AMIRÉIA
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A AMIRÉIA
A Uréia é um composto nitrogenado não-protéico (NNP) muito
utilizada como matéria prima para nutrição de ruminantes . É
branca, cristalizada e amarga, sendo solúvel em água e álcool .
Sua fórmula é CO(NH2)2 , constituída por nitrogênio, hidrogênio,
oxigênio e carbono .
Seu uso é devido a se transformar em amônia no rúmen e
auxiliar na síntese de proteína microbiana, e também exercer
ação tamponante, beneficiando os microorganismos celulolíticos,
que contribuem para a digestão de vegetais.
Mas a uréia tem uso limitado devido à sua baixa palatabilidade,
à sua facilidade de segregação (desmisturam muito nas rações e
suplementos) e, também, à sua toxicidade. E como seu custo é
baixo em relação à sua capacidade de formar proteínas ,
quando comparado com outros alimentos , as pesquisas
científicas desenvolveram um produto à base de uréia , mas com
estes fatores incovenientes minimizados . Este produto é a
amiréia , que é fabricada através da Extrusão da uréia com o
amido e outros nutrientes.
A amiréia é produzida com base em uréia e diferentes fontes de
amido (raspa de mandioca, farinha de mandioca, milho, sorgo) e
enriquecida com enxofre (gesso ou enxofre em pó), resultando
em níveis de equivalente protéico iguais a 100% ou 150%.
Sendo a amiréia 150 (equivalente a 150% de proteína bruta e
contendo 64% de uréia) a mais comercializada.
A substituição de farelos protéicos (farelo de soja, de algodão,
etc...) por NNP (uréia) visa a obtenção de dietas econômicas,
mas precisa ser nutricionalmente equilibradas. Como a uréia
convencional não fornece energia , o uso da amiréia (uréia +
amido) que contém energia através do amido, é mais favorável
ao equilíbrio nutricional e à degradação da própria uréia.
Como a uréia tem o menor custo como fonte de proteína, daí a
necessidade e importância de novas tecnologias, como a
amiréia, que viabilizem o uso de uréia com degradação mais
lenta, com maior aproveitamento e menor risco de intoxicação .
A amiréia é uma opção excelente e promissora de matéria
prima para nutrição animal.
.
EXTRUSORAS EX-1000 A e EX-4000 A
A Extrusora Lucato EX-1000A para produção de amiréia realiza
a extrusão a seco, gerando calor por atrito sem a utilização de
água. A EX-4000A trabalha com um pré-condicionador a vapor
melhorando seu desempenho, pois eleva a temperatura
proporcionando um maior rendimento da máquina. Extrusam com
alta eficiência, sob pressão de até 60 atm , melhorando
acentuadamente a capacidade de uso da uréia para consumo
animal, com maior aproveitamento nutricionail e excelente
custo/benefício .
Foram desenvolvidas com a mais alta tecnologia para suportar as
mais rigorosas condições de trabalho de acordo com normas
internacionais. Nosso equipamento é capaz de expandir,
esterilizar, texturizar e cozinhar de forma rápida e eficiente.
Construídas em canhão segmentado e fundido em aço especial,
com roscas e cones fundidos em aço especial com liga
altamente resistente a abrasão. Base em vigas de aço.
Com motor elétrico e painel de comando completo composto de
chave de partida estrela triângulo, chave de partida direta para os
motores do resfriador, ventilador e alimentador, amperímetro,
chave geral, botoeiras, termômetro, horímetro e voltímetro.
Equipamentos com processo altamente controlado, evitando o
aquecimento excessivo e outros efeitos adversos.
O sistema de Extrusão de Amiréia é compacto e de fácil
operação , ajustando-se bem dentro das operações na fábrica.
Sem risco de superprocessamento ou subprocessamento.
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produção de Amiréia contendo silos, moinhos, resfriadores e
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Limeira -SP
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS
A amiréia é o produto obtido pela extrusão de uma mistura de
amido e uréia, sob condições de alta temperatura e pressão,
levando à gelatinização do amido. Nesse tipo de
processamento, o grânulo de amido é gelatinizado e a uréia é
modificada de uma estrutura cristalina para uma forma nãocristalina, sendo a maior parte das estruturas não-cristalinas
encontradas dentro da porção gelatinizada, tornando-a mais
palatável que misturas não processadas de grão e uréia. A
extrusão provoca a incorporação da uréia na estrutura do amido,
o que promove a palatabilidade do produto.
Além do que, a uréia processada sob a forma de amiréia
apresenta melhores características de manuseio, pois é farelada
e não mais granulada, dificultando o efeito de segregação pósmistura, e permitindo produzir excelentes misturas ao ser
incorporada na Ração, Sal Mineral ou Suplemento Proteico, já
que, pelo processo de extrusão, ocorre redução no alto teor de
higroscopicidade da uréia.
EXTRUSÃO
O processo de Extrusão (STHT Short Time High Temperature)
melhora a digestibilidade de seus constituintes através da
gelatinização de amido e do rearranjo da estrutura celular,
enquanto que minimiza as perdas pela Reação de Maillard, visto
que o curto tempo de retenção (7 a 30 segundos) dentro do
extrusor não é longo o suficiente para que isto ocorra.
A amiréia deve ser bem processada, obtendo uma adequada
gelatinização do amido , pois a taxa de fermentação do amido,
no rúmen do animal, pode influenciar a taxa de utilização da sua
uréia pela alteração do suprimento de energia para o
crescimento microbiano. Estudos indicam que o crescimento de
microrganismos é maximizado quando as taxas de fermentação
do amido e proteínas são sincronizadas . Portanto, a boa
gelatinização influenciará muito na qualidade e resultados da
amiréia.
A Extrusão na EX-1000A é a seco, gerando calor por atrito sem
a utilização de água. A extrusão na EX-4000A opera com
adição de umidade através de vapor e água através de um PréCondicionador, beneficiando a gelatinização do amido,
reduzindo a abrasividade e aumentando a produção .
COMO FUNCIONA A AMIRÉIA
A amiréia melhora consideravelmente 3 pontos críticos da uréia
pura e sem processamento : a palatabilidade , a segregação e
a toxicidade (formação rápida de amônia) . Ela faz com que a
amônia seja de liberação lenta, podendo reduzir a toxicidade
potencial ; com a incorporação da uréia pelo amido
(gelatinizado) torna-se mais palatável , melhorando a aceitação
pela ingestão de maiores quantidades nas rações e
suplementos. Além do que, a liberação gradual de amônia
diminui o risco de intoxicação e permite aos microrganismos do
rúmen uma síntese contínua de proteína.
A gelatinização do amido, além de aumentar a velocidade de
liberação da energia, reduz o pH do meio ruminal, diminuindo a
atividade da urease (enzima responsável pela degradação da
uréia).
De acordo com pesquisas científicas a síntese de proteina pelos
microorganismos do rúmen, com base na amiréia, é superior
(2,5 a 3 vezes) em relação à uréia pura e não processada. Além
disso, o amido gelatinizado que compõe a amiréia diminui as
perdas de amônia a partir do rúmen. E o amido da amiréia é um
suprimento de carboidratos disponível para os microorganismos
do rúmem utilizarem como fonte de energia para síntetizar
proteína microbiana utilizando a amônia.
UTILIZAÇÃO DA AMIRÉIA
A literatura tem mostrado a viabilidade de se usar amiréia em
dietas de bezerros, novilhas, vacas secas, vacas em lactação,
bovinos de corte em confinamento ou em pastejo (nas fases de
cria, recria e engorda) , em ovinos e caprinos. A amiréia pode
ser utilizada em rações concentradas, em sal mineral e
suplementos proteicos.
AMIRÉIA PARA BOVINOS DE CORTE
Tanto para bovinos em pastejo como, também, para animais em
confinamento, a amiréia tem um componente estratégico de
formação de preço , pois é um produto com alto teor de proteina
por tonelada de produto comprado , transportado, misturado e
ingerido . Para o uso a campo possui maior segurança que a
uréia convencional. O uso de amiréia em confinamento de
bovinos pode ser uma alternativa para a melhoria no
desempenho animal, especialmente nos primeiros 40 dias de
confinamento.
AMIRÉIA PARA BEZERROS(AS)
Algumas técnicas de manejo têm antecipado a idade de
transformação dos bezerros em ruminantes, e isso tem permitido
a utilização de alimentos que normalmente são usados para
animais adultos, especialmente a uréia e amiréia, como pode
ser comprovado em vários trabalhos de pesquisas.
Assim, a nutrição de bezerros de corte fica mais econômica e a
criação de bezerros de rebanhos leiteiros passa a ter esta
alternativa viável com vistas a minimizar o custo, promovendo o
aproveitamento de bezerros oriundos de rebanhos leiteiros para
produção de carne.
AMIRÉIA PARA BOVINOS DE LEITE
Aumenta a eficiência de utilização do nitrogênio ou amônia pelos
microrganismos do rúmen. Pesquisadores avaliaram o
desempenho de vacas leiteiras em lactação, alimentadas com
dietas contendo diferentes fontes protéicas: farelo de algodão,
farelo de soja e amiréia; e concluíram, com base nesses
resultados, ser interessante a utilização de amiréia na dieta de
vacas leiteiras, sem problemas de desempenho e aceitabilidade
das rações.
AMIRÉIA PARA OVINOS E CAPRINOS
A utilização da amiréia como suplemento protéico para ovinos e
caprinos, adicionada a Rações ou Sal Mineral, é uma alternativa
viável sob os aspectos nutricionais e econômicos.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Mais uma vantagem importante da amiréia é a sua maior
segurança quando usada em cocho descoberto ou mal cobertos
(que é a grande maioria no Brasil) e durante o período chuvoso ,
ao contrário da uréia que tem alto risco de intoxicação nestas
condições.
Assim , a amiréia tem comprovada sua eficiência como matéria
prima fonte de proteína e as pesquisas estão indicando novas
aplicações , além de comprovar vantagens com a utilização
durante todo o ano e não mais apenas durante o período seco
com pastagens deficientes. Como os 120 milhões de hectares
de pastagens estão com 65% degradados, gerando um deficit de
proteína nas gramíneas , além do que os animais estão cada
vez mais exigentes , a amiréia tem se tornado uma excelente
opção de fonte proteica segura , palatável e comparativamente
barata.
A quantidade de uma fonte de NNP (amiréia, uréia pura, etc...)
a ser utilizada como fonte de proteína na dieta de ruminantes
deve ser indicada por Médico Veterinário ou Zootecnista.
AMIRÉIA : segura , eficiente e econômica .
LUCATO (19) 3446-4100
Dr. César Jeremias
Veterinário
(67) 9985-8590
[email protected]
Resumo Técnico . Fontes :
• Dept. of Grain Science and Industry , KSU • FEEDSTUFFS Reference Issue 2000 • NRC National Research Council (NAP - USA)
• UFLA – Lavras – MG • FCAV/UNESP - Jaboticabal – SP • Dr. César Jeremias , MV . Anotações pessoais
Este relatório é independente e de uso reservado . Além da análise direta do tema em questão , foram utilizados dados resultantes de práticas e pesquisas de empresas e entidades citadas ; as quais
poderemos indicar ou colocar à disposição .
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