Estudo experimental com propano (R290) em um sistema de ar condicionado Jacqueline Biancon Copetti Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS Ciências Exatas e Tecnológicas – Engenharia Mecânica Av. Unisinos 950, São Leopoldo – RS – Brasil [email protected] Mario Henrique Macagnan [email protected] RESUMEN Na área de refrigeração vem-se buscando fluidos refrigerantes substitutos para o R22 nas diversas aplicações, que possam fornecer um desempenho equivalente, sem excessiva modificação nos componentes do ciclo. O hidrocarboneto propano, ou refrigerante R290, aparece neste cenário como uma alternativa a ser investigada, dadas as suas propriedades termodinâmicas e de transporte e características operacionais. Este trabalho apresenta os resultados de um estudo experimental em um sistema de ar condicionado que convencionalmente opera com R22. Analisou-se e comparou-se o funcionamento do sistema e, em específico, o comportamento do evaporador do tipo serpentina aletada operando com o R290. Dados de temperatura e pressão foram registrados em diferentes pontos do sistema, permitindo verificar o comportamento dos componentes e analisar o desempenho do ciclo através do COP, a capacidade de refrigeração e a potência do compressor. Estudo mais detalhado foi realizado no evaporador, onde verificou-se a distribuição de temperatura do refrigerante, a transferência de calor e a perda de carga. Entre os resultados obtidos vale destacar que a capacidade de refrigeração do R290 foi levemente superior a do R22 associada a uma menor taxa de massa de refrigerante. A carga de R290 no sistema é aproximadamente 50% menor que a do R22, o que é positivo em relação aos aspectos de segurança, pois os hidrocarbonetos são inflamáveis. 1. Introdução Atualmente, na área de refrigeração muitos trabalhos vem sendo realizados na busca de substitutos para os refrigerantes a base de cloro, como é o caso do HCFC-R22, em função dos impactos ambientais resultantes de sua utilização. A dificuldade de substituição está em que este refrigerante é muito versátil e, devido a suas propriedades, se aplica aos mais diversos sistemas. Há mais de uma década vem sendo considerada a possibilidade de voltar a utilizar hidrocarbonetos, como o propano (R290) e o isobutano (R600a) em sistemas de refrigeração (Lorentzen, 1995, Domanski, 1999, Calm, 2004), principalmente de pequeno porte. Na Tabela 1 se apresentam alguns dados comparativos do R22 e do R290 em termos de impacto ambiental e propriedades termodinâmicas, que mostram as vantagens do propano em relação aos índices que medem o impacto ambiental e ao mesmo tempo a equivalência entre suas propriedades termodinâmicas relacionadas ao ponto crítico, temperatura crítica (Tc) e pressão crítica (pc), as quais são particularmente importantes na análise do desempenho do refrigerante no ciclo de compressão a vapor. Página 1 de 9 Tabela 1. Dados do impacto ambiental e propriedades termodinâmicas dos refrigerantes. Refrigerante Tempo na atmosfera (anos) Potencial de aquecimento global (GWP)† Potencial de destruição da camada de ozônio (ODP) 0,05 Massa molar (kg/kmol) R22 12 1700 86,48 (CHClF2) R-290 <1 <20 0 44,10 (C3H8) † GWP relativo ao CO2, como base 100 anos, de acordo com WMO, 1999. Tc, (°C) Pc, (MPa) 96,10 4,97 96,70 4,25 Com base nesta primeira avaliação de dados entre os dois refrigerantes, foi realizada uma simulação do comportamento do ciclo de compressão a vapor com uso do software NIST CYCLE_D (Domanski, Didion e Chi, 2003), considerando condições operacionais representativas da faixa operacional dos equipamentos de refrigeração domésticos de pequeno porte (Copetti et. al, 2005). Na Tabela 2 se apresentam alguns resultados deste trabalho onde se comparam o comportamento do R22 e do R290 para temperaturas de vaporização de -2°C e de condensação de 40°C. Tabela 2. Dados teóricos de desempenho dos refrigerantes no ciclo de refrigeração. Refrigerante COP W (kW/kW) Relação de pressão (descarga /sucção) R22 R290 5,15 4,83 0,196 0,202 3,36 3,13 Super aquecimento na descarga compressor (°C) 19,4 4,6 Efeito de refrigeração (kJ/kg) Capacidade volumétrica 3 (kJ/m ) Volume específico 3 (m /kg) 154,46 263,21 3037,8 2543,8 0,051 0,104 É desejável que o refrigerante substituto tenha pressões mais ou menos iguais a do refrigerante convencional. Estes parâmetros influem na necessidade ou não da substituição, e, portanto no reprojeto, dos equipamentos e acessórios do sistema. Dos dados da Tabela 2 se verifica que o consumo de energia do R290 é em torno de 3% superior ao do R22. As pressões de condensação para temperatura de 40°C são de 1533,6 kPa para o R22 e 1369 kPa para o R290. Para o R290, a capacidade volumétrica de resfriamento é 16,3% menor e a relação de pressão em torno de 7% menor. Além disso, a transferência de calor na refrigeração ocorre, principalmente, na troca de calor latente entre o refrigerante e o fluido a ser refrigerado. No caso do propano na sua mudança de fase o calor latente liberado é maior do que no R22 (por exemplo, na temperatura de -2°C tem-se a entalpia de vaporização de 377,3 kJ/kg do R290 contra 206,6 kJ/kg do R22). Isto indica a possibilidade de usar trocadores de calor mais compactos e, juntamente com o maior volume específico indicado na Tabela 2, resulta na diminuição da carga de refrigerante dentro do sistema. Este fato é particularmente importante para o uso seguro dos hidrocarbonetos devido a flamabilidade (Goetzler et. al, 2000) destes refrigerantes. Estudos mostram que a carga de hidrocarboneto pode ser reduzida entre 1/3 a 1 /2 em relação ao R-22 (Riffat et al, 1997). Neste trabalho se propõe avançar na análise realizando um estudo experimental a partir da montagem de um sistema de refrigeração. Isto tem por objetivo comparar e avaliar o desempenho do ciclo com o hidrocarboneto e, em particular, verificar o comportamento dos refrigerantes no evaporador. 2. Análise experimental A fim de analisar o comportamento dos fluidos refrigerantes foi montada uma bancada experimental que permite avaliar as condições de operação do evaporador tipo serpentina aletada. Esta bancada, apresentada na Figura 1, foi adaptada de um condicionador de ar comercial tipo janela (Springer, 51TQS330-B-761-62, capacidade nominal de 8776 W). O equipamento foi remontado de forma a isolar o evaporador, posicionando-o dentro de um duto onde está montado um sistema de exaustão em uma das extremidades. Esta montagem permite expor o evaporador a uma ventilação uniforme. O condensador a Página 2 de 9 ar do tipo aletado foi substituído por um condensador à água do tipo duplo tubo, onde a água está em circuito fechado do condensador a uma torre de resfriamento, mantendo sua temperatura constante e, assim, conseguindo-se um melhor controle das condições de operação. Os testes foram realizados inicialmente com o R22 e depois substituído pelo R290. Figura 1. Bancada experimental – sistema de ar condicionado: visão esquemática da bancada com condensador a ar e a substituição por um condensador duplo tubo. Nesta bancada foram instalados medidores de pressão e temperatura nas entradas e saídas dos equipamentos do sistema para acompanhar o funcionamento do ciclo. No evaporador e no condensador foram instalados transdutores de pressão diferencial com sensor indutivo (ABB - 600T), com 0,30% de precisão na faixa de 0 a 400 kPa e saída 4-20 mA. Na saída do evaporador um transdutor de pressão (Wika Eco-tronic) com escala de 0 a 600kPa e precisão de 0,5% e na saída do compressor há um transdutor de pressão (ABB – 600T), escala de 120 a 2400 kPa, saída 4-20 mA com precisão de 0,3%. Além disso, foram instalados manômetros analógicos (Shine Yea) para medidas na faixa de 0 a 3400 kPa, em vários pontos do sistema. Conforme mostrado na Figura 2, as temperaturas de bulbo seco (TBS) de bulbo úmido (TBU) do ar na entrada e saída do evaporador foram feitas com termopares tipo K, um deles devidamente preparado para medir a TBU, e a partir deste par de medidas se obteve a umidade relativa do ar. Os sensores de temperatura foram calibrados em banho termostático (Isocal 6 Venus 2140) usando um termômetro de precisão de 0,1°C, resultando numa incerteza de ±0,5°C. A velocidade do ar foi medida através de um anemômetro de fio quente (Alnor-CompuFlow 8525), com precisão de ±3%. As medidas foram realizadas em diversos pontos no duto de entrada e da saída do evaporador para determinar a distribuição tanto da velocidade, quanto da temperatura do ar nestas condições. Os pontos de medida foram distribuídos de modo a obter um total de vinte e quatro pontos de medida na entrada e vinte e quatro pontos na saída do evaporador. No lado do refrigerante, as temperaturas no evaporador foram medidas com sensores de temperatura fixados na parte externa do tubo ao longo do circuito. Foram utilizados termopares tipo T fixados sobre a superfície do tubo com pasta térmica condutiva, como se pode observar na Figura 2. Na Figura 3 tem-se o esquema do evaporador com suas dimensões e o circuito do refrigerante, entradas e saídas de fluido. O circuito de tubos possui quatro entradas e quatro saídas. A alimentação é feita através de dois capilares,cada um deles alimentando dois conjuntos de tubos. Para analisarmos o comportamento do fluído os termopares foram fixados em dois dos quatro circuitos que compõem o evaporador. As linhas do circuito escolhidas, devido à facilidade de colocação dos sensores, foram as mais externas do evaporador, ou seja, a primeira linha que entra em contato com o ar a resfriar e a última linha. No total foram fixados 18 termopares. Página 3 de 9 Termopares na saída: Tbs e Tbu Anemômetro de fio quente Posições de medida de velocidade do ar Termopares na entrada: Tbs e Tbu Evaporador 18 termopares no circuito Figura 2. Detalhes da instrumentação para medidas das temperaturas do ar, do refrigerante no evaporador e medidas de velocidade do ar. 3 2 1 Te 4 Ts 9 8 7 6 5 Ar a) b) Figura 3. Detalhes do evaporador: a) dimensões do evaporador e b) circuito do refrigerante, entradas e saídas de fluido. No esquema do evaporador da Figura 3b os tubos estão representados por círculos e o caminho do refrigerante por linhas, onde as linhas tracejadas representam as bengalas do lado do evaporador que tem a entrada e saída do refrigerante, e as linhas cheias representam as bengalas do outro lado do evaporador. A entrada do refrigerante ocorre nos tubos em vermelho e a saída nos tubos em azul. Página 4 de 9 Todos os transdutores de pressão e temperatura foram conectados a um sistema de aquisição de dados, composto de um multímetro com multiplexador HP 34970A controlado por um computador através de uma interface HP-IB. O programa BenchLink Data Logger–HP foi usado para a aquisição de dados, o qual permitiu registrar a variação dos diferentes parâmetros testados. Complementando os dados do evaporador apresentados na Figura 3a, a Tabela 3 fornece informações adicionais do evaporador e do condensador. Tabela 3. Características geométricas do evaporador e do condensador. Evaporador - aletado Dimensões L x A x P (mm) Diâmetros dos tubos: externo e interno (mm) Número de fileiras de tubos Número de tubos por fileira Espaçamento entre o centro das filas Passo (mm) Tipo de aletas Espessura da aleta (mm) Espaçamento das aletas (mm) Número de aletas Condensador – duplo tubo – duas unidades Capacidade (TR) Diâmetro do tubo interno (mm) Diâmetro do tubo externo (mm) Número de espiras Material do tubo interno (água) Material do tubo externo (refrigerante) 544 x 304 x 76 9,52/8,52 4 12 19,5 25,4 Lisas 2 2 252 2/ cada 208 265 3,5 cobre aço 3. Resultados Uma vez estabelecida a configuração e instalados os sensores de medição, foram acertadas as cargas de refrigerante em função do superaquecimento na saída do evaporador. Primeiro para o R22 a carga foi de 1,33 kg estabelecida para uma pressão e temperatura de sucção no compressor de 479,90 kPa e 1,2°C, respectivamente, e na descarga uma pressão de 1927,78 kPa, com 2,2°C de superaquecimento. Para o R290 a carga foi de 0,68 kg, pressão e temperatura de sucção de 418,25 kPa e 1°C, respectivamente e pressão de descarga de 1401 kPa, com 5°C de superaquecimento. Verifica-se que a carga do R290 é aproximadamente a metade da carga necessária para o R22, conforme já havia sugerido Riffat et al (1997). Vários testes foram realizados com cada refrigerante, considerando diferentes vazões de água de resfriamento no condensador e uma vazão de ar de 714,5 m3/h. As medidas de temperatura do refrigerante em vários pontos do circuito apresentaram incertezas na ordem de ±0,10°C a ±0,76°C, dadas através do cálculo do desvio padrão sobre toda a faixa de valores medidos em regime estacionário. As medidas de temperatura do ar também se encontram dentro desta faixa de incerteza. Já a medida de pressão diferencial apresentou uma incerteza de ± 0,23 kPa e a medida de pressão absoluta (na saída do evaporador) de ± 2,48 kPa. Na Figura 4 se apresenta a variação das temperaturas de entrada e saída do evaporador em relação 3 ao tempo de operação para os dois refrigerantes para uma vazão de água de 0,65m /h. Pode-se observar o período transiente e após a estabilização das condições. Observa-se desta figura que as temperaturas de entrada (saturação) e saída do evaporador para o R290 são menores do que para o R22. Página 5 de 9 Te - R22 Te - R290 Ts - R22 Ts - R290 20 Temperatura(°C) 15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 -25 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 Tempo (s) Figura 4. Distribuição de temperaturas de entrada e saída do evaporador para o R22 e para o R290. Temperatura (°C) 10 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 0 100 200 300 400 500 600 700 800 Tempo (s) a) R22 Tentrada T1 T3 T5 T7 T9 Tsaida T4 Temperatura (°C) 10 8 6 4 2 0 -2 -4 -6 -8 -10 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 Tempo (s) b) R290 Tentrada T1 T3 T5 T7 T9 Tsaida T4 Figura 5. Distribuição de temperatura do refrigerante no evaporador (T1 a T9 são as temperaturas no circuito; Te a temperatura de entrada e Ts a temperatura de saída, conforme indicado em Fig. 3b): (a) para o R22 e (b) para o R290. Página 6 de 9 A Figura 5 apresenta as distribuições de temperatura no circuito do evaporador (circuito 1 – pontos de 1 a 48 conforme a Figura 3b, com termopares de 1 a 9) para o R22 e R290. Conforme esta figura, a vaporização do R22 se dá entre -5,8°C e -3,2°C, com superaquecimento na saída do evaporador em torno de 5,8°C. Para o R290 a vaporização acontece entre -8,8°C e -5,8°C com superaquecimento de 8,7°C. Na Figura 6 estão apresentadas as temperaturas médias do R22 e do R290 nos pontos 1 a 9 do circuito 1 do evaporador. Recordando a Figura 3b, o ponto 4 representa a transição do circuito 1 quando o evaporador passa do contato com o ar de saída para o ar de entrada, elevando a temperatura do refrigerante nesta passagem. 4 Temperatura (°C) 2 R290 R22 0 -2 -4 -6 -8 -10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Pontos do circuito 1 do evaporador Figura 6. Temperaturas médias do R22 e do R290 nos diversos pontos do circuito 1 do evaporador. Na Figura 7 são apresentados os valores de perda de carga dos refrigerantes no lado do evaporador durante a operação em regime estacionário. Os valores ficam em torno de 8,68 kPa para o R22 e de 2,45 kPa para o R290, representando uma diminuição de aproximadamente 71%, conforme já observado por Devotta et. al (2005). Perda de carga (kPa) 12 R22 10 R290 8 6 4 2 0 0 200 400 600 800 1000 Tempo (s) Figura 7. Perda de carga no evaporador para os refrigerantes R22 e R290. Página 7 de 9 Os valores médios das temperaturas e pressões, vazão do ar e da água, além de dados obtidos através de balanços de energia e propriedades termodinâmicas (McLinden, 1998), como o título do refrigerante na entrada do evaporador, a taxa de massa de refrigerante e a capacidade de refrigeração do sistema, entre outros, são apresentados nas Tabelas 4 e 5. Tabela 4. Dados médios comparativos dos refrigerantes R22 e R290 no evaporador. 3 3 Vazão de ar: 714,5 m /h, Vazão de água=0,65 m /h Carga de refrigerante no sistema (kg) Taxa de massa de refrigerante (kg/h) Te (°C) Ts (°C) Título na entrada do evaporador (%) pe (kPa) ps (kPa) p (kPa) AR T (°C) Capacidade de Refrigeração (kW) R22 1,33 69,4 -2,2 3,6 20 433,65 424,97 8,68 Refrigerante R290 0,68 41,1 -6,3 2,4 23 395,69 393,24 2,45 13,62 14,40 3,3 3,5 Tabela 5. Dados comparativos do sistema. Vazão de ar: 714,5 m3/h, Vazão de água=0,65 m3/h Relação de pressão (descarga/sucção) Superaquecimento na descarga compressor (°C) pcondensador (kPa) Tágua de resfriamento (°C) COP R22 4,2 24,2 26,1 12,77 5,07 Refrigerante R290 3,56 12,5 15,34 10,58 4,86 Da análise das Tabelas 4 e 5, junto com os resultados da simulação teórica do ciclo de refrigeração para os refrigerantes R22 e R290, podem ser feitas algumas observações importantes: o R290 apresenta uma capacidade de refrigeração similar a do R22, operando com vazão mássica 41% menor. O superaquecimento do R290 na descarga do compressor apresentou uma redução de 48,3% o que repercute no desempenho do condensador, além de trabalhar com uma relação de pressão levemente menor, não exigindo, portanto, o redimensionamento dos componentes do compressor. 4. Conclusões Neste trabalho foram analisados alguns parâmetros importantes do desempenho do hidrocarboneto propano para efeito de substituição do R22 em sistemas de ar condicionado. O R290, com exceção da sua flamabilidade, apresenta uma série de vantagens com relação ao R22. A carga do R290 no sistema foi 50% menor que a carga do R22, atenuando desta forma o fator flamabilidade. Ao mesmo tempo o custo do propano é mais baixo do que o R22 e dos seus substitutos. Entre os resultados verificou-se uma menor variabilidade da temperatura do refrigerante ao longo do comprimento do evaporador para o R290 e uma capacidade de refrigeração levemente superior ao R22. Página 8 de 9 5. Referências Calm, J.M.; Domanski, P.A., 2004, “R22 Replacement status”, ASHRAE Journal, Vol. 46, No.8, pp. 2939. Copetti, J.B.; Macagnan, M. H.; Geyer, M.; Oliveski, R.C., 2005, “The use of hydrocarbons propane and isobutane in refrigeration systems”, 18 th International Congress of mechanical Engineering-COBEM 2005, Ouro Preto, MG. Devotta, S., Padalkar, A.SA., Sane, N.K., 2005, “Performance assessment of HC-290 as a drop-in substitute to HCFC-22 in a window air conditioner. 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Riffat, S.B., Afonso, C.F., Oliveira, A.C.; Reay, D.A., 1997, “Natural refrigerants for refrigeration and airconditioning systems”, Applied Thermal Engineering, Vol.17 (1), pp.33-42. WMO, 1999. “Scientific assessment of stratospheric ozone”. Report 44, Global Ozone Research and Monitoring Project, Geneve. Agradecimentos Os autores deste trabalho desejam agradecer a empresa Amillpassos Refrigeração Industrial Ltda, principalmente na pessoa de Alexandre Becker e a empresa Liquigás Distribuidora S.A. pelo auxílio prestado para o desenvolvimento deste trabalho. Página 9 de 9