ND- 3.001 Proteção de Redes de Distribuição Aérea Primária NORMA TÉCNICA VICE-PRESIDÊNCIA TÉCNICA DIRETORIA DE ENGENHARIA GERÊNCIA DE ENGENHARIA DE ESTUDOS, PROTEÇÃO E AUTOMAÇÃO AUTOR: COLABORADORES: APROVADO: DATA: Engo. Dener Pioli Engos - E. Vicentini – A. Monteiro – H.G. Bueno – F.R.Sassaki – R.B. Queiroga Engo. Douglas Camargo AGOSTO/2004 Página 1 de 190 ÍNDICE 1. RESUMO 2. TERMINOLOGIA BÁSICA 3. INTRODUÇÃO 4. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO 4.1. Subestação de Distribuição (ETD) 4.2. Circuito de Distribuição 4.3. Níveis Máximos de Curto-Circuitos Trifásicos na Barra das ETDs 4.4. Níveis Básicos de Isolamento (NBI) 5. CONCEITOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO 5.1. Relé ou dispositivo de proteção 5.2. Sistema de proteção 5.3. Zona de proteção 5.4. Sensibilidade 5.5. Seletividade 5.6. Coordenação 5.7. Metodologia de coordenação de proteção 6. ASPECTOS GERAIS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO 6.1. Desempenho de um sistema de proteção 6.2. Tipos de falta 6.3. Magnetude das correntes de falta 6.4. Equipamentos de proteção 6.5. Locação dos equipamentos de proteção 6.6. Coordenação e ajustes dos equipamentos de proteção 7. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO ESTUDO 7.1. Coleta de dados 7.2. Locação dos elementos de proteção 7.3. Impedâncias do sistema 7.4. Cálculo das correntes de curto-circuito 7.5. Elaboração do diagrama unifilar para estudos 7.6. Estudos de coordenação ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 2 de 190 8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 8.1. Chave Fusível ou Corta-circuito 8.2. Religador Automático 8.3. Seccionalizadores 8.4. Relé de Sobrecorrente 9. LOCAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 9.1. Geral 9.2. Critérios para Localização dos Elementos de Proteção 10. CALCULO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO 10.1. Geral 10.2. Dados para o Cálculo das Correntes de Curto-circuito 10.3. Obtenção do Diagrama de impedâncias de Seqüência Positiva 10.4. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito 10.5. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase - Valor Simétrico 10.6. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra - Valor Simétrico 10.7. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito para Circuitos Bifásicos e Monofásicos 10.8. Representação de Outros Tipos de Transformadores em uso no Sistema da Eletropaulo para Cálculo das Correntes de Curto-Circuito 10.9. Obtenção das Correntes de Curto-CircuIto - Valor Assimétrico 10.10. Exemplo de Aplicação 11. CRITÉRIOS PARA AJUSTES DOS DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 11.1. Fusível 11.2. Religador automático 11.3. Relé de sobrecorrente 12. COORDENAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 12.1. Geral 12.2.Coordenação Relé - Elo Fusível 12.3. Coordenação Relé-Religador 12.4.Coordenação Religador-Fusível 12.5.Coordenação Religador-Religador 12.6.Coordenação Religador-Seccionalizador 12.7.Coordenação Religador-Seccionalizador-ELO Fusível 12.8. Critérios para Coordenação de Elos Fusíveis 12.9. Coordenação das Proteções de Entradas Primárias (EP) 12.10. Critérios para Proteção de Banco de Capacitores 13. BIBLIOGRAFIA ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 3 de 190 1) OBJETIVO Esta norma tem por objetivo fixar critérios e metodologias para estudo de proteção contra sobrecorrentes nas redes de distribuição aérea primária. Deve ser aplicada nos projetos de ampliação, melhoria das redes ou conexão de cargas, visando garantir a adequada continuidade de fornecimento aos consumidores, bem como minimizar os danos aos equipamentos devidos às correntes de falta. Em sua aplicação poderá ser necessário consultar as seguintes publicações: • PND 2.2: Projeto de redes de distribuição aérea primária: • PND 2.1: Projeto de redes de distribuição aérea secundaria: • PND 3.2: Compensação de reativos e regulação de tensão em redes de distribuição aérea primária. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 4 de 190 2) TERMINOLOGIA BÁSICA a) Elementos Componentes da Rede Primária • Rede Primária Conjunto qualquer de circuitos primários alimentados por uma ou mais ETDs. • Circuito Primário Parte da rede elétrica destinada a alimentas diretamente ou por intermédio de ramais ou sub-ramais as cargas elétricas conectadas a ETs, IPs e EPs, termos estes a seguir definidos. • Estação Transformadora de Distribuição (ETD) Subestação alimentada em tensão de transmissão/sub-transmissão, através da qual são alimentados os circuitos de distribuição primária. • Estação Transformadora Subestação aérea constituída de um ou mais transformadores de distribuição, alimentados em tensão primária, dos quais são derivados os circuitos de distribuição secundária. • Estação Transformadora de Iluminação Pública (IP) Subestação aérea tipo ET pata serviço de iluminação pública. • Entrada Primária (EP) Consumidor alimentado em tensão primária. • Tronco de Alimentador Circuito primário principal, alimentado através de uma ETD, do qual podem ser derivados para distribuição de energia elétrica. • Ramal de Alimentador (Ramal) Parte de um circuito primário derivado diretamente de um ramal de alimentador. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 5 de 190 b) Termos Gerais para Estudo de Proteção • Falta ou Falha Termo que se aplica a todo fenômeno acidental que impede o funcionamento de um sistema ou equipamento elétrico. • Curto-circuito Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito, através de impedância desprezível, estando tais pontos com potenciais diferentes. • Sobrecorrente Intensidade de corrente superior à máxima permitida para um sistema, equipamento elétrico ou componente. • Seqüência de Operação de Religamento (Seqüência de Operação) Sucessão de desligamentos e religamentos de um equipamento na tentativa de eliminar faltas de natureza transitória, visando a continuidade de serviço do sistema. c) Equipamento de Proteção • Elo Fusível Elemento sensível a sobrecorrente incorporado às chaves fusíveis que em conjunto com os mesmos podem interromper os circuitos elétricos para determinadas magnitudes de corrente. • Chave Fusível (ou Corta Circuito) Dispositivo constituído de um porta-fusível e outras partes que tem como função a abertura do circuito na ocorrência de sobrecargas anormais. • Religador Automático Dispositivo destinado a interromper e efetuar religamentos nos circuitos de distribuição primária com características de operação rápida e/ou temporizada. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 6 de 190 • Seccionalizador Automático Dispositivo projetado para operar de forma coordenada em conjunto com religadores automáticos ou mesmo com disjuntores equipados com relé de religamento. • Relé de Sobrecorrente Dispositivo destinado a operar de forma rápida ou temporizada na ocorrência de sobrecorrentes anormais nos circuitos de distribuição. Os relés de sobrecorrente atuam sobre os circuitos de disparo nos disjuntores das ETDs que por sua vez interrompem os circuitos faltosos. 3. INTRODUÇÃO A definição do esquema de proteção para um sistema elétrico deve ser efetuada com base em um estudo cuidadoso. É necessário conhecer profundamente as características operacionais dos equipamentos, as solicitações normais causadas pelo carregamento devido aos consumidores, bem como aquelas oriundas das falhas. Além disso, é indispensável levar em consideração a continuidade de fornecimento na rede e nas restrições econômicas. Os requisitos da adequada proteção aos equipamentos, da boa continuidade de serviço e do custo adequado ao do sistema de distribuição em estudo, freqüentemente se revelam incompatíveis entre si. Dessa forma, o estudo da proteção exige a adoção de soluções de compromisso entre as exigências acima, visando obtenção da melhor relação entre os benefícios técnicos. Os custos referentes ao esquema adotado. Esta norma apresenta os critérios e métodos para a definição do esquema de proteção contra sobrecorrente, sendo a proteção contra sobretensões abordada na PND-2.1: “Projetos de Redes de Distribuição Aérea Primaria”. A estruturação aqui adotada é a seguinte: ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 7 de 190 4. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DISTRIBUÍÇÃO Subestação de Distribuição (ETD) As subestações recebem energia dos sistemas de transmissão/subtransmissão e abaixam o nível de ter tensões para as tensões de distribuição primária: a. b. c. d. 34,5 kV 23,0 kV 13,2 kV 3,8 kV As relações de transformação e tipos de ligação dos enrolamentos dos transformadores da ETDs são os seguintes: Relação de Transformação 88/23,0 kV Tipo de Ligação Entre os Enrolamentos Triângulo/Estrela Aterrada ou Triângulo/Triângulo + Trafo de Aterramento Triângulo/Estrela Aterrada 88/23,0 kV Estrela/Triângulo + Trafo de Aterramento 88/13,8 kV Triângulo/ Estrela Aterrada 88/13,8 kV Triângulo/ Estrela Aterrada 138/13.8 kV Estrela/Triângulo/Estrela Aterrada 345/34.5 kV Estrela/Triângulo + Trafo de Aterramento 88/34,5 kV 4.1. Circuitos de Distribuição a) Tipo do circuito quanto ao número de fases e número de condutores: - Circuito trifásico a 4 fios sendo o neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à malha da ETD: - Circuitos monofásicos com neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à malha da ETD: - Circuitos bifásicos com neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à malha da ETD. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 8 de 190 b) Condutores Utilizados nos Circuitos Aéreos: - Condutores de fase: Cabo tipo CAA ou CA nas bitolas 1/0 AWG, 3/0 AWG e 336,4 MCM, 556 MCM, 240mm2, 300mm2 - Condutores de Neutro: Cabo tipo CA ou CAA nas bitolas 1/0 e 3/0. 4.2. Níveis Máximos de Curtos-circuitos Trifásicos nas Barras das ETDs. Deverão ser obtidos para cada caso os níveis de curto-circuito para as tensões nominais e condições normais de operação. 4.3. Níveis Básicos de Isolamentos (NBI) A tabela 2.2 apresenta os níveis básicos de isolamento exigidos nos equipamentos do sistema de distribuição: TENSÃO (kV) 3,8 13,8 23 34,5 NBI (kV) 60 95 150 150/200 Tabela 2.2 - Níveis Básicos de Isolamento dos Equipamentos 5. Conceitos Básicos de Proteção 5.1. Relé e/ou Dispositivos de Proteção São equipamentos especialmente projetados e devidamente aplicados para detectar condições anormais, indesejáveis ou intoleráveis nos sistema elétrico e prever simultânea ou parcialmente: • Pronta remoção de serviço (desligamento) dos componentes sob falta, ou dos componentes sujeitos a danos, ou ainda dos componentes que de alguma forma possam interferir na efetiva operação do restante do sistema. • Acionamentos e comandos complementares para confiabilidade, rapidez e seletividade na sua função. • Sinalizações ou alarmes identificando sua operação e o trecho sob falha ND – 3.001 se garantir Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 9 de 190 5.2. Sistema de Proteção: Conjunto de relés, dispositivos de proteção, sistemas de fontes auxiliares, circuitos de comandos, disjuntores, TCs, TPs, etc. que associados tem a finalidade de proteger componentes ou partes do sistema elétrico sob os efeitos das falhas que provocam insuportabilidade termo-dinâmica, por sobrecorrentes ou sobretensões 5.3. Zona de Proteção Trecho compreendido de um sistema elétrico no qual esta protegido por um ou mais elementos de proteção 5.4. Sensibilidade: Capacidade que um dispositivo de proteção tem, em identificar uma condição de falta de variações indesejáveis de grandezas elétricas préestabelecidas. Exemplo: Relé de Sobrecorrente Ssc = Iccmin / (K x IAJ) > 1 Onde: Ssc = Fator de sensibilidade Iccmin = Corrente de curto-circuito mínima IAJ = Corrente de disparo do relé K = Fator de segurança 5.5. Seletividade: Capacidade de dois dispositivos de proteção não atuarem simultaneamente para uma falta dentro da intensão de suas zonas de proteção. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 10 de 190 5.6. Coordenação: Condição de dois ou mais equipamentos de proteção operarem numa determinada ordem ou seqüência de operação, pré estabelecida. Exemplo: Falta transitória – Elimina a falta no menor tempo possível Falta permanente – Isolar o maior trecho possível. 5.7. Metodologia de Coordenação de Proteção: Conjunto de procedimentos que tem como objetivo principal a orientação para a execução de um estudo de proteção, visando o melhor desempenho dos equipamentos de proteção, qualidade e continuidade no fornecimento de energia elétrica 5.7.1. Tipos de sistemas a) Sistema coordenado • • Interrupções de curta duração para falhas transitórias Menor trecho interrompido para faltas permanentes CURVA DE NEUTRO CURVA DE FASE CURVA DO ELO FUSÍVEL INST. DE NEUTRO INST. DE FASE Exemplo de sistema coordenado ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 11 de 190 b) Sistema seletivo • Menor trecho interrompido para faltas transitórias ou permanentes CURVA DE NEUTRO CURVA DE FASE CURVA DO ELO FUSÍVEL INST. DE NEUTRO INST. DE FASE Exemplo de sistema seletivo ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 12 de 190 c) Sistema combinado • Consiste no agrupamento do sistema coordenado com o sistema seletivo num mesmo circuito CURVA DE NEUTRO CURVA DE FASE CURVAS DE ELOS FUSÍVEIS CURVA DE NEUTRO RELIGADOR CURVA DE FASE RELIGADOR INST. DE NEUTRO INST. DE FASE Exemplo de sistema combinado 6. ASPECTOS GERAIS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO 6.1. Desempenho de um Esquema de Proteção. Em sistemas aéreos de distribuição os esquemas de proteção deverão atender aos seguintes aspectos: - Proteção de materiais e equipamentos contra danos causados por correntes de curtos-circuitos ou sobrecargas anormais: - Melhoria da confiabilidade da rede aérea de modo que na ocorrência de uma falta, as proteções atuem de seletivamente e num tempo satisfatório de modo a minimizar o número de consumidores atingidos; - Racionalização dos custos do esquema de proteção. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 13 de 190 6.2. Tipos de Faltas Os tipos de falta em sistemas trifásicos encontram-se representados na Figura 3.1 e 3.2 para transformadores com ligação triângulo/estrela aterrada e triângulo/triângulo + transformador de aterramento, respectivamente. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 14 de 190 Figura 6.1 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 15 de 190 Figura 6.2 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 16 de 190 6.3. Magnitude das Correntes de Falta A magnitude das correntes de falta á obtida através da metodologia para cálculo das correntes de curto-circuito apresentada no Capítulo 10 desta norma. Basicamente os níveis de curto-circuito dependerão dos seguintes pontos: - Distância da ocorrência do defeito em relação a ETD: - Tipo de falha - Potência de curto-circuito do sistema de transmissão/sub-transmissão que alimenta a ETD; - Impedâncias do transformados da ETD e do transformador de aterramento; impedância de aterramento; - Características dos condutores do tronco de alimentador, ramais e subramais; - Contribuição das fontes de curto-circuito existentes, instaladas nos consumidores, tais como motores síncronos e assíncronos de potência nominal elevada. 6.4. Equipamentos de Proteção Os equipamentos de proteção utilizados nas redes aéreas de distribuição são basicamente: - Chave fusível, elo fusível; - Religador automático; - Seccionalizador automático; - Relé de sobrecorrente. A função e características principais de cada equipamento de proteção encontram-se descritas no capítulo 5 deste manual. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 17 de 190 6.5. Locação dos Equipamentos de Proteção A locação dos equipamentos de proteção deve objetivar basicamente os seguintes pontos: - minimizar o número de consumidores atingidos na ocorrência de faltas sistema de distribuição primária; no - possibilitar condições de religamento do sistema em tempo programado, na ocorrência de faltas transitórias; - na ocorrência de defeitos permanentes no sistema, restringir o desligamento apenas ao ramal defeituoso, permitindo continuidade de serviço ou religamento dos demais ramais ou troncos de alimentadores; - estabelecer esquemas de proteção econômicos em função particularidades de cada sistema de distribuição primária, tais como: das Tipos de carga Importância dos consumidores Densidade dos alimentadores ou ramais Trajeto dos circuitos por zonas de risco Os circuitos para locação dos equipamentos apresentados no capítulo 6 desta norma. 6.6. de proteção são Coordenação e Ajustes dos Equipamentos de Proteção As características de atuação dos equipamentos proteção deverão ser escolhidas e ajustadas de modo a: - Proporcionar desligamentos seletivos dos circuitos elétricos na ocorrência de sobrecorrentes anormais, minimizando o número de consumidores atingidos por tais desligamentos. - Garantir que os limites de suportabilidade térmica dos vários equipamentos da rede aérea não sejam ultrapassados durante a ocorrência de sobrecorrentes anormais. - Os critérios de coordenação e ajustes dos equipamentos de proteção são apresentados no capítulo 8 desta norma. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 18 de 190 7. ROTEIRO PARA ELABORACÃO DO ESTUDO. Etapas do Estudo A elaboração de um estudo de proteção pode ser dividida nas seguintes etapas: 7.1. Coleta de dados 7.2. Locação dos elementos de proteção 7.3. Obtenção das impedâncias de seqüências positivas e de seqüência zero 7.4. 7.5. Cálculo das correntes de curto-circuito Elaboração de diagrama unifilar para o estudo de coordenação de proteção; 7.6. Estudo de coordenação da proteção 7.1. Na fase de coleta de dados será elaborado um diagrama unifilar básico em formato A3 intitulado “DIAGRAMA UNIFILAR BÁSICO – DADOS PARA ESTUDO DE PROTEÇÃO”, que deverá conter no mínimo as seguintes informações: a) Nome e designação da ETD ou ETDs que alimentarão o sistema distribuição. b) Tensão nominal do sistema de transmissão/subtransmissão – V1 (kV) c) Tensão nominal do sistema de distribuição V2 (kV). d) Potências de curto-circuito do sistema de transmissão/subtransmissão: - Scc3φ (MVA) – trifásico - SccφT (MVA) – fase-terra e) Características técnicas dos transformadores abaixadores que alimentarão os circuitos de distribuição em estudo: - Potência nominal – ST (MVA); - Tipo de ligação entre os enrolamentos de tensão superior; - Tipo de ligação entre o enrolamento de tensão inferior; - Tensão nominal de enrolamento de tensão superior VT1 (kV); - Tensão nominal de enrolamento de tensão inferior VT2 (kV); ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 19 de 190 - Tensão nominal do enrolamento de tensão intermediária caso o transformador possua três enrolamentos VT3 (kV); - Impedância percentual ou de curto-circuito: ZT (%) – Entre os enrolamentos de tensão superior e os enrolamentos de tensão inferior, no caso de transformadores de dois enrolamentos; ZT12 (%), ZT23 (%) e ZT13 (%) – entre os enrolamentos de tensão superior e inferior (ZT12), entre os enrolamentos de tensão inferior e intermediária (ZT23) e entre os enrolamentos de tensão superior e intermediária (ZT13), no caso de transformadores de três enrolamentos. f) Características técnicas dos transformadores de aterramento: - Potência nominal - STA (MVA); - Tensão nominal - VTA (KV); - Impedância percentual ou de curto-circuito: ZTA (%) ou em ohms. g) Características técnicas dos condutores aéreos de cada tronco de alimentados, ramal ou sub-ramal pertinentes aos circuitos de distribuição em estudo: Condutores de Fase: - Tipo de conduto; - Bitola (AWG) ou secção transversal padronizada em milímetros quadrados (ABNT). - Extensão dos ramos (km) - Impedância equivalente dos condutores Z1 em (ohms/km) por fase. Condutores de Neutro: - Tipo de condutor - Bitola do condutor (AWG) ou secção transversal padronizada (ABNT) - Tipo de aterramento do neutro - Impedâncias equivalentes dos condutores de neutro em função do tipo de circuito de distribuição primária e da resistividade média do solo Zn (ohms/km) por fase. h) Dados das entradas primárias: - Ponto de conexão ao circuito de distribuição primária - Demanda máxima (KW) - Potência instalada (KVA) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 20 de 190 - Número e características técnicas principais dos transformadores instalados: Potência nominal (KVA) Impedância percentual (%) Relação de transformação Grupo de ligação do transformador Designação (*) para consumidores classificados como especiais - Tipos de cargas: Motores C.A. (síncronos ou assíncronos) Acionamentos em corrente contínua Fornos elétricos Iluminação Aquecimento Outros Previsão de ampliação para um horizonte de 5 anos. i) Estação Transformadora (ETs): - Ponto de conexão - Tipo do transformador: trifásico ou monofásico - Potencial nominal - Grupo de ligação j) Designação dos pontos relevantes do circuito através de números: - Barras das ETDs - Derivação dos troncos de alimentadores em ramais e destes em sub-ramais - Pontos de conexão das EPs e ETs k) Previsão de expansão do sistema Na figura 7.1 encontra-se representado um diagrama unifilar básico resumindo os dados básicos para o estudo de proteção. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 21 de 190 Figura 7.1 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 22 de 190 Fases Seguintes Após a coleta dos dados iniciais, a seqüência de etapas será: 7.2. Locação dos equipamentos de proteção Com base nas considerações do Capítulo 9, deverão ser locados os equipamentos de proteção no diagrama unifilar para estudo de coordenação de proteções. 7.3. Obtenção das impedâncias de seqüência positiva e seqüência zero: Com base nas considerações do capítulo 10 deverão ser obtidos em ohms os valores das impedâncias de seqüência positiva e seqüência zero. 7.4. Cálculo dos níveis de curto-circuito Com base nas considerações deverão ser calculadas para os pontos relevantes dos circuitos: - Icc3φ - corrente de curto-circuito trifásico (A) - Iccφφ - corrente de curto-circuito fase-fase (A) - Iccφφ - T – Corrente de curto-circuito fase-fase-terra (A) - IccφTmáx - Corrente de curto-circuito fase-terra máxima (A) - IccφTmín - Corrente de curto-circuito fase-fase-terra mínima (A) Serão considerados pontos relevantes do circuito de distribuição: - Barras das ETDs de nível de tensão de distribuição primária: - Derivações dos troncos de alimentadores; - Derivações dos ramais; - Derivações dos sub-ramais; - Conexões das entradas primárias (EPs): - Conexões das estações transformadoras (ETs): - Terminações dos circuitos de distribuição ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 23 de 190 7.5 Elaboração de diagrama unifilar intitulado "DIAGRAMA UNIFILAR PARA ESTUDO DA COORDENAÇÃO DAS PROTEÇÕES" que deverá conter as seguintes informações: - Traçado básico dos circuitos de distribuição primária; - Designação das ETDs, consumidores primários e estações transformadoras; - Indicação das correntes nominais (valores máximos) previstos ara os troncos de alimentadores, ramais e sub-ramais. - Indicação das correntes de curto-circuito para os pontos relevantes do circuito com base na seguinte convenção: Icc3φ IccφTmax Curto-circuito fase-terra máximo IccφTmin Curto-circuito fase-terra mínimo Iccφφ IccφφT 7.5. Curto-circuito trifásico Curto-circuito fase-fase Curto-circuito fase-fase-terra Estudo de coordenação das proteções Com base nas informações obtidas no diagrama unifilar para estudo da coordenação das proteções e nos critérios prescritos no Capítulo 8 serão escolhidos os valores nominais dos equipamentos de proteção assim como o ajuste das características de atuação dos mesmos. Terminada a fase de estudo da coordenação, os valores nominais e ajustes das características de atuação dos elementos de proteção deverão ser registrados em diagrama unifilar denominado "DIAGRAMA UNIFILAR GERAL". Os valores nominais e características de atuação dos equipamentos de proteção deverão ser registrados nas folhas de controle para o respectivo sistema em estudo. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 24 de 190 Figura 7.2 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 25 de 190 8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO. 8.2. Chave Fusível ou Corta Circuito. 8.2.1. Requisitos Técnicos Principais. - Corrente nominal. Deverá ser superior a 150% do valor nominal do elo fusível a ser instalado na mesma. - Capacidade de interrupção Deverá ser igual ou superior a máxima corrente ASSIMÉTRICA de curtocircuito no ponto da instalação, calculada conforme critérios do Capítulo 7. - Dispositivo para abertura em carga Visando possibilitar o desligamento de ramais sem necessidade de prejudicar o fornecimento de energia a outros consumidores Ligados no mesmo circuito, deverão ser utilizadas chaves fusíveis equipadas com dispositivo para abertura em carga. Características Técnicas Principais das Chaves Fusíveis. Para sistemas trifásicos a quatro fios com neutro multiaterrado, as chaves fusíveis possuem as características técnicas principais resumidas na tabela 8.2 Tensão Nominal do Sistema (kV) Máxima Tensão de Projeto (kV) NBI (kV) Corrente Nominal (A) Capacidade de Interrupção Assimétrica (A) 3,8 5,2 60 100/200 2000 13,8 15 95 100/200 8000/10000 23 27 150 100 6300 34,5 38 150 100 5000 Tabela 8.2 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 26 de 190 8.2.2. Características Técnicas Principais dos Elos Fusíveis Os elos utilizados para proteção das redes aéreas primárias são os do tipo T, cujas correntes nominais e curvas características encontram-se representados nas figuras abaixo : CLASSE A F L .0 2 /0 4 F U S Í V E I S T IP O T Figura 8.2A – Fusível Tipo T ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 27 de 190 - As curvas características dos elos fusíveis são as t (tempo) x I (corrente) que representam o tempo necessário para a fusão do elo em função da corrente passante. Tais curvas características representam curvas médias obtidas pelos fabricantes através de ensaios sob condições pré-determinadas. - As curvas características são fornecidas através de uma região de pontos e desligamento, delimitada pela curva de fusão (tempo mínimo) e pela curva de fusão (tempo total). CLASSE B F U S ÍV E IS T IP O T F L .0 3 /0 4 Figura 8.2B – Fusível Tipo T ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 28 de 190 8.2.3. Critérios Básicos para a Escolha da Capacidade do Elo Fusível - Corresponder no mínimo a 150% da máxima corrente de carga medida ou convenientemente avaliada no ponto de locação considerado. - No caso do sistema com neutro multi-aterrado: a) Circuitos Monofásicos Corresponder no máximo a 35% do valor da corrente de curtocircuito fase-terra no fim do ramal b) Circuitos Bifásicos ou Trifásicos Corresponder no máximo a 45% do valor da corrente de curtocircuito fase-fase no fim do ramal. Nos casos a e b acima, deve-se considerar, se possível, o trecho para o qual o elo fusível é proteção de retaguarda. 8.3. Religador Automático 8.3.1. Definições Gerais - Princípio de Funcionamento Quando um religador detecta uma condição anormal de sobrecorrente, o mesmo interrompe tal corrente através da abertura de seus contatos. Os contatos são mantidos abertos durante um determinado tempo, chamado tempo de religamento, após o qual se fecham automaticamente para reenergização do circuito. Se no instante do fechamento dos contatos (religamento), a condição anormal de sobrecorrente persistir, a seqüência abertura/fechamento é repetida até quatro vezes consecutivas. Após a quarta abertura, os contatos do religador ficam abertos e travados, sendo que o novo fechamento só poderá ser manual. Caso o defeito desapareça após o primeiro, segundo, terceiro ou quarto disparo, o mecanismo rearma-se-á automaticamente tornando o religador apto a realizar novamente a seqüência completa de quatro operações. - Seqüência de Operações As operações de um religador de quatro operações podem ser combinadas nas seguintes seqüências: ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 29 de 190 a. b. c. d. e. Uma rápida e três retardadas; Duas rápidas e duas retardadas; Três rápidas e uma retardada; Todas rápidas; Todas retardadas. 8.3.2. Condições Básicas para Instalação de Religadores A instalação de religadores requer que as seguintes condições sejam satisfeitas: a) A corrente nominal da bobina série deve ser igual ou maior que a corrente máxima de carga no ponto considerado para instalação do religador. O critério para determinação da máxima carga no ponto de locação deverá incluir: d) Condições usuais de manobra; e) Limites da capacidade do cabo (tronco ou ramal); f) Previsão de crescimento de carga. b) A capacidade de interrupção deve ser maior que a máxima corrente de curto-circuito trifásica calculada no ponto de sua instalação. c) A corrente de curto-circuito máxima assimétrica no ponto da instalação, deverá ser menor que a corrente do religador. d) Corrente de disparo da bobina série: - Deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito fasefase, no casa do religador possuir disparos para faltas a terra; ou - Deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito no trecho protegido quando o religador não possuir sistema de disparo para faltas à terra. e) A corrente de disparo para faltas à terra deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito fase-terra na zona de proteção e maior que a máxima corrente de desequilíbrio admitida para o sistema, considerando a queima de um ou mais fusíveis no lado da carga. Icmáx <Idn<Icc f) Como regra geral as correntes de disparo devem ser menores do que as correntes de curto-circuito na zona de proteção do equipamento, incluindo, sempre que possível, os trechos a serem adicionados quando se realizarem manobras consideradas usuais. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 30 de 190 g) Caso o critério de inclusão de trechos sob manobras acarretar coordenação insatisfatória entre as proteções do sistema, devido a sensibilidade das bobinas de disparo ser reduzida, tal condição não deverá ser considerada no dimensionamento tais bobinas. h) O religador deverá ser equipado com dispositivo de proteção para à terra compatível com o tipo de aterramento do sistema: - Solidamente aterrado; - Aterramento através de impedância; - Isolado. i) Tensão nominal da bobina de fechamento ou de potencial deve ser igual à tensão entre fases do sistema. j) Demais características do religador, tais como: tensão nominal, freqüência nominal e NBI, deverão ser compatíveis com os valores do sistema onde for instalado. k) Seqüência de operações recomendada: - Duas rápidas e duas temporizadas no caso de não existir seccionalizador em série com fusível no lado da carga; - Em caso contrário recomenda-se uma operação rápida e três operações temporizadas; - Em casos especiais, conforme a necessidade de coordenação entre as proteções, a seqüência de operações para faltas entre fases poderá ser diferente da seqüência de operações para faltas à terra; g) - Em casos especiais pode ser utilizado um número operações menor do que quatro. A Figura 8.3 ilustra as seqüências de operações acima descritas na ocorrência de uma falta. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 31 de 190 Figura 8.3 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 32 de 190 8.3.3. Tipos e Características Técnicas Primárias dos Religadores Utilizados pela Empresa Na tabela 8.3A e 8.2B encontram-se os dados técnicos dos religadores utilizados pela empresa. CONVENCIONAIS Religadores Automáticos INOM (A) Tipo Nº de Fases VNOM (kV) NBI (kV) Câmara Bob. Série 100 160 225 100 160 225 50 100 140 Bob. Terra 70 100 140 63,5 110 154 KF 3 14,4 110 Vácuo R 3 14,4 100 Óleo RV 3 24,4 150 Óleo L 1 14,4 110 Óleo 100 SEV 3 14,4 110 Vácuo ESV 3 24,0 150 Vácuo IMIN de Interrup. (A) Capacidade de Interrupção Bob. Série 200 320 450 200 320 450 100 200 280 Bob. Terra 70 100 140 63,5 110 154 63,5 110 6000 - 200 - 4000 - - - - 6000 - - - - 12000 63,5 110 6000 4000 Para tais religadores os valores das correntes das bobinas série e terra poderão ser escolhidos independentemente, por exemplo, ao fixar-se 100 A para bobina de um religador tipo kF, pode-se escolher a bobina terra com corrente nominal de 140 A, 100 A ou 70 A Tabela 8.3A CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS C TENSÃO O R MICROPROCESSADOS - GVR PARÂMETROS Religador Tipo Nominal mínima de operação (1) suportável de impulso atmosférico para onda padrão de 1,2 x 50 micro s suportável a freqüência nominal a seco durante 1 minuto. suportável a freqüência nominal sob chuva durante 1 minuto. Nominal A (2) ND – 3.001 GVR 15 kV Não se aplica GVR 15kV Não se aplica 110 kV 110 kV 50 Kv 50 kV 50Kv 50kV 560/630 A 560/630 A W&B GVR 27 kV Não se aplica 560/630 A GVR 38 kV Não se aplica 560/630 A Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. TRANSFORMADOR DE CORRENTE (8) Página 33 de 190 de interrupção simétrica de interrupção assimétrica de curto-circuito suportável 1s Frequência Hz Tanque (3) Meio Isolante (4) Valvula de alivio de pressão (5) Meio Interrupção Mecanismo (6) Sistema de Acionamento (7 Tempo de abertura medido a partir do instante da energização, estando o religador na posição fechado até o instante da separação do contato de arco no primeiro polo Tempo de arco medido entre o instante de início do arco no primeiro polo e a extinção final do arco no último polo Tempo de fechamento (ms) medido entre o instante da energização do sistema de fechamento e o instante em que os contatos se tocam no último polo "Duty Cicle" máximo permitido 6 Ka 12.5 kA 12.5 kA 6 Ka 12.5 kA 12.5 kA 6 kA 12.5 kA 12.5 kA 50-60 Aluninio com parafusos para permitir manutenção Gas SF6 Sim Vácuo Não tem mecanismo de Operação Atuador Magnético (somente uma parte movel) 15 ms Relação Fabricante Tipo Quantidade por religador Classe de tensão (kV eficaz) Tensão suportável à freqüência nominal Correntes nominais (In) Classe de exatidão proteção Classe de exatidão medição Fator de sobrecorrente nominal Fator térmico nominal Corrente térmica de curta duração 300-200-100:1 Material Fabricante BUCHAS (9) Quantidade por religador Corrente nominal (A eficaz) Tensão suportável de impulso atmosférico (kV crista) Nível de isolamento (kV eficaz) Tensão suportável a freqüência nominal sob chuva (kV eficaz) Tensão suportável a freqüência nominal a seco (kV eficaz) Distância de escoamento mínima (mm) DIMENSÕES (10) Distância de arco mínima (mm) Peso total com gás SF6 (kgf) Largura (mm) Altura (mm) Diametro (mm) Espaçamento entre fases (mm) ND – 3.001 10ms (máximo) <100ms O-0,25s-C / O-0.25s-C / O-0.25s-C / O 400:1 Whipp & Bourne Bucha 3 0,6 2kV 400:1 1% 1% 3,2 80 x In Polimérico Tipo 8kA 8kA 8kA Whipp & Bourne EPDM 6 630 110 Polimérico Polimérico Whipp & Bourne EPDM 6 630 Whipp & Bourne EPDM 6 630 830 830 830 830 Polimérico 15 50 50 830 830 155 630 803 630 286 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Whipp & Bourne EPDM 6 630 PRESSÓSTATO / GÁS SF6 Página 34 de 190 Pressão nominal do gás SF6 (kgf/cm2) Pressão do Gás a 20 0C número de estágios para atuação por subpressão atuação de alarme e sinalização por subpressão (kgf/cm2) bloqueio do fechamento do religador por subpressão (kgf/cm2) pressão mínima para operação do religador (kgf/cm2) abertura automática do religador por subpressão (kgf/cm2) bloqueio da abertura do religador por subpressão após a abertura automática (kgf/cm2) Válvula de Alivio (5) 1.2 bar Absoluto 0,3 bar Um 1.0 bar Absoluto Programável 1.0 bar (g) Programável Programável Sim Atuador Magnético com bobina simples (patenteada) 90 Vcc 10(%) 200W pico 1kW pico Local/Remoto Sim Sim DISPOSITIVO DE ABERTURA/ C A O Tipo tensão nominal (VCC) tolerância admissível em VCC consumo (W) abertura consumo (W) fechamento Auto supervisão Dispositivo de abertura manual Dispositivo de bloqueio do fechamento elétrico. Dispositivo de fechamento manual Dispositivo de rearme do item acima MANUTENÇÃO / OUTROS (11) Abertura do tanque Atuador Magnético Quantidade de peças moveis Camara à vácuo Vida Útil da Câmara a Vácuo No de operações completas, corrente nominal, para substituição de peças por desgaste No de operações sob falta, entre manutenções sucessivas em função da % capacidade máxima de interrupção ND – 3.001 Sim Sim Parafusos na parate inferior permitem que o usuário abra o tanque em poucos minutos em sua própria oficina . 1 1 (uma ) 3 É controlada eletronicamente em função da corrente interrompida. 10000 operações, trocar a bateria. 30000 operações, trocar as ampolas de vácuo 25% 50% 75% 100% GVR15kV 6kA 5000 operações 700 110 40 GVR15kV 12kA GVR27kV 12kA Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. GVR38kV 8kA Página 35 de 190 PANACEA CARACTERÍSTICAS DE PROTEÇÃO Inst:0,2 a 34 A In=1A Temp: 0,1 a 3,2 A In=1A Steps 0,01 A Corrente de disparo NEUTRO Inst:0,05 a 20 A In=1A Temp: 0,1 a 3,2 A In=1A Steps 0,01A SEF – Sensitive Earth Fault 0,05 a 20 A In=1A Steps 0,01A Característica T x I FASE IEC , ANSI, Mc Graw, TD,4 Progamavel Multiplicadores de tempo 0.5 a 15 ANSI 0,05 a 1 IEC 0,10 a 2 Mc Graw Steps 0,01 Característica T x I NEUTRO IEC , ANSI, Mc Graw, TD,4 Progamavel Multiplicadores de tempo 0.5 a 15 ANSI 0,05 a 1 IEC 0,10 a 2 Mc Graw Steps 0,01 Característica T x I SEF TD Multiplicadores de tempo 0,5 a 100s Steps 0,1s Tempo de religamento 10 30 a 999999 ciclos contínuos 20 30 a 999999 ciclos contínuos 30 30 a 999999 ciclos contínuos Tempo de rearme 0 a 999999 ciclos contínuos Sequencia de Coordenação Sim Tempo Mínimo de Resposta Sim Adicional de tempo Sim Carga Fria Sim Desligamento para Alta Corrente Sim Bloqueio para Alta Corrente Sim Direcionalidade (rele 67) Sim Cheque de sincronismo (relé 25) Sim Sub-tensão (rele 27) Sim Sobre-tensão (rele 59) Sim Subfrequencia (Load Shedding) (rele 81) Sim Localizador de Falta Sim Ajustes Alternativos Sim (6 Ajustes alternativos) Lógica de Perda de Potencial Sim Identificação de Corrente de Carga/Defeito Sim Sequencia de Fase Sim Lógica Programável pelo Usuário Sim Permite bloqueio da função 50 e 50N Sim Permite bloqueio da função 50/51N Sim Possibilita o bloqueio da unidade instantânea da unidade de Sim proteção Alterações de parâmetros sem necessidade de desligar o Sim religador SOFTWARE PARAMETROS Corrente de disparo FASE Protocolo aberto tipo Documentação Conformidade com o Bug do Milênio Software incluído no rele Bateria recarregavel Nobreak com autonomia mínima: ND – 3.001 DNP 3.0 / ASCII Sim Sim Sim Sim 8 horas Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 36 de 190 PANACEA PARAMETROS Potência da fonte auxiliar Bateria Duração da bateria Tempo de carga da bateria (80%) 50 VA 24V – Chumbo Acido 10 Anos / 10.000 Op. 24 horas Fornecida pelo cliente ( CA ou CC). 106V – 140VAC TP interno ou TP externo Tensão suportável dos dispositivos e componentes do mecanismo e da fiação, à freqüência de 60 Hz, durante um minuto . Faixa de Temperatura do controle Número de contatos por unidade (função) trip (NA) Alarme por contato seco (NA) Teclado frontal com possibilidade de ajustes, parametrização, configuração, sinalização, rearme bem como mostrador numérico (display) conforme especificado Auto supervisão/diagnose com alarme local e remoto Todos registros disponíveis em banco de dados Corrente máxima permissível continuamente/por 1s Corrente dinâmica por meio ciclo (60 Hz) Capacidade contínua dos contatos dos relés de saída (A) Capacidade de estabelecimento e condução (0,5s) dos contatos dos relés de saída (A) Capacidade de interrupção dos contatos de saída (L/R =< 40 ms) (VA) Grau de proteção da caixa desta unidade Corrente máxima permissível continuamente Corrente máxima permissível por um segundo Corrente dinâmica por meio ciclo (60Hz) Dispositivo indicador de fim de seqüência Comando Alarme para 100% da capacidade do religador Contador de numero de abertura em falta: Dispositivo anti-bombeamento Liga/Desliga Local /Remoto Bloqueio do religamento Bloqueio da proteção de neutro Bloqueio do SEF Bloqueio do Fechamento/Desligamento Mudança de parâmetros Estado do Religador aberto/fechado Religamento bloqueado / desbloq. Proteção neutro Bloq. / desbloq. Sinalização independente de trip por fase e por terra Bloqueio de fim de seqüência Autodiagnótico on-line e de inicialização com sinalização de falha local e remoto. Sinalização COMANDO & CONTROLE CARACTERÍSTICAS GERAIS Fonte Auxiliar 2Kv -40°C até +85°C 1 6 Sim Sim Sim 3,2In/100In 250In por 1 ciclo 6 30 50 IP32 3,2In 100In 250In por 1 ciclo Sim Local/Remoto Local/Remoto Sim Local/Remoto Local/Remoto Local/Remoto Local/Remoto Local/Remoto Local/Remoto Sim, por bandeirola e LED Sim, por LED Sim, por LED Sim Sim Sim PANACEA Tensão Corrente nominal Corrente máxima Interface Velocidade DNP 3 ASCII Binaria Incorporada Saídas de comando para o processo (abrir-fechar, bloquear-desbloquear, etc.); Envio para níveis superior de dados digitais rápidos. Anti-bouncing para dados rápidos. PRINCIP AIS COMUNICAÇÃO PARAMETROS ND – 3.001 12 Vcc 2 Ampères 2,5 Ampères RS232 – 3 Portas RS485 opcional. Max. 38.400 Bits/Seg - ajustável Sim Sim Sim Sim Sim Não se Aplica Não se Aplica Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 37 de 190 MEDIÇÃO Envio para nível superior de dados analógicos e numéricos. Recebimento de solicitações de comandos para o processo. Recebimento de sinais de sincronização de tempo para dados digitais rápidos. Capacidade de parametrizar níveis de prioridade e periodicidade de tarefas. Linearização de sinais analógicos e numéricos. Auto-diagnóstico de funcionamento das entradas e saídas. Monitorar o processo on-line. Capacidade de simulação de estado de variá veis analógicas e digitais. Possuir contatos de retenção (LATCHES)nas saídas digitais, que deverão ser mantidas no mesmo estado quando da falta de alimentação na UTR. Corrente – “on line” Correntes I A,B,C,N / Precisão I G = 3I0 Tensão – “on line” Tensão V A,B,C Vs Potência MW A,B,C MW 3P MVAR A,B,C MVAR 3P Energia MWh A,B,C MWh 3P MVARh A,B,C MVARh 3P MVAh A,B,C MVAh 3P Fator de Potência FP A,B,C,3P Corrente de Seqüência I1, 3I2, 3I0 Tensão de Seqüência V1, V2, 3V0 Freqüência Hz Pressão do Gás Registro de eventos dia/ mês/ ano - hora Numero de Eventos armazenados Capacidade de armazenamento do banco de dados. Sincronismo de Medição entre Religador Não se Aplica Sim Não se Aplica Não se Aplica Sim Sim Sim Sim Não, porem usa bateria para manter status Sim Sim / 0,1% Sim / 0,1 % Sim Sim / 0, 1 – 0,3 % Sim / 0,1 – 0,3 % Sim / 0,35 – 6% Sim / 0,35 – 6% Sim / 0,35 – 6% Sim / 0,35 – 6% Sim / 0,35 – 6% Sim / 0,35 – 6% Sim / 0,35 – 6% Sim / 0,35 – 6% Não Não Sim Sim Sim Sim Sim I, V, F, faltas 512 Sim (Precisão +/- 5ms) Tabela 8.3B 8.3.4. Dados Complementares Os religadores características: automáticos classificam-se de acordo as seguintes - Monofásicos ou trifásicos; - Controle hidráulico ou eletrônico; - Interruptor a óleo ou a vácuo. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 38 de 190 a) Religadores monofásicos. São utilizados para proteção de linhas monofásicas ou ramais monofásicos de alimentadores trifásicos. Tais religadores podem ser utilizados também em circuitos trifásicos onde as cargas forem predominantemente monofásicas. Desta forma, na ocorrência de uma falta permanente para a terra, somente a fase com defeito será bloqueada enquanto o serviço é mantido para as cargas monofásicas alimentadas pelas fases não defeituosas. b) Religadores Trifásicos Os religadores trifásicos são utilizados onde é necessário o bloqueio das três fases simultaneamente, para qualquer tipo de defeito permanente, evitandose que cargas trifásicas sejam alimentadas com apenas uma ou duas fases. No caso de motores trifásicos, a alimentação com uma ou duas fases provoca aquecimentos indesejáveis, resultante do desequilíbrio de tensões de alimentação, podendo implicar numa diminuição da vida útil dos motores ou mesmo a queima dos enrolamentos, caso não possuam proteções térmicas adequadas, o que acontece para a maioria dos motores C.A. de pequena potência. c) Religadores com Operação Monofásica e Bloqueio Trifásico. São religadores constituídos de três unidades religadoras monofásicas montadas num único tanque e interligadas entre si de modo a realizar o bloqueio trifasicamente. Cada fase opera independentemente com as correntes de defeito. Se qualquer das fases percorrer a seqüência de operações programadas implicando no bloqueio da mesma, as outras duas fases serão disparadas e bloqueadas pelo mecanismo que as interliga. Os religadores Mc Graw Edison tipo 3H, 6H e V6H possuem essa característica de operação, entretanto, a Eletropaulo não tem utilizado tais tipos de religadores em seu sistema. Todos os demais tipos de religadores trifásicos operam e bloqueiam sempre. Trifasicamente, independentemente do tipo de defeito ocorrido. d) Religadores Controlados Hidraulicamente Nos religadores com este tipo de controle, as correntes são detectadas pelas bobinas de disparo que estão ligadas em série com o circuito de distribuição. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 39 de 190 Quando através das bobinas de disparo fluir uma corrente igual ou superior a corrente mínima de disparo do religador, o núcleo associado à bobina é atraído para o seu interior, provocando a abertura dos contatos principais do religador. O mecanismo de fechamentos religadores com controle hidráulico pode ser de dois tipos: - Nos religadores da Mc Graw Edson de corrente nominal até 200 A, são empregadas molas de fechamento, que são carregadas pelo movimento do núcleo da bobina série. - Nos religadores do mesmo fabricante, porém de correntes nominais de 280, 400 e 56OA, o fechamento é realizado através de outra bobina (bobina de fechamento) que é energizada pela tensão de linha. Neste tipo de religador, deve-se ter o cuidado de ligar do lado da fonte de energia as buchas correspondentes ao lado da bobina de fechamento. O sistema de controle hidráulico é econômico, simples e de grande vida útil. Tais características são importantes para áreas de baixa densidade de carga ou para outras áreas que não requeiram níveis preciso acentuado na operação do religador, tais como: - Correntes de disparo de baixa magnitude, tanto para fase como para neutro; - Característica muito rápida na interrupção. e) Religadores Controlados Eletronicamente Com este tipo de controle, o religamento apresenta maior flexibilidade e facilidade para ajustes e ensaios, além de maior precisão comparativamente ao religador de controle hidráulico. Tais vantagens devem ser, no entanto economicamente avaliadas, antes de se escolher entre um religador de controle hidráulico ou um com controle eletrônico. O controle eletrônico é abrigado em caixa separado do religador permitindo as seguintes modificações de ajustes no equipamento, sem que seja necessário sua abertura: - Característica tempo x corrente; - Níveis de corrente de disparo; - Seqüência de operação. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 40 de 190 Para que estas alterações sejam efetuadas, não é preciso desenergizar o religador nem retirar o seu mecanismo do interior do tanque. O controle eletrônico é alimentado através das correntes secundárias dos transformadores de corrente tipo bucha montada internamente ao religador. f) Interruptores a Óleo Neste tipo de interruptor, o óleo é utilizado para as seguintes finalidades: - Isolação - Meio dielétrico para interrupção do arco. No caso específico de religadores hidráulicos o óleo é utilizado, além das finalidades acima descritas, para: - Temporização: - Contagem de operações g) Interruptores à Vácuo Neste tipo de interruptor, o vácuo é utilizado como meio dielétrico, apresentando como vantagem principal a necessidade mínima de manutenção em comparação com os interruptores à óleo. 8.3.5. Elementos Externos de Controle e Supervisão Deverão ser consultados os catálogos dos respectivos fabricantes. 8.3.6. Ajustes de Religadores Hidráulicos Os religadores permitem realizar os seguintes ajustes a) Ajustes de Operação de Fase • Corrente mínima de disparo; • Seqüência de operação; • Número total de operação para bloqueio; • Graduação da característica de operação temporizada. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 41 de 190 a1. Corrente Mínima de Disparo • Tal corrente é determinada exclusivamente pela capacidade da bobina série com a qual o religador está equipado. • A corrente mínima de disparo é de 200% do valor da corrente nominal para bobinas sério de qualquer capacidade, exceto as bobinas pertencentes aos religadores da Me Graw Edison sucedidas pela letra X, que operam com 140% do valor de sua capacidade nominal. Exemplos: Bobina 400 A Capacidade nominal = 400 A Corrente mínima de disparo (200%) = 400 x 2 = 800 A. Bobina 400 X Capacidade nominal = 400 A Corrente mínima de disparo (140%) = 400 x 1.4 = 56O A. a2. Seqüência de Operação Os religadores podem ser ajustados para realizar até um total de quatro operações: • Uma rápida e três retardadas: • Duas rápidas e duas retardadas: • Três rápidas e uma retardada: • Todas rápidas; • Todas retardadas. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 42 de 190 a3. Número Total de Operações Os religadores podem ser ajustados para permanecerem bloqueados na . posição aberto, após efetuar duas, três ou quatro operações de abertura. Com acionamento da alavanca para bloqueio após um disparo obtémse apenas uma operação a4. Graduação da Característica de Operação Temporizada • A característica de operação rápida fixa não podendo ser alterada. • A característica de operação temporizada pode ser alterada ajustando-se as mesmas internamente para os reIigadores com controle hidráulico ou externamente para os religadores com controle eletrônico. Na Figura 8.3C encontram-se apresentadas as características de operação, rápida e temporizada, para curto-circuitos entre fases de um religador tipo KF (vácuo) que possui bobina série de 100A. b) Ajustes de Operação de Terra • Corrente mínima de disparo; • Seqüência de operação: • Número total de operações para bloqueio: • Graduação da característica de operação temporizada. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 43 de 190 Figura 8.3C – Religadores McGraw Edison Company, tipo KF, Curvas de Tempo/Corrente para falhas entre fases (Teste a 25º) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 44 de 190 As considerações referentes aos ajustes acima descritos são similares ao exposto no intem a para ajustes de operação de fase com exceção dos valores nominais das bobinas de terra e respectivas características de temporização. Por exemplo para o mesmo tipo de religador (KF) quando utilizado com uma bobina de terra de 70 A tem-se para curto-circuitos à terra as seguintes características: - Figura 8.3C, característica rápida - curva 1: - Figura 8.3D, característica temporizada - curva 6; c) Superposição das curvas de fase e terra Após a escolha dos valores nominais das bobinas de fase terra com suas respectivas curvas características, deve-se verificar, através da superposição das mesmas, a característica de operação do religador para faltas fase-terra, considerando que o religador poderá operar segundo a curva característica de fase ou de terra, naquela com tempo de operação menor. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 45 de 190 Figura 8.3D ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 46 de 190 Figura 8.3E – Religadores McGraw Edison Company, tipo KF, Curvas de Tempo/Corrente para terra (Teste a 25º) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 47 de 190 Figura 8.3F – Religadores McGraw Edison Company, tipo KF, Curvas de Tempo/Corrente de Disparo para Terra (Teste a 25º) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 48 de 190 8.3.7. Equação Características de Religadores – Relé Microprocessado Curvas de Tempo - Padrão RA Tempo de Trip = A Mp - C + B x n M = Múltiplos do Pick-up n = Multiplicador de tempo CONSTANTES DE SOBRECORRENTE Curva P C A B A 2.30657 -1. 13281 0.208242 -0.00237 B 1. 7822 0.319885 4.22886 0.008933 C 1.80788 0.380004 8.76047 0.29977 D 2.17125 0.17205 5.23168 0.000462 E 2.18261 0.249969 10.7656 0.004284 K 2.01174 0.688477 11.9847 -0.00324 N 0.911551 0.464202 0.285625 -0.071079 R 0.00227 0.998848 0.001015 -0.13381 W 1. 6209 0.345703 15.4628 0.056438 2 1.84911 0.239257 11.4161 0.488986 3 1.76391 0.379882 13.5457 0.992904 8 1.78873 0.436523 1.68546 0.158114 8* 1.42529 0.442626 1.42302 -0.007846 8+ 1.70112 0.366699 1.42732 -0.003704 9 1. 0353 0.614258 2.75978 5.10647 11 2.69489 -0. 67185 21.6149 10.6768 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 49 de 190 8.3.8. Curvas Características de Religadores – Relé Microprocessado - Curva Tipo A Tempo (s) Padrão Religador - Curva A 100,00 10,00 1,00 10 9 8 7 6 5 4 3 2 0,10 1 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 50 de 190 - Curva Tipo B Tempo (s) Padrão Religador - Curva B 100,00 10,00 1,00 10 9 8 7 6 0,10 5 4 3 1 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 51 de 190 - Curva Tipo C Tempo (s) Padrão Religador - Curva C 100,00 10,00 1,00 10 9 8 7 6 5 4 3 0,10 2 1 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 52 de 190 - Curva Tipo D Tempo (s) Padrão Religador - Curva D 100,00 10,00 1,00 0,10 4 1 0,01 0 1 10 2 3 10 9 8 7 6 5 Rodrigo Brito de Queiroga - 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 53 de 190 - Curva Tipo E Tempo (s) Padrão Religador - Curva E 100,00 10,00 1,00 0,10 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0,01 0 1 10 Rodrigo Brito de Queiroga - 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 54 de 190 - Curva Tipo K Tempo (s) Padrão Religador - Curva K 100,00 10,00 1,00 0,10 10 9 8 7 6 5 4 1 2 3 0,01 0 1 10 Rodrigo Brito de Queiroga - 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 55 de 190 - Curva Tipo N Tempo (s) Padrão Religador - Curva N 100,00 10,00 10 9 8 7 6 5 4 1,00 3 2 1 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 56 de 190 - Curva Tipo R Tempo (s) Padrão Religador - Curva R 100,00 10,00 10 9 8 7 6 5 4 3 1,00 2 1 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 57 de 190 - Curva Tipo W Tempo (s) Padrão Religador - Curva W 100,00 10,00 1,00 10 9 8 7 6 5 4 3 2 0,10 1 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 58 de 190 - Curva Tipo 2 Tempo (s) Padrão Religador - Curva 2 100,00 10,00 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1,00 1 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 59 de 190 - Curva Tipo 3 Tempo (s) Padrão Religador - Curva 3 100,00 10 9 8 7 6 5 10,00 4 3 2 1 1,00 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 60 de 190 - Curva Tipo 8 Tempo (s) Padrão Religador - Curva 8 100,00 10,00 10 9 8 7 6 5 1,00 4 3 2 1 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 61 de 190 - Curva Tipo 8* Tempo (s) Padrão Religador - Curva 8* 100,00 10 9 8 7 6 5 10,00 4 3 2 1 1,00 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 62 de 190 - Curva Tipo 8+ Tempo (s) Padrão Religador - Curva 8+ 100,00 10 9 8 7 6 10,00 5 4 3 2 1 1,00 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 63 de 190 - Curva Tipo 9 Tempo (s) Padrão Religador - Curva 9 100,00 10 9 8 7 6 5 4 3 2 10,00 1 1,00 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 64 de 190 - Curva Tipo 11 Tempo (s) Padrão Religador - Curva 11 100,00 9 8 7 6 5 4 3 2 1 10,00 1,00 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 65 de 190 8.3.9. Exemplo de Aplicação Exemplo 1: O religador R da figura 8.3D é do tipo KF e possui as características nominais e ajustes abaixo descritos: - bobina série 100 A; - bobina terra 70 A; - seqüência de operações: uma rápida e três retardadas; - graduação da característica de operação temporizada: curva C; - tempo de religamento: 2 seg. Para um curto-circuito entre fases com valor igual a 600 A teremos: a) Primeira operação rápida num tempo máximo de 0,08 seg. conforme mostra a figura 8.3D b) Segunda operação: após o tempo de religamento de 2 seg. admitindo-se que a falta permaneça no circuito, haverá fechamento e posterior abertura do religador após o tempo determinado pela característica temporizada curva C da figura 5.3E para a mesma corrente de falta. Tal tempo corresponde ao valor de 0,9 seg com tolerâmcia de 10%, ou seja, entre 0,81s e 0,99s. c) Admitindo-se que o curto-circuito permaneça, a terceira e quarta operações serão realizadas de forma similar à segunda operação descrita no item b, havendo bloqueio após a quarta abertura do religador. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 66 de 190 Figura 8.3G ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 67 de 190 Tal seqüência de operações é representada na figura 8.3G O tempo de desligamento do circuito contado a partir ocorrência da falta no ponto 1 será: do instante de - Tmin = 0,08+2,0+0,81+2,0+0,81+2,0+0,81 = 8,51 s , admitindo-se tolerância negativa para t3. - Tmáx = 0,08+2,0+0,99-2,0+0,99+2,0=9,05s , admitindo-se tolerância positiva para t3. Na realidade Tmin e Tmáx poderão ser ligeiramente inferiores que os calculados anteriormente, pois o tempo t3 (curva rápida A)possui tolerância negativa. Na ocorrência de um curto-circuito à terra no pto. 1 da figura 8.3G com magnitude de 150 A, o religador desempenhará da seguinte forma: a) Primeira Operação: rápida num tempo entre 0,09s (+10%) e 015s (-10%) pois sendo a corrente nominal do religador (100 A), os capacitores do circuito de disparo estarão parciamente carregados. b) Segunda Operação: após o tempo de religamento de 2s , admitindo-se que o curto-circuito permaneça, haverá fechamento e abertura do religador após o tempo determinado pela característica temporizada 6. Tal tempo corresponderá a um valor aproximado de 3,4s, pois nesta situação os capacitores estariam totalmente descarregados devido o religamento do circuito estando o mesmo em curto-circuito. O tempo de 3,4s inclui uma tolerância negativa de 10% conforme dados do fabricante. c) Admitindo-se que o curto-circuito permaneça, a terceira e a quarta operação serão realizadas similarmente à segunda operação descrita no item b, havendo bloqueio após a quarta abertura do religador. Tal seqüência de operações é representada na figura 8.3G O tempo total para o bloqueio a partir da ocorrência da falta vale: Tmin= 0,99+2,0+3,06+2,0+2,06+2,0+3,06=15,18s . Tmáx= 0,135+2,0+3,4+2,0+3,4+2,0+3,4=16,33s . Para coordenação de proteção deve-se considerar o caso mais desfavorável que, dependendo de cada situação, poderá ser o limite superior ou inferior da característica de operação, com as respectivas tolerâncias, sejam elas positivas ou negativas. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 68 de 190 8.3.10. Ajuste dos Religadores Eletrônicos Para os ajustes dos religadores eletrônicos, bem como para a obtenção dos demais dados técnicos necessários à aplicação dos mesmos nas redes aéreas de distribuição, dever-se-á consultar os catálogos dos respectivos fabricantes. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 69 de 190 Figura 8.8 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 70 de 190 8.4. Seccionalizadores 8.4.1. Aspectos Gerais Um seccionalizador automático é basicamente uma chave a óleo com capacidade de fechamento e abertura em carga possuindo portanto as características de um equipamento de manobra. Um seccionalizador, quando instalado em substituição a uma chave fusível, apresenta as seguintes vantagens: - coordenação efetiva em toda a faixa de coordenação do religador de retaguarda; - eliminação dos gastos provenientes da troca de elos fusíveis; - eliminação da possibilidade de erro humano da troca de elos fusíveis, que ocasiona a perda parcial da coordenação e prejudica o sistema; Naturalmente, o uso do seccionalizador em substituição a uma chave fusível só é viável em locais onde o mesmo possa ser economicamente justificado, tendo em vista: densidade de carga elevada, indústrias, cargas especiais, etc. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 71 de 190 8.4.2. Características Operacionais O seccionalizador é um equipamento projetado para ser ligado em série, no lado da carga e após o religador automático ou após o disjuntor com relé de religamento, conforme ilustração da figura 8.4 Ocorrendo um defeito na zona de proteção do seccionalizdor, o religador deverá sentir tal defeito, isto é, o religador deverá interromper a corente de defeito, o seccionalizador conta a interrupção e após um pré-determinado número de interrupções do religador (uma, duas ou três), o seccionalizador abre seus contatos, sempre com o circuito desenergizado e antes da abertura definitiva do religador. Não existe nenhum comando elétrico ou mecânico entre o religador e o seccionalizador, apenas o fato de que ambos estão instalados em série no circuito conforme representação da figura 8.4 Assim sendo, um defeito permanente na zona de proteção do seccionador pode ser isolado sem que o religador ou disjuntor com relé de religamento abra seus contatos definitivamente. Portanto, os seccionalizadores são instalados para estabelecer economicamente pontos adicionais de seccionamento automático em circuitos de distribuição. Não tendo capacidade para interrupção de correntes de defeito, custam consideravelmente menos que os religadores automáticos. São projetados, no entanto, para interromper a corrente de carga nominal característica dos mesmos e conseqüentemente serem operados como uma chave a óleo. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 72 de 190 Figura 8.4 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 73 de 190 8.4.3. Condições Básicas para Instalação de Seccionalizadores A instalação de seccionalizadores requer que as seguintes condições sejam satisfeitas: a) Só podem ser usados em série com dispositivo automático de religamento como retaguarda (religador ou disjuntor). b) O dispositivo de retaguarda deve ser capaz de sentir as correntes mínimas de defeito na zona de proteção do seccionalizador. c) As correntes mínimas de defeito na zona de proteção dos seccionadores devem ser superiores às correntes mínimas de situação dos mesmos. d) Os seccionalizadores equipados com dispositivos de disparo para faltas à terra exigirão religadores com dispositivos de disparo com faltas à terra. e) Seccionalizadores do tipo trifásico exigirão religadores do tipo trifásico. f) O tempo de memória do seccionalizador deve ser, no mínimo, igual a soma dos tempos de operação mais os tempos de religamento do equipamento de retaguarda. g) Os seccionalizadores não interrompem correntes de defeito, não sendo especificados para tais equipamentos o termo capacidade de interrupção. h) As capacidades momentâneas e de curta duração com relação as correntes de falta no ponto de locação no seccionalizador não deverão ser ultrapassadas. A duração considerada, para suportabilidade térmica e dinâmica para as correntes de falta, será função do tempo acumulado de abertura do equipamento de proteção de retaguarda. i) A corrente nominal da bobina série deverá ser maior do que a corrente máxima no ponto de instalação, incluindo manobras usuais. j) Para sistemas solidamente aterrados é recomendável o uso de dispositivos de disparo para faltas à terra. k) Demais características de seccionalizador tais como tensão nominal, freqüência nominal e NBI, deverão ser compatíveis com os valores do sistema no qual será instalado. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 74 de 190 8.4.4. Tipos e Características Técnicas Utilizados pela Eletropaulo Principais dos Seccionadores - Seccionalizador Tipo GH: Monofásico, sistema de comando hidráulico, imerso em óleo, tanque único, uso externo, para instalação em poste. • Tensão nominal: 14,4 kV; • NBI: 95 kV; • Corrente nominal: 140 A; • Bobina série: 70 e 100 A; • Máxima corrente de interrupção em carga: 140 A; • Número de operações: 1 a 3; Observações: 1) A corrente de carga é limitada pela corrente nominal da bobina série. 2) A corrente mínima de atuação do seccionalizador é a menor corrente capaz de sensibilizar o mecanismo de abertura do mesmo, quando o circuito é desenergizado por um equipamento de proteção situado à sua retaguarda. Corrente nominal da bobina série (A) Corrente mínima de atuação (A) Corrente momentânea assimétrica (A) 70 112 100 160 ND – 3.001 Corrente de curta duração 1 segundo 10 segundos 6.500 3.000 900 6.500 4.000 1.250 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 75 de 190 8.4.5. Dados Complementares: Dever-se-á consultar os catálogos técnicos dos respectivos fabricantes. 8.5. Relés de Sobrecontrole: 8.5.1. Geral Os relés de sobrecorrente supervisionam as correntes elétricas do circuito comandando um ou mais disjuntores quando esta corrente ultrapassar um valor prefixado. Os relés podem estar ligados diretamente em série no circuito (relés primários ou diretos) ou através de transformadores de corrente (relés secundários ou indiretos). As funções básicas dos transformadores de corrente são: - estabelecer isolação galvânica ente o nível de tensão de distribuição primária e o nível de tensão dos circuitos de comando, controle, proteção e medição; - adequar os níveis das correntes elétricas, tanto para condições normais de operação como para condições de falta, às características operacionais dos relés de sobrecorrente ou instrumentos de medida conectados aos seus enrolamentos secundários. As figuras 8.5A, 8.5B e 8.5C ilustram os conceitos e termos anteriormente descritos. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 76 de 190 Figura 8.5A – Relés Primários – Conectados Diretamente ao Circuito Figura 8.5B – Relés Secundários – Conectados ao Circuito Através de TCs Esquema: 2 Relés de Fase e 1 de Neutro; Relé de Religamento (79) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 77 de 190 Figura 8.5C – Relés Secundários – Conectados ao Circuito Através de TCs Esquema: 3 Relés de Fase, 1 de Neutro e 1 Relé de Religamento (79) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 78 de 190 8.5.2. Princípio de Funcionamento a) Relés Eletromecânicos - Operação por Atração: A operação destes relés é devida à atração de uma haste para o interior de uma bobina ou pela atração de uma armadura pelos pólos de um eletro-ímã. Os relés operados por tal princípio podem ser usados tanto em circuitos de corrente contínua como em circuitos de corrente alternada. - Operação por Indução: A operação destes relés é baseada no mesmo princípio do medidor de energia elétrica, ou seja, pela interação dos fluxos magnéticos defasados que atravessam um disco ou tambor giratório com as correntes neles induzidas. Só funcionam em circuitos de corrente alternada podendo ter atuação instantânea ou temporizada. b) Relés Eletrônicos O princípio de funcionamento de tais reIés pode ser descrito basicamente através de quatro módulos fundamentais - Módulo detector de sinal: que tem como função a transformação dos sinais de corrente, oriundos dos TCs, em sinais de tensão CC proporcionais. - Módulo de valores de ajuste: que tem como função definir a característica tempo x corrente (t x l) do relé. - Módulo Comparador: que tem como função comparar os valores de tensão do Módulo detector de sinal com os valores ajustados no Módulo de valores de ajuste, enviando ou não um sinal ao Módulo de disparo. - Módulo de Disparo: que tem como função a emissão de sinal de atuação do relé através de mini relés do tipo telefônico. As características de atuação(t X l) de tais relés são escolhidas de modo a aproximar-se da característica (t X I) dos relés eletromecânicos com operação por indução. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 79 de 190 c) Relés Microprocessados Os relés microprocessados, também chamados relés digitais, consistem tipicamente de um sistema de aquisição de dados em AC, um microprocessador, componentes de memória contendo os algorítmos de relé, contatos de entradas lógicas para controlar o relé e contatos de saída para controle de outros equipamentos. A figura 8.5.2 mostra um diagrama de blocos simples de hardware dos relés digitais VI ESTRUTURA DE AQUISIÇÃO DE DADOS MÓDULO DE PROCESSAMENTO SAÍDAS Figura 8.5.2 – Diagrama de blocos funcional de um relé digital As entradas de corrente e tensão são isoladas, filtradas e amostradas. Então elas são colocadas em escala e convertidas em quantidades digitais para o microprocessador. O programa do microprocessador filtra os dados, cria as características do relé e controla as saídas do relé. A maioria dos relés digitais tem a função automática de auto-teste que verificam a correta operação do relé. Virtualmente tudo é submetido a auto-teste, exceto as entradas analógicas e os circuitos de contatos de entradas e saídas. Se o auto-teste detecta uma condição anormal, ele pode fechar uma contato de saída, enviar uma mensagem, ou fornecer alguma outra indicação de falha, através, por exemplo, do sistema SCADA RTU ( supervisory Control and Data Acquisition remote Terminal Unit ). Além disso, os relés digitais fornecem dados de medição, eventos, informação de dados, oscilografias, localização de faltas, etc, além das funções de proteção. Estas informações podem ser acessadas através de portas de comunicação no relé, telas locais ou outra interface homemmáquina. 8.5.3. Característica de Atuação (t x l): Os relés de sobrecorrente, em função aos tempos de atuação, podem ser classificados nos seguintes tipos: - Relés de Sobrecorrente Instantâneo: Na ocorrência de sobrecorrentes a operação do mesmo se completa num intervalo de tempo muito curto, praticamente independendo da duração da falta. ‘ ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. BOBINA DE TRIP Página 80 de 190 - Relés de sobrecorrente: O tempo de atuação é ajustável e independente do valor da corrente. Tais relés possuem normalmente uma unidade de atuação instantânea (50) e uma unidade de atuação temporizada (51) com tempo definido - Relés de Sobrecorrente Instantâneo com Time-Delay: Nas circunstâncias em que houver sobrecorrentes acima do valor préestabelecido, haverá a atuação instantânea do elemento de sobrecorrente, porém o comando para desligamento do disjuntor dar-seá após 10 ciclos através de relé auxiliar temporizador. - Relés de Sobrecorrente de tempo inverso: O tempo de operação é inversamente proporcional ao valor da corrente. As características principais de operação de tais reIés pode ser classificada em: • normalmente inversa; • muito inversa; • extremamente Inversa; Tais relés possuem operação inversamente proporcional ao valor da corrente possuindo porém variações mais ou menos acentuadas das características de operação (t x I) de Tempo Inverso. As características (t x I) dos tipos de relés acima descritos, encontram-se representadas nas Figuras 8.5D e 8.5E Pelas prescrições da norma ANSI C37.2-1970 os relés de sobrecorrente podem ser designados pelos seguintes números: - 50: Relé de sobrecorrente instantâneo: - 51: Relé de sobrecorrente temporizado, válido para os dois tipos: tempo definido ou de tempo inverso. Caso os relés de sobrecorrente tenham como função detectar correntes de falta à terra, suas unidades de sobrecorrente instantânea e temporizada deverão ser designadas por 50N e 51N respectivamente. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 81 de 190 Esquema típico de comando e proteção de alimentadores de MT ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 82 de 190 Figura 8.5D ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 83 de 190 Figura 8.5E ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 84 de 190 8.5.4. Equação característica de relés sobrecorrente –MICROPROCESSADO - PADRÃO ANSI Curvas de Tempo - Padrão ANSI Tempo de Trip = A M -C + B x p 14n - 5 9 M = Múltiplos do Pick-up n = Multiplicador de tempo CONSTANTES DE SOBRECORRENTE Curva A B Ex tremamente Inversa 6.407 0.025 Muito Inversa 2.855 0.0712 Inversa 0.0086 0.0185 Inversa Por P ouc o Tempo 0.00172 0.0037 Ex tremamente Inversa Por Pouco Tempo 1.281 0.005 Ex tremamente Inversa Por Muit o Tempo 64.07 0.250 Muito Inversa Por Muito Tempo 28.55 0.712 Inversa Por Muito Tempo 0.086 0.185 Curva #8 do Religador 4.211 0.013 - C 1 1 1 1 1 1 1 1 0.35 P 2 2 0.02 0.02 2 2 2 0.02 1.8 PADRÃO IEC Curvas de Tempo - Padrão IEC Tempo de Trip = K M -1 x n a M = Múltiplos do Pick-up n = Multiplicador de tempo CONSTANTES DE SOBRECORRENTE Curva K Extremamente Inversa 80 Muito Inversa 13.5 Inversa 0.14 Inversa Por Louco Tempo 120 ND – 3.001 a 2 1 0.02 1 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 85 de 190 8.5.5. Curvas características de relés sobrecorrente – MICROPROCESSADO PADRÃO ANSI Curva Extremamente Inversa Tempo (s) Padrão ANSI - Curva Extremamente Inversa 100,00 10,00 1,00 10 9 8 7 6 5 4 3 0,10 2 1 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 86 de 190 Curva Muito Inversa Tempo (s) Padrão ANSI - Curva Muito Inversa 100,00 10,00 10 9 8 7 6 1,00 5 4 3 2 0,10 1 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 87 de 190 Curva Normal Inversa Tempo (s) Padrão ANSI - Curva Inversa 100,00 10,00 10 9 8 7 6 5 1,00 4 3 2 1 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 88 de 190 Curva Inversa por Pouco Tempo Tempo (s) Padrão ANSI - Curva Inversa por Pouco Tempo 100,00 10,00 1,00 10 9 8 7 6 5 4 3 0,10 2 1 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 89 de 190 Curva Extremamente Inversa por Pouco Tempo Tempo (s) Padrão ANSI - Curva Extremamente Inversa por Pouco Tempo 100,00 10,00 1,00 0,10 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0,01 0 1 10 Rodrigo Brito de Queiroga - 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 90 de 190 Curva Extremamente Inversa por Muito Tempo Tempo (s) Padrão ANSI - Curva Extremamente Inversa por Muito Tempo 100,00 10,00 10 9 8 7 6 5 4 3 1,00 2 1 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 91 de 190 Curva Muito Inversa por Pouco Tempo Tempo (s) Padrão ANSI - Curva Muito Inversa por Muito Tempo 100,00 10 9 8 7 6 5 10,00 4 3 2 1,00 1 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 92 de 190 Curva Muito Inversa por Muito Tempo Tempo (s) Padrão ANSI - Curva Inversa por Muito Tempo 100,00 10 9 8 7 6 5 10,00 4 3 2 1 1,00 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 93 de 190 Curva # 8 - Recloser Tempo (s) Padrão ANSI - Curva #8-Recloser 100,00 10,00 1,00 10 9 8 7 6 5 4 0,10 3 2 1 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 94 de 190 PADRÃO IEC Curva Extremamente Inversa Tempo (s) Padrão IEC - Curva Extremamente Inversa 100,00 10,00 1,00 0,10 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,2 0,1 0,05 0,01 0 1 10 0,4 0,3 Rodrigo Brito de Queiroga - 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 95 de 190 Curva Muito Inversa Tempo (s) Padrão IEC - Curva Muito Inversa 100,00 10,00 1,00 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,10 0,2 0,1 0,05 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 96 de 190 Curva Normal Inversa Tempo (s) Padrão IEC - Curva Inversa 100,00 10,00 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 1,00 0,4 0,3 0,2 0,1 0,10 0,05 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 97 de 190 Curva Inversa por Longo Tempo Tempo (s) Padrão IEC - Curva Inversa por Longo Tempo 100,00 10,00 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 1,00 0,3 0,2 0,1 0,05 0,10 Rodrigo Brito de Queiroga - 0,01 0 1 10 100 1000 Multiplos do Pick-up ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 98 de 190 8.5.6. Ligações Usuais dos Relés de Sobrecorrente: A Figura 8.5A mostra os esquemas usuais de ligação entre os relés de sobrecorrente de fase e de neutro. - Faltas Entre Fases: Na ocorrência de sobrecorrentes oriundas de curto-circuito entre fases (3F e 2F) haverá circulação de corrente nos ramos secundários dos TCs correspondentes às fases do circuito primário que estão envolvidas na falta. Neste caso não deverá haver circulação de corrente pelo circuito de neutro dos TCs, de modo que apenas as unidades de fase deverão atuar. Na realidade poderá existir uma parcela de corrente residual que circulará pelo circuito de neutro, devido ao fato de as características eletro-magnéticas dos TCs não serem exatamente iguais. O ajuste do elemento 51N não deverá ser sensível a tais correntes residuais. - Faltas à Terra: Na ocorrência de sobrecorrentes oriundas de curto-circuitos à terra haverá circulação de corrente nos secundários dos TCs das fases envolvidas. Assim, tanto as bobinas dos relés das fases como do neutro terão circulação de correntes. O ajuste do elemento 51N deverá ser sensível à corrente de curto-circuito fase-terra mínima. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 99 de 190 Atuação das Proteções Sobrecorrentes para Faltas: ΦΤ 3Φ 2Φ 2Φ−Τ Figura 8.5 A Obs: Os esquemas acima mostrados, traduzem o sistema de proteção convencional e/ou eletromecânico. Para as proteções digitais, há elementos de sobrecorrente na fase branca e a temporização dos elementos 50, é feita através de lógica de controle. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 100 de 190 8.5.7. Escolha do Esquema de Proteção: a) Proteção dos Troncos de Alimentadores das ETDs: Normalmente é aplicado o esquema da Figura 8.5A, ou seja, 2 (dois) relés de fase + 1 (um) relé de neutro, em conjunto com um relé de religamento (79) que é um relé auxiliar usado para comandar o religamento do disjuntor correspondente após a abertura do mesmo, devida à atuação dos relés de sobrecorrente. b) Entradas Primárias (EPs): Poderão ser aplicados os esquemas com 2 ou 3 relés secundários por fase, mais relé de neutro, como o esquema com relés primários. Os esquemas com relés secundários permitem maior flexibilidade e precisão nos ajustes no que se refere ao estudo de coordenação das proteções. Os esquemas com relés primários é inferior tecnicamente aos anteriores apresentando porém a vantagem de ser mais econômico. 8.5.8. Critérios Gerais para Graduação: a) Devem ser obedecidos os requisitos básicos de rapidez, segurança e seletividade de operação assim expressos: - Rapidez: o relé deve comandar a abertura do disjuntor em tempo inferior àquele que poderia danificar os equipamentos protegidos; Para fixação do valor de K1, deve-se no entanto comparar o valor da magnitude “Icc min” com o valor da corrente máxima de desequilíbrio prevista para o circuito. Em certos casos, quando se considera no cálculo das correntes de falta à terra o valor da resistência de terra igual a 20 ohms, os valores de “Icc min” poderão,ser inferiores ao valor da corrente máxima de desequilíbrio do sistema. Neste caso poderá ser admitido um valor de K1 maior que 0,8 devendo ser escolhido de forma que “K1 x Icc min” seja maior que a corrente máxima de desequilíbrio prevista para o circuito. Caso contrário, os elementos temporizados dos relés (51N) poderão atuar indevidamente em condições normais de carga e na ocorrência de queima de elo fusível. Em alguns casos, a faixa de ajuste dos relés existentes pode limitar a aplicação do fator de segurança. - Limite inferior calculado em função da máxima carga do circuito, ou seja: IAJ ≥ (K2 x IC) / RTC ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 101 de 190 Onde: Ic – Máxima corrente de carga possível [A], ou corrente nominal do circuito para os relés de fase, e máxima corrente de desbalanço previsível, quando da queima do maior fusível existente, no caso, de relés de neutro. K2 – fator de segurança, valendo 1,5. b) Ajuste de tempo (dial de tempo para relés eletromecânicos): Deve ser efetuado com base nos critérios gerais de' rapidez e seletividade, de modo que a característica t X I escolhida do relé forneça tempos de atuação inferiores aos de dano aos equipamentos, porém superiores aos tempos de atuação dos fusíveis e religadores a jusante. Ou seja, na verificação gráfica as curvas não devem se cruzar, havendo um intervalo de coordenação adequado para cada caso. c) Ajuste do elemento instantâneo: Deve ser efetuado de maneira que para qualquer curto-circuito previsível o relé atue antes, evitando a queima de fusíveis por curtos temporários. Caso haja religador automático no circuito, a zona de proteção do instantâneo pode ser reduzida (aumentar graduação), mantendo-se, no entanto, um trecho em sobreposição para maior segurança. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 102 de 190 9. 9.1. LOCAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS Geral O sistema de proteção dos circuitos aéreos de distribuição é constituído de dispositivos de proteção contra sobrecorrentes que, estando coordenados entre si, deverão possibilitar um grau satisfatório de continuidade do serviço de fornecimento de energia elétrica. A locação dos elementos de proteção possui papel fundamental no tocante à: - continuidade de serviço do sistema: - decisão da viabilidade do esquema de proteção adotado em função do custo do mesmo e das características das cargas a serem protegidas. Os critérios a seguir prescritos têm o objetivo de orientar a escolha inicial e a localização dos equipamentos, para se definir de alternativas de esquemas de proteção para cada circuito. 9.2. Critérios Para Localização dos Equipamentos de Proteção 9.2.1. Saídas dos Circuitos Provenientes das ETDs Tais circuitos são protegidos por disjuntores comandados por três relés de sobrecorrente, sendo dois de fase e um de neutro, havendo também um relé de religamento conforme esquema unifilar da Figura 6.1. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 103 de 190 Figura 9.2A ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 104 de 190 Os relés de fase atuam sobre a bobina de desligamento do disjuntor para curto-circuito entre fases ou entre fases e a terra O relé de neutro atuará sobre a bobina do disjuntor para defeitos à terra. O relé de religamento tem como função religar o disjuntor após a abertura do mesmo devido à ocorrência de sobrecorrentes. Poderá haver um ou mais religamentos. Tal esquema de proteção é adotado para a maioria das ETDs. Nos casos particulares de subestações alimentadas diretamente em tensão de distribuição, a proteção de salda dos circuitos poderá ser constituída por um religador automático. 9.2.2. Locação de Religadores, Seccionalizadores e Chaves Fusíveis: Serão utilizados nos circuitos aéreos de distribuição primária os critérios de locação apresentados na tabela 9.2B, que aparecem codificados por letras (A,B,C...). A Tabela 9.2B apresenta critérios de escolha dos equipamentos de proteção, com possibilidade de opção entre os mesmos. A escolha deve ser feita em função da importância do circuito e dos consumidores atendidos, assim como da disponibIlidade dos equipamentos mais sofisticados, como religadores e seccionalizadores. Acerca dos critérios apresentados valem as seguintes observações: - nos troncos deve ser evitada a aplicação de dispositivos de proteção, podendo porém ser aceita nos casos dos critérios A e B: Deve-se evitar: - emprego de religadores em série; - emprego de religadores e chaves fusíveis em ramais interligáveis; - não é necessária a limitação do número de chaves fusíveis em série; deve-se verificar que haja seletividade entre os elos para os níveis de curto previstos; - em relação às entradas primárias (critério H) os elos fusíveIs usados deverão ser até 140 A. Para casos mais elevados, deve-se usar chave seccionadora apenas com a finalidade de manobra. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 105 de 190 Critério A B Situação Equipamento Início de trechos extensos, onde o nível mínimo de Religador ou curto seja insuficiente para estabilizar o dispositivo de Fusível proteção da retaguarda Religador, Logo após cargas de grande importância , e cuja continuidade de serviço deva ser elevada, caso o Seccionalizador ou Fusível circuito a seguir seja extenso C Início de ramais que alimentam cargas classificadas Religador ou como especiais ou de grande importância Seccionalizador D Início de ramais de certa importância, que supram Religador ou áreas sujeitas a alta incidência de falhas temporárias Seccionalizador E F Início de ramais ou sub-ramais com extensão superior a 150 m, não classificáveis nos critérios C ou D Início de ramais ou sub-ramais com extensão inferior a 150 m, mas que estejam sujeitos a alta incidência de falhas Fusível Fusível G Meio de trechos extensos protegidos por religador no início Fusível H Entrada primária com corrente nominal até 140 A Fusível I Estação transformadora (ET) Fusível J Banco de capacitores Fusível Tabela 9.2B – Critérios para Locação de Equipamentos de Proteção ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 106 de 190 10. CÁLCULO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO 10.1. Geral: Deverão ser calculadas as magnitudes das correntes de curto-circuito correspondentes às seguintes faltas: - curto-circuito trifásico (Icc 3F): - curto-circuito fase-fase (Icc FF); - curto-circuito fase-terra (Icc FT). O comportamento das correntes de curto-circuito ao longo do tempo pode ser visualizado através da Figura 10.A a) para o caso de corrente simétrica, ou seja sem a componente decorrente contínua; b) para o caso de corrente assimétrica. O nível de assimetria das correntes de falta, assim como a variação das mesmas em função do tempo, dependem basicamente do instante de ocorrência da falta e da relação X/R da impedância equivalente no ponto de ocorrência da falta, em relação à fonte (zeq = R + JX). Observe que, por convenção, neste capítulo toda grandeza complexa terá notação minúscula e toda grandeza escalar terá notação maiúscula. A variação das correntes de falta nas redes elétricas é caracterizada pelo comportamento transitório dos geradores síncronos das Unidades Hidrelétricas/Termoelétricas que alimentam o sistema elétrico da Eletropaulo. Na ocorrêncIa de curto-circuito nas redes elétricas ocorrerão variações nas reatâncias internas equivalentes dos geradores que podem ser caracterizadas em três períodos distintos conforme mostra a Figura 10.A ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 107 de 190 Figura 10A ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 108 de 190 - Sub-transitório - (X"d - reatância sub-transitória); - Transitório - (X'd - reatância transitória); - Regime Permanente - (Xs - reatância síncrona). O efeito da variação das reatâncias dos geradores nas faltas que ocorram nas redes aéreas de distribuição primárIa da Eletropaulo não é relevante, uma vez que as impedâncias das linhas de transmissão/sub-transmissão, assim como dos transformadores abaixadores e reguladores, limitam-no, impedâncias constantes com o tempo. Para o estudo de coordenação das proteções o interesse principal reside na obtenção dos níveis simétricos das correntes de curto-circuito. Por outro lado, para verificação da suportabilidade térmico-dinâmica aos equipamentos de proteção em relação às correntes de falta, o interesse principal reside na obtenção dos níveis assimétricos destas correntes. Os valores obtidos através dos procedimentos a seguIr expostos cor respondem aos valores simétricos e assimétricos das correntes de curtocircuito. 10.2. Dados Para o Cálculo das Correntes de Curto-Circuito Com relação ao diagrama unifilar básico da figura 10.B, os seguintes parâmetros elétricos deverão ser registrados: - V1: Tensão nominal de transmissão/sub-transmissão da ETD, em KV - V2: Tensão nominal de distribuição primária da ETD, em KV. - VT1: Tensão nominal do enrolamento de tensão superior do transformador, em KV. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 109 de 190 Figura 10.B ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 110 de 190 - VT2: Tensão nominal do enrolamento de tensão inferior do transformador, em KV. - Scc1-3Ф: Potência de curto-circuito trifásica do sistema de transmissão/subtransmissão para a condição normal de operação do sistema, em MVA. - Scc1-ФT: Potência de curto-circuito fase-terra (trifásico equivalente) do sistema de sub-transmissão para a condição normal de operação do sistema, em MVA. - ST: Potência nominal do transformador, em MVA. - ZT(%): Impedância percentual ou de curto-circuito do transformador, em %. - zl: Impedância complexa correspondente aos trechos do circuito de distribuição considerados (impedância de seqüência positiva), em ohm/km. - zlo: Impedância complexa correspondente aos trechos dos circuitos de distribuição considerados (impedância de seqüência zero), em ohm/km. As impedâncias utilizadas deverão ser representadas na forma complexa: a) z = A + - jB [ohms], representação cartesiana, onde: A = parte real da impedância correspondente a resistência ôhmica do bipolo considerado: B = parte imaginária da impedância correspondente a reatância indutiva (+B) ou a reatância capacitiva (-B) do bipolo considerado. b) z = Z |_ Φ [ohms], representação na forma polar, onde: z = √(A2 + B2), módulo da impedância z, em ohms; Φ = arctg (B/A), ângulo da lmpedâncla z, em graus. No cálculo das correntes de curto-circuito as impedâncias do sistemas elétrico são na maioria das vezes de natureza indutiva ( z = A + - jB [ohm]). ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 111 de 190 10.3. Obtenção do Diagrama de Impedâncias de Seqüência Positiva A partir do sistema de transmissão/subtransmissão deverá ser obtido o diagrama da figura 10.C tomando-se como exemplo o diagrama unifilar básico da figura 10.B Gs: Gerador equivalente que representa o sistema transmissão/subtransmissão visto pela barra da ETD referido à tensão V2. de - VGS: tensão do gerador Gs, igual a V2 - zs: Impedância complexa equivalente do sistema de transmissão/subtransmissão visto pela barra da ETD, considerada referida à tensão V2, valor em ohm. - zt: Impedância complexa do transformador referida à tensão V2, valor em ohm. - zAB, zBC, zCD, zCE, zEG, zGF: São as impedâncias complexas dos trechos considerados, valor em ohm, (ou zl, em uma notação genérica). ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 112 de 190 Figura 10.C As impedâncias acima descritas deverão ser representadas da seguinte forma: zs = 0 + jZs ohm, onde: Zs = V22 / Scc1 - 3Φ, considera-se a parte resistiva desprezível. zt = 0 + jZt ohm, onde: zt= (ZT(%)/100) x (V22 /ST) ohm, considera-se a parte resistiva desprezível. zAB = A + jB ohm, onde: A = valor da resistência ôhmica do trecho AB obtida através dos dados da tabela 10.D A = R (ohm / km) x Lab (km) para o tipo de cabo e bitola do condutor considerado; B = valor da reatância indutiva do trecho AB obtida através dos dados da tabela 10.D B = X (ohm/km) x Lab (km) para o tipo e bitola do condutor considerado; Lab = extensão do trecho AB em km. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 113 de 190 - IMPEDÂNCIAS DOS CABOS – PADRÃO ELETROPAULO Dados de base para cálculo das impedâncias de seqüência MATERIAL COBRE COBRE COBRE COBRE COBRE COBRE BITOLA 4/0 2/0 1/0 2 4 6 R (Ohm / Km ) 0,18828 0,29888 0,37717 0,59900 0,94324 1,48508 GMR ( m ) 0,00508 0,00382 0,00339 0,00269 0,00213 0,00160 ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO 556 336 3/0 1/0 4 0,1255 0,19008 0,37865 0,60148 1,52117 0,0084 0,00640 0,00428 0,00339 0,00213 Impedâncias de seqüência por classe de tensão Tensão 3.8 kV - Circuito Simples Bitola (AWG / MCM) Ohms/ km Mono Fase Neutro Aterrado R1 X1 Bitola Material Bitola Material R0 X0 Multi Aterrado R0 X0 Condutores de Cobre 4/0 Cu 1/0 Cu 0,1883 0,3249 0,3659 2,075 0,4850 1,4328 2/0 Cu 4 Cu 0,2989 0,3464 0,4766 2,093 0,7276 1,6847 1/0 Cu 4 Cu 0,3772 0,3554 0,5549 2,1017 0,8051 1,6937 4 Cu 6 Cu 0,9432 0,3905 1,1211 2,1347 1,3689 1,8718 6 Cu 6 Cu 1,4851 0,4120 1,6630 2,1583 1,9108 1,8933 Condutores de Alumínio 336,4 Al 3/0 Al 0,1901 0,3075 0,3684 2,0538 0,4943 1,4108 3/0 Al 1/0 Al 0,3787 0,3379 0,5586 2,0842 0,7643 1,5415 1/0 Al 4 Al 0,6015 0,3554 0,7823 2,1001 0,9871 1,8471 4 Al 4 Al 1,5289 0,3905 1,7065 2,1478 1,9496 1,8796 Tabela 10.1 – Impedâncias de sequência ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 114 de 190 Tensão 3.8 kV - Circuito Duplo Bitola (AWG / MCM) Fase Bitola Ohms/ km Neutro Material Bitola Material R1 Multi - aterrado X1 R0 X0 Condutores de Cobre 4/0 Cu 1/0 Cu 0,0941 0,1212 0,3909 1,2291 2/0 Cu 4 Cu 0,1494 0,1319 0,5782 1,4702 1/0 Cu 4 Cu 0,1886 0,1364 0,6173 1,4747 4 Cu 6 Cu 0,4716 0,1540 0,8973 1,6352 6 Cu 6 Cu 0,7425 0,1647 1,1682 1,6460 Condutores de Alumínio 336,4 Al 3/0 Al 0,0950 0,1125 0,3992 1,2118 3/0 Al 1/0 Al 0,1893 0,1276 0,5750 1,3274 1/0 Al 1/0 Al 0,3007 0,1364 0,6864 1,3362 1/0 Al 4 Al 0,3007 0,1364 0,7292 1,6256 4 Al 4 Al 0,7606 0,1540 1,1890 1,6431 Tabela 10.2 – Impedâncias de sequência Tensão 13,2 kV Bitola (AWG / MCM) Fase Bitola Ohms/ km Neutro Material Bitola R1 X1 Mono - aterrado Material R0 X0 Multi Aterrado R0 X0 Condutores de Cobre 4/0 Cu 1/0 Cu 0,1883 0,3888 0,3659 1,9472 0,4722 1,3138 2/0 Cu 4 Cu 0,2989 0,4103 0,4766 1,9653 0,7234 1,5622 1/0 Cu 4 Cu 0,3772 0,4193 0,5549 1,9740 0,8017 1,5712 4 Cu 6 Cu 0,9433 0,4544 1,1211 2,0069 1,3649 1,7473 6 Cu 6 Cu 1,4851 0,4759 1,6630 2,0305 1,9068 1,7689 Condutores de Alumínio 556,5 ND – 3.001 Al 3/0 Al 0,1255 0,3508 - - 0,4267 1,2674 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 115 de 190 336,4 Al 3/0 Al 0,1901 0,3714 0,3684 1,9260 0,4913 1,2879 3/0 Al 1/0 Al 0,3787 0,4017 0,5586 1,9564 0,7604 1,4172 1/0 Al 4 Al 0,6015 0,4193 0,7823 1,9723 1,0258 1,720 4 Al 4 Al 1,5212 0,4544 1,7065 2,02 1,9456 1,7551 240* Al 3/0 Al 1,6310 0,1051 - - 6,3810 0,1051 300** Al 3/0 Al - 0,6122 1,1273 0,1900 0,6240 * Pré-Reunido ** Space Cable Tabela 10.3 – Impedâncias de sequência Tensão 23 kV Bitola (AWG / MCM) Fase Bitola Ohms/ km Neutro Material Bitola R1 X1 Mono - aterrado Material R0 X0 Multi Aterrado R0 X0 Condutores de Cobre 4/0 Cu 1/0 Cu 0,1883 0,4157 0,3659 1,8934 0,4792 1,2696 2/0 Cu 4 Cu 0,2989 0,4372 0,4766 1,9114 0,7187 1,5143 1/0 Cu 4 Cu 0,3772 0,4462 0,5549 1,9201 0,7970 1,5233 4 Cu 6 Cu 0,9433 0,4812 1,1211 1,9531 1,3606 1,6972 6 Cu 6 Cu 1,4851 0,5028 1,6630 1,9767 1,9024 1,7187 Condutores de Alumínio 336,4 Al 3/0 Al 0,1901 0,3983 0,3684 1,8722 0,4881 1,2439 3/0 Al 1/0 Al 0,3787 0,4286 0,5586 1,9025 0,7562 1,3714 1/0 Al 4 Al 0,6015 0,4462 0,7823 1,9185 1,0215 1,3890 4 Al 4 Al 1,5212 0,4812 1,7065 1,9662 1,9412 1,7048 240* Al 3/0 Al 1,6310 0,1051 - - 6,3810 0,1051 300** Al 3/0 Al 0,1900 0,6240 * Pré-Reunido ** Space Cable - - 0,6122 1,1273 Tabela 10.4 – Impedâncias de sequência ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 116 de 190 Tensão 35 kV Bitola (AWG / MCM) Fase Bitola Ohms/ km Neutro Material Bitola R1 X1 Mono - aterrado Material R0 X0 Multi Aterrado R0 X0 Condutores de Cobre 4/0 Cu 1/0 Cu 0,1883 0,4157 0,3659 1,8934 0,4792 1,2696 2/0 Cu 4 Cu 0,2989 0,4372 0,4766 1,9114 0,7187 1,5143 1/0 Cu 4 Cu 0,3772 0,4462 0,5549 1,9201 0,7970 1,5233 4 Cu 6 Cu 0,9433 0,4812 1,1211 1,9531 1,3606 1,6972 6 Cu 6 Cu 1,4851 0,5028 1,6630 1,9767 1,9024 1,7187 Condutores de Alumínio 336,4 Al 3/0 Al 0,1901 0,3983 0,3684 1,8722 0,4881 1,2439 3/0 Al 1/0 Al 0,3787 0,4286 0,5586 1,9025 0,7562 1,3714 1/0 Al 4 Al 0,6015 0,4462 0,7823 1,9185 1,0215 1,3890 4 Al 4 Al 1,5212 0,4812 1,7065 1,9662 1,9412 1,7048 240* Al 3/0 Al 1,6310 0,1051 - - 6,3810 0,1051 300** Al 3/0 Al 0,1900 0,6240 - - 0,6122 1,1273 * Pré-Reunido ** Space Cable Tabela 10.5 – Impedâncias de Sequência ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 117 de 190 10.4. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Trifásico – Valor Simétrico Com base nos dados e diagramas de impedâncias de seqüência positiva descritos nos itens anteriores deve-se obedecer a seguinte seqüência de passos: 1) Seleciona-se os pontos de interesse para o cálculo das correntes de curto-circuito, por exemplo os pontos A, B, E, e G – Figura 10.C 2) Obtém-se para cada um dos pontos escolhidos a impedância complexa equivalente (zeq) e o respectivo módulo (Zeq); impedâncias vistas a partir dos pontos e tendo como referência o gerador Gs: zeq = Req + j Xeq [ohm] e Zeq = √(Req2 + Xeq2) [ohm], onde: Req = somatória das resistências ôhmicas dos trechos do circuito até o ponto considerado; Xeq = somatória das reatâncias indutivas dos trechos do circuito até o ponto considerado. Para o ponto A, tem-se: zeq(A) = zs+zt = (0 + jZs)+(0 + jZt) = 0 + j(Zs+Zt) [ohms], obtendo-se o módulo Zeq(A). Para o ponto B, tem-se: Zeq(B) = zs + zt + zAB = (0 + jZs)+(0 + jZt)+(RAB+jXAB) [ohms] zeq(B) = RAB + j(Zs + Zt + XAB) [ohms] obtendo-se o módulo Zeq(B). Para os pontos E e G o procedimento é análogo. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 118 de 190 3) Calcula-se Icc-30, para cada ponto escolhido, através da seguinte relação: Icc-30 = (V2 x 103) / (√3 x Zeq) [ampéres] onde: V2 – tensão nominal de distribuição primária em kV; Zeq – módulo da impedância complexa equivalente vista pelo ponto considerado em relação ao gerador Gs; No caso do ponto A: Icc-30 = (V2 x 103) / (√3 x Zeq(A)) [ampéres] Para os demais pontos o procedimento é análogo. 10.5. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase Simétrico - Valor Com base nas correntes de curto-circuito trifásico calculadas conforme procedimentos do item anterior, obtém-se as correntes de curto-circuito fasefase para os pontos escolhidos através da expressão: Icc-ΦΦ= (√3 / 2) x Icc-3Φ [ampéres] ou Icc-ΦΦ aproximadamente igual à 0,86 x Icc-30 [ampéres]. 10.6. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra Simétrico - Valor - Para circuitos de distribuição primária alimentados por transformadores de dois enrolamentos com ligação delta/estrela – aterrada correspondendo aos enrolamentos TS e TI, respectivamente. Neste caso, vale a seguinte expressão: Icc-øT = (√3 x V2 x 103) / (2(zs+zt+zl)+zl0+zt0+3zf) [amperes] zs, zt e zl são os valores em ohms das impedâncias complexas de seqüência positiva utilizadas para cálculo das correntes de curto-circuito trifásico. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 119 de 190 zl0: z10: impedância complexa de sequência zero, valor em ohms, zl0: impedância complexa de seqüência zero, valor em ohms, do condutor de neutro. zt0: impedância complexa de seqüência zero, valor em ohms, do transformador da ETD. Considerar no presente caso transformador com ligação delta/estrela – aterrada e do tipo núcleo envolvido; zt0 = 0 + j(0,85 x Zt) onde: zt é o modulo da impedância complexa do transformador da ETD zf: impedância complexa da falta no ponto de ocorrência da mesma. Para as redes de distribuição primária, deve-se considerar: zf = 20 + j0 [ohms] Com base na expressão anterior e nas considerações expostas, dois níveis de curto-circuito fase-terra deverão ser calculados: - Icc-ΦT - máximo, calculado fazendo-se zf = 0 + j0 [ohms] - Icc-ΦT - mínimo, calculado fazendo-se zf = 20 + j0 [ohms]. 10.7. Para Circuitos de Distribuição primária transformadores de dois enrolamentos do tipo: alimentados por - delta/estrela isolada com trafo de aterramento; - delta/delta com trafo de aterramento. Neste caso, estando o enrolamento TI do trafo isolado, o aterramento do sistema de distribuição é efetuado através de um transformador de aterramento com características técnicas diferentes dos transformadores abaixadores das ETDs. Características técnicas principais: VN – tensão nominal em kV; STG – potência nominal em MVA; ZTG (%) – impedância percentual ou de curto circuito em %; tipo de ligação – zig-zag; ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 120 de 190 Neste caso, o valor de ZT0 da expressão do deverá ser calculada como segue: ZT0 = (ZTG(%) x VN2 ) / STG [ohms] (modulo) zto = 0 + jTZ0 [ohms] (forma carteziana) As demais impedâncias permanecem inalteradas. 10.8. Obtenção das Correntes de Curto Circuito para Circuitos Bifásicos e Monofásicos Estando tais circuitos conectados ao sistema trifásico, o procedimento de cálculo é similar ao adotado para redes de distribuição trifásicas a 4 fios, com um neutro multi-aterrado e interligado a ETD, conforme visto anteriormente. - Sistema Bifásico a) Curto entre fases: Procedimento: - Obtém-se Icc-3Φ conforme metodologia, considerando-se o circuito como trifásico; - Obtém-se Icc-ΦΦ = 0,86 x Icc-3Φ. b) Curto Fase – Terra: Por exemplo: falta à terra na fase A Procedimento: - Obtém-se Icc-ΦT, considerando-se o circuito como trifásico. - Sistema Monofásico Procedimento: Obtém-se Icc-ΦT, considerando-se o circuito como trifásico. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 121 de 190 10.9. Representação de Outros Tipos de Transformadores em uso no Sistema da Eletropaulo para Cálculo das Correntes de Curto-Circuito Para a maioria dos casos os transformadores das ETDs são de dois enrolamentos, com tipo de ligação delta (enrolamento TS) e estrela (enrolamento TI) solidamente aterrada. Além deste tipo de transformadores, existem os seguintes tipos em uso no sistema Eletropaulo: a) Transformador de dois enrolamentos com ligação tipo: - Delta (enrolamento TS); - Estrela aterrada através de impedância (enrolamento TI). b)Transformadores de três enrolamentos com ligação tipo: - Delta (enrolamento TS); - Delta (enrolamento TM); - Estrela aterrada através de impedância (enrolamento TI). A metodologia para representação dos transformadores para cálculo de curtocircuito de redes trifásicas de distribuição encontra-se descrita na referência bibliográfica: Proteção de Sistemas Aéreos de Distribuição, ELETROBRÁS. 10.10. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito – Valor Assimétrico Os níveis de curto-circuito assimétricos são calculados através da multiplicação dos níveis simétricos correspondente pelo fator K dado pela Tabela 7.2 IccAssim = K x IccSim O fator K é função da relação X/R, da impedância equivalente do ponto de ocorrência do curto com relação ao gerador Gs, e do instante de ocorrência do curto-circuito. Por exemplo: se a impedância equivalente de um ponto P qualquer em relação ao gerador Gs vale z(P) = 1,2 + j6,5 ohms tem-se X/R = 6,5/1,2 = 5,41 pela Tabela 10.5, tem-se 5 < X/R < 10 implicando num fator K = 1,2. Se Icc 3ø(P)sim = 4,5kA, tem-se: ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 122 de 190 Icc 3ø(P)assim = 1,2 x 4,5 = 5,4 kA A Tabela 10.5 considera, em função da relação X/R, o pior caso em relação ao instante de ocorrência do curto-circuito. Relação X/R Fator K 0 a 2,5 1,05 2,5 a 5 1,10 5 a 10 1,20 10 a 20 1,35 20 a 50 1,60 50 a 100 1,70 Tabela 10.5 – Fator de Assimetria. Tal procedimento é válido para obtenção dos níveis assimétricos de todos os tipos de curto-circuito. 10.11. Exemplo de Aplicação: Objetivo Com relação ao diagrama unifilar deseja-se calcular as correntes de curtocircuito 3F, 2F, FTmax e FTmin para os pontos A, E, H, J, M, O e Q. Identificação e Registro dos Parâmetros Elétricos do Circuito a) Tensões nominais do sistema: V1 = 88 kV V2 = 13.2 kV b) Potência de curto-circuito do sistema de sub-transmissão (88 kV): Scc1-3F = 5000 MVA Scc1-FT = 4200 MVA c) Dados nominais do transformador: VT1 = 88 kV VT2 = 13.8 kV ST = 12MVA ZT = 15% Tipo de ligação triângulo/estrela aterrada. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 123 de 190 d) Impedâncias complexas equivalentes do circuito de distribuição primária: Pela Tabela 10.3 para tensão nominal de 13.2 kV tem-se: Circuito tipo 1 – condutores de fase e neutro tipo CA com formação 3x1/0 AWG (fase) + 4AWG (neutro): • Impedância de seqüência positiva z em ohm/km: R1 = 0.6047 ohms/km X1 = 0.4178 ohms/km z1 = R1 + jX1 = 0.6047 + j0.4178 ohms/km • Impedância de seqüência zero z0 em ohm/km R0 = 1.0162 ohms/km X0 = 1.7254 ohms/km z0 = R0 + jX0 = 1.0162 + j1.7254 ohms/km Circuito tipo 2 – condutores de fase e neutro tipo CA com formação 3x336,4 MCM (fase) + 1x3/0 AWG (neutro) • Impedância de seqüência positiva z em ohm/km: R1 = 0.1908 ohms/km X1 = 0.3715 ohms/km z1 = R1 + jX1 = 0.1908 + j0.3715 ohms/km • Impedância de seqüência zero z0 em ohm/km R0 = 0.4850 ohms/km X0 = 1.3140 ohms/km z0 = R0 + jX0 = 0.4850 + j1.3140 ohms/km • Obtenção do Diagrama de Impedâncias de Seqüência Positiva Com base no diagrama unifilar desenha-se o diagrama de impedâncias de seq(+) com relação aos trechos que conduzirão correntes de falta até os pontos escolhidos (A, E, H, J, M, O e Q) • Obtenção do valor de zs zs = 0 + jZs ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 124 de 190 Onde: Zs = 13.22 / 5000 = 0.0348 ohms Logo, zs = 0 + j0.0348 ohms • Obtenção do valor de zt zt = 0 + jZt Onde: Zt = (15 / 100) x (13.22 / 12) = 2.178 ohms Logo, zt = 0 + j2.178 ohms • ND – 3.001 Obtenção das impedâncias equivalentes dos trechos que conduzirão as correntes de falta aos pontos escolhidos: Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 125 de 190 Figura 10.D – Diagrama Unifilar ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 126 de 190 Figura 10.E – Diagrama de impedâncias de seqüência positiva ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 127 de 190 Ponto A As Impedâncias envolvidas são: zs e zt z(A) = zs + zt = 0 + j(0.0348 + 2.178) ohm z(A) = 0 + j2.213 ohm = 2.213∠90º ohms Ponto E Além das impedâncias zs e zt existem as impedâncias dos trechos AB, BC, CE. 0.100 Impedância seq (+) do Tipo de Circuito ohm/km 0.1908 + j0.3715 Impedância do Trecho ohms 0.01908 + j0.03715 BC 1.500 0.6047 + j0.4178 0.90705 + j0.6267 CE 0.800 0.6047 + j0.4178 0.48376 + j0.33424 z(AE) = 1.410 + j0.998 TRECHO 1 (km) AB logo, z(E) = zs + zt + z(AE) = z(A) + z(AE) = 1.410 + j3.211 ohm z(E) = 3.507 ∠66.3º ohm Ponto H Além das impedâncias zs e zt existem as impedâncias dos trechos AB, BF, FG e GH. 0.100 Impedância seq (+) do Tipo de Circuito ohm/km 0.1908 + j0.3715 Impedância do Trecho ohms 0.01908 + j0.03715 BF 1.200 0.1908 + j0.3715 0.22896 + j0.4458 FG 4.500 0.6047 + j0.4178 2.72115 + j1.8801 GH 1.000 0.6047 + j0.4178 0.6047 + j0.4178 z(AH) = 3.574 + j2.781 TRECHO 1 (km) AB logo, z(H) = zs + zt + z(AH) = z(A) + z(AH) = 3.574 + j4.994 ohm z(E) = 6.141 ∠54.4º ohm ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 128 de 190 Ponto J A impedância equivalente z(J) é calculada como sendo a impedância z(H) adicionada a impedância do trecho HJ. Trecho HJ – circuito tipo 1 com lHJ = 0.800 km z(HJ) = 0.484 + j0.334 ohm z(J) = z(H) + z(HJ) = (3.574 + j4.994) + (0.484 + j0.334) z(J) = 4.058 + j5.328 z(J) = 6.697 ∠ 52.7º ohm Ponto M Com base nos procedimentos aplicados para os pontos A, E, H e J pode-se simplificar as operações procedendo-se da seguinte forma: I.Obtém-se o comprimento total dos trechos com circuito Tipo 1 (FG, GK, KL, LM): l1 = 4.5 + 0.5 + 1.2 + 1.8 = 8.0 km calculando-se a impedância em ohm do trecho FM: z(FM) = 8.0 x (0.6047 + j0.4178) = 0.4837 + j3.342 ohms II.Mesmo Procedimento para trechos com circuito Tipo 2 (AB, BF): l2 = 0.1 + 1.2 = 1.3 km z(AF) = 1.3 x (0.1908 + j0.3715) = 0.248 + j0.483 ohms III.Obtém-se a impedância equivalente do ponto M: z(M) = zs + zt + z(AF) + z(FM) = z(A) + z(AF) + z(FM) z(M) = 5.085 + j6.038 ohm z(M) = 7.894 ∠ 49.9º ohm Ponto O Com base no procedimento utilizado para o ponto M tem-se: I.Trechos com circuito Tipo 1 (FG, GK e KO): l1 = 4.5 + 0.5 + 4.0 = 9.0 km z(FO) = 9.0 x (0.6047 + j0.4178) = 5.442 + j3.760 ohms ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 129 de 190 II.Trechos com circuito tipo 2 (AB e BF): l2 = 1.3 km z(AF) = 0.248 + j0.483 ohm III.Impedância equivalente do ponto O z(O) = zs + zt + z(AF) + z(FO) = z(A) + z(AF) + z(FO) z(O) = 5.690 + j6.456 ohm z(O) = 8.605 ∠ 48.6º ohm Ponto Q De forma análoga ao procedimento anterior, tem-se: I.Trechos com circuito Tipo 1 (DQ): l1 = 0.2 km z(DQ) = 0.2 x (0.6047 + j0.4178) = 0.1209 + j0.0835 ohm II.Trechos com circuito tipo 2 (AB, BF e FD): l2 = 0.1 + 1.2 + 3.5 = 4.8 km z(AD) = 4.8 x (0.1908 + j0.3715) = 0.9158 + j1.7832 ohm III.Impedância equivalente do ponto Q z(O) = zs + zt + z(AD) + z(DQ) = z(A) + z(AD) + z(DQ) z(O) = 1.0367 + j4.0797 ohm z(O) = 4.209 ∠ 75.7º ohm • Obtenção das correntes de Curto-Circuito Trifásica – Valor Simétrico conforme Procedimento do Item 7.4. Ponto A z(A) = 2.2123 ∠ 90º ohm onde: Icc-3ø(A) = (13.2 x 103) / (√3 x 2.213) = 3444 A Ponto E z(E) = 3.507 ∠ 66.3º ohm ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 130 de 190 onde: Icc-3ø(E) = (13.2 x 103) / (√3 x 3.507) = 2173 A Ponto H z(H) = 6.141 ∠ 54.4º ohm onde: Icc-3ø(H) = (13.2 x 103) / (√3 x 6.141) = 1241 A Ponto J z(J) = 6.697 ∠ 52.7º ohm onde: Icc-3ø(E) = (13.2 x 103) / (√3 x 6.697) = 1138 A Pontos M, O e Q Icc-3ø(M) = (13.2 x 103) / (√3 x 7.894) = 965 A Icc-3ø(O) = (13.2 x 103) / (√3 x 8.605) = 886 A Icc-3ø(Q) = (13.2 x 103) / (√3 x 4.209) = 1811 A • Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase Valor Simétrico Com base na relação Iccøø = (√3/2) x Icc-3ø tem-se: Ponto A Iccøø(A) = 0.866 x 3444 = 2983 A Com base no mesmo procedimento adotado tem-se: Iccøø(E) = 0.866 x 2173 = 1882 A Iccøø(H) = 1075 A Iccøø(J) = 986 A Iccøø(M) = 836 A ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 131 de 190 Iccøø(O) = 767 A Iccøø(Q) = 1568 A • Obtenção das Impedâncias de Seqüência Zero para o Cálculo das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra Com base na expressão abaixo, Icc-øT = (√3 x V2 x 103) / (2 x (zs + zt + zl) + zlo + zto + 3 x zf) Onde: (zs + zt + zl): corresponde à impedância equivalente do ponto considerado, em relação ao gerador Gs. zf: poderá assumir valor nulo (0 + j0 ohm), para obtenção de Icc-øTmax, ou assumir valor (20 + j0 ohm) para obtenção de Icc-øTmin; zto: 0.85 x zt = 0 + j1.851 ohm, pois o tipo de ligação entre os enrolamentos é triângulo/ estrela-aterrada no lado correspondente a tensão de 13.2 kV; zlo: para os pontos em questão, obtém-se com base nos valores da Tabela 7.1 para os circuitos Tipo 1 (3 x 1/0 AWG + 1 x 4 AWG) e Tipo 2 (3 x 336,4 MCM + 1 x 3/0 AWG). • Circuito Tipo 1: z0 = 1.0162 + j1.7254 ohm/km • Circuito Tipo 2 z0 = 0.4850 + j1.3140 ohm/km Ponto A Não há trechos de circuito entre tal ponto e o transformador. Ponto E I.Trechos com circuito tipo 1 (BC e CE): l1 = 1.5 + 0.8 = 2.3 km z0(BE) = 2.3 x (1.0162 + j1.7254) = 2.33726 + j3.94542 ohm ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 132 de 190 II.Trechos com circuito tipo 2 (AB): l2 = 0.10 km z0(AB) = 0.1 x (0.4850 + j1.3140) = 0.04850 + j0.13140 ohm z0(AE) = z0(AB) + z0(BE) = 2.386 + j 4.077 ohm Ponto H I.Trechos com circuito tipo 1 (FG e GH): l1 = 4.5 + 1.0 = 4.5 km II.Trechos com circuito tipo 2 (AB e BF): l2 = 0.10+1.2 = 1.3 km z0(AF) = 1.3 x (0.4850 + j1.3140) = 0.6305 + j1.7082 ohm III.Impedância z0(AH) z0(AH) = z0(AF) + z0(FH) = 6.22 + j11.198 para os pontos J, M, O e Q o procedimento é análogo. • Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra – Valor Simétrico. Visando-se simplificação das operações a expressão para o cálculo Icc-øT poderá ser escrita da seguinte forma: Icc-øT = (√3 x V2 x 103) / (2 x zeq + B) Onde: zeq = (zs + zt + zl) (conforme item 7.10.3). B = zl0 + zt0 + 3 x zf, podendo assumir valor mínimo para zf = 0 + j0 ohm, ou valor máximo para zf = 20 + j0 ohms Ponto A 2 x zeq(A) = 2 x (0 + j2.213) = 0 + j4.426 ohm Bmin = (0 + j0) + (0 + j1.851) + 3 x (0 + j0) = 0 + j1.851 ohms Bmax = (0 + j0) + (0 + j1.851) + 3 x (20 + j0) = 60 + j1.851 ohms ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 133 de 190 • Obtenção das correntes de curto: 2 x zeq(A) + Bmin = (0 + j4.426) + (0 + j1.851) = 0 + j6.277 = 6.277∠ 90º ohm Portanto: Icc-øT(A)max = (√3 x V2 x 103) / 6.277 = 3642 A e também, Icc-øT(A)min = (√3 x V2 x 103) / 60.327 = 379 A pois; 2 x zeq(A) + Bmax = 60 + j6.277 = 60.327 ∠ 6º Ponto E 2 x zeq(E) = 2 x (1.410 + j3.211) = 2.820 + j6.422 ohm Bmin = z0(AE) + zt0 + 3 x zfmin = 2.386 + j5.928 ohm Bmax = 62.386 + j5.928 ohm • Obtenção de Icc-øT(E)max: 2 x zeq(E) + Bmin = 5.206 + j12.350 = 13.402 ∠ 67.1º ohm Onde: Icc-øT(E)max = (√3 x V2 x 103) / 13.402 = 1706 A • Obtenção de Icc-øT(E)min: 2 x zeq(E) + Bmax = 65.206 + j12.350 = 66.365 ∠ 10.7º ohm Icc-øT(E)min = (√3 x V2 x 103) / 66.365 = 345 A Ponto H Icc-øT(H)max = 858 A Icc-øT(H)min = 297 A Para os pontos J, M, O e Q o procedimento é análogo. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 134 de 190 Os valores simétricos dos níveis de curto-circuito 3ø, øø, øTmax e øTmin, deverão ser utilizados para o estudo de coordenação das proteções do sistema. Caso se deseje obter os níveis de curto-circuito assimétricos para verificação da suportabilidade termo-dinâmica dos equipamentos do circuito, deve-se proceder conforme 10.10 • Obtenção dos Níveis Assimétricos de Curto-Circuito. Com base na impedância equivalente, de seqüência positiva, obtida para cada ponto considerado (zeq = R + jX), calcula-se o valor X/R e através da Tabela obtém-se o fator k, obtendo-se em seguida os níveis de curto-circuito assimétricos correspondentes aos pontos considerados. Por exemplo: obtenção dos níveis de curto-circuito trifásico assimétricos para os seguintes pontos: Ponto A Neste caso, por simplificação de cálculo, desprezou-se a parte resistiva das impedâncias zs e zt obtendo-se zeq(A) = 0 + j2.213 ohm. O valor teórico da relação X/R neste caso tenderia a infinito o que não corresponde a realidade, pois a rigor R é diferente de zero. Em casos como este adota-se para K o valor Máximo da Tabela, ou seja K = 1.7. Daí: Icc-3øassim(A) = 1.7 x 3444 A = 5855 A Ponto E Analogamente tem-se: zeq(E) = 1.410 + j3.211 ohms como X/R = 2.28, pela Tabela 7.2 tem-se K = 1.05, logo: Icc-3øassim(E) = 1.05 x 2173 = 2282 A Para os pontos H, J, M, O e Q o procedimento é análogo. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 135 de 190 11. CRITÉRIO DE AJUSTE DE DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO 11.1. Elo Fusível 11.1. Proteção de Redes de Distribuição a) A capacidade do elo fusível deverá ser maior que a carga máxima do circuito. b) Deve-se considerar o crescimento vegetativo de cargas por um determinado período. c) O elo fusível deverá proteger o circuito (cabo) contra sobrecorrentes inadmissíveis (sobrecargas e curto-circuito – curva ANSI) d) O elo fusível deverá suportar as correntes de in-rush do circuito e) A capacidade dos elos para ramais deverá ser < 80 T f) O elo fusível deverá permitir coordenação com o primeiro equipamento de proteção a jusante. EX: Carga: IE > K x Ic ou IE > Ic x 1,5 ( Fator de sobrecarga ) Para, K = [ 1 + ( % ) ] n 100 Onde, IE = Corrente de elo fusível K = Fator de Crescimento n = nº de anos previsto pelo estudo % = taxa anual de crescimento Ic = corrente de carga Curto-circuito ( Calculado ) IE < ¼ * Iccmin Onde, 4 = fator de segurança (garante a fusão do elo) Iccmin = corrente de curto-circuito mínima da zona de proteção g) No caso do sistema multi-aterado: Circuitos Monofásicos: Corresponder no máximo a 35% do valor da corrente de curto-circuito fase-terra no fim do ramal. Circuitos bifásicos ou trifásicos: Corresponder no máximo a 45% do valor da corrente de curto-circuito fase-fase no final do ramal. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 136 de 190 Obs1 - Deve-se considerar, se possível, o trecho para o qual o elo fusível é proteção de retaguarda. Obs2 - Nas circunstâncias em que o ramal possuir consumidores com grande demanda, cuja carga exija um elo fusível com capacidade maior que 80T, deverá haver estudos de viabilidade técnica para a instalação de religadores ou equipamento semelhante. Elos maiores que 80T ( 100T, 140T e 200T ) não serão considerados nos estudos de coordenação da proteção ( apenas para seccionamento operativo do trecho ). 11.1. Proteção de Transformadores: a) A capacidade do elo fusível deverá ser maior ou igual a corrente nominal do transformador (admitindo sobrecarga até 50%). b) O elo fusível deverá proteger o transformador contra sobrecorrentes inadmissíveis (sobrecargas e curto-circuito – curva ANSI). c) O elo fusível deverá suportar as correntes de in-rush produzidas na magnetização do transformador. EX: IE > 1,5 * In Onde, IE = corrente do elo fusível; 1,5 = fator de sobrecarga; In = corrente nominal do transformador. Considerações: Ponto ANSI – 2 segundos (In/Ztr) Ponto In-Rush – 0,1 segundos (8 a 12 * In) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 137 de 190 11.1.a . Correntes de In Rush de transformadores Número de transformadores Fator multiplicativo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > 10 12,0 8,3 7,6 7,2 6,8 6,6 6,4 6,3 6,2 6,1 6,0 Corrente de inrush Tempo de 130 ms ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 138 de 190 11.1.b – Utilização dos elos fusíveis para transformador CAPACIDADE NOMINAL E TIPO DE ELO FUSÍVEL TENSÃO NOMINAL DE SISTEMA (KV) 3,8KV 13,2KV 23KV 34,5KV POTENCIA NOMINAL (KVA) TRANSFORMADORES MONOFÁSICOS 5 10 15 25(*) 37,5 50(*) 75 100(*) TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS 15(*) 30(*) 45 75(*) 112,5 150(*) 225(*) 300 øN øø 6T 10T 15T 25T 30T 40T 65T 1H 2H 3H 5H 8T 10T 12T 15T 3H 6T 10T 15T 25T 30T 40T 65T 1H 2H 3H 5H 6T 8T 12T 20T 1H 1H 2H 3H 5H 5H 8T 10T 1H 1H 1H 2H 2H 3H 5H 6T 1H 1H 2H 3H 5H 5H 8T 10T 1H 1H 2H 3H 5H 5H 6T 1H 1H 1H 2H - * Transformadores com potências nominais padronizadas na Eletropaulo ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 139 de 190 11.2. Religador: a) Deve permitir a máxima corrente de carga admissível no circuito da sua zona de proteção. O critério para determinação da máxima carga no ponto de locação deverá incluir: - Condições usuais de manobra; Limitação da capacidade do cabo (tronco ou ramal); Previsão do acréscimo de carga b) A capacidade de interrupção de ser maior que a máxima corrente de curto-circuito (3φ). c) Deve obter sensibilidade para disparo dos elementos de fase, nas circunferências em que houver a mínima corrente de curto-circuito (φφ), compreendida pela sua zona de proteção. d) Deve obter sensibilidade para disparo do elemento de terra, na condição de mínima corrente de curto-circuito (φTmin), compreendida pela sua zona de proteção. Deve também permitir a máxima corrente de desbalanço do circuito, considerando a queima de pelo menos um fusível do lado da carga, ou ramal com maior carga a montante do equipamento. e) Deve estar ajustado de maneira que os dispositivos de proteção a montante e a jusante operem de acordo com o sistema adotado. EX: - fase: Ic x K < IAJ < Iccmin(φφ) - Terra: ( 0,1 a 0,3 ) x Ic < IAJ < Iccmin(φT) Onde, Ic = Corrente de carga máxima do circuito IAJ = Corrente de disparo do religador Iccmin = Corrente de curto-circuito mínima do circuito φφ do ponto mais distante sem outra proteção K = Fator de sobrecarga ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 140 de 190 Obs: Os circuitos onde as cargas são predominantemente monofásicas, deve-se considerar os seguintes aspectos para o desbalanço: - Fases desbalanceadas pelo módulo da carga; Fases desequilibradas pelo ângulo das cargas (cargas indutivas, resistivas ou capacitivas); Solicitação de demanda em períodos diferentes entre as fases (gradiente das curvas de carga) . Considerando estes aspectos, deve-se optar pelo o ajuste que melhor atenda as necessidade operativas e proporcione a maior sensibilidade ao dispositivo de proteção para as condições de falta. 11.3. Reles de Sobrecorrente: a) Não deve atuar para a máxima corrente de sobrecarga admissível no circuito b) Evitar danos do cabo utilizado no circuito pelos efeitos térmicos das sobrecorrentes (sobrecargas e curto-circuito) c) Obter sensibilidade para disparo, para as mínimas correntes de curtocircuito, compreendida pela sua zona de proteção. Fase: Curto φφ Terra: Curto φTmín d) Acomodar as correntes de desbalanço oriundas do circuito, ocasionadas por atuação de dispositivos de proteção monofásicos a jusante ao relé ou por desbalanço admissível de corrente entre as fases e manobras 11.3a) Relé Sobrecorrente Temporizado de Fase e Terra – 51 a 51N Fase – 51 IcMax x K < IAJ51 < Icc(φφ) Terra – 51N (0,1 a 0,5) * Icmax x K < IAJ51N < Iccmin (φT) K = 1,5 ( Fator de sobrecarga – Característica : Admissível por 2 Horas ) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 141 de 190 Obs: Conforme descrição dos itens d) e e), estudos de balanceamento e remanejamento de cargas devem ser considerados, usando maior sensibilidade das proteções de sobrecorrente de terra (51N), proporcionando melhor desempenho dessas proteções. 11.3b) Relé Sobrecorrente Instantâneo de fase e terra – 50 e 50N Fase - 50: ( 50 + Fusível ) = IAJ50 < Icc(φφ) + TD : Menor valor de Curto-circuito φφ do ponto mais distante sem proteção ( Sistema Seletivo ) ou ( 50 + Religador ) = IAJ50 < Icc(φφ) + TD : Menor valor de Curto-circuito φφ até o ponto de instalação do Religador ( Sistema Coordenado ) Terra - 50N: ( 50 + Fusível ) = IAJ50N < Icc(φT) + TD : Menor valor de curto-circuito φT do ponto mais distante sem proteção ( Sistema Seletivo ) ou ( 50 + Religador ) = IAJ50N < Icc(φT) + TD : Menor valor de curto-circuito φT até o ponto de instalação do Religador ( Sistema Coordenado ) Onde TD = Time-Delay em 10 ciclos ( 167 ms ), podendo ser ajustados de acordo com a necessidade do estudo. Obs - A determinação dos ajustes dos elementos 50 e 50N devem levar em consideração o critério de coordenação ou seletividade desejado, em relação as proteções a jusante a estes elementos. Nota - Nas ocasiões em que houver consumidores com tranformadores de grande potência ou grande potência total instalada, devido a carga e corrente de in rush, poderá haver a necessidade do estudo de proteção específico, visando a coordenação entre a instalação consumidora e os dispositivos de retaguarda. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 142 de 190 11.4. Considerações dos Transformadores de Corrente – TC a) Deve suportar a máxima corrente de curto-circuito (3φ) no seu ponto de locação. b) A relação de transformação deve ser maior ou igual a máxima corrente de carga, considerando sua capacidade térmica (sobrecarga). IpTC > Ic / FT IpTC > Iccmax / FS ou IccMax < 20 x IN Onde, Ic = Corrente de carga máxima; FT = Fator térmico (sobrecarga); IccMax = Corrente máxima de curto-circuito; FS = Fator de sobrecorrente (20 x IN). 12. COORDENAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 12.1. Geral 12.2. Definição Elemento Protegido e Elemento Protetor • • Elemento Protegido: é o dispositivo de proteção que está instalado do lado da Fonte de Energia (ETD). Elemento Protetor: é o dispositivo de proteção que será instalado do lado da carga. A Figura 12.A ilustra situações relativas às definições acima. O elemento protegido deverá coordenar com o elemento protetor com base nos critérios adiante expostos. 12.2.1. Curvas Características (t x I) A atuação dos elos fusíveis, religadores e relés de sobrecorrente é verificada através das curvas características (t x I) aos mesmos, escala, representadas em papel log-log numa mesma escala. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 143 de 190 Figura 12.A ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 144 de 190 Figura 12.B ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 145 de 190 12.3. Coordenação Relé – Elo Fusível 12.3.1. Critério geral A coordenação entre relé – elo fusível, tem como premissa básica a adoção do sistema seletivo entre os elementos de sobrecorrentes instantâneos ( 50 / 50N ) da subetação ( ETD ) e o elo fusível. A utilização da temporização de 10 ciclos ( ~167 ms ) sobre os elementos 50 e 50N, tem como objetivos principais: - Acomodar as correntes de IN-RUSH, oriundas das correntes de magnetização do circuito, nas circunstâncias de manobras. Permitir a fusão do elo fusível antes da atuação do elemento 50 ou 50N, nas condições de falta. Por sua vez, havendo a fusão do elo fusível de modo seletivo com os elementos 50 e 50N, agregam: - Diminuição do número de operações do disjuntor na ETD Evita interrupções de curta duração para faltas transitórias Preserva a continuidade de fornecimento do tronco Geralmente as interrupções nos ramais ( ou a jusante ao elo ) é de 1/3 da carga ( considerando a fusão de 1 elo ). 12.3.2 – Seqüência de operação 12.3.2A – Sistema seletivo A.1 - Faltas transitórias ou permanentes, a jusante ao elo fusível: - Deverá haver a fusão do elo fusível A.2 – Faltas transitórias ou permanentes, a jusante ao elo fusível, com falha ou omissão de atuação do elo fusível: - ND – 3.001 Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 50/51 ou 50/51N Bloqueio dos elementos 50 e 50N Religamento automático do disjuntor da ETD – 1o Religto em 1 seg Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N Religamento automático do disjuntor da ETD – 2o Religto em 25seg Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N Religamento automático do disjuntor da ETD – 3o Religto em 35seg Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N Bloqueio automático do religamento do disjuntor da ETD ( Falta permanente ) Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 146 de 190 - Emissão de alarme para CÓS 12.3.2B – Sistema coordenado B.1 - Faltas transitórias ou permanentes, a jusante ao elo fusível: Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 50 ou 50N Bloqueio dos elementos 50 e 50N Religamento automático do disjuntor da ETD – 1o Religto em 1 seg - Atuação do elo fusível - B.2 – Faltas transitórias ou permanentes, a jusante ao elo fusível, com falha ou omissão de atuação do elo fusível: - Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 50 ou 50N Bloqueio dos elementos 50 e 50N Religamento automático do disjuntor da ETD – 1o Religto em 1 seg Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N Religamento automático do disjuntor da ETD – 2o Religto em 25seg Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N Religamento automático do disjuntor da ETD – 3o Religto em 35seg Abertura do disjuntor da ETD através dos elementos 51 ou 51N Bloqueio automático do religamento do disjuntor da ETD ( Falta permanente ) Emissão de alarme para COS Nota1 - Geralmente, utiliza-se 3 religamentos automáticos. Há casos com apenas 1 religamento automático ( redes 3,8 kV ) ou nenhum religamento ( cabos subterrâneos ) Nota2 – Conforme a limitação pelo ciclo de religamento do disjuntor, o sistema de proteção ( relé + disjuntor ) pode ter temporizações de religamentos diferentes da padronizada. 12.3.3 – Condições fundamentais - - - ND – 3.001 Como regra geral, o elo fusível deve atuar, para condições de sobrecorrentes, antes dos elementos 50 e 50N, isolando o trecho sob falta. Os elementos 50 e 50N deverão suportar as sobrecorrentes ( faltas ), num intervalo de tempo mínimo satisfatório, que garanta a seletividade com os elos fusíveis. Os elementos 51 e 51N devem estar seletivos com o elo fusível, de modo a garantir a fusão do elo. Para tal condição, deverá existir uma diferença de tempo de pelo menos 0,2 segundos entre Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 147 de 190 a curva de interrupção ( tempo total ) do elo e a curva dos elementos 51 e 51N. 12.3.4 – Limites de coordenação - - Limite máximo de coordenação : É o maior valor de corrente de curto-circuito, em que o tempo máximo de atuação do elo fusível ( tempo de fusão + tempo de ruptura ), é menor que o tempo de atuação do relé 50 ou 50N. Limite mínimo de coordenação : É o menor valor de corrente de curto-circuito, em que o tempo máximo de atuação do elo fusível ( tempo de fusão + tempo de ruptura ), é menor que o tempo de atuação do relé 51 ou 51N. Obs – A metodologia para a ajuste dos relés ( 50 e 50N ) e determinação da capacidade do elo fusível, define como padrão genérico a preservação da seletividade. Porém casos em que haja dificuldades em atender plenamente ao critério, pode-se admitir condições restritas para a seletividade. As figuras 12.3A e 12.3B, representam uma modelagem de coordenação entre elo fusível e relés sobrecorrente instantâneos e temporizados de fase e neutro - 50/50N e 51/51N. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 148 de 190 FL.01/02 Figura 12.3A – Coordenação elo fusível x relés 50 / 51 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 149 de 190 FL.02/02 Figura 12.3B – Coordenação elo fusível x relé 50 / 51N ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 150 de 190 12.3.2. Tabelas de Coordenação As Tabelas 12.3.C e 12.3.D apresentam as possibilidades de coordenação entre elos fusíveis tipo T e relés de sobrecorrente tipo CO-8, em relação aos limites mínimos e máximos de coordenação, descritos nas mesmas, e com base nas seguintes considerações. • Os valores indicados nas Tabelas foram obtidos para o tempo total de interrupção do fusível igual ao tempo de atuação do elemento instantâneo dos reIés. • Quando a curva do relé não intercepta a curva do elo fusível, significa que o limite mínimo depende apenas do fusível, estando tais casos assinalados com um traço. • O tempo considerado para atuação do elemento instantâneo é de 1 (um) ciclo, e para interrupção no disjuntor é de 8 (oito) ciclos. • Quando o tempo de atuação do relé temporizado for menor que o tempo de interrupção do elo fusível, ou quando o limite mínimo de coordenação é maior que o limite máximo de coordenação, significa que não há coordenação entre os mesmos, estando tais casos assinalados com NC (não coordena). RELÉ TIPO CO-8 WESTINGHOUSE AJUSTE DE FASE TEMPORIZAÇÃO (ALAVANCA) TC = 120 / 1 TAP 5A 0.5 1.0 FUSÍVEIS 1.5 2.0 I1 (A) AJUSTE DE FASE TEMPORIZAÇÃO (ALAVANCA) I2 (A) 25 - - - - 290 30 - - - - 370 40 - - - - 460 50 - - - - 600 65 - - - - 750 80 - - - - 1.000 100 - - - - 1.300 140 900 - - - 2.000 200 NC 2.000 1.400 1.200 3.200 Tabela 12.3A - Considerando um tempo total de desligamento do circuito (tempo de atuação relé + disjuntor) de 9 ciclos ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 151 de 190 RELÉ TIPO CO-8 WESTINGHOUSE AJUSTE NEUTRO TEMPORIZAÇÃO (ALAVANCA) TC = 120 / 1 TAP 1,5A 0.5 1.0 FUSÍVEIS 1.5 2.0 AJUSTE NEUTRO TEMPORIZAÇÃO (ALAVANCA) I1 (A) I2 (A) 25 - - - - 290 30 - - - - 370 40 - - - - 460 50 400 - - - 600 65 NC - - - 750 80 NC 600 400 350 1.000 100 NC 1.000 600 500 1.300 140 NC NC 1.700 1.400 2.000 200 NC NC NC 2.800 3.200 Tabela 12.3B - Considerando-se um tempo total de desligamento do circuito (tempo de atuação relé + disjuntor) de 9 ciclos • Exemplo de Interpretação das Tabelas de Coordenação Para o estudo de coordenação entre relé tipo CO-8 e fusível 140 T os valores das tabelas devem ser interpretados da seguinte forma: a) Relés de Fase, com instantâneo ajustado em 1.200 A (Tabela 12.3A) e para a temporização (0,5), tem-se: ND – 3.001 • 1 < 900 A implicará numa atuação do relé antes da atuação do elo fusível (intervalo não seletivo). • 900 A < I < 1.200 A (ajuste do instantâneo - 50) implicará em atuação do fusível antes da atuação do elemento temporizado (51). • 1.200 A < I < 2.000 A implicará em atuação no instantâneo antes da atuação do elo fusível, possibilitando que na condição de curto-circuito temporário seja evitada a sua queima. Caso o curtocircuito seja permanente a queima do fusível ocorrerá após o religamento, pois o elemento Instantâneo (50) estará bloqueado. Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 152 de 190 • 1 > 2.000 A não é garantIda a proteção do fusível, através do elemento instantâneo do relé, uma vez que ambos poderão atuar mesmo na condição de curto-circuito temporário. Para as demais temporizações do relé (1,0 - 1,5 -2,0) e para 1 < 900 A não existirá seletividade entre os elementos de proteção. b) Relé de Neutro, instantâneo 500 A (Tabela 8.2): A interpretação é análoga àquela acima efetuada, exceto no caso das temporizações 0,5 e 1,0. Nestes casos, a atuação do elo fusível é sempre posterior a atuação do elemento temporizado (51). Não há seletividade para defeitos permanentes. 12.4. Coordenação Relé - Religador 12.4.1. Critérios Gerais (RER) A coordenação entre relé e religador deverá ser estudada com base nos seguintes critérios: - As correntes iniciais de atuação da bobina série e disparo de terra do religador deverão ser menores que as correntes de início de operação (pick-up) dos relés de fase e de neutro. - A soma dos avanços do contato móvel (no caso de relés eletromecânicos) devida aos religamentos, por parte do religador, deverá ser inferior ao avanço total para a atuação do relé, para qualquer valor de corrente de curto-circuito dentro da zona de proteção considerada. - Para qualquer corrente de curto-circuito na zona de operação do religador, o tempo de operação desse equipamento, através de suas curvas temporizadas de fase e de neutro, deve ser menor que o tempo de atuação dos relés das unidades temporizadas de fase e de neutro, respectivamente. - No caso de se tornar inoperante o religador de linha, fechando-se o seccionador de contorno (By-pass), os relés da ETD devem resguardar a zona de proteção do religador, ou seja: ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 153 de 190 o A corrente de partida (pick-up) da unidade temporizada do relé de fase deve ser menor que a mínima corrente de curto-circuito fasefase, na zona de proteção do religador; o A corrente de ajuste da 'unidade temporizada do relé de neutro deve ser menor que a corrente de curto-cIrcuIto mínIma na zona de proteção do religador; o Caso as condições anteriores não sejam atendidas, o by-pass deve ser constituído por chave faca sem elos fusíveis, sendo que no poste anterior ao religador deverá ser utilizado chave faca com elos fusíveis, quando a bobina série do religador for igualou inferior a 160 A. As condições citadas são ilustradas na Figura 12.4A ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 154 de 190 Figura 12.4A – Coordenação Relé x Religador ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 155 de 190 12.4.2. Método para Verificação de Coordenação A coordenação Relé-Religador estará assegurada quando a soma percentual relativa dos avanços e rearme do disco do relé for inferior a 100%. Tal evento poderá ser obtido com auxílio da Tabela 8.3, considerada individualmente para os curtos-circuitos entre fases e curtos-circuitos fase-terra, ou seja, para os ralés de fase e de neutro. AVANÇO REARME SOMA TEMPO DE TEMPO DE SEQUENCIA DE OPERAÇÃO DO CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO RELÉ DO RELÉ RELATIVA (%) (%) (%) (SEG) (SEG) RELIGADOR 1ª 2ª 3ª 4ª TOTAL Tabela 12.4B A Tabela 12.4B deverá ser preenchida com base nas seguintes considerações a) Tempo de Operação Rápida: deverá ser preenchido com o valor obtido através da curva de operação rápida do religador. b) Tempo de Operação Retardada: deverá ser preenchido de modo análogo ao anterior, obtendo-se o valor através da curva de operação retardada do religador. c) Tempo de Religamento: preencher com o tempo de religamento do religador. d) Avanço do Relé: deverá ser preenchido com o valor calculado da seguinte forma: Avanço do disco do relé = (A/T1) x 100% onde: A = tempo de operação rápida ou retardada do religador com base na corrente de curto-circuito considerada; T1= tempo de operação do relé com base na corrente de curto circuito considerada. e) Rearme do Relé: deverá ser preenchido com o valor calculado da seguinte forma: Retorno do disco do relé = (B/T2) x 100% ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 156 de 190 onde: B = tempo de religamento do religador; T2 = tempo necessário para rearme do relé (ver catálogo técnico do respectivo fabricante). f) Soma Relativa: esta coluna deverá ser preenchida com diferença a avanços-rearmes: caso o valor resultar negativo, o mesmo deverá ser considerado nulo. Na ultima operação do religador, não será considerado o tempo de religamento assim como o tempo de rearme. A coordenação relé-religador estará assegurada quando o valor total da soma relativa for Inferior a 100%. 12.4.3. Exemplo de Aplicação Com base na Figura 12.4A tem-se os seguintes dados: • Relés de Fase (50/51) ligados em TC com relação de transformação 120/1: o Tipo CO-8; o FaIxa de ajuste de corrente (TAP): 1 a 12. • Relé de Neutro (.50/51)N ligados no mesmo TC: o Tipo CO-8; o Faixa de. ajuste de corrente (TAP): 0,5 a 2,5. • Religador: o Tipo: KF - 100A; o Tempo de religamento. = 2 segundos; o Seqüência de operação: 1 (curva A); 3 (curva B). • Níveis de curto-circuito considerados na zona de proteção do religador: o Icc 3ø = 1950 A; o Icc øT = 1192 A. a) Verificação da coordenação entre o religador e os relés de fase: Temporização adotada: curva 1, implicando num tempo de retorno do disco igual a 5,2 seg ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 157 de 190 1ª. Operação do religador (curva A) Avanço do disco = (Tempo de operação do relig. na curva A / Tempo de operação do relé) x l00% = (0,042 seg / 0,66 seg) x l00% = 6,4% O retorno do disco do relé durante o intervalo de tempo em que o religador estiver aberto será: Retorno do disco = (2 seg / 5,2 seg ) x 100% = 38,5% > 6,4%, Isto indica que o disco voltará a posição inicIal. 2ª. Operação do religador (curva B) Sendo o tempo de operação do religador em tal curva de 0,16 seg, temse: Avanço do disco = (0,16 / 0,66) x 100% = 24,2% Retorno do disco = (2 seg / 5,2 seg) x 100% = 38,5% > 24,2% Tal resultado indica que o disco voltará a posição iniciaI. Como o disco volta à posição inicial após o intervalo de tempo em que o religador fica aberto, após cada operação temporizada, conclui-se que há coordenação, não havendo necessidade do prosseguimento do cálculo para as operações subseqüentes. A Tabela auxiliar para verificação de coordenação ficaria conforme a Tabela 12.4C AVANÇO REARME SOMA TEMPO DE TEMPO DE SEQUENCIA DE OPERAÇÃO DO CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO RELÉ DO RELÉ RELATIVA (%) (%) (%) (SEG) (SEG) RELIGADOR 1ª A 0,042 2 6,4 38,5 0 2ª B 0,16 2 24,2 38,5 0 3ª B 0,16 2 24,2 38,5 0 4ª B 0,16 24,2 24,2 TOTAL 24,2 Tabela 12.4C b) Verificação da coordenação entre o religador e o relé de neutro. Para se evitar a operação do relé de neutro por desbalanço de carga no circuito o ajuste de corrente corresponderá ao TAP = 1.5 A (180A). ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 158 de 190 Temporização adotada: curva 2, implicando num tempo de retorno do disco igual a 12 seg. 1ª. Operação do religador (curva A ou curva de terra 1) Avanço do disco = (Tempo de operação do religador curva A / Tempo de operação do relé) x 100% = (0,05 seg / 0,61 seg)x 100% = 8,2% (para Icc øT = 1192 A) Retorno do disco do relé durante o intervalo de tempo em que o religador estiver aberto: Retorno do disco = (2 seg / 12 seg) x 100% = 16,7% > 8,2%, Isto indica que o disco voltará à posição inicial. 2ª. Operação do religador (curva B ou curva de terra 6) O tempo de operação do religador na curva B é de 0,24 seg: Avanço do disco = (0,24 seg / 0,61 seg) x 100% = 39,3% O retorno do disco corresponderá ao mesmo valor obtido para. a 1ª. Operação do religador ou seja 16,7% A posição em que o disco se encontra na ocorrência da 3ª operação do religador corresponderá a 39.2 - 16,7 = 22,6% de seu curso. 3ª. Operação do religador (curva B ou curva de terra 6) Os valores são idêntIcos aos calculados para a 2ª. operação: avanço do disco = 39,3% e retorno do disco igual a l6,7%. 4ª. Operação do religador (curva B ou curva de terra 6): avanço do disco. = 39,3%. A Tabela 12.4D resume os cálculos anteriormente realizados. AVANÇO REARME SOMA TEMPO DE TEMPO DE SEQUENCIA DE OPERAÇÃO DO CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO RELÉ DO RELÉ RELATIVA (%) (%) (%) (SEG) (SEG) RELIGADOR 1ª A/1 0,05 2 8,2 16,7 0 2ª B/6 0,24 2 39,3 16,7 22,6 3ª B/6 0,24 2 39,3 16,7 22,6 4ª B/6 0,24 39,3 39,3 TOTAL 84,5 Tabela 12.4D ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 159 de 190 • Conclusão: com base em tais ajustes haverá coordenação entre os Relés de Fase e Neutro e o Religador, pois a soma relativa resultou menor que 100%. 12.5. Coordenação Religador – Fusível 12.5.1. Critérios Gerais (RF) A coordenação entre Religador e fusível deverá ser estudada com base nos seguintes critérios: - O religador deverá ser ajustado para operar na curva rápida e em seguida na curva lenta. A coordenação desejada consiste em que o elo fusível não queime durante a atuação do religador conforme a característica instantânea, mas sim durante a atuação do mesmo conforme a característica temporizada(vide Figura 8.5). Os valores de ajuste do religador deverão permitir coordenação com os equipamentos de proteção a montante e a jusante do mesmo. - O ajuste de disparo de fase do religador deverá ser menor que a corrente mínima de defeito fase-fase, dentro da zona de proteção do religador incluindo, sempre que possível, trechos a serem adicionados nas condições de manobras usuais (vide Figura 12.5A). - O ajuste de disparo de terra do religador deverá ser: (conforme ilustração da Figura 12.5B) o Menor que a corrente mínima de defeito fase-terra dentro da zona de proteção ao religador: o Maior que a máxima corrente de desbalanço para o neutro, considerando-se a queima de um fusível a jusante. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 160 de 190 Figura 12.5A – Coordenação Religador x Elo fusível – Faltas entre fases ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 161 de 190 Figura 12.5B – Coordenação Religador x Elo Fusível – Faltas para terra ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 162 de 190 - Considerando que normalmente é difícil obter coordenação para todos os valores de correntes de falta, as condições de coordenação deverão ser satisfeitas, pelo menos para a corrente mínima de falta fase-terra. Tem-se procurado usar o fusível de menor corrente nominal que coordena com o religador, para corrente de curto-circuito fase-terra mínima. TEMPO DE RELIGAMENTO (SEG) 0,5 FATOR K UMA OPERAÇÃO DUAS OPERAÇÕES RAPIDA RAPIDAS 1,2 1,8 1 1,2 1,35 1,5 1,2 1,35 2 1,2 1,35 Tabela 12.5C - Fator de Segurança para Religadores (K) ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 163 de 190 Figura 12.5D – Seqüência de operação do religador 2 rápidas + 2 retardadas ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 164 de 190 Figura 12.5E – Coordenação Religador x Elo Fusível Curvas rápidas e lentas ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 165 de 190 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 166 de 190 As tabelas a seguir fornecem os limites de coordenação RELIGADOR TIPO BOBINA FAIXA DE COORDENAÇÃO AJUSTES KF 100A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii KF 100A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 KF 160A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii KF 160A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 KF 225A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii KF 225A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 FUSÍVEIS 15T 20T 25T 30T 40T Tabela 12.5F – Coordenação Religador Tipo KF – Fusível ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. 50T 65T 80T 100T 140T 200T Página 167 de 190 RELIGADOR TIPO BOBINA FAIXA DE COORDENAÇÃO AJUSTES R 100A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii R 100A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 R 160A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii R 160A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 R 225A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii R 225A AB - 1 E 6 LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 FUSÍVEIS 15T 20T 25T 30T 40T Tabela 12.5G – Coordenação Religador Tipo R – Fusível ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. 50T 65T 80T 100T 140T 200T Página 168 de 190 RELIGADOR TIPO BOBINA FAIXA DE COORDENAÇÃO AJUSTES RV 100A AB LCC MIN (A) Ii RV 100A AB LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 RV 140A AB LCC MIN (A) Ii RV 140A AB LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 FUSÍVEIS 15T 20T 25T 30T 40T 50T Tabela 12.5H – Coordenação Religador Tipo RV – Fusível ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. 65T 80T 100T 140T 200T Página 169 de 190 RELIGADOR TIPO BOBINA FAIXA DE COORDENAÇÃO AJUSTES L 100A AeB LCC MIN (A) Ii L 100A AeD LCC MIN (A) Ii SEQUENCIA 2X2 LCC MAX (A) I2 SEQUENCIA 1X3 LCC MAX (A) I2 FUSÍVEIS 15T 20T 25T 30T 40T Tabela 12.5I – Coordenação Religador Tipo L – Fusível ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. 50T 65T 80T 100T 140T 200T Página 170 de 190 12.6. Coordenação Religador – Religador 12.6.1. Critérios Gerais (RR) Em casos especiais, em que for justificada a locação de religadores em série, a coordenação entre os mesmos deverá ser estudada com base nos seguintes critérios: - Utilizando-se curvas de atuação retardadas diferentes quando as bobinas série dos religadores forem iguaIs - Utilizando-se a mesma seqüência de operações retardadas, porém com bobinas série diferentes. - Utilizando-se bobinas série diferentes e sequênciais de operações lentas diferentes. Os critérios acima são baseados no fato de que dois religadores em série, com curvas de atuação (t x I) separadas por mais que 0,2 segundos, não operarão simultaneamente. As Figuras 12.6A e 12.6B representam as situações descritas pelos critérios acima. - No caso de não se conseguir a diferença de 0,2 segundos entre os tempos de operação dos religadores, a coordenação é obtida adotando-se para o religador protegido numero total de operações superior ao do religador protetor. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 171 de 190 Figura 12.6A – Coordenação Religador x Religador ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 172 de 190 Figura 12.6B – Coordenação Religador x Religador ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 173 de 190 12.6.2. Coordenação entre Religadores do Tipo KF A coordenação entre dois religadores é verificada quando o tempo de operação do religador protegido é maior que o tempo de operação do religador protetor com a diferença mínIma de 0,2 segundos.Não é possível ter coordenação durante as operações rápidas dos religadores; nestes casos os mesmos podem operar simultaneamente. A fim de reduzir o número de operações ao religador protegido é desejável que o mesmo tenha menor número de operações rápidas que o religador protetor. No caso de não se conseguir a diferença de 0,2 segundos entre os tempos de operação dos religadores, a coordenação é obtida adotando-se para o religador protegido um número total de operações superior ao do religador protetor. Na Tabela 12.6C estão indicados os valores máximos das correntes de curtocircuito para as quais existe coordenação entre os religadores tipo KF. RELIGADOR PROTEGIDO RELIGADOR PROTETOR KF 100 AC KF 160 AB KF 160 AC KF 225 AB KF 225 AC KF 100 AB 800 A 100 A 1 900 A 1 600 A 2 800 A KF 100 AC NC NC 1 500 A ! 300 A 2 500 A KF 160 AB NC NC 1 300 A 1 200 A 2 300 A KF 160 AC NC NC NC NC 1 700 A KF 225 AB NC NC NC NC 1 900 A NOTA: O tempo da proteção de terra do Religador protetor deverá ser menor que o tempo do Religador protegIdo. Tabela 12.6C - Coordenação Religador KF - Religador KF A coordenação entre outros tipos de religadores ou combinações entre os mesmos deverá ser ver1ficada através das curvas de atuação dos mesmos. 12.7. Coordenação Religador - Seccionalizador 12.7.1. Critérios Gerais A coordenação entre religador e seccionalizador deverá ser estudada com base nos seguintes critérios: O seccionalizador deverá sentir todas as correntes de defeito que provocam Interrupções no religador. Isto é obtido utilizando-se os valores das bobinas série nos dois dispositivos de proteção iguais a: ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 174 de 190 o 200% da corrente nominal do circuito, para o rellgador; o 160% da corrente seccionalizador. nominal ao circuito, para o - O numero de contagens para abrir definitivamente o seccionalizador deverá proporcionar a abertura ao mesmo na penúltima interrupção do religador (vide Figura 12.7A). • Na existência de mais de um seccionalizador em série, o seccionalizador mais distante do religador deverá ser ajustado para abrir com um numero menor de operações que o seccionalizador mais próximo do religador. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 175 de 190 Figura 12.7A ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 176 de 190 12.8. Coordenação Religador – Seccionalizador – Elo Fusível 12.8.1. Critérios Gerais (RSF) A coordenação entre religadores, seccionalizador e elo fusível deverá ser estudada com base nos seguintes critérios: - O reIigador deverá ser ajustado para uma operação rápida mais três lentas e o seccionalizador para três operações (vide Figura 12.8A). - O religador e elo fusível deverão estar coordenados conforme critérios do item 12.7 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 177 de 190 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 178 de 190 12.9. Critérios para Coordenação de Elos Fusíveis Para determinação da capacidade dos elos fusíveis, de maneira a atender aos requisitos de proteção aos equipamentos e seletividade entre os mesmos, devem ser obedecidos os critérios: - O elo fusível protegido deve coordenar com o elo fusível protetor pelo menos para a mínima corrente de curto-circuito fase-terra, no ponto da instalação do protetor. Caso o elo protetor seja o do transformador de distribuição, a coordenação com o elo-protegido poderá ser desprezada, se tal coordenação implicar em corrente nominal elevada do elo-protegido, tendo como prejuizo a seletividade de proteção dos demais dispositivos de proteção do circuito primário. - Para a coordenação de elos fusíveis tipo "T" deve ser uttilizados na tabela 12.9A Fusível – Lado da fonte TxT 6T 8T 10T 12T 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 8T 10T 12T 15T 20T 25T 30T 40T 50T 65T 80T 100T 140T 200T Tabela 12.9A – Coordenação Fusível x Fusível ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 179 de 190 ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 180 de 190 - Caso exista um número eLevado de fusíveis em série, que impliquem em não coordenação seletiva do sistema, a quantidade de fusíveis deverá ser reduzida ou então deverá ser instalado um religador ou um seccionalizador. - Na escolha aos elos fusíveis para a proteção dos transformadores de distribuição das ET´s deverá ser aplicada a Tabela 12.9B - Na escolha dos elos fusíveis para a proteção bancos de capacitores deverá ser aplicada a Tabela 12.9D A coordenação entre elos fusíveis poderá ser verificada da comparação das curvas características dos mesmos (t x I) em papel log-log correspondendo ao formato padrão. Neste caso para que a coordenação entre os elos fusíveis seja satisfatória o tempo total de Interrupção do elo fusível protetor não deverá exceder 75% do tempo mínimo de fusão do elo fusível protegido. Na Figura 12.9B encontra-se exemplo de coordenação de elos fusíveis, verificados através das características (t x I). CAPACIDADE NOMINAL E TIPO DE ELO FUSÍVEL TENSÃO NOMINAL DE SISTEMA (KV) 3,8KV 6,6KV 13,2KV 23KV 34,5KV POTENCIA NOMINAL (KVA) TRANSFORMADORES MONOFÁSICOS øN øø 5 1H 1H 1H 1H 10 6T 2H 2H 1H 1H 1H 15 10T 3H 3H 2H 1H 1H 25(*) 15T 5H 5H 3H 2H 2H 37,5 25T 8T 5H 2H 3H 50(*) 30T 10T 10T 5H 3H 5H 75 40T 15T 12T 8T 5H 5H 100(*) 65T 20T 15T 10T 6T 6T TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS 15(*) 3H 2H 1H 1H 1H 30(*) 6T 5H 2H 1H 1H 45 10T 5H 3H 2H 1H 75(*) 15T 8T 5H 3H 2H 112,5 25T 12T 6T 5H 150(*) 30T 20T 8T 5H 225(*) 40T 25T 12T 8T 300 65T 40T 20T 10T Tabela 12.9B - (*) Transformadores com potências nominais padronizadas ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 181 de 190 Figura 12.9C ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 182 de 190 FUSÍVEL (T) TENSÃO POTENCIA ENTRE FASES LIGAÇÃO DO BANCO DO CIRCUITO DO BANCO (KVAR) (KV) 3,8 ESTRELA ATERRADA UNIDADE (kvar) 15 25 100 200 CORRENTE MIN. DE CURTOCIRCUITO (A) 135 25 - - - 250 180 30 (40*) - - - 300 (400) 270 ** - - - - 300P ** 50 (Z1) 50 - 500 360 ** - - - - 540 ** - - - - 600P ** ** 100 (Z1) 100 1000 FUSÍVEL (T) TENSÃO POTENCIA ENTRE FASES LIGAÇÃO DO BANCO DO CIRCUITO DO BANCO (KVAR) (KV) 13,2 ESTRELA ATERRADA UNIDADE (kvar) 50 100 200 CORRENTE MIN. DE CURTOCIRCUITO (A) 300 15 15 (20*) - 300 (400) 600P 30 30 (40*) 30 (40*) 900 ** 50 - 500 1200P ** 65 65 650 300 (400) FUSÍVEL (T) TENSÃO POTENCIA ENTRE FASES LIGAÇÃO DO BANCO DO CIRCUITO DO BANCO (KVAR) (KV) 23 ESTRELA ATERRADA UNIDADE (kvar) 100 200 CORRENTE MIN. DE CURTOCIRCUITO (A) 600P 20 (25*) 20 (25*) 200 (250) 1200P 40 (50*) 40 (50*) 400 (500) Tabela 12.9D – Fusíveis, Bancos e Unidades de Capacitores padronizados ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 183 de 190 Observações: • Os valores nominais dos elos fusíveis não assinalados notação (z1) implicam em proteção das unidades dos bancos capacitores dentro da zona segura (probabilidade de ruptura entre 0 e 10%) • Quando houver necessidade de formar um banco de capacitores elementos diferentes , devem ser utilizados elos fusíveis que protejam o elemento de menor capacidade. • Para um eficiente desempenho dos elos fusíveis na eliminação defeitos nos capacitores é recomendável que os níveis de curto–circuito fase-terra (no caso da ligação do banco em delta ) não sejam inferiores a 10 x inom *: Utilizados em casos muito freqüentes de queima de fusíveis ** : Não se recomenda o banco com fusível de grupo. Z1 : Zona 1 de probabilidade de ruptura do tanque do capacitor ocorrência de curto-circuitos internos ao (probabilidade entre 10 e 50% - utilizável em lugares ruptura da caixa e/ou escorrimento do liquido não cause – conforme norma NEMA). P : Potencia padronizada da unidade ou do banco. 12.10. Coordenação das Proteções de Entradas Primarias (EP) Os critérios seguintes têm a finalidade de orientar de uma forma genérica as graduações dos relés de sobrecorrente do djsjuntor geral da entrada de consumidores primários.Contudo, cada caso deverá ser estudado levando-se em consideração as particularidades na instalação do consumidor e do circuito primário. Os relés deverão possuir faixas de ajuste que permitam efetuar as graduações determinadas. Quando houver previsão de acréscimo de carga, as graduações deverão ser baseadas nas condições iniciais e compatibiIizadas por ocasião da efetivação dos acréscimos. Deve-se orientar o consumidor no sentido de que as faixas de ajuste dos relés e, no caso de relés indiretos, a relação de TC´s de proteção, sejam escolhidos de maneira a serem compatíveis com os acréscimos de carga previstos. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 184 de 190 12.10.1. Relés lndiretos Quando forem utilizados relés indiretos, devem ser previstos dois ou três de fase e um de neutro, com atuação temporizada (de preferência com característica tempo x corrente muito inversa) e instantânea. 12.10.1.1. Graduação dos Relés de Fase • Elemento Temporizado: Os ajustes de tempo deverão ser os menores possíveis e escolhidos segundo os seguintes critérios: a) Coordenar com a proteção do circuito primário. b) A curva de temporização adotada deverá estar abaixo da curva ANSI, não interceptando nenhum ponto da mesma. Este critério é aplicável quando existir somente um transformador. No caso de existência de mais de um transformador com proteção individual este critério não deverá ser considerado. c) E desejável que a curva de temporização adotada fique abaixo da curva de tempo mínimo de fusão do elo fusível do ramal de entrada do consumidor, possibilitando desta forma que para curto-circuito interno haja desligamento do disjuntor antes da queima do fusível. Se esta condição implicar em super dimensionamento do elo fusível este critério poderá ser negligenciado. O elo fusível deverá ser dimensionado conforme item 11. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 185 de 190 Figura – 12.10A ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 186 de 190 Figura – 12.10B ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 187 de 190 d) A curva de temporização dever estar acima do ponto de magnetização (M) que deve representar a condição mais desfavorável de corrente transitória de magnetização do(s) transformador (es) da EP, durante a energização do(s) mesmo(s). O ponto de magnetização é admitido como sendo de 8 a 10 vezes a corrente nominal do(s) transformador(es), com tempo de 0,1 s. Caso esta condição implicar em temporização muito elevada, com prejuízo na coordenação com a proteção do circuito primário, considerar somente o maior transformador. e) O rele não deverá operar com picos de corrente de carga, tais como, partida de motores. O ponto de partida (P) deverá ser obtido com base nas condições de partida potência e tipo de motor específicos a cada consumidor devendo ser expresso pela seguinte fórmula: P = 0,9.N.ln em tp segundos, onde: N... mulltiplo da corrente nominal do motor: (6 a 8 ) In .. corrente nominal do motor; . . tp .. tempo de partida. (2 a .3 s) f) Dar uma margem para que o consumidor possa coordenar as proteções situadas no primário e no secundário do transformador, desde que isso não cause prejuízo na coordenação com a proteção do circuito primário. Para isso, verificar a viabilidade de se escolher uma curva que corresponda a um tempo de 0,4 s, com a corrente primária correspondente a um curto-circuito trifásico no secundário. NOTA 1: O valor simétrico da corrente no primário do transformador para curtocircuito trifásico no secundário pode ser calculado, desprezando a impedância do sistema, da seguinte forma: Icc=100. ln/Z onde: ln = corrente nominal do transformador, referida do primário; Z = impedancia do transformador (%). ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 188 de 190 NOTA. 2: O valor da corrente de demanda será baseado na demanda calculada pela Eletropaulo, ou fornecida pelo consumidor, prevalecendo a maior. • Elemento Instantâneo Graduar a corrente de atuação do elemento instantâneo em menor valor possível, procurando obter as seguintes condições: a) Não operar com corrente assimétrica no primário para curto-circuito no secundário do transformador. Considerar este valor como sendo 1.6 vezes a corrente de curto-circuito simétrica. b) Não operar para corrente transitória de magnetização transformadores instalados (8 a 10 vezes a corrente nominal). dos c) No caso de haver dificuldade de coordenação com a proteção do circuito, abandonar a condição "a", se isso possibilitar uma melhoria na coordenação. Se mesmo assim persistir a dificuldade, considerar na condição "b", a corrente transitória de magnetização apenas do maior transformador. 12.10.1.2. Relé de Neutro • Elemento temporizado Cerca de 1/4 da corrente de carga (valor considerado para a graduação dos relés de fase), com temporização tal que coordene com a proteção de neutro do circuito primário. • Elemento lnstantâneo Pouco acima de 10% da corrente no primário para curto-circuito trifásico no secundário do transformador. 12.10.2. Relés Diretos Os relés diretos deverão ser graduados seguindo basicamente os mesmos critérios utilizados para a graduação dos relés de fase indiretos. 12.10.3. Elo Fusível de Entrada O elo fusível de entrada deverá ter a corrente nominal igual ou imediatamente superior ao valor da corrente de graduação do relé de sobrecorrente de fase. Deverá ser também observada a condição de não haver queima do elo ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 189 de 190 devido a corrente transitória de magnetização do(s) transformador(es) e picos de corrente de carga. Nos casos em que o elo de 140 A não for suficiente, deverá ser usada chave-faca, nas tensões de 3,8 kV e 13,2kV.Para 23 kV, o elo máximo deverá ser de 80 A. . 12.11. Critérios Para Proteção de Banco de Capacitores Os fusíveis recomendados para banco de capacitores com proteção individual ou em grupo deverão ser no máximo quatro por fase ligados em paralelo devendo obedecer aos critérios indicados na Tabela 8.14. 13. BlLlOGRAFlA -Capítulos 4 a 5 ELETROPAULO - (TEDIS) - Manual de 'Técnicas de Distribuição Secção 2 Linhas e Redes Aéreas - Subseção 2 - Projeto Capítulo 1 - DistribuiçãO Primária. ELETROPAULO - (GRADE) - Gerência De Redes Aéreas de Distribuição Volume 5/5 - Out/86. ELETROBRAS – Proteção De Sistemas Aéreos de Distribuição .Editora Campus, 1982. Capitulo 7 ELETROPAULO - (TEDIS) - Manual de Técnicas de Distribuição Secção 2 - Linhas e Redes Aéreas - Subseção 2 - Projeto Capítulo 1 - Distribuição Primária. - Capitulo 8 Chave Fusível ou Corta-circuito: . Catálogos dos respectivos fabricantes Religador Automático: . Catálogos dos respectivos fabricantes: McGraw - Edson Company, Reyrolle, Uestinghouse , Seccionalizadores: . Seccionalizadores - DEP/P-CESP . Catálogos dos respectivos fabricantes: McGraw Edson Company, Reyrolle Relé de Sobrecorrente : . Catálogos dos respectivos fabricantes: Westinghouse, General Eletric ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação. Página 190 de 190 Capítulos 9 a 12 ELETROPAULO - (TEDIS) - Manual de Técnicas de Distribuição Secção 2 - Linhas e Redes Aéreas - Subseção 2 - Projeto Capítulo 1 - Distribuição Primária. ELETROBRAS - Proteção Sistemas Aéreos de Distribuição - Editora Campus, 1982. CPFL - Proteção de Redes Aéreas de Distribuição NT-150. ND – 3.001 Diretoria de Engenharia – Gerência de Estudos, Proteção e Automação.