DÉBORA PERES MENEZES - UFSC

AÇÕES DE EXTENSÃO
Projetos, programas, cursos, eventos, prestação de
serviços
COMO AVALIAR/COMPARAR?
Eventos internacionais com 150 participantes
X
Eventos nacionais com 3.000 participantes

PRECISAMOS DE INDICADORES E
INDICADORES SÃO DIFERENTES DE
RESULTADOS
Analogia com a Pesquisa
Resultados de pesquisa são produtos bem conhecidos:
papers, publicações em anais de congressos, patentes,
etc.


INDICADORES CIENTOMÉTRICOS SÃO:
Número de citações
Fator de impacto
Fator H
Qualis/CAPES
 FATOR
DE IMPACTO
O FI é uma medida que reflete o número médio de citações de artigos
científicos publicados em determinado periódico. É empregado
frequentemente para avaliar a importância de um dado periódico
em sua área, sendo que aqueles com um maior FI são
considerados mais importantes do que aqueles com um menor FI.
O FI foi criado por Eugene Garfield,o fundador do Institute for
Scientific Information (ISI), hoje parte da Thomson Reuters
Corporation. Desde 1972 os FI são calculados anualmente para os
periódicos indexados ao ISI e depois publicados no Journal of
Citation Reports (JCR), também da Thomson Reuters.
Fonte: Wikipedia

FATOR DE IMPACTO
Em termos matemáticos, em um dado ano o FI de um periódico é
calculado como o número médio de citações dos artigos que foram
publicados durante o biênio anterior. Por exemplo, o FI de um dado
periódico em 2009 pode ser calculado como se segue:

sendo A = o número de vezes em que os artigos publicados em
2007 e 2008 foram citados por periódicos indexados durante 2009;

sendo B = o número total de "itens citáveis" publicados em 2007 e
2008 ("itens citáveis": geralmente artigos, revisões, resumos de
congressos ou notas, não sendo computados editoriais ou cartas ao
editor);

então, o fator de impacto de 2009 = A/B.
Fonte: Wikipedia

FATOR H
O Fator H (H-index) foi desenvolvido por J.E. Hirsch
e publicado nos Proceedings da National Academy of
Sciences dos Estados Unidos da América, em novembro
de 2005. Ele reflete a produtividade dos autores
baseado nos seus registros de publicações e citações.
Fonte: Wikipedia



FATOR H
Como ele é calculado?
Um pesquisador (ou um conjunto de artigos) possui um Fator H=N
se ele(a) publicou N artigos que possuem N ou mais citações cada.
O Fator H é baseado no número de citações do Web of Science
Não inclui citações em livros ou em fontes não indexadas.
Quais são as vantagens do Fator H?
O Fator H reflete não apenas o número de artigos ou o número de
citações; ele tem algumas indicações do número de artigos bem
citados. Isso proporciona um complemento interessante aos outros
índices de performance, pois não é influenciado por apenas um
artigo altamente citado.
Fonte: Wikipedia


FATOR H
Quais são as desvantagens do Fator H?
O Fator H, como qualquer outro índice baseado em citações, é
dependente da área escolhida, bem como do tempo desde a
publicação dos artigos importantes. O Fator H no Relatório de
citações (Citation Report) reflete as citações da ultima atualização
semanal do Web of Science, portanto ele pode variar em análises
subsequentes.

Qualis/Capes
Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes
para estratificação da qualidade da produção intelectual dos
programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para
atender as necessidades específicas do sistema de avaliação e é
baseado nas informações fornecidas por meio do aplicativo Coleta
de Dados. Como resultado, disponibiliza uma lista com a
classificação dos veículos utilizados pelos programas de pósgraduação para a divulgação da sua produção.

Qualis/CAPES

A classificação de periódicos é realizada pelas áreas de avaliação e
passa por processo anual de atualização. Esses veículos são
enquadrados em estratos indicativos da qualidade - A1, o mais
elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C - com peso zero.

O mesmo periódico, ao ser classificado em duas ou mais áreas
distintas, pode receber diferentes avaliações. Isto não constitui
inconsistência, mas expressa o valor atribuído, em cada área, à
pertinência do conteúdo veiculado. Por isso, não se pretende com
esta classificação que é específica para o processo de avaliação de
cada área, definir qualidade de periódicos de forma absoluta.

INDICADORES NA EXTENSÃO SÃO UMA
NECESSIDADE
Os indicadores devem ser usados como acessórios do
processo de avaliação e, portanto, pressupõem a exitência de um
sistema de registro de ações (ex: SIRAEX/UFSC, construído a
partir da Res. Extensão vigente). Não confundir indicadores e
impactos com resultados: um curso que tem como proposta treinar
50 pessoas, consegue treinar 30. Qual o impacto dessas pessoas
treinadas na sociedade?
Ex. curso de monitores de ação gerontológica do NETI.
Ostricultura em Floripa
–
projetos de pesquisa e
extensão que resultaram numa transformação social

SUGESTÃO DE INDICADORES
Proposta em termos das dimensões que serão utilizadas para a
avaliação da extensão:




PG – Política de Gestão;
RUS – Relação Universidade-Sociedade;
PA – Plano Acadêmico;
PrA – Produção Acadêmica.

SUGESTÃO DE INDICADORES
Indicadores quantitativos propostos em 1997:









número de projetos desenvolvidos;
público estimado;
número de eventos realizados;
público beneficiado;
tipos de cursos de extensão realizados;
número de certificados expedidos;
número de produtos elaborados;
prestação de serviço realizada;
número de municípios atendidos em ações extensionistas.

SUGESTÃO DE INDICADORES

Na proposta a seguir optou-se sempre por indicadores percentuais
ao invés de numéricos, o que permite a comparação entre
Instituições de portes diferentes.

Classificação anterior:
I – INSTITUCIONALIZAÇÃO
A – ALUNOS;
D – DOCENTES;
F – FINANCIAMENTO.

PG - POLÍTICA DE GESTÃO e PA – PLANO ACADÊMICO
I3) Existência de programas e projetos de extensão que integrem
ações de ensino e pesquisa.

PG - POLÍTICA DE GESTÃO
I4) Nº. de Ações/Projetos/Programas registrados na Pró-Reitoria de
Pesquisa e Extensão (importante para âmbito interno e
possivelmente INEP). Total de bolsas acadêmicas da Instituição
(excluem-se bolsas de assistência estudantil).
I5) Percentual de bolsas acadêmicas de extensão em relação ao
número total de bolsas acadêmicas da Instituição (excluem-se
bolsas de assistência estudantil).

PG - POLÍTICA DE GESTÃO
I6) Percentual de bolsas acadêmicas de extensão em relação ao
número total de estudantes matriculados na Graduação.
I19) Percentual das ações de extensão por área temática:
- Comunicação;
- Cultura;
- Direitos Humanos e Justiça;
- Educação;
- Meio Ambiente e Saúde;
- Tecnologia e Produção;
- Trabalho;
- Outras (Interdisciplinares).

PG - POLÍTICA DE GESTÃO

I20) Percentual de servidores técnicos envolvidos com
atividades/projetos/programas de extensão em relação ao total de
servidores da universidade.

F1) Percentual dos recursos da matriz orçamentária institucional
destinados às ações de extensão.

F2) Percentual de ações de extensão financiados por meio de
editais e chamadas públicas (total, por órgão público, por área
temática, por público-alvo).

F3) Percentual de ações de extensão financiados por meio de
recursos próprios, incluindo contratos e convênios.

PG - POLÍTICA DE GESTÃO

F4) Percentual de ações de extensão financiados por recursos
orçamentários

F5) Percentual de bolsas acadêmicas de extensão financiadas por
recursos orçamentários das instituições.

PA – PLANO ACADÊMICO

I1) Percentual de cursos de graduação cujos projetos pedagógicos
prevejam programas de extensão como componentes curriculares.

I2) Percentual de programas de pós com envolvimento dos alunos
em projetos e programas de extensão (palestras em escolas
públicas, atendimento em clínicas e hospitais, etc).

PA – PLANO ACADÊMICO

I12) Percentual de programas e projetos de extensão articulados à
pesquisa com relação ao total de programas e projetos de
extensão.

I13) Percentual de projetos de pesquisa articulados a atividadesprojetos-programas de extensão em relação ao total de projetos de
pesquisa.

I14) Percentual de atividades,projetos e programas que resultaram
em monografias de final de curso de graduação, dissertações e
teses.

I15) Percentual de pesquisas originadas a partir
atividades/projetos/programas de extensão (difícil de medir?).
de

PA – PLANO ACADÊMICO

I16) Percentual de trabalhos de divulgação científica originados a
partir de atividades/projetos/programas de extensão.

I17) Percentual de projetos/programas de extensão que geram
tecnologia (social) aplicada.

I18) Percentual de projetos/programas de extensão que geram
pesquisa.

A1) Percentual de alunos de graduação (bolsistas e não-bolsistas)
que participam em projetos e programas de extensão.

PA – PLANO ACADÊMICO

A2) Percentual de alunos nos programas de pós-graduação que
participam em projetos e programas de extensão.

D1)
Percentual
de
docentes
envolvidos
com
atividades/projetos/programas de extensão em relação ao total de
docentes da universidade.

D2) Número de horas semanais por docente dedicadas às
atividades/projetos/programas de extensão.

RUS – RELAÇÃO UNIVERSIDADE-SOCIEDADE

I7) Percentual de parcerias da extensão com órgãos públicos em
relação ao total de ações.

I8) Percentual de ações de extensão dirigidas à escola pública em
relação ao total de ações.

I9) Percentual de ações de extensão dirigidas à população com
vulnerabilidade social em relação ao total de ações.

I10) Percentual de ações de extensão dirigidas à inclusão produtiva
em relação ao total de ações.

I11) Percentual de ações de extensão voltadas
desenvolvimento regional em relação ao total de ações.

para
o

RUS – RELAÇÃO UNIVERSIDADE-SOCIEDADE

I21) Número de municípios e de mesorregiões atingidos por
atividades/projetos/programas de extensão.

I22) Percentual de ações de extensão desenvolvidas em municípios
fora da sede da universidade em parceria com instituições
governamentais ou não governamentais.

I23) Percentual do total de participantes certificados horas nos
cursos (somatório de horas dos cursos x número de participantes
certificados no período).

PrA – PRODUÇÃO ACADÊMICA

A3) Percentual de alunos de graduação que apresentam trabalhos
em eventos acadêmicos, científicos em relação ao total de alunos
que participam em projetos e programas de extensão.

A4) Percentual de alunos de pós-graduação envolvidos com
projetos e programas de extensão que apresentam trabalhos em
eventos acadêmicos e científicos.
Indicadores e avaliação
Os indicadores são úteis se vierem a fazer
parte de um programa de avaliação.
Ex de avaliação interna: podem ser usados na
distribuição de recursos e de bolsas.
Exs de avaliação externa:
Censo/Inep
Coleta/Capes (mais complicado…)
PROPOSTA PARA A
INCORPORAÇÃO NO
CENSO DA EDUCAÇÃO
SUPERIOR/INEP
DIMENSÃO
INDICADOR
Política de Gestão
Número total de bolsas acadêmicas de
extensão
Número de bolsas de extensão financiadas
com recursos orçamentários1
Financiamento da
extensão
1)
Valores totais de recursos destinados a
programas e projetos de extensão (2)
advindos:
- recursos advindo da matriz orçamentária
institucional;
- recursos advindos de contratos, convênios,
editais e chamadas públicas; a discutir com
Inep.
A análise sobre percentual de bolsas em relação a outras concessões de
bolsas será fruto de cruzamento de dados.
(2) Não serão incluídos cursos, eventos e prestação de serviços
conforme conceituação do FORPROEX.
DIMENSÃO
INDICADOR
Previsão de ações de extensão
como componente curricular.
Plano acadêmico
Se sim, qual o percentual da carga.
Número de alunos com creditação
curricular pela participação em
ações de extensão
DIMENSÃO
INDICADOR
 Número de horas semanais do Plano de Trabalho Docente
destinadas à Extensão 1 – item acrescentado na atuação docente
Incluir no módulo docente: bolsa para extensão sim não
Plano
acadêmico
 Indicação de área (s) temática (s) de extensão de atuação do
docente. Áreas: comunicação, cultura, direitos humanos e Justiça,
educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e produção e trabalho
– incluir na atuação docente abaixo do código dos cursos com
codificação da área
 Número de ações de extensão coordenadas pelo docente.
Ações: Programa, Projeto, Curso, Evento, Prestação de Serviço –
incluir na atuação docente
1)
Número de docentes envolvidos em ações de extensão por titulação e por regime
de trabalho poderá ser obtido a partir do cruzamento dessa informação em dados
já existentes.
(2) Bolsas obtidas: recurso institucional, recurso externo.
DIMENSÃO
Plano acadêmico
INDICADOR
Forma de participação do aluno
na extensão universitária1:
- bolsista;
- não bolsista.
1) Permite a aferição de número de alunos envolvidos na extensão em
relação ao número total de alunos a de IES.
CPAE
Maria das Dores Pimentel Nogueira- UFMG
Ana Inês Sousa – UFRJ
Danúsia Arantes Ferreira Batista de Oliveira – UEG
Débora Peres Menezes – UFSC
Eliane dos Santos - UnB
Fernando Meirelles- UFRGS
Liliane Belz dos Reis - UFF
Marcos Vieira Silva – UFSJ
Maria de Fátima Sant ‘Anna- UNIFAL
Maria da Glória Carvalho Moura -UFPI
Sonia Regina Mendes- UERJ
Rossana Souto Maior Serrano – UFPB
Tatiana Comiotto Menestrina – UDESC
A importância das avaliações



- A avaliação deve ser vista como um instrumento
para planejar e corrigir rumos e não como algo
punitivo; toda avaliação é imperfeita.
Percepções pessoais (achismo e corporativismo)
contrapõem-se à metodologia científica.
Carlos Drummond de Andrade: As academias
coroam com igual zelo o talento e a ausência dele!



Cabe a nós valorizar os rumos da extensão
e, para isso, temos que ser capazes de
avaliá-la.
Obrigada pela atenção e pelo convite.
[email protected]
Download

Palestra de abertura do 11º CONEX: “Avaliação da Extensão