CONSIDERAÇÕES SOBRE VÍNCULO EM LONGITUDINALIDADE E RESPONSABILIZAÇÃO1 SAÚDE: Juliana de Lima Soares2, Laura Filomena Santos de Araújo3, Roseney Bellato4, Geovana Hagata de Lima Souza Thaines Corrêa5. Estabelecer vínculos é essencial para que os profissionais de saúde sejam referência de cuidado para pessoas/famílias em situação crônica. Objetivamos compreender os fatores que potencializam a tecitura e o fortalecimento de vínculo na relação do profissional de saúde com a pessoa adoecida e sua família na experiência do adoecimento crônico. Estudo qualitativo, compreensivo, realizado a partir da revisita ao acervo do banco de dados da pesquisa matricial resgatando, intencionalmente, duas situações de adoecimento crônico nas quais a temática do vínculo em saúde emergiu: a) família de dona Mocinha; b) família Soneto. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Júlio Muller, sob protocolo 671/CEP-HUJM/09. Dona Mocinha convive com diversos agravos relativamente comuns em idosos, sendo acompanhada pelo médico de confiança há 20 anos. Na família Soneto, os adolescentes convivem com anemia falciforme e são acompanhados pelo hematologista pediatra há 10 anos. A relação entre o médico de confiança e a idosa/família é caracterizada por um vínculo afetivo unidirecional, tendo por iniciativa de busca e manutenção a idosa/família. A relação entre a família Soneto e o médico está embasada na reciprocidade e responsabilização do profissional com a saúde dos adolescentes. As pessoas/famílias estabeleceram vínculo com os profissionais pelos quais se sentiram acolhidas, afetivamente e profissionalmente. O acompanhamento ao longo do tempo e o desenvolvimento de uma relação de proximidade possibilitando o reconhecimento precoce das necessidades de saúde constituíram fatores contribuidores para a tecitura/manutenção do vínculo. Essa proximidade foi viabilizada pela manutenção de um lócus de referencia de atenção à saúde ao longo do tempo, poupando as pessoas/famílias de peregrinarem em busca de cuidado. Estudo vinculado à pesquisa matricial “As Instituições de Saúde e do Poder Judiciário como mediadores na efetivação do direito pátrio em saúde: análise de itinerários terapêuticos de pessoas/famílias no SUS/MT” 2 Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (FAEN/UFMT). Bolsista de Iniciação Científica 2012/2013 FAPEMAT. Membro do Grupo de Pesquisa Enfermagem, Saúde e Cidadania (GPESC). Mato Grosso, Brasil. E-mail: [email protected] 3 Orientadora. Doutora em Enfermagem, professora da UFMT, líder do GPESC. Mato Grosso, Brasil. Email: [email protected] 4 Co-orientadora. Doutora em Enfermagem, professora da UFMT, membro do GPESC. Mato Grosso, Brasil. Email: [email protected] 5 Enfermeira. Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da FAEN/UFMT. Mato Grosso, Brasil. Email: [email protected] 1 311