Marco Referencial - Áreas Temáticas - IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu Marco Referencial da Educação Ambiental Orientações para ações do Prevfogo I - Bases Conceituais Legais II - Foco do Prevfogo I - Bases Conceituais Legais: O Brasil é um dos poucos países do mundo onde o processo de educação ambiental encontra-se sistematizado. Por meio de processos colegiados estão definidas as suas políticas, seus objetivos, princípios e estrutura organizacional. As diretrizes são assim geradas: 1. A Constituição Federal de 1988 estabelece no inciso VI do artigo 225 a necessidade de “promover a EA em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação 1/5 Marco Referencial - Áreas Temáticas - IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu do meio ambiente”; 2. A Presidência da República sancionou a Lei 9795 de 27 de abril de 1999 que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental (regulamentada pelo Decreto 4281/2002). Essa Lei define a EA como “processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade”. 3. O Ministério do Meio Ambiente (Diretoria de Educação Ambiental) e o Ministério da Educação (Coordenação Geral de Educação Ambiental) definem o ProNEA - Programa Nacional de Educação Ambiental - ProNEA que tem como eixo orientador a perspectiva de sustentabilidade ambiental na construção de um país de todos. Considera a Educação Ambiental como um dos instrumentos fundamentais da gestão ambiental. Suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a interação e a integração equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade ambiental - ecológica, social, ética, cultural, econômica, espacial e política - ao desenvolvimento do país, buscando o envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida. Inspira-se no Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global que reconhece a EA como um processo dinâmico em permanente construção, orientado por valores baseados na transformação social. 4. A Coordenação de Educação Ambiental do IBAMA configura ainda o trabalho da Educação no Processo de Gestão Ambiental. (*) 2/5 Marco Referencial - Áreas Temáticas - IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu Dessa forma, o processo de EA no Prevfogo segue as orientações acima descritas. II - Foco do Prevfogo Considerando-se que: - nenhum programa de prevenção e combate a incêndios florestais terá êxito se não houver integração e participação de todos os setores da sociedade; - as causas das queimadas e dos incêndios florestais são configuradas por uma rede complexa de interações sistêmicas de fundo social, político, cultural, econômico, tecnológico & científico, ético e ecológico; - as conseqüências das queimadas e dos incêndios florestais refletem-se negativamente na sociedade e nos ecossistemas, com danos para ambos; - o fogo na vegetação representa uma grande parcela das contribuições brasileiras às emissões de gás carbônico para a atmosfera, constituindo-se em ponto vulnerável e constrangedor do País nas negociações dos protocolos das mudanças climáticas; Recomenda-se que as ações de Educação Ambiental do Prevfogo - incluam o conhecimento e a reflexão sobre as principais causas e conseqüências das queimadas e incêndios florestais, bem como o incentivo à adoção das alternativas ao uso do 3/5 Marco Referencial - Áreas Temáticas - IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu fogo; - considere a matriz dos principais problemas sócio-ambientais locais (e as suas alternativas de soluções) como subsídio à compreensão das suas contribuições à degradação ambiental decorrentes das queimadas e dos incêndios florestais; - visem a redução (e eliminação, em longo prazo) de práticas agrícolas que utilizem o fogo como elemento de manejo; - utilizem a construção de plataformas de análise sistêmica local (diagramas de conectividades). (*) Os documentos citados estão disponíveis nos sítios do MMA e do IBAMA. Sugerem-se os seguintes conteúdos: - Conceitos básicos (meio ambiente, ecossistema, cadeia alimentar, ciclo da água) - Principais causas das queimadas e dos incêndios florestais (Q&IF) - Principais conseqüências das Q&IF para a sociedade (saúde e economia); - Principais conseqüências das Q&IF para os ecossistemas (atmosfera, clima, solo, água, flora 4/5 Marco Referencial - Áreas Temáticas - IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Natu e fauna (biodiversidade), regulação ecossistêmica (serviços ecossistêmicos); - Alternativas de produção sem o uso do fogo; - Mudanças ambientais globais - Mudanças climáticas: causas, consequências; mitigação e adaptação; segurança climática, hídrica e alimentar; riscos globais e vulnerabilidade social; -Desflorestamento; perda da biodiversidade, desconectividades (estabilidade ecossistêmica); - Erosão (perda da produtividade do solo); assoreamento, inundações; - Padrões de produção, consumismo & gestão ambiental - Produção de resíduos sólidos (lixo) e efluentes; necessidade dos Rs (redução, reutilização, reciclagem, recusa, replanejamento, preciclagem); ética de consumo, consumo consciente; - Elementos de Gestão Ambiental: SNUC, Licenciamento Ambiental (audiência pública); legislação ambiental (relacionada ao fogo); mecanismos de participação comunitária. 5/5