Tendências AULA 02 Eduardo Silvestri www.eduardosilvestri.com.br RFID …é um acrónimo do nome em língua inglesa RadioFrequency IDentification, que, em português, significa Identificação por Rádio Frequência. Trata-se de um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos chamados de tags RFID. Uma tag RFID é um pequeno objeto, que pode ser colocado em uma pessoa, animal ou produto. Ele contém chips de silício e antenas que lhe permitem responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora. RFID - História A tecnologia de RFID tem suas raízes nos sistemas de radares utilizados na Segundo Guerra Mundial. Os alemães, japoneses, americanos e ingleses utilizavam radares – que foram descobertos em 1937 por Sir Robert Alexander Watson-Watt, um físico escocês – para avisá-los com antecedência de aviões enquanto eles ainda estavam bem distantes. RFID - História O problema era identificar dentre esses aviões qual era inimigo e qual era aliado. Os alemães então descobriram que se os seus pilotos girassem seus aviões quando estivessem retornando à base iriam modificar o sinal de rádio que seria refletido de volta ao radar. Esse método simples alertava os técnicos responsáveis pelo radar que se tratava de aviões alemães (esse foi, essencialmente, considerado o primeiro sistema passivo de RFID). RFID – Primeira Patente Mario W. Cardullo requereu a patente para uma etiqueta ativa de RFID com uma memória regravável em 23 de janeiro de 1973. Nesse mesmo ano, Charles Walton, um empreendedor da Califórnia, recebeu a patente por um transponder passivo usado para destravar uma porta sem a utilização de uma chave. Um cartão com um transponder embutido comunicava com um leitor/receptor localizado perto da porta. Quando o receptor detectava um número de identificação válido armazenado na etiqueta RFID, a porta era destravada através de um mecanismo. RFID – Primeira Patente No começo da década de 90, engenheiros da IBM desenvolveram e patentearam um sistema de RFID baseado na tecnologia UHF (Ultra High Frequency). O UHF oferece um alcance de leitura muito maior (aproximadamente 6 metros sobre condições boas) e transferência de dados mais velozes. Apesar de realizar testes com a rede de supermercados Wal-Mart, não chegou a comercializar essa tecnologia. RFID – Primeira Patente Em meados de 1990, a IBM vendeu a patente para a Intermec, um provedor de sistemas de código de barras. Após isso, o sistema de RFID da Intermec tem sido instalado em inúmeras aplicações diferentes, desde armazéns até o cultivo. Mas a tecnologia era muito custosa comparada ao pequeno volume de vendas, e a falta de interesse internacional. RFID – Leitores O transceptor ou leitor é o componente de comunicação entre o sistema RFID e os sistemas externos de processamento de informações. A complexidade dos leitores dependendo do tipo de etiqueta (tag) e das funções a serem aplicadas. Os mais sofisticados apresentam funções de checagem (check) de paridade de erro e correção de dados. Uma vez que os sinais do receptor sejam corretamente recebidos e decodificados, algoritmos podem ser aplicados para decidir se o sinal é uma repetição de transmissão de uma tag. RFID – Leitores Uma cabeça de leitura / escrita (ou apenas leitora) realiza a comunicação dentro do sistema de RFID. A leitora nada mais é que uma antena que fica em um mesmo dispositivo junto com o transceiver e o decodificador, geralmente em configurações portáteis. A antena induz energia ao(s) transponder(s) para comunicação de dados dentro do campo de transmissão, estes dados, depois de lidos, são passados ao controlador do sistema de RFID. A antena emite um sinal de rádio ativando o tag, realizando a leitura ou escrita. RFID – Leitores Essa emissão de ondas de rádio é difundida em diversas direções e em distâncias desde uma polegada até alguns metros, dependendo da potência e da freqüência usada. O tempo decorrido nesta operação é inferior a um décimo de segundo, portanto o tempo de exposição necessário do tag é bem pequeno. A função da leitora é ler e decodificar os dados que estão em um tag que passa pela zona eletromagnética gerada pela sua antena. As leitoras são oferecidas em diversas formas e tamanhos conforme a exigência operacional da aplicação. . RFID – Controladores O controlador de RFID é o dispositivo de interface que controla todo o sistema periférico de RFID (antena ou leitora e transponders) além da comunicação com o resto do sistema ou host. Existem vários controladores de RFID disponíveis para vários protocolos de comunicação. RFID – Controladores Os sistemas de RFID também podem ser definidos pela faixa de freqüência em que operam: • Sistemas de Baixa Freqüência (30 a 500 KHz): Para curta distância de leitura e baixos custos. Normalmente utilizado para controle de acesso, rastreamento e identificação de animais. • Sistemas de Alta Freqüência (850 a 950 MHz e 2,4 a 2,5GHz): Para leitura em médias ou longas distâncias e leituras em alta velocidade. Normalmente utilizados para leitura de tags em veículos ou coleta automática de dados em uma seqüência de objetos em movimento. RFID – Padronização do RFID Adotando um padrão: existem diversos fóruns de padronização do RFID, relativos tanto à tecnologia como à sua utilização. Alguns dos principais fóruns são: ISO, EPCglobal (www.epcglobalinc.org), Forumnfc, etc. RFID – Aplicações Hospitalar Pesquisadores da área de saúde sugerem que um dia um pequeno chip RFID implantado embaixo da pele, poderá transmitir seu número e automaticamente acessar um completo registro de sua saúde. Funcionários do hospital, remédios e equipamentos também podem ser etiquetados, criando um potencial de administração automática, reduzindo erros e aumentando a segurança. RFID – Aplicações Hospitalar O que já é realidade é o implante da RFID em seres humanos. As microplaquetas de computador, que são do tamanho de um grão do arroz, são projetadas para serem injetadas no tecido do braço. Usando um leitor especial, os médicos e a equipe de funcionários do hospital podem buscar a informação das microplaquetas, tais como a identidade do paciente, seu tipo do sangue e os detalhes de sua condição, a fim de apressar o tratamento. RFID – Aplicações Hospitalar No caso de uma emergência, o chip pode salvar vidas, já que acaba com a necessidade de testes de grupo sangüíneo, alergias ou doenças crônicas, além de fornecer o histórico de medicamentos do paciente. Com isso obtém-se maior agilidade na busca de informações sem a necessidade de localização dos prontuários médicos. RFID – Aplicações Implantes Humanos Implantes de chips RFID usados em animais agora estão sendo usados em humanos também. Um experimento feito com implantes de RFID foi conduzido pelo professor britãnico de cibernética Kevin Warwick, que implantou um chip em seu braço em 1998. A empresa Applied Digital Solutions propos seus chips "formato único para debaixo da pele" como uma solução para identificar fraude, segurança em acesso a determinados lugares. acesso a computadores, banco de dados de medicamento, iniciativas anti-sequestro entre outros. RFID – Aplicações Implantes Humanos Combinado com sensores para monitores as funções do corpo, o dispositivo Digital Angel poderia monitorar pacientes. O Baja Beach Club, uma casa noturna em Barcelona, na Espanha, e em Rotterdam, na Holanda usa um chips implantado em alguns de seus frequentadores para identificar os VIPs. Em 2004 um escritório de uma firma mexicana implantou 18 chips em alguns de seus funcionários para controlar o acesso a sala de banco de dados. RFID – Aplicações Industria Leitores de RFID estáticos: a indústria dos meios de transporte é uma, entre muitas, que pode se beneficiar com uma rede de leitores RFID estáticos. Por exemplo, RFIDs fixados nos pára-brisas de carros alugados podem armazenar a identificação do veículo, de tal forma que as locadoras possam obter relatórios automaticamente usando leitores de RFID nos estacionamentos, além de ajudar na localização dos carros. RFID – Aplicações Industria As empresas aéreas também podem explorar os leitores estáticos. Colocando RFID nas bagagens, pode-se diminuir consideravelmente o número de bagagens perdidas, pois os leitores identificariam o destino das bagagens e as direcionariam de forma mais eficiente. RFID – Aplicações Comercial Leitores de RFID móveis: os leitores de RFID podem ser instalados em aparelhos que fazem parte do dia-adia das pessoas, como os celulares. Colocando um destes celulares em frente a um produto com RFID obtém-se seu preço, por exemplo, assim como suas especificações. O celular também pode ser usado para compras, através da leitura do RFID de um determinado produto. A companhia de cartão de crédito efetua o pagamento através da autorização do celular. RFID – Aplicações Comercial Exemplo de aplicação para RFID em celulares: checkin em hotéis. Assim que o hóspede faz o check-in, o hotel envia o número do quarto e a “chave” para o celular do hóspede. Este se encaminha para o quarto e usa seu celular para destravar a porta. RFID – Aplicações Uso em bibliotecas Em bibliotecas e centros de informação, a tecnologia RFID é utilizada para identificação do acervo, possibilitando leitura e rastreamento dos exemplares físicos das obras. RFID – Aplicações Uso em bibliotecas Funciona fixando uma etiqueta de RFID (tag) plana (de 1 a 2 mm), adesiva, de dimensões reduzidas (50 x 50 mm em média), contendo no centro um micro-chip e ao redor deste uma antena metálica em espiral, que um conjunto com sensores especiais e dispositivos fixos (portais), de mesa ou portáteis (manuais) possibilitam a codificação e leitura dos dados dos livros na mesma, principalmente seu código identificador - antes registrado em códigos de barras. RFID – Aplicações Uso em bibliotecas A etiqueta é inserida normalmente na contracapa dos livros, perto da lombada, dentro de revistas e sobre materiais multimídia (CD-ROM, DVD) para ser lida à distância. É possível converter facilmente os códigos identificadores existentes atualmente no código de barras para etiquetas RFID através de equipamentos próprios para esta conversão. RFID – Aplicações Identificação Animal Este tipo de sistema usado na identificação dos animais ajuda no gerenciamento dos mesmos entre as companhias, no controle de epidemias e garantia de qualidade e procedência. A identificação animal por sistemas de RFID pode ser feita de quatro maneiras diferentes: colares, brincos, injetáveis ou ingeríveis (bolus). Os colares são fáceis de serem aplicados e transferidos de um animal para o outro; é usado geralmente apenas dentro de uma companhia. RFID – Questões Éticas e Privacidade Como já sabemos, as tags RFID podem ser usadas para uma série de funções como controle de estoque e identificação de propriedade prevenindo roubo ou perda. Ou seja, são muito úteis. Uma loja poderia por exemplo colocar tags RFID em todos os seus produtos e os clientes poderiam ter um cartão de crédito que automaticamente debitaria o valor das compras na hora que o cliente saísse da loja, sem precisar passar pelo caixa. E aí que começam os problemas. RFID – Questões Éticas e Privacidade O que acontece por exemplo, se uma loja de roupas decide colocar esses tags invisíveis em todas as roupas. Você compra e leva para casa. Um belo dia, você retorna à loja usando aquela mesma roupa e é reconhecido pelo nome. Ou entra em uma loja de departamentos e recebe sugestões em grandes painéis baseado em compras passadas (pensou em Minority Report, não é). Mesmo com regulamentação governamental, a situação pode se tornar rapidamente uma ameaça à privacidade. Principalmente quando criminosos começarem a se aproveitar da tecnologia. RFID – Questões Éticas e Privacidade A ameaça à privacidade vem quando o RFID permanece ativo quando o consumidor deixa o estabelecimento. Este é o cenário que deve alarmar as pessoas -- e no momento a indústria de RFID parece dar sinais mistos sobre se as tags devem ser desativadas ou deixadas em ativo por padrão. Uma das possibilidades seria a de deixar o cliente escolher se quer manter suas tags ativadas ou não, e informar ao estabelecimento caso este opte por desativá-las. RFID – Questões Éticas e Privacidade Para respeitar a privacidade dos consumidores, os estabelecimentos devem seguir estas 4 premissas: • Os consumidores devem ser notificados quanto à presença de RFID nos produtos, e em quais deles isto acontece; • Tags RFID devem ser desativadas na saída do caixa do estabelecimento; • Tags RFID devem ser colocadas na embalagem do produto, e não nele próprio; • Tags RFID devem ser bem visíveis e facilmente removíveis. RFID – Futuro Em estimativa feita pela empresa Gartner, especialista em análise de informações na área de tecnologia foi previsto para que no ano de 2010 a tecnologia de RFID tenha investimentos de mais de 3 bilhões de dólares. Christopher Lafond, vice-presidente da Gartner, menciona que não está correlacionado o uso de código de barras com o uso de etiquetas de RFID, ou seja, não é porque o código de barras é usado intensivamente que esta nova tecnologia também será. Dúvidas www.eduardosilvestri.com.br Eduardo Silvestri [email protected] Perguntas 1.???? Publicações -Descreva o que é e como funciona o RFID. (Mínimo 3 Parágrafos ± 5 linhas)