<> <> <> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> A IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTAS DE GESTÃO NO PROCESSO DE EX-TARIFÁRIO DA PETROBRAS: DA TEORIA À PRÁTICA <> <> <> Por: Maria Larissa de Farias Teixeira <> <> <> Orientador Ana Paula Ribeiro Rio de Janeiro 2008 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> A IMPLEMENTAÇÃO DE FERRAMENTAS DE GESTÃO NO PROCESSO DE EX-TARIFÁRIO DA PETROBRAS: DA TEORIA À PRÁTICA <> <> <> <> Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Empresarial Por: Maria Larissa de Farias Teixeira 3 AGRADECIMENTOS À minha família e aos colegas de trabalho da Petrobras 4 DEDICATÓRIA À minha mãe, que é a razão da minha existência e perseverança. 5 RESUMO Este estudo objetiva analisar, sob o ponto de vista da Gestão Empresarial, no gerenciamento da Qualidade Total, a forma na qual a Petrobras realiza a sua gestão tributária, voltada para a disciplina de capital. Para isso, foi feito um estudo de caso da aplicação do Ex-tarifário na Petrobras. O Ex-tarifário é um regime de redução da alíquota do Imposto de Importação para bens de capital, informática e telecomunicações, que reduz de 14% para 2% a alíquota do Imposto de Importação (II), baseado na Resolução Camex n° 8, de 2001. É fundamental ressaltar que essa redução tarifária também é aplicada aos tributos subseqüentes, pelo fato do Imposto de Importação estar incluso na base de cálculo dos impostos subseqüentes, como IPI, PIS/COFINS e ICMS. Como conseqüência, há uma significativa redução no custo total de aquisição dos equipamentos importados, chegando até 30% e garantindo uma grande economia para a empresa, o que gera um impacto direto na rentabilidade da Petrobras, maximizando os resultados. Assim, a gerência de Acompanhamento Financeiro e Tributário dos Empreendimentos criou alguns procedimentos para a aplicação desse benefício fiscal através de ferramentas de Gestão Empresarial, alinhandoas com as ferramentas de gestão da companhia. Houve a criação dos indicadores de processo, na sua ampla divulgação e também nas Iniciativas Estratégicas. Estabeleceu um procedimento para o ex-tarifário, criando o Padrão de Execução, padronizando assim o processo para todas as Unidades de Negócio do Refino. Alem disso, criou os Indicadores de Processo, passou a realizar o monitoramento do processo desde o pedido até a aplicação do benefício fiscal no desembaraço aduaneiro, conforme a Matriz de Responsabilidade definida nessa iniciativa. Avalia-se o impacto causado com a implementação da gestão do Ex-tarifário, pois, o propósito desse estudo é examinar o benefício para a companhia a partir do alinhamento do Ex-tarifário com as ferramentas de gestão, quebrando paradigmas. Na implementação do processo de gestão do Ex-tarifário, ferramentas de gestão foram discutidas, transportando a teoria para a prática. Palavras-chave: Ex-tarifário – Imposto de Importação – Declaração de Importação – Redução tarifária – Bens de capital - Gestão tributária – Petrobras - Ferramentas de gestão – Gestão Empresarial – Qualidade Total SUMÁRIO 6 SIGLAS....................................................................................................................... 8 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 10 1. AS EXCEÇÕES TARIFÁRIAS ..................................................................... 13 1.1. O que são as exceções tarifárias.................................................................. 13 1.2. As exceções tarifárias do Brasil .................................................................. 13 1.3. O histórico da aplicação das exceções tarifárias na substituição das importações no Brasil .............................................................................................. 13 2. OS TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE IMPORTAÇÃO NO BRASIL COM E SEM EXCEÇÃO TARIFÁRIA................................................................ 15 2.1. Imposto de Importação (II)......................................................................... 16 2.2. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)......................................... 17 2.3. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)................ 18 2.4. PIS / PASEP e COFINS............................................................................... 20 3. A CRIAÇÃO DO EX-TARIFÁRIO COMO MECANISMO DE SUBSTITUIÇÃO COMPETITIVA DAS IMPORTAÇÕES............................... 23 3.1. O Ex-tarifário e a sua finalidade ................................................................ 23 3.2. O porquê da aplicação do Ex-tarifário nos setores de informática e telecomunicações ...................................................................................................... 24 3.3. O papel das entidades de classe e a proteção à indústria nacional ......... 25 3.4. O pleito de Ex-tarifário e a sua publicação ............................................... 26 4. A IMPLEMENTAÇÃO DO EX-TARIFÁRIO NA PETROBRAS E AS FERRAMENTAS DE GESTÃO EMPRESARIAL UTILIZADAS .................... 30 4.1. O Ex-tarifário na questão Tributária nos Empreendimentos do Abastecimento da Petrobras ................................................................................... 31 4.2. As compras de equipamentos importados sem similar nacional e/ou por inexigibilidade .......................................................................................................... 31 4.3. As ferramentas para aprimoração das atividades empresariais ............. 32 4.4. A necessidade de adaptar as ferramentas de gestão ao Ex-tarifário....... 33 4.4.1. Ciclo PDCA e SDCA -.......................................................................... 33 4.4.2. 5W1H .................................................................................................... 34 4.4.3. Cronograma Reverso........................................................................... 36 7 4.4.4. Diagrama de Gantt .............................................................................. 36 4.4.5. Padronização / adequação ao padrão................................................. 37 4.4.6. Fluxograma........................................................................................... 38 5. CONCLUSÃO.................................................................................................. 39 6. ANEXO 1 .......................................................................................................... 40 7. ANEXO 2 .......................................................................................................... 44 8. ANEXO 3 .......................................................................................................... 46 9. ANEXO 4 .......................................................................................................... 47 10. ANEXO 5 ...................................................................................................... 48 11. ANEXO 6 ...................................................................................................... 50 12. ANEXO 7 ...................................................................................................... 51 13. ANEXO 7 ...................................................................................................... 53 14. ANEXO 8 ...................................................................................................... 65 15. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ............................................................ 66 16. BIBLIOGRAFIA CITADA......................................................................... 67 17. FOLHA DE AVALIAÇÃO ......................................................................... 68 8 SIGLAS • ABIMAQ – Associação Brasileira de Máquinas • ABINEE – Associação Brasileira de Indústria de E • BIT – Bens de Informática e telecomunicações • BK – Bens de Capital • CAMEX – Câmara de Comércio Exterior • CAEX – Comitê de Análise de Ex-tarifário • DOU – Diário Oficial da União • II – Imposto de Importação • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados • MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior • TEC – Tarifa Externa Comum • AB-RE/EM/AFT – Abastecimento – Refino / Empreendimentos / Acompanhamento Financeiro e Tributário dos Empreendimentos • MATERIAIS/LOG/PLAD – Materiais / Logística / Planejamento de Assuntos Aduaneiros • UN/EM – Unidade de Negócio (Refinaria) / Empreendimento • UN/EN – Unidade de Negócio (Refinaria) / Engenharia 9 As opiniões emitidas nesta monografia são de exclusiva e inteira responsabilidade da autora, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista da Petrobras. 10 INTRODUÇÃO Nos últimos anos, a política industrial brasileira adotada pelo governo utilizou as exceções tarifárias para setores estratégicos da economia, como bens de capital, informática e telecomunicações. A modalidade de exceção tarifária a ser estudada é o Ex-tarifário, que acarretou ao governo brasileiro uma renúncia fiscal no âmbito do Imposto de Importação de US$ 350 milhões desde a sua implementação no ano de 2001. De acordo com César Dalston (2005), o governo utiliza o Ex-tarifário para a modernização e ampliação de bens e serviços no Brasil, através da redução da alíquota do Imposto de Importação (II) sobre bens de capital não produzidos no país. Também visa ampliar o consumo interno, como também regular o mercado de produtos industriais. Com a criação do Mercosul em 1994 e a substituição da Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB) para a Tarifa Externa Comum (TEC), a competência da alteração da alíquota do Imposto de Importação foi repassada para o Ministro do Estado da Fazenda e transferida para a somente em Camex em 1997. Segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a falta de recursos para o financiamento e a aquisição de bens de capital, como também a política cambial do país na década de 90 prejudicaram a competitividade da indústria brasileira de bens de capital. Após a criação do Mercosul, o Ex-tarifário foi implementado pelo governo brasileiro com a finalidade de desenvolver a indústria brasileira, mas protegendo a já existente pelo fator da similaridade nacional, ou seja, uma indústria que produz a máquina no Brasil. A Petrobras é uma empresa que está ampliando e reformando o seu parque de refino no Brasil, necessitando das importações de máquinas e instrumentos para o refino do petróleo em derivados, que possuem um valor agregado maior. 11 A gerência de Acompanhamento Financeiro e Tributários dos Empreendimentos (AB-RE/EM/AFT) das refinarias da Petrobras no Brasil resolveu buscar o benefício fiscal do Ex-tarifário, já que muitos equipamentos são tão complexos, que as indústrias brasileiras não conseguem fabricar. Para organizar e implementar o procedimento da busca pelo Ex-tarifário, foi necessário buscar modelos de gestão, adaptando os mesmos à realidade e especificidade do trabalho do Ex-tarifário. Com a análise de modelos como o PDCA, 5W1H, Balanced Scorecard, essas ferramentas foram adaptadas às tarefas relativas ao Extarifário. Assim, o presente estudo aborda a temática do conhecimento em ferramentas de Gestão Empresarial para colocá-las em prática essa nova atividade de Ex-tarifário. O conhecimento dos modelos de gestão fez com que as atividades fossem criadas de forma organizada, tentando transformar o conhecimento em algo tácito. Como objetivos gerais, essa monografia se dispõe a demonstrar o benefício do Ex-tarifário para as empresas, mostrar o benefício para a Petrobras com a aplicação do Ex-tarifário, diminuindo não só o pagamento no Imposto de Importação, mas também nos impostos subseqüentes, como o IPI, ICMS e PIS/COFINS, pois o Imposto de Importação é base de cálculo para os outros impostos. Como objetivos específicos, há a demonstração de como elaborar a estruturação do Ex-tarifário através de ferramentas de gestão e criações de procedimentos. A problemática é como colocar a teoria relativa às ferramentas de gestão na prática e a justificativa é que foi feita uma adaptação das ferramentas de gestão para a implementação das mesmas na Petrobras. Segundo Haven Steven (2003), “um modelo é e continua sendo uma ferramenta, que, quando combinada com conhecimento, experiência e empregada na hora certa, pode ajudar a organização a encontrar soluções para certos problemas”. Essa monografia pretende aproximar as teorias do conhecimento de gestão adquiridos ao longo da pós-graduação em Gestão Empresarial com 12 a atividade cotidiana de Ex-tarifário implantada pela presente autora na Petrobras. Segundo Ansoff (1983) em relação às lacunas de conhecimento, “uma das principais lacunas é o fato de que a teoria e a prática se relacionam, na melhor das hipóteses, de forma vaga”. Assim, houve a tentativa de tentar aproximar ao máximo a teoria da prática em relação ao Ex-tarifário. O trabalho está estruturado em quatro fases, que são a seguir: no capítulo 1, encontra-se a definição de exceções tarifárias, como também o histórico da utilização das exceções tarifárias na substituição das importações. O capítulo 2 mostra os tributos incidentes na importação de mercadorias no Brasil, como também o impacto da utilização das exceções tarifárias nos mesmos. No capítulo 3, é demonstrado o que é Ex-tarifário, o porquê da utilização do Ex-tarifário para os setores estratégicos do Brasil, como bens de capital, bens de informática e de telecomunicações, como também de que forma o Ex-tarifário foi implementado, a questão da importância das associações de classe de máquinas no Brasil para verificação da inexistência de produção nacional. No capítulo 4 são apresentados os modelos de gestão empresarial, como os mesmos foram adaptados da teoria para a prática e implantados no cotidiano das atividades relacionadas ao Ex-tarifário na Petrobras. 13 1. AS EXCEÇÕES TARIFÁRIAS 1.1. O que são as exceções tarifárias Exceção tarifária representa o “desvio de uma regra ou de um padrão convencionalmente aceito”, segundo Antônio Houaiss (2001), ou seja, a exceção tarifária é um privilégio. 1.2. As exceções tarifárias do Brasil Há no Brasil dois tipos de Ex-tarifários: o incidente sobre o Imposto de Importação, que é objeto desta monografia, e sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados. 1.3. O histórico da aplicação das exceções tarifárias na substituição das importações no Brasil As exceções tarifárias no Brasil se iniciaram em 1945 e na Constituição de 1967, houve a opção do governo de alterar a alíquota do Imposto de Importação (II), ajustando-o à política de comércio exterior vigente, permitindo tanto o aumento quanto a diminuição da alíquota. O artigo. 4º do Decreto-Lei n° 63, de 21 de novembro de 1966 diz que: “... quando não houver produção nacional de matéria-prima e de qualquer produto de base, ou a produção nacional desses bens for insuficiente para atender o consumo interno, poderá ser concedida isenção ou redução do imposto para a importação total ou complementar.” Segundo Guida Piani (2006), o mecanismo de Ex-tarifário (exceção dentro da classificação de um bem de capital na antiga Nomenclatura Brasileira de Mercadorias, para a redução da tarifa a zero) foi instituído em 14 1990 como forma de isentar de II as máquinas e os equipamentos sem similares nacionais. As listas contendo os produtos assim definidos eram publicadas atendendo aos pedidos das empresas interessadas, e sua importância aumentou significativamente até meados da década. Entretanto, simultaneamente ao aumento das importações dos produtos enquadrados no Ex-tarifário, aprofundou-se consideravelmente o grau de contestação em relação ao funcionamento do mesmo. Do ponto de vista da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), por exemplo, o uso de Ex-tarifários em número elevado, com descrições específicas, sem a observância das regras universais de nomenclatura de mercadorias, incentivava as fraudes em prejuízo da produção doméstica. Assim, foram estabelecidas regras mais rígidas para a descrição do Ex-tarifário para que não houvesse mais contestação por parte das associações de classe. Fontes: MF (1999-2000) e Camex (2001-2003). 15 2. OS TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE IMPORTAÇÃO NO BRASIL COM E SEM EXCEÇÃO TARIFÁRIA Primeiramente, o Imposto de Importação apurado sobre o valor aduaneiro, calculado conforme as regras do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) DE 1994. Também haverá o IPI, cuja base de cálculo é o valor aduaneiro acrescido dos impostos incidentes no desembaraço e encargos cambiais efetivamente pagos. Incidirá ainda o ICMS baseado no valor da mercadoria, acrescido do Imposto de Importação, IPI, e demais despesas aduaneiras. E, por fim, tem-se o PIS-Importação e a CofinsImportação, cujo cômputo é formado pelo valor aduaneiro, acrescido do ICMS e dessas mesmas contribuições. Em outras palavras, o PISImportação e a Cofins-Importação acabam incidindo sobre eles próprios. Um produto que é importado sobre a incidência de três tributos distintos: o IPI, ICMS e Imposto de Importação (II), cujo fato gerador é a entrada de mercadoria estrangeira em território nacional. Através deste encargo, exerce o governo uma política de controle ou incentivo da economia interna, limitando ou desestimulando a importação, com o que prestigia a indústria nacional. Trata-se de um imposto estabelecido também com a finalidade de servir como instrumento de intervenção na economia, sendo meramente secundária a intenção de arrecadar. 1 1 Dados baseados na maioria das alíquotas incidentes numa importação 16 2.1. Imposto de Importação (II) O Imposto de Importação (II) é um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, I, da Constituição Federal). O contribuinte do imposto (sujeito passivo) é o importador, ou quem a ele a lei equiparar. Além do caráter arrecadatório, tem função extra fiscal, com foco na intervenção econômica, regulatória ou protecionista. O II tem como fato gerador a entrada de produtos estrangeiros no território nacional (CTN2, art.19). O II age na taxação de produtos produzidos no exterior para que não haja uma concorrência desleal com produtos brasileiros. O cálculo do valor do imposto pode quantidade ser feito de duas formas: • Quando houver uma alíquota específica o valor da mercadoria x alíquota • Quando não houver uma alíquota específica será estipulado segundo um percentual do valor de mercado da mercadoria (ad valorem). A base de cálculo do imposto de importação, quando a alíquota é específica, é a quantidade de mercadoria, expressa na unidade de medida adotada pela lei tributária. Por alíquota específica entende-se aquela que prevê importâncias fixas, aplicáveis em relação aos modos de apresentação do produto importado. Quando a alíquota é ad valorem (art.20, II, do CTN), a base de cálculo é a expressão monetária do produto importado, sobre a qual incide um percentual. O valor do produto consta da fatura comercial expedida no lugar de origem da mercadoria. O Fisco, porém, não é obrigado a aceitá-lo, podendo optar pelo chamado “preço normal”, definido como sendo aquele que o produto, ou seu similar, alcançaria ao tempo da importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no País. 2 Código Tributário Nacional, em www.receita.fazenda.gov.br. 17 Na hipótese da alíquota ad valorem, a autoridade alfandegária também pode recorrer ao “preço de referência” (fixado pela Secex, quando ocorrer acentuada disparidade nos preços de importação de produtos de diversas origens, de tal maneira que prejudique a produção do similar nacional) ou à “pauta de valor mínimo” (quando o preço do produto importado for de difícil aplicação ou se verifique a prática de dumping). A alíquota mista pode ser definida como aquela que resulta da combinação de ambas, isto é, específica e ad valorem. Compete à Camex a alteração do Imposto de Importação, mediante resolução, nos casos de aplicação do Ex-tarifário, por tratar-se de Regime Especial. O Regulamento Aduaneiro trata de redução ou isenção do Imposto de Importação nos arts.137 a 148, estabelecendo, entre outros, que tais benefícios fiscais serão efetivados em cada caso, quando decorrentes de lei ou de ato internacional. O Imposto de Importação após a criação do Mercosul passou a exercer duas funções: a primeira de proteção às economias dos Estadosmembros do Mercosul e como: “... elemento para estimular, facilitar e baratear a aquisição de insumos, matérias-primas, componentes, máquinas, aparelhos e equipamentos, dentre outros itens não fabricados no Mercosul, de tal maneira a acelerar o crescimento econômico da região, modernizando, por exemplo, seu parque industrial, com ganhos substantivos de produtividade...” (César Dalston, 2005). 2.2. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um imposto federal, ou seja, somente a União tem competência para instituí-lo (Art.153, IV, da Constituição Federal). Suas disposições estão descritas através do Decreto 4544 de 2002 (RIPI/2002), incidindo sobre produtos 18 industrializados, estrangeiros e nacionais. O fato gerador do IPI ocorre em um dos seguintes momentos, nos casos de produtos originados do exterior: • Com o desembaraço aduaneiro do produto importado • Com a saída do produto industrializado do estabelecimento do importador, do industrial, do comerciante ou do arrematador. • Com a arrematação do produto apreendido ou abandonado, quando este é levado a leilão. Os contribuintes do imposto podem ser o importador, o industrial, o comerciante ou o arrematador, ou a quem a lei os equiparar, a depender do caso. As alíquotas utilizadas variam conforme o produto. Determinado produto tanto pode ser isento, quanto ter alíquota de mais de 300% (caso de cigarros). As alíquotas estão dispostas na Tipi (Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados). A base de cálculo no caso de importação, a base de cálculo é o preço de venda da mercadoria, acrescido do Imposto de Importação e demais taxas exigidas (frete, seguro etc). A principal função do IPI é extra fiscal, sendo um imposto seletivo: em caso de produtos que o governo queira estimular, ele pode isentá-lo do IPI. No caso de produtos que o governo queira frear o consumo (caso do cigarro, bebidas e produtos de luxo, por exemplo), o governo pode colocar alíquotas proibitivas. 2.3. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) O Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é o tributo cujo fato gerador ocorre na própria circulação de bens e mercadorias, além de alguns serviços, que não vem ao caso prático em tela a análise. Ou seja, no ato de compra e venda destes bens, quando ocorre a transferência de propriedade dos mesmos, através de atividade comercial, o tributo passa a ser devido. 19 À princípio, a alíquota do ICMS aplicadas sobre bens importados na operação de importação são as mesmas utilizadas na operação interna. O fato gerador do ICMS na operação de importação ocorre no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior, conforme artigo 3º, inciso V, da Lei n.º 2.657/96. O que difere os casos de circulação de mercadorias entre entidades da Federação das importadas é que, ao contrário da primeira, não há que se falar em DIFAL (Diferencial de Alíquotas), cabendo a totalidade do tributo ao Estado de destino do bem em questão. A base de cálculo do ICMS, em mercadorias importadas, é composta das parcelas abaixo descritas, segundo o artigo 4º, inciso V, da Lei n.º 2.657/96: a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, observado o disposto no artigo 11; Art. 11. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o pagamento efetivo do preço. § 1. º Na hipótese da mercadoria proveniente do exterior estar desonerada do imposto de importação, a conversão em moeda nacional se fará com base na taxa de câmbio vigente na data do desembaraço aduaneiro (redação do original parágrafo único, do Artigo 11, renumerado para § 1.º pela Lei n.º 4.256, vigente a partir de 30.12.2003). § 2.º O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável, substituirá o preço declarado (redação do § 2.º, do Artigo 11, acrescentado pela Lei n.º 4.256, vigente a partir de 30.12.2003). b) imposto de importação; c) imposto sobre produtos industrializados; d) imposto sobre operações de câmbio; e e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras, assim entendidos os valores pagos ou devidos à repartição alfandegária até o momento do desembaraço da mercadoria, tais como 20 taxas e os decorrentes de diferenças de peso, erro na classificação fiscal ou multa por infração. (redação da alínea "e" dada pela Lei 3.733/01 ) f) o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle (redação dada pelo caput do artigo 5º da Lei 3.733/01) integra também a base do cálculo do imposto o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle, artigo 5º, I, da Lei nº 2.657/96 (redação do caput do artigo 5º dada pela Lei 3.733/01). 2.4. PIS / PASEP e COFINS O PIS (Programa de Integração Social) foi criado através da Lei Complementar 07/1970. São contribuintes deste tributo pessoas jurídicas de direito privado e as que se equiparam pela legislação do Imposto de Renda, incluindo as prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias, exceto as micro e pequenas empresas, submetidas ao regime do Simples Federal (Lei 9.317/96) e, a partir de 01.07.2007, do Simples Nacional (LC 123/2007). A COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), instituída pela Lei Complementar 70/1991. São contribuintes da COFINS pessoas jurídicas de direito privado em geral, incluindo as pessoas que a elas se equiparam pela legislação do Imposto de Renda, exceto as micro pequenas empresas que se submetem ao regime do Simples Federal (Lei 9.317/96) e, a partir de 01.07.2007, do Simples Nacional (LC 123/2007). A partir da Lei nº. 10.865, de 30 de abril de 2004, foi instituída a cobrança da PIS/COFINS nas importações de produtos e serviços originados no exterior, devida pelo importador do bem ou serviço estrangeiro, com base nos artigos 149, § 2º, inciso II e 195, inciso IV, da Constituição Federal. A contribuição tem como fato gerador a entrada de bens estrangeiros no território nacional. Também incide, além dos bens 21 importados, nos bens nacionais e nacionalizados que sejam exportados, exceto: • Enviados em consignação e não vendidos no prazo autorizado; • Devolvidos por motivo de defeito técnico para reparo ou para substituição; • Por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importados; • Por motivo de guerra ou de calamidade pública; • Fatores alheios à vontade do exportador; Considera-se contribuinte o importador, ou seja, a pessoa física ou jurídica que promova a entrada dos bens estrangeiros em território nacional. A PIS/COFINS tem como base de cálculo, segundo a Instrução Normativa SRF nº 552/2005, o valor aduaneiro, crescido do II, IPI, despesas e taxas aduaneiras. Inclui-se também o valor do ICMS, compondo inclusive a base de cálculo da contribuição, mesmo nos casos que tenha o recolhimento diferido. A PIS/COFINS também faz pare da própria base de cálculo. Em regra geral, as alíquotas são de 1,65% para o PIS/PASEP e de 7,6% para a COFINS, somando 9,25%. A Lei 10.865/2004, acima citada, trouxe consigo uma polêmica no que se refere à apropriação dos créditos tributados gerados nas operações de importações mercadorias. Todavia, ainda que sejam submetidas às mesmas alíquotas de 1,65% para o PIS, e de 7,6% para a COFINS, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido não têm, o mesmo tratamento tributário que a referida concedeu àquelas tributadas pelo lucro real. De acordo com seu artigo 15º, enquanto estas últimas podem descontar, das contribuições devidas no mercado interno, créditos correspondentes ao PIS - Importação e à Cofins - Importação, as pessoas jurídicas do lucro presumido não fazem jus a crédito algum. Como conseqüência, estas últimos acabam por suportar uma carga tributária superior às demais empresas. 22 Esta discussão, de relativa controvérsia nos tribunais, extrapola o tema do presente trabalho, merecendo melhor detalhamento em um artigo específico. 23 3. A CRIAÇÃO DO EX-TARIFÁRIO COMO MECANISMO DE SUBSTITUIÇÃO COMPETITIVA DAS IMPORTAÇÕES 3.1. O Ex-tarifário e a sua finalidade O governo possui a função de estimular os investimentos em bens de capital destinados à ampliação e reestruturação do seu parque industrial, como também a melhoria da infra-estrutura através da substituição competitiva das importações, desde que a mesma gere empregos, ao aumento da oferta interna de bens, maiores exportações e o incremento de receitas tributárias. O Ex-tarifário é um dos instrumentos disponíveis para contribuir com esses objetivos, permitindo a redução do custo de aquisição de máquinas e equipamentos sem produção nacional, por meio da redução da alíquota do imposto de importação incidente sobre os mesmos. O Ex-tarifário se denomina como “excepcionalidade tarifária” ou “excepcionalidade tributária”, ou seja, o estabelecimento extraordinário, para uma determinada mercadoria, de alíquota do Imposto de Importação com tarifação distinta daquela estabelecida para todas as demais mercadorias enquadráveis no mesmo código tarifário da mercadoria contemplada com o Ex-tarifário, podendo a alíquota estabelecida ser superior ou inferior àquela normalmente relacionada ao código tarifário ao qual o Ex-tarifário está vinculado. A criação do Ex-tarifário se deu pela Resolução Camex n° 8, de 22 de março de 2001 e a sua está contida na Resolução Camex n.º 35 de 22 de novembro de 2006 e na Portaria MDIC/GM nº. 20, de 26 de janeiro de 2007. Os objetivos centrais do Ex-tarifário são estimular o investimento produtivo e ordenar o processo de redução das alíquotas do Imposto de 24 Importação de bens de capital, informática e telecomunicações sem produção nacional. O Ex-tarifário é um mecanismo para redução de custo na aquisição de bens de capital (BK) e de informática e telecomunicação (BIT). Ele consiste na redução temporária do imposto de importação desses bens quando não houver a produção nacional. Na maioria das vezes o Imposto de Importação se reduz de 14% para 2%. Segundo o Ministério de Desenvolvimento da Indústria e do Comércio (MDIC), a importância do Ex consiste em três pontos fundamentais, que são: • Possibilita aumento da inovação tecnológica por parte de empresas de diferentes segmentos da economia – conforme preconizado nas diretrizes da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE); • Garante um nível de proteção à indústria nacional de bens de capital, uma vez que só é concedido para bens que não possuem produção nacional; • Produz um efeito multiplicador de emprego e renda sobre segmentos diferenciados da economia nacional. 3.2. O porquê da aplicação do Ex-tarifário nos setores de informática e telecomunicações O governo brasileiro passou anos protegendo a sua indústria de informática, através do estímulo ao desenvolvimento de novos projetos nacionais. Entretanto, houve no mundo um grande avanço da tecnologia, o que colocou o Brasil numa posição não privilegiada em relação ao resto do mundo. A indústria brasileira sempre foi muito protegida, o que lhe garantiu alguns fatores negativos, como acomodação. 25 3.3. O papel das entidades de classe e a proteção à indústria nacional As entidades de classe ABIMAQ e ABINEE emitem o atestado de similaridade nacional para os equipamentos. Cada parecer emitido dura cerca de 120 dias. Assim, caso o parecer seja positivo, ou seja, não há produção do bem no Brasil, a empresa pleiteadora deve levar o parecer à Camex, juntamente com outros documentos o quanto antes, já que a Camex leva de 2 a 3 meses para publicar o Ex-tarifário. No caso de impossibilidade no cumprimento da validade, há a possibilidade de renovação do parecer pela associação de classe. Teoricamente, as associações de classe têm até 30 dias para emitir o parecer de fabricação nacional do equipamento. Entretanto, na prática, isso ocorre entre 50 e 60 dias. Caso a empresa que solicitou o parecer à 3 entidade mediante o pagamento do parecer . As entidades de classe solicitam as seguintes questões para emitirem o atestado do exame de produção nacional: • Quantidade; • Sugestão de descrição técnica da máquina ou equipamento; • Classificação tarifária do bem (item da Nomenclatura Comum Mercosul - NCM); • Preço unitário (F.O.B.); • Peso líquido unitário em Kg; • Principais características técnica; • Catálogo original da máquina ou equipamento ou, na sua inexistência, literatura técnica com descrição do funcionamento e indicação das características, acompanhada de fotografias ou desenho esquemático de conjunto (croquis), 3 A ABIMAQ cobra o valor de R$ 700,00 para cada equipamento a ser analisado, enquanto a ABINEE cobra R$ 740,00. Dados de 2008. 26 em idioma universal (inglês ou espanhol), ou acompanhado de tradução, em 02 (duas) vias; • Memorial técnico descritivo do funcionamento do equipamento; O atestado de não produção nacional pode ser positivo ou negativo. No caso de positivo, o parecer é anexado com os documentos que devem ser enviados à Camex. Caso o parecer seja negativo, no próprio atestado é indicado o possível fabricante nacional do equipamento. Nesse caso, a empresa deve tentar marcar uma reunião com o possível fabricante para que o mesmo demonstre que pode fabricar o equipamento. No entanto, algumas empresas não têm condições de fabricar o equipamento, mas dizem que fabricam. A empresa que solicitou o parecer deve reunir com os setores de apoio estratégicos e fazer uma visita à fábrica para que seja atestado que a mesma consegue fabricar o equipamento. Caso a fábrica não fabrique, a empresa leva à Camex o laudo do inspetor garantindo que a empresa não fabrica o equipamento. 4 3.4. O pleito de Ex-tarifário e a sua publicação A Camex é um órgão do Conselho do Governo que objetiva formular e implementar as políticas relativas ao comércio exterior. O Ex-tarifário pode 4 Esquema ilustrado do procedimento a ser adotado caso a associação indique um fabricante nacional. 27 representar o aumento ou redução da carga tributária na importação de uma dada mercadoria. O exame da conveniência e oportunidade para a aplicação do de um Ex-tarifário é de competência do governo federal, mais especificamente da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), ouvida a Receita Federal do Brasil (SRF). A Resolução Camex n° 8, de 2001 relaciona perguntas que devem ser respondidas, como o máximo de detalhamento, por quem deseja a obtenção do “ex”, que são: • • I - Da entidade de classe ou empresa: Razão Social CNPJ Pessoa de contato (representante) Endereço Telefone Fax E-mail II - Dos produtos: Código da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM): Sugestão de descrição para o produto5: Especificações técnicas detalhadas, descrição do funcionamento e informações adicionais: • • 5 III - Da previsão de importação: Previsão do valor FOB unitário do produto em US$ Quantidade de produtos a serem importados Data prevista de embarque do produto a ser importado Previsão de chegada em portos brasileiros IV - Dos investimentos Modelo de descrição proposta: Trocadores de calor tipo placas soldadas (em aço cromomolibidênio), para troca térmica entre fluídos frios (nafta hidratada e hidrogênio de reciclo) e quente (nafta reformada), com calor trocado de 28.830.000 kcal/h, com pressão de projeto de 12,5 kgf/cm2 e temperatura de 515°C para o lado quente e pressão de projeto de 15,5 kgf/cm2 e temperatura de 500°C para o lado frio. 28 Objetivos específicos do projeto6 Investimentos totais em bens importados, em dólares dos Estados Unidos (US$) e em reais (R$)7 Investimentos em obras, instalações e bens nacionais, em reais (R$): Investimentos globais vinculados ao pleito, em dólares dos Estados Unidos (US$) e em reais (R$): 8 Além das perguntas, é necessário elaborar um Memorial Técnico , que contém informações relevantes, como o nome do equipamento, a sua descrição, sua funcionalidade, pesos, materiais de constituição e dimensões estimadas, além de fotos, ilustrações e assinatura do engenheiro da empresa confirmando os dados. A decisão de estabelecer ou não o Ex-tarifário para determinado equipamento sempre levará em conta seus efeitos para a economia nacional, especialmente, dentre outros: • A possibilidade do prejuízo à indústria nacional; • A possibilidade de geração de desemprego no segmento da indústria a ser afetada pelo estabelecimento do Ex-tarifário; • A possibilidade de alavancagem da produção nacional com o aumento do volume de importação do produto estrangeiro beneficiado com o Ex-tarifário. Deve ser ressaltado que não é só a CAMEX que aprova o pedido do Ex-tarifário, pois a mesma submete o pleito encaminhado pela empresa solicitante às associações de classe empresariais (ABIMAQ, ABINEE, etc), as quais devem concordar ou não com o pedido, como também confirmar a autoria do parecer de não fabricação nacional do equipamento. Especialmente os vinculados à substituição de importações, ao aumento da oferta de produtos ao mercado interno, aos ganhos de competitividade, aos avanços tecnológicos e à melhoria da infra-estrutura e dos serviços. 7 Base FOB x Quantidade de produtos a serem importados 8 No ANEXO 1, há um modelo de Memorial Técnico ou Memorial Descritivo (MD). 6 29 Se as entidades de classe afirmarem que há fabricação nacional para o equipamento cujo Ex-tarifário foi pleiteado, a CAMEX não atenderá à solicitação da redução da alíquota do II. Por isso, há uma enorme necessidade de elaborar um Memorial Descritivo de forma excelente, com todos os detalhes que levam às empresas do Brasil não fabricarem o equipamento objeto do Ex-tarifário. O Comitê de Análise de ex-tarifários (CAEX) é formado no âmbito do MDIC, composto por representantes da Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP), que o presidirá, da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) e da Secretaria Executiva da Camex, realiza a análise de mérito dos pleitos apresentados ao Ministério. Os critérios para a análise de mérito são: • Compromissos nos Fóruns de Competitividade das Cadeias Produtivas; • Política para o desenvolvimento do setor a que pertence o pleiteante; • Impactos sobre a exportação e substituição competitiva de importações; • Absorção de novas tecnologias; e, • Investimento em melhoria de infra-estrutura. Segundo a Camex, há os seguintes passos para a análise do pleito de Ex-tarifário, a partir da apresentação do parecer da associação de classe, juntamente com o MD e os dados relevantes: • Protocolo do Pleito no MDIC • Análise Preliminar da Documentação • Análise da Secretaria da Receita Federal (Nomenclatura e Classificação do Produto) • Verificação de Inexistência de Produção Nacional • Análise de Mérito • Elaboração de Parecer • Análise pelo Gecex/Camex 30 • 4. Publicação do Ex-tarifário no D.O.U. A IMPLEMENTAÇÃO DO EX-TARIFÁRIO NA PETROBRAS E AS FERRAMENTAS DE GESTÃO EMPRESARIAL UTILIZADAS 31 4.1. O Ex-tarifário na questão Tributária nos Empreendimentos do Abastecimento da Petrobras A elevada carga tributária no Brasil torna obrigatório um bom planejamento tributário. A elaboração e execução de boas práticas de elisão fiscal configura-se como um dos grandes diferenciadores do sucesso de um empreendimento. O impacto dos tributos chega a ser capaz de definir a viabilidade econômica de implantação de determinados projetos. O caso da carteira de investimento do Abastecimento da Petrobras não é diferente da realidade nacional. A gestão de grandes valores exige de seu corpo técnico atenção especial nas oportunidades previstas na legislação. Em paralelo o peso significativo dos tributos em investimentos de escala industrial, que após anos de estagnação, a industria nacional, ainda que visível expansão, ainda não é capaz de suprir a forte demanda que empresas do porte da Petrobras têm para executar seus planos de investimentos. Não resta outra saída senão a importação de bens de capital e de informática e telecomunicação. Os tributos incidentes nestas operações podem chegar a espantosa quantia de 60% do valor do bem, após sua nacionalização. Em face à este cenário, o AB-RE/EM/AFT, dentre outras atividades que visam a otimização do planejamento tributário, busca a redução da alíquota do Imposto de Importação de bens de capital e de informática telecomunicação sem similar nacional. Para o sucesso dos pleitos juntos às entidades de classe e CAMEX conta com parcerias estratégicas dentro da Companhia, como MATERIAIS/LOG/PLAD e Unidades Operacionais de seu Parque de Refino. 4.2. As compras de equipamentos importados sem similar nacional e/ou por inexigibilidade 32 A ampliação e modernização do parque de Refino da Petrobras, como mencionado anteriormente, exige um grande de equipamentos, muitos deles de razoável complexidade tecnológica. A indústria nacional ainda carece de capacidade, seja em termos de tecnologia ou de escala, capaz de suprir a demanda da Petrobras. Desta forma, quando não há fabricação nacional para o equipamento, a Petrobras inicia o processo de Ex-tarifário para redução da alíquota do Imposto de Importação. Outra forma de pedir Ex-tarifário é quando há inexigibilidade do equipamento, ou seja, o equipamento só é fabricado por uma empresa no mundo. Assim sendo, é impossível alguma indústria nacional fabricar o equipamento, cabendo à Petrobras pleitear o Ex-tarifário do mesmo. 4.3. As ferramentas para aprimoração das atividades empresariais A gerência da Petrobras AB-RE/EM/AFT (Abastecimento- Refino/Empreendimentos /Acompanhamento Financeiro e Tributário dos Empreendimentos) juntou as ferramentas de Gestão Empresarial existentes no mercado para adaptar a atividade do Ex-tarifário a essas ferramentas, a fim de criar procedimento para a obtenção do Ex-tarifário. Para haver um alinhamento entre as políticas de gestão da empresa com as atividades do Ex-tarifário, verificou-se a consistência entre os planos, processos, ações e informações. Além de alinhar o processo de Ex-tarifário com a política da empresa, foram criados controles das informações e atividades no sentido de levar ao aprendizado através dos métodos utilizados para questionar, avaliar e/ou melhorar as práticas de gestão e os respectivos padrões de trabalho. Houve a criação de uma estratégia de definir as atividades do Extarifário e relacioná-las, sendo construídas para conduzir inovações que 33 melhorem o desempenho do trabalho, assim como criação de procedimento para o Ex-tarifário. 4.4. A necessidade de adaptar as ferramentas de gestão ao Ex-tarifário Primeiramente, foi feita a análise de quais seriam os modelos atuais da Gestão Empresarial para colocá-los em prática com o Ex-tarifário. A definição de foco estratégico de Stephen Tweed (1998) é: “o processo de concentração de idéias e ações em um único fator que ajudará a sua organização a vencer e manter uma vantagem competitiva no mercado”. Segundo Tweed apud Carlzon, Jan, “raciocínio estratégico é o talento de ir além dos detalhes e olhar a superfície da terra. A habilidade de entender e dirigir a mudança”. “O segredo para montar uma estratégia e fazê-la funcionar é a capacidade da organização de focalizar em sua vantagem competitiva”. 4.4.1. Ciclo PDCA e SDCA Ciclo de Deming ou ciclo PDCA9 é uma ferramenta de controle, com métodos utilizados para verificar se os padrões criados e as práticas estão sendo cumpridos, estabelecendo também as prioridades, planejando e implementando as ações de correção e/ou de prevenção quando necessárias. Segundo Tachizawa, Takesshi; Wilson Rezende, as “metas são resultados finais a serem atingidos dentro de um certo tempo. As metas são resultados mensuráveis a serem atingidos em datas preestabelecidos.” PDCA quer dizer Plan, Do, Check, Act, que, traduzindo é Planejar, Executar, Verificar e Agir para estabelecer as melhorias. 9 34 Na Petrobras, o indicador de desempenho do funcionário é baseado nas metas dos indicadores de processo. A definição de desempenho é: “resultado obtido dos principais indicadores de processos que permite avaliá-los e compará-los em relação às metas”. O ciclo SDCA serve para colocar o processo com todas as atividades em prática, como também continuar o processo com mais precisão. • P planejar a melhoria, seguindo objetivos, metas e métodos • S ter / conhecer o padrão • D executar o trabalho de acordo com o padrão • C avaliar e verificar os efeitos do trabalho • A atuar para retornar ao padrão ou iniciar uma melhoria O ciclo PDCA e SDCA foram implementados no AB-RE/EM/AFT conforme a seguir: • P Foram planejadas as metas para o Ex-tarifário; • S Além de estabelecer o padrão, foram feitas as verificações para analisar se houve o seguimento ipis litteris do mesmo; • D Todas as atividades do Ex-tarifário foram executadas; • C Os efeitos do trabalho são tangíveis e intangíveis. Assim, como efeito tangível, foi verificado um grande ganho tributário para a Petrobras com a economia pelo Ex-tarifário; • A Foram feitos fóruns de Lições Aprendidas para estabelecer o que estava errado ou não estava de acordo com o trabalho. 4.4.2. 5W1H A ferramenta original, 5W1H foi considerada nessa adaptação das atividades do Ex-tarifário com esse modelo de gestão. A idéia central dessa 35 ferramenta está contida nos versos de “I Keep six honest serving-men de Rudyard Kipling”, segundo Wikipedia10. Esse modelo permite considerar todas as tarefas a serem executadas de forma objetiva, assegurando sua implementação de forma organizada. Cada ação deve ser especificada, levando-se em consideração os seguintes itens e aprimorados para a Matriz de Responsabilidade para a seguinte forma: 5W1H Tradução Aprimoração AB-RE/EM/AFT What? O que será feito O quê When? Quando será feito Quando Where? Onde será feito Aonde (e-mail / físico) Why? Por que será feito Por quê? Who? Quem o fará Quem (pessoa / gerência) How? Como será realizado Ação / status da ação / observação Essa ferramenta foi utilizada para a criação da Matriz de Responsabilidade, que define os responsáveis por cada atividade, com nome da pessoa e sua respectiva gerência. Seguem os itens que compõem a Matriz de Responsabilidade: • O quê • Quem (gerência / pessoa) • Ação • Status da ação • Observação • Aonde • Quando • Por quê A Matriz de Responsabilidade se encontra no ANEXO. 10 http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_total#5W_1H 36 4.4.3. Cronograma Reverso O cronograma reverso não possui um modelo a ser copiado. O mesmo foi elaborado pelo AB-RE/EM/AFT. Ele se baseia nas informações de refinaria, equipamento, valor, data de importação do equipamento (chegada do mesmo ao Brasil). O termo reverso consiste no prazo de elaboração do Memorial Descritivo (MD), pois, como o processo é lento, o AB-RE/EM/AFT adotou um prazo de elaboração de MD para 1 ano antes da chegada do equipamento no Brasil. 4.4.4. Diagrama de Gantt O Diagrama de Gantt é um gráfico usado para ilustrar o avanço das diferentes etapas de um projeto ou tarefas das atividades. Os intervalos de tempo representando o início e fim de cada fase aparece como barras coloridas sobre o eixo horizontal do gráfico. 11 Está sendo elaborado um gráfico de Ganntt para as duas fases do Ex-tarifário, a pré-publicação do Ex-tarifário e a pós-publicação do Ex- 11 Gráfico de Ganntt elaborado pelo AB-RE/EM/AFT. 37 tarifário. Embora não tenha sido feito o Diagrama de Ganntt ainda para essas fases do Ex-tarifário, é válido demonstrar como foi feita essa divisão. 12 4.4.5. Padronização / adequação ao padrão De acordo com a Qualidade Total de Shoji Shiba (1997), deve-se estabelecer padrão para as atividades das empresas e a adequação do mesmo, garantindo que o manual das atividades está adequado ao padrão estabelecido. Na Petrobras, o Sistema Integrado de Padronização Eletrônica da Petrobras (SINPEP) é o banco de dados das atividades das gerências. Desta forma, foi criado o Padrão de Execução (PE) para a questão de Extarifário do AB-RE/EM/AFT com o título “Procedimento para a obtenção de Ex-tarifário no Abastecimento para importações de bens de capital”, que se encontra em anexo. 12 Figura que divide o Ex-tarifário em duas etapas para melhor compreensão. 38 4.4.6. Fluxograma O Fluxograma é a representação da rotina do processo num gráfico gráfica da rotina de um processo com símbolos padronizados, o que permite o mapeamento individualizado de cada etapa e, quando necessário, o estudo e racionalização de tempos e movimentos do processo. Segue o fluxograma feito para a atividade de Ex-tarifário e as etapas numeradas: S 1 N FIM 1' S N 2 N 3 4 5 S 6 S X S 10 N N FIM 8 7 S N S 11 N 9 S N FIM 1 - Identificação da necessidade de importação. 1’ - Existe Ex publicado? 2 - Verificação de similar nacional. 3 - Elaboração do MD. 4 - Encaminhar processo de Ex para a Entidade de Classe / CAMEX. 5 - Publicação do Ex no D.O.U. 6 - Verificação texto do Ex da Entidade de Classe e no D.O.U. x MD. 7 - Retificação do texto do Ex junto à Entidade de Classe e no D.O.U. e / ou MD. X- Envio do texto do Ex no D.O.U. para o fornecedor. 8- Verificação entre Documento fornecedor e texto do Ex no D.O.U. 9- Possibilidade do de se fornecedor adequar ao texto do Ex no D.O.U. 10- Verificação entre Proforma Invoice e texto do Ex no D.O.U. 11- Acompanhamento do desembaraço. 39 5. CONCLUSÃO A criação de procedimento e a adaptação de ferramentas de gestão às tarefas do Ex-tarifário fizeram com que o mesmo se desenvolvesse de forma excepcional, no sentido de organização, agilidade, perspicácia. O AB-RE/EM/AFT, no início do processo, não tinha nenhum procedimento que seguisse os procedimentos internos da Companhia específicos para o Ex-tarifário. Quando a autora começou a trabalhar com este benefício, viu um desafio enorme, pois poderia utilizar todo o conhecimento adquirido na pós-graduação de Gestão Empresarial e alinhar o trabalho do Ex-tarifário às ferramentas de gestão disponíveis. A necessidade de busca constante de otimização financeira diante dos grandes desafios para gestão de uma vultuosa carteira de investimentos cria, por si só, cria necessidades de solução destro da gestão de empreendimentos de porte significativo. Ainda que à primeira vista, para alguém que não participe do processo de obtenção da redução do Imposto de Importação para itens sem similar nacional, o procedimento adotado mostrou-se de importância ímpar para o bom andamento das atividades. A definição dos atores dentro do processo, suas responsabilidades e momento correto de agir são apenas alguns exemplos de como a correta aplicação de ferramentas de gestão, ou modelos de gestão, como também são conhecidas, denotam o sucesso de uma rede de atividades complexas e seqüenciais. O tempo despendido com planejamento mostra-se de grande valia após a apuração de resultados que jamais seriam alcançados sem padronização de atividades, trazendo melhorias contínuas para dentro do processo, retro alimentando os modelos de gestão aplicados no processo de Ex-tarifário. 40 6. ANEXO 1 Modelo de Memorial Descritivo para pleito de Ex-tarifário COMPRESSOR DE PISTÃO ALTERNATIVO PARA RECICLO DE GÁS HIDROGÊNIO Memorial Descritivo Memorial Descritivo 41 1. Nome do Produto Nome técnico: compressor de pistão alternativo para reciclo de gás hidrogênio instalado na Unidade de Hidrogenação de Solventes, projetado e construído conforme Norma API 618, acionado por motor elétrico, com unidade de lubrificação, sistema de selagem, sistema de amortecedores de pulsações e sistema de monitoramento, montado em uma base metálica comum (skid). Nome comercial: Compressor de pistão alternativo. 2. Descrição Geral A tecnologia a ser utilizada na Unidade de Hidrogenação de Solventes será a Tecnologia de Hidrorefino. Por meio desta tecnologia será realizado o tratamento dos solventes Petrossolve e Hexano Comercial. Este processo realiza a redução do teor de aromáticos para atender às exigências do mercado nacional e internacional, além do atendimento à Portaria Interministerial Nº 775, de 28 de abril de 2004, que estabelece o teor máximo de benzeno nos solventes. O compressor é o equipamento responsável pela injeção/reciclo do hidrogênio, elemento químico responsável pelo processo de Hidrogenação, nas correntes de solventes Petrossolve e Hexano Comercial, em determinadas condições de temperatura e pressão. 2.1. Dados Operacionais • Tipo de Compressor: Alternativo - Reciprocation Compressor • Acionamento: Motor Elétrico. • Pressão na Sucção de Projeto:35,7 kgf/cm² g 42 • Pressão na Descarga de Projeto: 45,7 kgf/cm² g • Temperatura na Sucção do Compressor de Projeto:70°C • Temperatura na Descarga do Compressor de Projeto:165 °C • Pressão na Sucção do Compressor de Operação: 31,65 kgf/cm² a. • Temperatura na Sucção do Compressor de Operação: 40,0°C. • Pressão na Descarga do Compressor de Operação: 38,65 kgf/cm²,a (campanha Hexano e Petrossolve em início de campanha) e 39,65 kgf/cm²a (campanha Hexano e Petrossolve no final de campanha). • Temperatura na Descarga do Compressor de Operação: máx. 67°C. • Vazão de Operação: ► Campanha Hexano SOR: 245,86 Kg/h / 1809,33 Nm3/h ► Campanha Hexano EOR: 243,00 Kg/h / 1789,11 Nm3/h ► Campanha Petrossolve SOR: 231,19 Kg/h / 1805,87 Nm3/h ► Campanha Petrossolve EOR: 228,36 Kg/h / 1787,33 Nm3/h • Potência aproximada do acionador (motor elétrico): 30kW 2.2. Dimensões, Pesos e Materiais Pesos e Dimensões: Peso (kgf) Dimensões (mm) (total) 4.550 4.000x2. 500x3. 110 Acionador 370 775x475x480 Acessórios 1660 Compressor (Conjunto) --------------------------- Materiais: Todo o conjunto (compressor, sistema de lubrificação e motor) é construído basicamente com materiais fundidos, laminados, extrudados, trefilados, forjados e usinados de aços liga, aços inoxidáveis e cobre. 2.3. Funcionamento Mecânico O compressor de pistão alternativo tem sua estrutura formada por três partes básicas, que são a carcaça, o cilindro e a peça distanciadora. 43 A carcaça tem a função de proteger as partes móveis do compressor (eixo, mancais, biela, cruzeta e haste) e serve também como reservatório de óleo lubrificante. Seu projeto é simples, pois não trabalha sob pressão. Na outra extremidade temos o cilindro, onde se efetua propriamente a compressão do gás. O projeto do cilindro é bastante complexo, pois se trata de um vaso de pressão dotado de uma série de aberturas que proporcionam concentração de tensões e sujeito a diferenciais térmicos durante à sua operação. No meio temos a peça distanciadora que faz a ligação entre a carcaça e o cilindro. A finalidade dessa peça é evitar a excessiva proximidade entre as duas partes, sujeitas a diferentes condições de trabalho e de lubrificação. Quando o gás comprimido é tóxico ou inflamável, a peça de distanciamento funciona como câmara de selagem, cujo interior é “ventado” para local seguro. Os compressores de pistão alternativos possuem dois sistemas de lubrificação completamente distintos. Um refere-se à lubrificação dos mancais, eixo, biela e cruzeta, composto por bomba, filtro e resfriador. O outro destina-se à lubrificação dos anéis de selagem no interior da câmara de compressão, composto por uma bomba alternativa dotada de múltiplos pequenos cilindros, cada qual suprindo um ponto de lubrificação. O sistema de selagem é composto por um conjunto de anéis tripartidos de modo a permitir ajustes por deslocamento radial. Em geral, cada par é composto por um anel com partições radiais e um outro que possui partições tangenciais. O sistema de monitoramento é composto por instrumentos responsáveis pela medição on-line das temperaturas, vibrações, velocidade angular do conjunto rotativo e do sistema de selagem, tendo como objetivo principal a proteção da integridade do equipamento. O sistema de amortecedores de pulsações é responsável por atenuar as oscilações de pressão e vazão ocasionada pela intermitência que caracteriza tanto a captação quanto a liberação de gás por parte de um compressor de pistão alternativo. 3. Anexo Ilustração do Compressor: 44 4. Profissional responsável pelo memorial descritivo Nome: Profissão: Identificação profissional: Matrícula Petrobras: Assinatura: 7. ANEXO 2 Modelo de Cronograma Reverso para elaboração de Memorial Descritivo 45 LEGENDA: • Data limite do envio do MD 1 ano antes da importação do equipamento • Data da importação data de chegado do equipamento ao Brasil 46 8. ANEXO 3 Criação de uma lista de Lição Aprendida para melhoria contínua Identificação do responsável pela LIÇÃO APRENDIDA Nome Chave (identificação Petrobras) Telefone Gerência de origem Dados Mínimos da LIÇÃO APRENDIDA Título da LIÇÃO APRENDIDA: Fonte da LIÇÃO APRENDIDA (documento ou base de dados): Tema da LIÇÃO APRENDIDA (assunto, disciplina ou área de conhecimento): Descrição (O que era esperado acontecer? O que realmente aconteceu? Por que ocorreram as diferenças do planejado com o executado? O que podemos aprender com a Lição aprendida?): Estágio da implementação: Validação da Relevância: Dados complementares Abrangência: (Identificação das áreas que deverão implementar a lição aprendida) Aplicabilidade: Observações: Modelo de Plano de Implementação Ação: Descrição: Objetivo: Responsável: Prazo: Produto esperado: Recursos necessários: 47 9. ANEXO 4 Site na intranet criado para agilização do processo para informações, como publicação do Ex-tarifário, informações relevantes, download dos Memoriais Descritivos (MD). 48 10. ANEXO 5 GRÁFICO - Os resultados do ganho tributário obtido com a redução do Imposto de Importação (II), de 14% para 2%, e com os impostos subseqüentes IPI, PIS/COFINS e ICMS são mostrados no gráfico abaixo. Base US$ 100,00. Redução de 26%. Imposto de Importação (II) 15,00 10,00 5,00 Sem "Ex" 2% IPI 7,00 6,80 6,60 6,40 6,20 6,00 5,80 5,60 Sem " Ex" 2% ICMS 23,00 22,50 22,00 21,50 21,00 20,50 20,00 19,50 Sem "Ex" 2% 49 PIS/COFINS 12,30 12,25 12,20 12,15 12,10 12,05 12,00 11,95 Sem " Ex" 2% Total de tributos pagos 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 Sem "Ex" 2% Participação 1% 16% 5% 78% II IPI ICMS PIS/COFINS 50 11. ANEXO 6 Matriz de Responsabilidade 5W1H – Matriz de fatos da implementação (Impressão em A3 no final da monografia) 51 12. ANEXO 7 Indicadores de Processo para avaliar o desempenho do processo de Extarifário Indicador OPET (Obtenção da Publicação do Ex-tarifário) Identidade Código: OPET Descrição Detalhada: Obtenção da Publicação de “Ex” Tarifário Processo chave: Promove Otimização Tributária dos Projetos Definição: Representa a publicação do regime de ex-tarifário da Resolução da Camex (Câmara de Comércio Exterior) no Diário Oficial (DOU) para redução da alíquota do imposto de importação do equipamento requisitado pela Petrobras. Objetivo: Verificar a redução da carga tributária do equipamento, baseado na diminuição do Imposto de Importação (II) através da publicação do ex-tarifário. Fonte: Resolução Camex publicada Diário Oficial da União Metodologia de medição: A partir da soma das publicações de ex-tarifário no DOU. Orientações para análise: Verificar a relação entre as publicações nas Resoluções para obtenção de extarifário e as requisitadas pela Petrobras junto à Camex, ou seja, o percentual do realizado sobre o planejado. Referências de comparação: X Observação: X 52 Indicador RET (Realização do Ex-tarifário) Identidade Código: RET Descrição Detalhada: Realização do Ex-tarifário Processo chave: Promove Otimização Tributária dos Projetos Definição: Esse Indicador representa a redução do Imposto de Importação (II) na prática, a partir da emissão da Declaração de Importação (DI) no SISCOMEX, baseada na publicação do ex-tarifário relativo ao equipamento. Objetivo: Verificar a aplicação prática do benefício do ex-tarifário, através da análise da alíquota do Imposto de Importação no momento desembaraço aduaneiro, evitando o desembaraço sem benefício do equipamento que contempla extarifário. Fonte: Declaração de Importação (DI) dentro do SISCOMEX Metodologia de medição: A cada importação com equipamentos que contemplem o ex-tarifário, é verificada e açompanhada a data estimada da chegada do equipamento, analisando a Declaração de Importação (DI) no SISCOMEX para verificar se foi colocado em prática do regime de ex-tarifário. Orientações para análise: Verificar a relação entre as DIs com ex-tarifários no desembaraço aduaneiro e as DIs que deveriam possuir o ex-tarifário no desembaraço, ou seja, o percentual do realizado sobre o planejado. Referências de comparação: X Observação: X 53 13. ANEXO 7 Padronização Padrão de Execução do Ex-tarifário – PE-3AT-00258 1. OBJETIVO Este procedimento tem como objetivo estabelecer a metodologia a ser adotada na solicitação da redução da alíquota do Imposto de Importação e, consequentemente, dos seus impostos subseqüentes, através do pedido de Ex-Tarifário junto ao governo federal para os equipamentos importados de bens de capital, informática e telecomunicações sem similaridade nacional. 2. ABRANGÊNCIA E DISSEMINAÇÃO Unidades de Negócio do Abastecimento COMPARTILHADOS MATERIAIS 3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA MG-1AT-00001- Manual de Gestão do Abastecimento PG-1AT-00001-B - Controle de Documentação PG-1AT-00006 - Tratamento de Anomalias PG-2AT-00048-0 Suporte ao Planejamento Tributário de Projetos de Investimento do Abastecimento 4. DEFINIÇÕES Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ): Entidade de classe que emite o parecer da inexistência de produção nacional, documento sine qua non para o pedido de ex-tarifário pela empresa à Camex. Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE): Entidade de classe que emite o parecer da inexistência de produção nacional, documento sine qua non para o pedido de ex-tarifário pela empresa à Camex. Classificação fiscal NCM: Codificação numérica que estabelece agrupamentos de produtos a partir de uma estrutura lógica. Esse instrumento, que identifica as mercadorias através de codificação numérica, é utilizado pelo governo para estabelecer as alíquotas de tributos como o Imposto de Importação, o IPI, ICMS, Pis-Importação e Cofins-Importação. 54 Cronograma Reverso: Planilha de controle de prazo de elaboração do Memorial Descritivo (MD) baseando a elaboração do mesmo na data de importação do equipamento objeto de ext-tarifário. Declaração de Importação (DI): Documento informatizado registrado no SISCOMEX, caracterizando o início do despacho aduaneiro, que contém informações gerais da importação, como o importador, a identificação da mercadoria, a classificação fiscal, o valor aduaneiro, dentre outras informações. Nesse documento, o ex-tarifário é aplicado através da inserção de alíquota do Imposto de Importaçao de 2% para o equipamento que contempla o ex-tarifário. Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX): É um departamento da SECEX. Efetua o licenciamento e controle das operações de comércio exterior definindo normas e procedimentos operacionais. Desembaraço aduaneiro: Processo por meio do qual uma empresa obtém da Receita Federal o direito à utilização da mercadoria importada. Materializa-se pela obtenção da “Declaração de Importação” (DI). Ex-tarifário: O ex-tarifário é um regime especial de tributação com redução temporária da tarifa do imposto de importação para bens de capital, de informática e telecomunicação que não possuam produção nacional, com o prazo de vigência de até 2 anos. Fatura Comercial (Commercial Invoice): Documento emitido pelo exportador, em formulário próprio, de preferência em inglês ou no idioma do país importador, observada a legislação deste país. Esse documento representa a operação comercial em si e sua finalidade é formalizar a transferência da propriedade da mercadoria para o comprador, devendo, por isso, mencionar as principais características da venda: dados do exportador e importador, descrição da mercadoria, preço, condições de venda, forma de pagamento, etc. FASE 2 ou FEL II: Fase de definição do escopo (Engenharia Conceitual). FASE 3 ou FEL III: Fase de detalhamento do escopo (Engenharia Básica). Front-End Loading (FEL) ou Fase: fase de definição de um empreendimento, ou seja, é o processo que considera os recursos financeiros, as estruturas, pessoal e organizações de uma empresa a fim de transformar as oportunidades de marketing e tecnológicas de uma empresa em projetos de capital. O objetivo primário do FEL é alcançar uma compreensão do projeto proposto suficientemente detalhado de tal maneira que as mudanças nas fases de produção, construção e início da engenharia sejam minimizados. Os produtos-chave da fase de front-end loading incluem: (1) documentação de engenharia, tais como PFDs, P&IDs, planos do terreno, balanço de massa e energia, diagramas unifilares e especificações dos equipamentos mais importantes; (2) uma estratégia para 55 a execução do projeto; (3) uma estimativa de custo precisa com todas as funções corporativas em relação aos objetivos e escopo do projeto, de acordo com o IPA. Imposto de Importação (II): É um imposto federal, cujo fato gerador ocorre quando há a entrada de produtos estrangeiros no território nacional. A base de cálculo para o II é o valor aduaneiro. Indicador OPET (Obtenção da Publicação do Ex-tarifário): Indicador que tem como objetivo verificar a redução da carga tributária do equipamento, baseado na redução do Imposto de Importação (II) através da publicação do ex-tarifário. Representa a publicação do regime de ex-tarifário da Resolução da Camex (Câmara de Comércio Exterior) no Diário Oficial (DOU). Sua fonte é a Resolução Camex publicada Diário Oficial da União e a sua metodologia de medição a soma das publicações de ex-tarifário no DOU. Abrangência: Unidades de Negócio do AB-RE. Indicador RET (Realização do Ex-tarifário): Indicador que tem como objetivo verificar a aplicação prática do benefício do ex-tarifário, através da análise da alíquota do Imposto de Importação no momento do desembaraço aduaneiro, ou seja, no registro da Declaração de Importação (DI), evidenciando na prática a redução do Imposto de Importação (II) e o consequente ganho financeiro. Sua fonte é a Declaração de Importação (DI) dentro do SISCOMEX e a sua metodologia de medição é a partir da importação com equipamentos que contemplem o ex-tarifário, sendo verificada e acompanhada a Declaração de Importação (DI) no SISCOMEX para checar o ganho real com a aplicação do regime de ex-tarifário. Abrangência: Unidades de Negócio do AB-RE. International Commercial Terms (INCOTERMS): O mesmo que Trade terms. Publicação da International Chamber of Commerce, que define o significado de alguns termos utilizados no comércio internacional. Tem a finalidade de padronizar a interpretação de determinadas expressões e, consequentemente, os direitos e obrigações gerados pela sua utilização. Os 13 termos trazidos pela edição de 2000 são: Ex Works (EXW), Free Carrier At (FCA), Free Alongside Ship (FAS), Free on Board (FOB), Cost and Freight (CFR), Cost, Insurance and Freight (CIF), Carriage Paid To (CPT), Carriage and Insurance Paid To (CIP), Delivered At Frontier (DAF), Delivered Ex Ship (DES), Delivered Ex Quay (DEQ), Delivered Duty Unpaid (DDU), Delivered Duty Paid (DDP). Memorial Descritivo (MD): Documento que contém as especificações e informações técnicas dos equipamentos, sendo elaborado pelas refinarias para ser apresentado às associações de classe e à Camex. Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM): Classificação, composta de 8 dígitos, que posiciona a mercadoria para efeitos de comércio exterior, definindo as alíquotas, a incidência de tributos, os incentivos existentes, os contingenciamentos, inclusão em acordos internacionais, etc. Desta forma, 56 facilita a comercialização, a análise e a comparação das estatísticas dos diversos países. Essa codificação é encontrada na TEC (Tarifa Externa Comum). Tarifa Externa Comum (TEC): Tarifa cobrada por um grupo de países (no caso, Mercosul), que exige a mesma alíquota do imposto da mercadoria a ser importada de outros países (no caso, imposto de importação). Secretaria de Comércio Exterior (SECEX): Órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), responsável pela definição de normas e procedimentos administrativos e comerciais. Secretaria da Receita Federal (SRF): Órgão do Ministério da Fazenda, responsável pela fiscalização, despacho aduaneiro e arrecadação de tributos nas operações de comércio exterior, entre outras atribuições. Simulador de carga tributária: Planilha eletrônica contendo todas as fórmulas que permitem estimar o preço final de um bem ou serviço, a partir de seu valor sem impostos, aplicando-se a carga tributária definida em função de sua classificação NCM. Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX): É a sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro, que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior, da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de exportação e importação. Valor Aduaneiro (VA): É o valor FOB da mercadoria, adicionado ao valor do frete e do seguro (quando aplicável), sendo a base de cálculo para os impostos incidentes na importação. 5. DESCRIÇÃO 5.1 - Tarefas da atividade 5.1.1 - Solicita a relação dos equipamentos importados sem similar nacional por projeto da unidade de negócio, data de importação e características O AB-RE/EM/AFT envia para a unidade de negócio o checklist de classificação dos equipamentos (anexo 2) na fase II ou fase III da carteira do empreendimento, para que a mesma preencha os dados relevantes, informando também a data de importação do equipamento. 5.1.2 - Faz a classificação fiscal prévia dos equipamentos importados Com a planilha do checklist preenchida (anexo 2) , o AB-RE/EM/AFT, através da TEC identifica a NCM (Nomenclatura Comum Mercosul) aplicável 57 para cada equipamento, verificando as alíquotas dos impostos incidentes sobre os mesmos (II, IPI, ICMS, PIS/COFINS). Os equipamentos que possuem a alíquota do imposto de importação de 0% (zero) e 2% (dois) não serão objeto de ex-tarifário para a Petrobras, pelo fato dos mesmos já possuírem a sua alíquota reduzida. 5.1.3 - Estima ganho tributário a partir da obtenção do ex-tarifário Após a análise dos impostos incidentes na importação dos equipamentos por projeto e Unidade de Negócio, o AB-RE/EM/AFT faz uma estimativa de ganho tributário em dólares na possível condição de obtenção do extarifário. 5.1.4 - Elabora o Cronograma Reverso de envio dos Memoriais Descritivos para cada Unidade de Negócio O AB-RE/EM/AFT envia uma planilha com o Cronograma Reverso (anexo 4), que define a data limite para o envio do Memorial Descritivo (MD) (anexo 3) para que se possa obter o benefício no prazo estipulado. O prazo de envio é de no mínimo 1 ano antes da importação (chegada do equipamento ao porto de destino). Esse período de 1 ano se deve ao fato do prazo médio da obtenção do Extarifário durar aproximadamente 9 meses (a contar desde o ínicio até final do processo, ou seja, do envio do MD até a sua publicação). O AB-RE/EM/AFT solicita o cronograma do projeto para verificar se o equipamento que será objeto de solicitação de Ex-tarifário está em Projeto Básico ou de Detalhamento. 5.1.5 - Organiza, estrutura e divide tarefas entre Unidade de Negócios na elaboração dos Memoriais Descritivos O AB-RE/EM/AFT elabora uma planilha com a relação dos equipamentos que serão importados por mais de uma Unidade de Negócio. A partir daí, verifica-se a data de importação mais próxima e também qual Unidade de Negócio apresenta o melhor potencial para elaborar o Memorial Descritivo. Na etapa seguinte, o AB-RE/EM/AFT instrui a Unidade de Negócio escolhida a elaborar o MD e, após sua consolidação, disponibiliza-o para as outras Unidade de Negócios no site da gerência. Essa estratégia da divisão de MDs faz com que cada Unidade de Negócio fique com a incumbência de elaborar MDs específicos, podendo também fazer uso dos outros MDs realizados por outras Unidade de Negócios. 5.1.6 - Analisa, revisa e aprova os Memoriais Descritivos O AB-RE/EM/AFT recebe da Unidade de Negócio o MD e seu anexo por email e faz uma análise conjunta com MATERIAIS/LOG/PLAD. A Unidade de Negócio processa eventuais modificações sugeridas e então envia o MD aprovado em meio físico, assinado pelo engenheiro responsável designado pela mesma. 5.1.7 - Cria um banco de dados físico e eletrônico 58 O AB-RE/EM/AFT recebe o MD enviado pela Unidade de Negócio, colocando uma cópia do mesmo no arquivo que contém as pastas divididas por Unidade de Negócio. O AB-RE/EM/AFT também recebe o mesmo MD eletronicamente, arquivando-o do diretório compartilhado da gerência. Há também a publicação do mesmo no site de Acompanhamento Financeiro e Tributário dos Empreendimentos, garantindo assim agilidade na elaboração dos MDs pelas Unidade de Negócios, pois as mesmas são instruídas a acessarem o site e utilizarem os modelo de MD´s já disponíveisl no site. 5.1.8 - Controla o prazo do envio dos Memoriais Descritivos Através do cronograma do envio de Memoriais Descritivos, o ABRE/EM/AFT faz o controle do prazo de entrega de MD´s de cada Unidade de Negócio. Dois meses antes do prazo limite para o envio do Memorial Descritivo, o AB-RE/EM/AFT envia um e-mail solicitando uma posição acerca da elaboração do MD. 5.1.9 - Cria descrição para o equipamento juntamente com a Unidade de Negócio Juntamente com o Memorial Descritivo, deve-se criar uma descrição para o ex-tarifário do equipamento. Assim, o AB-RE/EM/AFT cria uma descrição e repassa para a aprovação da Unidade de Negócio, que a valida. A partir daí, o AB-RE/EM/AFT envia a descrição para o MATERIAIS/LOG/PLAD, que envia para a associação de classe e, posteriormente, à Camex. 5.1.10 - Participa da negociação com as associações de classe para obtenção do atestado de inexistência de fabricação nacional Uma vez recebido o MD em meio físico, MATERIAIS/LOG/PLAD solicita à associação de classe, que representa os fabricantes do respectivo equipamento, o parecer atestando a inexistência de fabricação nacional. Após um prazo médio de 60 dias, a associação envia a resposta. Caso a mesma seja positiva, ou seja, caso não exista similar nacional, o MATERIAIS/LOG/PLAD envia o MD juntamente com o parecer positivo à Camex. Em caso de divergência entre o parecer da entidade de classe e a visão da Petrobras, MATERIAIS/LOG/PLAD e AB-RE/EM/AFT devem convocar uma reunião para discussão do assunto, envolvendo os técnicos da Unidade de Negócios e representantes da empresa associada que declarou ter condições de fornecer o equipamento. 5.1.11 - Acompanha e participa da validação a alteração da descrição para o Ex-tarifário O MATERIAIS/LOG/PLAD recebe da associação de classe o parecer do equipamento em relação à inexistência de fabricação nacional. A asociação tem autoridade para modificar a descrição sugerida pela Petrobras para o ex-tarifário. Quando a associação de classe altera a descrição, o MATERIAIS/LOG/PLAD envia essa alteração para o AB-RE/EM/AFT, que, juntamente com a Unidade de Negócio, valida a alteração proposta e, caso não aceite, repassa para a associação a reprovação da descrição modificada. 59 5.1.12 - Calcula o ganho tributário com a obtenção do ex-tarifário Após receber de MATERIAIS/LOG/PLAD a relação dos Ex-tarifários que foram publicados pela Resolução Camex no Diário Oficial da União, o ABRE/EM/AFT verifica quais as Unidades de Negócios que importarão os equipamentos objeto dos Ex-tarifários publicados e faz o cálculo estimado do ganho tributário para cada Unidade de Negócio, como também para a Petrobras. O AB-RE/EM/AFT e MATERIAIS/LOG/PLAD enviam então um DIP conjunto com o número do Ex-tarifário publicado, o ganho tributário estimado por Unidade de Negócio e para a Petrobras, como também o prazo de vigência do Ex-tarifário. 5.1.13 - Acompanha as possíveis modificações nos dados de projeto dos equipamentos com Ex-tarifário O AB-RE/EM/AFT faz a requisição dos dados dos equipamentos, que são: valor de compra do equipamento sem impostos (em base CIF), data estimada de importação, orgão desembaraçador (Compartilhados da Unidade de Negócio, Compartilhados da Petrobras, EPCista, terceiros), assim como o status do equipamento, ou seja, se o mesmo está na fase de Projeto Básico ou de Detalhamento de Projeto. O AB-RE/EM/AFT, através do diretório compartilhado com as Unidade de Negócios, acompanha possíveis diferenças que possam vir a existir entre a descrição equipamento no Ex-tarifário e os dados do mesmo constantes documento "Data Sheet as purchased". Se houver alteração nos dados descrição, é necessário pedir retificação do Ex-tarifário junto à Camex. as do no da 5.1.14 - Acompanha a aplicação do ex-tarifário A partir da obtenção da publicação de ex-tarifário no Diário Oficial, o ABRE/EM/AFT controla a data de chegada do equipamento, como também avisa (por e-mail) aos responsáveis pelo desembaraço aduaneiro da necessidade de importar o equipamento com o Ex-tarifário, ou seja, da necessidade de se considerar a alíquota do Imposto de Importação reduzida na hora da criação da Declaração de Importação, como também informar nos dados Complementares da DI a Resolução da Camex no SISCOMEX. 5.1.15 - Apura ganho tributário real com a aplicação do ex-tarifário Para que o AB-RE/EM/AFT tenha certeza da utilização do ex-tarifário, é pedido o número da Declaração de Importação (DI) no SISCOMEX para o desembaraçador. Como há três tipos de compradores no caso: Petrobras, EPCista e Terceiros, o controle em relação a cada fornecedor é feito da seguinte forma: • Em relação à Petrobras (Materiais/CO e Compartilhados da Petrobras ou Compartilhados da Unidade de Negócio), há uma planilha conjunta entre as gerências AB-RE/EM/AFT, MATERIAIS/LOG/PLAD e MATERIAIS/CO, onde existe um controle na data da importação do 60 • • • equipamento com ex-tarifário. Antes da chegada ao Brasil, o MATERIAIS/LOG/PLAD faz o controle da aplicação do ex-tarifário junto ao desembaraçador do COMPARTILHADOS, instruindo como se deve proceder no sistema SAP R/3 (que possui a interface com o SISCOMEX) na criação da Declaração de Importação (DI). Em relação ao EPCista, o AB-RE/EM/AFT envia um e-mail para a Gerência de Empreendimentos da Unidade de Negócio, pedindo para que seja contemplado o Ex-tarifário para o equipamento importado pela Unidade de Negócio e, após a emissão da DI, o registro da mesma no SISCOMEX (para verificação da aplicação da alíquota de Ex-tarifário do Imposto de Importação (II). Assim, é verificado o valor real do equipamento, como também o aproveitamento do ex-tarifário. Na compra efetuada por Terceiros, o AB-RE/EM/AFT envia um e-mail pedindo para que o desembaraçador envie a Declaração de Importação do SISCOMEX para verificar a alíquota utilizada do Imposto de Importação (II). Assim, é verificado o valor real do equipamento, como também o aproveitamento do ex-tarifário. 5.2 - Atribuições e Responsabilidades Para cada equipamento no qual exista a solicitação do ex-tarifário, é feito uma Matriz de Responsabilidade (anexo n° 5), no qual são definidos os atores do processo, garantindo de forma eficiente o ex-tarifário desde a sua requisição até a aplicação. 5.3 - Especificação dos Insumos Os insumos desta atividade estão especificados a seguir: Nome: Descrição: Lista com os equipamentos a serem importados Documento com a relação dos equipamentos a serem importados por carteira por Unidade de Negócio Fornecedor: Unidade de Negócio Periodicidade: A cada nova carteira (fase II ou III) Meio de disponibilização: Eletrônico (e-mail) Nome: Descrição: Memorial Descritivo Documento que contém todas as informações técnicas que caracterizam o 61 equipamento Unidade de Negócio Um ano antes da importação do equipamento Meio de disponibilização: Físico, eletrônico (e-mail) e na Intranet (site do ABRE/EM/AFT) Fornecedor: Periodicidade: Nome: Descrição: Parecer da Associação de Classe Documento no qual há o atestado da Existência ou Inexistência de Produção Nacional do equipamento Fornecedor: Associação de Classe Periodicidade: A cada pedido (Memorial Descritivo) Meio de disponibilização: Físico (papel) Nome: Resolução Camex no Diário Oficial da União (D.O.U.) Descrição: Publicação no Diário Oficial do ex-tarifário obtido pelo equipamento Fornecedor: Diário Oficial da União Periodicidade: Não há, podendo ser mensal Meio de disponibilização: Eletrônico (D.O.U.) e na Intranet (site do ABRE/EM/AFT) 5.4 - Especificação dos Produtos Os produtos desta atividade estão especificados a seguir: Nome: Descrição: Checklist de Classificação Fiscal Planilha para que as Unidade de Negócios alimentem para o AB-RE/EM/AFT fazer a classificação fiscal Cliente: Unidade de Negócio Periodicidade: A cada nova carteira (fase II ou III) Meio de disponibilização: Eletrônico (e-mail) e na Intranet (site do ABRE/EM/AFT) Nome: Descrição: Cliente: Cronograma de envio dos Memoriais Descritivos Planilha com o cronograma reverso, ou seja, prazo para envio do Memorial Descritivo, sendo um ano antes da importação dos equipamentos Unidade de Negócios 62 Periodicidade: Mensal (por conta das atualizações) Meio de disponibilização: Eletrônico (e-mail) e na Intranet (site do ABRE/EM/AFT) Nome: Simulador do ganho tributário com a obtenção do ex-tarifário Descrição: Planilha com a relação dos equipamentos que podem obter o ex-tarifário para a verificação do ganho tributário Cliente: Unidade de Negócios Periodicidade: A cada nova carteira (fase II ou III) Meio de disponibilização: Eletrônico (e-mail) e na Intranet (site do ABRE/EM/AFT) Nome: Divisão de elaboração do Memorial Descritivo por Unidade de Negócio Descrição: Planilha com a relação dos equipamentos que serão importados por mais de uma Unidade de Negócio para divisão de elaboração do Memorial Descritivo Cliente: Unidade de Negócios Periodicidade: Trimestral Meio de disponibilização: Eletrônico (e-mail) e na Intranet (site do ABRE/EM/AFT) Nome: Descrição: Matriz de Responsabilidade Planilha com as responsabilidades de cada envolvido no ex-tarifário Cliente: Unidade de Negócios Periodicidade: A cada equipamento Meio de disponibilização: Diretório Compartilhado 6. CICLO DE CONTROLE A força de trabalho deve monitorar o c umprimento das ações relativas ao Ex-tarifário mensalmente através das Reuniões de Análise Crítica (RAC). 6.1 Indicadores São considerados os seguintes indicadores para esta atividade nas Unidades de Negócio do AB-RE: 63 • Obtenção da Publicação de Ex-tarifário (OPET) • Realização do Ex-tarifário (RET) 6.2 Tratamento de Anomalias Todas as anomalias devem ser tratadas conforme PG-1AT-00006 Tratamento de Anomalias. É considerada anomalia para esta atividade: • Indicador fora da meta 7. REQUISITOS DE SEGURANÇA, RESPONSABILIDADE SOCIAL Diretrizes Corporativas de SMS. 8. REGISTROS MEIO AMBIENTE, SAÚDE E 64 Identificação Armazename nto E-mail Eletrônico Proteção Recuperação Acesso Restrito Por Unidade de Negócio Fisico Acesso Restrito Por Unidade de Negócio Eletrônico Acesso Restrito Por Unidade de Negócio Planilha de acompanhame nto da compra Eletrônico Acesso Restrito Por Unidade de Negócio Planilha de acompanhame nto das modificações do equipamento Planilha de acompanhame nto do status dos equipamentos Eletrônico Acesso Restrito Por Unidade de Negócio Eletrônico Acesso Restrito Por Unidade de Negócio Pastas com os documentos (Memoriais Descritivos) Pastas com os documentos (Memoriais Descritivos) Tempo de Retenção Permanente Disposição Arquivamento na Conferência eletrônica Permanente Arquivo Físico do ABRE/EM/AFT Permanente Drive K, em K:\AB-RE-EMAFT\PROCES SOS\Planejacontrola\Prom ove-otim-tribproj Permanente Drive compartilhado entre ABRE/EM/AFT, MATERIAIS/L OG/PLAD e MATERIAIS/C O Permanente Drive compartilhado entre ABRE/EM/AFT, Un/EM e UN/IE Permanente Drive compartilhado entre ABRE/EM/AFT e MATERIAIS/L OG/PLAD 65 14. ANEXO 8 Fluxo do processo de Ex-tarifário 66 15. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ANSOFF, H Igor. Administração Estratégica. São Paulo: Atlas, 1983. FLEURY, Maria Teresa; OLIVEIRA, Moacir (organizadores). Gestão Estratégica do conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001. HAVE, Steven ten; Wouter ten. Modelos de Gestão: o que são e quando devem ser usados. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. NISHIDA, Lando T.; Kaizen Em Desenvolvimento De Produtos: Aplicação Dos Conceitos Lean Em Quatro Níveis (Spai). Editora X. São Paulo, 2007 OLIVEIRA, Jair. Gestão Organizacional: descobrindo uma chave de sucesso para os negócios. São Paulo: Saraiva, 2006. PIANI, Guida. Regimes Especiais De Importação E “Ex-Tarifários”: O Caso Do Brasil. IPEA: Rio de Janeiro, 2006. SHIBA, Shoji. Quatro Revoluções na Gestão da Qualidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. TACHIZAWA, Takesshi; REZENDE, Wilson. Estratégia Empresarial: tendências e desafios. São Paulo: Makron Books, 2000. TWEED, Stephen C. Foco Estratégico: a vantagem competitiva. São Paulo: Editora Gente, 1998 67 16. BIBLIOGRAFIA CITADA 1 – http://www.desenvolvimento.gov.br. Acesso em 19/03/2008 2 - http://www.fnq.org.br/site/397/default.aspx. Acesso em 21/03/2008 3 - http://www.abimaq.com.br/ 4 - http://www.abinee.org.br/ 5 – Código Tributário Nacional 6 – Constituição Nacional 68 17. FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: