GUIA PARA POUPAR
Assegure o seu futuro
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GUIA PARA POUPAR
Assegure o seu futuro
É uma das mais antigas regras da humanidade,
caricaturada na fábula da cigarra e da formiga:
a poupança varia em função dos recursos que se
conseguem juntar ou que se protegem do
consumo imediato. Se, como a cigarra, tudo gastar
no dia-a-dia, nada restará para os dias mais difíceis,
que chegarão sem meios para contrariar as
dificuldades. Se fizer como a formiga, terá menos
para consumir no presente mas pode assegurar um
espólio decisivo para fazer frente aos momentos
menos bons no futuro. Com a variedade de
aplicações financeiras actualmente disponíveis,
poupar pode ser uma actividade de esforço
reduzido. Mas as compensações podem ser
elevadas numa fase em que o retorno é mais
valorizado: após o final da vida activa. Por outro
lado, a poupança é importante para o
desenvolvimento da economia nacional, pois é
essencial para a realização de investimentos.
Consulte neste guia algumas sugestões para
poupar mais:
GUIA PARA POUPAR
Assegure o seu futuro
Mandamentos da poupança
Poupança no dia-a-dia
Fundo de emergência
Preparar o futuro dos filhos
Rentabilizar as poupanças
Poupança ou Investimento
CONTROLO DAS ENTRADAS E SAÍDAS DE DINHEIRO
PAGUE PRIMEIRO A SI MESMO
O objectivo do controlo das entradas e saídas de dinheiro é
tornar o dinheiro real. Só quando mede é que sabe quanto
gasta realmente em cada categoria de despesa e todos nós
temos surpresas. Se perguntar quantas horas tem de trabalhar
para pagar a comida que come, saberia responder?
Pagar primeiro a si mesmo significa retirar parte do seu
ordenado para uma conta poupança assim que o recebe e
antes de pagar a terceiros. Se reparar, o governo, com a
retenção na fonte, paga primeiro a ele próprio: recebe o
ordenado já sem os impostos. Ao pagar primeiro a si mesmo,
pode não saber para onde foi o dinheiro, mas já poupou o que
planeou no início do mês. A poupança recomendada a pagar
primeiro a si mesmo deverá corresponder a pelo menos uma
hora do seu trabalho diário, ou seja, se trabalhar oito horas por
dia, corresponde a 12,5% de poupança. Pagar primeiro a si
mesmo só irá custar nos dois primeiros meses. No primeiro,
deve fazer um orçamento de quanto prevê gastar e retirar logo
a quantia excedente assim que receber o ordenado.
Provavelmente não irá acertar logo à primeira, contudo no
segundo mês já conseguirá ter uma maior consciência dos
gastos e já estará mais à vontade para gerir a sua vida com este
orçamento. Dois meses é o tempo necessário para se habituar
e desenvolver outros métodos de poupança.
O controlo materializa-se através da elaboração de um mapa
de entradas e saídas de dinheiro, utilizando uma folha de Excel,
um bloco de notas ou um programa de acompanhamento
financeiro – veja como pode fazer para controlar o seu
orçamento familiar através da aplicação Finanças Pessoais que
disponibilizamos no NetBanco. Com uma classificação por
categorias, possibilita o registo regular das receitas e das
despesas, limitando-se às categorias essenciais.
Há pessoas que escolhem guardar recibos e anotar no final
do dia e outras que andam sempre com um telemóvel ou
agenda e registam no acto da despesa o que saiu. Há vários
métodos, mas o importante é ter um que funcione.
Na generalidade, os portugueses olham apenas para a conta
no início e no fim do mês. Não sabem para onde vai o dinheiro
mas pensam que sabem. Mesmo que tenha pouco tempo,
registe pelo menos durante três meses as suas despesas.
Acredite que ajudará ao passo seguinte – pagar primeiro a si
mesmo – e a ter mais dinheiro.
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Fundo de emergência
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Rentabilizar as poupanças
Poupança ou Investimento
DEFINA ORÇAMENTOS DE DESPESA
Ao definir orçamentos para os vários tipos de despesas estará
a gerir o seu mês de acordo com o planeado para cada
categoria de despesa, tal como uma empresa faz com os seus
orçamentos. Para definir orçamentos de despesa, o primeiro
passo é começar a registar todas as saídas de dinheiro e a
agrupá-las por categorias num mapa de despesas. Ao aplicar
este método durante três meses, terá uma visão clara de
como se movimenta o seu dinheiro. Poderá assim definir
valores máximos a gastar em cada uma das categorias, não
esquecendo nunca aquela que define o dinheiro que deve
gastar em pequenas prendas para si próprio.
CRIE UM CESTO DA SEGURANÇA
Se já consegue poupar entre 10 a 15% do seu rendimento por
mês, então deverá começar a preocupar-se em como dividir
essa poupança. É essencial ter sempre uma poupança para
emergências, onde deverá ter dinheiro correspondente a seis
meses da sua média das despesas. Este dinheiro, se aplicado
em produtos de baixo risco e boa liquidez, estará sempre a
crescer, dando-lhe uma rede de segurança para alguma
eventualidade. Após ter esta poupança preenchida, é altura de
juntar dinheiro para os seus investimentos e para cumprir os
seus sonhos. Os seus sonhos também deverão ser
orçamentados e definidos planos financeiros para os poder
realizar! Mais informações em www.kash.pt.
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Poupança ou Investimento
Desviar algum dinheiro para as poupanças é uma preocupação
que pode estar presente nos actos mais simples do quotidiano.
No supermercado, nos consumos de água e de energia e na
utilização do automóvel é possível fazer opções que
salvaguardem parte do património mensal disponível.
A Associação para o Posicionamento Estratégico e Financeiro
(APEFI) é pioneira no apoio à orçamentação doméstica. No site
da Associação pode encontrar dicas sobre que percentagem do
seu rendimento deve afectar às principais categorias de
despesas de um agregado familiar, incluindo os créditos mais
comuns, para compra de casa e de carro próprio.
Mais informação em www.portal.apefipt.org.
SUPERMERCADO
As idas planeadas ao supermercado permitem poupar bastante
dinheiro – evitam, por exemplo, as saídas de “emergência”
para fazer compras na mercearia de bairro ou na loja de
conveniência, onde os preços são, regra geral, mais elevados.
– Faça uma lista das compras de que necessita e estabeleça
um tecto para a despesa que vai realizar. Se necessário, leve
uma calculadora, para fazer uma avaliação dos gastos que está
a realizar enquanto faz a ronda pelos corredores e prateleiras
do supermercado.
– Faça as compras com algum tempo, permitindo-se uma
análise dos preços e produtos. A maioria dos supermercados
disponibiliza os preços por unidade de medida. Caso estes não
estejam disponíveis, calcule-os.
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– A oferta de produtos brancos é actualmente tão variada
que permite opções com boa relação qualidade-preço. Se
ainda nunca experimentou, tente uma vez e avalie a qualidade.
– A vida moderna criou novos hábitos de consumo que podem
representar uma despesa elevada. Mas alguns são facilmente
revertíveis. Por exemplo, se consome os aconselhados 1,5 litros
de água diários, pode poupar até 140 euros/ano ao optar por
água da torneira em vez de água engarrafada.
– Está na moda, é fácil e pode até ser uma fonte de
divertimento familiar: produza as suas próprias ervas
aromáticas. Mesmo num pequeno apartamento, é possível
plantar salsa, coentros, tomilho, manjericão, entre outras.
Bastam alguns vasos, boa terra e uma zona de exposição solar.
No site (em inglês) www.ehow.com é possível seguir passo a
passo tutoriais sobre como plantar todas as plantas que goste
de usar na cozinha.
A associação de defesa do consumidor DECO publica todos os
anos uma lista dos supermercados mais baratos por zonas do
País. Dê uma vista de olhos no site da associação, em
www.deco.pt.
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ELECTRICIDADE
Uma boa gestão dos consumos eléctricos em casa pode
revelar-se uma óptima surpresa na altura de pagar as contas.
Basta seguir alguns destes conselhos:
– Verifique se a tarifa bi-horária da EDP (que prevê preços mais
baixos à noite e ao fim-de-semana) é uma boa opção para o
seu agregado familiar. É possível realizar uma simulação no site
da empresa (www.edp.pt). Caso opte por este sistema,
concentre os consumos eléctricos mais pesados (como a
lavagem da roupa ou da louça) nas horas mais económicas.
Se os seus electrodomésticos não têm temporizador integrado,
use um dos que se ligam directamente na tomada de
electricidade.
– Ainda mantém as velhas lâmpadas de filamentos nos
candeeiros de sua casa? Se assim é, troque-as rapidamente – as
poupanças podem atingir mais de 70% para uma utilização
normal de quatro horas diárias. Com a poupança realizada, em
menos de seis meses consegue pagar o investimento nas
lâmpadas novas, cujos preços estão em queda.
– Está a pensar trocar de electrodomésticos? Comprou casa e
precisa de a equipar? Não hesite e opte por electrodomésticos
da classe A ou A+, os mais eficientes e mais económicos em
termos de consumos de electricidade. Esteja especialmente
atento aos frigoríficos, pois estão ligados em permanência e
representam uma das facturas mais pesadas dos consumos
eléctricos domésticos.
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Poupança ou Investimento
– Gasta electricidade no aquecimento de águas domésticas?
A compra de painéis solares pode ser uma boa opção,
sobretudo por causa dos benefícios fiscais que lhes estão
associados.
– Desligar televisores, aparelhagens, leitores de DVD e
descodificadores de TV directamente nos aparelhos reduz os
consumos. Se lavar a roupa a 40ºC em vez de 60ºC pode
poupar até 55% da energia consumida. Desligar o forno ou o
ferro de engomar dez minutos antes de concluída a tarefa não
prejudica a actividade e diminui os consumos. Além de poupar,
está também a contribuir para a preservação do ambiente ao
reduzir o consumo de recursos energéticos com impacto no
aquecimento global do planeta.
Saiba mais em www.eco.edp.pt.
ÁGUA
A boa manutenção das torneiras e a adopção de
comportamentos mais amigos do ambiente – e da carteira –
podem fazer a diferença quando chegar ao final do mês:
– Tome duche, em vez de banho de imersão – poupará 80 mil
litros de água por ano, o que representa, ao preço médio de
0,6 euros por metro cúbico, uma poupança anual de cerca de
50 euros.
– Feche a torneira enquanto lava os dentes ou faz a barba –
consumirá menos 50% de água.
– Se tiver torneiras a pingar, resolva prontamente o problema.
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– Regue o jardim de manhã cedo ou à noite, para não perder
água por efeito do calor e do sol.
Os seus filhos não estão sensibilizados para a necessidade de
poupar água? Em www.epal.pt, na secção Júnior, além de
jogos pedagógicos centrados na poupança, podem consultar
uma animação sobre o funcionamento do ciclo da água.
AUTOMÓVEL
Andar de transportes públicos é a melhor maneira de poupar
dinheiro nas deslocações. Mas também é verdade que nem
sempre a oferta de horários e rotas se adequa a pessoas com
grande necessidade de mobilidade e pouco tempo. É aqui que
entra o automóvel. Realizar uma condução eficiente do ponto
de vista energético não só reduz custos como ajuda a proteger
o meio ambiente. A ecocondução é a melhor forma de poupar
a sua carteira e lutar contra a poluição. É possível obter
poupanças até cerca de 25%, além de diminuir o desgaste do
veículo e aumentar a segurança rodoviária. Aqui ficam alguns
conselhos:
– Reduza o número de acelerações e travagens, melhorando os
consumos médios e aumentando o conforto a bordo. Terá
igualmente maior tempo de reacção, prevenindo situações de
perigo.
– Sempre que possível, opte por utilizar rotações do motor
mais baixas. Para tal, ao gerir a caixa de velocidades utilize
mudanças mais altas.
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– Acelere e desacelere suavemente - Acelerações bruscas levam
a que o seu veículo consuma mais combustível e emita mais
poluentes atmosféricos. As repetidas acelerações e travagens
provocam um maior desgaste mecânico e aumentam o
desconforto a bordo.
– Evite situações ao ralenti - Um automóvel gasta
aproximadamente 1 litro de combustível por hora ao ralenti e
também contribui para o ruído ambiente e para o aumento da
poluição atmosférica.
– Nas descidas e travagens, mantenha uma mudança
engrenada - Um veículo com tecnologia moderna corta a
injecção de combustível quando se retira o pé do acelerador e
se mantém uma mudança engrenada. Assim, ao retirar o pé do
acelerador, mantendo sempre o carro engatado, em descidas
ou situações de travagem controlada, pode aproveitar mais
eficientemente a energia utilizada.
– Saiba analisar os seus consumos - Procure analisar o seu perfil
de condução. Há diversos equipamentos que permitem
monitorizar as viagens e obter alguns parâmetros associados
ao seu estilo de condução.
– Verifique com regularidade a pressão dos pneus, pois atenua
o desgaste dos pneumáticos e baixa as médias de consumo.
– Utilize combustíveis mais eficientes – porque reduzem os
consumos, diminuem as emissões de poluentes e melhoram o
desempenho do motor.
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– Evite pesos desnecessários no carro e transporte de bagagens
no tejadilho, porque prejudicam a aerodinâmica do veículo.
– Racionalize a utilização do ar condicionado, sobretudo no
início das viagens, porque pode representar um aumento de
cerca de 10% de consumo.
Mais informações em www.ecoconducao-portugal.pt.
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Fundo de emergência
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Rentabilizar as poupanças
Há muitas razões para criar um fundo de emergência e mesmo
que nenhuma surja é sempre bom saber que está preparado.
Pense em situações que podem verificar-se inesperadamente:
• Perda de emprego;
• Doença repentina;
• Acidente de viação;
• Catástrofes ou desastres naturais relacionados com cheias,
incêndios, sismos, etc.;
• Despesas imprevistas (carro, casa, escola dos filhos…).
Poupança ou Investimento
Ter um fundo de emergência pode poupar-lhe muitos dissabores
em caso de situações inesperadas e ajudá-lo a repor a situação
financeira normal da sua família. Os dias que correm são incertos
e não nos permitem afirmar que a crise financeira global tenha
sido ultrapassada. A criação de um fundo de emergência poderá
ser uma medida de prevenção contra riscos futuros.
Com fazer para criar um fundo de emergência:
• Anote num papel todas as suas despesas fixas, como
gastos com habitação, transportes, alimentação,
educação, saúde, serviços que costuma utilizar, etc.;
• Some todas as despesas e multiplique-as pelo número de
meses nos quais deseja sentir-se seguro (o mínimo é três
meses e o ideal é a partir de seis meses);
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• Mesmo que não consiga pôr de lado de uma só vez o
montante fixo resultante dos encargos mensais, estipule
uma quantia mínima e transfira-a mesmo para o fundo
todos os meses;
• Procure poupar através de gastos dispensáveis, ou até
mesmo supérfluos (restaurantes e roupas são os mais
fáceis de limitar, mas há muitas áreas da sua vida onde
pode poupar);
• Escolha um produto de investimento que seja fácil de
mobilizar e que tenha riscos reduzidos, por exemplo um
depósito a prazo, com prazos mensais e renováveis. Nesse
caso, se precisar de resgatar o dinheiro aplicado, só
perderá os juros do último mês. Pode também optar por
fundos de tesouraria, ou fundos de taxa variável, que
rendem um pouco mais, mas já demoram mais tempo a
resgatar. Os certificados de aforro também são uma boa
alternativa, pois se a dita emergência não chegar, vão
acumulando prémios de permanência interessantes, que,
no longo prazo, fazem uma grande diferença.
• Utilize o dinheiro poupado apenas em caso de ser
efectivamente necessário.
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Fundo de emergência
Preparar o futuro dos filhos
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Poupança ou Investimento
Dar aos seus filhos uma boa educação é o principal
investimento que pode fazer para lhes assegurar um bom
futuro. A educação é a base, o ponto de partida. Mas tem
custos, mesmo que os seus filhos estudem nas escolas ou
universidades públicas. Para poupar para a universidade dos
seus filhos, vá colocando de lado, todos os meses uma
pequena quantia e chegará à altura de os enviar para a
universidade com dinheiro suficiente para as despesas.
Faça as contas e veja quanto dinheiro lhe custará – propinas,
alojamento (se o seu filho for estudar para longe de casa),
alimentação, transportes, material escolar, tudo tem de entrar
nas contas. Se o seu filho quiser ir para a universidade pública
terá menos despesas, mas se o plano é ir para uma privada
reserve muito mais.
Se começar cedo, conte com o poder da capitalização e veja o
seu dinheiro multiplicar-se. Ponha o seu dinheiro a render.
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Poupança ou Investimento
Quando se deve começar a poupar? A resposta é simples – o
mais cedo possível. Antes de mais, porque se trata de um bom
hábito, depois, porque quanto mais cedo começar a poupar
mais significativos serão os recursos amealhados. Actualmente
existe uma grande variedade de produtos financeiros
disponíveis para aplicar as suas poupanças e cada pessoa
possui diferentes objectivos para o seu aforro.
Uma coisa é certa: o velhinho mealheiro de barro é a pior das
opções, assim como deixar o dinheiro no colchão, pois as
suas poupanças não valorizam e não estão protegidas de
eventual roubo.
DEPÓSITOS A PRAZO
É a mais segura aplicação das suas poupanças, pois está
garantido até um valor de 100 mil euros por depósito, através
do Fundo de Garantia de Depósitos. Por outro lado, de acordo
com o prazo, a rentabilidade varia – quanto mais tempo quiser
manter o seu dinheiro cativo melhores taxas de juro
conseguirá. A “recompensa” também pode variar de acordo
com o montante investido – acima de 50 mil euros
conseguem-se normalmente retornos mais atractivos do que
para montantes mais baixos. O capital está sempre disponível,
embora o resgate possa incorrer em penalizações, parciais ou
totais, no pagamento de juros. Se decidir colocar neste tipo de
produto as suas poupanças, não se esqueça de verificar a taxa
anual líquida – o verdadeiro valor do retorno do capital
depositado.
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PLANOS POUPANÇA REFORMA (PPR)
Os PPR são fundos de poupança nos quais os subscritores
entregam um determinado montante, de forma única ou
periódica, a uma sociedade gestora. O que a entidade faz é
investir o dinheiro para o tentar rentabilizar, apostando em
valores mobiliários, participações em instituições de
investimento colectivo, dívida de curto prazo, depósitos
bancários ou outros activos de natureza monetária.
A grande vantagem destes produtos é que são dedutíveis no
IRS até pelo menos cinco anos antes do vencimento, mas são
sobretudo indicados para pessoas com mais de 40 anos,
quando investem até ao montante que em cada ano permite a
dedução fiscal máxima.
A menos que tenha subscrito um PPR com capital e/ou taxa
garantidos, nunca se sabe ao certo quanto pode receber,
apesar das sociedades gestoras simularem valores.
Os PPR são produtos pouco flexíveis, já que só permitem a sua
mobilização quando atingir a idade da reforma ou a partir dos
60 anos. Há casos em que o reembolso é permitido sem perda
de benefícios fiscais, tais como desemprego de longa duração,
doença grave ou morte, mas, se não forem estas as situações,
perde os benefícios fiscais.
Não se esqueça dos custos de subscrição, gestão e resgate. E
saiba que por lei a cobrança de comissões pela transferência,
total ou parcial, de planos de poupança onde não haja garantia
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Poupança ou Investimento
de capital ou de rendibilidade é proibida. No caso dos planos
de poupança que garantam capital ou a respectiva
rendibilidade, a comissão de transferência não pode ser
superior a 0,5 % do valor a transferir.
CERTIFICADOS DE AFORRO
São instrumentos de dívida pública, criados com o objectivo de
captar a poupança das famílias. Têm como característica
principal serem distribuídos a retalho, isto é, serem colocados
directamente junto dos aforradores e terem montantes
mínimos de subscrição reduzidos. O valor nominal de cada
certificado de aforro é de 1 euro e o limite mínimo de
subscrição é de 100 unidades, sendo que cada pessoa só pode
deter 250 mil unidades, no máximo.
Este é um dos produtos mais seguros e acessíveis, uma vez que
pode ser subscrito no Instituto de Gestão do Crédito Público
(IGCP), no serviço AforroNet e em qualquer balcão dos CTT e
tem a garantia do Estado, não havendo custos de manutenção
ou qualquer outra ordem.
Os certificados de aforro só podem ser emitidos a favor de
particulares e não são transmissíveis, excepto em caso de
falecimento do titular.
Não deixe de consultar o Guia para Investir, disponível
também no netbanco.
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Poupança ou Investimento
A poupança e o investimento são conceitos próximos que se
interligam entre si, uma vez que a poupança é o motor do
investimento. No entanto, poupar não significa investir, ou
seja, mesmo que poupe, não significa que esteja a aumentar
directamente o valor do seu capital.
A poupança refere-se à preservação de recursos para consumo
futuro, em resultado de uma decisão consciente no sentido de
não consumir de imediato os bens disponíveis. Já o
investimento significa rentabilizar as suas poupanças
e dessa rentabilidade depende um conjunto de
factores como, por exemplo, a taxa de juro ou a
inflação que irão determinar o seu poder de
compra mais tarde. O objectivo de qualquer
investidor é gerar valor acrescentado ao seu
património e, para tal, aplica o capital que
poupou em algum produto financeiro que lhe
ofereça rendimento.
Por outras palavras, poupar significa “pôr
dinheiro de lado”, não gastar os recursos que
detém por inteiro e adiar decisões de consumo.
Esforço de economizar ou controlar custos.
Ao decidir não consumir de imediato o rendimento de que
dispõe na compra de bens e serviços, as pessoas podem em
alternativa investir os seus recursos e aumentar o valor das suas
poupanças e consumir no futuro. O investimento é o motor do
crescimento económico, uma vez que a poupança dos
cidadãos é utilizada para financiar os bancos que por sua vez
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financiam a actividade económica. Ao aplicar o dinheiro num
produto financeiro, está a ceder temporariamente os seus
recursos, que decidiu consumir no futuro, a outras pessoas ou
entidades que os querem consumir de imediato.
O investidor vai então cobrar um preço por isso, ao qual se
chama de taxa de rendibilidade do seu investimento. Por outras
palavras, está a disponibilizar o dinheiro que pretende gastar a
longo prazo, para que outros se financiem a curto prazo.
No entanto, é importante não esquecer que
aumento da poupança não corresponde
necessariamente ao aumento do investimento.
Desta forma, por mais dinheiro que
“mantenha debaixo do colchão”, não está a
aumentar o capital disponível. Lembre-se que
dinheiro em casa, numa conta de depósito à
ordem, ou mesmo numa conta de depósito a
prazo que lhe garanta uma remuneração
abaixo da inflação, significa perder ou
desvalorizar a sua poupança.
Ou seja, está a poupar, mas no futuro vai poder
consumir menos do que poderia consumir hoje com o mesmo
dinheiro, pois o preço dos bens evolui ao longo do tempo. Pelo
contrário, se optar por depositar o seu dinheiro numa conta
que lhe renda juros superiores ao nível da inflação ou se
investir em produtos mais rentáveis, então sim, está a procurar
preservar ou aumentar as suas poupanças e está efectivamente
a investir.
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Poupança - Santander Totta