Consiste em se fazer a descrição da estrutura do vocábulo mórfico (ou morfológico), depreendendo sua formas mínimas ou morfemas. O princípio básico da análise mórfica é a comutação, que consiste em uma operação constrativa por meio da permuta de morfemas. Permuta de morfema lexical Cant Grit Fal ar Permuta vogal temática Jog a ríamos (indica primeira conjugação) Beb e ríamos (indica segunda conjugação) Ped i ríamos (indica terceira conjugação) Permuta de morfema de tempo e modo Joga Jogá Joga Jogá ría mos (futuro do pretérito-indicativo) va mos (pretérito imperfeito-indicativo) re mos (futuro do presente – indicativo) sse mos (pretérito imperfeito –subjuntivo) Permuta de morfema de número e pessoa Jogaría mos (1 pessoa – plural) Jogaría s (2 pessoa – singular) Jogaríe is (2 pessoa – plural) Jogaria m ( 3 pessoa – plural) Cumulação e amalgama Ama-s (Onde no morfema –s reside a pessoa e o número (2 pessoa – singular)) Ama –is (onde no morfema –is reside a pessoa e o número (2 pessoa – plural)) Ama Φ (a ausência de morfema expressa número e pessoa (2 pessoa – singular) PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS PALAVRAS PRIMITIVAS – palavras que não são formadas a partir de outras. Exemplo: pedra, casa, paz, etc. PALAVRAS DERIVADAS – palavras que são formadas a partir de outras já existentes. Exemplo: pedrada (derivada de pedra), ferreiro (derivada de ferro). Na língua portuguesa existem dois grandes processos de formação de novas palavras: Derivação e Composição. Derivação - É o processo pelo qual palavras novas (derivadas) são formadas a partir de outras que já existem (primitivas). Pode ocorrer das seguintes maneiras: 1. 2. 3. 4. 5. Prefixal; Sufixal; Parassintética; Regressiva; Imprópria. Composição - É o processo pelo qual a palavra é formada pela junção de dois ou mais radicais. A composição pode ocorrer de duas formas. JUSTAPOSIÇÃO – quando não há alteração nas palavras e continuam a ser faladas (escritas) da mesma forma como eram antes da composição. Ex.: girassol (gira + sol), pé-de-moleque (pé + de + moleque) AGLUTINAÇÃO – quando há alteração em pelo menos uma das palavras, seja na grafia, seja na pronúncia. Exemplo: planalto (plano + alto) 1. DERIVAÇÃO PREFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo a um radical. Exemplo: desfazer, inútil. Vejamos alguns prefixos latinos e gregos mais utilizados: justa (posição ao lado) – justalinear des (ação contrária) – desfazer in (negação) - ilegal 2. SUFIXAL – processo de derivação pelo qual é acrescido um sufixo (NOMINAL OU VERBAL) a um radical. Exemplos: Pedreiro (FORMADOR DE SUBSTANTIVO) Livraria (FORMADOR DE SUBSTANTIVO) Civilizar (FORMADOR DE VERBO) Gotejar (FORMADOR DE VERBO) 3. PARASSINTÉTICA – processo de derivação pelo qual é acrescido um prefixo e sufixo simultaneamente ao radical. Exemplos: a + per + ↕ PREFIXO ↕ noit + ecer = ANOITECER ↕ ↕ RADICAL SUFIXO ↕ ↕ noit + ar. = PERNOITAR OBSERVAÇÃO : Para que ocorra a parassíntese é necessário que o prefixo e o sufixo juntem-se ao radical ao mesmo tempo. Caso a palavra continue a ter sentido, mesmo com a retirada do prefixo ou do sufixo, ela terá sido formada por derivação prefixal e sufixal. DES LEAL DADE 4. REGRESSIVA - processo de derivação em que são formados substantivos a partir de verbos (DEVERBAIS). Exemplos: Ninguém justificou o atraso. (do verbo atrasar) O debate foi longo. (do verbo debater) 5.IMPRÓPRIA - processo de derivação que consiste na mudança de classe gramatical da palavra sem que sua forma se altere. Exemplo: O jantar estava ótimo. O sim que você disse me fez feliz. ABREVIAÇÃO OU REDUÇÃO É a forma reduzida apresentada por algumas palavras: Exemplo: auto (automóvel), quilo (quilograma), moto (motocicleta). HIBRIDISMO É a formação de palavras a partir da junção de elementos de idiomas diferentes. Exemplo: automóvel (auto – grego + móvel – latim), burocracia (buro – francês + cracia – grego). ONOMATOPÉIA Consiste na criação de palavras na tentativa de imitar vozes ou sons da natureza. Exemplos: fonfom cocoricó tique-taque boom!. Toc…toc