Dados gerais Título do trabalho: Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes dá Pena UIE: Implementação de Empreendimentos de Hidrocraqueamento Catalítico e Auxiliares – IEHCA Projeto: Unidades Auxiliares (Aro 7) Empresa contratada: Consórcio CPE (Contreras, Potencial e Engecampo) Comunicadora: Renata Oliveira Profissional de CRS da fiscalização: Bruna Rodrigues Efetivo Atual: 1174 Início contrato: Dezembro/2010 Término do contrato: Março/2014 Resumo da prática realizada A exploração sexual de crianças e adolescentes é um problema social de todos e as soluções para este problema também. Com base no estudo: “Os homens por trás das grandes obras do Brasil”, da Childhood, o setor de Comunicação e Responsabilidade Social do Consórcio CPE assumiu o compromisso de produzir e disseminar os casos de exploração e abuso sexual contra crianças e adolescentes junto aos trabalhadores no projeto das Unidades Auxiliares (Aro7). A intenção da ação é sensibilizar a força de trabalho do empreendimento, bem como causar debates e reflexões sobre o tema entre os trabalhadores. Para isso são aplicadas palestras em grupos de trabalhadores, principalmente os oriundos de outros estados, que ficam em imóveis da empresa, publicados informativos em murais e enviados e-mails. Justificativa da prática realizada O perfil social e educacional, além da grande e constante movimentação no trabalho são características marcantes deste grupo de profissionais. Períodos de emprego e desemprego, afastamento do convívio familiar, falta de formação e pertencimento a grupos sociais de apoio como igrejas, por exemplo, colocam o trabalhador da construção em situações delicadas, muitas vezes fragilizando os vínculos que se formam entre esses trabalhadores e a comunidade onde estão inseridos. Estudos realizados mostram que a distância de casa aumenta a probabilidade de sexo extraconjugal e de envolvimento com prostituição, enquanto que a proximidade do lar mantém nos trabalhadores um senso de reputação em relação à família e comunidade. A partir daí, o Consórcio CPE percebeu que, para que este delito fosse combatido seria preciso mais conhecimento e informação sobre o tema, sobre a legislação em vigor que trata dos direitos que defendem a criança e o adolescente e que pune o agressor, criando a campanha: Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes Dá Pena Objetivo geral Implementar ação educativa para sensibilizar a mão de obra, especialmente da área industrial sobre o tema, gerando conhecimento, criando espaço de debate e reflexão sobre o assunto, despertando nos possíveis “agressores” o sentimento de responsabilidade, fazendo-os entender o ato como ilegal e criminoso. Além de tentar fazer com que trabalhadores com filhos menores de idade os vejam como sujeitos de direitos e em processo de formação de valores. Públicos No empreendimento em questão, ARO 7, executado pelo Consórcio CPE, os trabalhadores são divididos em dois grupos: administrativos e industriais. A campanha abrange todos os públicos, porém com foco maior nos trabalhadores da área industrial que, em maio de 2013 eram 917 trabalhadores. O efetivo total do Consórcio CPE no mês de maio de 2013 era de 1058 colaboradores. Destes, 30% residentes de outros estados do Brasil, principalmente da região Nordeste. Descrição da prática Para atender a campanha foram produzidas peças de comunicação e ministradas palestras em datas estratégicas e comemorativas. O ponto alto da campanha foi alcançado no dia 18 de maio de 2013, Dia do Combate a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. O material de divulgação e sensibilização da mão de obra do empreendimento é constantemente repassado a força de trabalho para reforçar a importância da campanha. As palestras de sensibilização tem duração de 45 a 60 minutos, onde são apresentados os dados sociais, o perfil das vítimas e estratégias de combate a este crime. Uma das propostas do projeto é criar o debate sobre o tema e despertar nos possíveis “agressores” o sentimento de responsabilidade, fazendo-os entender o ato como ilegal e criminoso. Assim, chamá-los para a responsabilidade de preservar a comunidade onde estão trabalhando, bem como atender as orientações do Código de Conduta da organização. Outra proposta é fazer com que os trabalhadores, que são pais e mães, enxerguem seus filhos menores de idade como sujeitos de direitos e em processo de formação de valores. Além disso, se reconhecerem como responsáveis pela proteção da criança, como previsto na legislação, sendo mais observadores e atentos ao comportamento de crianças e adolescentes, de forma geral, que circundam suas relações, fazendo com que ao identificar situações de abuso, possam atuar, pois conhecem as ferramentas de combate e denúncia. Forma de mensuração dos resultados Indicador / meta: Estimular, pelo menos, 75% da força de trabalho a participar das palestras e debates sobre a campanha. Gerar relatos e reflexões sobre o assunto para fixar a informação que envolvimento sexual com crianças e adolescentes é crime. Medição: Listas de presença e escuta ativa dos debates. Resultados obtidos Resultados Quantitativos (até maio - de 2013): Total Área Industrial – 917 Quantidade atingidos pela campanha – 680 Percentual atingido pela campanha – 74% Total Área Administrativa – 141 Quantidade atingidos pela campanha – 80 Percentual atingido pela campanha – 57% Resultados obtidos Resultados Qualitativos (até maio de 2013) Na primeira semana de implantação da campanha, o tema gerou debate e manifestações de indignação em colaboradores abordados e que participaram das palestras. As conversas giraram em torno de comentários dos colaboradores que confirmaram o crescimento visível do comércio de prostituição na região e nas comunidades onde estão sendo realizadas as obras. Alguns também declararam conhecer pessoas que já teriam se envolvido com menores de idade, principalmente das comunidades das áreas de influência das obras, por estarem fora de seu estado de origem. Houve também relatos de trabalhadores dizendo que muitas vezes a aparência é de mulher madura, não de crianças, muitos chegam a dizer: “Fazer o que? Tem que pedir identidade agora? As meninas tem corpo de mulher”. Assumindo que não há esta preocupação quando do envolvimento sexual. Podemos concluir que a ação foi bem sucedida pela sinceridade e qualidade dos relatos e debates no momento do diálogo. Além disso, como a meta da ação não era a de responsabilizar, mas a de trazer à tona o tema e informar que envolvimento sexual com menores de idade é crime, entendemos que o objetivo qualitativo do trabalho foi plenamente alcançado. Verba utilizada no projeto Profissional de Comunicação Social envolvida Criação das artes e peças de comunicação (no próprio empreendimento) Reprodução deste material gráfico Peças Fotos Divulgação em mural Palestras