessão da CEPHAS e fez um breve comentário a respeito da longevidade do intercâmbio entre intelectuais brasileiros e portugueses,
tomando como exemplo o corpo de colaboradores da revista Brotéria. Em seguida, anunciou sua intenção de homenagear o seu conterrâneo Luís Vianna Filho, cujo centésimo aniversário de nascimento
se comemora justamente na data de 16 de abril de 2008. Apresentou
uma concisa história de vida de Luís Vianna Filho, realçando sua
atuação não apenas como político, mas também como jurista, historiador e homem de letras que cultivava a boa conversa. Salientou
a expressiva bibliografia deixada pelo homenageado no campo da
História, em especial suas contribuições ao gênero biográfico, lembrando Pedro Calmon, que considerava Luís Vianna Filho o nosso
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
melhor biógrafo. Ao concluir sua exposição, Edivaldo Boaventura
doou à Biblioteca do IHGB sete obras de Luís Vianna Filho, recentemente reeditadas pela Universidade Federal da Bahia, inclusive
as biografias de Rui Barbosa, de José de Alencar, do Barão do Rio
Branco, de Eça de Queiroz e de Anísio Teixeira.
7. Outras intervenções (comunicados, doações de livros etc.)
O sócio Melchiades Pinto Paiva doou à Biblioteca do IHGB a coletânea Trabalhos esparsos, agora reunidos, obra que editou para
celebrar a passagem do seu septuagésimo oitavo aniversário de
nascimento, bem como do seu jubileu científico. O sócio Ronaldo
Mourão, após fazer uma rápida alusão ao seu convívio com Luís
Vianna Filho, ofereceu ao Instituto Histórico dois livros de sua autoria: Anuário Astronômico e Nas fronteiras da intolerância.
8. Nada mais havendo a tratar o presidente deu por encerrada a sessão,
lembrando a todos que a próxima reunião da CEPHAS ocorrerá no
dia 7 de maio, data em que também haverá a posse o Sócio Honorário Ondemar Ferreira Dias.
9. Freqüência: 25 assistentes
Número de sócios presentes: 13
Número de convidados: 12
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling; Cybelle de Ipanema;
Melquíades Pinto Paiva, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Maria
de Lourdes Viana Lyra, Conceição Beltrão, Lucia Maria Paschoal
Guimarães, Lygia Telles, Vasco Mariz, Tasso Fragoso Pires, Alberto
Venâncio Filho, Edivaldo Machado Boaventura.
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ATA DA 5ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 7 DE MAIO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Cybelle de Ipanema
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Dando início à sessão, a presidente saudou os presentes e logo após,
lembrando a relevante atuação do Sócio Titular, Arivaldo Silveira
Fontes, recentemente falecido, pediu um minuto de silêncio em sua
memória. Em seguida, passou a palavra à coordenadora, para proceder à leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido, sendo
a mesma aprovada sem restrição. Foi então convocada a primeira
conferencista convidada, Regina Wanderley - Professora do Departamento de História da UERJ, Doutora em História Social pela USP,
Coordenadora do Projeto COLUSO no IHGB -, que iniciou manifestando satisfação por participar da sessão da CEPHAS, passando
a expor o seu tema: O Acervo documental do IHGB: uma análise de
seu potencial.
2. Resumo da Exposição:
Fazendo um balanço do seu trabalho no acervo arquivístico do
IHGB, a professora passou a apresentar os resultados, inicialmente,
do trabalho de levantamento da vasta documentação encontrada relativos à África, organizando o primeiro índice analítico “Homens,
mares e terras”, publicado pela editora da UERJ em convênio com
o IHGB, e posteriormente, em edição revista e aumentada, na Revista do IHGB, nº 247. Em seguida, do levantamento da documentação do “Projeto Reencontro”, resultando na catalogação e feitura
de verbetes, encaminhados para a microfilmagem feita na Biblioteca
Nacional. Também foi feito o levantamento da documentação referente à Revolução Farroupilha, da coleção Araripe Júnior, material
já enviado para o Rio Grande do Sul para a devida publicação. No
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
momento, a equipe de pesquisadores (alunos cotistas), orientada
pela professora, encontra-se dedicada ao trabalho de levantamento do conjunto “Documentos Navais”, composto de 111 latas, num
total aproximado de 15 mil documentos. Já foi realizado o levantamento da documentação relativa à Colônia e elaborados os verbetes
da mesma e, no momento, está sendo feita a elaboração dos índices. Em seguida, a professora passou a falar sobre os convênios e
acordos firmados entre o IHGB e instituições congêneres em que o
Projeto COLUSO está envolvido, como: o de Editoração de Obras
Inéditas / Cátedra Jaime Cortesão, com a Universidade de São Paulo, do qual constam o do Tratado de Oclocracia e o do Dicionário
das Antiguidades de Portugal, de Manuel Severin de Faria; o Projeto
Pró-África, Acervo digital Brasil-Angola, em convênio com a Universidade Federal Fluminense; o Projeto Tratamento Arquivístico da
Coleção Conde Galveas, financiado pela FAPERJ – apresentando
os resultados já obtidos e, não esquecendo de falar sobre as perspectivas de novos projetos, como o da Editoração dos manuscritos
do Monsenhor Pizarro, e outro sobre “Formas de comunicação no
Atlântico português: a monarquia, as câmaras, a escravidão e o tráfico transatlântico (séculos XVI – XIX).
3. Comentários/debates:
A Sócia Emérita Cybelle de Ipanema parabenizou a professora pelo
trabalho realizado, tecendo comentário sobre a riqueza documental
do acervo do IHGB.
Em seguida, a Presidente da Spassou a função ao Presidente do
IHGB, Arno Wehling, que logo convocou o segundo expositor, o
Sócio Titular Ronaldo Rogério Mourão para falar sobre: A Astronomia na regência de D.João.
4. Resumo da exposição: O professor agradeceu pela oportunidade de
apresentar sua reflexão na sessão da CEPHAS sobre um tema que
ainda é pouco conhecido, mas de grande importância para o conhecimento da ciência no período enfocado. E, depois de relatar os an-
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tecedentes da chegada, no porto do Rio de Janeiro, dos astrônomos
portugueses e da relação dos instrumentos astronômicos enviados
durante o governo de D. Maria I, do qual participava D. João, ressaltando que foi este grupo de astrônomos que deu origem à criação
do primeiro observatório, na cidade do Rio de Janeiro, o professor
passou a analisar a orientação do governo, demonstrando que a preocupação do regente em relação à astronomia é nítida, principalmente
quando decide transferir para o Brasil o observatório da Real Academia dos Guardas-Marinhas, ressaltando ter sido esse observatório
o principal núcleo de toda astronomia durante o período joanino, e
que na Academia dos Guardas-Marinhas surgiu a primeira biblioteca técnico-científica do Brasil. A exposição foi ilustrada com a
mostra da lista dos funcionários, dos alunos e instrumentos que aqui
chegaram, com o objetivo de mostrar a importância dos militarescientistas, principalmente dos oficiais de marinha responsáveis pela
primeira publicação anual sobre astronomia – Efemérides náuticas
e/ou Diário Astronômico, calculados para o meridiano do Rio de
Janeiro – assim como pelo primeiro observatório, tão pouco valorizado e ainda quase desconhecido.
5. Comentários/debates:
A Sócia Emérita Lygia Cunha elogiou o confrade pela exposição
do tema, demonstrando interesse em aprofundar a discussão sobre a
revelação de que a Biblioteca (técnico-científica) da Marinha tenha
sido fundada em 1809, portanto um ano antes da Real Biblioteca,
sempre vista como a primeira a ser criada na cidade do Rio de Janeiro. O Sócio Emérito Elysio Belchior teceu comentários sobre o
primeiro Observatório, e a convidada Jandira Neto Dias elogiou a
palestra sobre um tema de tanto interesse para a história da Ciência
no Brasil.
6. Freqüência:
- número de sócios presentes:
164
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
- número de convidados:
- relação dos sócios presentes:
ATA DA 6ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 14 DE MAIO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. O presidente iniciou a sessão comunicando aos presentes que acabara de chegar de Salvador, onde participou do Simpósio Internacional Comemorativo dos 200 Anos da Chegada da Família Real à
Bahia. E, também, que participou, junto com a coordenadora Maria
de Lourdes Lyra, de uma Sessão Magna na Câmara dos Deputados
em Brasília pelos 200 Anos da Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil – As origens do Estado Nacional: das Cortes Gerais ao
Parlamento Brasileiro. Em seguida, o presidente passou a palavra à
coordenadora para proceder à leitura da Ata da sessão anterior, no
que foi atendido, sendo a mesma aprovada sem restrição. Foi convocado, então, o primeiro conferencista, o Sócio Emérito Vasco Mariz,
para falar sobre: Padre Antônio Vieira, o diplomata.
2. Resumo da exposição:
Festejando a importante efeméride dos 400 anos do Padre Antônio
Vieira, diplomata amador e patriota lusitano, o conferencista traçou
o perfil do personagem, acompanhando a sua trajetória desde o seu
nascimento em Lisboa, à vinda para o Brasil ainda menino e a sua
formação no colégio dos Jesuítas, do trabalho de catequese com indígenas e negros escravos, à volta para Portugal, já adulto, como integrante da comissão baiana encarregada de levar as congratulações
do Brasil ao Rei D. João IV que acabara de assumir o trono português. E se detém na análise do período em que o Padre Vieira foi
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encarregado pelo Rei de três missões diplomáticas, em Amsterdan,
Haia, e Paris, nos anos de 1646, 1647 e 1648, detendo-se, sobretudo,
no célebre aconselhamento da entrega de todo o Nordeste brasileiro
aos holandeses, para assegurar a independência e o futuro de Portugal, sendo então chamado de “o Judas do Brasil”.
3. Comentários/Debate:
O presidente elogiou a qualidade do texto apresentado e logo encarregou a coordenadora de convocar o conferencista para participar
do painel que será organizado para celebrar os 400 anos do Padre
Antônio Vieira.
Foi convocada a segunda conferencista convidada, a professora Maria Cristina Moreira, da Universidade do Minho, Portugal, para falar
sobre: Fontes para o estudo do Império luso-brasileiro: estatísticas
luso-brasileiras sobre o comércio internacional.
4. Resumo da Exposição: Agradecendo pela oportunidade da participação na sessão da CEPHAS, a professora passou a apresentar o seu
trabalho de pesquisa, que versa sobre o espólio das Balanças Gerais
de Comércio do Reino de Portugal com os seus Domínios Ultramarinos e Nações Estrangeiras, cujas fontes primárias se encontram
quase todas em Portugal e algumas no Brasil, e é objeto de estudo no
projeto POCI/HAR/59281/2004, designado por “Comércio Externo
Português na primeira metade do século XIX”, desenvolvido sob sua
responsabilidade. Remarcando que o IHGB é detentor de um documento único no mundo, a Balança Geral do Comércio do Reino de
Portugal com os seus Domínios Ultramarinos e Nações Estrangeiras de 1808, a professora se deteve na apresentação da metodologia
utilizada para informatizar as informações obtidas na documentação
levantada, bem como os objetivos do projeto a serem alcançados,
ilustrando a apresentação dos dados com o recurso do datashow. Por
fim, a professora sublinhou o papel do Príncipe Regente D. João, posteriormente Rei, D. João VI, como promotor de um sistema político que permitiu a elaboração de uma riquíssima informação esta-
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
tística sobre o comércio internacional no final do século XVIII e na
primeira metade do século XIX. 5. Comentários/Debates:
O professor Arno Wehling questionou a conferencista sobre o programa utilizado para montar os gráficos e tabelas apresentados. E a
professora Regina Wanderley teceu considerações sobre o levantamento estatístico realizado.
Em seguida, o presidente convocou a terceira conferencista, a professora Célia Cristina Tavares, da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro, para falar sobre: Jesuítas e Inquisição: cumplicidades e
confrontações.
6. Resumo da Exposição: O argumento básico da comunicação será demonstrar que duas instituições extremamente poderosas existentes
em Portugal – a Companhia de Jesus e a Inquisição – estão cobertas
por mitos especialmente desenvolvidos no período pombalino, mas
depois alimentados por interpretações historiográficas preocupadas
em buscar as razões do possível atraso ibérico no contexto europeu.
O estudo visa a esclarecer que houve muitas variações de atitudes
nas relações entre estas duas corporações. Investiga também como
os mitos relacionados com essas duas instituições foram desenvolvidos e consolidaram uma interpretação de senso comum que sobrevive em imagens que se difundem até hoje em muitos meios de
comunicação. Busca-se, com a exposição destas idéias, a melhor
compreensão possível da Inquisição e da Companhia de Jesus, não
um julgamento fácil de atribuições de certo ou errado, de bom ou
mau, de justo ou injusto.
7. Comentários/Debates:
O professor Arno Wehling fez comentários pertinentes sobre o trabalho de confrontação de análises diversas e a professora Maria de
Lourdes Lyra elogiou a originalidade da pesquisa realizada.
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8. Freqüência:
Número de sócios presentes: 8
Número de convidados: 23
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Maria de Lourdes Viana Lyra, Vasco Mariz, Cybelle de Ipanema, Tasso Fragoso Pires,
Marilda Corrêa Ciribelli, Melquíades Pinto Paiva e Antonio Izaias
da Costa Abreu.
ATA DA 7ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 28 DE MAIO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Vitorino Chermont de Miranda
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo Presidente em exercício, Primeiro Vice-Presidente do Instituto Histórico Victorino Chermont de Miranda,
que saudou os presentes, e pediu um minuto de silêncio em memória
da Sócia Emérita Frida Wolf, recentemente falecida. Em seguida,
passou a palavra à subcoordenadora da CEPHAS para proceder à
leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma
aprovada sem restrições. O presidente convocou, então, o primeiro
conferencista convidado da sessão, o Prof. Alex Varela, a tomar assento na mesa dos trabalhos, para falar sobre o tema “Ciência e patronagem: análise da trajetória do naturalista e intendente das minas Manuel Ferreira da Câmara”. Solicitou, ainda, que a subcoordenadora o
apresentasse ao auditório: Alex Varela possui graduação em História
pela PUC/RJ. Mestre e doutor em História das Ciências pela UNICAMP; atualmente, é bolsista do CNPq e faz estágio de pós-doutorado
na Coordenação de História da Ciência, do Museu de Astronomia
e Ciências Afins. Autor do livro “Juro-lhe Pela Honra de Bom Vassalo e Bom Português”: Análise das Memórias Científicas de José
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
Bonifácio de Andrada e Silva (1780-1819), publicado em 2006, sua
produção bibliográfica aborda temas de História das Ciências, Ilustração Portuguesa, História do Brasil, História das Geociências e
História da Medicina.
2. Resumo da Exposição:
Alex Varela agradeceu o convite e manifestou sua satisfação
de participar da sessão da CEPHAS. Sua comunicação examinou a trajetória do ilustrado Manuel Ferreira da Câmara, a
qual caracterizou-se pela associação entre os interesses políticos e o estudo das ciências naturais. No cargo público de Intendente dos Diamantes da região de Serro do Frio, sob a
a proteção do “pai e benfeitor” D. Rodrigo, ministro da Marinha e
Domínios Ultramarinos, Câmara acumulou serviços e honras com a
inspeção das minas e matas, a construção de fábricas de ferro, como
a Real Fábrica de Gaspar Soares ou do Pilar, a capacidade de influir
para a publicação de um conjunto de leis relativas à política mineral do
Brasil, entre outras atividades. Seus serviços renderam-lhe diversos
títulos honoríficos e projeção na sociedade luso-brasileira.
3. Questões levantadas sobre a conferência / Comentários/Debates:
A sócia Lucia Guimarães levantou questão pertinente sobre o papel
desempenhado por Manuel Ferreira da Câmara articulando-o com a
política estatal de renovação cultural-científica do governo de Dona
Maria I. Assinalou, também, a relevância do estudo que reflete o
avanço porque passam hoje em dia os estudos de História das Ciências no Brasil.
4. Após essa intervenção, o presidente Vitorino Chermont convocou a
segunda conferencista convidada, a professora Ângela Telles, e pediu que a subcoordenadora da CEPHAS fizesse a sua apresentação.
Ângela Cunha da Motta Telles é graduada em Museologia e História
com especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil pela
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Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. É mestre em
História Social, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde
também defendeu, em 2007, sua tese de doutorado Desenhando a
nação: revistas ilustradas do Rio de Janeiro e Buenos Aires nas décadas de 1860-1870 sob a orientação de José Murilo de Carvalho.
Leciona na Universidade Estácio de Sá e integra o Pólo de Pesquisa
sobre Relações Luso-Brasileiras do Real Gabinete Português de Leitura. Seu livro Grandjean de Montigny: da arquitetura revolucionária à civilização nos trópicos (2008), recém publicado pelo Arquivo
Nacional, recebeu o 2º lugar do “Prêmio D. João VI de Pesquisa”,
concurso organizado pela Universidade de Coimbra, Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Grupo Tordesilhas
e Comissão para a Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental (COLUSO). A professora falará sobre “Grandjean de Montigny “.
5. A professora agradeceu o convite para se apresentar na sessão da
CEPHAS e iniciou sua comunicação tecendo algumas considerações sobre a história de vida de Auguste Henri Victor Grandjean
de Montigny. Nascido em 1776, foi o arquiteto da Missão Artística
Francesa, contratada em 1816 pelo governo metropolitano português instalado no Rio de Janeiro, desde 1808. A Missão, constituída
por artistas renomados, tinha a função de elaborar e implantar, na
capital do Reino, uma escola de Belas Artes nos moldes daquelas
existentes na Europa. De fato, tal projeto era a ponta de lança de outro mais abrangente que visava, em última análise, à constituição, na
América portuguesa, de um império alinhado à civilização européia.
Nesta apresentação, ilustrada com slides, Ângela esclarece que não
explorou toda a obra arquitetônica produzida por Grandjean. Foram
selecionados apenas os projetos relevantes para as questões colocadas e que cobrem o período de 1799 a 1828. O conjunto do trabalho
traça um perfil do arquiteto francês do ponto de vista de seus projetos, executados ou não. Parte-se do pressuposto de que os projetos arquitetônicos portam formas, as quais portam valores que nos
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
informam sobre as sociedades que as moldaram. Foram explorados
esboços e plantas projetadas por Granjean inicialmente na Europa e,
num segundo momento, no Rio de Janeiro. A autora demonstrou que
os princípios arquitetônicos, as pesquisas sobre propriedades dos
materiais e as soluções plásticas presentes nos primeiros trabalhos
do arquiteto na França e nos estudos realizados na Itália, sobretudo
na região da Toscana, foram objeto de experimentação posterior no
Velho e no Novo Mundo.
6. Questões levantadas sobre a conferência / Comentários/Debates
O sócio Tasso Fragoso Pires cumprimentou a conferencista, destacando a relevância da pesquisa empreendida. Em seguida, levantou
algumas questões e teceu comentários sobre a arquitetura do Pavilhão da Aclamação de D. João VI, erguido para aquela efeméride,
onde hoje é a Praça XV. Reportou-se, também, à arquitetura e aos
materiais empregados na casa que pertenceu a Grandjean de Montigny, no bairro da Gávea, cujo muro em andorinha talvez ainda seja
o original.
7. Outras intervenções (comunicados, doações de livros etc.)
O sócio Ronaldo Mourão doou à Biblioteca do IHGB o livro de
sua autoria, Écologie cosmique, há pouco lançado em Paris. A sócia Maria Beltrão ofereceu sua obra mais recente, Le peuplement de
l’Amérique du Sud. Essai d’archéologie: une approche interdisciplinaire, publicado também naquela cidade.
8. Nada mais havendo a tratar, o presidente deu por encerrada a sessão,
lembrando a todos que na próxima semana será realizado no IHGB
o Curso “D. João VI e a cidade do Rio de Janeiro 1808 -2008”, promovido pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro.
9. Freqüência: 20 assistentes
número de sócios presentes: 8
número de convidados: 12
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relação dos sócios presentes: Victorino Chermont de Miranda, Vasco
Mariz, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Conceição Beltrão, Lucia Maria Paschoal Guimarães, Tasso Fragoso Pires.
ATA DA 8ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 11 DE JUNHO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente do IHGB, o Dr. Arno
Wehling, que saudou os presentes, passando a palavra à subcoordenadora da CEPHAS para proceder à leitura da ata da sessão anterior,
no que foi atendido, sendo a mesma aprovada sem restrições. O presidente convocou, em seguida, os dois conferencistas convidados
da sessão, o jornalista Alberto Dines e a sócia Isabel Lustosa, a tomarem assento na mesa dos trabalhos, para a exposição do Painel:
“Hipólito da Costa: um retrato falado”. Arno Wehling externou sua
satisfação em recebê-los e ponderou que ambos dispensavam maiores apresentações, pois são nomes sobejamente conhecidos por suas
contribuições ao par História e Imprensa.
2. Resumo da Exposição:
O painel se iniciou com a intervenção de Isabel Lustosa, que ofereceu um perfil biográfico e político de Hipólito da Costa, evidenciando as sucessivas aventuras que pontearam sua história de vida, como
a viagem realizada aos Estados Unidos (1798-1800), a passagem
pelos cárceres da Inquisição (1802/1805) e a sua permanência em
Londres, por dezoitos anos (1805/1823). Isabel destacou o papel de
vanguarda de Hipólito e do Correio Braziliense, periódico por ele
publicado em Londres, o qual se distinguia dos primeiros jornais
editados no Brasil, por não sofrer a interveniência da Coroa. Salientou a influência das propostas veiculadas pelo Correio Braziliense,
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
no ideário e nas práticas políticas dos homens que promoveram a
Independência do nosso País. Por outro lado, assinalou que o governo reinol chegou a financiar a publicação de outros jornais em
Londres, para combater e contestar Hipólito, a exemplo do Campeão Português, de José Liberato Freire de Carvalho. Finalmente,
Isabel Lustosa narrou a experiência compartilhada com Alberto Dines de editar a versão facsimilada dos 29 volumes da coleção do jornal Correio Braziliense, publicado por Hipólito da Costa (Londres,
1808 – 1822), obra lançada pela Imprensa Oficial do Estado do São
Paulo entre 2000 e 2003.
O jornalista Alberto Dines, apresentador do programa Observatório
da Imprensa, na Rede Brasil, agradeceu o convite para se apresentar
no Instituto Histórico, órgão que considera um “baluarte da cultura
brasileira”. Sua exposição buscou aprofundar o perfil pioneiro de
Hipólito da Costa, no seu entender “patrono e patriarca”, autor da
primeira peça jornalística da imprensa brasileira, uma verdadeira
profissão de fé, texto de natureza pedagógica, que marcou o aparecimento do Correio Braziliense. Reportou-se aos biógrafos de Hipólito da Costa e à decisão de alterar a comemoração do Dia da
Imprensa para 1 de junho, em homenagem ao início da circulação do
Correio, em lugar do dia 10 de setembro, que correspondia à edição
inaugural da Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro veículo impresso
no Brasil, porém de natureza oficial, pois era preparado pela Corte
portuguesa, instalada no Rio de Janeiro. Concluindo sua comunicação, Dines chamou a atenção para o longo silêncio a que ficou relegado o jornalista pioneiro, rompido apenas por Assis Chateaubriand,
que se apossou da sua memória. Em 1942, na campanha “Asas para
o Brasil”, foi batizado em São Paulo um pequeno avião com o nome
de “Hipólito da Costa”, por iniciativa de Chateaubriand, sendo padrinho Elmano Cardim, Diretor do Jornal do Commércio do Rio de
Janeiro.
Questões levantadas sobre o Painel / Comentários/Debates
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A sócia Cybelle de Ipanema felicitou os dois expositores pela apresentação na CEPHAS e pelo trabalho gigantesco de ambos, ao organizarem a edição facsimilar do Correio Braziliense. Comentou que o
Dia Nacional da Imprensa passou a ser celebrado em 1 de junho por
força de lei proposta pelo Deputado Nelson Marchezan e aprovada
no Congresso Nacional, em 1999. Informou, também, que o acervo
do IHGB possui a coleção completa do Investigador Português, doada pelo sócio Manuel Barata, acrescentando que o Investigador foi
um dos diversos jornais editados em Londres, com financiamento da
Coroa, por José Liberato Freire de Carvalho, para combater Hipólito da Costa. Lucia Guimarães levantou questão pertinente sobre o
papel desempenhado por Hipólito da Costa e o Correio Braziliense
como fontes históricas, já que constituem os principais testemunhos
em que se apoiou Francisco Adolfo de Varnhagen para analisar os
fatos que precederam a Independência. Maria Beltrão recordou que
na década de 1980, quando pesquisava em Londres, conheceu a capela onde estava enterrado Hipólito da Costa e fez menção a algumas curiosidades que cercariam o seu falecimento. Alberto Dines
esclareceu que tais fatos não diziam respeito a Hipólito, mas sim a
um filho seu, oficial da marinha mercante assassinado durante um
ataque de piratas no porto de Hong-Kong. Em relação ao tema de
escolhas de datas comemorativas, o sócio Elysio Belchior comentou
que há cerca de 15 anos leu um texto sobre as motivações que levaram a definição do dia 7 de setembro como a data da Independência
do Brasil e comprometeu-se de trazer a indicação dessa fonte, em
sessão próxima da CEPHAS. Miridan Brito Falci congratulou-se
com os palestrantes e fez observações relacionadas com o livro Contribuição à História da Imprensa, publicado pelo professor Hélio
Vianna, em 1945. Esther Bertoletti especulou a respeito das causas
do silêncio da historiografia em torno de Hipólito da Costa, detendose no fato de que Hipólito pertencia à maçonaria da linha inglesa.
Arno Wehling, por sua vez, teceu reflexões sobre as estratégias da
memória, refletindo sobre a forma como se vai construindo a ima-
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
gem do homem e da respectiva obra ao longo do tempo. No entender de Wehling, Varnhagen, de algum modo, já havia oficializado as
censuras que Hipólito da Costa costumava fazer à administração joanina, em particular, a crítica de que d. Rodrigo de Sousa Coutinho,
quando instalou o aparato de governo no Rio de Janeiro, ao invés de
modernizá-lo, limitou-se a copiar o Almanak de Lisboa de 1807. Juízo, aliás, referendado por Oliveira Lima, em 1908, na obra d. João
VI no Brasil. A propósito da referência à data, Cybelle de Ipanema
salientou que o Instituto Histórico promoveu naquele ano uma Exposição, comemorativa do primeiro centenário do estabelecimento
da Imprensa no Brasil. Reportou-se aos dois catálogos preparados
para o evento, dos quais só um foi publicado, já que outro teve os
originais perdidos no incêndio que consumiu as oficinas da Imprensa Nacional, em 1911. Revelou, também, que junto com Marcelo
de Ipanema já realizou um extenso levantamento bio-hemerográfico
dos brasileiros que participaram daqueles jornais. Alberto Dines, em
seguida, sugeriu-lhe que transformasse o material em um banco de
dados, com a respectiva edição em CD-Rom.
3. Outras intervenções (comunicados, doações de livros etc.)
A sócia Miridan Brito Falci, Diretora da Revista do IHGB, ofertou
a Alberto Dines um exemplar da mesma do último número lançado,
relativo ao 3º trimestre de 2007. Em seguida, doou para o acervo do
Instituto três números do periódico do Programa de Pós-Graduação
de História da Universidade Severino Sombra, do qual é editora responsável. O sócio Davis Ribeiro de Sena ofereceu obras de sua autoria para a biblioteca.
4. Nada mais havendo a tratar, o presidente deu por encerrada a sessão,
comunicando que a próxima sessão da CEPHAS se realizará em 25
de junho.
5. Freqüência: 23 assistentes
Número de sócios presentes: 14
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Número de convidados: 9
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Davis Ribeiro de Sena,
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Maria Beltrão, Lucia Maria
Paschoal Guimarães, Tasso Fragoso Pires, Isabel Lustosa, Cybelle
de Ipanema, Miridan Brito Falci, Esther Caldas Bertoleti, Elysio
Belchior e Antonio Izaias da Costa Abreu, Victorino Chermont de
Miranda.
ATA DA 9ª. SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 25 de JUNHO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Dando início à sessão, o presidente saudou os presentes e em seguida passou a palavra à coordenadora, para proceder à leitura da ata da
sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada com a
recomendação de correção na indicação do nome do sócio Manuel,
em lugar de Mário, e na intervenção do sócio Elysio Belchior, sobre
a fixação da data do Dia da Independência. Foi então convocada a
primeira conferencista convidada, Carmen Alveal, graduada em História pela UFF, com mestrado pela UFRJ e recém-doutora pela Johns
Hopkins University, que iniciou sua fala manifestando satisfação por
participar da sessão da CEPHAS, passando a expor o tema: Comunicações jurídicas e o sistema sesmarial no império português.
2. Resumo da Exposição:
Fazendo uma breve apresentação do trabalho geral de levantamento
das fontes e sobre a metodologia utilizada na elaboração de sua tese,
a professora centrou a exposição sobre o tema em pauta, analisando
a atuação da principal agência metropolitana, o Conselho Ultramarino, criado em 1642 e responsável pelas colônias, que funcionou
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
como o principal canal de comunicação entre a colônia e a metrópole; explicitando a eficácia do controle português sobre as colônias, que requereu o desenvolvimento de um conjunto de técnicas
de comunicações jurídicas no tocante ao sistema de distribuição de
sesmarias; esclarecendo que as comunicações jurídicas constituíamse numa diversa gama de mecanismos de trocas de informações jurídicas, incluindo instruções reais aos governadores, ordens régias,
casos de apelação e petições; e explicando que este conceito de comunicações jurídicas abarca um número de indistinguíveis práticas
percebidas, ao analisar-se o sistema de sesmarias inserido do sistema
de administração lusitana.
3. Comentários/debates:
O sócio Fernando Tasso Fragoso Pires parabenizou a professora pelo
trabalho realizado, tecendo comentário sobre a importância do tema
apresentado, e a visitante Luitgarde Oliveira registra a importância
dos trabalhos clássicos de Célia Freire d`Aquino Fonseca e Costa
Porto sobre o tema das sesmarias no Brasil colonial.
Em seguida, o presidente convocou o segundo conferencista convidado, Tayguara Torres, graduado e mestre em Ciências Sociais pela
UERJ, para falar sobre o tema: Desenvolvimento e sertão nordestino: um debate.
4. Resumo da exposição: O professor agradeceu pela oportunidade de
apresentar, na sessão da CEPHS, o trabalho de pesquisa desenvolvido na sua Dissertação de Mestrado, onde analisa os pressupostos
sócio-econômicos do plano que ficou conhecido como Operação
Nordeste, criado em finais dos anos 1950, em meio à euforia desenvolvimentista do “anos JK”, quando surge novamente o Sertão Nordestino na cena política brasileira, tornando-se objeto de políticas
de governo. Enfocando o debate existente entre dois intelectuais de
grande importância à época – Celso Furtado, economista e idealizador da OPENE, e Josué de Castro, médico e geógrafo, autor do
livro clássico Geografia da Fome, que entendiam o Sertão de for-
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ma diversa e defendiam propostas antagônicas de desenvolvimento
da região –, o expositor demonstra que a análise permite melhor
vislumbrar os pressupostos das políticas de desenvolvimento, e as
críticas a que tais propostas foram alvo, bem como a transformação
do Sertão Nordestino de então no Sertão de hoje.
5. Comentários/debates:
O visitante Mário Afonso Carneiro elogiou o trabalho apresentado,
tecendo comentários sobre algumas das relevantes questões abordadas.
Em seguida, o presidente convidou o sócio Melquíades Pinto Paiva para uma breve apresentação do livro de sua autoria, Trabalhos
esparsos, agora reunidos., que foi gentilmente distribuído aos presentes.
Nada mais havendo a tratar, o presidente encerrou a sessão, convidando os presentes para assistirem à cerimônia de posse do novo
sócio Célio Borja, na sala Pedro Calmon.
6. Freqüência: 21
- Número de sócios presentes: 09
- Número de convidados: 12
- Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Elysio Belchior, Melquíades Pinto Paiva, Dora Alcântara, Fernando Tasso Fragoso Pires,
Lygia Fernandes da Cunha, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Eduardo Silva e Maria de Lourdes Viana Lyra.
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
ATA DA 10ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 2 DE JULHO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Victorino Chermont de Miranda
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Dando início à sessão, o presidente saudou os presentes e em seguida passou a palavra à coordenadora, para proceder à leitura da ata da
sessão anterior, no qual foi atendido, sendo a mesma aprovada sem
restrições. Fazendo o registro de tratar-se de uma Sessão de Homenagem a José Carlos Macedo Soares, o presidente convocou o primeiro conferencista, Nelson de Castro Senra - Doutor em Ciência da
Informação, Pesquisador-Titular do CDDI do IBGE e no programa
de mestrado na Escola Nacional de Ciências Estatísticas, do IBGE –,
para expor o tema: MACEDO SOARES REÚNE IBGE E IHGB.
2. Resumo da Exposição:
Fazendo uma breve apresentação sobre a relevante atuação do homenageado na direção do IBGE, onde figura como o seu primeiro
presidente e o mais longevo entre todos, e do IHGB, instituição que
presidiu por quase três décadas, o professor passou a ressaltar as
situações em que, nas presidências simultâneas de Macedo Soares, o
IBGE e o IHGB estiveram irmanados. Apresentando apenas alguns
exemplos, por ser uma temática a demandar pesquisas históricas
mais alentadas, o professor ressalta que o estudo em pauta revela
alguns dos aspectos mais relevantes da criação do IBGE, além da
assunção de Macedo Soares à sua presidência, associando sua habilidade articuladora à concretização da idealização de Teixeira de
Freitas. No final, fez doação ao IHGB dos livros Embaixador Macedo Soares. Um Príncipe da Conciliação e História das Estatísticas
Brasileiras, Vol.3, publicados pelo IBGE.
3. Comentários/debates:
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O sócio Alberto Venâncio Filho teceu comentários pertinentes sobre
o texto apresentado, a sócia Maria de Lourdes Viana Lyra parabenizou o professor pelo trabalho de pesquisa realizado, a sócia Esther
Caldas Bertoletti sugeriu a retomada da tarefa de incrementar a escrita da história dos municípios, o sócio Vasco Mariz falou do seu
convívio institucional no governo JK com o homenageado Macedo
Soares, e a sócia Mary Del Priore solicitou informações sobre a documentação existente no IBGE.
Em seguida, o presidente convocou o segundo conferencista, Alexandre de Paiva Rio Camargo – Mestre em História pela UFE,
Pesquisador-assistente e autor de numerosos capítulos na coleção
“História das Estatísticas Brasileiras”, editada pelo IBGE, do artigo
“A ciência da certeza”, publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional (nº 23, 2007), e do artigo “Uma breve História do
Brasil”, publicado no “Brasil em Números” do IBGE (v. 16, 2008)
–, para expor o tema: MACEDO SOARES, EMBAIXADOR DA
GEOGRAFIA.
4. Resumo da Exposição:
O professor centrou a sua análise na recuperação do papel relevante
de Macedo Soares na organização do campo geográfico, durante a
Era Vargas. Destacando a sua atuação decisiva na criação e consolidação do Conselho Nacional de Geografia e, neste sentido, procurando revelar a relação entre tradição e modernidade presentes nos elos
tecidos pelo embaixador no exercício concomitante das presidências
do IHGB e do IBGE em benefício da visibilidade da atividade geográfica. E, por fim ressaltando que é preciso enfatizar o caráter preliminar de tal abordagem, que pretende incentivar pesquisas históricas
sobre representações mútuas entre as duas instituições.
Em seguida o presidente convocou o terceiro conferencista, Guilherme Pereira das Neves – Professor-Doutor do Departamento de
História da UFE; pesquisador do CNPq e do projeto Pronex “Raízes
do Privilégio”; autor de inúmeros artigos publicados no Brasil e no
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
exterior, e da tese de doutorado premiada pelo Arquivo Nacional
e publicada em 1997 com o título E Receberá Mercê: a Mesa da
Consciência e Ordens e o clero secular no Brasil, 1808-1828 –, para
expor o tema CARLITO HISTORIADOR.
5. Resumo da Exposição:
Expressando satisfação por participar das atividades do IHGB e
agradecendo pelo convite para falar sobre o homenageado, o professor centra a análise sobre a atividade de José Carlos de Macedo
Soares (1883-1968) como historiador, que considera tratar-se, em
especial, a partir das suas três principais obras: As fronteiras do Brasil no regime colonial (1939), Santo Antônio de Lisboa, Militar no
Brasil (1942) e Fontes para a história da Igreja católica no Brasil
(1954). Explicando que, embora elas permitam situá-lo como um
caso atípico no período, essas obras não deixam de revelar certas
constantes do pensamento histórico no País na primeira metade do
século XX.
Em seguida, o presidente convocou a quarta conferencista, a Sócia
Emérita Cybelle Moreira de Ipanema, para expor o tema: COMO O
INSTITUTO EVOLUIU SOB MACEDO SOARES.
6. Resumo da Exposição:
A professora iniciou sua apresentação assinalando a passagem dos
quarenta anos de morte do homenageado, passando a enumerar as
atividades mais relevantes do IHGB no longo período da sua presidência, por quase trinta anos.
7. Comentários/debates:
A sócia Lúcia Maria Paschoal Guimarães parabeniza os expositores
pela relevância das análises apresentadas e agradece pelo aceite de
todos aos convites para participarem dessa sessão de homenagem,
sendo endossada pela coordenadora Maria de Lourdes Viana Lyra.
O Sócio Decano Luis Castro Souza lembra a celebração promovida
pelo IHGB por ocasião da passagem do centenário do embaixador
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Macedo Soares.
Nada mais havendo a tratar, o presidente encerrou a sessão, convidando os presentes para o tradicional cafezinho do terraço.
8. Freqüência: 26
Número de sócios presentes: 14
Número de convidados: 12
Relação dos sócios presentes: Victorino Chermont de Miranda, Elysio Belchior, Lucia Maria Paschoal Guimarães, Vasco Mariz, Alberto
Venâncio Filho, Tasso Fragoso Pires, Mary Del Priore, Esther caldas
Bertoletti, Ronaldo Rogério De Freitas Mourão, Cybelle Moreira de
Ipanema, Luiz de Castro Souza, Maria Beltrão, Lygia Fernandes da
Cunha e Maria de Lourdes Viana Lyra.
ATA DA 11ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 9 de JULHO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente do IHGB, o Dr. Arno
Wehling, que pediu um minuto de silêncio em memória do Sócio
Correspondente Braz Augusto Brancato, falecido em Porto Alegre
no dia 5 de julho passado. Após a homenagem, passou a palavra à
subcoordenadora da CEPHAS para a leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada sem restrições. O
presidente convocou, em seguida, a primeira palestrante convidada
da sessão, a professora Vera Lucia Cabana Andrade, para apresentar
a comunicação “Historiadores do IHGB e Catedráticos do Colégio
Pedro II na República”. Vera Lucia Cabana Andrade é doutora em
História Social pela UFRJ, professora aposentada da UERJ e do
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
Colégio Pedro II, onde coordenou investigações no Núcleo de Documentação e Memória (NUDOM). É autora de diversos trabalhos
publicados na linha de pesquisa “História do Ensino de História”.
2. Resumo da Exposição:
Vera Cabana agradeceu o convite para participar da CEPHAS e assinalou que o seu trabalho dá continuidade à pesquisa anteriormente
exposta no IHGB, intitulada “Historiadores do IHGB e Catedráticos
do Colégio Pedro II no Império”. Esclareceu que seu interesse é examinar a dimensão cognitiva e cultural do ensino da História como
disciplina escolar, através da articulação e/ou aproximação de duas
categorias de análise: o conhecimento acadêmico ou saber científico
e o conhecimento escolar como saber docente, produzidos respectivamente no IHGB e no Colégio Pedro II. O estudo das fontes documentais e de memória possibilitou a análise do entrecruzamento das
duas instituições. Neste sentido, destacou a atuação dos docentes
que exerceram a “cátedra” de História no Colégio, autores de compêndios escolares ali adotados, e ao mesmo tempo integrantes dos
quadros do IHGB, a exemplo de João Ribeiro e de Jonatas Serrano.
Situação, aliás, que perdurou até a década de 1960, quando a “cátedra” foi extinta no Colégio.
3. Questões levantadas sobre a conferência/Comentários/Debates:
O presidente Arno Wehling teceu comentários pertinentes e a sócia
Lucia Guimarães lembrou que a Revista do IHGB costumava publicar resenhas desses compêndios escolares nas primeiras décadas
do século XX. A sócia Mary Del Priore cumprimentou a expositora
e manifestou sua preocupação com a necessidade de estudos mais
aprofundados sobre a decalagem existente entre os estudos acadêmicos de História e sua reprodução no ensino fundamental. A sócia
Marilda Ciribelli levantou a mesma questão centrando-se na problemática dos livros didáticos.
4. Em seguida, o presidente Arno Wehling convocou à mesa a segunda
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palestrante da sessão, a professora Maria Letícia Corrêa, para dissertar sobre o tema “Nacionalismo e Estado nacional na Era Vargas: um
estudo sobre o Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica e as
empresas estrangeiras (1939-1945)”. Maria Letícia Corrêa é doutora
em História pela UFF, autora de diversos títulos publicados sobre
o tema; foi bolsista recém-doutora do CNPq e da FAPERJ, e desde
2006 é professora-adjunta do Departamento de Ciências Humanas
da Faculdade de Formação de Professores da UERJ
5. Maria Letícia Corrêa expressou sua satisfação em participar da CEPHAS. Assinalou que seu trabalho focaliza a formulação de políticas
públicas no Brasil, durante a chamada “Era Vargas”, tomando como
ponto de partida o processo de regulamentação conduzido pelo Conselho Nacional de Águas e Energia, criado em 1939. Da investigação
empreendida, a professora concluiu que se faz necessária a revisão
de uma noção freqüentemente associada à memória de Getúlio Vargas, e endossada em parte pela historiografia do período, qual seja,
a de que em seu governo, considerado o período até 1954, determinadas ações de política pública teriam contribuído para a afirmação
de posições nacionalistas, marcando a ruptura definitiva em direção
à industrialização.
6. Questões levantadas sobre a conferência/Comentários/Debates
A sócia Lucia Guimarães felicitou a expositora e teceu comentários
pertinentes, e levantou a discussão sobre carência de estudos aprofundados sobre as relações entre o governo brasileiro e as empresas
estrangeiras concessionárias de serviços, em especial a Ligth & Power.
7. Concluída a discussão, o presidente Arno Wehling convocou à mesa
a última palestrante da sessão, a professora Mariana P. Cândido, para
apresentar a comunicação “Reconstruindo a história pré-colonial
africana: o caso de Benguela nos séculos XVIII e XIX”. Mariana
Candido é PhD em História da África pela Universidade de York
(Canadá), exerce as funções de Assistant Professor da Princeton
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
University e é autora de diversas publicações internacionais sobre a
problemática da escravidão na África portuguesa.
8. Maria Cândido agradeceu a oportunidade de expor os resultados de
sua pesquisa na CEPHAS. Destacou, também, o diálogo entre a sua
investigação e projeto de catalogação e de digitalização de documentos sobre a África existentes no IHGB, coordenado por Regina
Wanderley. Sua comunicação ofereceu uma síntese das experiências
de pesquisa que realizou na região de Benguela, em Angola. A localidade era um dos centros mais importantes de embarque de escravos
durante o período do tráfico transatlântico. Abordou, sobretudo, as
dificuldades de se reconstruir a história pré-colonial angolana, apesar do rico acervo documental disponível.
9. Questões levantadas sobre a conferência/Comentários/Debates
A sócia Lucia Guimarães felicitou a expositora e teceu comentários pertinentes, seguida das intervenções da sócia Marilda Ciribelli
sobre “Ana de Angola”, e da professora Regina Wanderley que salientou a necessidade de publicar, em meio digital, os resultados do
trabalho de arquivista que vem sendo realizado no acervo do IHGB
sobre escravidão e África.
10. Retomando a palavra, o presidente Arno Wehling comunicou que
o acervo do IHGB fora acrescido de doações do bibliotecário prof.
Pedro Tórtima (fotos de Augusto Malta e correspondência trocada
entre Manoel de Oliveira Lima e Antonio Carneiro Leão. Informou,
também, que já está disponível o último número da Revista, o 438,
relativo aos meses de outubro-dezembro de 2007, com textos originais de diversos sócios. Nada mais havendo a tratar, o presidente deu
por encerrada a sessão, convidando a todos para o tradicional café no
terraço do Instituto.
11. Freqüência: 31 assistentes
Número de sócios presentes: 12
Número de convidados: 19
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Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Tasso Fragoso Pires,
Davis Ribeiro de Sena, Marilda Ciribelli, Mary Del Priore ,Lygia
Fernandes da Cunha, Antonio Izaias da Costa Abreu,Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Maria da Conceição Beltrão, Melquíades
Pinto Paiva, Elysio Belchior e Lucia Maria Paschoal Guimarães.
ATA DA 12ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 16 de JULHO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente do IHGB, o Dr. Arno
Wehling, que cumprimentou os presentes e dirigiu uma saudação especial ao Sócio Correspondente dr. Pedro Mário Soares Martinez, de
nacionalidade portuguesa. Este agradeceu a deferência e manifestou
sua firme disposição de colaborar mais estreitamente com o Instituto. O Presidente respondeu-lhe que a contribuição será benvinda.
Solicitou, então, à subcoordenadora da CEPHAS para proceder a
leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma
aprovada com a correção de que o número recém-lançado da Revista
é o 437.
2. O presidente convocou à mesa os palestrantes convidados Carlos
Eduardo Barata, Eduardo Schnoor e Victorino Chermont de Miranda. Comunicou à platéia que devido à natureza da sessão, voltada para a temática da Genealogia, as questões e os comentários
deveriam ser deixados para o final das três exposições. Em seguida,
passou a palavra ao Dr. Carlos Eduardo Barata, para apresentar o
trabalho “A serventia dos estudos genealógicos para a historiografia
brasileira”. Carlos Eduardo Barata é presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia e autor de diversas obras voltadas para esse campo
do saber histórico.
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
3. Resumo das Exposições:
Carlos Eduardo Barata agradeceu o convite e assinalou que sua intervenção é fruto de levantamento realizado no fichário do Colégio
Brasileiro de Genealogia, abrangendo o corte temporal entre 1565
e 1900. O estudo buscou identificar os principais fatores que concorreram para o povoamento do Rio de Janeiro, através do levantamento das famílias que se transferiram para a cidade, vindas de
outros pontos do Brasil em diferentes momentos da época colonial e
mais tarde do Império. Dando seqüência aos trabalhos, o presidente
Arno Wehling convocou o Prof. Eduardo Schnoor para desenvolver
a comunicação “Da fazenda do Resgate em Bananal (São Paulo) à
Gare du nord. A genealogia como instrumento de uma pesquisa histórica”. Eduardo Schnoor é doutor em História pela USP, preparou
junto com Hebe Castro a coletânea Resgate: uma janela para o oitocentos, assinou o capítulo “Os senhores do caminho: a elite na transição para o século XIX”, que integra o livro Revisão do Paraíso: os
brasileiros e o Estado em 500 anos de história, organizado por Mary
Del Priore. No momento, investiga as chamadas “famílias cafeeiras”
da região de São João Marcos e Pirai. O professor manifestou sua satisfação em participar das atividades da CEPHAS. Acentuou que seu
trabalho tem por objetivo mostrar a importância da genealogia em
pesquisas históricas sobre elites coloniais e imperiais. Através de um
estudo de caso, demonstrou que a montagem de uma parentela ou de
uma rede de sociabilidade em uma determinada região pode levar à
ampliação do conhecimento histórico, pois muitas vezes personagens importantes são vistos de maneira dispersa. Entretanto, através
da genealogia, é possível articulá-los a contextos mais amplos que
lhes dão novos significados. Finalmente, o Presidente Arno Wehling
convidou o Sócio Titular e Vice-Presidente do IHGB Dr. Victorino
Chermont de Miranda, para expor a comunicação “Os estudos genealógicos e sua significação nos dias de hoje”. Victorino Chermont
fez uma reflexão a respeito do significado contemporâneo dos estudos de genealogia. Esclareceu que atualmente genealogia não é
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sinônimo de nobiliarquia, nem certificação de qualidade; trata-se do
resgate da continuidade de uma família, de cada família, no tempo.
A moderna investigação genealógica constitui um suporte da identidade. E, neste sentido, ter genealogia significa ter uma história.
4. Questões levantadas sobre as exposições/ Comentários/Debates
A sócia Lucia Guimarães cumprimentou os expositores pela contribuição substantiva, salientando a relevância dos respectivos trabalhos. As sócias Marilda Ciribelli e Mary Del Priore levantaram
questões pertinentes sobre a relação entre a genealogia e a história
da vida privada, enquanto o sócio Melquíades Paiva teceu comentários sobre a genealogia cearense. Também participaram dos debates
os convidados Regina Cascão, Vera Cabana, Ludmila Mayrink da
Costa e Carlos Gabriel Guimarães.
5. Concluída a discussão e nada mais havendo a tratar, o presidente deu
por encerrada a sessão, convidando a todos para o tradicional café no
terraço do Instituto.
6. Freqüência: 49 assistentes
Número de sócios presentes: 13
Número de convidados: 36
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Davis Ribeiro de Sena,
Marilda Ciribelli, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Miridan
Britto Falci, Lucia Maria Paschoal Guimarães, Fernando Tasso Fragoso Pires, Mary Del Priore, Elysio Belchior, Victorino Chermont
de Miranda, Pedro Mário Soares Martinez, Melquíades Pinto Paiva
e Esther Caldas Bertoletti.
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
ATA DA 13ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 6 DE AGOSTO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Dando início à sessão, o presidente saudou os presentes e em seguida passou a palavra à coordenadora para proceder à leitura da ata da
sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada sem
restrições. Foi então convocada a primeira conferencista, a Sócia Titular professora doutora Marilda Corrêa Ciribelli, para expor o tema:
A presença feminina na Abolição da escravatura.
2. Resumo da exposição:
A professora iniciou sua fala agradecendo ao presidente pela oportunidade da apresentação na CEPHAS do trabalho de pesquisa que
vem desenvolvendo, cuja temática trata especificamente da participação feminina no movimento abolicionista. O planejamento da
apresentação foi dividido em três partes, sendo o primeiro denominado considerações introdutórias, no qual tratou das interpretações
polêmicas e contraditórias em relação à participação da mulher na
abolição. Nas duas partes seguintes, tratou das variadas formas de
colaboração feminina no movimento abolicionista, discutindo sobre
as diversificadas facetas de atuação da mulher branca, negra e mulata em prol da libertação do trabalho escravo e refletindo sobre as formas de reações então colocadas em prática. Complementando a sua
explanação, apresentou imagens correlatas ao tema apresentado.
3. Considerações/debates:
A sócia Mary Del Priori parabenizou a professora pela competência
na abordagem do tema, fazendo comentários pertinentes em torno
da questão apresentada. O convidado Sérgio Lima, sócio do Instituto
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Histórico de Vassouras, cumprimentou a professora pelo trabalho de
pesquisa realizado, se detendo sobre a classificação dos quilombos.
O Presidente Arno Wehling felicitou a conferencista pela importância do trabalho para o estudo do tema da abolição da escravatura e
pelo seu entusiasmo na apresentação do mesmo.
Em seguida, o presidente convocou a coordenadora para proceder à
leitura do texto: Gilberto Ferrez, historiador da imagem no Brasil,
escrito pela Sócia Emérita Lygia Fonseca Fernandes da Cunha, impedida de comparecer à sessão por motivo de saúde.
4. Resumo da Exposição:
A autora dissertou sobre a trajetória do pesquisador Gilberto Ferrez,
ressaltando a sua inclusão entre os historiadores ligados principalmente aos estudos da iconografia brasileira, inclusive na vertente
histórica completa. Chamou a atenção para a sua vasta bibliografia,
destacando as obras de maior importância, sobretudo A muito leal e
heróica cidade do Rio de Janeiro, primorosa edição para comemorar os quatrocentos anos da cidade, e aquela registrada nas páginas
das Revistas do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que se estendeu inclusive
nas buscas da cartografia e fotografia, ambas acopladas à imagem. E
demonstrou que a obra de Gilberto Ferrez, um dos pioneiros da iconografia brasileira, relacionada neste ensaio, confere-lhe a inclusão
de pesquisador que sempre se dedicou a valorizar a imagem de um
Brasil conhecido por alguns aficionados.
Em Face da ausência da conferencista, não houve debate. O presidente convocou então o terceiro conferencista, o Sócio Honorário
Pedro Karp Vasquez para expor o tema: Visões e antevisões de Gilberto Ferrez, o primeiro historiador da fotografia no Brasil.
5. Resumo da Exposição:
Pedro Vazquez manifestou sua satisfação por participar da sessão de
homenagem ao mestre e amigo, Gilberto Ferrez, passando a destacar
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
o seu papel de pesquisador, colecionador, historiador da iconografia
nacional, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por
trinta e sete anos, consultor do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, membro do Conselho Federal de Cultura, atuações que demonstram a sua fundamental e distintiva contribuição
para a cultura brasileira, sedimentada em cerca de quarenta obras
temáticas variadas. Aproveitado o pretexto do seu centenário de nascimento, completados em 15 de maio último, o professor focalizou o
pioneirismo do ilustre homenageado, enquanto primeiro historiador
da fotografia brasileira e o seu mais importante colecionador do século XX. Ressaltado ainda o seu papel como divulgador da fotografia clássica brasileira, tanto no próprio País, quanto no exterior, onde
realizou a primeira grande mostra sobre o tema em Nova York, em
1976, no Center for Inter-american Relation (atual Americas Society). Concluindo com a projeção de fotografias tiradas pelo homenageado desconhecidas do público até a recente exposição no Centro
Cultural do Banco do Brasil: Gilberto Ferrez – novas revelações.
O presidente cumprimentou o expositor pela excelência da apresentação. E nada mais havendo a tratar, encerrou a sessão.
6. Freqüência: 39 assistentes
Número de sócios presentes: 15
Número de convidados:24
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle Moreira de
Ipanema, Elysio Belchior, Pedro Vasquez, Carlos Wehrs, Antonio
Izaias da Costa Abreu, Fernando Tasso Fragoso Pires, Mary Del
Priore, Eduardo Silva, Vasco Mariz, Marilda Ciribelli, Ronaldo
Mourão, Esther Bertoletti e Maria de Lourdes Viana Lyra.
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ATA DA 14ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 13 DE AGOSTO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente do IHGB, o Dr Arno
Wehling, que cumprimentou os presentes e dirigiu uma saudação
especial ao Sócio Correspondente Edivaldo Boaventura, da Bahia,
que agradeceu a deferência. O Presidente, solicitou, então, à subcoordenadora da CEPHAS para proceder à leitura da ata da sessão
anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada.
2. Arno Wehling convocou à mesa o primeiro palestrante convidado
da Sessão, o professor Ivan Ducatti, para apresentar a comunicação
BRASIL: Passado Feudal? - Os “Restos Feudais” na obra de Nelson Werneck Sodré. Ivan Ducatti é mestre em História pela USP e
atualmente cursa o doutorado na mesma Universidade, sob a orientação do Dr. Marcos Silva. Foi professor em diversas instituições de
ensino superior e é autor de vários artigos, publicados em periódicos
especializados sobre a problemática da produção historiográfica de
Nelson Werneck Sodré.
3. Resumo da Exposição:
Ivan Ducatti agradeceu o convite e assinalou que sua intervenção é
fruto da pesquisa que vem desenvolvendo no doutorado. Sua intervenção busca analisar como Nelson Werneck Sodré precisou a categoria feudal em suas obras da formação histórica brasileira. O termo
feudal, neste caso, trata-se de uma metáfora política para justificar os
obstáculos ao desenvolvimento da burguesia nacional e da sujeição
desta ao imperialismo político-econômico. É importante frisar que o
conceito “feudal” tem estatuto de centralidade na obra de Sodré. Ele
mostra a existência de restos feudais no Brasil, mas esses restos feu192
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
dais fariam parte de uma superestrutura de funcionamento da grande propriedade fundiária no Brasil. Mesmo após a independência
política, o Brasil continuava a manter uma estrutura colonial sobre
as propriedades do campo. Torna-se necessário indagar qual modo
de produção se desenvolveu num país cuja história colonial fora herança de colonizadores que, há muito, em termos econômicos, não
viviam sob a égide da produção feudal.
4. Questões levantadas sobre as exposições/Comentários/Debates:
A sócia Esther Bertoletti parabenizou o expositor e aventou a possibilidade da Casa da Torre de Garcia D’Ávila ter constituído um
feudo, sendo aparteada pelo sócio Edivaldo Boaventura, o qual não
concorda com essa premissa. O Presidente Arno Wehling teceu reflexões a respeito da abordagem historiográfica do problema que envolve a existência de um suposto feudalismo no Brasil.
5. Em seguida, o Presidente Arno Wehling convocou à mesa a segunda
palestrante da sessão, a professora Lucia Maria Bastos Pereira das
Neves, para dissertar sobre o tema “Napoleão Bonaparte: imagens e
culturas políticas no mundo luso-brasileiro”. A convidada é Professora Titular de História Moderna na UERJ. Pesquisadora do CNPq,
do Pronex/CNPq/Faperj: “Dimensões da Cidadania”, coordenado
por José Murilo de Carvalho e Cientista do Nosso Estado/Faperj.
Autora de Napoleão Bonaparte: Imaginário e política em Portugal
(c.1808-1810). São Paulo, Alameda, 2008; Corcundas e constitucionais: a cultura política da Independência do Brasil, 1820-1822. Rio
de Janeiro, Revan/FAPERJ, 2003; e O Império do Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999; além de diversos artigos em periódicos
no Brasil e em Portugal.
6. Lucia Maria Bastos Pereira das Neves agradeceu o convite das coordenadoras para participar da sessão da CEPHAS. Seu estudo propõe
uma análise das imagens e culturas políticas que Portugal e Brasil
elaboraram a respeito de Napoleão Bonaparte e da França imperial
ao longo do conturbado período das invasões francesas (1807-1810).
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Como fontes, privilegia os impressos de circunstância – jornais e
panfletos – capazes de evidenciar, sob o choque das novidades que
os invasores trouxeram e dos episódios inéditos que ocorreram, o
lento desgaste das estruturas tradicionais portuguesas e de acenar
para a entrada do País e de seu império na via da cultura política
moderna. Para tanto, examina a trama dos acontecimentos que daí se
depreende, a fim de considerá-la como a expressão de um embate,
no plano político e ideológico, entre as forças, ainda ativas, do Antigo Regime e aquelas, nascentes, do liberalismo europeu.
7. Questões levantadas sobre as exposições/Comentários/Debates:
A sócia emérita Cybelle de Ipanema cumprimentou a expositora pela
pesquisa e teceu comentários pertinentes, no que foi seguida pelos
sócios Edivaldo Boaventura e esther Bertoletti. A Dra. Fátima Sá,
visitante e professora do Instituto Superior de Ciências do Trabalho
e da Empresa, de Lisboa, destacou a originalidade da investigação
empreendida e a erudição da autora.
8. O sócio Melquíades Pinto Paiva doou à Biblioteca do IHGB o livro
Professor Dias da Rocha: origem, vida e obra.
9. E nada mais havendo a tratar o Presidente Arno Wehling convidou a
todos para subirem ao terraço do Instituto, onde será lançado o livro
Napoleão Bonaparte: Imaginário e política em Portugal (c.18081810), de autoria de Lucia Bastos Pereira das Neves, acompanhado
de um coquetel.
10. Freqüência: 34 assistentes
Número de sócios presentes: 12
Número de convidados: 22
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema,
Mary Del Priore, Roberto Cavalcanti de Albuquerque, Eduardo Silva, Edivaldo Boaventura, Esther Bertoletti, Melquíades Pinto Paiva,
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Miridan Britto Falci, Maria
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
Beltrão e Lucia Maria Paschoal Guimarães.
ATA DA 15ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 20 de AGOSTO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente do IHGB, o Dr. Arno
Wehling, que cumprimentou os presentes e fez uma rápida introdução à temática que seria tratada, e esclareceu que devido à natureza
da sessão, com 3 expositores voltados para o 4º centenário do nascimento de Antônio Vieira, as questões e os comentários deveriam
ser deixados para o final das apresentações. O Presidente solicitou,
então, à subcoordenadora da CEPHAS para proceder a leitura da ata
da sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada.
2. Arno Wehling convocou para compor a mesa os três palestrantes
convidados, Cláudio Aguiar, Marco Lucchesi e José Arthur Rios,
passando a palavra ao primeiro, para expor a comunicação “Padre
Antônio Vieira e o Ceará”. �������������������������������������
Cláudio Aguiar é graduado pela Faculdade de Direito do Recife e Doutor pela Universidade de Salamanca, Espanha. Foi Professor-Visitante da Universidade Federal Rural de Pernambuco, atuando em convênio com a Universidade de
Sherbrooke-Irecus – Canadá (1990-94). Foi Bolsista Pesquisador
do Ministério de Assuntos Exteriores de Espanha (Madri), onde se
especializou na obra de Ortega y Gassset (Madrid, 1983) e Bolsista
do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), quando estudou o processo de imigração espanhola ao
Brasil junto à Universidade de Salamanca, Espanha (1983/1986),
defendendo a Tese Doutoral – ORGANIZACIÓN SOCIAL Y JURÍDICA DE LOS INMIGRANTES ESPAÑOLES EN BRASIL. Possui cerca de vinte obras publicadas, destacando-se as de natureza
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histórica, a saber: OS ESPANHÓIS NO BRASIL (Edições Tempo
Brasileiro. Rio de Janeiro, 1991); FRANKLIN TÁVORA E O SEU
TEMPO (Academia Brasileira de Letras, Coleção Afrânio Peixoto,
vol. 72. Rio de Janeiro, 2005) e A PRÁXIS MISSIONÁRIA DO PADRE ANTÔNIO VIEIRA E OUTROS ESTUDOS (Ateliê Editorial,
São Paulo, 2008, no prelo).
3. Resumo da Exposição:
Cláudio Aguiar agradeceu o convite e externou sua satisfação de
participar da sessão da CEPHAS. �������������������������������
Iniciou sua intervenção assinalando que até o início do século XVII a fisionomia institucional do
Ceará ainda se apresentava praticamente informe. Somente em 1605
ocorreu a primeira tentativa de colonização por parte de Pero Coelho
de Sousa. Curiosamente, será por causa do fracasso dessa primeira
tentativa que o Padre Antônio Vieira, em 1655, movido por sua fé
inabalável na “doutrina e governo espiritual de todos os índios que
estivessem à conta dos religiosos da Companhia”, partiu do Maranhão para o Ceará, liderando uma missão extremamente perigosa
pois, na prática, sua ação missionária buscava reviver o mesmo périplo realizado, em 1605 pelo seu irmão jesuíta Francisco Pinto, brutalmente martirizado pelos índios Tabajaras da Serra da Ibiapaba. O
relato dessa emocionante incursão do Padre Antônio Vieira, intitulado “Relação da Missão Jesuítica da Serra de Ibiapaba”, constiui uma
de suas mais importantes páginas. No entanto, nosso estudo objetiva
mostrar os resultados práticos alcançados pela Missão, sobretudo no
contexto da colonização do Ceará.
4. Em seguida o Presidente Arno Wehling solicitou ao 2º expositor,
o professor Marco Lucchesi, para apresentar a comunicação “As
Romas do Padre Antônio Vieira e a Filosofia da História”. Marco
Lucchesi é Professor Associado da Faculdade de Letras da UFRJ.
Bacharel em História pela UFF, Doutorado em Letras pela UFRJ,
com estágio de Pós-Doutorado em Filosofia, na Universidade de Colônia (Alemanha).
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
5. Marco Lucchesi manifestou seu contentamento de voltar às sessões
da CEPHAS, que freqüentara quando estudante, lembrando o seu
contato com sócios como Antonio Carlos Vilaça e Marcelo de Ipanema. Aproveitou para convidar os presentes para a Exposição de
Machado de Assis na Biblioteca Nacional, a ser inaugurada em 23 de
setembro. O professor apresentou um instigante ensaio sobre aspectos da visão de história do padre Antônio Vieira e o seu lugar no debate do discurso historiográfico luso-brasileiro. Através de diversos
exemplos, extraídos dos Sermões, indicou aspectos centrais e chaves
interpretativas que se mostram flutuantes na obra do religioso, e que
dificultam a sua interpretação, como as relações dialéticas obra total
e obra em fragmento; contingência e fluxo do tempo, evidenciando
ainda de que maneira a noção de totalidade perpassa os “Sermões”.
6. Concluída a exposição, o Presidente cedeu a palavra ao último palestrante, o Sócio Titular José Arthur Rios, para proferir a comunicação “Antônio Vieira: o político”. José Arthur fez um grande balanço
da atuação política de Vieira, advertindo para a impossibilidade de
se reduzir a análise de uma figura da envergadura de Antônio Vieira
a apenas um ângulo. Examinou o contexto político, social e cultural
em que o religioso atuou, sobretudo como confidente e conselheiro
de D. João IV, pontuando suas idéias sobre a gestão dos negócios
do Estado, e destacou tanto a pertinência das suas sugestões ao monarca em relação ao Brasil quanto das suas críticas à sociedade e
aos políticos em geral. Finalmente, José Arthur Rios salientou que,
mesmo sob o prisma político Vieira é um personagem multifacetado,
à medida que se na maturidade suas contribuições denotam forte
pragmatismo, na velhice ele se volta para o profetismo político.
7. Questões levantadas sobre as exposições/Comentários/Debates:
O Embaixador Antonio Fantinato levantou questão pertinente sobre
a exposição de Marco Lucchesi, e a visitante Maria Arair Paiva teceu reflexões sobre a relação entre os paradigmas do pensamento
científico e as análises da obra de Antônio Vieira. O presidente Arno
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Wehling fez um comentário das três comunicações articulando-as
e estabelecendo pontos comuns. Seguiu-se a discussão de questões
pontuais, com intervenções dos sócios Roberto Cavalcanti, Vasco
Mariz, e do visitante Mario Afonso Carneiro, com as réplicas de
Marco Lucchesi, Cláudio Aguiar e José Arthur Rios.
8. Outras intervenções (comunicados, doações de livros etc.):
A sócia Lucia Maria Paschoal Guimarães doou à biblioteca do Instituto um exemplar do livro “Entre a Monarquia e a República; imprensa, pensamento político e historiografia (1822-1889)”. O palestrante Marco Lucchesi ofereceu “Arte da língua de Angola”, de Pedro Dias, uma edição facsimilar da Fundação Biblioteca Nacional,
por ele produzida.
E nada mais havendo a tratar, o Presidente Arno Wehling encerrou a
sessão e convidou a todos para subirem ao terraço do Instituto para
o tradicional café.
9. Freqüência: 28 assistentes
Número de sócios presentes: 13
Número de convidados: 15
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema,
Melquíades Pinto Paiva, José Arthur Rios, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Antonio Izaias da Costa Abreu, Fernando Tasso Fragoso
Pires, Lucia Maria Paschoal Guimarães, Elysio Belchior, Roberto
Cavalcanti de Albuquerque, Elysio Belchior, Maria da Conceição
Beltrão e Vasco Mariz.
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
ATA DA 16ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 27 DE AGOSTO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente do IHGB, que saudou os
presentes, dispensou a leitura da ata, por tratar-se de continuidade
da temática tratada na sessão anterior, o 4º centenário de nascimento
do Padre Antônio Vieira, informou que as atas dessas duas sessões
serão lidas em conjunto, e que os comentários serão feitos no final
das apresentações. Em seguida, convocou os demais palestrantes,
os sócios Vasco Mariz e Arnaldo Niskier, para compor a mesa, passando a palavra ao primeiro, para apresentar o tema: Padre Antônio
Vieira, o diplomata.
2. Resumo da exposição:
Após cumprimentar os presentes, o Sócio Emérito Vasco Mariz iniciou a sua intervenção assinalando a trajetória do Pe. Vieira, desde
a sua saída de Salvador para Lisboa, em 1641, como integrante da
missão de congratulações do Brasil ao Rei D. João IV, que acabara
de assumir o trono português, após 60 anos de domínio espanhol.
Traçou o perfil de hábil negociador em missões diplomáticas da
maior delicadeza em Amsterdã, Haia e Paris, levantando questões
sobre a sua sugestão de venda de parte do Nordeste do Brasil, ocupado pelos holandeses, a criação de companhias de comércio e o
seu apoio aos cristãos-novos, que resultou em graves problemas a
Ordem dos Jesuítas, a qual pertencia. Analisa as razões da sua volta
ao Brasil e o seu trabalho missionário no Maranhão, o retorno a Lisboa e ao posto de orador da Capela Real, o processo que lhe moveu
o Tribunal do Santo Ofício, a missão a Roma e o reconhecimento de
genial orador, a velhice e a volta definitiva a Salvador, onde falece
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aos 85 anos de idade.
Em seguida, o presidente passou a palavra ao segundo expositor, a
Sócia Titular Maria de Lourdes Viana Lyra, para apresentar o tema:
Vieira e a idealização do Quinto Império do Mundo - que centrou a
atenção na conjuntura de crise do século XVII, quando Portugal enfrentou a Espanha para restaurar a monarquia e a autonomia do Reino, para destacar o relevante papel desempenhado pelo Padre Vieira,
ao lançar mão da visão do “Quinto Império, sob a égide de Deus e de
Portugal” para estimular os patrícios à luta pela Restauração. Traçou
os passos da elaboração dessa idealização, esboçada por ocasião da
passagem do ano 1641/1642, no Sermão dos Bons Anos, exposta
na carta intitulada Esperanças de Portugal, dirigida ao Pe. André
Fernandes, e completada na obra: História do Futuro, texto de alta
qualidade literária, publicado após a sua morte, em 1718. Remarcou
a sua influência na mentalidade regeneradora da nação portuguesa e
a sua permanência ao longo dos tempos – sendo transposta para o
Brasil com a transferência da Corte, em 1808, e retomada pelo poeta Fernando Pessoa, ao reivindicar a criação de um Quinto Império
Cultural, tendo Portugal como centro absoluto.
O presidente passou a palavra ao terceiro expositor, o Sócio Honorário, Arnaldo Niskier, para apresentar o tema: Vieira, imperador
da Língua Portuguesa – que iniciou a sua fala levantando algumas
questões na abordagem das duas primeiras exposições, passando a
destacar o reconhecimento de Vieira como gênio literário, pela Academia das Ciências de Lisboa, nas atuais celebrações do 4º centenário do seu nascimento, sendo também ressaltado o seu trabalho em
defesa da igualdade dos povos e raças e a sua reprovação de vocábulos estrangeiros. Em seguida, salienta o combate de Vieira ao estilo
pomposo de pregador da época e defesa de um estilo fácil e natural,
para que a pregação fosse frutífera; aponta a sua atuação de missionário, diplomata, orador e político, e centra a análise no seu papel de
crítico do comportamento da metrópole em relação à colônia Brasil,
sua pátria maior e, também, como defensor dos cristãos-novos, per200
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
seguidos pelo Santo Ofício.
Em seguida, o Presidente e Sócio Titular Arno Wehling, como o
quarto e último expositor, inicia a apresentação do tema - Vieira e
a justiça colonial -, com pertinente indagação: qual a imagem que
o Padre Antônio Vieira fez da justiça absolutista e de sua aplicação
no mundo colonial brasileiro? E passa a buscar as respostas no vasto
acervo de sermões, cartas, relatórios, pareceres, voto sobre a administração dos índios e propostas de mudanças nos estilos do Santo
Ofício, elaborando uma instigante análise da sua visão que Vieira
possuía sobre questões essenciais ao exercício do poder real como:
os fundamentos da justiça; a justiça do príncipe, cujo poder se baseava na vontade divina; a administração e a execução da justiça;
o caso colonial, com o devido esclarecimento de tratar-se de uma
abordagem indireta, por serem os sermões obras de circunstância,
e a pertinente reflexão sobre a dimensão dessa fonte para a História Política e Social que sermões de natureza mais espiritual não
possuem, pelo caráter eminentemente político do púlpito no século
XVII. E constatando que Vieira acompanhou a filosofia política do
seu tempo, ao emprestar papel proeminente à justiça como organizadora das relações sociais e elemento significativo do seu universo
simbólico.
3. Questões levantadas sobre as exposições/Comentários/Debates:
A expositora Maria de Lourdes Viana Lyra pediu a palavra para
apresentar a edição fac-similar do livro História do Futuro, escrita
pelo Padre Antônio Vieira, editado pela Secretaria de Cultura e da
Imprensa Oficial do Estado do Pará, em 1998, como marco dos trezentos anos de sua morte. E fazer referência à louvável publicação
da obra: Sermões, organizada por Alcir Pécora e editada pela Hedra,
em 2001, por facilitar o acesso dessa fonte aos pesquisadores. O embaixador Vasco Mariz teceu reflexões sobre as questões levantadas
pelo expositor Arnaldo Niskier. Seguiu-se a discussão de questões
pontuais, com intervenções dos sócios: Arno Wehling, Arthur Rios,
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
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Maria de Lourdes Viana Lyra, e dos visitantes Vera Cabana e Josué
Nogueira Junior.
Nada mais havendo a tratar, o presidente encerrou a sessão e convidou os presentes para subirem ao terraço do Instituto para o tradicional café.
4. Freqüência: 29
Número de sócios presentes: 12
Número de convidados: 17
Relação de sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema,
Maria de Lourdes Viana Lyra, Mary Del Priore, Elysio Belchior,
Carlos Wehrs, Arnaldo Niskier, Fernando Tasso Fragoso Pires, Maria da Conceição Beltrão, Melquíades Pinto Paiva, Ronaldo Rogério
de Freitas Mourão, Vasco Mariz.
ATA DA 17ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 3 DE SETEMBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Victorino Coutinho Chermont de Miranda Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente, que saudou os presentes
e passou a palavra à coordenadora para proceder à leitura das atas
das duas sessões anteriores, no que foi atendido, sendo as mesmas
aprovadas sem restrições. Foi convocado o primeiro palestrante, o
sócio Melquíades Pinto Paiva, para expor o tema: Algumas perdas
das Ciências Naturais no Brasil.
2. Resumo da exposição:
Após cumprimentar os presentes, o palestrante iniciou sua intervenção assinalando algumas perdas das Ciências Naturais no Brasil,
ocasionadas por razões diversas, incluindo roubo, naufrágio, incên202
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
dio, perseguição política, desídia e estúpido comportamento de herdeiros. E tomando com exemplos, o caso do livro de Ivo d`Evreux,
impresso pela primeira vez em 1615, em Paris, totalmente dilacerado por perseguição política; o caso de Alexandre Rodrigues Ferreira, que após realizar importante expedição científica na Amazônia e
Mato Grosso, entre 1783 e 1793, faleceu por conseqüência de profunda depressão, por saber que seus escritos não seriam divulgados,
deixando-os inéditos e dispersos; o caso de Alfredo Russel Wallace,
que perdeu todo o material coletado em três expedições científicas
realizadas nas bacias dos rios Negro, Solimões, Uapés, e Cuquiari,
no incêndio do navio que o levava de à volta A Inglaterra, em agosto de 1852; o caso da Comissão Científica de Exploração, proposta
pelo IHGB, em 1856, iniciada pela província do Ceará, com resultados irrelevantes; o caso de Philipp Von Leutzeiburg, que chegou
ao Brasil em 1910, enviado pela Academia Bávara de Ciências, cujo
material coletado foi perdido num incêndio; o caso do Catálogo
Mundial dos Dipólodos, organizado pelo alemão Otto Rudolf Julius
Schubart, que chegou ao Brasil em 1934, cujo original, desaparecido
por longo tempo foi recuperado pelo palestrante e entregue ao Museu Nacional, de lá retirado pelos herdeiros que também impediram
a sua publicação.
Em seguida, o presidente convocou a convidada Franci Machado
Darigo para expor o tema: Perfil de um mineiro – João Pandiá Calógeras.
3. Resumo da Exposição:
Após cumprimentar os presentes e externar sua satisfação de participar da
sessão da CEPHAS, a pesquisadora traçou o perfil do escritor, desde a
sua formação inicial de engenheiro, com atuação emMinas Gerais, e
de pesquisador de minério, manganês e de ferro, levando-o a escrever As minas do Brasil e sua Legislação, em 1904, quando entrou na
vida política, projetando-se no conhecimento dos assuntos de mineração, transportes, fronteiras, marinha de guerra. Foi eleito Deputa-
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
203
do, assumiu a pasta da Agricultura, Indústria e Comércio e depois o
Ministério da Fazenda, entre 1914 e 1918, fez parte da Delegação
da Conferência de Paz em Versalhes e ainda assumiu o Ministério
da Guerra, fazendo profundas modificações nas normas do Exército, em seguida abandonando a vida política para se tornar escritor
de obras fundamentais ao conhecimento da História do Brasil, com
destaque para Formação Histórica do Brasil, As minas do Brasil
e sua Legislação, entre outras. No Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, deixou o cunho do seu serviço à cultura.
Em seguida, o presidente convocou o sócio Senna Bittencourt para
apresentar o convidado e terceiro palestrante, o Diretor do Museu da
Marinha de Portugal, o comandante José Antônio Rodrigues Pereira,
para expor o tema: A Armada Real no início do século XIX.
4. Resumo da Exposição:
Após cumprimentar os presentes e externar sua satisfação de participar da CEPHAS, o comandante apresentou um interessante e
pertinente estudo sobre a organização da Armada portuguesa desde
o século XVII, mas centrando a atenção sobre a sua composição,
a classificação dos navios, o poder de fogo de uma esquadra, as batalhas em que a Armada participou no século XIX, sobretudo no
contexto da invasão francesa em Portugal e na transferência da Corte
portuguesa para o Brasil, em 1808. Utilizando o recurso da projeção de imagens, o palestrando foi apresentando cenas das batalhas
e os tipos de navios que compunham a Armada, explanando sobre o
poder naval operacional fundeado no Tejo, em novembro de 1807,
com os navios preparados com grau de segurança aceitável para uma
longa viagem e completamente abastecidos e a estratégia de retirada
da Família Real e de todos os membros da Corte, além da valiosa documentação e tesouros transportados, Sobre o transcurso da viagem
e da chegada ao Brasil, Sobre a participação de esquadras em batalhas ocorridas na América do Sul, como na conquista de Caiena e da
Banda Oriental, no combate à Revolução Pernambucana de 1817 e
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
no regresso da Corte à Lisboa.
5. Questões levantadas sobre as exposições/Comentários/Debates:
Levantaram questões pertinentes: sobre a primeira exposição, o sócio Vasco Mariz; sobre a segunda, a convidada Vera Cabana; e sobre a terceira, os sócios Senna Bittencourt, Vasco Mariz e Maria de
Lourdes Viana Lyra, e a convidada Vera Cabana.
6. Freqüência: 23
Número de sócios presentes: 10
Número de convidados: 13
Relação dos sócios presentes: Victorino Chermont de Miranda, Maria de Lourdes Viana Lyra, Cybelle Moreira de Ipanema, Melquíades
Pinto Paiva, Vasco Mariz, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Lygia Fonseca Fernandes da Cunha, Maria da Conceição de M. Coutinho Beltrão, Antonio Izaias da Costa Abreu e Armando de Senna
Bittencourt.
ATA DA 18ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 10 DE SETEMBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Cybelle Moreira de Ipanema
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Os trabalhos foram abertos pela Senhora Presidente da Sessão, que
justificou a ausência do presidente do IHGB, saudou os presentes e
passou a palavra à coordenadora para proceder à leitura da ata da
sessão anterior, no que foi atendida, sendo a mesma aprovada sem
restrição. Em seguida, a presidente convocou os três conferencistas
convidados, os professores Ana Maria de Castro, Luitgarde Cavalcanti e Tayguara Torres Cardoso, a tomarem assento na mesa de trabalhos, para a exposição do Painel: Centenário de Josué de Castro:
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vida e obra.
O painel se iniciou com a intervenção de Ana Maria de Castro, filha
do homenageado, Livre Docente em Sociologia e Professora Titular
aposentada do IFCS, UFRJ, que apresentou o tema: Josué de Castro e a Geografia da Fome. Inicialmente, a professora externou sua
satisfação pela homenagem prestada pelo IHGB ao seu pai e agradeceu pela oportunidade da participação. Em seguida, traçou o perfil
biográfico e político do renomado médico/geógrafo, destacando que
a sua obra cientifica está repleta de intervenções multidisciplinares,
sendo esse o caráter predominante de todo o seu pensamento. E ressaltando que na elaboração do seu mais importante livro, Geografia
da Fome, Josué de Castro deixa explícito no prefácio, a importância
do método geográfico para o êxito do trabalho. “Para tal fim lançamos mão do método geográfico no estudo do problema da fome.
Único método que a nosso ver permite estudar o problema em sua
realidade total, sem arrebentar-lhe as raízes que o ligam subterraneamente a inúmeras outras manifestações econômicas e sociais da
vida dos povos”.
Em seguida, a senhora presidente passou a palavra ao conferencista
convidado, Tayguara Torres Cardoso, Mestre em Ciências Sociais
pela UERJ e Professor de Sociologia da rede pública do Estado do
Rio de Janeiro, para apresentar o tema: Josué de Castro e o Desenvolvimentismo. O professor agradeceu pela oportunidade da participação e passou a falar sobre o papel desempenhado pelo homenageado, pouco citado no Brasil como referência científica e intelectual
no debate em torno do desenvolvimento, mesmo tendo produzido
importantes reflexões sobre o tema, analisando suas concepções sobre desenvolvimento e subdesenvolvimento, bem como suas críticas ao que considerava “exagerado economicismo”, nas propostas
e políticas governamentais, por deixarem de considerar o bem-estar,
a cultura e a dignidade dos homens dos chamados “países subdesenvolvidos”, em suas concepções teóricas.
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
Falou por último a proponente e organizadora do Painel, a conferencista convidada Luitgarde Cavalcante, Doutora em Ciências Sociais e
Professora de Antropologia da UERJ, sobre o tema: Josué de Castro
e os Estudos de Meio Ambiente. A professora iniciou sua fala agradecendo ao IHGB pelo acolhimento da sugestão e tecendo elogios à
instituição pela realização da sessão comemorativa do centenário de
nascimento de Josué de Castro, ressaltando que, com a homenagem,
resgatava-se a importante contribuição do cientista em vários ramos
do conhecimento, seu pioneirismo e militância nas tentativas de solucionar problemas enfrentados pelos grupos humanos, passando a
apresentar instigante análise sobre a preocupação de Josué de Castro
com relação ao destino do planeta, e conseqüentemente da sociedade
humana, a partir de seus estudos pioneiros sobre o Meio Ambiente,
posto contemporaneamente nos debates universitários e nas agendas
governamentais em todos os países.
2. Questões levantadas sobre as exposições/Comentários/Debates:
A presidente Cybelle de Ipanema parabenizou os conferencistas e
relembrou os tempos da UDF, que reuniu personalidades expressivas como Josué de Castro, e destacou a contribuição à cultura da
época. A coordenadora Maria de Lourdes Viana Lyra parabenizou os
conferencistas e agradeceu pela participação, levantando questões
pertinentes sobre o que foi apresentado. Seguiu-se a discussão de
questões pontuais, com as intervenções da sócia Miridan Britto Falci, que teceu reflexões sobre o pensamento e a atuação do homenageado, de quem foi aluna, e dos convidados Maria Arair Pinto Paiva
e Sérgio Severino Azevedo.
3. Freqüência: 27
Número de sócios presentes: 9
Número de convidados: 18
Relação dos sócios presentes: Cybelle Moreira de Ipanema, Melquíades Pinto Paiva, Elysio de Oliveira Belchior, Maria de Lourdes Via-
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na Lyra, Miridan Britto Falci, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,
Vasco Mariz, Marilda Cirirbelli e Lygia Fernandes da Cunha.
ATA da 19ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 17 DE SETEMBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Prof. Arno Wehling
Coordenação: Profa. Miridan Britto Falci
1. Após a leitura e aprovação da ata da sessão anterior, o presidente
convidou a Sócia Emérita Cybelle Moreira de Ipanema para falar
sobre Enfim, o jornal: Gazeta do Rio de Janeiro (1808-1822). A palestrante iniciou lembrando as comemorações que estão ocorrendo
neste ano sobre a chegada de D. João, os jornais e a imprensa e o
esquecimento da importância da Gazeta do Rio de Janeiro. Tal fato
adviria da ocorrência de três datas para a celebração do início da
imprensa: 13 de maio de 1808, com criação da Impressão; primeiro
de junho, quando surgiu o Correio Brasiliense em Londres; e 10
de setembro, quando saiu o primeiro número da Gazeta do Rio de
Janeiro. Acresce o fato de que foi sancionado por Fernando Henrique Cardoso, como o Dia da Imprensa no Brasil, o primeiro de
junho, quando saiu o Correio Brasiliense. Deu minuciosos detalhes
sobre a história da imprensa no Brasil, desde a tentativa de Nassau,
reportou-se à proibição de D. João V e ao decreto de criação da Imprensa Régia por D. João e sobre a finalidade da mesma, assunto
que a palestrante possui imenso conhecimento por ter sido profunda
pesquisadora do assunto.
2. Fez, em seguida, um detalhamento do jornal A Gazeta, assinalando
o seu tamanho, características da impressão, epígrafes, mudança de
título, números saídos, editoração, números extraordinários, preços,
distribuição, redatores e os assuntos mais veiculados como anúncios
de venda de livros, venda de escravos etc. Lembrou a bibliografia
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
a respeito destacando Alfredo do Vale Cabral e Rubens Borba de
Morais.
Ao final, foi parabenizada pelo presidente – que lembrou outros estudos sobre a Gazeta e principalmente o livro da sócia Maria Beatriz Nizza da Silva, A Gazeta do Rio de Janeiro, lançado no próprio
IHGB.
3. Segue-se a intervenção da profa. Miridan Britto Falci, que apresentou os dois últimos números saídos da Revista do IHGB, o número
437 (out/dez 2007) e o 438(jan/mar 2008), do qual leu todo o sumário. Lembrou que a revista possui qualificação excepcional dada
pela CAPEs como periódico de categoria A Internacional pedindo,
aos sócios que apanhassem os seus exemplares na Secretaria e que
os autores teriam até 10 volumes.
4. Segue-se a palestrante Eliane Garcindo de Sá, professora adjunta
da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Agradecendo inicialmente a oportunidade de mais uma vez expor os seus trabalhos na
Cephas, declarou que está atualmente se dedicando à pesquisa de temas relacionados à produção artística e intelectual e ao intercâmbio
cultural entre artistas e intelectuais da América Latina. Paralelamente, dá continuidade a estudos sobre mestiçagem, construção de identidades e produção de cronistas e pensadores do período colonial
ibero-americano, trazendo hoje um ensaio intitulado Entre África e
Américas – leituras da terra e do homem nos textos do século XVI
e XVII. Trata-se de uma leitura crítica e cotejo de textos de três autores: Ambrósio Fernandes Brandão, português, texto de 1618, intitulado Diálogo das Grandezas do Brasil, André Alvarez d`Almada,
texto de 1594, e do índio Felipe Waman Poma de Ayala, texto do
início do século XVII. Apresentando as ilustrações em Power Point,
fez reflexões sobre as mesmas e sobre o pensamento de Almada e
Ayala no tocante à mestiçagem e construção das identidades crioulas
e negras na América Espanhola e Portuguesa. O Presidente agradeceu a comunicação e a projeção dos belos desenhos do século XVI
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e passou ao terceiro palestrante, o Sócio Correspondente Douglas
Apratto Tenório.
O sócio informou que com a professora de História da Arte Cármen
Lucia Dantas, idealizou o belo livro editado pelo Senado Federal
que seria lançado logo após, no terraço: Caminhos do açúcar: a influência dos engenhos na formação histórica de Alagoas. Discorreu
sobre a influência dos engenhos na formação histórica de Alagoas
assinalando, com Diegues Junior, que a história de Alagoas é a história do açúcar, ciclo econômico que se iniciou e expandiu na faixa
litorânea da parte austral da capitania de Pernambuco iniciada pelos
engenhos Escurial e Buenos Aires. Essa produção formou uma sociedade hierarquizada, senhorial e escravocrata e que está simbolizada nos exemplares de casas-grandes e senzalas que ainda restam
nas fazendas que substituíram os antigos engenhos. Os professores
projetaram algumas imagens de engenhos, de casas-grandes, de mobiliários, de louças e brasões e de famílias de Alagoas.
Agradecendo a participação de todos, o presidente encerrou a sessão
e convidou para o café e lançamento do livro no terraço.
5. Freqüência: 27 assistentes
Número de convidados: 20
Número de sócios presentes: 7
Relação de sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema,
Elysio Belchior, Miridan Britto Falci, Ronaldo Rogério de Freitas
Mourão, Douglas Apratto Tenório e Vasco Mariz.
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
ATA DA 20ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 1 de OUTUBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Victorino Chermont de Miranda
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente em exercício, Dr. Victorino Chermont de Miranda, primeiro vice-presidente do IHGB, que
cumprimentou os presentes e solicitou à subcoordenadora da CEPHAS para proceder à leitura da ata da sessão anterior, no que foi
atendido, sendo a mesma aprovada.
2. Em seguida, Victorino Chermont convocou para compor a mesa a
Sócia Titular Maria Beltrão – organizadora da sessão de natureza
temática, voltada para os estudos de Arqueologia no Brasil, bem
como os convidados Fernando Bonetti e Rhoneds Aldora Perez.
Maria Beltrão agradeceu o convite formulado pela coordenação da
CEPHAS e esclareceu que a sessão previa também a intervenção do
Sócio Honorário Ondemar Ferreira Dias, que não pôde comparecer
por motivo de doença. O presidente em exercício passou a palavra,
então, ao primeiro palestrante, Fernando Bonetti, para apresentar a
comunicação “Nota prévia sobre as Tocas do Índio e Tapuia�������
”. Fernando Bonetti possui graduação em Ciências Econômicas e dedicase à investigações na área de Arqueoastronomia. É pesquisador associado ao Projeto Central, coordenado por Maria Beltrão.
3. Resumo da Exposição:
Fernando Bonetti agradeceu o convite e assinalou que há um grande
descompasso nos estudos sobre a arte rupestre brasileira, pois é muito maior o número de estudos relativos às pinturas do que às gravuras. Valendo-se da apresentação de fotos em Power Point, Fernando
deteve-se na exposição dos resultados de investigações realizadas
em três sítios arqueológicos localizados no estado da Bahia: Toca do
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Tapuio e Toca dos Índios, no município de Caetés; e Toca do Pintado,
no município de Central. A pesquisa partiu da premissa formulada
por Maria Beltrão de que esses três sítios teriam sido habitados por
ancestrais do tronco Macro Jê. O autor concluiu que a representação
de um plano de aldeia Jê, com superposição intencional de vários
eventos astronômicos, possivelmente de caráter mágico-religiosos,
na Toca do Pintado, a ausência de mamíferos e, sobretudo, a presença de cerâmica Jê junto à Toca parece confirmar tal hipótese. Ao
final da exposição, Maria Beltrão ofereceu explicações complementares a respeito da similaridade dos vestígios encontrados naqueles
sítios e da dificuldade com a respectiva preservação.
4. Em seguida, Victorino Chermont solicitou à 2ª palestrante – a doutora Rhoneds Aldora Rodrigues Perez, para apresentar a comunicação
“Os sambaquis brasileiros com estratégia de ocupação do litoral”.
Rhoneds Aldora Rodrigues Perez é arqueóloga do Departamento de
Antropologia do Museu Nacional, autora��������������������������
de diversos trabalhos publicados no Brasil e no exterior. Desde 1979, estuda a ocupação préhistórica da Bacia de Itaboraí. No momento, orienta, dentre outros,
bolsistas do Projeto Jovens Talentos para a Ciência, patrocinado pela
FAPERJ/CECIERJ.
5. Rhoneds Aldora Rodrigues Perez manifestou seu contentamento de
participar da sessão da CEPHAS. Salientou que a ciência arqueológica ainda se encontra em fase de construção no Brasil, sendo a sua
trajetória marcada por incertezas e dificuldades, que impedem a formulação de uma grande síntese da Pré-História brasileira. Rhoneds
Aldora ilustrou sua palestra com material fotográfico e explicou que
os sambaquis constituem espaços multifuncionais, onde se percebe a
intervenção do homem na natureza. Através da sua análise é possível
identificar processos de ocupação e de domínio de uma determinada
área, tal como no caso do recôncavo da Baía de Guanabara, com
os sambaquis localizados em Guapimirim, Magé, Caxias e Itaboraí.
Após a apresentação, Maria Beltrão pediu a palavra para acrescentar
que os sambaquis do litoral brasileiro podem alcançar 8 mil e até 10
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
mil anos, mas na maioria dos casos se encontram submersos, devido
ao avanço do mar. Por conseguinte, para estudar tais ocorrências, há
necessidade da formação de equipes transdisciplinares, integradas
por químicos, físicos, paleontólogos etc.
6. Questões levantadas sobre as exposições/Comentários/Debates:
A Sócia Emérita Cybelle de Ipanema cumprimentou os expositores e
teceu comentários pertinentes, lembrando as iniciativas pioneiras do
professor de geografia Francis Ruellan, na antiga Faculdade Nacional de Filosofia, a respeito do Sambaqui de Sernambetiba. A Sócia
Titular Miridan Britto Falci também se reportou aos trabalhos de
Ruellan e fez uma breve reflexão sobre o avanço do mar sobre o
litoral, em conseqüência do aquecimento global. Finalmente, a sócia
Lucia Guimarães agradeceu à profª Maria Beltrão pela substantiva
contribuição acadêmica oferecida às atividades da CEPHAS.
Nada mais havendo a tratar, o presidente Victorino Chermont de Miranda encerrou a sessão pedindo que se registrasse em ata um voto
de pesar pelo falecimento recente do Dr. Joaquim Monteiro de Carvalho, Colaborador Benemérito do IHGB. Em seguida, convidou os
presentes a subirem ao terraço do Instituto para o tradicional café.
7. Freqüência:
Número de sócios presentes: 08
Número de convidados: 12
Relação dos sócios presentes: Victorino Chermont de Miranda, Maria Beltrão, Cybelle de Ipanema, Elysio Belchior, Fernando Tasso
Fragoso Pires, Lucia Maria Paschoal Guimarães, Ronaldo Rogério
de Freitas Mourão e Miridan Britto Falci.
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ATA DA 21ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 15 DE OUTUBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo Presidente Arno Wehling, que cumprimentou os presentes e solicitou à subcoordenadora da CEPHAS
para proceder à leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido,
sendo a mesma aprovada, com a correção indicada pela Sócia Emérita Cybelle de Ipanema.
2. Em seguida, o presidente convocou à mesa a primeira palestrante
convidada da sessão, Profª Gilda Santos, para apresentar a comunicação Machado de Assis no Real Gabinete. Gilda Santos é Doutora
em Letras pela UFRJ, onde também lecionou Literatura Portuguesa nos cursos de Graduação e de Pós-Graduação da Faculdade de
Letras/UFRJ até 2007, quando se aposentou. Foi pesquisadora do
CNPq e realizou investigação de Pós-Doutorado na Univ. da Califórnia/Santa Bárbara (1992-3) e na Biblioteca Nacional de Portugal (2005). Criou a Cátedra Jorge de Sena para Estudos Literários
Luso-Afro-Brasileiros na UFRJ e o Pólo de Pesquisa sobre Relações
Luso-Brasileiras, no Real Gabinete. Tem trabalhos publicados no
Brasil e no Exterior e uma trajetória de conferencista que inclui Portugal, Espanha, França, Itália, EUA e Hungria. Em 1997, recebeu a
Comenda da Ordem do Mérito de Portugal.
3. Resumo da Exposição:
Gilda Santos agradeceu o convite e manifestou sua satisfação de participar pela primeira vez das atividades da CEPHAS. Assinalou que
as biografias de Machado de Assis costumam salientar o seu autodidatismo que, em grande parte, se deve à assiduidade com que freqüentava o Gabinete Português de Leitura desde bem jovem. Ali
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
criou amigos e sempre foi muito prestigiado. A autora deteve-se em
vários aspectos da estreita ligação entre o escritor e esse espaço luso-brasileiro, que ainda guarda importantes memórias de seu percurso biográfico e literário. Neste sentido, privilegiou documentos
do acervo do Real Gabinete, em particular, da “Coleção de Ofícios,
mensagens e telegramas endereçados ao Gabinete Português de Leitura por motivo do Terceiro Centenário de Camões (1880-1881)”; do
Livro de Ouro em Homenagem ao Presidente Eduardo de Lemos; do
Relatório da Diretoria do Gabinete Português de Leitura do Rio de
Janeiro (1895-1898) e de crônicas de Machado de Assis, que mencionam o Gabinete.
4. Comentários:
A sócia Lucia Guimarães parabenizou a expositora e lembrou que
Machado de Assis era leitor atento da Revista do IHGB, cujas matérias, vez por outra, comentava nos seus rodapés literários. Possuía uma coleção do periódico, atualmente incorporada ao acervo da
Academia Brasileira de Letras.
5. Após esses comentários, o presidente Arno Wehling convocou o
segundo palestrante convidado, professor Antonio Celso Alves
Pereira, para discorrer sobre a temática “Teófilo Benedito Ottoni:
liberalismo e epopéia na construção do Brasil”. Antonio Celso Alves Pereira é Doutor em Direito Público, Livre-Docente em Direito Internacional pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e
Pós-Graduado em Política Internacional e História Diplomática pela
Universidade de Lisboa. Professor da Uerj e da UFRJ aposentado.
Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Gama Filho. Ex-Professor de Política Internacional do Instituto Rio Branco. Visitante e conferencista em várias universidades
e instituições acadêmicas nacionais e internacionais. Foi Reitor da
Uerj – 1966/2000 – e Diretor da Faculdade de Direito da mesma
universidade – 1992/1996. Presidiu a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – FAPERJ – 2000/2001. Autor de
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livros, artigos e ensaios, científicos e literários, publicados no Brasil
e no exterior. Em 1984, recebeu o Prêmio Coelho Neto da Academia
Brasileira de Letras. Desde 2001, preside a Sociedade Brasileira de
Direito Internacional.
6. Antonio Celso Alves Pereira externou seu agradecimento à coordenação da CEPHAS pelo convite. Ponderou que Teófilo Benedito Ottoni foi um dos mais destacados liberais da história política
brasileira. Democrata e formado nas idéias dos filósofos liberais
ingleses e na doutrina da revolução norte-americana, na juventude
batalhou pela República, entretanto, preocupado com a unidade física e a construção do Brasil, passou a apoiar a monarquia, desde
que constitucional. Em defesa desses princípios, esteve à frente da
Revolução Liberal de 1842. Durante toda a sua vida, foi alvo de absurdas preterições, da ira e do rancor das lideranças conservadoras
do Império. Em 1849, Ottoni renunciou ao mandato de deputado
para embrenhar-se nas matas do Vale do Mucuri, região infestada
pela malária e povoada por tribos bravias, onde empreendeu verdadeira epopéia, plantando cidades, construindo estradas, colonizando
um vasto território da Província das Minas Gerais. Arrematando sua
intervenção, o auor concluiu que Teófilo Ottoni bateu-se com honra
por suas idéias, defendeu a liberdade do índio, do negro e de todos
os cidadãos. Manteve a coerência, a dignidade, e somente transigiu
quando estava em jogo o interesse nacional. Foi, como disse dêle
Juscelino Kubitschek, “uma figura apostolar da nossa democracia”.
7. Ao final da exposição, os sócios Cybelle de Ipanema e Arno Wehling
cumprimentaram o expositor e teceram comentários pertinentes, a
respeito do papel desempenhado por Ottoni no âmbito da política
imperial.
8. Finalmente, o presidente convidou o sócio Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, autor do livro “Nas fronteiras da intolerância: Einstein,
Hitler, a Bomba e o FBI”, para fazer uma apresentação da obra em
questão, cujo lançamento teria lugar após a sessão da CEPHAS, no
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terraço do Instituto.
Nada mais havendo a tratar, o presidente Arno Wehling encerrou
a sessão e convidou os presentes a subirem ao terraço do Instituto
para o tradicional café, seguido do lançamento do livro de Ronaldo
Rogério Mourão.
9. Freqüência: 19 assistentes
Número de sócios presentes: 9
Número de convidados: 10
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema,
Fernando Tasso Fragoso Pires, Elysio Belchior, Guilherme Frota,
Lucia Maria Paschoal Guimarães, Marilda Ciribelli, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Lygia Fernandes da Cunha.
Ata da 22ª Sessão da Comissão de Estudos
e PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 05 DE NOVEMBRO DE 2008
Aos cinco dias do mês de novembro de dois mil e oito, realizou-se
a vigésima segunda sessão da CEPHAS, presidida pelo prof. Arno
Wehling, com secretaria de Cybelle Moreira de Ipanema, em substituição às duas coordenadoras responsáveis. Lida e aprovada a Ata
da sessão anterior, foi chamada a primeira comunicadora do dia,
Mariana Muaze, convidada pelo vice-presidente Victorino Chermont de Miranda. A expositora é doutora em História pela UFF, com
pós-doutorado na Fundação Getúlio Vargas (CPDOC), onde leciona.
Prêmio do Concurso de Monografias do Arquivo Nacional, 2007, e
Menção Honrosa do Prêmio Jorge Zahar, do mesmo ano. Teve seu
livro As memórias da viscondessa: família e poder no Brasil Império
publicado em 2008 por aquela editora. É o objeto de sua apresentação que se propunha a discutir família e Império, utilizando rico
material documental de Mariana Velho de Avelar, viscondessa de
Ubá: manuscritos, fotografias e objetos de outras naturezas. Sede
da família, a Fazenda Pau Grande, do Vale do Paraíba, na região
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de Pati do Alferes, recentemente restaurada, de que se pode tomar
também como fonte primária documentação do Arquivo Nacional e
de terceiros. Inicia mencionando historiadores que se voltaram ao
tema da família, como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda
e Caio Prado Júnior. Seu trabalho, na metodologia da micro-história,
remonta ao canal Mariana Velho da Silva e Joaquim Ribeiro de Avelar, constituído em 1849, cuja atuação, primitivamente no comércio
do Rio de Janeiro, vai evoluindo para a fixação na vida rural do Vale
e na criação de redes de sociabilidade, com o enobrecimento da família. Suas relações com o poder – a própria família imperial – vão
sendo mostradas, inclusive com o testemunho iconográfico de numerosas fotos que proporcionaram a interpretação do aparecimento
e valorização de aspectos do comportamento pessoal e social, inclusive ao lado da Princesa Isabel, por exemplo, e da imagem de álbuns
que se abrem, com o imperante e seus familiares. Estavam presentes
à sessão antigas proprietárias da Fazenda e guardiães dessa memória. Intervenções do sócio Vasco Mariz e de convidados. O presidente agradece à expositora e às que têm conservado a documentação
como fundamento da História do Brasil. O item seguinte da pauta
era o registro do centenário do historiador e professor Helio Viana.
A secretária chamou a atenção para a vitrine, montada na sala, com
documentos relativos, dos acervos do Instituto. Falaram os sócios
Cybelle Moreira de Ipanema e Arno Wehling, ex-alunos do homenageado na Faculdade Nacional de Filosofia. A primeira referiu-se às
origens da Faculdade, de 1939, sucessora da antiga UDF – Universidade do Distrito Federal, criada com a extinção desta. A FNF (depois FNFi) não dispunha de sede e o Curso de Geografia e História
(duplo até os anos 1950), onde lecionou Helio Viana, funcionava no
Largo do Machado, na Escola José de Alencar, uma das chamadas
“escolas do ABC”, destinada como vontade do imperador ao povo,
em oposição à idéia de elevação de uma estátua a D. Pedro II, com
a subscrição popular arrecadada. Cybelle de Ipanema, da turma de
1944-47, lembrou a competência e traços da personalidade do cate-
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
drático de História do Brasil, como professor. Citou exemplos de sua
vasta bibliografia, como História do Brasil, História diplomática e
Contribuição à história da imprensa brasileira, ao lado de intensa
participação em jornais e revistas. Complementou com dados ligados a suas relações e do antigo sócio, Marcello de Ipanema, também
ex-aluno da mesma turma, com o homenageado do dia. Observação
do sócio Alberto Venancio Filho. Arno Wehling, aluno de Helio Viana na mesma Faculdade, a partir de 1966, sumaria procedimentos
didáticos daquele, em sala de aula e fora dela, e a faceta professoraluno, tendo observado ser “alguém extremamente metódico”. De
seu relacionamento, mencionou que sua primeira bolsa de pesquisa
fora solicitada por ele e que, em contato posterior, quando já doutorando na USP, em viagem para os Estados Unidos, recebeu do antigo
professor excelente roteiro de indicações e contatos. Fala na sua vertente de pesquisador de toda a vida e na produção bibliográfica dela
decorrente. Cita publicações e distingue nelas duas tendências: a das
sínteses históricas e a dos trabalhos de investigação. Chama a atenção para as edições críticas que elaborou: Livro da Razão do Estado
do Brasil e A Malagueta. Concluiu pela necessidade de uma análise
em profundidade da obra de Helio Viana cujo roteiro preliminar poderia ser o que publicou, na Revista, Lucinda Coelho, consócia e exdiscípula. Além do Arquivo, já tratado, encontra-se no Instituto o Diário de Helio Viana com cláusula de sigilo por 50 anos. O convidado
Maximiano de Carvalho e Silva ofertou à Biblioteca exemplar de A
vida de um pintor escrita por ele mesmo, de Antônio Parreiras, em
terceira edição por ele preparada, para restaurar a primeira, em virtude das distorções da que a antecedera. Por último, falou o sócio correspondente Ricardo Vélez Rodríguez, para apresentar seu livro, A
análise do patrimonialismo através da literatura latino-americana:
o Estado gerido como bem familiar, que seria lançado em seguida.
Utilizou, como disse, “com olho de sociólogo”, os escritores Gabriel
Garcia Márquez, Domingo Sarmiento, Amaro Juvenal, Octavio Paz
e Érico Veríssimo. O presidente elogia e tece comentários e encerra
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a sessão, convidando para o lançamento do livro no terraço.
Compareceram 9 sócios e 21 convidados.
ATA DA 23ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 12 DE NOVEMBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente Arno Wehling que cumprimentou os presentes e solicitou à subcoordenadora da CEPHAS
para proceder à leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido,
sendo a mesma aprovada sem correções.
2. Em seguida, o presidente convocou à mesa a primeira palestrante
convidada da sessão, Profª Rogéria de Ipanema, para expor a comunicação Distinção do poder: Título de imperial. Rogéria de Ipanema
é doutora em História Social pela UFF e mestra em História e Crítica
da Arte pela URFJ. Professora-adjunta das Faculdades Integradas
Hélio Alonso, onde leciona Arte, História e Cultura, também é artista plástica e design gráfica. Desempenha a função de 1º Secretário
do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro.
3. Resumo da Exposição:
Rogéria de Ipanema agradeceu o convite e manifestou sua satisfação de participar das atividades da CEPHAS. Assinalou que os
privilégios, sempre outorgados por régia concessão e proteção, estabeleciam os limites da reprodução visual, qualidade e quantidade,
na representação dos específicos e espaciais gravadores, editores e
estabelecimentos, com que os governos permitiam a instituição, produção e circulação da sua imagem. No Brasil, as relações e as dinâmicas da gravura com o poder político se estabeleceram de formas
diversas, mesmo na esfera comercial, para além dos privilégios de
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
impressão, distribuição, importação e venda de livros, desde o período de D. João. No reinado de D. Pedro II é que se vai permitir ao
profissionalismo liberal, ao comércio e à indústria associarem-se ao
Estado, com a distinção do estabelecimento e/ou produto/produção,
concedendo-lhe a mercê do título de Imperial.
4. Comentários:
O sócio Vasco Mariz e a convidada Vera Cabana parabenizaram a
expositora e teceram considerações pertinentes.
5. Após esses comentários, o Presidente Arno Wehling convocou o segundo palestrante, o Sócio Emérito Afonso Arinos de Mello Franco, para apresentar a comunicação Virgilio de Mello Franco. Afonso
Arinos assinalou que sua intervenção constituía uma homenagem à
passagem do sexagésimo aniversário da morte do político mineiro,
ocorrido em 28 de outubro de 1948. O expositor fez uma síntese da
história de vida de Virgílio de Mello Franco, pontuando sua atuação política, tanto no movimento que pôs fim à Primeira República
quanto na derrubada do Estado Novo, quando assumiu o papel de
principal articular político da redemocratização do País.
6. Ao final da exposição, o Presidente Arno Wehling cumprimentou o
palestrante e lembrou que o retrato de Virgilio de Mello Franco que
se encontrava à mostra na sala das sessões da CEPHAS era proveniente do acervo da UDN, doado ao Instituto Histórico pelo sócio
Oscar Dias Correia.
7. Finalmente, o Presidente convidou o Sócio Titular Eduardo Silva
para expor o trabalho “A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e
o movimento popular abolicionista”.
8. Eduardo Silva agradeceu o convite das coordenadoras da CEPHAS
e indicou que sua comunicação é parte de uma pesquisa maior sobre a História Cultural da Abolição, apoiada pelo CNPq. Destacou
que a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos
Homens Pretos, no Rio de janeiro, exerceu papel essencial na luta
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
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pela libertação dos escravos no Brasil. Primeiro, dentro do projeto
emancipador tradicional, se empenhou na libertação de seus próprios
membros, os chamados “irmãos cativos”. Depois, a partir de 1880,
engajou-se no projeto revolucionário-abolicionista articulado por
José Carlos do Patrocínio e passou a ser um dos centros principais
da agitação subversiva que, em poucos anos, destruiria o sistema
escravista no Brasil.
Nada mais havendo a tratar, o Presidente Arno Wehling encerrou a
sessão e convidou os presentes para comparecerem à posse do Sócio
Honorário Pedro Correia do Lago, às 18 horas.
9. Freqüência:19 assistentes
Número de sócios presentes: 13
Número de convidados: 06
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema,
Vasco Mariz, Afonso Arinos de Mello Franco, José Artur Rios, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Lucia Maria Paschoal Guimarães,
Elysio Belchior, Fernando Tasso Fragoso Pires, Alberto Venâncio
Filho, Eduardo Silva ,Esther Caldas Bertoletti e Marilda Ciribelli.
ATA DA 24ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 19 DE NOVEMBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Victorino Chermont de Miranda
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente Victorino Chermont de
Miranda, que cumprimentou os presentes e solicitou à subcoordenadora da CEPHAS para proceder à leitura da ata da sessão anterior, no
que foi atendido, sendo a mesma aprovada sem correções.
2. Em seguida, o presidente convocou à mesa a primeira palestran-
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
te convidada, Renata Santos, para expor a comunicação A Imagem
Gravada: A Gravura no Rio de Janeiro. Renata Santos é historiadora, doutora em História Social pela UFRJ, pesquisadora contratada
do Museu Victor Meirelles/IPHAN.
3. Resumo da Exposição:
A pesquisadora agradeceu o convite para participar, mais uma vez,
das atividades da CEPHAS. Manifestou, também, sua gratidão à sócia
Lygia Cunha, pioneira no estudo da gravura no País. Acompanhada
de projeção de material iconográfico, Renata Santos examinou a história da produção de gravuras no Rio de Janeiro desde a chegada dos
primeiros gravadores, que vieram com a Corte portuguesa, em 1808,
até meados do século XIX, quando se deu o encontro entre a gravura e a fotografia. Assinalou, ainda, que a comunicação constitui um
breve resumo do seu livro “A Imagem Gravada. A Gravura no Rio
de Janeiro entre 1808 e 1853”, lançado este ano pela Editora Casa
da Palavra, e selecionado pela Comissão para as Comemorações da
Chegada de D. João e da Família Real ao Rio de Janeiro/Prefeitura
da Cidade do Rio de Janeiro.
4. Comentários:
Os sócios Lygia Cunha, Lucia Guimarães e Victorino Chermont
cumprimentaram a expositora e teceram comentários pertinentes,
sendo que Lygia Cunha agradeceu a menção ao seu nome e os elogios às incursões que realizou ao estudo da gravura. O convidado
Sérgio Severino de Azevedo levantou questão sobre a permanência
nas práticas da gravação de imagens e a preparação de obras de literatura de cordel no Nordeste.
5. Após esses comentários, o presidente convocou o segundo palestrante, Frederico Lustosa, para expor a comunicação “Prefácio a uma
História da Administração Pública Brasileira”. Frederico Lustosa é
Doutor em Gestão pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e
da Empresa (ISCTE), de Lisboa, e Professor Titular da Escola Bra-
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sileira de Administração Pública e de Empresas (EBAPE) da Fundação Getúlio Vargas.
6. Frederico Lustosa externou seu agradecimento à coordenação da
CEPHAS. Explicou que seu trabalho constitui uma modesta contribuição a um projeto mais amplo voltado para a elaboração de uma
História do Estado, da Organização Governamental e da Administração Pública Brasileira. Procurou delimitar o campo de estudo em
face dos marcos da historiografia contemporânea. Indicou que o
projeto pretende incorporar os aportes teóricos e metodológicos da
Nova História e construir uma periodização que contemple as grandes transformações verificadas no País, antes de 1930. Trata-se de
uma tentativa de superar a setorialização da História Administrativa
em ministérios de existência transitória para privilegiar o exame de
macro funções permanentes ou quase permanentes, além de propiciar a introdução de temas relacionados com dimensões e representações do Estado moderno.
7. Comentários:
A Sócia Emérita Cybelle de Ipanema felicitou o expositor e destacou
a contribuição de dois sócios do IHGB à História Administrativa:
Max Fleiuss e Vicente Tapajós. Desculpou-se por se haver ausentado temporariamente da sessão devido a problema de garganta, o que
lhe impediu de parabenizar Renata Santos pela comunicação sobre
a introdução da gravura no Brasil. Neste sentido, lembrou, também,
os trabalhos de Rogéria de Ipanema, em particular, sobre a técnica
da litografia.
8. Finalmente, o Presidente chamou à mesa o último palestrante convidado, Sérgio Bittencourt - Sampaio, para apresentar a comunicação
“Duas intérpretes negras brasileiras na música lírica (séc. XVIII a
XX)”. Sérgio Bittencourt-Sampaio diplomou-se pela Faculdade de
Medicina da UFRJ, onde exerceu o magistério, bem como na Escola de Medicina Souza Marques (RJ). Desempenhou as funções de
Assessor Cultural do Decanato do Centro de Ciências da Saúde da
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
UFRJ e da Escola de Medicina Souza Marques. Entre outras atividades, idealizou e organizou o I Seminário de Cultura Nórdica no Rio
de Janeiro, na Universidade Santa Úrsula. Foi indicado pelo Consulado Geral da Suécia no Rio de Janeiro para realizar um programa sobre a música sueca na Rádio Roquette Pinto (Rio de Janeiro).
Pertenceu aos Conselhos Editoriais dos seguintes periódicos: Anais
Brasileiros de Dermatologia (Rio de Janeiro); Revista da Academia
Nacional de Música (Rio de Janeiro); Revista Española de Musicoteràpia (Barcelona). Foi presidente da Academia Nacional de Música (2004-2007).
9. Sérgio Bittencourt-Sampaio agradeceu o convite para se apresentar
na CEPHAS. Salientou que a presença de cantoras negras no cenário
lírico brasileiro, sobretudo nos séculos XVII e XIX é quase desconhecida da historiografia, embora seja incontestável sua participação na música popular desde longo tempo. No cenário lírico ou de
concerto constitui um fato raro, como foram os casos de Joaquina
Maria da Conceição Lapa (Lapinha) e de Camila Maria da Conceição. A primeira obteve êxito no Brasil e em Portugal, apoiada por D.
Maria I e pelo então Príncipe Regente D. João, com fartos elogios na
imprensa da época. Por sua vez, Camila Maria da Conceição, alvo
de elogios de compositores ilustres, como Alberto Nepomuceno,
Francisco Braga e outros, empenhou-se no movimento de implantação da nossa língua na música erudita, participou da primeira audição de obras desses e de outros compositores, foi professora Titular
do Instituto Nacional de Música, e fundou duas instituições em prol
da música e de músicos necessitados de auxílio. Ao final da apresentação, o expositor ofereceu à biblioteca do IHGB o livro “Negras
líricas: Duas intérpretes negras brasileiras”, de sua autoria.
10. Outras intervenções (comunicados, doações de livros):
A Sócia Titular Miridan Britto Falci fez uma rápida intervenção a
respeito da sua publicação mais recente, “A morte escrava em Vassouras”, escrita em parceria com Ana Maria Leal Almeida. Em se-
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guida, ofertou um exemplar da obra à Biblioteca do IHGB.
Nada mais havendo a tratar, o presidente Victorino Chermont de Miranda encerrou a sessão e convidou os presentes para o tradicional
café no terraço do IHGB.
11. Freqüência: 17 assistentes
Número de sócios presentes: 07
Número de convidados: 10
Relação dos sócios presentes: Victorino Chermont de Miranda, Cybelle de Ipanema, Lygia Cunha, Vasco Mariz, Lucia Maria Paschoal
Guimarães, Miridan Britto Falci e Guilherme Frota.
ATA DA 25ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 26 DE NOVEMBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Maria de Lourdes Viana Lyra
1. Os trabalhos foram abertos pelo presidente, que cumprimentou os
presentes e solicitou à coordenadora para proceder à leitura da ata da
sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada sem
correções. Informando tratar-se de sessão temática Projeto Acervo
Digital Angola – Brasil, o presidente convocou a professora convidada, Mariza de Carvalho Soares, da Universidade Federal Fluminense, para iniciar a apresentação: Planejamento e execução de um
projeto de pesquisa e documentação Arquivo Histórico de Angola
(AHA) e IHGB.
2. Resumo da Exposição:
A professora cumprimentou os presentes e falou da satisfação em
apresentar os resultados do trabalho realizado pela equipe de professores e alunos bolsistas na sessão da CEPHAS. Realizado a partir do
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
levantamento da documentação que consta do Acervo Digital Angola Brasil – PABAP, o resultado ora apresentado é a produção de
uma coleção digital de documentos históricos sobre as relações entre
Angola e o Brasil. Informou que o projeto foi executado através de
uma parceria entre o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o
Arquivo Histórico de Angola e a UFF/LABHI, contou com financiamento do Edital Pró-África 2006 do CNPq. Com o objetivo de reunir
e reclassificar a documentação existente para facilitar o acesso ao
pesquisador. A professora também se incumbiu da parte que caberia
ser apresentada pela bolsista Ana Flávia Cichelli Pires, doutoranda
em História da UFF e também pesquisadora do NEAF, intitulada: O
Arquivo Histórico de Angola e as possibilidades de pesquisa para a
história das relações entre Angola e Brasil – Pesquisa documental:
Cabinda e Rio de Janeiro na documentação do AHA – apresentando
o quadro das condições de trabalho e do acervo do AHA no que diz
respeito ao Brasil.
Em seguida, falou a professora convidada Regina Wanderley sobre
A experiência arquivista num projeto interinstitucional, explicando
a metodologia do trabalho adotado na execução do projeto e discorrendo sobre os resultados obtidos. E também comentando sobre o
volume da documentação trabalhada e sobre a elaboração de instrumentos de consulta.
Em seguida, os alunos bolsistas Rafael Cupello Peixoto e Nathalia
Topinilucas falaram sobre A coleção digital do AHA e no IHGB,
apresentando a metodologia de trabalho e os resultados obtidos, bem
como o volume da documentação trabalhada e a elaboração dos instrumentos de consulta.
3. Comentários:
Os sócios Esther Bertoletti, Maria de Lourdes Viana Lyra, Arno
Wehling, Vasco Mariz e Miguel Monteiro felicitaram a equipe de
pesquisadores pelo trabalho realizado e bem apresentado. Esther
Bertoletti comentou sobre o trabalho que está sendo desenvolvido
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em Pernambuco, nesse mesmo sentido. Vasco Mariz perguntou se
foi localizada alguma informação sobre Salvador Correia de Sá.
Arno Wehling expressou seu contentamento pelos bons resultados
apresentados, lembrando o início do trabalho embrionário da professora Regina Wanderley no IHGB.
Finalizada a sessão temática, o Presidente convocou à mesa o Sócio
Titular José Arthur Rios para expor a comunicação: Jackson de Figueiredo: 80 anos.
4. Resumo da Exposição:
Após cumprimentar os presentes, o palestrante remarcou a passagem
dos oitenta anos de morte do intelectual Jackson de Figueiredo, cujo
tempo de vida (1891 e 1928) coincide com o período da chamada
Primeira República ou República velha. Influenciado pela vivência
em repúblicas estudantis, em Aracajú e em Salvador, Jackson de Figueiredo se identificou inicialmente com a filosofia de Nietzsche.
Em 1914 veio para o Rio de Janeiro, em busca de emprego público.
De temperamento arredio e recatado, exerceu a atividade de jornalista. Leitor voraz e participante das rodas literárias da sua época, abraçou o positivismo. Através da amizade com Farias de Brito – que
perdeu o concurso para professor no Colégio Pedro II para Euclides
da Cunha, protegido do Rio Branco - abandonou o materialismo e se
voltou ao espiritualismo. Tornou-se católico fervoroso e fundou, em
1922, ano de criação do Partido Comunista, o Centro Dom Vital e o
jornal A Ordem, passando a escrever sobre a fé católica até a morte
prematura, aos 37 anos de idade.
5. Comentários:
A visitante Vera Cabana cumprimentou o professor e comentou sobre a documentação existente no Colégio Pedro II sobre o mencionado concurso e o confronto resultante. A sócia Esther Bertoletti informou que a documentação referente ao Centro D. Vital encontra-se
na Biblioteca Nacional. A sócia Maria de Lourdes Viana felicitou
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
o professor pela oportunidade da análise apresentada, que tão bem
realçou a produção intelectual do homenageado. O Presidente Arno
Wehling remarcou a importância do ano de 1922, pelos acontecimentos históricos marcantes, e apontou o catolicismo acuado da
época, vendo-o como a ponta do iceberg da renovação que viria posteriormente. Por fim, comentou sobre a documentação do Jackson de
Figueiredo existente no IHGB, doada pela filha do intelectual e pelo
próprio expositor, o professor José Arthur Rios.
Nada mais havendo a tratar, o presidente encerrou a sessão e convidou os presentes para o tradicional café no terraço do IHGB.
6. Freqüência: 27 assistentes
Número de sócios presentes: 15
Número de convidados: 12
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema,
Elysio Belchior, Maria de Lourdes Viana Lyra, Esther Caldas Bertoletti, Miguel Corrêa Monteiro, Guilherme Frota, Mary Del Priore,
Ronaldo Mourão, José Arthur Rios, Vasco Mariz, Victorino Chermont, Melquíades Pinto Paiva, Edivaldo Machado Boaventura e
Maria Beltrão .
ATA DA 26ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 3 DE DEZEMBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. A sessão foi aberta pela primeira-secretária do IHGB, Cybelle de
Ipanema, que cumprimentou os presentes, justificando a ausência
temporária do Presidente Arno Wehling e da coordenadora da CEPHAS, os quais se encontravam na Casa, em reunião de trabalho.
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Em seguida, chamou à mesa o primeiro palestrante convidado, Carlos Alberto Figueiredo, para apresentar a comunicação “Aspectos do
Salve Regina de Lobo de Mesquita (1745?-1805)”. Carlos Alberto
de Figueiredo é Doutor em Musicologia pela Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Professor-Adjunto da mesma UNIRIO e Regente do Coro de Câmera Pró-Arte.
2. Resumo da Exposição:
O professor agradeceu o convite para participar das atividades da
CEPHAS. Indicou que a antífona “Salve Regina” do compositor mineiro José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (1745?-1805), composta em
1787, lhe servirá como ponto de partida para uma reflexão sobre os vários
aspectos que envolvem a noção de obra musical. Abordou as circunstâncias
que envolvem o trabalho da composição - englobando o contexto sociocultural, a funcionalidade das obras musicais, a situação profissional do
compositor mineiro no século XVIII, bem como o manuscrito autógrafo, a
edição moderna, publicada por Francisco Curt Lange em 1951, e as várias
interpretações da obra a partir de quatro diferentes gravações. No correr
desta apresentação, o presidente Arno Wehling assumiu a presidência da sessão e a sócia Lucia Guimarães a secretaria dos trabalhos.
3. Comentários:
A Sócia Emérita Cybelle de Ipanema e o convidado Sérgio Severino
de Azevedo felicitaram o expositor e levantaram questões pertinentes, reportando-se à situação social dos músicos negros e mestiços
pertencentes às irmandades.
4. Após as intervenções, o presidente anunciou o segundo palestrante, Professor Manoel Luiz Salgado Guimarães, o qual apresentou a
comunicação “História e Erudição na cultura das Luzes.”. Manoel
Guimarães é Doutor em História pela Universidade Livre de Berlim,
Professor Associado do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da
UFRJ e Presidente da Associação Nacional de Professores de História. Autor de obras publicadas no País e no exterior, dedica-se ao
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
estudo da escrita da História do Brasil, nas primeiras décadas do
século XIX.
5. Manoel Guimarães externou seu agradecimento à coordenação da
CEPHAS e salientou que o Instituto Histórico, desde o seu curso
de doutoramento, há cerca de duas décadas, constitui tema central
de suas investigações, constituindo um foco importante a iluminar
outras questões afins. A comunicação traz os primeiros resultados de
pesquisa realizada em duas frentes, no Brasil e em Portugal, partindo da premissa de que os procedimentos necessários a uma escrita
da História no Brasil no século XIX valeram-se de uma forte tradição erudita herdada da cultura letrada portuguesa das Luzes. Por
meio de um estudo de caso, o do religioso português João Pedro Ribeiro, o qual assumiu a Cátedra de Diplomática na Universidade de
Coimbra, em 1792, Manoel abordou as formas como essa tradição
desenvolveu-se no espaço da cultura iluminista lusíada e sua reinterpretação da erudição humanista agora voltada para o papel central
do documento para a realização de uma escrita da história.
6. Comentários:
A sócia Lucia Guimarães cumprimentou o prof. Manoel pela apresentação e salientou a relevância da sua pesquisa para a historiografia luso-brasileira.
7. Finalmente, o presidente Arno Wehling convocou à mesa o último
palestrante da tarde – José Almino de Alencar, para apresentar a comunicação “Joaquim Nabuco: a história em primeira pessoa”. José
Almino de Alencar concluiu o doutorado em Sociologia pela Universidade de Chicago. È pesquisador e atualmente preside a Fundação Casa de Rui Barbosa. Autor, entre outros títulos, de Maneira de
dizer (poesia); Motor da luz (romance) e Baixo Gávea (romance).
Sobre Joaquim Nabuco, publicou os livros Meu caro Rui, um caro
Nabuco – correspondência entre Rui Barbosa e Joaquim Nabuco; e
Joaquim Nabuco: O dever da política (Rio de Janeiro: Edições Casa
de Rui Barbosa, 2002), em colaboração com Ana Pessoa; organizou
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e apresentou a reedição de Balmaceda, de Joaquim Nabuco, lançada
recentemente pela Editora Cosac Naif (2008).
8. Após cumprimentar os presentes, José Almino de Alencar agradeceu
o convite formulado pelo Presidente do IHGB para se apresentar na
sessão da CEPHAS. Assinalou que ao se afastar da vida política,
durante a década de 1890, Joaquim Nabuco se dedicou à escrita de
textos ... políticos, em que dramatiza a narrativa histórica através da
análise das histórias de vida ou dos comportamentos de indivíduos
excepcionais: ele mesmo, em Minha Formação (1900); seu pai, o
senador José Tomás Nabuco de Araújo, em Um estadista do Império
(1896) e em Balmaceda (1895), no qual narra a guerra civil que
precedeu a deposição e depois o suicídio do presidente chileno, Balmaceda Fernandez (1891). Pondera que o conjunto desses três livros
– ao que se acrescentaria O abolicionismo (1883) – compõe o núcleo
dos seus escritos históricos. Neles, o que lhe interessa, conforme as
palavras de José Veríssimo – é a parte contemporânea, cujos atores
ainda conheceu, e de cujos atos ainda sente os contrachoques. Comenta que a obra de Nabuco constitui, sobretudo, um diálogo com
sua época e com as alternativas políticas comuns aos homens de sua
geração.
9. Comentários:
O Presidente Arno Wehling felicitou o pesquisador pela sua contribuição e remarcou a importância da obra política de Joaquim Nabuco. Após este comentário, observando que restava tempo hábil,
solicitou à subcoordenadora da CEPHAS para proceder à leitura da
ata da sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada,
com a indicação de que seja corrigido o termo jornal para revista A
Ordem.
10. Outras intervenções (comunicados, doações de livros):
A Sócia Emérita Cybelle de Ipanema – Presidente do Instituto Histórico do Rio de Janeiro – convidou a todos para o lançamento do
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Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
livro “D. João e a cidade do Rio de Janeiro (1808-2008), no próximo
dia 11 de dezembro, às 17 horas, no terraço do IHGB. A obra organizada por Rogéria Moreira de Ipanema reúne os textos de 27 colaboradores, que se apresentaram no Curso do mesmo nome, realizado
em junho passado por aquela instituição em parceria com o IHGB.
Nada mais havendo a tratar, o Presidente Arno Wehling encerrou a
sessão e convidou os presentes para o tradicional café no terraço do
IHGB.
11. Freqüência: 20 assistentes
Número de sócios presentes: 10
Número de convidados: 10
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Cybelle de Ipanema, Carlos Wehrs, Esther Caldas Bertoletti, Lucia Maria Paschoal
Guimarães, Miridan Britto Falci, Victorino Chermont de Miranda,
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Maria da Conceição de M.C.
Beltrão e Vasco Mariz.
ATA DA 27ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTUDOS
E PESQUISAS HISTÓRICAS (CEPHAS)
DE 17 DE DEZEMBRO DE 2008
Composição da Mesa dos Trabalhos:
Presidência: Arno Wehling
Coordenação: Lucia Maria Paschoal Guimarães
1. A sessão foi aberta pelo Presidente Arno Wehling, que cumprimentou os presentes, dirigindo-se especialmente aos senhores Nuno
Álvares Pereira de Castro, Antonio Celso Alves Pereira e Cláudio
Aguiar, recém-eleitos Membros Honorários do IHGB, e ao sócio
Marcos Guimarães Sanchez, promovido à categoria de titular, na última Assembléia Geral do IHGB, de 10 de dezembro de 2008. Após
a saudação, Arno Wehling solicitou à subcoordenadora da CEPHAS
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
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para proceder à leitura da ata da sessão anterior, no que foi atendido, sendo a mesma aprovada sem correções. Em seguida, chamou
à mesa o primeiro palestrante convidado, o Sócio Emérito Vasco
Mariz, para apresentar a comunicação “Um personagem notável do
século XVIII: Salvador Corrêa de Sá e Benevides”.
2. Resumo da Exposição:
Externando sua satisfação de participar das atividades da CEPHAS,
Vasco Mariz ponderou que Salvador Corrêa de Sá e Benevides é um
personagem bastante esquecido de nossa história colonial, apesar da
sua extraordinária importância na época. Citou a iniciativa do Ministério das Colônias de Portugal, que nos anos 1940 escolheu dois
historiadores ilustres – o brasileiro Clado Ribeiro Lessa e o português Luís Norton para escreverem livros sobre Salvador. Lembrou,
ainda, o trabalho de Charles Boxer (editado em 1952 e em 1973) e
de uma pequena biografia de Salvador, editada em Angola, por volta
de 1907. Vasco Mariz fez uma síntese apurada da história de vida
de Salvador Corrêa de Sá acentuando suas conexões hispânicas, forjadas por meio de laços de família. Examinou sua atuação no Novo
Mundo, na África e em Portugal, já idoso, quando tomou assento no
Conselho Ultramarino.
3. Comentários:
O sócio Antonio Celso felicitou o expositor e reportou-se às opiniões
controversas a respeito da administração de Salvador Corrêa de Sá,
na governança do Rio de Janeiro.
4. Após essa intervenção, o presidente anunciou o segundo palestrante, o Sócio Titular Marcos Guimarães Sanches, o qual apresentou a
comunicação “Dano e prejuízo da Fazenda Real”. Marcos Sanches
agradeceu o convite à coordenação da CEPHAS e salientou suas
novas responsabilidades para com a Casa, doravante como Sócio
Titular do IHGB. Indicou que a comunicação “DANO E PREJUÍZO
DA FAZENDA REAL” é fruto de investigação que busca analisar
234
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas – CEPHAS
a dinâmica dos processos de arrematação na Capitania do Rio de
Janeiro. Segundo Sanches, os dízimos foram o mais importante e
universal tributo do período colonial, no sentido que o Direito Tributário do nosso tempo lhe atribui, tendo sua arrecadação definida
desde os Regimentos do Provedor-mór e dos Provedores de Fazenda
(1548) e dos Dízimos (1577), incidindo de modo particular sobre o
açúcar, embora extensivo a todos os produtos. Baseado no sistema
de arrematação, o exercício do fiscus pelos colonos obedeceu à lógica da administração fazendária do Estado moderno. Neste sentido, a
série de contratos da Capitania do Rio de Janeiro na segunda metade
do século XVII é representativa da complexidade das relações coloniais, indicando a permanente tensão entre o esforço fiscal da metrópole, numa conjuntura de crise, e as resistências coloniais, muitas
vezes decorrentes da real impossibilidade de quitar as obrigações. O
funcionamento da Provedoria da Fazenda, suas relações com outras
esferas da administração e sua direção monopolizada pelas principais redes de poder da sociedade revelam, ao mesmo tempo, o sutil e
tenso “jogo” entre a exploração colonial e os interesses dos próprios
colonos, eles próprios operadores da colonização. As constantes denúncias e suspeitas de conluios e descaminhos, mais do que esvaziar
a efetividade dos objetivos da administração fazendária na extração
fiscal sobre a colônia, tornam reveladora a sua dinâmica.
5. Comentários:
Os sócios Arno Wehling e Lucia Guimarães cumprimentaram o expositor e salientaram a relevância da sua pesquisa para a historiografia luso-brasileira.
6. Em seguida, o Presidente Arno Wehling informou que a sessão deveria contar com um terceiro palestrante, o Sócio Correspondente brasileiro José Mendonça Telles, inscrito para apresentar comunicação
sobre o livro “A Coluna Prestes em Goiás”, de sua autoria. Face à
ausência de Mendonça Telles, o presidente concedeu a palavra, novamente, ao Sócio Emérito Vasco Mariz para concluir suas reflexões
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
235
sobre o papel desempenhado por Salvador Corrêa de Sá e Benevides
na administração colonial. Ao final desta exposição, os sócios Maria
de Lourdes Viana Lyra e Nuno Álvares Pereira de Castro teceram
comentários pertinentes, e Elisio Belchior lembrou que a família de
Salvador Corrêa de Sá e Benevides perdeu o poder no Rio de Janeiro
em 1660, após o episódio conhecido como Revolta da Cachaça, ainda que sua influência não desaparecesse de todo na capitania.
Nada mais havendo a tratar, o Presidente Arno Wehling encerrou a
sessão, desejando a todos boas festas e próspero ano novo, e convidou os presentes para o tradicional café no terraço do IHGB.
7. Freqüência: 24 assistentes
Número de sócios presentes: 13
Número de convidados: 11
Relação dos sócios presentes: Arno Wehling, Vasco Mariz, Lucia
Maria Paschoal Guimarães, Maria de Lourdes Viana Lyra, Nuno
Álvares Pereira de Castro, Antonio Celso Alves Pereira, Elisio Belchior, Cláudio Aguiar.
236
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):151-236, out./dez. 2008
Atas e/ou deliberações de Comissões Permanentes ou Especiais
II.3 –Atas e/ou deliberações de Comissões Permanentes
ou Especiais
ATA DA SESSÃO MAGNA
DE 21 DE OUTUBRO DE 2008
Aos vinte e um dias do mês de outubro de dois mil e oito, no Salão
Nobre, realizou-se a Sessão Magna comemorativa dos cento e setenta
anos de fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Sessão
presidida pelo prof. Dr. Arno Wehling com secretaria de Cybelle Moreira
de Ipanema. O presidente abriu a sessão e compôs a Mesa com as seguintes personalidades: Dr. Antonio Gomes da Costa, presidente do Real
Gabinete Português de Leitura; embaixador António de Almeida Lima,
cônsul de Portugal no Rio de Janeiro; Jaime Antunes da Silva, diretorgeral do Arquivo Nacional; Adolfo Martins, do grupo Folha Dirigida;
D. Carlos Tasso de Saxe – Coburgo e Bragança, Presidente de Honra do
IV Colóquio dos Institutos Históricos Brasileiros; Luiz de Castro Souza,
decano do Corpo Social; e Reinaldo Carneiro Leão, secretário perpétuo
do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Anunciada pelo presidente a execução do Hino Nacional Brasileiro pela Banda
do 1º Batalhão de Guardas – Batalhão do Imperador – cantado por todos.
A seguir, foi convocada a primeira secretária para a leitura das Efemérides brasileiras, do barão do Rio Branco, relativas à data. O prof. Arno
Wehling proferiu sua fala de abertura, saudando os Institutos estaduais
presentes por suas delegações ao IV Colóquio e enfatizando o significado
da fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, há cento e
setenta anos. Discorreu sobre as circunstâncias da criação desse órgão de
representação da nacionalidade, não muito longe da conquista da Independência, em mil oitocentos e vinte e dois. Estendeu-se na importância
do reconhecimento da documentação embasadora do perfil do País, no
estímulo à criação dos Institutos congêneres nas províncias e no aspecto
de sociabilidade, fundamental ao relacionamento. Deu a palavra à secretária para a aprovação do Relatório das Atividades do Ano Social. Findo
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):237-238, out./dez. 2008
237
Sessão Magna Aniversária
este, foi a vez do elogio dos sócios falecidos, pelo sócio José Arthur Rios.
Como renovação na frente, o Instituto prestou homenagem a sete de seus
funcionários, com longo tempo de presença e serviços nas guardas da instituição. Foram oferecidas com placas individuais. A secretária registrou
as manifestações recebidas e presenças no plenário. O presidente encerrou a sessão, convidando a todos assistirem ao descerramento de placa
evocativa dos fundadores do Instituto, em mil oitocentos e trinta e oito,
em número de vinte e sete, à saída do Salão Nobre. A placa será colocada em lugar de destaque. Seguiu-se recepção, no terraço, aos presentes.
Compareceram os seguintes consócios: Arno Wehling, Victorino Chermont de Miranda, D. Carlos Tasso de Saxe–Coburgo e Bragança, Jaime
Antunes da Silva, Luiz de Castro Souza, Enélio Luiz Petrovich, Lygia
de Fonseca Fernandes da Cunha, Vasco Mariz, Afonso Arinos de Mello
Franco, Guilherme de Andrea Frota, Alberto Venancio Filho, José Arthur
Rios, Carlos Wehrs, Antônio Gomes da Costa, Esther Caldas Bertoletti,
Elysio de Oliveira Belchior, Miridan Britto Falci, Ronaldo Rogério de
Freitas Mourão, Vera Lucia Bottrel Tostes, Marilda Corrêa Ciribelli, Maria de Lourdes Viana Lyra, Marcos Guimarães Sanches, Alberto Costa
e Silva, Célio de Oliveira Borja, Armando de Senna Bittencourt, Lucia
Maria Pascoal Guimarães, Melquíades Pinto Paiva, Isabel Lustosa, Pedro
Corrêa do Lago, Antônio Izaias da Costa Abreu, Consuelo Pondé de Sena,
Hildebrando Campestrini, Gabriel Augusto de Mello Bittencourt, Jaime
Lustosa de Altavila, José Mendonça Teles, Carlos Humberto Pederneiras
Corrêa, Vasco Mariz, Eduardo Silva e Cybelle Moreira de Ipanema.
Cybelle Moreira de Ipanema.
1ª secretária
238
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):237-238, out./dez. 2008
Atos do Presidente
III – INFORMES ADMINISTRATIVO
III.1 – Atos do Presidente
EDITAIS E PORTARIAS
EDITAL Nº 01/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de Sócios Eméritos em decorrência do falecimento do sócio grande-benemérito Dom
Pedro Gastão de Orléans e Bragança.
Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 02/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação regimental, declara aberta uma vaga no quadro de Sócios
Correspondentes Brasileiros, em virtude do falecimento da sócia Nicia
Villela Luz.
Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 03/08
Ficam convidados os Sócios Eméritos, Titulares e Correspondentes
Brasileiros a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária no dia 20
de fevereiro, em primeira convocação às 13horas e em segunda convoca-
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
239
Editais e Portarias
ção às 15 horas, com o quorum previsto no § 2º do artigo 20 do Estatuto,
com a seguinte pauta:
Eleição do presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, para Presidente de Honra do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 04/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação regimental, declara aberta uma vaga no quadro de Sócios
Correspondentes Portugueses, em virtude do falecimento do sócio Luís
Ferrand de Almeida.
Rio de Janeiro, 9 de abril de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 05/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de Sócios Titulares em decorrência do falecimento do sócio Arivaldo Silveira Fontes.
Rio de Janeiro, 6 de maio de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 06/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de Sócios Eméri-
240
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Atos do Presidente
tos em decorrência do falecimento da sócia Frieda Wolff.
Rio de Janeiro, 24 de maio de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 07/08
Ficam convidados os Sócios Eméritos, Titulares e Correspondentes
Brasileiros a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária no dia 11 de
junho, em primeira convocação às 12h30m, em segunda convocação às
14h30m, com o quorum previsto no art. 20 do Estatuto, com a seguinte
ordem do dia:
Prestação de Contas 2007
Previsão orçamentária 2008
Assuntos Gerais
Rio de Janeiro, 30 de maio de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 08/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de Sócios Titulares em decorrência do falecimento do sócio José Fortuna Andréa dos
Santos.
Rio de Janeiro, 21 de junho de 2008.
Arno Wehling
Presidente
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
241
Editais e Portarias
EDITAL Nº 09/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de Sócios Correspondentes Estrangeiros em decorrência do falecimento do sócio John W.
Foster Dulles.
Rio de Janeiro, 2 de julho de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 10/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de Sócios Correspondentes Brasileiros em decorrência do falecimento do sócio Braz
Augusto Aquino Brancato.
Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 11/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara aberta a vaga no quadro de Sócios Titulares
em decorrência do falecimento da sócia Maria Cecília Ribas Carneiro.
Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
242
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Atos do Presidente
EDITAL Nº 012/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara que fica aberto por 60 (sessenta) dias o
prazo para apresentação de propostas de candidatos a 2 (duas) vagas de
Sócio Correspondente estrangeiro, observando-se os procedimentos estabelecidos no art. 2o do Estatuto.
Rio de Janeiro, 10 de outubro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 13/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara que fica aberto por 30 (trinta) dias o prazo
para apresentação de propostas de candidatos a 1 (uma) vaga de Sócio
Emérito, observando-se os procedimentos estabelecidos no art. 2o do Estatuto.
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 14/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara que fica aberto por 30 (trinta) dias o prazo para
apresentação de propostas de candidatos a 5 (cinco) vagas de Sócios
Titulares, observando-se os procedimentos estabelecidos no art. 2o do
Estatuto.
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
243
Editais e Portarias
EDITAL Nº 15/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara que fica aberto por 30 (trinta) dias o prazo
para apresentação de propostas de candidatos a 1 (uma) vaga de Sócio
Correspondente Brasileiro, observando-se os procedimentos estabelecidos no art. 2o do Estatuto.
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 16/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, por determinação estatutária, declara que fica aberto por 30 (trinta) dias o prazo
para apresentação de propostas de candidatos a 4 (quatro) vagas de Sócios Honorários Brasileiros, observando-se os procedimentos estabelecidos no art. 2o do Estatuto.
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
EDITAL Nº 17/08
Ficam convidados os Sócios Eméritos, Titulares e Correspondentes
Brasileiros a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária no dia 10
de dezembro, em primeira convocação às 13 horas e em segunda convocação às 15 horas, com o quorum previsto no § 2o do artigo 20 do Estatuto, com a seguinte pauta:
Eleição de novos membros do Quadro Social nas categorias:
Sócio Emérito 244
1 vaga
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Atos do Presidente
Sócio Titular
5 vagas
Sócio Honorário Brasileiro
4 vagas
Sócio Correspondente Brasileiro 1 vaga
Sócio Correspondente Estrangeiro 2 vagas
Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 01/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para a Coordenação e Subcoordenação da Comissão de Estudos e Pesquisas Históricas (CEPHAS), a Sócia Titular Maria de Lourdes Viana Lyra e a Sócia Honorária Brasileira Lucia Maria Paschoal Guimarães.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 02/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para a função de Editor do Noticiário, o Sócio Titular Victorino Coutinho Chermont de Miranda.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
245
Editais e Portarias
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 03/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para o cargo de Diretor do Arquivo, o Sócio Titular Carlos
Wehrs.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 04/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para o cargo de Diretora da Biblioteca, a Sócia Emérita
Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 05/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
246
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Atos do Presidente
RESOLVE:
Nomear, para o cargo de Diretora do Museu, a Sócia Titular Vera
Lucia Bottrel Tostes.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 06/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para a função de Secretário Adjunto da Diretoria, o Sócio
Titular Arivaldo Silveira Fontes.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 07/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para a Coordenação de Cursos, a Sócia Honorária Brasileira Mary Lucy Murray Del Priore.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
247
Editais e Portarias
PORTARIA Nº 08/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para o cargo de Diretor de Patrimônio, o Sócio
Titular Guilherme de Andréa Frota.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 09/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para o cargo de Diretora de Projetos Especiais, a Sócia Titular Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 10/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para o cargo de Diretora de Informática e Disseminação da
Informação, a Sócia Titular Esther Caldas Bertoletti.
248
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Atos do Presidente
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 11/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para o cargo de Diretor de Relações Externas, o Sócio Honorário Brasileiro João Maurício Ottoni Wanderley de Araújo Pinho.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 12/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para o cargo de Diretor de Iconografia, o Sócio Honorário
Brasileiro Pedro Karp Vasquez.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 13/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
249
Editais e Portarias
RESOLVE:
Nomear, para a Comissão da Revista, as sócias:
Miridan Britto Falci
Esther Caldas Bertoletti
Maria de Lourdes Viana Lyra
Lucia Maria Paschoal Guimarães
Mary Lucy Murray Del Priore
Cabendo à primeira o cargo de Diretora.
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 14/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nos termos do art. 16 do Estatuto, nomear Membros do Conselho
Consultivo os sócios:
Arivaldo Silveira Fontes
Augusto Carlos da Silva Telles
Evaristo de Moraes Filho
Frieda Wolff
Hélio Leoncio Martins
Lêda Boechat Rodrigues
José Pedro Pinto Esposel
250
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Atos do Presidente
Luiz de Castro Souza
Maria Cecília Ribas Carneiro
Vasco Mariz
Rio de Janeiro, 9 de janeiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 15/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições, e considerando a realização do IV Colóquio dos Institutos Históricos Estaduais, no período de 21 a 23 de outubro de 2008,
RESOLVE:
Art. 1o – Constituir Comissão Executiva para planejar, organizar e
implementar atividades relacionadas ao IV Colóquio dos Institutos Históricos Estaduais.
Art. 2o – Designar para compor a Comissão, sob a presidência do primeiro, os sócios:
Victorino Coutinho Chermont de Miranda
Cybelle Moreira de Ipanema
Lucia Maria Paschoal Guimarães
Esther Caldas Bertoletti
Rio de Janeiro, 01 de fevereiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
251
Editais e Portarias
PORTARIA 16/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, de acordo com o Estatuto e com as atribuições que o mesmo lhe confere,
RESOLVE:
Admitir no quadro de funcionários desta entidade Carlos Elias Paulino Filho como Assistente Administrativo, com os proventos iniciais de
R$ 1.250,00 (hum mil e duzentos e cinqüenta reais), no horário de 09:00
às 18:00 horas, de segunda a sexta-feira, sendo reservado o horário de
13:00 às 14:00 horas para refeição e descanso.
Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 17/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Designar para compor a Comissão Organizadora do Projeto Memória dos Sócios, instituída em Portaria nº 18/04, de 19 de março de 2004, a
Sócia Emérita Cybelle Moreira de Ipanema.
Rio de Janeiro, 03 de abril de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 17A/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições, atendendo ao que lhe foi sugerido pela Comissão
Executiva do IV Colóquio de Institutos Históricos Brasileiros,
252
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Atos do Presidente
RESOLVE:
1º) Fica instituída a COMISSÃO JULGADORA DO PRÊMIO PEDRO CALMON – 2008, com a seguinte composição:
– Um representante do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a
quem caberá a Presidência da Comissão;
– O representante do mais antigo dos Institutos Históricos Estaduais
presentes ao Colóquio, que não haja indicado candidatos ao prêmio, conforme certificação da Comissão Executiva do Colóquio;
– Um representante dos demais Institutos Históricos Estaduais presentes, escolhido por sorteio, a ser realizado pela Comissão Executiva do
Colóquio, dentre os que não hajam indicado candidatos ao Prêmio.
2º) Dos trabalhos será lavrada ata a ser encaminhada à Comissão
Executiva;
3º) Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Julgadora, ouvida a Comissão Executiva do IV Colóquio, constituída pela Portaria nº
15/08.
Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 18/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições, atendendo ao que lhe foi sugerido pela Comissão
Executiva do IV Colóquio de Institutos Históricos Brasileiros,
RESOLVE:
1º ) Revogar a Portaria 17A/08 e instaurar a COMISSÃO JULGADORA DO PRÊMIO PEDRO CALMON-2008, com a seguinte composição dos sócios:
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
253
Editais e Portarias
– Elysio de Oliveira Belchior
– Maria de Lourdes Viana Lyra
– Lucia Maria Paschoal Guimarães
2º) Dos trabalhos será lavrada ata a ser encaminhada à Comissão
Executiva;
3º) Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Julgadora, ouvida a Comissão Executiva do IV Colóquio, constituída pela Portaria nº
15/08.
Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 19/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Art. 1o – Constituir Comissão Executiva para planejar, organizar e
implementar atividades relacionadas às Comemorações do Ano da França
no Brasil (2009).
Art. 2o – Designar para compor a Comissão, sob a presidência do primeiro, os sócios:
Vasco Mariz
José Arthur Rios
Maria da Conceição Coutinho Beltrão
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão
254
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Atos do Presidente
Rio de Janeiro, 29 de outubro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 20/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Acrescentar à Comissão Executiva das Comemorações do Ano da
França no Brasil (2009), constituída através da Portaria nº 19/08, de 29 de
outubro de 2008, o Sócio Honorário brasileiro Marcos Castrioto Azambuja.
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 21/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições e tendo em vista haverem os Institutos Históricos,
presentes ao IV Colóquio de Institutos Históricos Brasileiros, deliberado, em Sessão Administrativa, deferir ao Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro o julgamento das obras inscritas para concorrerem ao Prêmio
Pedro Calmon – 2008.
RESOLVE:
1º ) Dar nova configuração à Comissão instituída para julgamento do
Prêmio Pedro Calmon – 2008, nomeando para integrarem-na os seguintes
sócios:
Elysio de Oliveira Belchior
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
255
Editais e Portarias
Maria de Lourdes Viana Lyra
Lucia Maria Paschoal Guimarães
2º) Revoga as indicações constantes do Art. 1º, da Portaria nº 17A,
de 15/10/2008,ratificando o disposto em seus Artigos 2º e 3º.
Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
PORTARIA Nº 22/08
O Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no uso
de suas atribuições,
RESOLVE:
Nomear, para compor o Conselho Consultivo da Revista, Renato
Pinto Venâncio, em substituição a Braz Augusto Aquino Brancato.
Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2008.
Arno Wehling
Presidente
256
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):239-256, out./dez. 2008
Relatórios setoriais
III.2 – Relatórios setoriais
BIBLIOTECA
Relatório das atividades
Período de outubro de 2007 a outubro de 2008
Relatório das atividades desenvolvidas pela Biblioteca do IHGB no período de outubro de 2007 a outubro de 2008.
1 – Atividades de rotina:
–– Agradecimentos, registro, catalogação e arranjo das publicações recebidas
–– Higienização das publicações e encadernação, quando necessária
–– Análise das publicações, com descarte das duplicatas
–– Digitalização das publicações correntes
–– Colocação no computador, com nova catalogação, do acervo antigo,
que ainda se encontra em fichas datilografas
–– Atendimento a consultas internas e externas
–– Estatísticas dos livros recebidos e do movimento da Sala de Leitura
–– Colaboração no Noticiário do IHGB: Algumas pesquisas e Livros
Recebidos
–– Autorização para reprodução da documentação
–– Atendimento aos consulentes na Sala de Leitura
2 – Atividades desenvolvidas:
–– Continuação dos trabalhos de restauração dos livros da Biblioteca
Americana de Von Martius (séc. XVI-XVIII)
–– Finalização do tratamento e catalogação da Coleção Guilherme
Schubert
–– Tratamento da catalogação da Coleção Emilio Garrastazu Médici
3 – Enriquecimento do acervo:
Doação – 2.450 livros
Compra (FARP, Leilões) – 24 livros
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):257-258, out./dez. 2008
257
Biblioteca
Comodato: Victorino Coutinho Chermont de Miranda – 25 livros
4 – Visitas à Biblioteca:
Universidade Federal Fluminense – Departamento de História
Professora Beatriz Kushnir – Participação: 10 alunos
Edward L. Widmer
Diretor da John Carter Brown Library
Universidade Federal do Rio de Janeiro – Faculdade de Medicina
Professor Carlos Alberto Basílio de Oliveira – Participação: 8 alunos
Universidade Gama Filho
Acompanhante: Elysio de Oliveira Belchior – Participação: 10 alunos
Cláudio Magnavita
Jornalista
6 – Participação em palestras:
Palestra do Coronel Ronaldo Braga – “Segurança de Instituições
Culturais”
Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
7 – Digitalização do acervo:
Total de itens digitalizados disponíveis da Internet: 25.000
Maura Corrêa e Castro
Chefe da Biblioteca
258
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):257-258, out./dez. 2008
Relatórios setoriais
ARQUIVO
Relatório das atividades
Período de outubro de 2007 a outubro de 2008
A - ATIVIDADES DE ROTINA:
–– Análise crítica dos documentos manuscritos.
–– Pesquisas para identificação e classificação da documentação.
–– Digitação do material produzido pela equipe técnica (planilhas, relações, inventários).
–– Correspondência interna e externa.
–– Arranjo da documentação.
–– Confecção do material de acondicionamento da documentação (pastas, envelopes).
–– Higienização dos documentos.
–– Autorização para reprodução fotográfica ou xerográfica de peças do
acervo.
–– Acompanhamento das reproduções fotográficas (documentos textuais e iconográficos).
–– Levantamento estatístico da documentação consultada.
B – TRATAMENTO DO ACERVO:
–– Em andamento o tratamento técnico dos Arquivos do General Osório
e de Epitácio Pessoa (descrição e digitação).
C – ENRIQUECIMENTO DO ACERVO:
1 - Doações:
–– 1 - Eleições 2006 – Presidente, governador e senador: Luís Inácio
Lula da Silva, Vladimir Palmeira e Jandira Feghali.
Nº de documentos: 3
–– Cartões de visita de Eugênio Castro, Miguel Calmon du Pin e Almeida, Paulo de Frontin e senhora.
Nº de documentos: 3
Doador: Victorino Coutinho Chermont de Miranda.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):259-262, out./dez. 2008
259
Arquivo
–– Condy Ragnet: sua vida, obra e educação. 20° aniversário da tese
de doutorado apresentada à Universidade da Pensilvânia – USA em
1988. 1 folheto, 1 CD, 1 cartão de agradecimento.
Doadora: Zélia de Sá Viana Camurça.
–– Documentos sobre escravos: Livro contendo escrituras de compra e
venda, cartas de liberdade. Incompleto. 1871-1873.
Doador: Melquíades Pinto Paiva.
–– Disco: Sérgio Cabral no Congresso – Deputado Federal – PSB
Doador: Alfredo Brito.
–– Documentos pertencentes a Antônio Carneiro Leão, destacando-se a
correspondência com o diplomata e historiador Manuel de Oliveira
Lima. Fundo Eva Tórtima.
Doador: Pedro Tórtima.
2 - Adquiridos por compra:
a) FARP:
–– Volantes de propaganda eleitoral: a) Para Presidente da República e
Vice-Presidente: Getúlio Vargas e João Pessoa, b) Movimento Popular Jânio Quadros.
–– Discos: a) Monumento apresenta – A Carta – Testamento de Getúlio Vargas na interpretação de Silvino Netto, b) Amaral Neto na XV
Convenção Nacional da UDN – A Verdade custe o que custar.
–– Cartões de visita: General e sra. Gaspar Dutra, Henrique Dodsworth
(prefeito do Distrito Federal), Monseigneur Aloisi Masella.
–– Cardápio do almoço oferecido a Sua Excelência Sr. Presidente da
República Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira, por ocasião da inauguração das obras da BR-2, trecho São Paulo-Curitiba. Registro,
24.1.1961.
b) Leilão:
–– Volantes de propaganda eleitoral: a) Não desespere! Jânio vem aí...,
b) Eleitorado culto e inteligente do Brasil, Minas e Juiz de Fora – Se
quiserdes redemocratizar a República e engrandecer a Pátria, votai o
260
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):259-262, out./dez. 2008
Relatórios setoriais
––
––
––
––
nome do major-brigadeiro Eduardo Gomes para Presidente da República.
Cardápio do almoço em homenagem a Enrico Ferrri. Com autógrafo.
Rio de Janeiro, 27.11.1908.
Cassino balneário da Urca. Grill Room. Rio de Janeiro. Impresso.
Título de eleitor nº 22 de Luís Domingues Branco. Província de São
Paulo. Município da Parnaíba. São Paulo, 1.9.1881.
Notas fiscais: G. Huebner & Amaral, J. B. Pedrosa & C. (2); Companhia de Transportes e Carruagens, Officina Vulcano (2); Freitas,
Couto & Ca. Ferragens, Tintas e Artigos de Cozinha (2); Fábrica Nacional de Artefatos de Borracha e Manuel Moreira Dias, Depósito de
Máquinas de Timóteo Martins & C. (2); A. S. Coqueiro, Julio Miguel
de Freitas & Cia. (2); Cunha & Fernandes (2); A. F. Vieira, Alfaiataria de A. L. Oliveira (2); Campos, Silva & C. (1); Carlos Conteville
& Cia., Oscar Tavares & Comp. (2); Alexandre Ribeiro & Comp. (1);
Vicente dos Santos Caneco & C. (1); Melo Sampaio & Ca. – Ao fogão econômico (1); Fundição de Ferro e Bronze-M.S.Lino (1); José
Silva & Comp. (1); Casa Globo – M.R. Paiva (1); Lobo da Costa,
Gomes Neto & Cia. (1).
D – ATENDIMENTO DE PEDIDOS DE REPRODUÇÃO: 7 (sete) pedidos.
E - VISITAS AO ARQUIVO:
–– Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - Departamento de História - Cadeira de Arquivística.
Prof. Jaime Antunes da Silva - 8 alunos
Data: 1.7.2008
–– Universidade Gama Filho
Visita de alunos acompanhados pelo Dr. Elysio de Oliveira Belchior,
2º secretário do IHGB.
Data: 9.7.2008
–– Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):259-262, out./dez. 2008
261
Arquivo
Faculdade de Medicina
Dr. Carlos Alberto Basílio de Oliveira - 8 alunos
Data: 26.8.2008
F – PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS:
–– Exposição “Barão de Mauá”
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Período: 14.7.2008 a 10.8.2008
Material exposto: Documentos textuais: 11
Iconografia: 1 foto, 1 litografia e 1 álbum
–– Posse do Presidente de Portugal Aníbal Cavaco Silva como Presidente de Honra do IHGB.
Exposição de peças do acervo do IHGB
Local: IHGB
Data: 7.3.2008
Material exposto: Documentos textuais: 5
G – PARTICIPAÇÃO EM PALESTRAS:
–– Palestra do Coronel Ronaldo Braga
Tema: Segurança de Instituições Culturais
Local: Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
Data: 5. 8.2008
H - AUTOMAÇÃO DO ARQUIVO:
Disponibilizados para o usuário:
–– Coleção IHGB e Arquivos: General Osório, Victorino Chermont de
Miranda, João Severiano, Fonseca Hermes, Paulo de Frontin, Hélio
Viana e Wanderley Pinho.
Total de itens até a presente data: 22.269
CONCLUSÃO:
O Arquivo funcionou, durante o ano de 2008, com 2 funcionárias: 1
Arquivista e 1 Auxiliar de Arquivo. Os programas de trabalho foram
desenvolvidos dentro do tempo previsto.
262
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):259-262, out./dez. 2008
Relatórios setoriais
Lucia Maria Alba da Silva
Chefe do Arquivo
ARQUIVO
ICONOGRAFIA
Relatório das atividades
Período de outubro de 2007 a outubro de 2008
A – ATIVIDADES DE ROTINA:
–– Pesquisa.
–– Registro no livro de entrada do acervo.
–– Digitação de planilhas de descrição.
–– Digitalização de peças do acervo.
–– Acompanhamento das reproduções fotográficas.
–– Confecção de envelopes, caixas, pastas para acondicionamento.
B – ATENDIMENTO DE PEDIDOS DE REPRODUÇÃO:
–– Solicitante: Vladimir Sacchetta – Cia. da Memória
Material solicitado: 6 fotos
Finalidade: Caderno iconográfico da biografia do general Osório, série Perfis Brasileiros, da Companhia das Letras.
–– Solicitante: Ana Laura N. Sousa
Material solicitado: Fotos de D. Romualdo Seixas, Padre Anchieta,
Diogo Feijó, Seminário de Olinda, Jesuítas. (5)
Finalidade: Edição de livro.
–– Solicitante: Marcus Monteiro, Diretor Geral INEPAC
Material solicitado: 29
Finalidade: Publicação de livro de memória fotográfica da Baixada
Fluminense.
–– Solicitante: Rogério Rezende
Material solicitado: 1 foto
–– Solicitante: Embaixador Vasco Mariz
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):263-267, out./dez. 2008
263
Arquivo/Iconografia
Material solicitado: 6
Finalidade: Publicação do livro “A Música no Rio de Janeiro no tempo de D. João”.
–– Solicitante: Mariângela Castro – Fundação Roberto Marinho
Material solicitado: Retrato de José Maurício Nunes Garcia
Finalidade: Produtos educativos e de divulgação do Projeto de Restauro da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé.
–– Solicitante: Regina Cascão: Colégio Brasileiro de Genealogia
(CBG)
Material solicitado: Retrato de Vicente Costa Santos Tapajós
–– Solicitante: Guilherme de Andréa Frota
Material solicitado: Iconografia sobre o visconde de Inhaúma. 5 fotos
–– Solicitante: Rodrigo Moura Visoni
Material solicitado: 1 foto
–– Solicitante: Priscila Serejo
Material solicitado: 7
–– Solicitante: Adriana Barreto de Sousa
Material solicitado: Retrato do visconde de Majé
Finalidade: Tese de doutoramento.
–– Solicitante: Bruno Porto – Editora Objetiva
Material solicitado: 29
Finalidade: Livro: “Condessa de Barral” (provisório) de Mary Del
Priore.
–– Solicitante: Cyro Ferreira Filizola Zucarino
Material solicitado: Foto de João Bráulio Muniz
Finalidade: Opúsculo sobre o regente e sua passagem pela ilha de
Paquetá.
–– Solicitante: Maria José dos Santos Cunha
Material solicitado: 3 fotos
264
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):263-267, out./dez. 2008
Relatórios setoriais
Finalidade: Tese de doutoramento sobre os jesuítas no Espírito Santo.
–– Solicitante: João E. da Costa Machado – Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (MA)
Material solicitado: Foto de César Augusto Marques.
–– Solicitante: Ernesto Regino Xavier de Carvalho
Material solicitado: Forte de Monteserrate
Finalidade: Publicação institucional do Centro de Recursos Ambientais (Salvador-BA).
–– Solicitante: Casa de Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
Material solicitado: 13
–– Solicitante: Nataraj Trinta
Material solicitado: Missa Campal em homenagem a Princesa Isabel,
a 17 de maio de 1888.
Finalidade: Revista de História da Biblioteca Nacional. nº 29.
C – ENRIQUECIMENTO DO ACERVO:
Doações:
–– Fotografia de Hamilton Nogueira – 1897
Doador: Victorino Coutinho Chermont de Miranda.
–– Fotografias do IHGB. Jonas de Morais Correia Filho. 1972, 1977 e
1978 – 6 fotos
Doador: General Jonas de Morais Correia Neto.
–– Ressaca em Botafogo – Fotografia
Doadora: Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha.
–– Calendário: Postais de Alagoas – 2008
Doador: Douglas Apratto Tenório – Instituto Histórico e Geográfico
de Alagoas.
–– Egon e Frieda Wolf, com padrinhos, no casamento (cópia).
Doador: Carlos Wehrs.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):263-267, out./dez. 2008
265
Arquivo/Iconografia
–– Marquesa de Lages – Litografia
Doador: Miguel Salles.
–– Arcos da Lapa – cartão-postal (6)
Doador: Pedro Tórtima.
–– Dom João VI – Rei do Reino Unido de Portugal, do Brasil e Algarves. Homenagem do Instituto Dom João VI no 2º Centenário da
Transferência da Família Real para o Brasil.
Doador: Victorino Coutinho Chermont de Miranda.
–– Brasão da Família Trompowsky
Doadora: Atella Maria B. T. L de Oliveira.
–– Fotos de Augusto Malta: 41
Fotos diversas: 7
Doador: Pedro Tórtima.
–– Ilustrações do falecido sócio Geraldo de Menezes no Jornal de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
1988-1992. (cópias xérox).
Doadora: Cybelle Moreira de Ipanema.
Adquirido por compra:
a) FARP:
–– Retratos de Carlos Lacerda: 3
–– Retratos diversos: 10
–– Retrato: Manuel Duarte, Washington Luís Pereira de Sousa, entre
outros.
b) Leilão:
–– Fotografias de Getúlio Vargas, Café Filho, Nereu Ramos, Epitácio
Pessoa: 3
–– Posse da governadoria do Acre – Ministério da Justiça – Rio. Carlos
Luz, Presidente da República – Litografia: 1
Comodato:
266
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):263-267, out./dez. 2008
Relatórios setoriais
–– Bilhete postal – Associação de Cartofilia do Rio de Janeiro. XVIII
Jornada Nacional de Cartofilia.
Comodante: Victorino Coutinho Chermont de Miranda.
–– Exportadores de café (Barão de Matos Vieira, comendador Francisco
Joaquim Gomes, Paulo Arnaud da Silva Taveira, Albano Raimundo
da Fonseca Marques). Foto.
Comodante: Victorino Coutinho Chermont de Miranda.
–– Retrato do Barão de Pouso Alto.
Retrato do Barão de Calera.
Comodante: Victorino Coutinho Chermont de Miranda.
D – AUTOMAÇÃO DO ARQUIVO:
–– Itens disponibilizados para usuários até a presente data: 5.003
Lucia Maria Alba da Silva
Chefe do Arquivo
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):263-267, out./dez. 2008
267
Relatórios setoriais
HEMEROTECA
A Hemeroteca continua a atuação no sentido de aprimorar o atendimento ao público, sobretudo através da indexação da coleção completa da
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e outros periódicos
em sua base de dados. O acervo está todo indexado.
Incorporação ao acervo:
Foram indexados 119 artigos de periódicos, 117 informações contidas nas atas de Revista e 182 periódicos.
A base de dados já se encontra com 8.907 artigos, 5.302 títulos de
periódicos e 104.294 fascículos.
Atendimento por e-mail:
Foram atendidas 78 consultas
Conservação:
Higienização de 1.594 periódicos, entre eles o Jornal do Commercio,
Correio Official (RJ), o Cruzeiro (RJ), A Província (PE), Diário do
Governo (RJ) e A União (PB);
Restauração de quatro volumes de periódicos raros: Gazeta de Lisboa Occidental (1718 e 1722), A Idade d’Ouro do Brazil (1812), e
Brazil Ilustrado (1888);
Encadernação de 48 números da Revista do IHGB.
Digitação:
A Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro já se encontra toda digitalizada do t. 1, 1839 ao n. 438, jan/mar. 2008.
Folha do Acre (1910-1912).
Sob a responsabilidade da Hemeroteca e operação do funcionário
Givonildo Luiz da Silva, foram atendidos 191 pedidos de digitalizações, atendendo aos setores: Biblioteca, Arquivo e Hemeroteca.
Aquisição por compra:
Brasil Reportagens – 2; Careta – 2; O Cruzeiro – 2; Fatos & Fotos –
6; Ilustração Brasileira – 9; O Malho – 3: Manchete – 66; A Manhã
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):269-270, out./dez. 2008
269
Hemeroteca
– 1; O Momento – 12; Mundo Ilustrado – 44; Noite Ilustrada – 1;
Revista da Semana – 1 e Sétimo Céu (Portugal aclama JK) – 1.
Ao todo foram adquiridos 110 números de periódicos para preencherem as lacunas de acervo.
Intercâmbio:
A distribuição da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro é feita para 166 bibliotecas de Institutos Históricos Estaduais
e Municipais, Academias, entidades e universidades nacionais e estrangeiras.
Participação em palestras:
Palestra sobre Proteção contra Incêndio aplicada pela Firma Mentor
realizada na CEPHAS.
Palestra do Cel. Ronaldo Braga sobre Segurança de Instituições Culturais, realizada no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
Visitantes:
Edward L. Widner – Diretor da John Carter Brown Library.
Comissão do presidente de Portugal Aníbal Cavaco e Silva.
Cláudio Magnavita – jornalista de turismo.
Estudantes da Universidade Gama Filho.
Projetos:
Em andamento: disponibilidade dos números digitalizados da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro na base de dados,
nos terminais da Sala de Leitura.
Celia da Costa
Chefe da Hemeroteca
270
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):269-270, out./dez. 2008
Relatórios setoriais
MUSEU
Compras/FARP:
–– 01 (uma) medalha de bronze. 3ª Conferência Internacional Americana, 1906.
–– 01 (uma) medalha de prata. Presidente José Linhares.
–– 01 (uma) medalha de prata. Presidente João Café Filho.
–– 01 (uma) medalha de bronze. Visita do Presidente Harry Truman ao
Brasil, 1947.
–– 01 (uma) flâmula de propaganda política. Campanha presidencial de
Juscelino Kubitschek, 1955.
–– 01 (uma) flâmula comemorativa. Visita do presidente Juscelino Kubitschek ao Amapá.
–– 01 (um) prato decorativo. Porcelana francesa com o retrato de Santos
Dumont.
–– 01 (um) button de propaganda política. Campanha Civilista, com o
retrato do marechal Hermes da Fonseca.
–– 01 (um) button de propaganda política. Partido da Soberania Nacional – 33.
Doações:
–– 01 (uma) medalha comemorativa. 170 anos do Arquivo Nacional.
–– 01 (um) medalhão Comemorativo. Centenário de Nascimento do
Prof. Ernesto de Mello Salles Cunha, por doação de Thales Ribeiro
de Magalhães.
–– 01 (uma) peça comemorativa. Bicentenário da Chegada da Família
Real, por doação de Antônio da Silva Pena Loulé.
–– 01 (um) retrato a óleo. Visconde de Andaraí, de autoria de Vienot
et Morisset, doação de D. Laura Cerqueira Lima, por intermédio do
sócio João Mauricio de Araújo Pinho.
–– 01 (um) retrato a óleo. Não assinado, de James Andrew, idem.
–– 01 (um) retrato a óleo. Não assinado, de Margarida d´Assunção Silva
Andrew, idem.
–– 01 (um) retrato a óleo. Não assinado, de Benedita Cândida Andrew
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):271-273, out./dez. 2008
271
Museu
de Souza, idem.
–– 01 (um) retrato a lápis de cera. Visconde de Andaraí, de autoria de
Valle, idem.
–– 01 (uma) fotografia colorisada. Barão de Aimorés, em formato bombée, emoldurada, com a marca do atelier da Chicago Portrait Company, por doação de descendentes do referido titular, por intermédios
da prof. Regina Wanderley.
–– 01 (uma) fotografia colorisada. Baronesa de Aimorés, em formato
bombée, emoldurada, com a marca do atelier da Chicago Portrait
Company, por doação de descendentes da referida titular, por intermédios da prof. Regina Wanderley.
–– 01 (um) prato de porcelana. Limoges, França, com detalhes policromados e aplicação de ornatos florais e inscrição “DEODORO” – fim
do século XIX, do aparelho de jantar do Mal. Deodoro da Fonseca,
por doação de Francisco José Andrade Ramalho.
–– 01 (um) protetor de caixa de fósforos. Campanha eleitoral de 1950.
Para Presidente Getúlio Vargas e para Governador Ernani do Amaral
Peixoto por doação de Maura Macedo Correa e Castro.
Legado da sócia Maria Cecília Ribas Carneiro:
1. Espátula em bronze com incrustação em marfim de cabeça feminina
coroada com louros com a inscrição em baixo relevo “Dr”, e abaixo
o monograma “RC” de seu pai, o jurista Edgar Ribas Carneiro. No
verso da peça existe a inscrição “Bernoud”.
2. Estojo em jacarandá com guarnições em prata em estilo rococó tendo
ao centro o emblema da justiça e uma pequena placa com a inscrição
em baixo relevo “RC”, do jurista Edgard Ribas Carneiro.
3. Pequena placa em jacarandá e metal banhado à prata com o brasão
policromado da cidade de Porto Alegre e as inscrições em baixo relevo “A Câmara Municipal de Porto Alegre agradece a honrosa visita
de”, e, em letra manuscrita, “Maria Cecília Ribas Carneiro”.
4. Moeda em prata com a inscrição: verso “UM PESO 1947 Mo. 14 Gr.
0.500.” (com perfil masculino imberbe com a identificação “Morelos”, um dos mártires da Independência mexicana), reverso “Estados
272
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):271-273, out./dez. 2008
Relatórios setoriais
Unidos Mexicanos” (com emblema do México).
5. Estatueta de bacamarteiro nordestino portando arma e cachimbo,
com a inscrição: “Zizuino Brilante” na parte inferior frontal e atrás
“JFS”.
6. Estatueta em barro cozido, madeira e arame representando vendedor
de peixes com chapéu, cachimbo e duas cestas com peixes, uma delas
danificada.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):271-273, out./dez. 2008
273
Publicações recebidas
III.3 – Publicações Recebidas
Livros Recebidos
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Arquivo. Arquivo dos Acadêmicos:
guia geral. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 2003. 230 p.
___ . Arquivo Machado de Assis. Rio de Janeiro: inventário. Rio de Janeiro:
Academia Brasileira de Letras, 2003. 49 p.
ALMADA, Zenilo. Dias da Rocha: origem, vida e obra. Fortaleza: Z.
Almeida, 2008. 481 p.
AMADO, Wolmir Therezio. Diálogos com a história. Goiânia: Ed. da UCG,
2006. 186 p.
ANDRADE, Marcos Ferreira de. Elites regionais e a formação do Estado
imperial brasileiro: Minas Gerais, Campanha da Princesa (1799-1850). Rio
de Janeiro: Arquivo Nacional, 2008. 376 p.
ARANHA, Maria Amélia Arruda de Souza Botelho; MAMMANA, Maria
Amélia de Souza Aranha. As nuvens passam: personagens esquecidos. São
Paulo: All Print. Ed., 2007. 139 p.
ARAUJO, Valdei Lopes de (Org.). Teófilo Ottoni e a Companhia do Mucuri:
a modernidade possível. Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 2007.
494 p.
AS CONSTITUIÇÕES brasileiras: de 23 de maio a 23 de agosto de 2007.
São Paulo: Fundação Armando Álvares Penteado, 2007. 316 p.
BACHILLER CABRIA, Juan Vicente. Cartografía manuscrita de Brasil
en las colecciones españolas (1500-1822). Salamanca: Universidad de
Salamanca, Centro de Estudios Brasileños, 2008. 247 p.
BANDEIRA, Julio; LAGO, Pedro Corrêa do. Debret e o Brasil: obra
completa : 1816-1831. Prefácio de José Murilo de Carvalho. Rio de
Janeiro: Capivara, 2007. 708 p.
BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Fórmula para o caos: a derrubada de
Salvador Allende (1970-1973). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2008. 640 p.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):275-287, out./dez. 2008
275
Livros recebidos
___ . A reunificação da Alemanha: do ideal socialista ao socialismo real.
2. ed. rev., aum. e atual. São Paulo: Global, 2001. 256 p.
BARBOSA, Rui. Discursos em Haia. Rio de Janeiro: Edições Casa de Rui
Barbosa, 2007. 274 p.
BARROS, Orlando de. Corações De Chocolat: a história da Companhia
Negra de Revistas (1926-27). Rio de Janeiro: Livre Expressão, 2005. 320 p.
BATALHA, Fernando. Arquitectura e história. Lisboa: Guimarães Ed.;
Roma: Universitá degli Studi di Roma Tor Vergata, 2006. 267 p.
BEHR, Miguel von. Quixadá: terra dos monólitos. São José dos Campos:
Somos Ed., 2007. 303 p.
BELTRÃO, Maria da Conceição de Moraes Coutinho. Le peuplement de
l’Amérique du Sud: essai d’archéogéologie: une approche transdiciplinaire.
Paris: Riveneuve, 2008. 222 p.
BENTO, Cláudio Moreira. General Osório: o maior herói e líder popular
brasileiro. Resende: Academia de História Militar Terrestre do Brasil, 2008.
BERNARDO, J. Caminhos e trilhas da Ilha Grande. Rio de Janeiro:
Enelivros, 2005. XXXV,355 p.
BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Machado de Assis: 100 anos de uma
cartografia inacabada. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2008.
64 p.
BICCA, Brianne Elizabeth Panitz; BICCA, Paulo Renato Silveira (Org.).
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):275-287, out./dez. 2008
287
Periódicos recebidos
Periódicos Recebidos
ACERVO. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, v. 20, n. 1-2, jan./dez. 2007.
ANAIS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. Rio de Janeiro, v.
79, n. 4, dez. 2007; v. 80, n. 1, 3, mar., set. 2008.
ANAIS DE HISTÓRIA DE ALÉM-MAR. Lisboa, Ponta Delgada:
Universidade Nova de Lisboa, Universidade de Açores, Faculdade de
Ciências Sociais e Humanas, Centro de História de Além-Mar, n. 7-8, 20072008.
ANAIS DO MUSEU HISTÓRICO NACIONAL. Rio de Janeiro, v. 39,
2007.
ANUÁRIO DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA / Ronaldo Rogério de
Freitas Mourão. Rio de Janeiro: Letras & Magia Editora, 2008.
ANUARIO DE ESTUDIOS AMERICANOS. Sevilla: Escuela de Estúdios
Hispano-Americanos, v. 64, no. 2, jul./dic. 2007.
ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL. Rio de Janeiro: IBGE, v. 67,
2007.
ARQUIVO MEMÓRIA DE GUARATINGUETÁ. Guaratinguetá, n. 266280, 2007-2008.
ASOCIACIÓN CULTURAL CRISTÓBAL COLÓN: boletín informativo.
Palma de Mallorca Islãs Baleares, año 45, epoca 2, n. 26, oct. 2007.
BOLETIM DA SOCIEDADE DE GEOGRAFIA DE LISBOA. Lisboa, ser.
124, n. 1-12, jan./dez. 2007.
BOLETIM DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO PARANÁ.
Curitiba, v. 58, 2007.
BOLETÍN DE HISTORIA Y ANTIGÜEDADES. Bogotá, D. C.: Academia
Colombiana de Historia, v. 94-95, no. 839-840, 2007-2008.
BOLETÍN DE LA ACADEMIA CHILENA DE LA HISTORIA. Santiago de
Chile, año 73, n. 116, jul./dic. 2007.
BRASIL EM NÚMEROS. Rio de Janeiro: IBGE, v. 15-16, 2007-2008.
BRASIL GENEALÓGICO. Rio de Janeiro: Colégio Brasileiro de Genealogia,
t. 5, 2005.
288
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):288-293, out./dez. 2008
Publicações recebidas
CADERNOS DA COMUNICAÇÃO. Rio de Janeiro: Secretaria Especial de
Comunicação Social, 2006-2007. (Série Estudos; v. 16-19).
CADERNOS DE ESTUDOS SOCIAIS. Recife: Fundação Joaquim Nabuco,
v. 19, n. 2, jul./dez. 2003.
CADERNOS DO CHDD. Rio de Janeiro: Fundação Alexandre de Gusmão,
ano 6, 1. sem. 2007. N. especial; ano 6, n. 10-11, 1./2. sem. 2007.
CADERNOS DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE
NITERÓI. Niterói, n. 9, 2007. Conteúdo: Bibliografia básica para a história
de Niterói, por Salvador Mata e Silva.
CAFÉ-COM-LETRAS. Teófilo Otoni: Academia de Letras de Teófilo Otoni,
ano 5, n. 5, nov. 2007. Conteúdo: Theófilo Benedicto Ottoni, 1807-2007:
uma vida, uma história. Bicentenário de nascimento.
CARIOQUICE. Rio de Janeiro: Instituto Cultural Cravo Albin, ano 4, n. 15,
out./dez. 2007; ano 5, n. 17, abr./jun. 2007.
CARTA MENSAL. Rio de Janeiro: Associação de Cartofilia do Rio de
Janeiro, ano 21-22, n. 171-176, set. 2007/fev. 2008; n. 178-181, maio/jul.
2008.
CARTA MENSAL. Rio de Janeiro: Colégio Brasileiro de Genealogia, ano
20, n. 87, out./dez. 2007 e jan. 2008.
CARTA MENSAL. Rio de Janeiro: Confederação Nacional do Comércio, v.
53, n. 627, jun. 2007; n. 629-633, ago./dez. 2007; n. 635-636, 639, fev./mar.,
jun. 2008.
CLÍO. Santo Domingo: Academia Dominicana de la Historia, año 76, no.
174, jul./dic. 2007.
COLETÂNEA TURÍSTICA. Rio de Janeiro: CNC, Conselho de Turismo,
2008.
CONFLUÊNCIA: revista do Instituto de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro:
Liceu Literário Português, n. 32, 2. sem. 2006.
A DEFESA NACIONAL: Revista de assuntos militares e estudo de problemas
brasileiros. Rio de Janeiro, ano 93, n. 808, maio/ago. 2007; ano 94, n. 810,
jan./abr. 2008.
EM ABERTO. Brasília: INEP, v. 21, n. 78, dez. 2007.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):288-293, out./dez. 2008
289
Periódicos recebidos
ENCONTROS. Rio de Janeiro: Colégio Pedro II, Departamento de História,
n. 9, 2007.
ESPAÇO PLURAL. Marechal Cândido Rondon: Universidade Estadual do
Oeste do Paraná, Centro de Estudos, Pesquisas e Documentação da América
Latina, ano 8, n. 16, 1. sem. 2007.
ESTUDOS AMERICANOS. Porto Alegre: PUCRS, v. 33, n. 2, dez. 2007.
ESTUDOS FILOSÓFICOS. São Paulo: DFIME, Departamento das Filosofias
e Métodos, n. 1, 2008.
ETHNOLOGY: na international journal of cultural and social anthropology.
Pittsburgh: University of Pittsburgh, v.45, no. 4, Fall 2006; v. 46, no. 1,
Winter 2007.
THE FLORIDA ANTHROPOLOGIST. Gainesville, Fl: The Florida
Anthropological Society, v. 60, no. 1-4, Mar./Dec. 2007.
HISTÓRIA DIGITAL. Brasília: Centro de Memória Digital, ano 1, n. 1,
2007.
HISTÓRIA UNISINOS. São Leopoldo: UNISINOS, v. 11, n. 3, set./dez.
2007.
HUMANITAS. Campinas: Pontifícia Universidade Católica, v. 9, n. 2, jul./
dez. 2006.
INFORMATIVO DO IEV. Lorena, n. 193, nov. 2007; n. 199, jun. 2008.
LOCUS: revista de história. Juiz de Fora: Editora UFJF, v. 12, n. 2, 2006; v.
13, n. 2, 2007.
MARTIUS-STADEN-JAHRBUCH. São Paulo: Instituto Martius-Staden, nr.
54, 2007.
MEMORIA & SOCIEDAD. Bogotá: Pontifícia Universidad Javeriana, v. 10,
n. 21, jul. dic. 2006; v. 11, n. 22, ene./jun. 2007.
MESOAMÉRICA. South Woodstock, VT: Plumsock Mesoamerican Studies,
año 29, no. 50, ene./dic. 2008; Índ. General 1980-2008.
MUSAS: revista brasileira de museus e museologia. Rio de Janeiro: Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 3, 2007.
NAVIGATOR: subsídios para a história marítima do Brasil. Rio de Janeiro:
Serviço de Documentação da Marinha, v. 3, n. 6, 2007.
290
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):288-293, out./dez. 2008
Publicações recebidas
NOTÍCIA BIBLIOGRÁFICA E HISTÓRICA. Campinas: PUC Campinas,
ano 38, n. 200-201, jan./dez. 2006.
ORG & DEMO. Marília: Universidade Estadual Paulista, Faculdade de
Filosofia e Ciências, v. 8, n. 1-2, jan./dez. 2007.
PESQUISAS. Antropologia. São Leopoldo: Instituto Anchietano de
Pesquisas, n. 65-66, 2007-2008.
PÓVOA DE VARZIM. Povoa de Varzim: Biblioteca Municipal Rocha
Peixoto, v. 41, 2007.
O PRELO. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, ano 4, n. 16, dez. 2007/fev.
2008.
PRESENÇA. São Luiz Gonzaga, RS: Instituto Histórico e Geográfico de São
Luiz Gonzaga, n. 2, 2007.
RBPI: revista brasileira de política internacional. Brasília: Instituto Brasileiro
de Relações Internacionais, ano 50, n. 2, 2007.
RC: revista de cultura. Macau: Instituto Cultural do Governo da R.A.E., 2122, jan./abr. 2007.
RESGATE: revista interdisciplinar de cultura. Campinas: UNICAMP, n. 15,
2006.
REVISTA BRASILEIRA. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras,
ano 13, n. 52-54, jul. 2007/mar. 2008.
REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, v. 60, n.
1-2, jan./dez. 2006.
REVISTA COMPLUTENSE DE HISTORIA DE AMÉRICA. Madrid:
Universidad Complutense de Madrid, v. 32-33, 2006-2007.
REVISTA DA ASBRAP. São Paulo, n. 14, 2008.
REVISTA DA UGF. Goiânia, ano 8, n. 2, dez. 2006.
REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL. Rio de Janeiro,
ano 3, n. 28-37, jan./ out. 2008; Ind.: autores e assuntos, ano 3, n. 25-36, out.
2007/set. 2008..
REVISTA DE HISTÓRIA DE AMÉRICA. México: Instituto Panamericano
de Geografia e História, n. 131-136, jul. 2002/dic. 2005.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):288-293, out./dez. 2008
291
Periódicos recebidos
REVISTA DE HISTÓRIA REGIONAL. Ponta Grossa: UEPG, Deptº de
História, v. 11, n. 2, inverno 2006; v. 12, n. 1, verão 2007.
REVISTA DO ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO. Belo Horizonte, ano 43, n.
2, jul./dez. 2007; ano 44, n. 1, jan./jun. 2008.
REVISTA DO CÍRCULO DE ESTUDOS BANDEIRANTES. Curitiba, n.
21, set. 2007.
REVISTA DO HISTORIADOR. São Paulo: Academia Paulista de História,
ano 20, n. 141, jul./ago. 2008.
REVISTA DO INSTITUTO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA MILITAR DO
BRASIL. Rio de Janeiro, ano 60, n. 86, 2000; ano 66, n. 93, 2006.
REVISTA DO INSTITUTO DO CEARÁ. Fortaleza, ano 121, t. 121, v. 121,
2007.
REVISTA DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA.
Salvador, n. 102, 2007.
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE FEIRA DE
SANTANA. Feira de Santana, ano 4-5, n. 4-5, 2007-2008.
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SANTA
CATARINA. Florianópolis, n. 25-26, 2006-2007.
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SERGIPE.
Aracaju, n. 37, 2008.
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO ESPÍRITO
SANTO. Vitória, ES, n. 61, 2007.
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO
MARANHÃO. São Luís, n. 27, jul. 2007.
REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO
GRANDE DO SUL. Porto Alegre, ano 87, n. 142, 2007-2008.
REVISTA EMERJ. Rio de Janeiro: Escola de Magistratura do Estado do Rio
de Janeiro, v. 10, 2007. Edição Especial Comemorativa do Octogésimo Ano
do Código de Menores (1927/2007).
REVISTA ESPAÑOLA DE ANTROPOLOGÍA AMERICANA. Madrid:
Universidad Complutense de Madrid, v. 37, no. 2, 2007; v. 38, no. 1, 2008.
REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA. Rio de Janeiro: Serviço de
292
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):288-293, out./dez. 2008
Publicações recebidas
Documentação da Marinha, v. 127, n. 10-12, out./dez. 2007; v. 127, dez. 2007.
Edição especial: Bicentenário de nascimento [do] Marquês de Tamandaré; v.
128, n. 4-6, abr./jun. 2008.
REVISTA RIO DE JANEIRO. Rio de Janeiro: Fórum do Rio de Janeiro/
UERJ, n. 16-19, maio 2005/dez. 2006.
SÍNTESE DA ECONOMIA BRASILEIRA. Rio de Janeiro: Confederação
Nacional do Comércio, 2008.
TERRA BRASILIS: dossiê América Latina. Rio de Janeiro: Grupo de Trabalho
de História do Pensamento Geográfico no Brasil, ano 2, n. 3, 2001.
VERITAS : revista de filosofia. Porto Alegre: PUCRS, v. 52, n. 3, set. 2007.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):288-293, out./dez. 2008
293
Estatísticas
III.4 – Estatística
PESQUISAS REALIZADAS NA SALA DE LEITURA
NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 2007 A OUTUBRO DE 2008
CONSULENTES: ....................................................................
LIVROS: ..................................................................................
PERIÓDICOS: .........................................................................
MANUSCRITOS:.....................................................................
ICONOGRAFIA: .....................................................................
MICROFILME: ........................................................................
CDs: ..........................................................................................
2.499
3.596
1.761
1.955
804
01
67
VISITAS AO MUSEU
NO ANO DE 2008
VISITAS: ..................................................................................
173
ACESSOS AO SITE
NO ANO DE 2008
ACESSOS: ............................................................................... 56.195
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):295-295, out./dez. 2008
295
Cadastro Social
IV – QUADRO SOCIAL
IV.1 –
Cadastro Social
A - POR CLASSES
Presidentes Honorários
1.
Dom Juan Carlos de
Bourbon, da Espanha
25-05-1983
Palácio de La Zarzuela - Madrid –
Espanha
2.
José Sarney
Ala Sen. Ruy Carneiro - Gab. 3 - Anexo
02-10-1985 II/B - Senado Federal - 70165-900 Brasília - DF
3.
Jornal Gazeta de Alagoas – Av. Aristeu
Fernando Collor de Mello 13-12-1991 de Andrade, 355 – Farol – Maceió – AL
– 57051-090 – Fone.: (82) 3218-7700
4.
Fernando Henrique
Cardoso
Instituto Fernando Henrique Cardoso –
Rua Formosa, 367 – 6o andar – Centro
03-10-1999
– São Paulo – SP – 01049-000 – Fone.:
(11) 3359-5000
5.
Jorge Sampaio
24-04-2000
Praça Afonso de Albuquerque - Palácio
de Belém - 1300 - Lisboa – Portugal
6.
Aníbal Cavaco Silva
07-03-2008
Palácio de Belém – Calçada da Ajuda, nº
11 – 1349022 – Lisboa - Portugal
Sócios Eméritos
01 – Beneméritos
1.
Luiz de Castro Souza
Rua Sebastião Lacerda, 31/507 26-06-1963 Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - 22240110 - Fone: (21) 2557-3425
2.
Max Justo Guedes
Rua Sambaíba, 166/104 - Leblon - Rio
15-12-1967 de Janeiro - RJ - 22450-140 - Fone.: (21)
2274-0374
3.
Isa Adonias
Rua Tonelero, 125/801 - Copacabana 04-09-1968 Rio de Janeiro - RJ - 22030-000 - Fone.:
(21) 2257-3304
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
297
Por classes
02 - Eméritos
4.
Enélio Lima Petrovich
21-05-1969
Rua Açu, 703 – Tirol – Natal RN –
59020-110 – Fone.: (84) 3222-3050
5.
Augusto Carlos da Silva
Telles
19-05-1971
Caixa Postal 85828 - Pati do Alferes - RJ
– 26950-000 - Fone.: (24) 2485-6690
6.
João Hermes Pereira de
Araújo
Rua Gago Coutinho, 66/901 - Laranjeiras
19-05-1971 - Rio de Janeiro - RJ - 22221-070 - Fone.:
(21) 2558-0100
7.
Affonso Arinos de Mello
Franco
Praia de Botafogo, 130/801 – Botafogo 19-05-1971 Rio de Janeiro - RJ - 22250-040 - Fone.:
(21) 2552-5922
8.
Lygia da Fonseca
Fernandes da Cunha
Rua Senador Vergueiro, 200/409 –
19-05-1971 Flamengo - Rio de Janeiro - RJ – 22230001 - Fone.: (21) 2552-6177
9.
Affonso Celso Villela de
Carvalho
Av. Celso Garcia, 564 – Palmas – Paulo
11-12-1974 de Frontin – RJ - 26650-000 – Fone.:
(24) 2471-2566/2468-1340
10. Luís Henrique Dias
Tavares
Av. Princesa Leopoldina, 214/1003 15-12-1975 Edf. Serza Real – Graça - 40150-080 Salvador - BA – Fone.: (71) 3245-3524
11. Cybelle Moreira de
Ipanema
Rua Rui Vaz Pinto, 130/302 – Jardim
Guanabara - Ilha do Governador - Rio de
15-12-1976
Janeiro - RJ - 21931-390 – Fone.: (21)
3393-3927
12. Thalita de Oliveira
Casadei
Rua Lemos Cunha, 414/402 – Icaraí –
15-12-1976 Niterói – RJ – 24230-130 – Fone.: (21)
3711-8385.
13. Claudio Moreira Bento
Casa da Palmeira Imperial – Rua
Florença, 266 - Jardim das Rosas 13-12-1978
Itatiaia - RJ – 27580-000 – Fone.: (24)
3354-2988
14. Walter Fernando Piazza
Rua Frei Evaristo, 172 – Centro –
13-12-1978 Florianópolis – SC – 88015-410 Fone.:
(48) 3222-3014
298
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
15. Lêda Boechat Rodrigues
Rua Paul Redfern, 23/C. 01 – Ipanema 17-12-1979 Rio de Janeiro - RJ – 22410-080 - Fone.:
(21) 2239-8233
16. Lucinda Coutinho de
Mello Coelho
Rua Argentina, 306 – Nogueira –
16-12-1981 Petrópolis – RJ – 25730-120 – Fone.:
(24) 2221-0777
17. Vasco Mariz
Av. Atlântica, 2150/1102 - Leme - Rio
27-10-1982 de Janeiro - RJ - 22021-001 - Fone.: (21)
2255-9517
Sócios Titulares
1.
Pedro Jacinto de Mallet
Joubin
Rua Senador Eusébio, 30/204 –
11-12-1974 Flamengo – Rio de Janeiro - RJ – 22250020 - Fone.: (21) 2552-7460
2.
Arno Wehling
Rua Soares Cabral, 59/603 – Laranjeiras
15-12-1976 - Rio de Janeiro - RJ 22240-070 - Fone.:
(21) 2553-5677
3.
Waldir da Cunha
Rua Belfort Roxo, 158/302 – Copacabana
15-12-1976 – Rio de Janeiro - RJ – 22020-010 Fone.: (21) 2541-5613/9826
4.
José Pedro Pinto Esposel
Rua Comte. Miguelote Viana, 141 Icaraí
13-12-1978 – Niterói - RJ - 24220-190 – Fone.: (21)
2711-8663
5.
Evaristo de Morais Filho
Rua Domingos Ferreira, 102/303 Copacabana – Rio de Janeiro - RJ 10-12-1980
22050-010 – Fone.: (21) 2547-5629 /
2240-8314
6.
Paulo Werneck da Cruz
Rua Canning, 10/602 - Ipanema - Rio de
10-12-1980 Janeiro - RJ - 22081-040 – Fone.: (21)
2287-6966
7.
Guilherme de Andréa
Frota
Av. Rui Barbosa, 16/1802 - Flamengo –
16-12-1981 Rio de Janeiro - RJ - 22250-020 - Fone.:
(21) 2551-8717
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
299
Por classes
8.
Arnaldo Niskier
Rua Prudente de Morais, 765 - Cob. 02
16-12-1981 – Ipanema - Rio de Janeiro - RJ – 22420043 - Fone.: (21) 2267-7655
9.
Evaldo José Cabral de
Mello
Rua Barão de Jaguaribe, 297/301 28-10-1987 Ipanema - Rio de Janeiro - RJ - 22421000 - Fone.: (21) 2247-2574
10. Joaquim Victorino
Portella Ferreira Alves
Av. Atlântica, 1536/801 - Copacabana –
13-07-1988 Rio de Janeiro - RJ - 22021-000 - Fone.:
(21) 2295-2000 / 2541-3000
11. Alberto Venâncio Filho
Praia de Botafogo, 132/401 - Botafogo 17-08-1988 Rio de Janeiro - RJ - 22250-040 - Fone.:
(21) 2551-0159
12. Eduardo Silva
Rua Viúva Lacerda, 300/601 - Humaitá 17-08-1988 Rio de Janeiro - RJ - 22261-050 – Fone.:
(21) 2539-5845
13. José Arthur Rios
Travessa do Oriente, 83 - Santa Teresa 29-03-1989 Rio de Janeiro - RJ – 20240-120 - Fone.:
(21) 2224-6765
14. Marilda Corrêa Ciribelli
Rua Lopes Trovão, 89/801 - Icaraí –
07-06-1989 Niterói – RJ - 24220-070 – Fone. (21)
2711-4305
15. Maria da Conceição de
Moraes Coutinho Beltrão
Rua Prudente de Morais, 1179 - Cob. 01
20-09-1989 – Ipanema - Rio de Janeiro - RJ – 22420041 – Fone.: (21) 2513-2691
16. Carlos Wehrs
Rua Senador Vergueiro, 154/1203 –
29-11-1989 Flamengo - Rio de Janeiro - RJ – 22230001 - Fone.: (21) 2551-6916
17. Francisco Luiz Teixeira
Vinhosa
Estr. Caetano Monteiro, 2835 - Rua B,
356 – Pendotiba - Niterói - RJ – 24310030 - Fone.: (21) 2617-6818
12-12-1990
Rua Sergipe, 472 / 1206 – Funcionários
– 30130-170 – Belo Horizonte – MG –
Fone: (31)3212-4504
18. Antônio Gomes da Costa
Av. Osvaldo Cruz, 121/902 – Flamengo
29-04-1992 – Rio de Janeiro – RJ – 22250-060 –
Fone.: (21) 2253-5351
300
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
19. João Maurício Ottoni
Wanderley de Araújo
Pinho
Rua Pio Correia, 55 - Jardim Botânico 29-04-1992 Rio de Janeiro - RJ – 22461-240 - Fone.:
(21) 2252-7059
20. Jonas de Morais Correia
Neto
Rua Prof. Eurico Rabelo, 139 – Maracanã
24-06-1992 – Rio de Janeiro - RJ – 20271-150 Fone.: (21) 2569-7782
21. Esther Caldas Bertoletti
Rua das Laranjeiras, 147/204 –
Laranjeiras – Rio de Janeiro - RJ –
16-12-1992
22240-000 - Fone.: (21) 2557-5604 /
2557-5625
22. Victorino Coutinho
Chermont de Miranda
Rua Eurico Cruz, 47/1101 - Jardim
16-12-1992 Botânico - Rio de Janeiro - RJ - 22461200 - Fone.: (21) 2535-2273
23. Elysio Custódio
Gonçalves de Oliveira
Belchior
Rua Homem de Melo, 347/701 - Tijuca –
09-06-1993 Rio de Janeiro - RJ - 20510-180 - Fone.:
(21) 2571-9561 / 3804-9265
24. Luiz Felipe de Seixas
Corrêa
Embaixada do Brasil no Vaticano – Via
09-06-1993 della Conciliazione 22 – 3 piano 00193
– Roma - Itália
25. Miridan Britto Falci
Rua Des. Alfredo Russel, 50/101 –
09-06-1993 Leblon - Rio de Janeiro - RJ - 22431030 - Fone.: (21) 2274-0302
26. Ronaldo Rogério de
Freitas Mourão
Av. do Exército, 105 - Casa - Quinta da
08-06-1994 Boa Vista - 20910-020 – Rio de Janeiro
- RJ - Fone.: (21) 2580-7154
Rua Fernando Magalhães, 45 – Jardim
27. Helio Jaguaribe de Mattos 14-12-1994 Botânico – Rio de Janeiro – RJ – 22460210 – Fone: 3205-4668
28. Pedro Carlos da Silva
Telles
Rua Voluntários da Pátria, 181/201 –
14-12-1994 Botafogo - Rio de Janeiro - RJ - 22270000 - Fone.: (21) 2538-0726
29. Marcos Guimarães
Sanches
Rua Barão de São Borja, 23/101 – Meier
28-06-1995 - Rio de Janeiro - RJ – 20720-300 –
Fone.: (21) 2592-9224
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
301
Por classes
30. Vera Lucia Bottrel Tostes
Rua Francisco Otaviano, 23 - Bl. 2 - apt.
301 – Copacabana – Rio de Janeiro - RJ
18-12-1996
– 22080-040 - Fone.: (21) 2287-9282 (21) 2220-2328 (museu)
31. Hélio Leoncio Martins
Rua Raul Pompéia, 53/501 – Copacabana
13-08-1997 – Rio de Janeiro - RJ – 22080-000 Fone.: (21) 2522-4742
32. Cândido Antonio Mendes
de Almeida
Rua Paulo Cesar de Andrade, 70/302 Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ- 22221090 – Fone.: (21) 2264-1725 - Trab.:
13-08-1997 Praça XV de Novembro, 101/ sl. 26 –
Centro - Rio de Janeiro - RJ – 20010010 – Fone.: (21) 2531-2310 – Fax:
2533-4782
33. Fernando Tasso Fragoso
Pires
Rua Arthur Araripe, 53/702 – Gávea
28-04-1999 – Rio de Janeiro – RJ – 22451-020 –
Fone.: (21) 2239-7491
34. Alberto Vasconcellos da
Costa e Silva
Rua das Laranjeiras, 322/401 –
21-08-2002 Laranjeiras – Rio de Janeiro – RJ –
22240-002 – Fone.: (21) 2265-2002
35. Maria de Lourdes Viana
Lyra
Rua das Acácias, 101/904 – Gávea – Rio
19-11-2003 de Janeiro – RJ – 22451-060 – Fone.:
(21) 2274-3436
36. Armando de Senna
Bittencourt
Rua Alberto de Campos, 107/cob. 2 –
25-08-2004 Ipanema – 22411-030 – Rio de Janeiro
– RJ – Fone.: (21) 2267-5965
37. Roberto Cavalcanti de
Albuquerque
Rua Paula Freitas, 104/405 – Copacabana
15-12-2004 – Rio de Janeiro – RJ – 22040-010 –
Fone.: (21) 2235-8742 / 8743
Sócios Honorários Brasileiros
1.
302
Jarbas Gonçalves
Passarinho
SHIS - QL 06 – Conj. 08 - Casa 7 - Lago
29-04-1970 Sul – Brasília - DF - 71620-085 - Fone.:
(61) 3248-0820
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
2.
Dom Eugênio de Araújo
Sales
Rua Visconde de Pirajá, 339/8º andar –
19-05-1971 Ipanema - Rio de Janeiro – RJ – 22410003 - Fone.: (21) 2267-1255
3.
Ibrahim Abi-Ackel
Rua Curitiba, 2427/301 - Lourdes - Belo
25-05-1983 Horizonte - MG - 30170-122 – Fone.:
(31) 3337-1479 - 3337-8454
4.
Paulo Brossard de Souza
Pinto
Rua Dario Pederneiras, 347 – Petrópolis
30-09-1987 – Porto Alegre - RS - 90630-090 – Fone.:
(51) 3321-8588
5.
Antônio Henrique Cunha
Bueno
Rua Líbero Badaró, 293/13º. and. Conj.
13-07-1988 A – Centro – São Paulo – SP – 01009907 – Fone.: (11) 3105-7121
6.
Celina Vargas do Amaral
Peixoto
17-08-1988
7.
José Ephraim Mindlin
Av. Alfredo Egídio de Souza Aranha, 75
– Conj. 51/5o and. – Vila Cruzeiro – São
17-08-1988
Paulo – SP – 04726-170 – Fone.: (11)
5641-0493
8.
Kátia M. Queirós Mattoso 21-12-1988
9.
Marcos Castrioto de
Azambuja
Av Vieira Souto, 324 – ap 301 -= Ipanema
– Rio de Janeiro – RJ – 22420-000
Rua Square Thiers - 75116 - Paris França – Fone.: (331) 4553-7141
Praia do Flamengo, 392/2º and. –
Flamengo – Rio de Janeiro – RJ - 2221005-09-1990
030 – Fone.: (21) 2551-1613 / 25532454
10. João de Scantimburgo
Rua Prof. Picarolo, 115/4º andar B - São
24-11-1993 Paulo - SP – 01332-020 – Fone.: (11)
2287-4951
11. Sérgio Paulo Rouanet
Av Afrânio de Melo Franco, 393 – ap
24-11-1993 203 – Leblon – Rio de Janeiro – RJ 22430-060 – Fone: 2274-2875
12. Alexandre Miranda
Delgado
Rua Carvalho Alvim, 87/204 - Tijuca –
28-06-1995 Rio de Janeiro - RJ - 20510-100 - Fone.:
(21) 2208-6214
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
303
Por classes
13. Pe. Fernando Bastos de
Ávila, S.J.
Rua Bambina, 115 – Botafogo - Rio de
29-11-1995 Janeiro - RJ – 22251-050 – Fone.: (21)
3527-2903
14. José Murilo de Carvalho
Rua Senador Vergueiro, 154/1004 –
29-11-1995 Flamengo - Rio de Janeiro – RJ – 22230001
Alameda Joaquim Eugênio de Lima,
15. Antonio Candido de Melo
1196/apt. 5 - Jardim Paulista - São Paulo
13-08-1997
e Souza
- SP – 01403-002 - Fone.: (11) 38876194
16. Antonio Ferreira Paim
Instituto Tancredo Neves – Senado
13-08-1997 Federal – Anexo I – 26º. Andar – 70165900 – Brasília – DF
17. Celso Lafer
13-08-1997
18. Eulália Maria Lahmeyer
Lobo
Rua Senador Simonsen, 42/401 – Jardim
13-08-1997 Botânico - Rio de Janeiro - RJ – 22461040 - Fone.: (21) 2539-7840
19. José Roberto Teixeira
Leite
Rua Angatuba, 618 – Pacaembu - São
13-08-1997 Paulo - SP - 01247-000 - Fone.: (11)
3873-4095
20. Marcos Vinicios
Rodrigues Vilaça
QL 10 – conj 1 - casa 16 - Lago Sul –
13-08-1997 Brasília - DF - 71630-015 - Fone.: (61)
3248-6678
21. Roberto DaMatta
Estrada de Itaipu –Alameda 3 - casa 33 13-08-1997 Jardim Ubá - Itaipu- Niterói - RJ-24350370 - Fone.: (21) 3709-1925
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1306/10º. –
Centro – São Paulo – SP- 01451-914
Rua Sá Ferreira, 188/704 – Copacabana 22. Tarcísio Meirelles Padilha 13-08-1997 Rio de Janeiro - RJ – 22071-100 - Fone.:
(21) 2521-1102
304
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
23. Francisco Correa Weffort
Av Epitácio Pessoa, 2800 – ap 403 –
16-12-1998 Lagoa – Rio de Janeiro – RJ – 22471003 – Fone: 2267-6628 / 2513-2058
24. Luiz Felipe Lampreia
Rua Cupertino Durão, 148/401- Leblon –
05-07-2000 Rio de Janeiro - RJ – 22441-030 - Fone.:
(21) 2529-2993
25. Fernando Segismundo
Esteves
Rua General Azevedo Pimentel, 21/201
04-07-2001 – Copacabana - Rio de Janeiro – RJ 22011-050 - Fone.: (21) 2236-1632
26. Pedro Karp Vasquez
Praia de Icaraí, 237/1302 – Bloco B –
21-08-2002 Niterói – RJ – 24230-003 – Fone.: (21)
2714-1700
27. Célio de Oliveira Borja
Rua Bulhões de Carvalho, 527/801
19-11-2003 – Copacabana – Rio de Janeiro – RJ –
22081-000 – Fone.: (21) 2247-3287
28. Davis Ribeiro de Sena
Rua XV de Novembro, 132 – ap 702 –
15-12-2004 Centro – Campo Grande – MS – 79002141
Rua Ribeiro Guimarães, 220/403 – Vila
29. Ondemar Ferreira Dias Jr. 15-12-2004 Isabel – 20511-070 – Rio de Janeiro –
RJ – Fone.: (21) 3612-0267 / 2264-9806
30. Lucia Maria Paschoal
Guimarães
Rua Alm. Tamandaré, 38/301 – Flamengo
28-09-2005 – Rio de Janeiro – RJ – 22210-060 –
Fone.: (21) 2265-1610
31. Melquíades Pinto Paiva
Rua Baronesa de Poconé, 71/701 –
28-09-2005 Lagoa – Rio de Janeiro – RJ 22471-270
– Fone.: (21) 2266-7880
32. Mary Lucy Murray Del
Priore
Chácara do Ipê – Estr. do grande Circuito,
04-10-2006 35 – Parque do Imbuí – Teresópolis – RJ
– 25970-480 – Fone.: (21) 2641-9468
33. Antônio Izaias da Costa
Abreu
Rua Barão do Flamengo,. 3 ap 1101 –
17-10-2007 Flamengo – Rio de Janeiro – RJ – 22220080 - Fone: 3133-3614 (TJ)
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
305
Por classes
34. Dora Monteiro e Silva de
Alcântara
Av Epitácio Pessoa, 3400 – ap 1108 –
17-10-2007 Lagoa – Rio de Janeiro – RJ – 22471001 – Fone:2539-7994
35. Isabel Lustosa
Rua Fonte da Saudade, 265 – ap 302 –
17-10-2007 Lagoa – Rio de Janeiro – RJ – 22471210 – Fone:2537-3097(FCRB)
36. Pedro Aranha Corrêa do
Lago
Av Visconde de Albuquerque., 871 –
17-10-2007 Leblon – Rio de Janeiro - RJ – 22450001 – Fone: 2239-4196
37. Antônio Celso Pereira
Alves
Rua Marina Guimarães, 197 – Barra da
10-12-2008 Tijuca – Rio de Janeiro – RJ – 22793236 – Fone: 3325-8685 / 3326-2928
38. D. João de Orléans e
Bragança
Rua Fresca, 4 – Centro Histórico de
10-12-2008 Paraty – Paraty – RJ – 23970-000 –
Fone: (24) 3371-6143
39. Kenneth Henry Lionel
Light
Rua da Imperatriz, 65 – ap 502 –
10-12-2008 Petrópolis – RJ – 25685-320 - Fone:
(24) 2242-58931
40. Luiz Cláudio Aguiar
Praia do Flamengo, 82 – ap 1101 –
10-12-2008 Flamengo – Rio de Janeiro – RJ – 22210030 – Fone: 2556-4626
Sócios Honorários Estrangeiros
1.
Daisaku Ikeda
Rua Miguel Fernandes, 229 – Méier
25-08-2004 – 20780-060 – Rio de Janeiro – RJ –
Fone.: (21) 2501-2336
Sócios Correspondentes Brasileiros
1.
306
Rua Padre Carapuceiro, 399/701 – Boa
Fernando da Cruz Gouvêa 17-12-1979 Viagem - Recife - PE – 51020-280 –
Fone.: (81) 3465-4674
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
2.
Garvey Park Hotel – SHN – Qd 2 – Bl
Vamireh Chacon de
14-12-1983 J – ap 716 – 70710-300 – Brasília – DF –
Albuquerque Nascimento
(61)3329-8516 / 3329-8400 / 3327-9064
3.
Gabriel Augusto de
Mello Bittencourt
Rua Chapot Presvot, 214/801 - Praia
02-10-1985 do Canto - Vitória - ES – 29055-410 –
Fone.: (27) 3324-2586
4.
Hilgard O’Reilly
Sternberg
Departament of Geography - 4GEO1
29-07-1987 – University of California Berkeley –
California – 94720 – USA
5.
Côn. José Geraldo
Vidigal de Carvalho
29-07-1987
Praça do Rosário, 15 – Viçosa - MG –
36570-000 - Fone.: (31) 3891-1144
6.
Alberto Martins da Silva
13-07-1988
SQN 205 – Bloco D - ap 303 – Brasília DF - 70843-040 - Fone.: (61) 3347-4385
7.
Consuelo Pondé de Sena
Av. Princesa Leopoldina, 288/301 Graça
29-03-1989 - Salvador - BA – 40150-080 - Fone.:
(71) 3336-6205 / 3247-6669
8.
Edivaldo Machado
Boaventura
Rua Dr. José Carlos, 99/801 – Ed. Parque
das Mangueiras – Acupe de Brotas –
29-09-1989
Salvador – BA 40290-040 - Fone.: (71)
3340-8505
9.
Altiva Pilatti Balhana
Rua Padre Anchieta, 1025/112 – Curitiba
12-12-1990 – PR - 80430-060 - Fone.: (41) 33361822
10. Carlos Humberto
Pederneiras Corrêa
Rua Alan Kardec, 181 – Agronômica –
29-04-1992 Florianópolis - SC – 88025-100 – Fone.:
(48) 3228-2185 / 3228-0824
11. Nachman Falbel
Rua Duarte da Costa, 166 - Lapa – São
29-04-1992 Paulo - SP - 05080-100 – Fone.: (11)
3834-6063
12. Aziz Nacib Ab’Saber
24-06-1992
13. Helga Iracema Landgraf
Piccolo
Rua Prof. Idelfonso Gomes, 53 – Porto
02-09-1992 Alegre - RS - 91900-130 – Fone.: (51)
3264-7207
Rua Brasiléia, 472 - Granja Viana - Cotia
– SP - 06700-000
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
307
Por classes
14. Luiz Fernando Ribeiro
Soutelo
Rua Dep. Carvalho Dedo, 379/103 –
Solopedo – Aracajú - SE- 49025-070
02-09-1992
– Fone.: (79) 3231-2318 / 3224-2127 /
3224-2128
15. Sonia Maria Demoner
Av. Antonio Gil Veloso, 2350/604 – Praia
02-09-1992 da Costa - Vila Velha – ES – 29101-012
- Fone.: (27) 3229-7106
16. Leonardo Dantas Silva
Rua Marquês de Maricá, 73 – Torre –
16-12-1992 Recife - PE - 50711-120 – Fone.: (81)
3227-4910
17. José Octávio de Arruda
Mello
Av. Senador Ruy Carneiro, 425 - João
24-11-1993 Pessoa – PB - 58032-100 - Fone.: (83)
2247-7926
18. Maria Luiza Marcílio
Rua Pe. João Manuel, 774/142 – São
08-06-1994 Paulo – SP - 01411-000 - Fone.: (11)
3282-8550
19. Maria Beatriz Nizza da
Silva
Rua Fialho de Almeida, 26/3º. – Lisboa
14-12-1994 – Portugal – 1000 – Fone: 351-214835019
20. Sonia Apparecida de
Siqueira
Av. Cons. Rodrigues Alves, 966/32 - São
14-12-1994 Paulo - SP - 04014-010 – Fone.: (11)
5579-8281
21. Wilson Martins
Av. João Gualberto, 1435 ap. 71 –
14-12-1994 Curitiba – PR - 80030-001 - Fone.: (41)
3252-5515
22. Vicente Salles
28-06-1995
23. Cid José Teixeira
Cavalcante
Rua das Violetas, 85 - Pituba – Salvador
29-11-1995 – BA - 41810-080 - Fone.: (71) 34521828.
24. Luiz Alberto Dias
Lima de Vianna Moniz
Bandeira
Reilinger Strabe 19 - 68789 - St. Leon18-12-1996 Rot - Deutschland – CP 10096- Fone.:
49-62-27880534
308
SQS 210 - Bl. A - ap. 508 – Brasília - DF
- 70273-010 - Fone.: (61) 3244-6757
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
Quinta de São Fernando – apartado 166
25. Dom Carlos Tasso de
16-12-1998 – 8700-906 – Moncarapacho – Algarve –
Saxe-Coburgo e Bragança
Portugal Fone.: 351-916719161
26. Ricardo Vélez Rodríguez
Praça Jarbas de Lery Santos, Bl. 11/502
– 30016-390 - São Mateus - Juiz de Fora
16-12-1998
– MG – Fone: (32) 3232-2878 / 32127994
27. José Mendonça Teles
Rua SB 11 QD 6 – Lt 7 – Portal do Sol
28-04-1999 I – 74884-597 – Goiânia - GO – Fone.:
(62) 3275-3268
28. Marcus Joaquim Maciel
de Carvalho
Rua Pacífico dos Santos, 63/101 –
04-07-2001 Paissandu - 52010-030 - Recife - PE –
Fone.: (81) 3325-3557
29. Synesio Sampaio Goes
Filho
SMDB – Cj 26 – Casa 8/9 – Lago Sul –
04-07-2001 71680-260 – Brasília – DF – Fone: (61)
3367-1351
30. Elizabeth Madureira
Siqueira
Rua Quatro, 630 – Boa Esperança –
10-07-2002 78068-724 – Cuiabá – MT – Fone.: (65)
3627-6268 / 6247
Rua Marieta Lage, 80 – Farol – 5705031. Jaime Lustosa de Altavila 10-07-2002 130 – Maceió – AL – Fone.: (82) 32235297
32. Léa Brígida Rocha de
Alvarenga Rosa
Av. Saturnino de Brito, 1001/502 – Praia
10-07-2002 do Canto – 29055-180 – Vitória – ES –
Fone.: (27) 3227-9886
33. Luís Alberto Cibils
Av. 24 de outubro, 627/301 – 90040-150
10-07-2002 – Porto Alegre – RS – Fone.: (51)32228594/3228-2610
34. Luiz Hugo Guimarães
Rua Aurora, 28/201 – 58043-270 –
10-07-2002 João Pessoa – PB – Fone.: (83) 32472481/8103
35. Maria Thetis Nunes
10-07-2002
Av. Ivo do Prado, 820/701 – Centro –
49015-330 – Aracaju – SE
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
309
Por classes
36. Marcio Augusto de
Freitas Meira
SQ SW 103 – Bl. E – ap. 605 – 7067027-08-2003 309 – Brasília – DF – Fone.: (61) 33162149/2151
37. Arno Alvarez Kern
Av. Ipiranga, 6681 – Prédio 3 – sala 303
19-11-2003 – Partenon – 90619-900 – Porto Alegre –
RS – Fone.: (51) 3320-3534
38. Caio César Boschi
Rua Ramalhete, 550/900 – Serra – 3021019-11-2003 500 – Belo Horizonte – MG – Fone.: (31)
3319-4299
39. Carlos Henrique Cardim
19-11-2003
40. Corcino Medeiros dos
Santos
Condomínio Vivendas Friburgo – Módulo
19-11-2003 I – Casa I – Sobradinho – 73074-013 –
Brasília – DF – Fone.: (61) 3485-0250
41. José Jobson de Andrade
Arruda
Alameda Gabriel Monteiro da Silva,
1465 – apt. 81 – Jardim Paulistano –
25-08-2004
01441-903 – São Paulo – SP – Fone.:
(11) 3088-6365 – Fax: (11) 3081-9907
42. Luiz Antonio Barreto
Av. Ivo do Prado, 160 – Centro – 4901025-08-2004 050 – Aracaju – SE – Fone.: (79) 32145301
43. Márcia Elisa de Campos
Graf
Rua Ângelo Sampaio, 860 – Batel –
25-08-2004 80250-120 – Curitiba – PR – Fone.: (41)
3242-9879
44. Agaciel da Silva Maia
QL 6 – Conj. 7 – Casa 20 – Lago Sul –
15-12-2004 71620-075 – Brasília – DF – Fone.: (61)
3311-4001 – Fax.: (61) 3321-4666
45. Ático Frota Vilas-Boas
da Mota
R. Dr. Manoel Vitorino, 411 – Coité –
15-12-2004 46500-000 – Macaúbas – BA – Fone.:
(77) 3473-1292 – Fax.: (77) 3473-2005
46. Maria Cecília Londres
Fonseca
SQS 314 – Bl. E – Ap. 202 – 70383-050
15-12-2004 – Brasília – DF – Fone.: (61) 3245-5092
- (21) 2541-1173
310
SQS 216 – Bl. A – apt. 406 – 70295-010
– Brasília – DF – Fone.: (61) 3245-8309
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
47. Douglas Apratto Tenório
Rua Deputado José Lajes, 395 – Ponta
Verde – Maceió – AL – 57035-330 –
28-09-2005
Fone.: (82) 3327-9916 – Fax: (82) 32210402
Rua Gaspar Lourenço, 138 – São Paulo –
48. Nestor Goulart Reis Filho 28-09-2005 SP – 04107-001 – Fone.: (11) 3289-2167
/ 3091-4556
49. Adilson Cezar
Av. Jorge Zamur, 1212 – Parque Ibiti do
04-10-2006 Paço – Sorocaba – SP – 18086-050 –
Fone.: (15) 3328-4733 / 3228-7041
50. Hildebrando Campestrini
Av. Tamandaré, 331 – ap. 32 – Campo
04-10-2006 Grande – MS – 79009-790 – Fone.: (67)
3397-0181
51. Pe. José Carlos Brandi
Aleixo, S.J.
Centro Cultural – Av. L 2 N – Q. 601–B –
04-10-2006 Brasília – DF – 70830-010 – Fone.: (61)
3224-9974 – Fax.: (61) 3426-0400/0401
52. Lilia Katri Moritz
Schwarcz
Rua Salvador de Mendonça, 95 – Jardim
04-10-2006 Paulistano – São Paulo – SP – 01450-040
– Fone.: (11) 3031-6614
53. Marco Antônio de
Oliveira Maciel
Senado Federal – Praça dos Três Poderes
– Anexo I – 5o and. – Salas 1 a 6 –
04-10-2006
Brasília – DF – 70165-900 – (61) 33115710/5719
54. Geraldo Mártires Coelho
Rua dos Periquis, 3145 – ap 801 – Belém
17-10-2007 – PA – 66040-320 – Fone: (91) 99957280
55. Reinaldo José Carneiro
Leão
Rua Desembargador Célio de Castro
Montenegro, 32 – ap 2501 – Ed. Solar
10-12-2008
de Palmeiras – Monteiro – Recife – PE
– 52070-008
Sócios Correspondentes Estrangeiros
1.
Silvio Zavalla
15-04-1958
Av. Del Observatório, 192 – Tacubaya –
México 18
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
311
Por classes
2.
Manuel Ballesteros
Graibois
Facultad de Antropologia y Etnologia de
09-09-1958 América – Ciudad Universitária – Madri
– Espanha
3.
Robin A. Humphreys,
OBE
21-05-1969
St. James’ Close - Prince Albert Road –
London NW8 7 LG – Inglaterra
4.
Ernesto Reguera Sierra
29-04-1970
Siclair 3129 – 3º B - Buenos Aires Argentina
5.
Harry Bernstein
17-10-1984
191 Lexington Avenue - Freeport - Nova
York – 11520 - USA
6.
Guillermo Morón
Urb. Horizonte – Transversal 11 - Qta
25-05-1988 Maria Eugenia - Caracas - ZP 1070 –
Estado Miranda Venezuela
7.
Rollie E. Poppino
02-05-1990
Departament of History of California –
Davis - California – 95616 – USA
8.
Boris Nikolaievitch
Komissarov
12-12-1990
Ul. Parachutnaia, 12 Kv. 715 – 197341 –
Leningrado - Rússia
9.
Bernardino Bravo Lira
02-09-1992 Casilla 13199 – Santiago - Chile
10. Aniello (Nello) Angelo
Avella
Via Giuseppe Verdi, 2 – 00040 –
02-09-1992 Montecompatri – Roma – Itália – Fone.:
39-06-94789019 –
11. Haim Avni
02-09-1992
74 Tcheraikowsky St. – Jerusalém
Israel - 92585
12. Juan Bautista Rivarola
Paoli
02-09-1992
Av. Fernando de la Mora, 1493 – 554202
- Assunção – Paraguai
13. Valentín Abecia
Baldivieso
02-09-1992
Edf. Alba – Colombia 440 - 2º Piso – La
Paz – Bolívia - Fone.: 372726 372545
14. Alícia Elena Vidaurreta
Humahuaca 4037 – 1192 Buenos Aires
16-12-1992 - Argentina - Fone.: 54 1 4862-4871 /
4863-9823
15. Leslie Bethell
16-12-1992
312
-
Rua Paul Redfern, 24 – 3º andar Ipanema
– Rio de Janeiro – RJ - 22410-080
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
16. Kenneth R. Maxwell
David Rockefeller Center for Latin
American Studies – Harvard University
24-11-1993
- 61 Kirkland Street - Cambridge - MA –
02138 - USA - Fone.: (617) 496-4780
17. Stuart B. Schwartz
Yale University – Po Box 208324 – New
24-11-1993 Haven – CT 06520 – USA – Fone.: (203)
432-1375
18. Claude Fouquet
08-06-1994
19. Daniel Restrepo
Manrique
Calle Claudio Coello, 123 piso 4 – 28006
08-06-1994 – Madrid – Espanha – Fone.: (341) 5815286 / 581-1832
20. Marianne L. Wiesebron
08-06-1994
21. Jorge Salvador Lara
14-12-1994 R. Guarderas, 434 - Quito – Equador
22. Claude Lévi-Strauss
Laboratoire D’Anthropologie Sociale –
13-08-1997 Collége de France, 52 - Rue du Cardinal
Lemoine –- Paris - 75005
23. Ludwig Lauerhass, Jr.
319 Dalkeith Avenue - Los Angeles –
13-08-1997 California - 90049 - Fax.: 1-310-2066859
24. Richard Graham
13-08-1997
25. Anthony John RussellWood
Departament of History - The Johns
Hopkins University – Baltimore
16-12-1998
-Maryland 21218 - USA- Fone.:
1.410.516-7584
26. Christophe Wondji
Coordonnateur des Projets D’Histoires 16-12-1998 1, Rue Miollis – 75732 - Paris, Cedex 15
– France – Fone: (331) 45.68.55.95
27. Horst Pietschmann
Von-Melle – Park 6, 20146 – Hamburgo
16-12-1998 - Alemanha – Fone.: (040) 41234841/4839
10, Rue Pérignon – 75007 – Paris –
França
Druivenlaan 6 –– Westmalle – Bélgica 2390- Fone: 32-3-311-6175
110 – Vuelta Sabio - Santa Fé – Novo
México – 87506 - USA
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
313
Por classes
28. Miguel León-Portilla
Calle Alberto Samora, 131 – Caioacan
05-07-2000 – 04000 - México – Fone.: (55-21) 5095107
29. Thomas Skidmore
44 Halsey Street, 3 – Providence – Rhode
05-07-2000 Island – RI - 02906 – USA - Fone.:
5212351
30. Joaquim Antero Romero
de Magalhães
Rua Machado de Castro, 247 - 2º Esq. –
04-07-2001 3000 - Coimbra – Portugal – Fone: 3513929571
31. José Enrique Silva
Academia Salvadoreña de Historia –
Calle La Mascota, 525 – Colonia La
04-07-2001
Mascota - San Salvador - El Salvador Fone: (503) 2638002
32. Luis E. Gonzales Vales
Academia Puertorriqueña de Historia –
Apartada - 9021447 – San Juan de Puerto
04-07-2001
Rico – 00902 - 1447 - Fone: 1-7877234481
33. Rafael Fernandes Heres
Academia Venezuelana de Historia
– Palacio de las Academias - Av.
04-07-2001 Universidad – Bolsa a San Francisco –
Caracas - 1010 - Venezuela - Fone.: 582-4839435 / 4844306
34. Roberto Quevedo
Academia Paraguaya de la Historia
- Avda. Artigas y Andrés Barbaro –
04-07-2001
Asunción – Paraguai - Fone: 59-521202552 / 600568
35. Sergio Martínez Baeza
04-07-2001
Calle Pedro Canisio, 1213 – ap. 161 –
Vitacura – Santiago do Chile – Chile
36. Carmen Maria Radulet
10-07-2002
Vila Val D’Ossola, 25 – 00141 – Roma –
Itália – Fone: 3906-97194344
37. Marcus Soares
Albergaria de Noronha
da Costa
Palacio do Salvador – Largo do Salvador,
10-07-2002 22 – 1100-462 – Lisboa – Portugal –
Fone: 351-21-8866282
38. Rolf Nagel
10-07-2002
314
Heesenstrasse, 16-40549 – Düsseldorf –
Alemanha – Fone: 211-501091
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
Via Re, 112 – 10146 – Torino – Itália –
Fone.: 39-011-720800
39. Alberto Gallo
19-11-2003
40. Antonio Manuel Botelho
Hespanha
Rua Luís de Freitas Branco, 26 – 6º
19-11-2003 Esq, 1600 – Lisboa – Portugal – Fone:
351217594915
41. Antonio Salum-Flecha
19-11-2003
42. Eddy Odiel Gerard Stols
Herent, Tover Bergstraat 5-5, 3020
19-11-2003 – Veltem-Beisem – Bélgica – Fone.:
32.16.48.98.32
43. Berthold Zilly
25-08-2004
44. Lydia Magalhães Nunes
Garner
111 – East Sierra Circle – San Marcos –
25-08-2004 Texas – 78666 – USA – Fone: 512-2453745
45. Manuela Rosa Coelho
Mendonça de Matos
Fernandes
Rua Teófilo Braga, 1 – 5º. and. – 268515-12-2004 243 – Portela de Sacavém – Portugal –
Fone: 351-219432249
46. Lucien Provençal
28-09-2005
47. Mary Karasch
Oakland University – Departament of
History – College of Arts and Sciences
28-09-2005
– Rochester – Michigan – 48309-4483 –
USA – Fone.: (248) 370-3510
48. Jean Pierre Blay
04-10-2006
49. Andrée Mansuy-Diniz
Silva
Estrada Nacional 10, 676 – Estrelinha –
10-12-2008 Monte de Caparica – Lisboa – Portugal
- 2825
50. Nuno Álvares Pereira de
Castro
Rua Visconde de Pirajá, 605 – Cob –
10-12-2008 Ipanema – Rio de Janeiro – RJ – 22410003 – Fone: 2274-4719
Elías Ayala 970 – Asunción – Paraguay –
Fone.: 595-21-613227
Spessartstr. 21 – 14197 – Berlim –
Alemanha – Fone: 49-30-8224126
51, Rue Felix Cléry – Marvivo – La
seyne-sur-mer, Var – 83.500 - França
1 Rue Benjamin Raspail, 60100 – CREIL
– FRANÇA – Fone: 344260653
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
315
Por classes
Sócios Correspondentes Portugueses
1.
Rua Capitão Renato Batista, 81 - 3º
Dt.º - Lisboa - Portugal – 1000 – Fone.:
Joaquim Veríssimo Serrão 16-08-1967 (35119) 524616
Casa dos Pinheiros/Salmeirim, lote 3 –
Santarém – Portugal - 2000
2.
Fernando Castelo-Branco
11-12-1978
Rua David de Souza, 14 - 2º. - E – Lisboa
– Portugal - 1000
3.
Mário Júlio Brito de
Almeida Costa
27-10-1982
Av. Infante Santo, 15 - 7º. - 7 – Lisboa –
Portugal - 1300
4.
Martim de Albuquerque
27-10-1982
Av. General Norton de Matos, Lote 6 - A
- 10º. - E - 1495 – Lisboa - Portugal
5.
Vitorino Magalhães
Godinho
Rua D. Estefânia, 118 - 3º - E - 1000 –
02-10-1985 158 – Lisboa - Portugal - Fone.: 351-13
- 141874
6.
Aníbal Pinto de Castro
Biblioteca Geral da Universidade de
Coimbra - Av. Álvaro Anes de Cernache,
25-05-1988
30 – Cernache - Coimbra – Portugal 3000 - Fone.: 94279
7.
Carlos da Costa Gomes
Bessa
Rua de Goa, 18 – 2º - Caxias – 2780
20-09-1989 – Oeiras – Portugal – Fone 351-214432426
8.
Pedro Mário Soares
Martinez
02-05-1990
9.
Rua de S. Bento, 26 – 1200-819 - Lisboa
– Portugal – Fone: 351-21-3974280
Rua S. João de Brito, 471 – 1º Esq 4100Humberto Carlos Baquero
02-09-1992 454 – Porto – Portugal – Fone: 351-22Moreno
6173045
10. Antônio Manuel Dias
Farinha
Rua Carlos Calisto, 4 - 9º Dto – Lisboa
16-12-1992 – Portugal – 1400-043 - Fone.: 351-213015653
11. Antônio Pedro de Araujo
Pires Vicente
Av. João XXI, nº 4, 3º Esq. – Lisboa
24-11-1993 – Portugal -1000-301 - Fone.: 351-218049104
12. Eugenio Francisco dos
Santos
14-12-1994
316
Rua Duque da Terceira, 381 – 4º Esq –
4000-537 – Porto – Portugal
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
13. José Vitorino de Pina
Martins
Rua Marquês da Fronteira, 4, 1º Esq –
29-11-1995 1070-295 – Lisboa – Portugal – Fone:
351-21-3875636
14. Justino Mendes de
Almeida
Rua Padre Francisco, 10 – 4º Esq – 135029-11-1995 225 – Lisboa – Portugual – Fone: 35121-3961316
Estrada de Benfica, 591 – 6º. Esq. –
15. José Jorge da Costa Couto 13-08-1997 1500-086 – Lisboa – Portugal – Fone.:
351-96-6921660
16. José Marques
Rua António Marinho, 13 – 5º Esq –
13-08-1997 4700-361 – Braga – Portugal – Fone:
351-25-3261214
Travessa Arrochela, nº. 2, 1200-032
17. Pe. Henrique Pinto Rema,
05-07-2000 – Lisboa – Portugal – Fone: 351-21O.F.M.
3934772
18. Fernando Guedes
Av. Maria Helena Vieira da Silva, 3 / 2º.
25-08-2004 And. 1750-179 – Lisboa – Portugal –
Fone.: 351-21-3801100
19. Miguel Monteiro
Rua José Carlos da Maia, 123, r/c 277517-10-2007 214 – Parede – Portugal – Fone: 351-214571441
Sócios Correspondentes Argentinos (convênio de 28.05.1968)
1.
José M. Mariluz Urquijo
1968
Santa Fé 2982 (1425) - Argentina –
Fone.: 84-6371
2.
Beatriz Bosh
1968
Larrea 1045 P. 4º Dto. A (1117) –
Argentina – Fone.: 822-6484
3.
Edberto O. Acevedo
1968
Gral. Paz 255 (5501) Godoy Cruz Madza
- Argentina - Fone.: 061-223533
4.
Pedro S. Martinez
1968
Martinez de Rosas 578 (5500) Madza –
Argentina - Fone.: 061-245958
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
317
Por classes
5.
Victor Tau Anzoategui
1970
(res.) Juncal 770 – 6o Piso - 1085 –
Buenos Aires – Argentina – 5411-43118494 – (com.) Instituto de Investigaciones
de Historia del Derecho – Av. de Mayo
1480 – 1o Izq. 1085 – Buenos Aires –
Argentina
6.
Laurio H. Destefani
1971
Anchorena 1476 (1425) – Argentina –
Fone.: 84-4951
7.
Hector H. Schenone
1978
Av. Quintana 494 (1014) – Argentina –
Fone.: 804-0278
8.
Luíz Santiago Sanz
1978
Callao 1944 P. 6º Dto. A (1024) –
Argentina – Fone.: 804-2701
9.
Daisy Ripodas Ardanaz
1982
Santa Fe 2982 (1425)- Argentina –
Fone.: 804-6371
10. Eduardo Martiré
1992
Balcarce 139 – 1064 – Buenos Aires –
Argentina – 54-11-4331-5147 / 43434416 / 4331-4633
11. Isidoro Ruiz Moreno
1992
Callao 1382 (1023) - Argentina – Fone.:
42-7865
12. Ezequiel Vallo
1992
Montevideo 1875 (1021) – Argentina –
Fone.: 815-6991 / 773-5825
13. Felix Luna
1993
Reconquista 745 1º cuerpo, P. 1º Dto. C
(1003) - Argentina - Fone.: 311-4575
14. Natalio Rafael Botana
1996
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires
– Argentina - Fone.: 343-4416 y 3315147
15. Enrique Zuleta Alvarez
1996
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
16. Rodolfo Adelio Raffino
1996
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
17. Nilda Gulielmi
1996
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
318
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
18. Olga Fernández Latour
de Botas
1996
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-441 y 6331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
19. Maria Amalia Duarte
1998
Spiro 950 (1846) - Adrogué – Argentina
– Fone: 264-5315
20. Armando Raul Bazan
1998
Av. V. del Valle 512 (4700) – Catamarca
- Argentina - Fone: 0833-22282
21. Miguel A. de Marco
1998
Urquiza 1184 (2000) - Rosario –
Argentina – Fone.: 04163257 / 256256
/ 305866
22. Ernesto J. A. Maeder
1998
Catamarca 449 (3500) – Chaco –
Argentina - Fone: 0722-24565 / 5833972
23. Roberto Cortes Conde
1998
Ob. Terrero 1532 (1642) - S. Isidoro –
Argentina - Fone.: 747-4025 / 742-2661
24. Nestor Tomas Auza
1998
Madero 490 (1638) - Vicente Lopez –
Argentina - Fone: 791-6502
25. Cesar A. Garcia Belsunce
1998
Ocampo 2506 P. 8º Dto. 20 (1425)
Argentina - Fone.: 801-0870
26. Ramon Gutierrez
1998
Bolivia 82 (3500) - Chaco – Argentina Fone.: 0722-29294 / 826-0959
27. Dardo Perez Guilhou
1998
Esfta. Drummond (5507) – Lujan de
Cuyo - Madza. – Argentina – Fone.: 061249016
28. Hernán Asdrúbal Silva
1999
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
29. Carlos A. Mayo
1999
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
30. José Eduardo de Cara
1999
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
319
Por classes
31. Samuel Amaral
1999
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
32. Félix Weinberg
1999
Pasaje Delfino, 352 – 8000 – Bahía
Blanca – Argentina
33. Fernando Barba
2004
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
34. Carlos Páez de la Tore
2004
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
35. Marcelo Montserrat
2004
Balcarce 139 – 1064 - Buenos Aires –
Argentina - Fone.: 343-4416 y 331-5147
- Fax.: (54-14) 331-4633
Sócios Correspondentes Uruguaios (convênio de agosto/1996)
1.
2.
3.
4.
320
Ivho Acuña
Enrique Arocena Oliveira
Juan José de Arteaga
Luis Victor Anastasía
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
5.
6.
Alvaro Mones
Angel Corrales Elhordoy
7.
Eduardo Acosta y Lara
8.
José E. Etcheverry
Stirling
9.
Marta Canessa de
Sanguinetti
10. José Joaquín Figueira
11. Daniel Hugo Martins
12. César Loustau
13. Juan Fernández Parés
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
321
Por classes
14. Olaf Blixen
15. Walter Gulla
16. Victor H. Lamónaca
17. Héctor Gros Espiell
18. Luis A. Musso Ambrosi
19. Juan Carlos Pedemonte
20. Ernesto Puiggros
21. Carlos Ranguís
22. Juan Villegas Mañé S. J.
322
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
23. Luis A. Musso
24. Aníbal Barrios Pintos
25. Augusto Soiza Larrosa
26. Susana Monreal
27. Enrique Mena Segarra
28. Fernando Chebataroff
29. Oscar Padrón Favre
30. Suzana Rodríguez Varese
31. Ernesto Daragnés
1996
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
2000
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
2000
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
2000
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
2001
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay - 11100
2001
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
2001
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
2001
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
2002
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
323
Por classes
32. Fernando Mañé Garzón
33. Alberto Del Pino
34. Beatriz Torrendell
35. Carlos Sagrera
36. Héctor Patiño Gardone
2002
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
2003
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
2003
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
2003
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
2006
Instituto Histórico y Geográfico del
Uruguay – Convecion 1366 3. ER.P –
Casilla de Correo 10.999 – Montevideo
– Uruguay – 11100
Sócios Correspondentes Espanhóis (convênio de 24.05.1996)
1.
Miguel Batllori Y Munne
S. J.
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(341) 429-6552
2.
Gonzalo Menendez-Pidal
Y Goyri
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
3.
Pedro Lain Entralgo
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
4.
Fernando Chueca Goitia
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
324
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
5.
Luis Diez Del Corral Y
Pedruzo
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
6.
Antonio Domingues Ortiz
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
7.
Carlos Seco Serrano
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
8.
Gonzalo Anes Y Alvares
de Castrillon
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
9.
Juan Vernet Gines
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
10. José Filgueira Valverde
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
11. Miguel Artola Gallego
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
12. Manuel Fernandez
Alvarez
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
13. Vicente Palacio Atard
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
14. Eloy Benito Ruano
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
15. Antonio Lopez Gomes
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
325
Por classes
16. Joaquin Vallve Bermejo
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
17. Jose Alcala-Zamora Y
Queipo de Llano
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
18. Jose Manuel Pita Andrade
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
19. Jose Maria Blazquez
Martinez
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
20. Felipe Ruiz Martin
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
21. Carmen Iglesias Cano
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
22. Miguel Angel Ladero
Quesada
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
23. Jose Angel Sanchez
Asiain
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
24. Faustino Menendez Pidal
de Navascues
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
25. Luis Suarez Fernandez
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
26. Rafael Lapesa Melgar
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
326
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
27. Fernando de La Granja
Santa Maria
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
28. Martín Almagro Gorbea
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
29. Alvaro Galmés de
Fuentes
1996
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
30. Pe. Quintín Aldea
Vaquero
1997
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
31. Alfonso E. Pérez Sánchez
1998
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
32. Manuel Alvar
1999
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España - 28014 – Fone.:
(0034-1) 429-6552
33. Luis Miguel Enciso Recio
1999
Real Academia de La História - C. Leon,
21 – Madrid - España – 28014 - Fone.:
(0034-1) 429-6552
Sócios Institucionais
1.
Jaime Antunes da Silva
Diretor do Arquivo Nacional – Rua Praça
da República, 173 – Centro – 2021109-06-2004
350 – Rio de Janeiro – RJ – Fone.: (21)
2179-1313
2.
Muniz Sodré de Araújo
Cabral
Presidente da Fundação Biblioteca
Nacional – Av. Rio Branco, 219/4o and.
24-10-2005
– Centro – 20040-008 – Rio de Janeiro –
RJ – Fone.: (21) 2220-2057
3.
Luiz Fernando de
Almeida
Presidente do IPHAN – SBN Qd. 2, Edf.
08-02-2006 Central – 6o and. – 70040-904 – Brasília
– DF - Fone.: (61) 326-7111
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
327
Por classes
328
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):297-327, out./dez. 2008
Cadastro Social
B - POR ORDEM ALFABÉTICA
ABI-ACKEL, Ibrahim – Honorário brasileiro – Pág. 303
ABREU, Antônio Izaias da Costa - Honorário brasileiro – Pág. 305
AB’SABER, Aziz Nacib - Correspondente brasileiro – Pág. 307
ACEVEDO, Edberto O. - Correspondente argentino – Pág. 317
ACUÑA, Ivho - Correspondente uruguaio – Pág. 320
ADONIAS, Isa - Benemérita – Pág. 297
AGUIAR, Luiz Cláudio – Honorário Brasileiro – Pág. 306
ALBUQUERQUE, Martim de - Correspondente português – Pág. 316
ALBUQUERQUE, Roberto Cavalcanti de – Titular – Pág. 302
ALCÂNTARA, Dora Monteiro e Silva de - Honorária brasileira – Pág. 306
ALEIXO, José Carlos Brandi - Correspondente brasileiro – Pág. 311
ALMEIDA, Cândido Antonio Mendes de – Titular – Pág. 302
ALMEIDA, Justino Mendes de - Correspondente português – Pág. 317
ALMEIDA, Luiz Fernando de - Institucional – Pág. 327
ALTAVILA, Jayme Lustosa de - Correspondente brasileiro – Pág. 309
ALVAR, Manuel - Correspondente espanhol – Pág. 327
ALVAREZ, D. Manuel Fernandez - Correspondente espanhol – Pág. 325
ALVES, Antônio Celso Pereira – Honorário Brasileiro – Pág. 306
ALVES, Joaquim Victorino Portella Ferreira - Titular – Pág. 300
AMARAL, Samuel - Correspondente argentino – Pág. 320
AMBROSI, Luis A. Musso – Correspondente uruguaio – Pág. 322
ANASTASÍA, Luis Victor - Correspondente uruguaio – Pág. 320
ANDRADE, D. Jose Manuel Pita - Correspondente espanhol – Pág. 326
ARAÚJO, João Hermes Pereira de - Emérito – Pág. 298
ARRUDA, José Jobson de Andrade - Correspondente brasileiro – Pág. 310
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
329
Por por ordem alfabética
ARTEAGA, Juan José – Correspondente uruguaio – Pág. 320
ASIAIN, D. Jose Angel Sanchez – Correspondente espanhol – Pág. 326
ATARD, D. Vicente Palacio – Correspondente espanhol – Pág. 325
AUZA, Néstor Tomás – Correspondente argentino – Pág. 319
AVELLA, Aniello (Nello) Angelo – Correspondente estrangeiro – Pág. 312
ÁVILA, Fernando Bastos de, S.J. (Pe.) – Honorário brasileiro – Pág. 304
AVNI, Haim – Correspondente estrangeiro – Pág. 312
AZAMBUJA, Marcos Castrioto de – Honorário brasileiro – Pág. 303
BAEZA, Sergio Martínez – Correspondente estrangeiro – Pág. 314
BALDIVIESO, Valentín Abecia – Correspondente estrangeiro – Pág. 312
BALHANA, Altiva Pilatti – Correspondente brasileira – Pág. 307
BANDEIRA, Luiz Alberto Dias Lima de Vianna Moniz – Correspondente
brasileiro – Pág. 308
BARBA, Fernando E. – Correspondente argentino – Pág. 320
BARRETO, Luiz Antonio – Correspondente brasileiro – Pág. 310
BAZÁN, Armando Raúl – Correspondente argentino – Pág. 319
BELCHIOR, Elysio Custódio Gonçalves de Oliveira - Titular – Pág. 301
BELSUNCE, Cesar A. Garcia- Correspondente argentino – Pág. 319
BELTRÃO, Maria da Conceição de Moraes Coutinho - Titular – Pág. 300
BENTO, Claudio Moreira - Emérito – Pág. 298
BERMEJO, D. Joaquin Vallve - Correspondente espanhol – Pág. 326
BERNSTEIN, Harry - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
BERTOLETTI, Esther Caldas - Titular – Pág. 301
BESSA, Carlos da Costa Gomes - Correspondente português – Pág. 316
BETHELL, Leslie - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
BITTENCOURT, Armando de Senna - Titular – Pág. 302
BITTENCOURT, Gabriel Augusto de Mello - Correspondente brasileiro – Pág.
307
BLAY, Jean Pierre - Correspondente estrangeiro – Pág. 315
330
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
Cadastro Social
BLIXEN, Olaf - Correspondente uruguaio – Pág. 322
BOAVENTURA, Edivaldo Machado - Correspondente brasileiro – Pág. 307
BORJA, Célio de Oliveira - Honorário brasileiro – Pág. 305
BOSCH, Beatriz - Correspondente argentina – Pág. 317
BOSCHI, Caio César - Correspondente brasileiro – Pág. 310
BOTANA, Natalio Rafael - Correspondente argentino – Pág. 318
BOTAS, Olga Fernández Latour de - Correspondente argentina – Pág. 319
BOURBON, D. Juan Carlos de – Presidente Honorário – Pág. 297
BRAGANÇA, D. Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e, - Correspondente brasileiro –
Pág. 309
BUENO, Antônio Henrique Cunha - Honorário brasileiro – Pág. 303
CABRAL, Muniz Sodré de Araújo – Institucional – Pág. 327
CAMPESTRINI, Hildebrando - Correspondente brasileiro – Pág. 311
CANO, Dª Carmen Iglesias - Correspondente espanhola – Pág. 326
CARA, José Eduardo de - Correspondente argentino – Pág. 319
CARDIM, Carlos Henrique - Correspondente brasileiro – Pág. 310
CARDOSO, Fernando Henrique - Presidente Honorário – Pág. 297
CARVALHO, Affonso Celso Villela de - Emérito – Pág. 298
CARVALHO, José Geraldo Vidigal de (Cônego) - Correspondente brasileiro – Pág. 307
CARVALHO, José Murilo de - Honorário brasileiro – Pág. 304
CARVALHO, Marcus Joaquim Maciel de - Correspondente brasileiro – Pág. 309
CASADEI, Thalita de Oliveira - Emérita – Pág. 298
CASTELO-BRANCO, Fernando - Correspondente português – Pág. 316
CASTRILLON, D. Gonzalo Anes Y Alvares de - Correspondente espanhol – Pág. 325
CASTRO, Aníbal Pinto de - Correspondente português – Pág. 316
CASTRO, Nuno Alvares Pereira de, Correspondente Estrangeiro – Pág. 315
CAVALCANTE, Cid José Teixeira - Correspondente brasileiro – Pág. 308
CEZAR, Adilson - Correspondente brasileiro – Pág. 311
CHEBATAROFF, Fernando - Correspondente uruguaio – Pág. 323
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
331
Por por ordem alfabética
CIBILS, Luís Alberto - Correspondente brasileiro – Pág. 309
CIRIBELLI, Marilda Corrêa - Titular – Pág. 300
COELHO, Geraldo Mártires - Correspondente Brasileiro – Pág. 311
COELHO, Lucinda Coutinho de Mello - Emérita – Pág. 299
CORRÊA, Carlos Humberto Pederneiras - Correspondente brasileiro – Pág. 307
CORRÊA, Luiz Felipe de Seixas - Titular – Pág. 301
CORREIA NETO, Jonas de Morais - Titular – Pág. 301
CORTÉS CONDE, Roberto - Correspondente argentino – Pág. 319
COSTA, Antônio Gomes da - Titular – Pág. 300
COSTA, Marcus Soares de Albergaria de Noronha da - Correspondente
estrangeiro – Pág. 314
COSTA, Mário Júlio Brito de Almeida - Correspondente português – Pág. 316
COUTO, José Jorge da Costa - Correspondente português – Pág. 317
CRUZ, Paulo Werneck da - Titular – Pág. 299
CUNHA, Lygia da Fonseca Fernandes da – Emérita – Pág. 298
CUNHA, Waldir da - Titular – Pág. 299
DAMATTA, Roberto - Honorário brasileiro – Pág. 304
DARAGNÉS, Ernesto - Correspondente uruguaio – Pág. 323
DEL PINO, Alberto - Correspondente uruguaio – Pág. 324
DEL PRIORE, Mary Lucy Murray - Honorária brasileira – Pág. 305
DELGADO, Alexandre Miranda - Honorário brasileiro – Pág. 303
DEMONER, Sonia Maria - Correspondente brasileira – Pág. 308
DESTEFANI, Laurio H. - Correspondente argentino – Pág. 318
DIAS JR., Ondemar Ferreira - Honorário brasileiro – Pág. 305
DUARTE, Maria Amalia - Correspondente argentina – Pág. 319
ELHORDOY, Angel Corrales - Correspondente uruguaio – Pág. 321
ENTRALGO, Pedro Lain - Correspondente espanhol – Pág. 324
ESPIELL, Héctor Gros - Correspondente uruguaio – Pág. 322
ESPOSEL, José Pedro Pinto - Titular – Pág. 299
332
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
Cadastro Social
ESTEVES, Fernando Segismundo - Honorário brasileiro – Pág. 305
FALBEL, Nachman - Correspondente brasileiro – Pág. 307
FALCI, Miridan Britto Knox - Titular – Pág. 301
FARINHA, Antônio Manuel Dias - Correspondente português – Pág. 316
FAVRE, Oscar Padrón - Correspondente uruguaio – Pág. 323
FERNANDES, Manuela Rosa Coelho Mendonça de Matos - Correspondente
estrangeira – Pág. 315
FERNANDEZ, D. Luis Suarez - Correspondente espanhol – Pág. 326
FIGUEIRA, José Joaquín - Correspondente uruguaio – Pág. 321
FONSECA, Maria Cecília Londres - Correspondente brasileira – Pág. 310
FOUQUET, Claude - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
FRANCO, Affonso Arinos de Mello - Emérito – Pág. 298
FROTA, Guilherme de Andréa - Titular – Pág. 299
FUENTES, Alvaro Galmés de - Correspondente espanhol – Pág. 327
GALLEGO, D. Miguel Artola - Correspondente espanhol – Pág. 325
GALLO, Alberto - Correspondente estrangeiro – Pág. 315
GARDONE, Héctor Patiño – Correspondente uruguaio – Pág. 324
GARNER, Lydia Magalhães Nunes - Correspondente estrangeira – Pág. 315
GINES, D. Juan Vernet - Correspondente espanhol – Pág. 325
GODINHO, Vitorino Magalhães - Correspondente português – Pág. 316
GOES FILHO, Synesio Sampaio - Correspondente brasileiro – Pág. 309
GOITIA, Fernando Chueca - Correspondente espanhol – Pág. 324
GOMES, Antonio Lopes - Correspondente espanhol – Pág. 325
GORBEA, Martín Almagro - Correspondente espanhol – Pág. 327
GOUVÊA, Fernando da Cruz - Correspondente brasileiro – Pág. 306
GOYRI, Gonzalo Menendez-Pidal Y, Correspondente espanhol – Pág. 324
GRAF, Márcia Elisa de Campos - Correspondente brasileira – Pág. 310
GRAHAM, Richard - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
GRAIBOIS, Manuel Ballesteros - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
333
Por por ordem alfabética
GUEDES, Fernando - Correspondente português – Pág. 317
GUEDES, Max Justo - Benemérito – Pág. 297
GUIGLIELMI, Nilda - Correspondente argentina – Pág. 318
GUIMARÃES, Lucia Maria Paschoal - Honorária brasileira – Pág. 305
GUIMARÃES, Luiz Hugo - Correspondente brasileiro – Pág. 309
GULLA, Walter - Correspondente uruguaio – Pág. 322
GUTIÉRREZ, Ramón - Correspondente argentino – Pág. 319
HERES, Rafael Fernandes - Correspondente estrangeiro – Pág. 314
HESPANHA, Antonio Manuel Botelho - Correspondente estrangeiro – Pág. 315
HUMPHREYS, Robin A., O.B.E. - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
IKEDA, Daisaku - Honorário estrangeiro – Pág. 306
IPANEMA, Cybelle Moreira de - Emérita – Pág. 298
JOUBIN, Pedro Jacinto de Mallet - Titular – Pág. 299
KARASCH, Mary - Correspondente estrangeira – Pág. 315
KERN, Arno Alvarez - Correspondente brasileiro – Pág. 310
KOMISSAROV, Boris Nikolaievitch - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
LAFER, Celso - Honorário brasileiro – Pág. 304
LAGO, Pedro Aranha Corrêa do - Honorário brasileiro – Pág. 306
LAMÓNACA, Victor H. - Correspondente uruguaio – Pág. 322
LAMPREIA, Luiz Felipe - Honorário brasileiro – Pág. 305
LARA, Eduardo Acosta y - Correspondente uruguaio – Pág. 321
LARA, Jorge Salvador - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
LARROSA, Augusto Soiza - Correspondente uruguaio – Pág. 323
LAUERHASS JR, Ludwig - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
LEÃO, Reinaldo José Carneiro – Correspondente Brasileiro – Pág. 311
LEITE, José Roberto Teixeira - Honorário brasileiro – Pág. 304
LEÓN-PORTILLA, Miguel - Correspondente estrangeiro – Pág. 314
LÉVI-STRAUSS, Claude - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
334
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
Cadastro Social
LIGHT, Kenneth Henry Lionel – Honorário Brasileiro – Pág. 306
LIRA, Bernardino Bravo - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
LLANO, D. Jose Alcala-Zamora Y Queipo de - Correspondente espanhol – Pág. 326
LOBO, Eulalia Maria Lahmeyer - Honorária brasileira – Pág. 304
LOUSTAU, César - Correspondente uruguaio – Pág. 321
LUNA, Félix - Correspondente argentino – Pág. 318
LUSTOSA, Izabel - Honorária brasileira – Pág. 306
LYRA, Maria de Lourdes Viana - Titular – Pág. 302
MACIEL, Marco Antônio de Oliveira - Correspondente brasileiro – Pág. 311
MAEDER, Ernesto, J. A. - Correspondente argentino – Pág. 319
MAGALHÃES, Joaquim Antero Romero de - Correspondente estrangeiro – Pág. 314
MAIA, Agaciel da Silva - Correspondente brasileiro – Pág. 310
MAÑÉ GARZÓN, Fernando - Correspondente uruguaio – Pág. 324
MAÑE, S. J. Juan Villegas - Correspondente uruguaio – Pág. 322
MANRIQUE, Daniel Restrepo - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
MARCÍLIO, Maria Luiza - Correspondente brasileira – Pág. 308
MARCO, Miguel Angel de - Correspondente argentino – Pág. 319
MARILUZ URQUIJO, José M. - Correspondente argentino – Pág. 317
MARIZ, Vasco - Emérito – Pág. 299
MARQUES, José - Correspondente português – Pág. 317
MARTIN, Felipe Ruiz. - Correspondente espanhol – Pág. 326
MARTINEZ C., Pedro S. - Correspondente argentino – Pág. 317
MARTINEZ, D. Jose Maria Blazquez - Correspondente espanhol – Pág. 326
MARTINEZ, Pedro Mário Soares - Correspondente português – Pág. 316
MARTINS, Daniel Hugo - Correspondente uruguaio – Pág. 321
MARTINS, Hélio Leoncio - Titular – Pág. 302
MARTINS, José Victorino de Pina - Correspondente português – Pág. 317
MARTINS, Wilson - Correspondente brasileiro – Pág. 308
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
335
Por por ordem alfabética
MARTIRÉ, Eduardo - Correspondente argentino – Pág. 318
MATTOS, Helio Jaguaribe de - Titular – Pág. 301
MATTOSO, Kátia M. Queirós - Honorária brasileira – Pág. 303
MAXWELL, Kenneth R. - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
MAYO, Carlos A. - Correspondente argentino – Pág. 319
MEIRA, Marcio Augusto de Freitas - Correspondente brasileiro – Pág. 310
MELGAR, Rafael Lapesa, - Correspondente espanhol – Pág. 326
MELLO, Evaldo José Cabral de - Titular – Pág. 300
MELLO, Fernando Collor de - Presidente Honorário – Pág. 297
MELLO, José Octávio de Arruda - Correspondente brasileiro – Pág. 308
MELO E SOUZA, Antonio Candido de - Honorário brasileiro – Pág. 304
MENA SEGARRA, Enrique - Correspondente uruguaio – Pág. 323
MINDLIN, José Ephraim - Honorário brasileiro – Pág. 303
MIRANDA, Victorino Coutinho Chermont de - Titular – Pág. 301
MONES, Álvaro - Correspondente uruguaio – Pág. 321
MONREAL, Susana - Correspondente uruguaia – Pág. 323
MONTEIRO, Miguel Maria Santos Corrêa - Correspondente português – Pág. 317
MONTSERRAT, Marcelo - Correspondente argentino – Pág. 320
MORAES FILHO, Evaristo de - Titular – Pág. 299
MORENO, Humberto Carlos Baquero - Correspondente português – Pág. 316
MORÓN, Guillermo - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
MOTA, Ático Frota Vilas-Boas da - Correspondente brasileiro – Pág. 310
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas - Titular – Pág. 301
MUNNE S. J., Miguel Batllori Y - Correspondente espanhol – Pág. 324
MUSSO, Luiz A. - Correspondente uruguaio – Pág. 322
NAGEL, Rolf - Correspondente estrangeiro – Pág. 314
NASCIMENTO, Vamireh Chacon de Albuquerque - Correspondente brasileiro
– Pág. 307
NAVASCUES, D. Faustino Menendez Pidal de - Correspondente espanhol –
336
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
Cadastro Social
Pág. 326
NISKIER, Arnaldo – Titular – Pág. 300
NUNES, Maria Thetis - Correspondente brasileira – Pág. 309
OLIVEIRA, Enrique Arocena - Correspondente uruguaio – Pág. 320
ORLÉANS E BRAGANÇA, D. João de – Honorário Brasileiro – Pág. 306
ORTIZ, Antonio Dominguez - Correspondente espanhol – Pág. 325
PADILHA, Tarcísio Meirelles - Honorário brasileiro – Pág. 304
PAIM, Antonio Ferreira - Honorário brasileiro – Pág. 304
PAIVA, Melquíades Pinto - Honorário brasileiro – Pág. 305
PAOLI, Juan Bautista Rivarola - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
PARÉS, Juan Fernández - Correspondente uruguaio – Pág. 321
PASSARINHO, Jarbas Gonçalves - Honorário brasileiro – Pág. 302
PEDEMONTE, Juan Carlos - Correspondente uruguaio – Pág. 322
PEDRUZO, Luiz Diez Del Corral Y - Correspondente espanhol – Pág. 325
PEIXOTO, Celina Vargas do Amaral - Honorária brasileira – Pág. 303
PERÉZ GUILHOU, Dardo - Correspondente argentino – Pág. 319
PETROVICH, Enélio Lima - Emérito – Pág. 298
PIAZZA, Walter Fernando - Emérito – Pág. 298
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf - Correspondente brasileira – Pág. 307
PIETSCHMANN, Horst - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
PINHO, João Maurício Ottoni Wanderley de Araújo - Titular – Pág. 301
PINTO, Paulo Brossard de Souza - Honorário brasileiro – Pág. 303
PINTOS, Aníbal Barrios - Correspondente uruguaio – Pág. 323
PIRES, Fernando Tasso Fragoso - Titular – Pág. 302
POPPINO, Rollie E. - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
PROVENÇAL, Lucien - Correspondente estrangeiro – Pág. 315
PUIGGROS, Ernesto - Correspondente uruguaio – Pág. 322
QUESADA, D. Miguel Angel Ladero - Correspondente espanhol – Pág. 326
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
337
Por por ordem alfabética
QUEVEDO, Roberto - Correspondente estrangeiro – Pág. 314
RADULET, Carmen Maria - Correspondente estrangeira – Pág. 314
RAFFINO, Rodolfo Adelio - Correspondente argentino – Pág. 318
RANGUÍS, Carlos - Correspondente uruguaio – Pág. 322
RECIO, Luis Miguel Enciso - Correspondente espanhol – Pág. 327
REIS FILHO, Nestor Goulart - Correspondente brasileiro – Pág. 311
REMA, Henrique Pinto O. F. M. (Pe) - Correspondente português – Pág. 317
RIOS, José Arthur - Titular – Pág. 300
RÍPODAS ARDANAZ, Daisy - Correspondente argentina – Pág. 318
RODRIGUES, Lêda Boechat - Emérita – Pág. 299
RODRÍGUEZ, Ricardo Vélez - Correspondente brasileiro – Pág. 309
ROSA, Léa Brígida Rocha de Alvarenga - Correspondente brasileira – Pág. 309
ROUANET, Sérgio Paulo - Honorário brasileiro – Pág. 303
RUANO, D. Eloy Benito - Correspondente espanhol – Pág. 325
RUIZ MORENO, Isidoro - Correspondente argentino – Pág. 318
RUSSELL-WOOD, Anthony John - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
SAGRERA, Carlos - Correspondente uruguaio – Pág. 324
SALES, Eugênio de Araújo (Dom) - Honorário brasileiro – Pág. 303
SALLES, Vicente - Correspondente brasileiro – Pág. 308
SALUM-FLECHA, Antonio - Correspondente estrangeiro – Pág. 315
SAMPAIO, Jorge - Presidente Honorário – Pág. 297
SANCHES, Marcos Guimarães - Titular – Pág. 301
SÁNCHEZ, Alfonso E. Pérez - Correspondente espanhol – Pág. 327
SANGUINETTI, Marta Canessa de - Correspondente uruguaia – Pág. 321
SANTA MARIA, Fernando de La Granja, Correspondente espanhol – Pág. 327
SANTOS, Corcino Medeiros dos - Correspondente brasileiro – Pág. 310
SANTOS, Eugênio Francisco dos - Correspondente português – Pág. 316
SANZ, Luís Santiago - Correspondente argentino – Pág. 318
338
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
Cadastro Social
SARNEY, José - Presidente Honorário – Pág. 297
SCANTIMBURGO, João de - Honorário brasileiro – Pág. 303
SCHENONE, Héctor H. - Correspondente argentino – Pág. 318
SCHWARCZ, Lilia Katri Moritz - Correspondente brasileira – Pág. 311
SCHWARTZ, Stuart B. - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
SENA, Consuelo Pondé de - Correspondente brasileira – Pág. 307
SENA, Davis Ribeiro de - Honorário brasileiro – Pág. 305
SERRANO, D. Carlos Seco - Correspondente espanhol – Pág. 325
SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Correspondente português – Pág. 316
SIERRA, Ernesto Reguera - Correspondente estrangeiro – Pág. 312
SILVA, Alberto Martins da - Correspondente brasileiro – Pág. 307
SILVA, Alberto Vasconcellos da Costa e - Titular – Pág. 302
SILVA, Andrée Mansuy-Diniz – Correspondente Estrangeiro – Pág. 315
SILVA, Aníbal Cavaco – Presidente Honorário – Pág. 297
SILVA, Eduardo - Titular – Pág. 300
SILVA, Hernán Asdrúbal - Correspondente argentino – Pág. 319
SILVA, Jaime Antunes da - Institucional – Pág. 327
SILVA, José Enrique - Correspondente estrangeiro – Pág. 314
SILVA, Leonardo Dantas - Correspondente brasileiro – Pág. 308
SILVA, Maria Beatriz Nizza da - Correspondente brasileira – Pág. 308
SIQUEIRA, Elizabeth Madureira - Correspondente brasileira – Pág. 309
SIQUEIRA, Sonia Apparecida de - Correspondente brasileira – Pág. 308
SKIDMORE, Thomas - Correspondente estrangeiro – Pág. 314
SOUTELO, Luiz Fernando Ribeiro - Correspondente brasileiro – Pág. 308
SOUZA, Luiz de Castro - Benemérito – Pág. 297
STERNBERG, Hilgard O’Reilly - Correspondente brasileiro – Pág. 307
STIRLING, José E. Etcheverry - Correspondente uruguaio – Pág. 321
STOLS, Eddy Odiel Gerard - Correspondente estrangeiro – Pág. 315
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
339
Por por ordem alfabética
TAU ANZOATEGUI, Victor - Correspondente argentino – Pág. 318
TAVARES, Luís Henrique Dias - Emérito – Pág. 298
TELES, José Mendonça - Correspondente brasileiro – Pág. 309
TELLES, Augusto Carlos da Silva - Emérito – Pág. 298
TELLES, Pedro Carlos da Silva - Titular – Pág. 301
TENÓRIO, Douglas Apratto - Correspondente brasileiro – Pág. 311
TORRE, Carlos Páez de la - Correspondente argentino – Pág. 320
TORRENDELL, Beatriz - Correspondente uruguaia – Pág. 324
TOSTES, Vera Lucia Bottrel - Titular – Pág. 302
VALES, Luis E. Gonzales - Correspondente estrangeiro – Pág. 314
VALLO, Ezequiel - Correspondente argentino – Pág. 318
VALVERDE, José Filgueira Valverde - Correspondente espanhol – Pág. 325
VAQUERO, Quintín Aldea (Pe.) - Correspondente espanhol – Pág. 327
VARESE, Suzana Rodríguez - Correspondente uruguaia – Pág. 323
VASQUEZ, Pedro Karp - Honorário brasileiro – Pág. 305
VENANCIO FILHO, Alberto - Titular – Pág. 300
VICENTE, Antonio Pedro de Araujo Pires - Correspondente português – Pág. 316
VIDAURRETA, Alícia Elena - Correspondente estrangeira – Pág. 312
VILAÇA, Marcos Vinicios Rodrigues - Honorário brasileiro – Pág. 304
VINHOSA, Francisco Luiz Teixeira - Titular – Pág. 300
WEFFORT, Francisco Correa - Honorário brasileiro – Pág. 305
WEHLING, Arno - Titular – Pág. 299
WEHRS, Carlos - Titular – Pág. 300
WEINBERG, Félix - Correspondente argentino – Pág. 320
WIESEBRON, Marianne L. - Correspondente estrangeira – Pág. 313
WONDJI, Christophe - Correspondente estrangeiro – Pág. 313
ZAVALLA, Sílvio - Correspondente estrangeiro – Pág. 311
ZILLY, Berthold - Correspondente estrangeiro – Pág. 315
ZULETA ÁLVAREZ, Enrique - Correspondente argentino – Pág. 318
340
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):329-340, out./dez. 2008
Cadastro Social
c- Presidentes e endereços dos Institutos
Históricos Estaduais
(sócios correspondentes brasileiros enquanto na direção dos respectivos
institutos)
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE ALAGOAS
Jayme Lustosa de Altavila
Rua João Pessoa, 382 - 57020-970 - Maceió - AL
INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO AMAZONAS
Edinea Mascarenhas Dias
Rua Bernardo Ramos, 117/131 - Centro - 69005-310 - Manaus - AM
INSTITUTO GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DA BAHIA
Consuelo Pondé de Sena
Av. Sete de Setembro, 94/A - 40060-001 - Salvador - BA
INSTITUTO DO CEARÁ
José Augusto Bezerra
Rua Barão do Rio Branco, 1594 - 60025-061 - Fortaleza - CE
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO DISTRITO FEDERAL
Affonso Heliodoro dos Santos
SEP/Sul EQ 703/903 - Conj. C - 70390-039 - Brasília - DF
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO ESPÍRITO SANTO
Getúlio Marcos Peereira das Neves
Av. República, 374 - Parque Moscoso - 29020-620 - Vitória - ES
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GOIÁS
Aidenor Aires
Rua 82, nº. 455 - Centro - 74083-010 - Goiânia - GO
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):341-343, out./dez. 2008
341
Presidentes e Endereços dos Institutos Históricos Estaduais
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO
Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo
Rua Santa Rita, 230 - Edf. Prof. Antonio Lopes - 2º. and - 65015-430 - São Luiz - MA
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MATO GROSSO
João Carlos Vicente Ferreira
Rua Barão de Melgaço, 3869 - Centro - 78005-500 - Cuiabá - MT
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MATO GROSSO DO SUL
Hildebrando Campestrini
Rua Rui Barbosa, 2624 - 79002-365 - Campo Grande - MS
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MINAS GERAIS
Fernando Antonio Xavier Brandão
Rua Guajajaras, 1268 - Sobreloja - 30180-101 - Belo Horizonte - MG
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO PARÁ
Guaraciaba Quaresma Gama
Rua D’Aveiro, 62 - Cidade Irmã - 66020-610 - Belém - PA
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PARAIBANO
Luiz Hugo Guimarães
Rua Barão do Abiai, 64 - 58013-080 - João Pessoa - PB
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO PARANÁ
Lauro Grein Filho
Rua José Loureiro, 43 - Centro - 80010-000 - Curitiba - PR
INSTITUTO ARQUEOLÓGICO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO
PERNAMBUCANO
Maria Cristina Cavalcanti de Albuquerque
Rua do Hospício, 130 - Boa Vista - 50060-080 - Recife - PE
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO PIAUIENSE
Paulo de Tarso Mello e Freitas
Av. Miguel Rosa, 3300 - Sul-Centro - 64001-490 - Teresina - PI
342
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):341-343, out./dez. 2008
Cadastro Social
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO DE JANEIRO
Cybelle Moreira de Ipanema
Av. Augusto Severo, 8/12º. Andar - Glória - 20021-040 - Rio de Janeiro - RJ
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE
Enélio Lima Petrovich
Rua da Conceição, 622 - 59025-270 - Natal - RN
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO SUL
Gervásio Rodrigo Neves
Rua Riachuelo, 1317 - 3o andar. - Centro - 90010-271 - Porto Alegre - RS
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE RONDÔNIA
Yêdda Pinheiro Borzarcov
Rua Portugal, nº. 2298 - Ipase Novo - Pedrinhas - 78900-000 - Porto Velho - RO
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SÃO PAULO
Nelly Martins Ferreira Candeias
Rua Benjamim Constant, 158 - 01005-000 - São Paulo - SP
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SANTA CATARINA
Carlos Humberto Pederneiras Corrêa
Praça XV de Novembro, s/n - caixa postal D142 - 88010-970 - Florianópolis - SC
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SERGIPE
José Ibarê Costa Dantas
Rua Itabaianinha, 41 - 49010-190 - Aracajú - SE
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):341-343, out./dez. 2008
343
Movimentação no quadro social
IV.2 –
Movimentação no quadro social
FORAM ELEITOS
Correspondente brasileiro:
Reinaldo José Carneiro Leão
Correspondentes estrangeiros:
Nuno Álvares Pereira de Castro
Andrée Mansuy-Diniz Silva
Honorários brasileiros:
Antônio Celso Pereira Alves
Cláudio Aguiar
D. João de Oleáns de Bragança
Kenneth Henry Lionel Ligth
Foram transferidos
Para sócio emérito
Walter Fernando Piazza
Para sócio titular
Alberto Vasconcellos da Costa e Silva
Armando de Senna Bittencourt
Arnaldo Niskier
João Maurício de Araújo Pinho
Marcos Guimarães Sanches
Faleceram
Luís Ferrand de Almeida, Correspondente português
Odilon Nogueira de Matos, Emérito
Arivaldo Silveira Fontes, Titular
Frieda Wolff, Emérita
José Fortuna Andréa dos Santos, Titular
John W. Foster Dulles, Correspondente estrangeiro
Braz Augusto Aquino Brancato, Correspondente brasileiro
Maria Cecília Ribas Carneiro, Titular
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):345-345, out./dez. 2008
345
Movimentação no quadro social
PROPOSTAS E PARECERES
PROPOSTA
Propomos para Sócio Emérito o Sócio Correspondente Brasileiro
Walter Fernando Piazza, residente em Santa Catarina.
Professor Titular de História do Brasil da Universidade Federal de
Santa Catarina, ocupou diversos cargos públicos na área educacional e
cultural de seu Estado, tendo inclusive sido Presidente do IHGSC.
De sua vasta bibliografia, destacam-se os livros “A epopéia açórico-madeirense 1748-1756, Luminares do ensino catarinense, Brigadeiro Silva Paes, construtor do Brasil meridional, além de colaboração em
periódicos especializados do Brasil e do exterior e participação em obras
coletivas.
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ora reunida, aprova com intensa satisfação a transferência
do sr. Walter Fernando Piazza para a classe de Sócio Emérito.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
A Comissão de História aprova, tendo em vista sua obra como historiador, a transferência do prof. Walter Fernando Piazza para a classe de
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
347
Propostas e Pereceres
Sócio Emérito.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA
Propomos para Sócio Titular o Sócio Honorário Alberto da Costa e
Silva.
Diplomata de carreira, tornou-se um dos maiores especialistas em
História da África e das relações afro-brasileiras. De sua produção destacam-se livros como A enxada e a lança: a África antes dos portugueses
(1992), As relações entre o Brasil e a África Negra de 1822 à Primeira
Guerra Mundial (1996) e A manilha e o libambo: a África e a escravidão
de 1500 a 1700 (2003).
Tem colaborado com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
em diferentes eventos, inclusive na presidência da Comissão que organizou, na Prefeitura do Rio de Janeiro, as comemorações dos 200 anos da
transferência da Corte.
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios aprova a indicação de Alberto
da Costa e Silva para Sócio Titular.
Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
348
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
Movimentação no quadro social
A Comissão de História, tendo em vista a contribuição do Sócio Honorário Alberto da Costa e Silva à cultura brasileira, com repercussão no
cenário internacional, não só através de obras, como dos cargos exercidos, aprovou a indicação para Sócio Titular.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA
Propomos, para ascenção no Quadro Social, de Sócio Honorário a
Titular, o vice-Almirante Armando de Senna Bittencourt, presença constante nas parcerias com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em
eventos da Marinha.
Responsável pela Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural da
Marinha, hoje Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, é um
respeitado Engenheiro Naval, especializado em História Naval, com medalhas e condecorações, como a do Mérito Naval e a do Mérito Rio Branco.
Em 2007, coordenou a realização do Simpósio do Bicentenário do
Almirante Tamandaré, Joaquim Marques Lisboa, e, neste ano, o do Almirante Joaquim José Ignácio, Visconde de Inhaúma, realizado nos dias 29
e 30 de outubro.
É uma parceria benvinda ao Instituto que, assim, considera reconhecer o empenho de seu Sócio Honorário, eleito em 2004, na projeção do
IHGB.
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios aprova a indicação de Armando
de Senna Bittencourt para Sócio Titular.
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
349
Propostas e Pereceres
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
A Comissão de História, tendo presente a produção historiográfica
do Sócio Honorário Armando de Senna Bittencourt, manifesta favoravelmente à sua eleição para o quadro de Sócios Titulares.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA
O professor Arnaldo Niskier, Sócio Honorário desde 1981, agora
proposto a Sócio Titular, é nome expressivo da educação e da cultura do
País.
Tem estado à frente de importantes cargos da administração, como
Secretário Estadual, tanto de Ciência e Tecnologia quando de Cultura e
de Educação.
Desde sua eleição, muito se tem enriquecido sua produção bibliográfica, ao lado de funções de destaque nos cenários de suas áreas de
conhecimento.
Já presidiu a Academia Brasileira de Letras. Atualmente, é o editorresponsável do Jornal de Letras e Presidente do Centro de Integração
Empresa-Escola, Unidade Rio de Janeiro.
De seus últimos títulos, registramos: 10 Anos de LDB, em 2007, e
Don Quixote para crianças, em 2008.
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
350
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
Movimentação no quadro social
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios aprova a indicação de Arnaldo
Niskier para Sócio Titular.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
Pela continuada e importante contribuição do Sócio Honorário Arnaldo Niskier, nos campos da educação e história, a comissão aprova sua
indicação para Sócio Titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA PARA SÓCIO TITULAR
Propomos para Sócio Titular do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro JOÃO MAURÍCIO WANDERLEY DE ARAÚJO PINHO.
Jurista dos mais conceituados no Rio de Janeiro, com destacada
passagem pelo magistério universitário e por inúmeros conselhos empresariais, integra o Quadro de Sócios Honorários desde 1991, exercendo
atualmente as funções de Diretor de Relações Externas.
Presença marcante na vida cultural fluminense, é vice-presidente do
Conselho Deliberativo do Museu de Arte Moderna e ex-diretor da Casa
França-Brasil e do Museu do Ingá. É também membro dos Institutos Históricos da Bahia e do Rio de Janeiro e da Academia Brasileira de Arte.
É autor dos estudos Guerra e Paz no Prata (1950), Correspondência
do Marquês de Barbacena (1958) e de verbetes de Direito Financeiro
para a Enciclopédia Brasileira de Sociologia do MEC (1966), além de
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
351
Propostas e Pereceres
vasta bibliografia jurídica.
Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios aprova a indicação de João
Maurício de Araújo Pinho como Sócio Titular.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
A Comissão de Ciências Sociais endossa a indicação do predicto João
Maurício de Araújo Pinho para Sócio Titular, ressaltando a contribuição
que tem dado ao Instituto nas funções que lhe têm sido concedidas.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA
O Professor Marcos Guimarães Sanches é Sócio Honorário do IHGB
desde 1995, agora proposto para Sócio Titular.
Mestre e Doutor em História do Brasil pela UFRJ, é professor das
Universidades Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e Gama
Filho, tendo exercido a Direção do Arquivo Público do Estado do Rio de
Janeiro.
Tem trabalhos publicados em sua especialidade, particularmente no
âmbito da História Colonial, alguns deles publicados na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
352
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
Movimentação no quadro social
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ora reunida, aprova o ingresso do Sr. Marcos Guimarães
Sanches, sem restrições, para a condição de Sócio Titular.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
A Comissão de História aprova o ingresso do historiador e professor
Marcos Guimarães Sanches para a condição de Sócio Titular.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA
Para ingresso no Quadro Social do Instituto, na categoria de Sócio
Correspondente Brasileiro, propomos o nome de Reinaldo José Carneiro
Leão, atual 1º Secretário Perpétuo e Curador do Instituto Arqueológico,
Histórico e Geográfico Pernambucano.
É Bacharel em Sociologia e Política e em Ciências Jurídicas e Sociais, por entidades universitárias de seu estado.
Tem exercido atividades administrativas e culturais, por exemplo no
levantamento Sócioeconômico das propriedades dos vales do Seridó e do
Alto Apodi, como na Fundação Joaquim Nabuco, na Companhia Hidro
Elétrica do São Francisco, no Museu do Açúcar e na SUDENE.
Além de Sócio Benemérito do Instituto Pernambucano, que repre-
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
353
Propostas e Pereceres
sentou nos Colóquios promovidos por este Instituto (II, III e IV), é correspondente do Paraibano e do de Igaraçu. Pelo Instituto de Oeiras (PI),
foi agraciado com a Medalha Brigadeiro Souza Martins.
Autor de trabalhos individuais e coletivos, com destaque para O
MEPE – Museu do Estado de Pernambuco, O tesouro dos abades (texto
para Exposição) e Campo das Princesas – o Palácio do Governo de Pernambuco. No prelo, O universo encantado de Cláudio Dubeux: fotografias de cenas oitocentistas.
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ora reunida, aprova, sem restrições, o ingresso para
o quadro de Sócio Correspondente Brasileiro, do candidato sr. Reinaldo
Carneiro Leão.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
A Comissão de História aprova o ingresso do historiador Reinaldo
Carneiro Leão para o quadro de Sócios Correspondentes Brasileiros.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA
Propomos para Sócia Correspondente Estrangeira a historiadora
franco-portuguesa Andrée Mansuy-Diniz Silva, com importante contribuição historiográfica à História do Brasil Colonial.
354
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
Movimentação no quadro social
A Dra. Andrée Mansuy publicou a que é considerada a melhor edição crítica da obra Cultura e Opulência do Brasil, de Antonil. Nos últimos anos, dedicou-se ao estudo da vida e obra de D.Rodrigo de Sousa
Coutinho, tendo editado escritos deste estadista e elaborado monumental
biografia, D.Rodrigo de Sousa Coutinho, Comte. de Linhares – portrait
d’un homme d’état.
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios aprova a indicação de Andrée
Mansuy-Diniz Silva como Sócia Correspondente Estrangeira.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
A Comissão de História aprova a indicação da historiadora francoportuguesa Andrée Mansuy-Diniz Silva para o quadro de Sócios Correspondentes Estrangeiros.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA PARA SÓCIO CORRESPONDENTE
ESTRANGEIRO
Propomos para Sócio Correspondente Estrangeiro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro o pesquisador português NUNO ALVARES
PEREIRA DE CASTRO, residente, desde 1976, no Rio de Janeiro.
Internacionalmente conhecido por seus estudos sobre porcelana da
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
355
Propostas e Pereceres
Companhia das Índias, é autor do livro A porcelana chinesa ao tempo
do Império: Portugal e Brasil, ora em 2ª edição, bilíngüe, e dos estudos A cerâmica e a porcelana chinesas na Dinastia Ming (1368-1644)
e Alguns brasões inéditos em Companhia das Índias. Escreveu, ainda,
De Bartolomeu Dias a Vasco da Gama - As famosas armadas da Índia
1496-1650 por Simão Ferreira Paes, e artigos outros sobre as expedições
portuguesas.
É Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, sócio benemérito do Real Gabinete Português de Leitura e
membro da Academia Luso-Brasileira de Letras. Em 2000, foi agraciado
com o Prêmio Jonatas Serrano, da União Brasileira de Escritores.
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ora reunida, aprova, sem restrições, o ingresso para o
quadro de Sócio Correspondente Estrangeiro, o Sr. Nuno Álvares Pereira
de Castro.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
A Comissão de História aprova o historiador português Nuno Álvares Pereira de Castro, autor de importantes obras sobre a porcelana
chinesa em Portugal e Brasil, para o ingresso no quadro de Sócio Correspondente Estrangeiro.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
356
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
Movimentação no quadro social
PROPOSTA
Propomos para Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro o Dr Antônio Celso Alves Pereira.
Doutor em Direito Público pela UFRJ, foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, onde ocupou a Direção da Faculdade de Direito e a Reitoria da
Universidade. Nesta última condição efetivou convênio com o IHGB,
que permitiu a presença de professores e alunos da UERJ no levantamento de documentação do Arquivo do Instituto. Foi também Presidente da
Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro e é o
atual Presidente da Sociedade Brasileira de Direito Internacional, além de
Vice-Presidente do PEN Clube do Brasil.
Tem intensa colaboração em periódicos especializados nas áreas de
Direito e Ciências Sociais, além de obras como Desarmamento nuclear e
nova ordem internacional, Os impérios nucleares e sem reféns: relações
internacionais contemporâneas e Novas perspectivas do direito internacional contemporâneo (capítulo e coordenação).
Sua participação mais recente na CEPHAS foi conferência sobre
“Teófilo Otoni e o liberalismo brasileiro”.
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios aprova a indicação de Antônio
Celso Alves Pereira como Sócio Honorário Brasileiro.
Rio de Janeiro 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
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Propostas e Pereceres
PARECER DA COMISSÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
A Comissão de Ciências Sociais endossa a indicação do professor
Antônio Celso Alves Pereira para o quadro de Sócios Honorários Brasileiros, à vista de seu currículo.
Rio de Janeiro 3 de dezembro de 2008.
Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão
Ronaldo Rogério de Freitas Mourão
PROPOSTA PARA SÓCIO HONORÁRIO BRASILEIRO
Propomos para Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro D. João de Orléans e Bragança, empresário e fotógrafo, com
destacada participação na vida cultural brasileira.
É autor, entre outros, dos livros Rio imperial (em co-autoria com
Paulo Marcos Mendonça, 1988), Floresta da Tijuca (em co-edição com
Ana Jobim e Pedro Vasquez e Franz Krajberg, 1991), Ilha Grande (2005),
Piauí: luz do mar e do sertão (2006), Macaé: a natureza revelada (com
texto de Carlos Heitor Cony, 2008) e A riqueza vem do fundo do mar
(com texto de Antonio Torres, 2008).
Como fotógrafo, participou da Bienal de Torino (1990) e de exposições em Paris (1988 e 2007) e Salerno (2007). É também ligado aos movimentos de preservação ambiental e de defesa do patrimônio histórico e
artístico brasileiro.
Tem residência no Rio de Janeiro e em Parati.
Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ora reunida, aprova o ingresso na Classe de Sócio Honorário Brasileiro, de D. João de Orleans e Bragança.
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R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
Movimentação no quadro social
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
A admissão de D. João de Orleans e Bragança, como Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, constitui aquisição que
muito contribuirá para a consecução dos objetivos desta instituição, não
só pelo seu interesse na preservação do patrimônio cultural e histórico
nacional, como por sua dedicação à memória iconográfica do País, tal
qual D. Pedro II.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA
Para uma vaga de Sócio Honorário Brasileiro, propomos o nome
do pesquisador Cláudio Aguiar (Luiz Cláudio Aguiar), natural do Ceará,
com atuação acadêmica e profissional, principalmente em Pernambuco e
no Rio de Janeiro.
Graduado em Direito, pela UFPE, e Doutor pela Universidade da
Salamanca (Espanha).
Professor Visitante da Universidade Federal Rural de Pernambuco,
em convênio com a Sherbrook-Irecus (Canadá). Bolsista do CNPq, com
vistas ao estudo da imigração espanhola para o Brasil. Seminarista do
Instituto de Tropicologia da Fundação Joaquim Nabuco.
Pertence às Academias Pernambucana e Carioca de Letras a ao PEN
Clube do Brasil.
Autor de obra bibliográfica, repartida entre, predominantemente, ensaios históricos e jurídicos, romances e teatro. Exemplos: El barroco brasileño y la contribución española (1984), Os espanhóis no Brasil (1991),
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
359
Propostas e Pereceres
Franklin Távora e o seu tempo (2ª ed. 2005) e Suplício de frei Caneca
(oratório dramático, 2. ed.,1981).
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios aprova a indicação de Cláudio
Aguiar como Sócio Honorário Brasileiro.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
A Comissão Permanente de História aprova o ingresso de Cláudio
Aguiar para o quadro de Sócios Honorários Brasileiros, à vista de seu
currículo.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
PROPOSTA PARA SÓCIO HONORÁRIO BRASILEIRO
Propomos para Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico
Brasileiro, na forma do art. 6º, I e II, do Estatuto, KENNETH HENRY
LIONEL LIGHT, residente em Petrópolis, RJ.
Pesquisador e empresário, diplomado pelo Institute of Chartered Accountants of England and Wales, London, ex-diretor da Companhia
Souza Cruz, o indicado é autor do recém-lançado livro A viagem marítima da Família Real - A transferência da corte portuguesa para o Brasil
(Zahar, 2008), escrito a partir dos livros de quarto da Marinha inglesa
existentes no Arquivo Histórico de Londres, e a partir do qual foi possível
ao pintor Geoff Hunt, por encomenda sua, reconstituir o desembarque
360
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
Movimentação no quadro social
daquela no Rio de Janeiro. Autor, ainda, dos artigos ‘Britain and the Portuguese Navy’ e ‘Sidney Smith - um marinheiro herói’, publicados no
Brasil e em Portugal. Conferencista de reconhecidos méritos, tem participado de Congressos e Seminários, valendo mencionar os realizados pelo Museu Histórico
Nacional (2000), Universidade do Minho (2001), Universidade Nova de
Lisboa (2003), Câmara Municipal de Lisboa e Comissão 200 anos Portugal/Brasil (2007) e pelo IHGB, onde realizou as conferências de abertura
do Colóquio Luso-Brasileiro sobre os 200 anos da transferência da Corte
e do IV Colóquio de Institutos Históricos brasileiros, recém-encerrado.
É membro da British Historical Society of Portugal e do Instituto
Histórico de Petrópolis e possui a Medalha Princesa Isabel, do MinC/
IPHAN/ Museu Imperial.
Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2008.
PARECER DA COMISSÃO DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
A Comissão de Admissão de Sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, aprova a indicação de Kenneth Light como Sócio Honorário Brasileiro.
Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2008.
Alberto Venâncio Filho
Carlos Wehrs
José Arthur Rios
PARECER DA COMISSÃO DE HISTÓRIA
O historiador Kenneth Ligth apresentou seu curriculum vitae em que
estão registradas, além de sua contribuição em conferências e livros, suas
pesquisas em arquivos ingleses das quais resultaram inédito aporte de
informações sobre a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil, com tema
no exame dos diários de bordo dos navios britânicos que acompanharam
a esquadra portuguesa, em 1808. Portanto, a comissão de História é favo-
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
361
Propostas e Pereceres
rável à admissão de Kenneth Light como Sócio Honorário.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2008.
Eduardo Silva
Elysio de Oliveira Belchior
362
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):347-362, out./dez. 2008
Movimentação no quadro social
VAGAS EXISTENTES NO QUADRO SOCIAL
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008
Emérito
–
1
Titulares
–
5
Correspondente Brasileiro
–
1
Honorários Brasileiros
–
4
Honorários Estrangeiros
–
2
R IHGB, Rio de Janeiro, a. 169 (441):363-363, out./dez. 2008
363
NORMAS
A Revista do IHGB aceitará trabalhos, sob a forma de artigos, resenhas, transcrições de
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que serão encaminhados à apreciação de pelo menos dois pareceristas do Conselho Editorial.
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Fonte: Times New Roman 12, folha A4 e espaço simples.
O parágrafo deverá ter um recuo de 1 cm.
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bibliográficas de que o autor se serviu fica dispensada a repetição da bibliografia ao final.
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SOBRENOME, Nome. Título do livro em itálico. Edição (se não for a primeira). Cidade:
Editora, ano, p ou pp. Ex. : CASTELLO BRANCO, Carlos. Retratos e fatos da história recente.
2. ed. Rio de Janeiro: Revan, 1996, 206 p.
- Artigos de revistas ou capítulo de livro, ou parte de obra coletiva:
SOBRENOME, Nome. “Título do artigo (entre aspas)” In Título do periódico em itálico,
volume e/ou número do periódico, local de publicação, data de publicação, número(s) da(s)
página(s). Ex.: SOIHET, Rachel. “O drama da conquista na festa: reflexões sobre resistência
indígena e circularidade cultural” In Estudos Históricos, vol. 5, n 9, Rio de Janeiro, 1992, pp.
44-59.
- Outros documentos:
IBGE. Anuário Estatístico do Brasil – 1995. Rio de Janeiro: IBGE, 1996.
A publicação e comentários sobre documentos inéditos seguirão as normas especificadas
para artigos.
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contribuições recebidas.
ESTA OBRA FOI IMPRESSA
PELA GRÁFICA DO SENADO,
BRASÍLIA/DF,
EM 2008, COM UMA TIRAGEM
DE 700 EXEMPLARES
A Gráfica do Senado limitou-se a executar os serviços de impressão e acabamento desta obra.
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