Disciplina de Mercado
Relatório de Divulgação Pública de Informação
Exercício de 2009
Disciplina de Mercado
Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
IDENTIFICAÇÃO DO REPORTE
INSTITUIÇÃO:
BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A.
REPORTE:
Disciplina de Mercado
SUPORTE:
Aviso n.º 10/2007
BASE DE REPORTE:
PERIODICIDADE:
DATA DE REFERÊNCIA:
Individual
Anual
31 de Dezembro de 2009
CONTACTOS
ÁREA RESPONSÁVEL:
TELEFONE:
E-MAIL:
APROVAÇÃO
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Direcção Financeira – Gestão de Riscos
351 21 798 5803
[email protected]
Conselho de Administração da BBVA Instituição Financeira de
Crédito, S.A.
BBVA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO S.A.
RELATÓRIO ANUAL 2009
Disciplina de Mercado
Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
ÍNDICE
1.
Introdução ...................................................................................................................... 4
1.1.
1.2.
Enquadramento Regulamentar ........................................................................................ 4
Estrutura do Relatório ...................................................................................................... 5
2.
Declaração de Responsabilidade ................................................................................. 6
3.
Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco ................................................ 7
3.1.
3.2.
3.3.
Âmbito de Aplicação ........................................................................................................ 7
Estratégias e Processos de Gestão de Risco ................................................................... 8
Estrutura e Organização da Função de Gestão de Riscos ............................................. 10
3.3.1 Perfil de Risco da Instituição ........................................................................................................... 10
3.3.2 Modelo Operativo ............................................................................................................................ 11
3.4.
4.
Adequação de Capitais ............................................................................................... 18
4.1.
4.2.
4.3.
5.
Âmbito e Natureza dos Sistemas de Medição de Risco ................................................. 16
Caracterização de Fundos Próprios ............................................................................... 18
ICAAP – Processo de Auto-Avaliação da Adequação do Capital Interno ....................... 20
Informação Quantitativa ................................................................................................. 22
Risco de Crédito – Aspectos Gerais .......................................................................... 24
5.1.
5.2.
5.3.
Principais Conceitos ....................................................................................................... 24
Gestão do Risco de Crédito ........................................................................................... 25
Correcções de Valor e Provisões ................................................................................... 27
5.3.1 Modelo de Imparidade ..................................................................................................................... 27
6.
Risco de Crédito – Método Padrão ............................................................................ 31
7.
Técnicas de Redução de Risco de Crédito................................................................ 33
8.
Risco Operacional ....................................................................................................... 34
8.1.
8.2.
8.3.
9.
Principais Conceitos ....................................................................................................... 34
Gestão do Risco Operacional......................................................................................... 34
Informação Quantitativa ................................................................................................. 36
Risco de Liquidez ........................................................................................................ 37
9.1.
9.2.
9.3.
9.4.
10.
Principais Conceitos ....................................................................................................... 37
Gestão do Risco de Liquidez.......................................................................................... 37
Requisitos de Capital Interno ......................................................................................... 38
Informação Quantitativa ................................................................................................. 39
Risco de Taxa de Juro ....................................................................................... 40
10.1.
10.2.
10.3.
11.
Principais Conceitos .................................................................................................... 40
Gestão do Risco de Taxa de Juro ................................................................................ 40
Informação Quantitativa ............................................................................................... 42
Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital ....................................... 45
11.1.
11.2.
Testes de Esforço ........................................................................................................ 45
Resultados dos Testes ................................................................................................ 49
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1. Introdução
Com a publicação, em 2007, do Decretos-lei n.º103/2007, que transpôs para a ordem jurídica interna a
Directiva n.º 49/2006 (Directiva da Adequação de Fundos próprios), o regime prudencial das Instituições de
Crédito e Empresas de Investimento em Portugal passou a incorporar as disposições propostas no Acordo de
Capital Revisto - habitualmente denominado por Basileia II, que determinou uma nova moldura regulamentar
relativa à adequação de capital aplicável às instituições financeiras.
O Acordo de Basileia II assenta em 3 pilares distintos e complementares:

O Pilar I consiste em regras de determinação dos requisitos mínimos de fundos próprios para
cobertura de Riscos de Crédito, de Mercado e Operacional;

O Pilar II abrange os princípios fundamentais do processo de supervisão e de gestão de riscos,
incluindo o processo de auto-avaliação de adequação de capital;

O Pilar III complementa os pilares anteriores com a exigência de publicação de informação relativa à
situação financeira e à solvabilidade das instituições de crédito, fixando requisitos de divulgação
pública relativa a processos, procedimentos e sistemas de gestão de riscos e de capital, com o intuito
de promover e reforçar a disciplina de mercado.
Assim, este relatório é preparado no âmbito do terceiro Pilar do Novo Acordo de Basileia, sendo a primeira vez
que a BBVA Instituição Financeira de Crédito, S. A. (doravante designada como BBVA IFIC ou Sociedade)
procede à sua execução e publicação, em conformidade com o estabelecido na regulamentação vigente, de
acordo com as melhores práticas do sector.
1.1.
Enquadramento Regulamentar
A BBVA IFIC, com o intuito de estabelecer uma comunicação transparente e contínua com todos os seus
stakeholders e parceiros, considera que o Relatório de Disciplina de Mercado consiste num novo instrumento
para atingir esse fim, conduzindo-se através dos princípios orientadores do Grupo BBVA. Este relatório,
elaborado numa perspectiva prudencial, deve entender-se como um complemento de toda a informação
prestada através do Relatório e Contas da Sociedade que, deste modo, se pretende conjugar com uma
abordagem aos diferentes riscos inerentes à sua actividade financeira, com a correspondente informação
qualitativa e quantitativa.
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1.2.
Estrutura do Relatório
A exposição das Políticas e Estratégias de Gestão de Risco e seus respectivos Controlos encontra-se
estruturada do seguinte modo:

Declaração de Responsabilidade

Âmbito de aplicação e políticas de gestão de risco;

Adequação de capitais;

Risco de Crédito – Aspectos gerais;

Risco de Crédito – Método padrão;

Técnicas de redução do risco de crédito;

Risco Operacional;

Risco de Liquidez;

Risco de Taxa de Juro;

Análise de sensibilidade dos requisitos de capital;
Acresce referir que, atendendo à natureza da Sociedade, não existe qualquer exposição ao Risco Cambial ou
de Mercado, uma vez que não é um Market Maker e não assume posições em dívida emitida, acções, moeda
estrangeira e outros títulos, mercadorias ou em instrumentos financeiros equivalentes, nomeadamente
derivados. De igual modo, não são feitas quaisquer referências a Titularizações por se tratar de operações que
não se têm inserido na estratégia de gestão da BBVA IFIC.
Uma restrição à informação quantitativa presente no relatório, advém do facto da Sociedade ter iniciado o
reporte com base nas novas directivas regulamentares apenas em 2009, pelo que, à excepção dos fundos
próprios e do rácio de solvabilidade, não é possível, na restante informação quantitativa, efectuar quaisquer
comparações evolutivas com o exercício de 2008, cujo reporte ainda seguiu as orientações decorrentes de
Basileia I.
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2. Declaração de Responsabilidade
A Gestão de Riscos na BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. é um baluarte da sua estratégia,
assentando nos princípios emanados pelo Grupo BBVA e ventilando, cada vez mais, o desenvolvimento, a
rendibilidade e a sustentabilidade do seu negócio. Por outro lado, converge em plena conformidade com os
requisitos legais vigentes nestas matérias, associadas, designadamente, a uma correcta determinação do
nível de fundos próprios adequado à exposição aos diversos riscos que decorrem da sua actividade.
O rácio de solvabilidade de 10,1%, assim como importantes resultados alcançados noutros domínios, ilustram
bem a importância desta cultura de Risco, que se reconhece como vantagem competitiva para o futuro,
assente em sólidos princípios éticos e rigor profissional.
O Conselho de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S.A. considera que, o actual papel
desempenhado pelas Instituições Financeiras e a crescente globalização dos mercados de capitais, tornou a
disciplina de mercado um instrumento indispensável para a estabilidade e solidez do Sistema Financeiro. O
Banco de Portugal, através da publicação do Aviso 10/2007, vem reforçar este entendimento, requerendo às
Instituições de Crédito uma divulgação pública de informação que considere os riscos incorridos no âmbito das
suas actividades, atendendo às metas estratégicas instituídas e respectivos processos e sistemas de
avaliação.
Assim, este Conselho de Administração vem declarar que, em cumprimento e para os efeitos presentes no
Aviso n.º10/2007:

Foram desenvolvidos todos os procedimentos considerados necessários e que, tanto quanto é do seu
conhecimento, toda a informação divulgada é verdadeira e fidedigna;

Assegura a qualidade de toda a informação divulgada no presente documento, bem como as
menções referentes ao grupo BBVA a que pertence;

Compromete-se a divulgar, tempestivamente, quaisquer alterações significativas que ocorram no
decorrer do exercício subsequente àquele a que o presente documento se refere;

Assegura que não se registaram quaisquer eventos relevantes entre o termo do exercício a que o
documento se refere e a data da sua divulgação.
Lisboa, 30 de Junho de 2010
Conselho de Administração da BBVA Instituição Financeira de Crédito, S. A.
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3. Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco
Nesta secção pretende descrever-se o modelo que integra as políticas, processos e procedimentos de Gestão
de Riscos vigente na Sociedade.
3.1.
Âmbito de Aplicação
A BBVA IFIC, com sede social em Portugal, na Avenida D. João II, Lote 1.16.05 (Edifício Infante), 2º andar,
Lisboa, titular do NIPC 502 801 808, com o capital social de 29.903.045,00 €, é uma Sociedade que tem por
objecto exclusivo a Prática das operações permitidas aos Bancos, com excepção da recepção de depósitos,
nos termos da legislação aplicável, nos termos da alínea d) do artigo 3.º do Regime Geral das Instituições de
Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF).
Detendo a seguinte estrutura societária:
•
CORPORACION GENERAL FINANCERA, S.A - 50,1%
•
FINANZIA, BANCO DE CRÉDITO – 49,9%
Inserida num sólido grupo financeiro internacional (Grupo BBVA), as suas políticas internas de Gestão de
Risco obedecem a orientações corporativas, assegurando a conformidade com o enquadramento
regulamentar, considerando-se fulcral a existência de um modelo de governance e uma moldura de princípios
e processos que permitam identificar, medir e monitorizar os riscos inerentes à sua actividade.
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3.2.
Estratégias e Processos de Gestão de Risco
Ao longo do exercício de 2009, a Sociedade reuniu esforços na definição e implementação das Funções de
Gestão de Risco e de Compliance, no reforço do Sistema de Controlo Interno e na prossecução de
procedimentos internos de Aferição e Reporte de Riscos.
Dos principais Projectos empreendidos pela Sociedade, importa mencionar os mais relevantes, de acordo com
a sua premência e impacto ao nível das suas Políticas Internas da Gestão de Risco:
Constituição de uma Função de Gestão de Riscos, de acordo com as orientações oriundas do Aviso 5/2008 do
Banco de Portugal, assegurando um adequado e efectivo ambiente de Controlo Interno, com
responsabilidades claras e assertivas, nomeadamente:
•
A identificação de eventos internos e externos que possam afectar a prossecução dos objectivos definidos,
os quais se traduzem em riscos ou oportunidades;
•
A avaliação dos riscos considerando a probabilidade e potenciais impactos como base de gestão dos
mesmos;
•
A resposta aos riscos seleccionando-a mediante acções que permitam alinhar o apetite e a tolerância ao
risco da Sociedade e o acompanhamento e controlo efectivos dos riscos de acordo a resposta definida.
Constituição de uma Função de Compliance que, nos mesmos moldes, detém a missão de identificar as
necessidades de cumprimento do normativo vigente, garantindo:
•
A conexão com as entidades de supervisão (no âmbito da recepção e análise de requisitos de
Compliance);
•
A organização e Supervisão de todas as actividades da Sociedade, no âmbito da função Compliance;
•
A promoção da existência dos meios humanos, técnicos e informacionais necessários à função e
articulação das suas funções com as diversas entidades organizacionais externas e com as demais
unidades de estrutura da BBVA IFIC.
Reforço do Sistema de Controlo Interno, através de uma sua revisão, actualização e alinhamento com a visão
Corporativa do BBVA. Para tal:
•
Constituíram-se ferramentas no sentido de assegurar o balanço entre os objectivos de crescimento da
BBVA IFIC e riscos associados, visando a maximização do valor criado para os seus accionistas e,
consequentemente, a maximização do valor da Sociedade;
•
Estabeleceram-se novas políticas (transpostos para Normativos Internos e Manuais), consubstanciados
num processo contínuo e transversal a toda a Sociedade e alinhados com a sua estratégia de modo a
proporcionar uma gestão do risco dentro dos níveis pretendidos pelas altas instâncias hierárquicas;
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•
Fortaleceram-se procedimentos de modo a identificar e gerir todos os eventos com impacto potencial na
sua actividade corrente e na prossecução dos objectivos propostos, assegurando o cumprimento das
normas e regulamentos vigentes e instituindo um sistema de Reporting fidedigno;
•
Constituiu-se uma ferramenta de Auto-Avaliação do Grau de Maturidade do Sistema de Controlo Interno
que permitiu identificar diferentes oportunidades de melhoria para as quais se definiu um conjunto de
iniciativas que visam colmatar as principais insuficiências identificadas, bem como para a definição de um
Roadmap que visa a implementação destas iniciativas, distribuídas de acordo com um racional de
prioritização face ao esforço e impacto que acarretam.
No final de 2009, a Sociedade desenhou e implementou uma ferramenta: S.I.R.O. – Sistema Integrado de
Risco Operacional que, coadunando-se com os princípios corporativos, veio proporcionar a constituição de um
repositório de dados (Loss Data Collection) centralizado e homogéneo.
Sublinha-se ainda os esforços desenvolvidos ao nível do exercício de Auto-avaliação de Adequação do Capital
Interno – ICAAP, visando a identificação dos riscos materialmente relevantes, tendo em conta a natureza,
dimensão e complexidade da actividade desenvolvida. Neste Projecto procedeu-se à identificação dos riscos a
que a BBVA IFIC se encontra exposta e à necessária quantificação dos requisitos de capital interno
subjacentes a cada um desses mesmos riscos, tendo sido desenvolvidas metodologias internas próprias para
o efeito. Paralelamente, a Sociedade implementou e formalizou o respectivo modelo de governação que
contempla um conjunto de processos internos de gestão e acompanhamento que asseguram a avaliação
periódica dos riscos, bem como o planeamento, execução e o acompanhamento das iniciativas que visam
colmatar as eventuais insuficiências da framework ICAAP que fora constituída.
Finalmente, destaca-se os mecanismos desenvolvidos de identificação e avaliação dos impactos resultantes
de análises de sensibilidade periódicas em caso de cenários de stress (Stress Testing), como ferramenta
adicional da Gestão Interna do Risco.
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3.3.
Estrutura e Organização da Função de Gestão de Riscos
A estrutura e organização referidas em seguida são transversais a todos os riscos inerentes à actividade da
Sociedade.
3.3.1 Perfil de Risco da Instituição
O perfil de risco corresponde à capacidade de aceitação de risco da BBVA IFIC, tendo como vectores
primordiais:
•
As características estruturais;
•
O grau de tolerância ao risco.
O seu perfil encontra-se incorporado nos processos e procedimentos executados diariamente e é
percepcionado como uma prática importante e necessária ao suporte de uma gestão prudente do negócio, na
medida em que é imprescindível para a avaliação e gestão do risco e contribui para um melhor entendimento
da relação retorno/risco desejável.
Deste modo, tendo em conta as orientações emitidas pelo accionista (Grupo BBVA) e os processos de
negócio actualmente instituídos, a framework do perfil de risco da BBVA IFIC consubstanciar-se-á num
conjunto de decisões desde o nível estratégico até ao nível operacional, podendo estruturar-se em três
vertentes (apetite ao risco, tolerância ao risco e decisões de negócio):
•
O apetite ao risco corresponde à componente estratégica do perfil de risco da BBVA IFIC, podendo ser
definido através das linhas de orientação estratégica devidamente alinhadas com o posicionamento,
valores e ética da Sociedade e do Grupo BBVA;
•
O apetite ao risco traduz-se, ao nível táctico, num conjunto de indicadores de risco e nos respectivos
níveis de tolerância ao risco, por tipologia e por linha de negócio;
•
Dado que as unidades de estrutura necessitam de uma orientação clara por parte dos órgãos de gestão
de modo a poderem proceder à aplicação do perfil de risco ao nível operacional, a Sociedade adopta
limites e toma diariamente decisões de negócio ao nível dos procedimentos operacionais que reflectem o
apetite e tolerância ao risco da sociedade.
O apetite ao risco da BBVA IFIC manifesta-se, por exemplo, ao nível do rating externo atribuído ao Grupo
BBVA (Standard & Poor’s – AA; Moodys: Aa1; Fitch: AA-) atribuída pelas principais agências de rating
internacionais, o qual corresponde a um intervalo de confiança de 99,99%.
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3.3.2 Modelo Operativo
O modelo operativo da Função de Gestão de Riscos da BBVA IFIC é ilustrado no seguinte diagrama:
• Estratégia – definição da visão, missão e objectivos estratégicos;
• Estrutura Organizacional – definição do modelo de governação e enquadramento da função na
estrutura organizacional da BBVA IFIC;
• Responsabilidades – identificação das responsabilidades dos colaboradores da Função Gestão de
Riscos;
• Processos – definição dos processos necessários à execução das responsabilidades da Função
Gestão de Riscos;
• Meios de Suporte – definição dos meios de suporte aos processos subjacentes à actividade da
Função Gestão de Riscos.
Dadas as mutações verificadas no mercado financeiro e a necessidade constante de integração de novos
requisitos regulamentares, a Função Gestão de Riscos não obedece a um processo estático. Desde modo, e
sempre que se verifique necessário, os elementos do processo acima ilustrado serão revistos e reajustados à
nova realidade.
Estratégia:
O conjunto de objectivos estratégicos da Função Gestão de Riscos detém uma Visão e Missão bem definidas,
com vista à sua integração no seio da Instituição:
• Desenvolvimento de políticas de gestão de riscos com orientações globais e específicas para cada área
funcional nesta matéria;
• Desenvolvimento e manutenção de metodologias e ferramentas de gestão de riscos;
• Adopção das melhores práticas ao nível da gestão de riscos;
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• Monitorização do perfil de risco da BBVA IFIC;
• Procura garantir a conformidade do apetite e da tolerância ao risco com as estratégias da BBVA IFIC,
através da análise e controlo preventivo dos riscos;
• Procura garantir a adequação da Função gestão de riscos à estratégia da BBVA IFIC e às expectativas dos
vários stakeholders;
• Promove a melhoria contínua da eficiência da gestão de riscos através da monitorização das actividades e
emissão de recomendações;
• Promove a divulgação de normas e procedimentos internos de forma a garantir uma adequada e sustentada
gestão dos riscos;
• Dinamiza uma Cultura de Gestão de Riscos, potenciando a responsabilização transversal de toda a
Instituição.
Estrutura Organizacional:
O enquadramento organizacional estabelecido para a Função Gestão de Riscos tem por base a estratégia, os
processos de negócio e os meios de suporte necessários à concretização das actividades que lhe competem.
A definição do modelo organizacional assenta num conjunto de premissas que visam tornar a Função Gestão
de Riscos efectiva na BBVA IFIC, nomeadamente:
Segregação de
Funções
Eficiência
Operacional
Natureza, Dimensão
e Complexidade da
Actividade
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A gestão de riscos assenta em princípios sólidos de governo interno, sendo
a segregação de funções parte relevante destes princípios.
A sua estrutura conduz à eficiência necessária da Função Gestão de
Riscos, nomeadamente no que respeita à coordenação da actuação e à
comunicação entre as diversas unidades de estrutura, bem como à
simplicidade dos processos.
O modelo organizacional tem em conta a natureza, dimensão e
complexidade da actividade desenvolvida, bem como os recursos
disponíveis e o seu respectivo perfil.
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A Função Gestão de Riscos é assegurada por um órgão colegial designado Comité de Gestão de Riscos do
qual fazem parte os elementos responsáveis pelas Direcções envolvidas directa ou indirectamente na gestão
dos diversos riscos a que a BBVA IFIC se encontra exposta:
Competências
Níveis Funcionais
Comité de
Gestão de Riscos
• Decidir quanto ao perf il de risco da BBVA IFIC e às políticas e estratégias
de gestão de risco subjacentes ao mesmo;
• Acordar quanto às orientações a seguir pelas direcções em matérias de
gestão de risco.
Direcção
Financeira
• Presidir ao Comité de Gestão de Riscos;
• Coordenar, orientar e liderar as actividades da Função Gestão de Riscos;
• Reportar f actos relevantes da actividade corrente ao Comité de Gestão e
Riscos.
Controlo Interno e
Gestão de Riscos
• Operacionalizar as componentes de identif icação, avaliação,
acompanhamento e controlo dos riscos;
• Suportar as reuniões do Comité de Gestão de Riscos f ornecendo os inputs
relevantes para tomada de decisão.
Responsabilidades:
O seguinte esquema ilustra as responsabilidades e a sua distribuição pelos vários níveis funcionais:
RESPONSABILIDADES
APROVAÇÃO
Comité de Gestão de Riscos
G ESTÃO E COORDENAÇÃO
Direcção Financeira
EXECUÇÃO
Controlo Interno e
Gestão de Riscos
Processos:
Esta função encontra-se dotada de processos focados na gestão e controlo dos riscos decorrentes da
actividade da Sociedade que garantem o cumprimento dos objectivos definidos e dos requisitos
regulamentares aplicáveis.
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Seguidamente procede-se à descrição detalhada de cada processo, identificando os intervenientes e as
actividades desenvolvidas:
Identificação dos riscos:
ETAPAS
1 – IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS
INTERVENIENTES
ACOMPANHAR A CONCEPÇÃO
ANALISAR E DECIDIR DA
E DESENVOLVIMENTO DE
NOVOS PRODUTOS E
SERVIÇOS GARANTINDO DE
FORMA A IDENTIFICAR
POTENCIAS RISCOS
COMITÉ DE GESTÃO
DE R ISCOS
RESPOSTA A DAR AOS
RISCOS IDENTIFICADOS
(ACEITAR, REJEITAR,
REDUZIR)
APOIAR
DIRECÇÃO
FINANCEIRA
(ÁREA DE CONTROLO
INTERNO E GESTÃO DE
RISCOS)
AS RESTANTES
MONITORIZAR A
IDENTIFICAÇÃO
DE TODOS OS
RISCOS
MATERIALMENTE
RELEVANTES
UNIDADES DE ESTRUTURA NA
DESENVOLVER
IDENTIFICAÇÃO DO RISCO
AS
METODOLOGIAS
DE
IDENTIFICAÇÃO
DOS RISCOS
INERENTE À SUA ACTIVIDADE,
DISSEMINANDO INFORMAÇÃO
RELEVANTE E AS
METODOLOGIAS DEFINIDAS
IDENTIFICAR OS RISCOS
SUBJACENTES ÀS SUAS
ACTIVIDADES DIÁRIAS
RESTANTES
DIRECÇÕES
Avaliação dos riscos:
ETAPAS
2 – AVALIAÇÃO DOS RISCOS
INTERVENIENTES
COMITÉ DE GESTÃO
DE R ISCOS
ANALISAR E DECIDIR
ANALISAR E DECIDIR
ACERCA DAS
METODOLOGIAS E
PRESSUPOSTOS
SUBJACENTES Á AVALIAÇÃO
DOS RISCOS
ACERCA DOS
RESULTADOS DOS
PROCESSOS DE
AVALIAÇÃO DOS
RISCOS
APOIAR
AS RESTANTES
UNIDADES DE ESTRUTURA NA
DIRECÇÃO
FINANCEIRA
(ÁREA DE CONTROLO
INTERNO E GESTÃO DE
RISCOS)
RESTANTES
DIRECÇÕES
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MONITORIZAR A
AVALIAÇÃO DE
TODOS OS
RISCOS
MATERIALMENTE
RELEVANTES
AVALIAÇÃO DO RISCO
INERENTE À SUA ACTIVIDADE ,
DEFINIR AS
METODOLOGIAS
DE AVALIAÇÃO
DISSEMINANDO INFORMAÇÃO
RELEVANTE E AS
METODOLOGIAS DEFINIDAS
DOS RISCOS
ICAAP – TESTES DE ESFORÇO – IMPARIDADE
AVALIAR OS RISCOS
SUBJACENTES ÀS SUAS
ACTIVIDADES DIÁRIAS
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Acompanhamento dos riscos:
ETAPAS
3 – ACOMPANHAMENTO DOS RISCOS
INTERVENIENTES
ANALISAR E DECIDIR
ANALISAR E
DECIDIR ACERCA
DOS RELATÓRIOS
DE GESTÃO DE
RISCOS
ACERCA DAS
METODOLOGIAS E
PRESSUPOSTOS
SUBJACENTES AO
ACOMPANHAMENTO DOS
RISCOS
COMITÉ DE GESTÃO
DE R ISCOS
APOIAR
MONITORIZAR O
ACOMPANHAMENTO
DE TODOS OS
RISCOS
MATERIALMENTE
RELEVANTES
AS RESTANTES UNIDADES DE
ESTRUTURA NO ACOMPANHAMENTO
DIRECÇÃO
FINANCEIRA
(ÁREA DE CONTROLO
INTERNO E GESTÃO DE
RISCOS)
DO RISCO INERENTE À SUA
ACTIVIDADE , DISSEMINANDO
DEFINIR AS
INFORMAÇÃO RELEVANTE E AS
METODOLOGIAS DEFINIDAS
METODOLOGIAS DE
ACOMPANHAMENTO
DOS RISCOS
ELABORAÇÃO DE REPORTES PERÍODICOS DE KRI’ S
ACOMPANHAR OS RISCOS
SUBJACENTES ÀS SUAS
ACTIVIDADES DIÁRIAS
RESTANTES
DIRECÇÕES
Controlo dos riscos:
ETAPAS
4 – CONTROLO DOS RISCOS
INTERVENIENTES
ANALISAR E
D ECIDIR ACERCA
DAS METODOLOGIAS
COMITÉ DE GESTÃO
DE R ISCOS
ANALISAR E
DECIDIR ACERCA
DE DESVIOS OU
SITUAÇÕES DE
EXCEPÇÃO
E PROCEDIMENTOS
DE CONTROLO DOS
RISCOS
APOIAR
MONITORIZAR O
GRAU DE
ADEQUAÇÃO
DOS
CONTROLOS DE
AS RESTANTES UNIDADES
DE ESTRUTURA NO CONTROLO
DIRECÇÃO
FINANCEIRA
(ÁREA DE CONTROLO
INTERNO E GESTÃO DE
RISCOS)
RESTANTES
DIRECÇÕES
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DOS RISCOS INERENTES À SUA
DEFINIR AS
METODOLOGIAS E
PROCEDIMENTOS
DE CONTROLO
DOS RISCOS
ACTIVIDADE , DISSEMINANDO
IMPLEMENTAR
INFORMAÇÃO RELEVANTE E AS
AS MEDIDAS
CORRECTIVAS
NECESSÁRIAS
PARA FAZER
FACE A
EVENTUAIS
DESVIOS OU
SITUAÇÕES
DE EXCEPÇÃO
METODOLOGIAS DEFINIDAS
COMUNICAR DESVIOS OU SITUAÇÕES
DE EXCEPÇÃO
CONTROLAR OS
RISCOS SUBJACENTES
ÀS SUAS ACTIVIDADES
DIÁRIAS
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TODOS OS
RISCOS
MATERIALMENTE
RELEVANTES
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Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
3.4.
Âmbito e Natureza dos Sistemas de Medição de Risco
O Sistema de Gestão dos Riscos da Sociedade requereu a implementação e desenvolvimento de um processo
de avaliação da probabilidade de ocorrência de perdas e da respectiva magnitude em relação a cada categoria
de risco. O processo de avaliação de riscos da BBVA IFIC encontra-se suportado por análises, qualitativas
e/ou quantitativas, baseadas em metodologias adequadas à natureza e magnitude do risco e à complexidade
e dimensão da actividade desenvolvida, contando com os seguintes instrumentos:
•
Modelos de cálculo de perdas por Imparidade, suportado num modelo estatístico que determina
probabilidades de perda com base em análises históricas;
•
Modelo de cálculo do Capital Regulamentar, que permite uma gestão prudente da base de capital, de
acordo com os requisitos estabelecidos pelo Banco de Portugal e os princípios de Basileia II - Actualmente
a BBVA IFIC utiliza o método standard de cálculo de requisitos de capital para risco de crédito e o método
do indicador básico para risco operacional;
•
Modelo de Stress Testing, baseado em análises de sensibilidade, para avaliar efeitos potenciais
resultantes de alterações de um factor de risco em função de acontecimentos excepcionais;
•
Modelo de avaliação da adequação do capital interno (ICAAP), cumprindo com os requisitos
regulamentares ao abrigo da Instrução n.º 15/2007 do Banco de Portugal e os princípios definidos no Pilar
II de Basileia, o ICAAP constitui uma ferramenta essencial para melhorar a identificação e quantificação
dos riscos, sendo concretizado no montante necessário para suportar riscos específicos assumidos, sendo
as conclusões do processo de avaliação do capital interno devidamente integradas na gestão da
actividade corrente.
Por outro lado, a Sociedade promoveu um reforço substancial na mensuração do Risco Operacional através
da utilização de ferramentas internas e corporativas, procedendo à revisão e actualização de todos os seus
eventos de Risco Operacional, bem como as respectivas perdas directas ou indirectas e lucros cessantes
correspondentes.
Assim, analisou-se o Risco Operacional existente, com vista à:
•
Identificação de todos os eventos ou factores de risco dos processos que afectam a Área ou Unidade de
negócio;
•
Avaliação, com os responsáveis de cada processo, mediante a análise da experiência histórica de cada
um, determinando com base no impacto e frequência anual de cada factor, assim como a sua estimação
mediante a utilização de determinados sistemas de medição;
•
Agregação dos factores de risco em classes de risco ou categorias, a fim de obter os Mapas de Risco da
Unidade;
•
Cálculo do Rácio de Risco Operacional e do Rácio de Risco Operacional da perda esperada estimada;
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•
Mensuração global do nível de risco operacional da área, em função do RRO;
•
Hierarquização de prioridades para a mitigação do risco em função do impacto total, mediante a
classificação dos elementos de risco pela sua ordem de importância;
•
Definição de Planos de Contingência necessários para a mitigação do risco externo.
Salienta-se, também, o desenho e implementação de uma ferramenta: S.I.R.O. – Sistema Integrado de Risco
Operacional que, coadunando-se com os princípios corporativos, veio proporcionar a constituição de um
repositório de dados (Loss Data Collection), centralizado e homogéneo que facilita:
•
O registo contabilístico, actualização, acompanhamento e controlo de eventos de Risco Operacional e
respectivas Perdas associadas;
•
A identificação e quantificação das causas do Risco Operacional, existente ou potencialmente existente;
•
A direcção de esforços nos eventos que incorporam maior risco de modo a estabelecer prioridades de
actuação e facilitar o processo de tomada de decisões em relação às medidas de mitigação a adoptar.
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4. Adequação de Capitais
Nesta secção apresenta-se a composição e adequação de capitais da BBVA IFIC, bem como a metodologia
de cálculo do capital interno (ICAAP) necessário à cobertura dos riscos inerentes à sua actividade.
4.1.
Caracterização de Fundos Próprios
Sendo o capital interno, o valor de Fundos Próprios (FP) calculado de acordo com o Aviso n.º 12/92 do Banco
de Portugal (alterado pelo Aviso n.º 4/2007) e reportado na Instrução n.º 23/2007 com referência a Dezembro
de 2008 e 2009, considera-se que os instrumentos que o compõem são estáveis e adequados à sua
finalidade, ou seja, fazer face a perdas inesperadas, não se perspectivando alterações na sua composição ao
longo de um horizonte temporal de, pelo menos, 12 meses.
Valores em Euros
Adequação de Capitais - Parte I
Dez-09
Fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade (1)
1.1.
Fundos próprios de base (3)
1.1.1.
29.903.045 29.903.045
Capital realizado
1.1.2.
29.903.045 29.903.045
Reservas e Resultados elegíveis (7)
6.499.301
4.653.344
6.499.301
4.653.344
Interesses minoritários elegíveis (13)
0
0
1.1.2.3.
Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em curso (17)
0
0
1.1.2.6.
(-) Lucros líquidos resultantes da capitalização de receitas futuras provenientes de activos titularizados (26)
0
0
1.1.2.1.
Reservas (8)
1.1.2.2.
1.1.2.7.
Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios de base (27)
1.1.3.
Fundo para riscos bancários gerais
1.1.4.
0
0
1.1.4.1.
Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base (42)
Impacto na transição para as NIC/NCA (impacto negativo) (43)
0
0
1.1.4.2.
Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base (46)
0
0
(-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (48)
-1.110
-126.504
1.1.5.1.
(-) Imobilizações incorpóreas/Activos intangíveis (49)
-1.110
-126.504
1.1.5.2.
(-) Excedente em relação aos limites de elegibilidade de instrumentos incluídos nos fundos próprios de base (51)
1.1.5.3.
(-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (52)
0
0
0
0
1.1.5.
1.2.
36.401.236 34.429.885
Capital elegível (4)
1.1.1.1.
Dez-08
36.401.236 34.429.885
Fundos próprios complementares (64)
1.2.1.
Fundos próprios complementares - Upper Tier 2 (65)
0
0
1.2.2.
Fundos próprios complementares - Low er Tier 2 (76)
0
0
1.2.3.
(-) Deduções aos fundos próprios complementares (79)
0
0
1.3.
(-) Deduções aos fundos próprios de base e complementares (81)
1.3.a.
1.3.b.
0
0
Das quais: (-) Aos fundos próprios de base (82)
0
0
Das quais: (-) Aos fundos próprios complementares (83)
0
0
1.6.
(-) Deduções aos fundos próprios totais (89)
0
0
1.7.
Fundos próprios suplementares totais disponíveis para cobertura de riscos de mercado (98)
0
0
1.8.
Por memória:
0
0
1.8.1
(+) Excesso / (-) Insuficiência de correcções de valor e de "provisões" nas posições ponderadas pelo risco através do método
das Notações Internas
1.8.1.1
1.8.1.2.
Montante de correcções de valor e de "provisões" no método das Notações Internas
(-) Perdas esperadas determinadas pelo método das Notações Internas
1.8.2.
Valor nominal dos empréstimos subordinados reconhecidos como elemento positivo dos fundos próprios
1.8.3.
Requisito mínimo de capital social (104)
1.8.4.
Fundos próprios de referência para efeito dos limites relativos aos grandes riscos (104)
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36.401.236 34.429.885
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Os Requisitos de Fundos próprios são:
Valores em Euros
Adequação de Capitais - Parte II
Dez-09
2. Requisitos de fundos próprios (1)
2.1
Requisitos de fundos próprios para risco de crédito, risco de crédito de contraparte e transacções incompletas (2)
2.1.1.
Dez-08
28.782.843 25.018.910
27.139.375 23.574.237
Método Padrão (3)
27.139.375 23.574.237
Classes de risco no Método Padrão excluindo posições de titularização (4)
27.139.375 23.574.237
1.1.1.1.1.
Administrações centrais ou bancos centrais
0
0
1.1.1.1.2.
Administrações regionais ou autoridades locais
0
0
1.1.1.1.3.
Organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos
0
0
1.1.1.1.4.
Bancos multilaterais de desenvolvimento
0
0
1.1.1.1.5.
Organizações internacionais
0
0
1.1.1.1.6.
Instituições
71.965
26.395
1.1.1.1.7.
Empresas
398.822
546.820
1.1.1.1.8.
Carteira de retalho
1.1.1.1.9.
Posições garantidas por bens imóveis
1.1.1.1.10.
Elementos vencidos
1.1.1.1.11.
1.1.1.1.12.
1.1.1.1.13.
Outros elementos
24.562.792 21.873.792
0
0
993.868
194.792
Obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público
0
0
Posições em risco sobre organismos de investimento colectivo (OIC)
0
0
1.111.928
932.438
1.1.3.
Risco de crédito (Aviso n.º 1/93) - derrogação transitória do método padrão (13)
0
0
1.1.4.
Transacções incompletas e risco de crédito de contraparte (carteira de negociação) - derrogação transitória (14)
0
0
0
2.2.
Risco de liquidação (15)
0
2.3.
Requisitos de fundos próprios para riscos de posição, riscos cambiais e riscos de mercadorias (16)
0
0
2.4.
Requisitos de fundos próprios para risco operacional (23)
1.643.468
1.444.674
1.643.468
1.444.674
0
0
2.4.1.
Método do Indicador Básico (24)
2.4.2.
Método Padrão (25)
2.4.4.
(-) Redução dos requisitos de fundos próprios para risco operacional - derrogação transitória do método padrão (27)
2.5.
Requisitos de fundos próprios - Despesas gerais fixas (28)
1.6
Grandes riscos - Carteira de negociação (29)
0
0
2.6
Requisitos transitórios de fundos próprios ou outros requisitos de fundos próprios (30)
0
0
Ao nível de Adequação dos Capitais, os resultados obtidos são os seguintes:
Adequação de Capitais - Parte II
Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios (34)
Rácio de Solvabilidade (%) (35)
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Valores em Euros
Dez-09
Dez-08
7.618.393
9.410.975
10,1%
11,0%
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4.2.
ICAAP – Processo de Auto-Avaliação da Adequação do Capital Interno
Visando assegurar a implementação em Portugal dos critérios de convergência internacionais de Basileia II no
que se refere à gestão eficaz de capital no seio das instituições financeiras, o Banco de Portugal procedeu à
publicação da Instrução nº15/2007 que define os princípios para a implementação do Processo de AutoAvaliação da Adequação do Capital Interno, adiante abreviadamente designado por ICAAP.
O ICAAP pretende conduzir as instituições financeiras na avaliação e quantificação dos principais riscos a que
se encontram expostas, constituindo-se assim igualmente como um importante instrumento de gestão na
tomada de decisões relativamente aos níveis de risco a assumir e às actividades a empreender.
Este exercício tem subjacente a identificação dos riscos materialmente relevantes, tendo em conta a natureza,
dimensão e complexidade da actividade desenvolvida. O racional utilizado para aferir a materialidade dos
riscos teve por base indicadores de natureza quantitativa e qualitativa, através da identificação da
percentagem de activos e passivos expostos aos diversos riscos e à relevância empírica dos mesmos. Deste
modo, constata-se que não existe exposição quer ao risco de mercado, quer ao risco de taxa de câmbio, não
tendo por isso sido desenvolvidas quaisquer metodologias internas para a avaliação destes riscos.
Todos os pressupostos e conceitos inerentes às abordagens desenvolvidas pretendem assegurar um elevado
grau de controlo e mitigação sobre os riscos assumidos.
Assim, a BBVA IFIC formalizou o modelo de governação do ICAAP que confere à Direcção Financeira as
competências necessárias para gerir e assegurar o exercício numa base periódica.
O modelo contempla um conjunto de processos internos de gestão e acompanhamento que asseguram a
avaliação periódica dos riscos, bem como o planeamento, execução e o acompanhamento das iniciativas que
visam colmatar as eventuais insuficiências da framework ICAAP.
Em termos genéricos a Área de Controlo Interno e Gestão de Riscos é responsável pela implementação das
metodologias definidas, pela operacionalização dos cálculos e pela elaboração dos relatórios do ICAAP. Todo
o processo é orientado e monitorizado pelo Director Financeiro, o qual validará operacionalmente a execução
das metodologias e os resultados do exercício, reportando e levando os mesmos à discussão em sede de
Comité de Gestão de Riscos.
Por sua vez, este Comité tem como principal responsabilidade a definição, validação, orientação e
acompanhamento das estratégias, no que concerne a gestão dos diversos riscos.
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Após a execução do cálculo de capital interno, cabe ao Comité de Gestão de Riscos definir as orientações
gerais relativas ao planeamento de capital da Sociedade, as quais estarão sustentadas nas análises dos níveis
de capital e nas demais conclusões do ICAAP.
Caso se verifiquem desfasamentos nos requisitos de capital apresentados, cabe ao Comité de Gestão de
Riscos aprovar um plano de acção para a sua colmatação, estabelecendo um calendário de implementação
das iniciativas definidas e monitorizando a sua execução. Contudo, e seguindo os princípios fundamentais de
governo interno estabelecidos pelo Banco de Portugal, cabe à Direcção Geral a responsabilidade de analisar e
emitir opinião relativamente à adequação do capital interno.
Face à natureza, dimensão e complexidade da actividade desenvolvida e face às necessidades de capital
interno e aos riscos incorridos o modelo de governação permite um envolvimento muito próximo das unidades
de estrutura envolvidas na gestão dos mesmos, garantindo assim um adequado grau de segurança na
identificação, avaliação, acompanhamento e controlo do risco.
No âmbito da framework ICAAP procedeu-se ao desenho dos processos subjacentes ao Modelo de
Governação, os quais se encontram assentes em três componentes, tal como ilustrado abaixo:
I
Execução do
ICAAP
• Revisão e validação do
exercício pelo órgão
independente.
• Fases de execução do
ICAAP;
• Actividades
desenvolvidas;
• Calendarização.
III
Validação
• Correcção das
insuficiências detectadas
e evolução da framework.
II
Manutenção da
Framework
O Fluxo de Execução do ICAAP é composto por três processos sequenciais: Planeamento, Exercício do
ICAAP e Ciclo de Gestão, interligados por fluxos de informação contínuos, como se pode observar no
diagrama seguinte.
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I
2
3
Orçamento
Ciclo Contínuo
Validação
Exercício do ICAAP
III
Ambiente Envolvente
Ciclo de
Gestão do Capital
Manutenção
II
da
Framework
Execução do ICAAP
1
Planeamento
da Actividade
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Política de Gestão
de Riscos
Envio do
Reporte
ao Grupo
Etapas do Exercício
Preparação
Execução
Reporting
Envio do
Reporte
ao BdP
Planeamento
de Capital
Incorporação dos
resultados na
tomada de decisão
Monitorização e na actividade Implementação
do Plano
diária
O Planeamento da Actividade constitui uma fonte de informação para o exercício do ICAAP, nomeadamente
no que diz respeito à definição do tipo de variáveis utilizadas, pressupostos assumidos e cenários
macroeconómicos considerados.
No planeamento das actividades garante-se o alinhamento com o processo de orçamentação e com o
exercício dos Testes de Esforço relativamente à análise e documentação referente à envolvente
macroeconómica.
4.3.
Informação Quantitativa
Pela comparação entre os requisitos de capital interno, os requisitos de capital regulamentar e o nível de
fundos próprios da Instituição, denota-se a adequabilidade deste último face aos primeiros e que o nível de
capitalização da Instituição salvaguarda os interesses dos accionistas e possibilita uma sólida margem de
crescimento e afirmação nos mercados em que actua.
Dada a incorporação de perspectivas de evolução da actividade no cálculo dos riscos materialmente
relevantes, considera-se que os requisitos de capital interno calculados se encontram adequados face à
evolução expectável dos mesmos, representando assim os requisitos mínimos de capital necessário para
garantir o adequado grau de segurança na prossecução da actividade, face ao perfil de risco assumido.
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O perfil de risco manter-se-á estável ao longo do período em análise, mantendo-se o risco de crédito como o
mais relevante em termos de requisitos de capital, quer interno, quer regulamentar.
O valor disponível de capital interno tenderá a apresentar uma tendência de crescimento a par com a geração
de resultados e sua posterior apropriação na situação líquida, não se perspectivando quaisquer alterações na
composição dos fundos próprios, fruto da sólida adequação dos mesmos.
35 M€
34.429.885
30 M€
25 M€
25.018.910
20 M€
20.752.468
15 M€
19.042.754
10 M€
5 M€
M€
Fundos Disponíveis
Requisitos de Capital Regulamentar
Requisitos de Capital Interno sem Diversificação
Requisitos de Capital Interno com Diversificação
O quadro em baixo apresenta os resultados obtidos após o processo de agregação dos riscos, bem como o
montante final de requisitos de capital interno para cobertura dos diversos riscos:
VALORES EM EUROS
RISCOS MATERIALMENTE
RELEVANTES
MÉTODO DE AGREGAÇÃO
Risco de Crédito
Risco de Operacional
REQUISITOS DE CAPITAL
INTERNO
(SEM DIVERSIFICAÇÃO)
EFEITO DE DIVERSIFICAÇÃO
REQUISITOS DE CAPITAL
INTERNO
(COM DIVERSIFICAÇÃO)
14.143.587
- 91.183
14.052.404
1.371.804
- 710.793
661.011
Risco de Taxa de Juro
1.283.139
- 798.323
484.816
Risco de Estratégia
3.082.691
- 109.415
2.973.276
Risco de Reputação
535.999
TOTAL
Matriz de Correlações
18.171.507
Soma Simples
Risco de Liquidez
335.248
REQUISITOS DE CAPITAL INTERNO DA BBVA IFIC
Página 23 de 50
535.999
0
20.752.468
871.247
335.248
- 1.709.714
BBVA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO S.A.
19.042.754
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5. Risco de Crédito – Aspectos Gerais
Neste capítulo será abordado o modelo de Gestão de Risco de Crédito, o qual a BBVA IFIC atribui especial
destaque pelo seu relevo na eficiência e rentabilidade no seio da sua actividade.
5.1.
Principais Conceitos
O Risco de Crédito corresponde ao risco da contraparte de um instrumento financeiro causar uma perda
financeira à Sociedade em resultado de incumprimento das obrigações.
Actualmente, todas as propostas oriundas de qualquer tipo de Negócio detêm um Modelo de Scoring
associado, facto que permite um maior controlo e homogeneidade de aplicação dos critérios de Risco, como
também a captura de informação relevante para estudos posteriores ou restimações de modelos matemáticos.
Por outro lado, uma equipa de analistas de crédito detém a responsabilidade de decidir todas as propostas
que não tenham sido decididas por Scoring ou efectuar, se bem fundamentados, os respectivos overwrites.
Estão definidos vários níveis de autorização, em função das habilitações e da experiência anterior do
colaborador, existindo operações cuja decisão final tem de ser tomada em Comité com a participação da
Administração.
O controlo do risco de crédito é assegurado através do acompanhamento diário dos limites que estão
autorizados, quer os mesmos sejam estabelecidos pelos órgãos de gestão ou pelas entidades de supervisão.
Por outro lado, a Sociedade classifica todos seus clientes da seguinte forma:
•
“Perigoso” - clientes que tenham contratos com classificação do Banco de Portugal superior a 2 (saldo
vencido há mais de 90 dias);
•
“Preocupante” - clientes que tenham contratos com saldo vencido há mais de 30 dias (classe 1 do Banco
de Portugal) ou que tenham tido, nos últimos 6 meses, duas ou mais rendas pagas com atraso superior a
30 dias;
•
“A vigiar” - clientes que tenham tido nos últimos 12 meses duas ou mais rendas com atraso superior a 30
dias.
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Em 31 de Dezembro de 2009, a exposição em balanço apresenta a seguinte repartição:
5.2.
Gestão do Risco de Crédito
Ao longo dos últimos anos, a Gestão do Risco de Crédito tem sido, de forma consistente, pautada pelo rigor na
selecção dos canais de distribuição, prudência na admissão do risco, antecipação às alterações de mercado e
uma segregação funcional entre as Direcções Comercias e a Direcção de Risco e Recuperações.
Na sua gestão e, no exercício transacto, destaca-se:
•
Orientação e focalização no negócio core da sociedade (financiamento automóvel);
•
Maior exigência ao nível dos dados para análise da solvabilidade do cliente final e das garantias
contratadas;
•
Validação e confirmação prévia dos dados das propostas e controle de fraudes;
•
Redução da exposição média por cliente, com focalização do negócio no financiamento a particulares;
•
Exposição praticamente nula a produtos de financiamento de tesouraria, nomeadamente financiamento de
stocks e adiantamentos à produção.
Em resultado de uma gestão rigorosa da carteira de crédito, o ano de 2009 ficou marcado por:
•
Um forte esforço na constituição e antecipação de provisões para cobertura de riscos de delinquência da
carteira, totalmente suportado pela margem de exploração da sociedade;
•
Antecipação de incumprimento e saneamentos em clientes de maior risco;
•
Ampla cobertura com provisões e colaterais;
•
Rácios
de incumprimento nos
vários
segmentos de negócio que
se comparam
de forma
extraordinariamente favorável com o mercado.
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Em suma, a BBVA IFIC caracteriza-se actualmente como tendo uma postura prudente na Gestão do Risco de
Crédito e considera que o seu sistema de gestão deste risco é adequado às necessidades despoletadas pela
execução das estratégias de negócio.
Por outro lado, a Direcção de Risco e Recuperações encontra-se responsável pela admissão, seguimento e
recuperação do crédito e, como suporte, são utilizados Modelos de Scoring e um Modelo de cálculo das
perdas por Imparidade.
O modelo de governação deste Risco encontra-se assente num manual, onde se encontram definidos os
processos, procedimentos e técnicas de identificação, avaliação, acompanhamento e controlo do risco de
crédito.
Acresce referir que, a Sociedade considera que a avaliação do risco de crédito é suficiente face à estratégia de
negócio empreendida, salientando a:
•
Existência de procedimentos de avaliação das perdas inesperadas (exercício do ICAAP);
•
Existências de técnicas complementares de quantificação do impacto/magnitude das perdas potenciais
(exercícios de Stress Tests).
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5.3.
Correcções de Valor e Provisões
5.3.1 Modelo de Imparidade
As provisões registadas contabilisticamente correspondem à aplicação das percentagens definidas pelo Banco
de Portugal para créditos vencidos, de cobrança duvidosa e em situação normal, sendo complementadas por
provisões constituídas acima destes montantes mínimos, quando considerado adequado.
Durante o exercício de 2008, a Sociedade desenvolveu uma metodologia de cálculo de perdas por imparidade
no âmbito da aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade (IAS). Neste sentido, e dando
cumprimento às linhas de orientação definidas pelo IAS 39, a imparidade estimada resulta da diferença entre o
valor de balanço dos créditos em imparidade e o respectivo cash-flow esperado actualizado, sendo utilizadas
as taxas de juro dos créditos no desconto financeiro.
O cálculo das perdas por imparidade foi efectuado segundo duas metodologias complementares, existindo
operações de crédito sujeitas a análise individual e operações de crédito sujeitas a análise colectiva.
Para efeitos da análise individual, a Sociedade considerou os clientes ou grupos de clientes com uma
exposição total superior a 375.000 Euros. Este montante corresponde ao limite a partir do qual o crédito é
obrigatoriamente sujeito a aprovação pelo Comité Técnico de Operações.
Para os clientes para os quais são identificados indícios de imparidade, a expectativa de recuperação futura foi
apurada pelos analistas de risco de crédito, tendo em consideração a sua experiência, a exposição do cliente
e o valor de mercado do equipamento associado. Foram ainda consideradas as informações constantes na
central de risco do Banco de Portugal (mora, contencioso, créditos abatidos ao activo e renegociações),
informação de incidentes obtida junto da Credinformações (acções judiciais contra o cliente), classificação
interna do cliente (“perigoso”, “preocupante” e “a vigiar”) e incidentes internos (incumprimentos e/ou default
nos últimos 12 meses). A imparidade atribuída consistiu na diferença entre o valor de balanço e a expectativa
de recuperação total.
A classificação interna do cliente é feita automaticamente atendendo aos critérios já anteriormente citados:
•
“Perigoso” – clientes que tenham contratos com saldo vencido há mais de 90 dias;
•
“Preocupante - clientes que tenham contratos com saldo vencido entre 30 e 90 dias ou que tenham tido,
nos últimos 6 meses, duas ou mais rendas pagas com atraso superior a 30 dias;
•
“A vigiar” - clientes que tenham tido, nos últimos 12 meses, duas ou mais rendas com atraso superior a 30
dias.
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Disciplina de Mercado
Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
Com base no conhecimento do analista, a classificação de um cliente pode ser agravada para qualquer uma
destas categorias.
Os clientes não incluídos na análise individual, bem como os clientes para os quais não sejam apuradas
perdas por imparidade ao nível da análise individual, são incluídos numa análise colectiva.
Para este efeito a carteira de crédito concedido foi segmentada nos seguintes grupos de operações (grupos
homogéneos):
•
Concessionários;
•
Usados;
•
Frotas;
•
Equipamento;
•
Opera;
•
Consumo;
•
Revolving;
•
Cartões de Crédito.
As responsabilidades totais por cliente dentro de cada um destes segmentos foram divididas em três
subsegmentos, com base na situação de incumprimento:
•
Clientes com incumprimento superior a 90 dias (operações em default): O cash-flow esperado corresponde
ao valor em dívida dos créditos multiplicado pelas expectativas de recuperação futuras descontadas à taxa
de juro dos contratos. As expectativas futuras de recuperação correspondem ao complementar da Loss
Given Default (LGD);
•
Clientes com incumprimento superior a 30 dias e inferior a 90 dias (operações com indícios de
imparidade): a imparidade é determinada com base na probabilidade destas operações ultrapassarem os
90 dias de incumprimento (Probability of Default – PD), e nas expectativas de recuperação futuras. Em
ambos os casos os cash-flows serão descontados às taxas de juro dos respectivos contratos. Este subsegmento inclui também, todos os clientes classificados internamente como “A vigiar”, “Preocupante” ou
“Perigoso”, mesmo que não apresentem incumprimento;
•
Crédito sem incumprimento: os cash-flows esperados resultam da aplicação do método descrito para os
créditos com incumprimento superior a 30 dias e inferior a 90 dias. No entanto, para efeito da
determinação da imparidade, o diferencial entre o valor de balanço do crédito e o cash-flow esperado
obtido com base no método descrito para o segmento anterior foi multiplicado pela probabilidade de
entrada em indício no horizonte temporal de 6 meses (Probabilidade de indício – PI).
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As PD’s e as PI’s foram obtidas através da análise histórica do comportamento até Janeiro de 2010 das
operações iniciadas entre Julho de 2003 e Julho de 2008.
As expectativas futuras de recuperação após incumprimento aos 90 dias foram obtidas através da análise
histórica do comportamento até Janeiro de 2010 das operações iniciadas entre Julho de 2002 e Julho de 2008.
Adicionalmente, a Sociedade incorporou no modelo uma estimativa de custos externos a incorrer com a
recuperação por via de contencioso.
Importa descrever, de forma resumida, a metodologia utilizada na determinação dos factores de risco que
determinam o cálculo do cash-flow esperado, ou seja, PD, PI e LGD.
Probabilidade de Default (PD)
Para efeitos do cálculo das PD’s consideram-se em situação de incumprimento todas as operações que,
segundo os registos internos da Sociedade, apresentem morosidade igual ou superior a 30 dias e dívida
superior a 50 Euros. A avaliação efectuada visa calcular a probabilidade destas operações ultrapassarem os
90 dias em incumprimento, tendo em consideração o período de tempo decorrido desde a ocorrência do
incumprimento.
São calculadas curvas diferentes de probabilidades de default, em cada grupo homogéneo de risco, consoante
os clientes tenham ou não tido default no passado.
Probabilidade de Indício (PI)
A avaliação efectuada visa calcular a probabilidade de operações sem incumprimento passarem a uma
situação de indício. O cálculo foi efectuado tendo por objectivo determinar qual a probabilidade de ocorrer essa
migração no período de 6 meses (período de emergência).
São calculadas curvas diferenciadas de probabilidades de indício para cada grupo homogéneo de risco,
consoante os clientes tenham ou não tido indícios ou default no passado.
Perda em caso de incumprimento (Loss Given Default – LGD)
As expectativas futuras de recuperação podem materializar-se através de cobranças posteriores ao
incumprimento aos 90 dias (recuperação “normal”) e/ou da retoma dos bens objecto de contrato de leasing e
crédito e subsequente alienação (recuperação “contenciosa”).
As expectativas de recuperação foram calculadas para cada segmento a partir das cobranças registadas na
aplicação informática de contabilidade com natureza de capital e juros, excluindo outras despesas. Considera-
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se que a expectativa de recuperação não pode ser superior a 100% para cada contrato, inclusivamente nos
casos em que o valor de venda do bem seja superior ao valor em dívida.
Para cada grupo homogéneo de risco, são calculadas curvas de LGD’s distintas, consoante os clientes já
tenham ou não tido default no passado.
As LGD’s foram estimadas de forma diferenciada para cada Grupo Homogéneo, com excepção dos Usados,
Consumo e Revolving. Para o segmento dos Usados, a expectativa de recuperação para os contratos que
ainda não terminaram, foi complementada com base na recuperação histórica dos contratos do segmento
Concessionários que apresentem condições semelhantes em termos de número de rendas emitidas aquando
do default. Relativamente aos segmentos Consumo e Revolving, a informação ao nível da recuperação
histórica e futura foi agregada, com o objectivo de colmatar a ausência de histórico na área de negócio mais
recente, Revolving.
No caso de um cliente ou grupo de clientes apresentar contratos classificados em diferentes grupos
homogéneos de risco, todos os contratos são classificados segundo o grupo de contratos que estiver na pior
situação.
As percentagens de recuperação reflectem o impacto das vendas de carteira efectuadas em 2003, 2005 e
2006.
As dotações de crédito (líquidas de recuperações) cifraram-se em 6,324 milhões de euros no ano de 2009,
comparando com 2,255 milhões de euros no período homólogo de 2008. Esta evolução foi influenciada
sobretudo pelo aumento das dotações no período, visando reforçar a cobertura dos sinais de imparidade
identificados na carteira de crédito a clientes. Paralelamente, registou--se também um menor volume de
recuperações de crédito face aos montantes apurados no primeiro semestre de 2008.
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6. Risco de Crédito – Método Padrão
O Risco de Crédito na BBVA IFIC encontra-se confortavelmente acomodado por níveis de fundos próprios face
aos requisitos de solvabilidade.
No ano de 2009, a Sociedade utilizou o método padrão para cálculo de requisitos de fundos próprios para
cobertura de risco de crédito.
Os montantes das posições ponderadas pelo risco são determinados com base em coeficientes de
ponderação definidos no Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal. A aplicação desses coeficientes de
ponderação baseia-se na classe a que a posição em risco for afecta e na sua qualidade de crédito.
A qualidade de crédito pode ser determinada com base nas avaliações de crédito de agências de notação
externa (ECAI) ou nas avaliações de crédito de agências de crédito à exportação (ECA). A BBVA IFIC não
está a utilizar nenhuma avaliação de crédito de agências de notação externa ou de agências de crédito à
exportação.
Para o ano de 2009, tem-se:
Euros
Ponderadores de Risco
Método Padrão - Ano 2009
0% 10%
1- Posição em risco original
por classes de risco
Classes de Risco
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
TOTAL posições em risco original
Classes de Risco
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
2- Posição em risco por
CL VIII - Carteira de retalho
classe de risco (base de
CL X - Elementos vencidos
incidência dos
CL XIII - Outros elementos
ponderadores)
TOTAL posições em risco
Página 31 de 50
20% 50%
75%
100%
Outros
150% Ponderadores
Total
3.271
0
0
0
0
250
3.521
0
0
0 4.497.794
0
0
0
0
0
0
0
0
0 4.497.794
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0 6.964.125
0
0 416.895.348
0
0
0
0 12.924.891 6.641.939
0 16.224.205 1.730.946
0
0 433.119.553 21.619.962 6.641.939
0
3.271
0
4.497.794
0
6.964.125
0 416.895.348
0 19.566.830
0 17.955.401
0 465.882.769
3.271
0
0
0
0
250
3.521
0
0
0 4.497.794
0
0
0
0
0
0
0
0
0 4.497.794
0
0
0
0
0
0
0 409.379.864
0
0
0 16.224.205
0 425.604.069
0
3.271
0
4.497.794
0
4.985.276
0 409.379.864
0
9.270.454
0 17.955.401
0 446.092.060
BBVA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA DE CRÉDITO S.A.
0
0
0
0
4.985.276
0
0
0
2.964.653 6.305.801
1.730.946
0
9.680.875 6.305.801
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Disciplina de Mercado
Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
E para o ano de 2008, tem-se:
Euros
Ponderadores de Risco
Método Padrão - Ano 2008
0% 10%
1- Posição em risco original
por classes de risco
Classes de Risco
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
TOTAL posições em risco original
2- Posição em risco por
Classes de Risco
classe de risco (base de
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
incidência dos
CL VI - Instituições
ponderadores)
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
TOTAL posições em risco
20% 50%
75%
100%
Outros
150% Ponderadores
Total
3.328.118
0
0
0
0
250
3.328.368
0
0
0 1.649.670
0
0
0
0
0
0
0
0
0 1.649.670
0
0
0
0
0
0
0
0 8.178.086
0 369.483.964
0
0
0 7.354.280
0
0 11.655.476
0 369.483.964 27.187.842
0
0
0
0
0
0
0
0
3.328.118
0
1.649.670
0
8.178.086
0 369.483.964
0
7.354.280
0 11.655.726
0 401.649.844
3.328.118
0
0
0
0
250
3.328.368
0
0
0 1.649.670
0
0
0
0
0
0
0
0
0 1.649.670
0
0
0
0
0
0
0
0 6.835.249
0 364.563.194
0
0
0 2.434.905
0
0 11.655.476
0 364.563.194 20.925.630
0
0
0
0
0
0
0
0
3.328.118
0
1.649.670
0
6.835.249
0 364.563.194
0
2.434.905
0 11.655.726
0 390.466.861
Tendo-se observado, a seguinte evolução no que refere aos Requisitos de Fundos Próprios:
Classes de Risco
CL I - Administrações centrais ou bancos centrais
CL VI - Instituições
CL VII - Empresas
CL VIII - Carteira de retalho
CL X - Elementos vencidos
CL XIII - Outros elementos
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Euros
Requisitos de Fundos Próprios
2009
2008
0
0
71.965
26.395
398.822
546.820
24.562.792
21.873.792
993.868
194.792
1.111.928
932.438
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Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
7. Técnicas de Redução de Risco de Crédito
Atendendo à natureza da sua actividade, a BBVA IFIC não recorre às técnicas de redução de risco de crédito
no âmbito do Decreto de Lei n.º 104/2007.
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8. Risco Operacional
8.1.
Principais Conceitos
O Risco Operacional advém de falhas na análise, processamento ou liquidação das operações, de fraudes
internas e externas, da actividade ser afectada devido à utilização de recursos em regime de outsourcing, da
existência de recursos humanos insuficientes ou inadequados ou da inoperacionalidade das infra-estruturas,
com impactos adversos nos resultados ou no capital.
Deste modo, considera-se que este risco está presente no dia-a-dia da actividade da BBVA IFIC.
8.2.
Gestão do Risco Operacional
Na Sociedade, a gestão do Risco Operacional é observada como um processo de melhoria contínuo. O ponto
de partida é a identificação dos eventos para, mediante o uso de técnicas que se detalham posteriormente,
quantificar-se o Risco existente. Este processo permite conhecer quais são os factores que mais podem
influenciar a conta de resultados.
A Mitigação é o passo obrigatório seguinte: Todos os factores de Risco que detenham um impacto elevado
são mitigados, implicando a implementação de medidas tais como a alteração de processos (acrescentar
controlos, etc.). Por este motivo, a mitigação é sempre uma tarefa da área de Negócio ou de Apoio que,
definitivamente, é quem gere o processo.
Finalmente, o Seguimento é o último elo através do qual se pode conhecer a evolução do nível de Risco
existente e comprovar a eficácia das medidas mitigadoras. Este Seguimento efectua-se mediante indicadores
de Risco rigorosamente definidos.
No último ano, foram implementadas importantes iniciativas relacionadas com a gestão deste Risco,
nomeadamente a constituição de uma ferramenta que, de acordo com os princípios corporativos, veio
proporcionar a constituição de um repositório de dados, centralizado e homogéneo que facilita o efectivo
registo contabilístico, actualização, acompanhamento e controlo de eventos de Risco Operacional e
respectivas Perdas associadas.
Por outro lado, procedeu-se à identificação de todos os eventos ou factores de risco dos processos que
afectam cada uma das diferentes Unidades de Estrutura da Sociedade, avaliando-os com os respectivos
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responsáveis, com base no impacto e frequência anual de cada factor, assim como efectuando a sua
estimação através da utilização de determinados sistemas de medição corporativos.
Finalmente procedeu-se ao cálculo do Rácio de Risco Operacional e do Rácio de Risco Operacional da perda
esperada estimada, que permitiu hierarquizar prioridades para a mitigação de riscos, em função do impacto
total, mediante a classificação dos elementos de risco pela sua ordem de importância.
Em suma, a Sociedade já conta com diversas ferramentas de gestão implementadas que facilitam a
identificação, avaliação, medição/quantificação, controlo e mitigação do Risco Operacional, para alcançar um
conhecimento detalhado das suas diferentes fontes e do seu valor, assim como facilitar a tomada de decisões
para a sua mitigação em função de critérios de eficiência económica.
As ferramentas corporativas utilizadas são as seguintes:
•
Perspectiva Estática: de avaliação do Risco - Ev-Ro;
•
Perspectiva Dinâmica: por indicadores de Risco - TransVaR;
•
Perspectiva Histórica: Perdas registadas - SIRO
Paralelamente, efectuou um roadmap de exigentes actividades com vista à optimização da sua gestão, no
âmbito de uma sua candidatura à metodologia de mensuração Avançada, por parte do Grupo BBVA.
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8.3.
Informação Quantitativa
Para a cobertura do Risco Operacional, a BBVA IFIC adoptou o método do “Indicador básico” nos termos
definidos pelo Aviso nº 9/2007 do Banco de Portugal.
De acordo com este método, os requisitos de fundos próprios para cobertura deste risco, correspondem a 15%
da média dos últimos três anos do resultado da soma da margem líquida de juros com outras receitas líquidas,
numa base anual, reportadas ao final do exercício financeiro.
A utilização do método do indicador relevante implica um maior consumo de capital quando ocorre um
aumento dos proveitos operacionais.
Os resultados são os seguintes:
Indicador relevante (6)
Actividades
Ano n-2
1
1. Total das actividades sujeitas ao m étodo do Indicador Básico
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9.812.532
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Ano n-1
Ano n
2
3
10.924.607
12.132.225
Requisitos
de fundos
próprios
4
1.643.468
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Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
9. Risco de Liquidez
9.1.
Principais Conceitos
O Risco de Liquidez está patente na perda potencial decorrente de uma degradação das condições de
financiamento e/ou da venda de activos por valores inferiores aos valores de mercado para suprir
necessidades de fundos decorrentes das obrigações a que a Instituição se encontra sujeita.
A Sociedade apresenta a priori um Risco de Liquidez reduzido, na medida em que apenas gere a sua carteira
de funding.
9.2.
Gestão do Risco de Liquidez
As Políticas de Seguimento e Controlo de Risco de Liquidez encontram-se centralizadas na Unidade Central
de Riscos (UCR) do Grupo BBVA. Assim, à Função de Gestão de Riscos da Sociedade são imputadas as
seguintes responsabilidades:

Garantir a disseminação interna de todas as Políticas, bem como do seu correcto entendimento;

Garantir a convergência das mesmas nos Processos e Estratégia de Negócio da Instituição;

Verificar o cumprimento das Regras e Preceitos na gestão operativa do Risco;

Analisar e Medir, de forma individual, a magnitude de exposição ao Risco e respectivos impactos no
Capital Económico e em situações de Stress.
Para tal, encontram-se implementados na Sociedade (e executados na Direcção Financeira) os seguintes
Procedimentos:

Análise estrutural e conjuntural das necessidades de cobertura do Risco de Liquidez periódica e discutida
em sede de Comité de Gestão de Riscos;

Operações de cobertura de Funding junto à UCR - BBVA: periódicos, documentados e apresentando uma
adequada segregação funcional;

Exercício de ICAAP e de Stress Testing para análise do grau de exposição a esta tipologia de Risco e
respectivos Impactos;

Validação do cumprimento integral dos procedimentos supracitados mediante Processos de Auditoria
periódicos (Internos e Externos).
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Disciplina de Mercado
Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
9.3.
Requisitos de Capital Interno
Para proceder ao cálculo dos requisitos de capital interno associados a este risco, a Sociedade procedeu à
definição de uma metodologia que pretende aferir o custo adicional de financiamento que teria de ser
assumido decorrente de alterações no spread a que a Instituição se financia junto do mercado, podendo esta
alteração ser provocada por movimentos de Pricing dos mercados ou pela necessidade de recorrer a
financiamentos de valor superior ao que era inicialmente expectável.
Os requisitos de capital interno para cobertura do risco de liquidez dependem do montante de financiamento
externo a que a BBVA IFIC necessita de recorrer para financiar a sua actividade e do spread adicional
expectável para fazer face a esse mesmo financiamento, pelo que, os requisitos corresponderão à ponderação
1
da diferença entre as massas de activo e de passivo pelo rácio de financiamento externo e pelo spread
adicional.
O acompanhamento deste Risco é exercido numa base regular sobre as necessidades de liquidez da
Sociedade, estando em contacto permanente com o Grupo e analisando as projecções e a produção efectiva
de modo a gerir da forma mais conveniente as respectivas necessidades em cada momento.
1
Rácio entre recursos de outras instituições de crédito e o montante de crédito a clientes.
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Disciplina de Mercado
Aviso n.º 10/2007 do Banco de Portugal
9.4.
Informação Quantitativa
Em 31de Dezembro de 2008 e 2009, os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros apresentam
a seguinte composição:
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10. Risco de Taxa de Juro
10.1. Principais Conceitos
O risco de taxa de juro ao qual a BBVA IFIC se encontra sujeita é reduzido, uma vez que as operações
efectuadas à taxa fixa que constituem maioritariamente a sua carteira de crédito encontram-se cobertas junto
do Grupo. No que concerne às operações contratadas à taxa variável, estas são alvo de decisões on time que
procuram obter a maximização do retorno financeiro através da decisão quanto à maturidade do
financiamento.
10.2. Gestão do Risco de Taxa de Juro
As Políticas de Seguimento e Controlo de Risco de Taxa de Juro encontram-se centralizadas na Unidade
Central de Risco (UCR) do Grupo BBVA. Assim, à Função de Gestão de Riscos da Sociedade são imputadas
as seguintes responsabilidades:

Garantir a disseminação das Políticas, bem como do seu correcto entendimento;

Garantir a convergência das mesmas nos Processos e Estratégia de Negócio da Instituição;

Verificar o cumprimento das Regras e Preceitos na gestão operativa do Risco;

Analisar e Medir, de forma individual, a magnitude de exposição ao Risco e respectivos impactos no
Capital Económico e em situações de Stress.
Para tal, encontram-se implementados na Sociedade (e executados na Direcção Financeira) os seguintes
Procedimentos:

Análise estrutural e conjuntural das necessidades de cobertura do Risco de Taxa de Juro periódica e
discutida em sede de Comité de Gestão de Riscos;

Operações de cobertura do Risco de Taxa de Juro junto à UCRAM-BBVA: periódicos, documentados e
apresentando uma adequada segregação funcional;

Exercício de ICAAP e de Stress Testing para análise do grau de exposição a esta tipologia de Risco e
respectivos Impactos;

Validação do cumprimento integral dos procedimentos supracitados mediante Processos de Auditoria
periódicos (Internos e Externos).
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A avaliação do Risco de Taxa de Juro é efectuada através de uma análise de sensibilidade ao repricing
das operações, verificando-se a existência de:
•
Insuficiência das metodologias e processos de projecções de gaps de maturidade e mismatches;
•
Técnicas complementares de avaliação (e.g. Stress tests) deste risco;
•
Inexistência de estabelecimento de limites e de um grau de tolerância face ao risco de taxa de juro.
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10.3. Informação Quantitativa
Os quadros seguintes apresentam os valores apurados, que representam as massas de balanço e a
respectiva exposição ao risco de taxa de juro, com impacto tanto na margem financeira como no valor
económico do capital:
O Risco de Taxa de Juro encontra-se controlado, uma vez que a carteira de crédito é composta com taxa
indexada e, adicionalmente, possui uma margem bastante confortável relativamente às linhas de crédito em
vigor. No caso de haver alterações substanciais, podem ser despoletados mecanismos de cobertura
adequados, conjuntamente com o BBVA Portugal.
A análise de sensibilidade às variações na taxa de juro de referência (Euribor) foi efectuada tendo em
consideração as datas de refixação dos contratos com renovação indexada, e um pressuposto de
reinvestimento dos valores vencidos dos contratos.
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Disciplina de Mercado
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Com base nesta metodologia, uma subida da taxa de juro base em 0,5%, teria um impacto negativo na
situação patrimonial da Sociedade, em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, de aproximadamente 110.000 Euros
e 99.000 Euros, respectivamente.
O justo valor tem por base os preços de mercado. Nos casos em que não existe preço de mercado, como
acontece, por exemplo, no caso do crédito concedido a clientes, o justo valor é calculado com recurso a
modelos internos, assentes na técnica de desconto de cash-flows, utilizando as taxas de juro contratadas pela
Sociedade durante o último mês do ano.
Deste modo, os principais pressupostos utilizados no apuramento do justo valor são os seguintes:

Para cálculo do justo valor, a Sociedade, dividiu a sua carteira de crédito concedido a clientes, tendo em
conta as classes homogéneas segundo o tipo de bem financiado (Concessionários, Equipamento, Frota,
Usados, Cartões e Revolving);

Foram calculadas, para cada classe homogénea, taxas de juro nominais médias, para operações
negociadas no último mês do ano;

O cálculo do justo valor foi efectuado operação a operação, sendo numa primeira fase feita uma projecção
do cash-flow com base nas condições contratuais e no valor dos indexantes a 31 de Dezembro de 2009,
seguindo-se uma actualização dos cash-flows à taxa nominal média das operações realizadas em
Dezembro de 2009;

No caso do crédito vencido, considerou-se que o valor de balanço líquido de provisões para crédito
vencido (4.918.696 Euros – Nota 3), constitui uma aproximação ao seu justo valor.
Com base nesta metodologia de cálculo, o justo valor da carteira de crédito concedido em 31 de Dezembro de
2009
e
376.276.827
2008,
Euros,
é
inferior
ao
respectivamente
valor
em
2009
bruto
e
contabilístico
2008
–
Nota
(427.003.003
3),
em
Euros
e
aproximadamente
5.000.000 Euros e 5.900.000 Euros, respectivamente. Esta comparação não considera as provisões para
riscos gerais de crédito, que em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 ascendem a respectivamente, 5.681.731
Euros e 4.878.384 Euros (Nota 3).
No caso dos recursos de outras instituições de crédito, a metodologia de apuramento do seu justo valor, foi:

A Sociedade dividiu os empréstimos obtidos em função do tipo de taxa. Os empréstimos a taxa variável
são de curto prazo e os empréstimos a taxa fixa são de médio e longo prazo;

Para os empréstimos de curto prazo, cujo valor contabilístico em 31 de Dezembro de 2009, ascende a
245.000.000 Euros (Nota 8), considerou-se que não diverge do seu justo valor, tendo em conta que a a
última refixação de taxa de juro ocorreu no fim do ano;
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
Para os empréstimos de médio e longo prazo, o cálculo do justo valor foi efectuado operação a operação,
sendo, numa primeira fase, feita uma projecção do cash-flow com base nas condições contratuais,
seguindo-se uma actualização dos cash-flows à taxa média das operações realizadas no último trimestre
de 2009.
Com base nesta metodologia de cálculo, o justo valor dos recursos de outras instituições de crédito em 31 de
Dezembro de 2009 e 2008, é superior ao valor bruto contabilístico (404.027.077 Euros e 340.013.571 Euros,
respectivamente – Nota 8), em aproximadamente 1.766.000 Euros e 1.300.000 Euros, respectivamente.
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11. Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital
11.1. Testes de Esforço
Conceito
Os Testes de Esforço constituem uma técnica de gestão de risco que visa avaliar os efeitos potenciais, nas
condições financeiras de uma Instituição, resultantes de alterações de factores de risco em função de
acontecimentos excepcionais, mas plausíveis. Constituem uma importante ferramenta de gestão interna do
risco e têm como principal objectivo contribuir para uma melhor percepção do perfil de risco das Instituições.
Deste modo, embora a BBVA IFIC pertença ao Grupo BBVA, para estes efeitos foi apenas considerada a base
de reporte individual e apenas os riscos materialmente relevantes para a actividade da Sociedade.
Modelo de Governação
A concretização dos Testes de Esforço, enquanto ferramenta de suporte à gestão dos riscos que visa a
incorporação dos seus resultados na tomada de decisão e na actividade diária da Sociedade, tem subjacente
um Modelo de Governação devidamente alinhado com a realidade da actividade desenvolvida e com os
requisitos emanados da Instrução n.º 18/2007 do Banco de Portugal.
Este Modelo concretiza-se de forma cíclica, sendo composto por três actividades: Planeamento, Testes de
Esforço e Ciclo de Gestão cuja interligação é assegurada por fluxos de informação contínuos entre os seus
intervenientes.
Este ciclo traduz-se no seguinte esquema que se caracteriza por três vertentes fundamentais: planeamento,
execução dos testes de esforço e ciclo de gestão.
A concretização dos Testes de Esforço pode ser sistematizada num conjunto sequencial de etapas cujo
principal interlocutor é a Direcção Financeira, bem como o Comité de Gestão de Riscos e a Direcção Geral.
Segue-se um diagrama ilustrativo das mesmas.
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Planeamento
Execução dos Testes de Esforço
RESPONSÁVEIS
Ciclo de Gestão
Ciclo Contínuo
Direcção
Geral
Análise e
Aprovação
Comité de
Gestão de
Riscos
Análise e Orientação
Análise do
Enquadramento
Externo e
Interno
Direcção
Financeira
Análise
Preparar e
Enviar Reporte
Regulamentar
Orçamento
Anual e
Planeamento
da Actividade
Planeamento
dos Testes de
Esforço
Monitorização
Execução dos
Testes de
Esforço
Implementação
do Plano
Quantificação
Definição do
Plano de Acção
Outras
Direcções
Ciclo de Gestão
O Ciclo de Gestão compreende as actividades de gestão da BBVA IFIC decorrentes do seu modelo de
negócio.
Importa referir que, qualquer medida de mitigação aprovada pela Direcção Geral é implementada através
deste Ciclo de Gestão, que por sua vez alimenta o processo de Planeamento e Execução dos Testes de
Esforço, pela incorporação das medidas de mitigação implementadas e avaliação do grau de efectividade das
mesmas.
Abordagem Metodológica
Dado o grau de complexidade inerente ao exercício dos Testes de Esforço, é relevante proceder à descrição
dos principais conceitos subjacentes aos mesmos, nomeadamente:
Conceitos
Descrição
Por Variáveis de Entrada entendem-se as variáveis que têm um impacto directo no Balanço e na
Demonstração de Resultados da Instituição e que, como tal, serão alvo de alteração e stress no âmbito
Variáveis de Entrada (VE)
do exercício dos Testes de Esforço (e.g. taxa de juro e volume de crédito concedido).
A alteração das mesmas traduzir-se-á em impactos nas condições financeiras da Instituição de acordo
com a exposição desta última aos diferentes riscos.
Magnitude
Variáveis de Saída (VS)
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Definição da variação (intensidade, sentido e duração) a simular para cada variável de entrada.
Por Variáveis de Saída entendem-se as rubricas que têm um impacto directo no Balanço, na
Demonstração de Resultados ou na solvabilidade da Instituição.
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A abordagem encontra-se estruturada em duas partes principais:

Concepção : Desenho conceptual dos testes de esforço;

Execução
: Concretização dos testes de esforço.
Atendendo ao ciclo de gestão dos Testes de Esforço, é possível enquadrar esta abordagem no mesmo, tal
como ilustrado na figura que se segue:
Macro Processo
Planeamento
Actividade
Definição do Enquadramento
Orçamento
Planeamento
Execução dos
Testes de
Esforço
Aprovação
Execução
Reporting
LEGENDA:
Concepção
Execução
Concepção
O desenho conceptual dos Testes de Esforço pretende servir de suporte à sua execução e procurar garantir a
consideração de todos os eventos que possam afectar de forma material as condições financeiras da BBVA
IFIC.
Para cada tipologia de Risco são identificadas as Variáveis de Entrada que serão alvo de estudo, tendo como
premissa o enquadramento macroeconómico, nomeadamente o impacto das variações dos principais
agregados económicos (e.g. taxa de desemprego e a evolução da cobrança duvidosa no sector bancário em
Portugal).
Posteriormente são equacionados e definidos todos os tipos de testes que podem aumentar a exposição da
Sociedade ao tipo de risco em análise. Os testes a realizar são documentados e disponibilizados, para que
possam ser executados ou alterados sempre que se justifique.
Para cada Teste de Esforço definido procede-se à identificação das diversas Variáveis de Saída (e.g. activo,
passivo, resultados, requisitos mínimos de capital e rácio de solvabilidade) onde se poderão manifestar os
impactos nas condições financeiras da Instituição.
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Execução
Com base nas conclusões da etapa anterior, é possível dar início à execução dos Testes de Esforço. Esta
segunda etapa compreende um conjunto de fases sequenciais, culminado na elaboração do reporte
regulamentar ou de relatórios internos de gestão, tal como ilustrado na figura que se segue:
1
Enquadramento Macroeconómico
2
Definição da Magnitude dos Testes
3
4
5
Execução
Impacto
Relatório
Análises de Sensibilidade
Os Testes de Esforço relativos ao Risco de Crédito têm como objectivo simular contextos de negócio que
potenciam um incremento significativo das perdas relacionadas com o crédito. Assume-se que tais perdas
ocorrem fundamentalmente por duas vias:

Aumento do crédito vencido por via do incumprimento de clientes;

Redução da capacidade de recuperação de créditos vencidos.
Os Testes de Esforço relativos ao Risco de Taxa de Juro visam avaliar a exposição da Instituição ao mesmo e
a sua capacidade de absorção de variações adversas nas taxas de juro às quais se encontra exposta. Neste
sentido, realiza-se uma deslocação paralela de taxa de juro e analisa-se o desequilíbrio - gap entre exposições
activas e passivas ao Risco de Taxa de Juro nos diversos prazos de revisão de taxa.
Para aferir o Risco de Liquidez são realizados testes com o intuito de avaliar a exposição da Sociedade a este
tipo de risco e a sua capacidade em absorver choques que impliquem uma alteração no seu nível de liquidez.
Desta forma, testa-se o aumento do Custo de Funding.
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Os Testes de Esforço para o Risco Operacional têm como objectivo simular eventos relativos a este risco e
estimar, de acordo com a realidade da Sociedade, os prováveis impactos decorrentes da ocorrência desses
eventos.
Os testes efectuados foram baseados em eventos estimados de acordo com modelos internos,
nomeadamente com a) exposição a fraude externa, b) exposição dos colaboradores a contágios massivos e c)
epidemias provocando quebra na produção.
Por último, de forma a testar o Risco Reputacional averiguou-se a necessidade de recorrer por duas vezes, no
horizonte temporal definido (12 meses), à aplicação do Plano de Contingência Reputacional da Sociedade.
11.2. Resultados dos Testes
No decorrer do exercício dos Testes de Esforço, não foram identificadas vulnerabilidades que requeiram no
futuro uma acção concertada por parte da BBVA IFIC para a sua colmatação, concluindo-se que os Fundos
Próprios conseguem absorver todos os impactos simulados, pelo que se consideram adequados ao grau de
risco assumido e ao perfil de risco da carteira.
O rácio de solvabilidade que caracteriza a Instituição traduz-se num nível de segurança e protecção contra
eventos adversos que dificilmente, se forem utilizados cenários plausíveis, permitem testar a solvabilidade no
seu limite. Assim, poderá dizer-se que a Instituição possui condições sustentadas para responder aos desafios
macroeconómicos e conseguir garantir o normal desenvolvimento da sua actividade. Contudo, os resultados
dos testes realizados serão incorporados nas decisões de gestão de modo a assegurar uma evolução da
actividade sã e prudente em linha com o perfil de risco assumido.
Acresce referir que, no actual contexto macroeconómico e como medida de prevenção, a Sociedade procedeu
ao longo do presente exercício ao aumento da política de preços, a incorporação de restrições adicionais ao
nível de crédito concedido e à reformulação do circuito de recuperações.
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