Contato com a natureza: o melhor plano de saúde! Na última semana, a Revista Planeta Sustentável, da Editora Abril, publicou em seu site um artigo que nos chamou muito a atenção, e você deverá concordar. No referido texto, a jornalista ambiental especializada em construções sustentáveis, Giuliana Capello conta que, há quase dois anos, deixou de pagar plano de saúde, depois de muito tempo mantendo contratos com diversas empresas, pelos quais pagava altas mensalidades para “garantir” um atendimento médico mais decente, em caso de necessidade. Para ela, é como se as empresas do ramo e a mídia ficassem o tempo todo dizendo que é melhor não confiar no seu corpo e não contar com a sua capacidade de se cuidar; é melhor temer e esperar sempre o pior. Mas, depois de certo tempo, Giuliana desistiu de pensar assim. Porque? Primeiro, porque ela acredita que faz tempo que os planos de saúde deixaram de ser garantia de alguma coisa – prova disso está no número alarmante e crescente de reclamações feitas diariamente aos mais diversos órgãos de defesa do consumidor. E, segundo, porque prefere se cuidar de modo preventivo e, quando é o caso, investigar as raízes do problema, ao invés de apenas buscar um remédio para cortar os sintomas da doença que, se tratada dessa forma, certamente surgirá novamente, ali adiante. E, para ela, não se trata nem de comparar o atendimento na rede pública com o que se oferece nos sistemas privados, ou de ficar listando os problemas políticos que nos trouxeram até aqui. Então, parou de pagar por algo que fugia às suas crenças e valores, até porque, nas poucas vezes em que precisou de ajuda médica, recorreu a profissionais da chamada medicina alternativa, como a homeopatia e a acupuntura, por exemplo. Mais do que pagar ou contar com a oferta do governo, decidiu acreditar que o estilo de vida que levava seria seu verdadeiro plano de saúde. Nos últimos anos, notou que a saúde se fortaleceu desde que deixou a capital para viver numa ecovila rural no interior do estado de São Paulo. E não foi a troca de CEP que a deixou mais resistente às doenças. O que sentiu é que o fato de beber água de nascente, respirar ar puro e se alimentar basicamente de produtos orgânicos e comida não industrializada, fez um bem danado ao sistema imunológico. O resultado? Não precisou de médicos há alguns bons anos. Por isso, hoje difunde a ideia que nada adiantar pagar o mais caro e incrível plano de saúde se você mantém uma rotina estressante e sedentária, regada a fast food e “pequenos” vícios (muita cafeína, cigarros, o álcool dos “inofensivos” happy hours). Inúmeras pesquisas já mostraram que ter mais contato com a natureza favorece o sistema imunológico – ao contrário do que acontece quando enfrentamos hora no trânsito e no caos urbano ou quando trabalhamos numa sala fechada, com arcondicionado e iluminação artificial. Uma caminhada rápida em área verde, uma pausa na varanda para contemplar o pôr-do-sol ou um suco de fruta fresca no meio da tarde são coisas simples e muito potentes para o organismo. Assim, é preciso alimentar a ideia de que um copo de água fresca, um prato de comida livre de agrotóxicos e um pouco de diversão ao ar livre podem nos fazer muito bem. Ao contrário da realidade de São Paulo, retratada por Giuliana, em Sarandi, por ser uma cidade de porte pequeno, vislumbramos essa possibilidade ainda mais facilmente. A nossa intenção, claro, não é provocar uma onda de cortes nos planos de saúde. Mas, sim, mostrar que há uma alternativa que pode ser aliada e complementar na incansável busca do ser humano pela saúde e pelo bem-estar. Basta experimentar e não esquecer-se de preservar a riqueza que ainda existe no nosso município! Por Simone Luiza Fritzen/Assessoria de Comunicação da Asapan Foto: Simone Luiza Fritzen