Combustíveis Notas das aulas da disciplina de INSTALAÇÕES E SERVIÇOS INDUSTRIAIS 2006 Instalações e Serviços Industriais 1 Temas a discutir • Recursos energéticos • Tipos de combustíveis • Transporte e armazenagem 2006 Instalações e Serviços Industriais 2 Recursos energéticos • A escassez dos chamados combustíveis clássicos é cada vez mais frequente. • A procura das energias alternativas é cada vez maior, principalmente nas sociedades industrializadas. No entanto não foram ainda desenvolvidos métodos economicamente viáveis para a produção destas energias, capazes de superar o rendimento, a simplicidade e a versatilidade da utilização dos combustíveis clássicos. 2006 Instalações e Serviços Industriais 3 Reservas energéticas mundiais Fonte de energia Tipo Química (Fossil) Carvão, Petróleo e Gás Uránio/ Tório Deutério Fissão nuclear Fusão Reservas (x1021 J) 32 6 600 1010 Outras fontes de energia solar, eólica, hídrica, geotérmica, resíduos industriais e urbanos. 2006 Instalações e Serviços Industriais 4 Combustíveis clássicos • A maior parte dos combustíveis são fósseis. Ex: carvão, petróleo e seus derivados e o gás natural. • Combustíveis não fósseis Ex: madeira e seus derivados - carvão vegetal, cascas, resíduos sólidos. 2006 Instalações e Serviços Industriais 5 Característica térmica dos combustíveis • Composição química: – CnHm - hidrocarbonetos – CnHmNoOpSq - composição geral tipo • Tipo de reacção química: reacção exotérmica • Poder calorífico: calor libertado na combustão completa por unidade de massa, volume ou mole de combustível (normalmente kJ/kg, kJ/m3 ou kJ/mole) – PCS = PCI + m(água)*λ λ - calor latente de vaporização da água 2006 Instalações e Serviços Industriais 6 Combustíveis sólidos • Coque • Carvão: antracite, hulha, lenhite, betuminoso, sub-betuminoso, turfa • Madeira: casca, serrim, serradura, estilha (pinho, eucalipto, oliveira, etc.) • Resíduos sólidos: casca de arroz, bagaço de azeitona, bagaço de cana de açúcar, lixo urbano, lixo hospitalar, pneus, restos de materiais poliméricos. 2006 Instalações e Serviços Industriais 7 Coque de petróleo • Coque de petróleo – Produto sólido, negro e brilhante, obtido por craqueamento de resíduos pesados, essencialmente constituído por carbono (90 a 95%) – Combustível sólido muito poluente e com um elevado potencial de perigosidade para a saúde humana e para o ambiente, nomeadamente pela sua composição em enxofre e metais pesados. Queima sem deixar cinzas – Usado na indústria metalurgia, cerâmica e mais recentemente nas cimenteiras 2006 Instalações e Serviços Industriais 8 Coque de petróleo e a poluição • O aumento da utilização do coque petróleo decorre do facto deste combustível ser mais barato do que outras alternativas menos poluentes, nomeadamente o gás natural, por, inexplicavelmente, não estar sujeito ao Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP). • Com o objectivo de corrigir as assimetrias criadas pela preferência do coque de petróleo em algumas indústrias portuguesas, os Ministérios da Economia e do Ambiente publicaram a Portaria 1387/2003 de 22 de Dezembro, tornando obrigatória a monitorização das emissões de gases e o cumprimento da legislação em vigor nas instalações que utilizem este combustível. 2006 Instalações e Serviços Industriais 9 Processo de obtenção do coque 2006 Instalações e Serviços Industriais 10 Imagens de combustíveis sólidos Antracite Preto com brilho metálico. Duro, parte formando estiletes muito finos. Estilha Bagaço de azeitona 2006 Instalações e Serviços Industriais 11 Preparação dos combustíveis sólidos para queima • Preparação: – secagem, – trituração, – corte, – separação granulometrica 2006 Instalações e Serviços Industriais 12 Secadores 2006 Instalações e Serviços Industriais 13 Trituradores 2006 Instalações e Serviços Industriais 14 Principais propriedades características dos combustíveis sólidos • • • • • • • • • • • • Densidade Teor de humidade Percentagem de C Percentagem de O2, H2, N2, S Percentagem de matérias voláteis e minerais Percentagem de cinzas e sua temperatura de fusão Granulometria Coesão Dureza/Resistência Dilatação por efeito de humidade Fusibilidade das cinzas Poder calorífico 2006 Instalações e Serviços Industriais 15 Quando surge a utilização industrial do carvão? • O uso generalizado iniciou-se na Europa no século XVI, se bem que antes da era Cristã já os Chineses e os Romanos o tivessem utilizado. • Inglaterra: País da Europa que começou a substituir a madeira pelo carvão, na fabricação do ferro, papel e na indústria têxtil (revolução industrial). 2006 Instalações e Serviços Industriais 16 Como resulta o carvão? • Série de transformações sobre os restos vegetais acumulados em fundos pantanosos, lagunas ou deltas fluviais, e sua subsequente consolidação em areias e rochas. • Acção de bactérias anaeróbicas, que produzem a decomposição dos hidratos de carbono e um comcomitante enriquecimento progressivo em carbono. 2006 Instalações e Serviços Industriais 17 Reservas e formação do carvão 2006 Instalações e Serviços Industriais 18 Classificação do carvão por grau de incarbonização (%) 2006 1. Antracite 92 - 95 2. 3. 4. 5. 6. 91 - 93 80 - 91 75 - 80 60 - 75 < 60 Hulha Betuminoso Sub-betuminoso Linhite Turfa Instalações e Serviços Industriais 19 Armazenagem do carvão 9Céu aberto 9Áreas cobertas 0 Perigo de combustão espontânea devido ao calor produzido por oxidação atmosférica – carvão recém extraído e – montes de altura elevada (Pilha de 2,5 m, ventilação adequada, cobertura e pulverização com água. 2006 Instalações e Serviços Industriais 20 Transporte do carvão e de outros combustíveis sólidos • Do local de extracção até ao consumidor – via marítima ou terrestre (férrea) • Do local de armazenagem até à caldeira – – – – – – 2006 tela transportadora sem-fim cabazes em rotação vertical gravidade transporte pneumático manualmente Instalações e Serviços Industriais 21 Movimentação do carvão 2006 Instalações e Serviços Industriais 22 Dados sobre Explosividade de poeiras Material Pmax (dP/dt)max V1/3 [bar] [bar m/s] d50 [mm] Concentração Explosiva Mínima [g/cm3] Alumínio 29 30 12,4 415 Carvão Bituminoso 24 60 9,2 129 Cortiça 7 - 10,3 202 Polimetilmetacrilato 21 30 9,4 269 Polipropileno 25 30 8,4 101 Policloreto de Vinil 107 200 7,6 46 Açúcar 30 200 8,5 138 Zinco 10 250 6,7 125 2006 Instalações e Serviços Industriais 23 Combustíveis líquidos • Derivados do petróleo – – – – – – – gasolina gasóleo diesel-oil burner-oil thick-fuel-oil thin-fuel-oil coque • Outros – alcóol, azeite, solventes, licor negro, restos de tintas e vernizes 2006 Instalações e Serviços Industriais 24 Principais propriedades dos combustíveis líquidos • • • • • • • • • • • • 2006 Viscosidade Percentagem de enxofre Temperatura de inflamação Limite de inflamabilidade Pressão de vapor Cor/cheiro Percentagem de água Percentagem de sedimentos Densidade Coeficiente de dilatação Poder calorífico Toxicidade Instalações e Serviços Industriais 25 Quando surge a utilização do petróleo ? • 3 séculos a.c. já os Suméricos utilizavam o asfalto proveniente do Vale de Eufrates para embalsamar os mortos e calafetar os barcos e ajudar a fixar as pedras dos templos. O petróleo era também usado para tratar de doenças de pele. • As origens da indústria do petróleo situam-se por volta do ano 1859, 1859 quando o norte americano Drake, Drake realizou o 1º furo no subsolo (21 m). Actualmente os furos chegam a ultrapassar 5,5 km de profundidade. 2006 Instalações e Serviços Industriais 26 Como resulta o petróleo ? • Encontra-se nos meios de origem sedimentar, formados no fundo de uma baía, um meio marítimo, ou em lagoas profundas e num ambiente químico redutor. • As rochas devem ser suficientemente porosas, para permitir que o petróleo se armazene e permeáveis para permitir a sua circulação. • A matéria orgânica deposita-se, e pouco a pouco vai-se cobrindo de sedimentos. À medida que a profundidade aumenta vai-se degradando por efeito de bactérias, transformando-se em hidrocarbonetos. 2006 Instalações e Serviços Industriais 27 Reservas de petróleo 2006 Instalações e Serviços Industriais 28 Evolução recente do preço do petróleo 2006 Instalações e Serviços Industriais 29 Esquema simplificado das várias fases na destilação do petróleo e produtos finais Destilação do petróleo bruto GPL Butano e Propano Normal 2006 Gasolinas Solventes Super Petró leos Petró leo p/ motores Gasó leos Carboreactores (JP1/JP4) Instalações e Serviços Industriais Resí duo Fuel oil Alfaltos Óleos lubrificantes 30 Refinaria da GALP - Porto 2006 Instalações e Serviços Industriais 31 Unidades processuais do processo de destilação • Destilação Atmosférica Nesta unidade realiza-se, por destilação, a separação primária de matéria prima (petróleo bruto) em quatro grandes fracções, designadas por: – produto topo (leves) • O produto de topo é depois redestilado, dando origem a gases incondensáveis (fuel-gás), GPL e naftas leve e pesada – petróleo, – gasóleo e – resíduo atmosférico. 2006 Instalações e Serviços Industriais 32 Adoçamento do Petróleo • O petróleo separado na destilação atmosférica contém vários contaminantes, especialmente sulfuretos orgânicos, designados tióis ou mercaptanos, que corroem os metais e exalam um odor desagradável. • Por esta razão, o petróleo é sujeito a um tratamento específico, no qual os sulfuretos são convertidos em dissulfuretos não corrosivos e eventuais traços de gás sulfídrico e ácidos carboxílicos são removidos. • A maior parte do petróleo tratado é usado como combustível para a aviação, sob a designação de jetfuel. 2006 Instalações e Serviços Industriais 33 Dessulfuração de Gasolina Pesada • • • Remove por via catalítica em atmosfera de hidrogénio, os compostos orgânicos de enxofre, oxigénio e azoto presentes na gasolina pesada, os quais actuariam como veneno permanente ou temporário do catalisador da Unidade de Reformação Catalítica (Platforming) situada a jusante, na fileira de tratamento. O produto gasoso da reacção, constituído por hidrogénio e hidrocarbonetos muito leves gás sulfídrico (H2S) e amoníaco (NH3), é submetido a um tratamento de purificação por aminas (tratamento de gases); o gás sulfídrico separado é enviado para a unidade de recuperação de enxofre e os hidrocarbonetos encaminhados para a rede de fuel-gás. 2006 Instalações e Serviços Industriais 34 Platformings semi-regenerativo e de regeneração contínua (CCR) • • • O propósito desta operação é converter os hidrocarbonetos nafténicos e parafínicos em aromáticos (reformação catalítica), libertando hidrogénio como sub-produto de reacção. A carga à unidade é constituída por nafta pesada dessulfurada; o produto líquido obtido, designado "reformado", com elevado teor em hidrocarbonetos aromáticos e um número de octano muito alto, é usado como componente de gasolinas ou como matéria prima para a Fábrica de Aromáticos. O hidrogénio produzido, depois de purificado (PSA), é usado como co-reagente nos processos catalíticos hidrogenantes. Os hidrocarbonetos leves produzidos na reacção são enviados para a recuperação 2006 Instalações e Serviços Industriais 35 Tratamento de GPL e de Gasolina Leve • • • Este processo de tratamento, designado Merox, tem como objectivo remover os mercaptanos (tióis) presentes nas correntes de GPL e nafta leve, através duma extracção com uma solução aquosa de soda cáustica. Os mercaptitos de sódio formados são depois removidos da solução de soda cáustica (regeneração da soda) por oxidação com ar na presença dum catalisador, convertendo-se em dissulfuretos orgânicos insolúveis na solução aquosa, separando-se por decantação. Os G.P.L. tratados são enviados para a Unidade de Recuperação de Gases. A gasolina leve tratada, segue para a armazenagem. 2006 Instalações e Serviços Industriais 36 Tratamento de Gases I e II e Recuperação de Gases • O tratamento de gases realiza a extracção do gás sulfídrico contido nas várias correntes gasosas destinadas a fuel-gás, utilizando uma lavagem, em contra-corrente, com uma solução aquosa de dietanolamina. A recuperação de gases, compreende a separação dos gases incondensáveis contidos nas correntes GPL (propano e butano) provenientes de diferentes unidades. Os produtos resultantes destas operações são: gás sulfídrico que é enviado à Unidade de Recuperação de Enxofre, os incondensáveis de petróleo (fuel-gás) e os G.P.L., que depois de sujeitos ao tratamento Merox, são separados em Propano e Butano comerciais. 2006 Instalações e Serviços Industriais 37 Dessulfuração de Gasóleo I e II • Trata-se dum processo de hidrodessulfuração do gasóleo (reacção catalítica, realizada a alta pressão parcial de hidrogénio, na presença dum catalisador apropriado) que reduz drasticamente o seu teor de enxofre. • Em consequência da severidade da operação, formam-se alguns leves por craqueamento da carga, que são separados por stripping do gasóleo tratado, antes de este ser enviado para a armazenagem. • pelos respectivos processos de purificação. 2006 Instalações e Serviços Industriais 38 Produção de Enxofre • Converte o sulfureto de hidrogénio (H2S) contido na corrente gasosa proveniente do Tratamento de Gases, em enxofre elementar. Este processo, designado “Claus”, compreende a queima de 1/3 da corrente de H2S para formação de SO2 que, reagindo com os 2/3 remanescentes, na presença dum catalisador, produz enxofre elementar. É um processo importante da fileira de tratamento na medida em que recupera, como produto comercial, todo o enxofre removido dos diferentes produtos pelos respectivos processos de purificação. 2006 Instalações e Serviços Industriais 39 Principais combustíveis líquidos usados em caldeiras 2006 Gasóleo Diesel Burner Thin Thick Gasóleo 100 85 50 20 0 Thick 0 15 50 80 100 Instalações e Serviços Industriais 40 Armazenagem dos combustíveis líquidos • Depósitos verticais ou horizontais – capacidade p/ 15 a 30 dias de consumo – materiais de construção: aço, fibra de vidro • Equipamento de apoio para combustíveis pesados (i.e. elevada viscosidade) – permutador de fundo (p/ limpeza) – permutador de choque (p/ bombagem) – resistências eléctricas • Equipamento de controle de nível 2006 Instalações e Serviços Industriais 41 2006 Instalações e Serviços Industriais 42 UNIDADES PROCESSUAIS • • U0100 - Pré - Destilação Esta unidade é, normalmente, alimentada com reformado (efluente da reformação catalítica), produzido na Fábrica de Combustíveis. É constituída por três colunas de destilação em série, que separam a alimentação nas seguintes correntes processuais: fracção gasolina leve C5-; corte de C6/C7; corte de C8's e um corte de aromáticos pesados C9+. A gasolina leve é devolvida à refinaria como componente de gasolinas e de nafta química; os aromáticos pesados são usados como matéria prima na Unidade Solventes (U0500), para a produção de solventes industriais aromáticos (C9+ tipo I e II) e como componente de gasolinas na refinaria. U0200 - Arosolvan Esta unidade trata o corte C6/C7 proveniente da U0100. Os componentes alifáticos são separados dos aromáticos por extracção líquido-líquido, usando como solvente a N-metil-2-pirrolidona (NMP). O extracto, após recuperação do solvente por destilação e lavagem com água, é submetido a uma destilação para obtenção do benzeno e o tolueno de elevada pureza. A corrente de refinado alifático, após lavagem com água, é usada na U0500 para produção de solventes industriais alifáticos (hexano, heptano, solvente borracha, etc.) ou devolvida à refinaria como componente de nafta química e gasolinas. 2006 Instalações e Serviços Industriais 43 UNIDADES PROCESSUAIS • • U0300 - Parex A U0300 destina-se a produzir para-xileno de elevada pureza, a partir do corte C8 recebido da U-100, quase inteiramente constituído por pxileno e seus isómeros. O para-xileno é separado por um processo de adsorção selectiva realizada em fase líquida; o adsorvente (peneiro molecular) é um material zeolítico cuja natureza e tipo de porosidade favorece a adsorção do p-xileno em detrimento dos outros hidrocarbonetos presentes. A desadsorção do paraxileno, fazse usando a um desorvente específico, neste caso o paradietilbenzeno, do qual finalmente se separa por destilação. U0400 - Isomar Esta unidade recebe a mistura pobre em para-xileno proveniente da U0300. Esta corrente, essencialmente constituída pelos isómeros orto e meta-xileno e por etilbenzeno, segue para um reactor onde, em atmosfera hidrogenante e na presença de um catalisador especifico, ocorre a isomerização dos C8's, restabelecendo o equilíbrio em xilenos. De seguida, por destilação é retirado o orto-xileno como produto final e a restante corrente de C8's (rica em paraxileno) retorna à U0300. 2006 Instalações e Serviços Industriais 44 UNIDADES PROCESSUAIS • • U0500 - Solventes Funciona alternadamente, produzindo por destilação do refinado da unidade Arosolvan (U-0200) solventes alifáticos, designadamente hexano e heptano, ou solventes aromáticos (C9+ tipo I e II) por destilação da corrente de aromáticos pesados proveniente da U0100. GZ0600 - Produção de Azoto A Fábrica de Aromáticos possui uma unidade de produção de azoto. O azoto é obtido por destilação criogénica do ar liquefeito. Como gás inerte, o azoto é utilizado na instalação para inertização de equipamentos e circuitos por razões de segurança e na cobertura de produtos armazenados para evitar a sua oxidação. 2006 Instalações e Serviços Industriais 45 Características dos principais combustíveis líquidos • Massa volúmica • thick-fuel-oil • thin-fuel-oil • gasóleo = 940,5 - 0,7 T (kg/m3) = 930,5 - 0,7 T (kg/m3) = 850,5 - 0,7 T (kg/m3) • PCI • thick-fuel-oil • thin-fuel-oil • gasóleo = 40195 kJ/kg = 41030 kJ/kg = 42705 kg/kg • Viscosidade cinemática • thick-fuel-oil • thin-fuel-oil • gasóleo 2006 = 300 - 800 CSt = 100 - 200 CSt = 2,1 - 5,8 CSt Instalações e Serviços Industriais 46 Temperaturas mínimas recomendadas para armazenagem e transporte da nafta • Armazenagem ªthick-fuel-oil = 40 oC ªthin-fuel-oil =25 oC • Saída do tanque para alimentação do queimador ªthick-fuel-oil = 50 oC ªthin-fuel-oil =30 oC 2006 Instalações e Serviços Industriais 47 Reservatórios de combustível 2006 Instalações e Serviços Industriais 48 Transporte de combustíveis líquidos • Da refinaria até ao consumidor – via marítima ou terrestre (camiões cisternas) • Do local de armazenagem até à caldeira – gravidade – bombagem: bomba de engrenagens ªequipamento da linha: ªfiltro, permutador, resistências eléctricas, válvula de comando modulado, by pass, circuito de retorno 2006 Instalações e Serviços Industriais 49 Combustíveis gasosos • Derivados dos processos químicos – gás de refinaria (H2S) – gás de alto forno (da volatiliz. de comb. sólidos) • Derivados do petróleo – propano, propeno – butano • Gás natural – metano, etano 2006 Instalações e Serviços Industriais 50 Principais propriedades dos combustíveis gasosos • • • • • • • • • 2006 Densidade (d) Densidade em relação ao ar seco Temperatura de ebulição à pressão atmosférica Temperatura de inflamação no ar Limite de inflamabilidade Massa molecular Índice de Wobbe: Wo=Ho/(d)0,5 Odor (artificial, para efeito de detecção) Poder calorífico (Ho) Instalações e Serviços Industriais 51 Quando surgiu a utilização do gás natural ? • Iniciou-se no princípio do século XX nos EUA • Relação percentual de consumo mundial em 1955: EUA Europa Europa Resto do 90 Oriental 5 Ocidental 1 Mundo 4 • Nos anos 70 houve um impacto no consumo de gás natural • Entrada do gás natural em Portugal: 1997 2006 Instalações e Serviços Industriais 52 Reservas de GN no Mundo 2006 Instalações e Serviços Industriais 53 Gás natural em Portugal • O gás natural é totalmente importado • Existem normas que regulamentam: – importação, ordenamento, armazenamento, transporte e distribuição (concessão de um serviço público) • Prevê-se que entre o ano 2000 e 2010 o gás natural seja responsável por 8 a 10% do consumo energético nacional. • Prevê-se que a dependência em relação ao petróleo diminua para cerca de 55 a 60 %. 2006 Instalações e Serviços Industriais 54 Principais combustíveis gasosos usados em caldeiras • Gás natural (inst. de média e grande dimensão) • Propano/butano (instalações pequena dimensão) • Biogás (ETAR´s) • Gás de cidade (Lisboa) 2006 Instalações e Serviços Industriais 55 Rede nacional de GN 2006 Instalações e Serviços Industriais 56 Rede ibérica de GN 2006 Instalações e Serviços Industriais 57 Preço do Gás Doméstico 2006 Instalações e Serviços Industriais 58 Armazenagem dos combustíveis gasosos • Reservatórios sob pressão: gás no estado líquido • • Reservatórios (normalmente subterrâneos) nos pontos terminais das condutas ou próximo dos consumidores: gás natural Espaços porosos ou com fendas: campos de exploração de gás abandonados e minas de hidrocarbonetos • 2006 Cavernas artificiais Instalações e Serviços Industriais 59 Tanque de armazenagem 2006 Instalações e Serviços Industriais 60 Transporte dos combustíveis gasosos • Do posto até ao consumidor – via marítima ou terrestre (camiões cisternas), para pequenas quantidades e locais em que não há rede de distribuição – pipelines, a uma pressão de 80 bar, podendo subir até 180 bar, quando estes estão submersos • Do ramal (válvula de seccionamento da concessionária) até à caldeira: Existem 3 categorias em função da pressão de serviço (>20 bar, entre 4 e 20 bar, e < 4 bar) – tubagem, válvulas de seccionamento, unidades de contagem e instrumentação de registo, uniões, purgadores de ar 2006 Instalações e Serviços Industriais 61 Rede de gás 2006 Instalações e Serviços Industriais 62 VF de diversos combustíveis φ =0,8 φ =0,9 Etano φ =1,0 φ =1,1 φ =1,2 VFmax φ p/ VFmax 36,0 40,6 44,5 47,3 47,3 47,6 1,14 Propano - 42,3 45,6 46,2 42,4 46,4 1,06 Metano 30,0 38,3 43,4 44,7 39,8 44,8 1,08 Isopentano 33,0 37,6 39,8 38,4 33,4 39,9 1,01 Acetileno 107 130 144 151 154 155 1,25 Etileno 50,0 60,0 68,0 73,0 72,0 73,5 1,13 - 48,4 51,2 49,9 46,4 51,2 1,00 Propileno 2006 Instalações e Serviços Industriais 63 Limites de inflamabilidade • Temperaturas baixas ⇒ baixas taxas de reacção • Existe uma gama restrita de condições que dão origem a taxas de reacção suficientemente elevadas para permitir combustão auto-sustentada. • Limites de inflamabilidade – corresponde às percentagens volumétricas de combustível na mistura gasosa entre as quais é possível ter uma combustão autosustentada. 2006 Instalações e Serviços Industriais 64 Limites de inflamabilidade de alguns combustíveis Determinados à pressão atmosférica e temperatura ambiente num tubo vertical de 50 mm de diâmetro co propagação de baixo para cima Combustível 2006 LII (% Volumétrica) LSI (% Volumétrica) Metano 5,3 15 Etano 3,0 12,5 Propano 2,2 9,5 Etileno 3,1 32 Propileno 2,4 10,3 Acetileno 2,5 80 Benzeno 1,4 7,1 Alcool metílico 7,3 36 Etanol 4,3 19 Instalações e Serviços Industriais 65 Limites de inflamabilidade em Ar e O2 2006 LII LII LSI LSI Ar O2 Ar O2 CO 12 16 75 94 Amoníaco 15 15 28 79 Hidrogénio 4 4 74 94 Acetileno 2,5 2,5 80 93 Etileno 2,7 2,9 36 80 Metano 5 5 14 61 Propano 2,2 2,2 10 55 Etano 3 3 12,5 66 Butano 1,8 1,8 8,4 49 Hexano 1,2 1,2 7,5 52 Instalações e Serviços Industriais 66 Distribuição dos combustíveis no sector cerâmico Dados de 2004 Fonte: 2006 Instalações e Serviços Industriais 67 Combustíveis no sector cerâmico Dados 2004 2006 Instalações e Serviços Industriais 68 Tabela de factores de emissão 2006 Combustível Factor de emissão (ton CO2/TJ) Biomassa 0 Gás natural 56,1 Gás propano 63,0 Fuel 73,3 Coque de petróleo 100,8 Instalações e Serviços Industriais 69 LINKS • http://www.galpenergia.com/Galp+Ener gia/Portugues/a+Galp+Energia/a+refina cao/refinaria+porto/Ref_Porto_default.h tm 2006 Instalações e Serviços Industriais 70