Título: JOVEM, POBRE E MULHER. CONSIDERAÇÕES SOBRE SUBJETIVIDADES EXCLUÍDAS E PARTICIPAÇÃO POLÍTICA Tipo: Experiências em Debates Tema: 5 - Movimentos Sociais Autor Responsável por apresentar o Trabalho: SIMONE DA SILVA RIBEIRO GOMES Autor(es) adicionais: SIMONE DA SILVA RIBEIRO GOMES Financiador: Resumo: Este resumo pretende problematizar a participação política de jovens tidas como excluídas na sociedade brasileira. As mesmas, além de mulheres jovens, são pobres e habitantes de favelas, por essa razão, serão pensadas junto à teoria específica na minha dissertação de mestrado em Psicologia Social na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, iniciado em Março de 2006. Tendo em vista o arcabouço psicológico criminalizante prevalecente, principalmente na mídia, nas investigações sobre os jovens da classe pobre, de uma forma geral, procurarei compreendê-las como formações sociais razoáveis e coerentes, e não como um sintoma de demência ou iniqüidade. O objetivo desse estudo é, levando em consideração o significado social e político de uma determinada cultura jovem, atentar para as formas criativas de lidar e resistir à ordem dominante, entendendo que as mesmas possam ser expressas pela participação política (Filho, 2007). Segundo Weller (2005), em trabalhos sobre a juventude, há uma lacuna no que diz respeito à presença feminina nas manifestações político-culturais, o que traz a tona a seguinte questão: Será que jovens do sexo feminino formam uma minoria em movimentos associativos juvenis? Com o objetivo de tentar compreender as formas de apropriação e re-elaboração desses produtos culturais nos distintos contextos sociais dessas jovens, pretendo, através das histórias de vida das jovens, tentar perceber as diferentes construções de sentidos, ações, práticas, formas de com-viver, que se firmam em um processo, e ainda, o que essas práticas, influenciam em espaços onde a vida é precarizada, causando uma ruptura no modo hegemônico de se vivenciar essas categorias. Ou seja, falar de lugares onde se efetua a experiência do cotidiano popular de jovens que rompem com papéis pré-fixados, para transformarem-se em sujeitos criando a própria cena através da sua própria ação (Vanzan, 2006).