EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA UM DESAFIO PARA A HUMANIDADE MANUAL DE FORMAÇÃO E.P.S. Educação para saúde comunitária KULIMA – 2001 MOÇAMBIQUE MANUAL DE FORMAÇÃO EPS ( Educação para saúde comunitária ) ÍNDICE INTRODUÇÃO: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. pag. 2 Material didáctico para a formação Educação para a saúde comunitária Tarefas de uma mãe Saúde da mulher Malária Diarreia Bilharziose Hígiene Vacina (Imunização) Leite materno (alimentação) Tosse e constipação Planeamento famíliar Maternidade sem risco Cólera DTS/Sida Dez Pontos chaves da saúde da Mãe e do Bebé Animação Programa nacional de saneamento a baixo custo Crescimento infantil Desenvolvimento infantil Técnicas de primeiros socorros Módulos de relatórios Elaboração do material para o campo Trabalho comunitário Árvore de implantação e implementação do programa. Plano geral de actividades do programa de EPS 2 3 3 4 5 6 8 9 11 12 15 15 17 20 22 25 26 30 30 32 37 42 55 56 58 60 NOTA: Qualquer parte deste livro pode ser reproduzida livremente sem autorização prévia . Mas muito apreciaríamos que fosse mencionada a origem. Para obstenção de copia desta publicação, ou para quaisquer esclarecimento, dirijase aos escritórios da KULIMA em Maputo ,Gaza , Inhambane, Beira , Quelimane e Nampula, pedindo a brochura: “Educação comunitária – Um desafio humanitário”. 1 INTRODUÇÃO A ONG nacional Kulima em Moçambique tem vindo a realizar actividades de educação para saúde (EPS) desde 1993 , tendo como ponto chave a Província de Sofala, (distrito de Caia) onde foram formados os primeiros técnicos e animadores da Kulima; estes ajudaram as pessoas a divulgar, no seio das famílias deles, alguns conselhos básicos sobre a saúde comunitária, para proteger as comunidades do futuro. As mensagens da Educação de Saúde comunitária são simples, em linguagem clara e directa, consoante ás necessidades de base sobre as maneiras práticas de proteger a saúde comunitária e de baixo custo, estando baseadas em procedimentos das próprias famílias. Este livro representa um ponto de partida para a discussão e a acção concreta para um desafio total, e quer convidar todos os indivíduos, organizações e outras instituições a envolverem-se na promoção da educação para a saúde comunitária. No nosso País e noutros em via de desenvolvimento milhares de crianças e adultos morrem anualmente (e outras sobrevivem em precárias condições de saúde) devido à pobreza e falta de comunicação e conhecimentos actuais sobre a matéria. A Kulima através das mensagens e imagens visuais vai lutar contra este flagelo, sobretudo após as grandes enchurradas que ocorreram em Moçambique. CAPÍTULO 1 Material didáctico para a formação da EPS -Quadro preto -Quadro flipchart ou trip -Pão de giz -Marcadores -Papel de cartolina -Blocos A4 -Sebentas -Esferográfica -Lápis de cor / corretores -Lápis de carvão -Borracha -Tesourinha -Rolos de plástico colante -Fita cola grossa e transparente -Cola de papel / Bostique -agrafador -agrafos -Furadore -clips -Pastas de arquivo -Régua -Bicicletas -Botas de chuvas -Capas de chuvas -Muchilas -Máquina Calculadora 2 CAPÍTULO 2 EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE COMUNITÁRIA 2.1 Educação para a saúde É um instrumento fundamental e indispensável para a mobilização da comunidade ou execução de todas as actividades de saúde para a mudança de certos hábitos que põem em risco a saúde das pessoas. 2.2 Saúde comunitária É a base fundamental do desenvolvimento comunitário: está a garantir um estudo completo do bem-estar físico, mental e social, não só a ausência de doenças ou enfermidades em todos os aspectos. 2.3 Objectivo da educação para a saúde Educar a comunidade para a prevenção das doenças; fazer com que haja uma ligação com os agentes especializados na matéria e dirigir-se ao posto de saúde mais próximo para uma observação imediata. Mudar o comportamento errado da população, muito mais para as mulheres em geral, e para as mulheres com crianças de menos de 5 anos. Sensibilizar e conciencializar as mulheres pelos males que podem pertubar a nossa saúde. CAPÍTULO 3 Tarefas duma mãe As mulheres devem colocar em prática os conhecimentos actuais sobre a saúde. As mulheres moçambicanas e do mundo, desde os tempos remotos até aos nossos dias, tem já as suas tarefas traçadas: Cultivar em grandes machambas e fazerem a colheita Cuidarem da família Percorrerem grandes distâncias á procura de água Sofrem agressões fisicas e psicologicas com os maridos Dão a luz e cuidam das crianças até crescer Atoleram todas as enfernidades que as possa atingir Agóra chegou o momento em que os homens devem ajudar as mulheres de maneira importante e mais completa em todas as tarefas de proteger a saúde aos filhos e comunidades em geral. 3 CAPÍTULO 4 Saúde da Mulher Consulta pre-natal : É “o controlo que se faz todos os meses à mulher grávida e ao bebé que está para nascer. Controlo do peso Medição do crescimento do bebé Auscultação do coração do bebé Vacinação da mulher grávida contra o tétano Sinais de perigo – Quando se sentir mal, vá ao centro de saúde mais próximo Dor de cabeça Cara e mãos enchadas ou pés Dor de barriga e vómitos Sangramentos 4.1 Parto feito por alguém que sabe e que pode ajudar Para resolver logo os problemas que podem surgir durante o parto Grandes perdas de sangue durante ou depois do parto Bebé que demora nascer Doença de ataque 4.2 Consultas pós-parto É a primeira consulta que a mulher faz uma semana depois do bebé ter nascido Controlar a saúde do bebé Saúde da mãe Ajudar a cuidar bém do seu bebé Como alimentar-se a si propria e ao bebé * Coma bem e faça uma dieta equilibrada, não carregar pesos grandes Dormir bem (8 horas por noite) 4 CAPÍTULO 5 Malária Em toda a área onde a málária é comum, toda as famílias e as comunidades devem ter acesso à informação actualizada de como evitar e tratar este mal. A comunidade deve estar consciente de que a efectiva prevenção da malária depende da acção e do apoio do Governo. Malária: é uma doença causada por um parasita, chamado plasmódio. 5.1 Considerações básicas - As crianças devem ser protegidas das picadas do mosquito, principalmente durante a noite. As comunidades devem destruir as larvas dos mosquitos e evitar que os mesmos se reproduzem. Em todos os lugares onde a Malária é comum, as mulheres grávidas devem tomar precauções e remédios contra a malária durante toda a gravidez. 5.2 Os sinais principais - Febre alta Dor de cabeça Fraqueza Dores das articulações Diarreia para crianças com menos de 5 anos Convulções (doença de ataque) Falta de apetite Diarreia e vómito Perda de consciência (desmaio) Estado de confusão (delírio) Coma (a pessoa dorme e não consegue nem falar nem ouvir) 5.3 Como se apanha a Malária - O mosquito é o transmissor O mosquito pica uma pessoa com malária e depois vai picar uma outra não doente: esta pode apanhar malária 5.4 O que fazer quando uma pessoa ou uma criança apanha malária - Levar ao centro de saúde mais próximo ou ao hospital Despir a criança Dar banho com água fria e embrulhar com pano Tomar todos os remédios conforme ás receitas do médico Dar peito e continuar a alimentar normalmente Dar muitos líquidos: água, sumo, chá, etc… 5 N.B.: Se ficar pior ou não melhorar após o tratamento, voltar ao Centro de Saúde. 5.5 Prevenção da Malária - Evitar mosquitos Cortar o capim Tapar os charcos de água perto de casa. Enterrar as latas, garrafas e as folhas, tudo o que acumula água perto da casa. Enterrar ou queimar o lixo Colocar redes mosquiteiras e fechar as portas ao pôr do sol Pulverizar a casa – usar insecticidas. CAPÍTULO 6 Diarreia As doenças diarreicas são umas das principais causas de morte de crianças e adultos, sobretudo nos países em desenvolvimento. Diarreia: É quando uma pessoa evacua mais de três vezes ao dia fezes líquidas. 6.1 Como saber que a criança já não tem água no corpo Fontenela deprimida Olhos encovados Boca seca Pele sem elasticidade Pouca urina Grandes perdas de peso em poucas horas Perigos da diarreia Morte rapida Mal nutrição Desidratação que é perda de muito líquido no corpo 6.2 Qual é a causa que faz com que a pessoa apanhe a diarreia?: Falta de higiene Água ou alimentos contaminados pela mosca Através de mão sujas Água suja Ás vezes bácterios entram na boca de uma pessoa através das moscas que levam o lixo para comida 6.3 O que se deve fazer quando uma criança apanha diarreia?: - Dar os líquidos normais, ou seja: chá , água de lanho, água de arroz, 6 - ou mistura oral S.R.O. (soro de rehidratação oral). Continuar a dar de comer e mamar, quantidades de sopa e frutas. Levar urgentemente ao Centro ou Posto de Saúde 6.4 Como se pode evitar a diarreia? - Cuidados com as mãos: Lavar as mãos antes e depois das refeições Lavar as mãos depois de usar as latrinas Lavar as mãos antes de preparar a comida e de comer Lavar as mãos depois de enterrar fezes alheias - Cuidados com os alimentos: Lavar bem as verduras e os legumes antes de cozer Lavar bem as frutas e saladas antes de as comer Cozer bem o peixe e outros produtos do mar ou rio Tapar a comida para as moscas não pusar nela - Cuidado com a água: Usar água limpa para beber Usar água limpa para lavar os alimentos Guardar água em latas ou recipientes limpos e tapados Ferver água e usar a de fontes seguras - Cuidados com as fezes: Usar sempre as latrinas Deitar na latrina fezes das crianças Se não tiver latrinas, enterrar as fezes Manter a latrina limpa e tapada Tapar fezes dos animais Fazer curral dos animais e capoeiras - Recomendações: A diarreia pode matar crianças devido à excessiva perda de líquidos do corpo; portanto é importante dar à criança grandes quantidades de líquidos para beber. Quando uma criança amamenta com leite materno e tem diarreia, é importante que ela continue a ser amamentada no peito. Uma criança com diarreia precisa de alimentação reforçada. Se a diarreia for mais grave do que o normal, será necesário procurar a ajuda dum médico ou agente de saúde. Uma criança que está a recuperar de diarreia, precisa de alimentação extra, diariamente, durante pelo menos uma semana. Não se deve usar remédio em caso de diarreia. Somente em caso de orientação médica. A diarreia pode ser evitada, amamentando a criança com leite materno, vacinando todas as crianças contra o sarampo, usando as latrinas, mantendo a higiene na comida e na água de beber, lavando as mãos antes de comer. 7 Demostraçào ( Mistura oral ): Como preparar uma mistura oral? Pacote de S.R.O. e L.O.A. (leite, oleo e açucar e alimentos de base ) Água limpa Garrafas, copos, lata para medir 1 litro Colher ou pau para mexer O recipiente para guardar a mistura deve ser limpo Qual a água que se pode usar? Deve ser limpa. Se tiver já água fervida, melhor ainda; se não tiver, utilisar a que houver, mas que seja limpa. A criança com diarreia precisa de tratamentos sem demora; por isso é importante não perder tempo em ferver água e esperar até que arrefeça. O que pode usar para medir o litro? Mostrar uma selecção de utensílios (preparados antes da sessão) que são comuns na zona. Mostrar como medir 1 litro com aquilo que os participantes possuem. Agora pode mostrar como preparar a mistura com o conteúdo inteiro do pacote. Que quantidade de mistura oral devemos dar de beber a criança? Deve dar a maior quantidade possível da mistura, particulamente quando tiver sede. Demonstração de mistura oral caseira Um punhal de açucar que corresponde à oito colherinhas (ou meio metro de cana doce tritada e tirado o sumo). Uma pitada se sal que corresponde a uma colherinha. Um litro de água frevida. CAPÍTULO 7 Bilharziose Bilharziose: é uma doença que provoca uma infecção no intestino por intermédio dum parasita que vive na corrente sanguínea, chamados: “Shistosoma Visical” ou “Monsone”. 7.1 Como manifesta a Bilharziose? Urinar sangue Dor de bexiga Dor a urinar 8 Dor a evacuar Diarreia intermitente Fraqueza e anemía 7.2 Complicações Esterilidade na mulher Barriga enchada e graves lesões no fígado, rins e bexiga Perigo de morte 7.3 Maior perigo de infecção Poças, canais e lagoas onde os caracois vivem estação chuvosa as crianças menor do 15 anos são as mais atacadas por esta doença 7.4 Como se transmite a Doença? A pessoa com bilharziose, se for urinar na água parada, vai deixar os ovos de bilharziose. O caracol que fica na água vai consumir os ovos e ao mesmo tempo chocar e libertar parasitas. Se uma pessoa sã for tomar banho naquela água, os parasitas vão penetrar no corpo atravez dela e automaticamente estará contaminada. 7.5 A Pessoa quando descobre que tem Bilharziose o que deve fazer? Levar ao centro de saúde para o tratamento. 7.6 Como evitar a Bilharziose? Não ir para águas paradas para buscar água ou lavar a roupa. Não tomar banho nas águas paradas, mas sim na casa de banho Não urinar ou defecar nas águas paradas, mais sim nas latrinas Se tiver Bilharziose, deve-se tratar rapidamente no centro de saúde. Usar botas de chuva. Recomendações básicas Todas as mães não devem deixar as suas crianças brincar nos charcos e nem em águas paradas a fim de evitar a contaminação Todos os meninos que gostam de jogar futebol entre comunidades, depois dos jogos não devem tomar o banho nas águas paradas das machambas porque lá estão os caracois que são os transmissores. 9 CAPÍTULO 8 Higiene Todos nós sabemos que mais de metade de todas doenças e mortes de adultos e crianças pequenas são causados por germes que penetram pela boca atravez da comida e da água. Neste momento todos os agentes que tiveram a oportunidade de ver e ouvir os conselhos devem transmitir aos outros. 8.1 Para Ter uma boa higiene pessoal Lavar as mãos com água e sabão depois de fazer as necessidades. Lavar as mãos antes e depois das refeções. Lavar as mãos quando vai preparar qualquer alimento Cortar as unhas Lavar bem o peito antes de dar de mamar à criança Tomar banho todos os dias com sabão e lavar bem os olhos Escovar os dentes nas manhas e depois de cada refeição. Lavar bem o cabelo e pentear todos os dias, escovando-o com força Lavar a roupa e engomar. 8.2 Higiene caseira Limpar a casa e a sua volta Enterrar o lixo e as fezes das crianças Construir e utilizar latrinas ou enterrar as fezes Construir currais de animais para evitar “fazer” em volta da casa. 8.3 Boa higiene ao comer e beber Beber água limpa ou fervida Lavar bem as frutas e legumes com água limpa antes de os comer Cozer os alimentos e tapar Não comer alimentos estragados Lavar bem os pratos, panelas e talheres antes de comer e preparar as reifeições Ter alimentação equilibrada 8.4 Os perigos da falta de higiene Se não tomar banho, nem engomar a roupa, tem o risco de apanhar sarna, peolho e conjutivite. Se não lavar os dentes todos os dias vamos sofrer de cárie dentária. Se não utilizar latrinas, pode contaminar doenças diarreicas. Se não ter higiene ao comer e beber podemos apanhar diarreia. 10 Se não utilizarmos as casas de banhos podemos apanhar doenças nas águas paradas. CAPÍTULO 9 Vacina ou imunização Graças à vacina, as vidas de muitas crianças são salvas cada ano, por isso é essencial que todos os pais saibam quando, onde e quantas vezes os seus filhos devem ser vacinados. A VACINA: Protege contra muitas doenças perigosas. Uma criança não imunizada está mais exposta a ficar subnutrida, incapacitada e a morrer. É importante vacinar as crianças, segundo o calendário de vacinações. Todas as vacinas devem ser tomadas durante o primeiro ano de vida da criança. Não ha nenhum risco em vacinar uma criança doente. Todas as mulheres durante a idade dos 15 e 44 anos devem ser imunizadas contra o tétano. 9.1 Quais as doenças que podemos evitar com as vacinas? Sarampo, tuberculose, paralisia infantil, poliomelite, tétano, tosse convulsa e difteria. 9.2 Quem deve ser vacinado ? Todas as crianças de 0 a 5 anos, todas as mulheres em idade fertil entre 15 a 44 anos. - Mulheres gravidas - Mulheres que tem crianças com menos de 5 anos - Crianças marticuladas pela primeira vez nas escolas. 9.3 Quais os efeitos das vacinas sobre as crianças? - Criar pequena ferida no braço e enchaço - Febre 9.4 Quantas vacinas uma criança deve receber no 1 º ano de vida? - 5 vacinas no total 9.5 Porque uma mulher gravida deve ir ao centro de saúde? - Apanhar as 1º vacinas para proteger a ela e sua criança 11 9.6 Porque é importante levar a criança cada mês para o centro de saúde? - Para completar as vacinas - Para controlar o peso 9.7 Qual é a importância do cartão de saúde? - Saber quantas vacinas a criança recebeu - Seguir o crescimento da criança IMPORTANTE: Conservar o cartão da criança num plástico 9.8 Esquema de imunização infantil. IDADE Doença contra qual será imunizada (vacina ) A nascença Tuberculose e poliomelite (zero) 1 Mês Difteria, tétano, tosse convulsa e poliomielite (1º) 2 Mês Difteria, tétano, tosse convulsa e poliomielite (2º) 3 Mês Difteria, tétano, tosse convulsa e poliomielite (3º) 9 Mês Sarampo Os esquemas nacionais de vacinação podem variar de um país para o outro. CAPÍTULO 10 Leite materno (alimentação) Os bebés alimentados de leite materno tem menos doenças e sofrem menos de desnutrição do que os bebés que recebem outros tipos de alimentação. A alimentação por biberão, especialmente nas camadas pobres representa uma séria ameaça à vida e à saúde de milhões de crianças. Muitas mães não têm confiança na sua própria capacidade de amamentação, precisam de ser encorajadas e ter apoio do pai do bebé, do agente de saúde, de parentes e amigos de associações de mulheres, das organizações que trabalham em prôl do desenvolvimento das crianças, dos meios de comunicação, sindacatos, religiosos e empregadores. 12 13 10.1 Recomendações básicas O leite materno é o exclusivo, o melhor e o mais completo alimento do bebé durante os primeiros quatro até os seis meses de vida. O bebé deve começar a mamar logo após o nascimento. Praticamente todas as mães podem amamentar os seus bebés. O uso do biberão pode causar doenças graves e mortes, se não forem tomadas as necessárias medidas de higiene. A amamentação deve continuar durante o segundo ano de vida do bebé e se possível por mais tempo ainda. 10.2 Porque devemos alimentar criança ? Para ter um bom crescimento e um bom desenvolvimento Para ter força de brincar e chorar Para evitar doenças 10.3 O que acontece se não alimentar o seu bebé? Apanha facilmente as doenças Mau crescimento e mau desenvolvimento Malnutrição 10.4 Como saber que o bebé tem uma boa saúde ? Fazer controlo de peso cada mês no centro de saúde com o cartão ou nas sessões de vacinação 10.5Como alimentar a criança após o nascimento? Dar imediatamente o primeiro leite do peito (colostro = Leite amarelo) 10.6 Apartir de que mês a criança deve comer papinha? Apartir do quarto mês, quando a criança começa a sentar com a ajuda da mãe. 10.7 Apartir de quando a criança pode começar a comer refeições da família? Apartir do oitavo mês, quando a criança consegue sentar sozinha sem a ajuda da mãe. Para desmamar a criança é preciso diminuir pouco a pouco o número das mamadas. 10.8 Quais são os cuidados que a mãe deve ter com uma criança que come sozinha ? A criança deve comer sozinha no seu próprio prato A criança deve ter o seu copo A criança deve ser ajudada a comer 14 10.9 Quantas vezes deve dar a comida a criança com menos de 5 anos? 5 a 6 vezes ao dia em pequenas quantidades e de boa qualidade. 10.10. Como fazer as papinhas? Alimentos de base Alimentos para crescer Alimentos para energía Os alimentos de base devem ser esmagados Papinhas devem ser grossas e com pouca água Depois de cada refeição a criança deve comer fruta 10.11 O que devemos fazer com uma criança doente Devemos continuar a dar de mamentar, comida e água Devemos levar rapidamente para o centro de saúde mais próximo ou equivalente. Depois da doença devemos dar mais comida para recuperar o peso perdido. 10.12 Papel do promotor de saúde em relação á alimentação 1. Pedir a colaboração do professor da escola, da parteira tradicional e do dinamizador rural, sempre que possível 2. Orientar a comunidade sobre as necessidades de uma boa alimentação em special para as mulheres grávidas, as que amamentam e para as crianças 3. Mobilizar e participar com a comunidade na criação de hortas nutricionais 10.13 Alimentação da mulher grávida ou que amamenta A boa comida: - Alimentos de base (milho, mandioca, patata, arroz) - Alimentos que dão força (oleo, banha, mel, cana de açucar, coco, abacate, bananas) - Alimentos que constroem uma criança (amendoim, feijão, ovo, leite, carnes, peixes, soja) - Alimentos que protegem contra as doenças (ortaliças, folhas de mandioca, patata e outra, laranja, tomates) Observação: a mulher grávida ou que amamenta necessita de ter todos os dias uma boa alimentação. 10.14 Cinco regras de limpeza na alimentação da criança 1. 2. 3. 4. 5. Lavar sempre as mãos antes de cozinhar para a criança; Lavar sempre bem os utensílios para a comida; Matar as moscas e guardar a comida protegida contra as moscas e baratas; A criança deve ter um prato só para ela; Utilizar o prato ou a chávena e colher. O biberão é sempre perigoso se não houver hígiene. 15 CAPÍTULO 11 Tosse e Constipação A tosse e a constipação podem transformar-se em pneumónia, tuberculose que mata milhões de crianças por ano. A pneumónia é provocada por sarampo e difteria, que podem ser evitadas através da imunização. Os pais devem saber reagir em relação à tosse e constipações; todos os agentes da saúde hoje em dia devem ter acesso à medicamentos de baixo custo, e os agentes de saúde comunitária devem ter acesso à informação adequada para comunicação entre as comunidades. Recomendações básicas Se uma criança com tosse está a respirar mais do que o normal, ela tem o risco de apanhar pneumónia. É fundamental levá-la a uma clínica ou centro de saúde, ou posto de saúde, sem demora. As famílias podem ajudar a evitar a pneumónia fazendo com que os bebés sejam amamentados com leite materno durante, pelo menos, os seis primeiros meses de vida certificando-se de que as crianças sejam bem alimentadas e estejam com as vacinas em dia, de acordo com a sua idade. Deve-se ajudar a criança que está com tosse ou constipação a comer e beber bastantes líquidos. A criança com tosse deve ser mantida aquecida, deverá respirar ar puro e sem fumo. CAPÍTULO 12 Planeamento famíliar Nem todos sabem ainda que o intervalo entre os partos é uma das maneiras mais eficazes para melhorar a saúde das mulheres e crianças. Muitos casos de partos demasiados próximos uns aos outros, gravidezes em mulheres muito jovens ou mulheres já idosas, fomentam a maioria dos casos de doenças: deficiências, mã nutrição e mortes prematuras entre mulheres e crianças. As recomendações básicas deste capítulo podem ajudar a evitar a morte de milhões de crianças e de centenas de milhares de mulheres por ano. Uma vez que os conhecimentos actuais sobre o planeamento famíliar devem ajudar a salvar a vida e a melhorar a saúde, os serviços e as mensagens do planeamento famíliar devem estar ao alcance de todos. 16 Recomendações básicas 12.1 Engravidar antes dos 18 (dezoito) anos , ou depois dos 35 (trinta e cinco) anos aumenta o risco de morte tanto da criança como da mãe. Por uma questão de saúde nenhuma jovem deveria engravidar antes dos 18 anos. Uma mulher não está fisicamente madura para engravidar antes dessa idade. Bebés nascidos de mulheres com menos de 18 anos são mais propensos a nascer prematuramente e com pouco peso. Têm mais hipotese de morrer durante o 1º ano de vida. O risco da própria mãe é muito maior. - todas as jovens deveríam ter tempo para se tornar mulher antes de se tornar mãe. Nas sociedades onde os jovens se casam muito cedo, os casais deveríam usar o planeamento famíliar para adiar a primeira gravidez, até completar no mínimo 18 anos. - Depois dos 35 anos, o risco de complicação durante a gravidez e o parto aumenta novamente. Se uma mulher já teve quatro ou mais gestações, uma nova gravidez é um risco para a sua própria saúde. 12.2 Engravidar de novo antes de dois anos de idade do seu bebé, cria um risco de morte muito grande para o novo bebé. - As crianças que nascem com intervalos muito próximos geralmente não se desenvolvem tão bem, fisico e mentalmente, como os que nascem com, pelo menos, dois anos de diferença. - O organismo da mãe precisa de dois anos para recuperar da gravidez e do parto. Portanto o risco para saúde da mãe é maior se o parto seguido for muito próximo do anterior. A mãe precisa de tempo para recuperar a força e as suas energías antes de engravidar novamente. - Os bebés tem mais probabilidade de adoeçer e mais riscos de morrer no primeiro ano de vida. 12.3 Dar á luz mais do que 6 (seis) crianças aumenta o risco durante os partos e nas gestações (periodo da gravidez ). Após uma mulher ter mais do que seis filhos, uma nova gravidez traz grandes riscos para vida da mãe e da criança principalmente se os partos anteriores não tiverem intervalos de mais de dois anos. - O organismo de uma mulher pode facilmente se deformar, devido ás varias gestações, partos, amamentação e cuidados com crianças próximas. Uma nova gravidez geralmente significa que a sua propria saúde começa a enfraquecer. Após mais de 6 partos, há enorme risco e serios problemas de saúde, como anemia e hemorragia (perda de grandes quantidades de sangue). 17 - O risco de dar á luz crianças deficientes ou com baixo peso também aumenta depois de mais de 4 partos e quando a mãe tem mais de 35 anos. 12.4 O planeamento famíliar permite aos casais decidir quando começam a ter filhos, quantos filhos a ter, qual o intervalo entre eles e quando parar. - A maioria dos serviços de saúde podem fornecer vários métodos de planeamento famíliar, seguros e eficazes. Não há um metodo que seja adequado e que satisfaça a todos. - Os casais devem acompanhar-se ao agente de saúde sobre os metódos mais adequados. Dar intervalo de pelo menos dois anos entre dois partos e evitar a gravidez antes dos 18 anos e depois dos 35 anos para ajudar a garantir que cada bebé nasça e creça forte e saudável. O planeamento famíliar é uma forma de ajuda a planear o nascimento dos bebés. Metódos de planeamento famíliar. Método tradicional Método de latação (fica alguns meses sem aparecer menstruação) Pílula - comprimidos Preservativos DIU – aparelho Injecção 3 em 3 meses Coito interrompido Período fertil. NB. Os casais devem procurar um agente especializado na matéria a fim de escolher o melhor método, apropriado com as condições físicas do casal. CAPÍTULO 13 Maternidade sem risco Muitas mulheres morrem em todo o mundo, provavelmente durante a gravidez ou parto. Metade destas mortes ocorrem nos países em via de desenvolvimento e esta situação está intimamente relacionada com as inadequadas condições de saúde. As recomendações básicas de saúde neste capítulo podem ajudar a salvar a maioria dessas vidas e evitar inúmeras doenças graves. Neste momento os governos, as ONGS e associações são responsáveis pela formação do pessoal para dar assistência aos partos. Elas tornam acessível o serviço pre-natal de rotina e oferecem cuidados especiais para as mulheres que apresentam problemas sérios durante a gravidez e o parto. Para isso acontecer é necessario que 18 todos aqueles que trabalham em prôl da saúde comunitária devem criar métodos simples e claros para a sensibilização. Recomendações Os riscos do parto podem ser muitissimo reduzidos se a mulher grávida procurar o agente de saúde mais próximo para os exames periódicos durante a gravidez. 13.1 Acompanhamento e evolução da gravidez no caso de haver problemas. A futura mãe deve ser encaminhada a um hospital na hora do parto. - Verificar frequentemente a pressão arterial. - Dando á mãe medicamentos para prevenção da malária - Dando duas doses de vacinas ante-tétano para proteger a ela e ao seu bebé. - Verificar se o bebé está a crescer normalmente. - Preparar a futura Mãe para a experiência do parto e aconselhamento sobre a mamentação e os cuidados com o recém nascido. - Aconselhamento da futura mãe sobre os metódos para retardar uma nova gravidez. 13.2 Uma pessoa capacitada deve dar assistência pre-natal e durante o parto. O agente de saúde, parteira ou infermeiro, deve saber : - Como assegurar a higiene, como cortar o cordão umbilical, o que fazer quando há perda de sangue, o que fazer quando o bebé esta mal posicionado, como auxiliar a mãe a dar peito imediatamente e após o parto. 13.3 Para reduzir os riscos durante a gravidez e o parto todas as famílias devem conhecer os sinais de alerta. - Qualquer gravidez necessita de visita do agente de saúde e os membros da família devem conhecer os sinais de alerta. 13.4 Sinais de alerta de gravidez anteriores - Intervalo de menos de dois anos em relação a ultima gravidez. - A futura mãe tem menos de 18 anos e mais de 35 anos. - A futura mãe já teve mais de quatro filhos. - A futura mãe já teve um bebé menos de 2,5 Kg ao nascer. - A futura mãe já teve um parto prematuro. - A futura mãe já teve um aborto, deu a luz bebé morto. - A futura mãe pesa menos de 38 Kg antes da gravidez. - A futura mãe mede menos de 1,45 metros de altura. - A futura mãe é diabética. 13.5 Sinais de alerta em relação a problemas durante a gravidez. - Não há aumento de peso (durante a gravidez a gestante deve aumentar no mínimo, seis quilos). 19 - Palidez no interior das palpebras (devem ser rosadas ou vermelhas) - Inchaço anormal nas pernas, braços e rosto. - Tenção arterial alta. 13.6 Quatro sinas que indicam necessidade de cuidados médicos imediatos. - Sangramento da vagina durante a gravidez. - Fortes dores de cabeça (indicação de tenção alta) - Vómitos frequentes. - Febre alta. 13.7 Toda a mulher grávida necessita de alimentação reforçada e de descanso. A mulher gravida necessita de uma variedade dos melhores alimentos disponíveis para a família: - leite, vedura e legumes, fruta, carne, peixe, ovos, leguminosas e cereais; não há razão para evitar nenhum destes alimentos durante a gravidez. -O companheiro e a família da mulher devem assegurar que ela come mais do que o habitual e repousa durante o dia, principalmente durante os ultimos três meses. 13.8 Dar intervalos de pelo menos dois anos entre os partos e evitar a gravidez antes dos 18 anos e depois dos 35 anos, reduzem muitissimo as complicações durante a gravidez. - Uma das maneiras mais eficazes de reduzir o risco na gravidez e no parto, tanto para mãe como para criança, é planificar o intervalo entre os partos. 13.9 As meninas saudáveis e bem alimentadas durante a sua infância e adolescência apresentarão menos problemas durante a gravidez e o parto. - Uma gravidez segura e bem sucedida dependendo acima de tudo, da saúde e da preparação da futura mãe. Portanto deve dar uma atenção especial á saúde, alimentação e á educação da adolescente. Ela só deve engravidar depois dos 18 anos. - É muito importante saber também que não deve tomar remedios durante a gravidez, sem recomendação do profissional de saúde; porque alguns medicamentos podem provocar problemas graves nos ultimos meses de gravidez por vezes até a morte. - Toda a mulher grávida deve saber que fumar, tomar bebidas alcoolicas, ou usar drogas, prejudica a saúde do bebé que está no seu ventre. 20 CAPÍTULO 14 Cólera Em Moçambique o surto de cólera dizimou centenas de pessoas nos últimos anos, seja adultos como crianças. Este desastre verificou-se muito mais nas comunidades que não encaravam os factos como realidade em relação á saúde comunitária e pública em geral. 14.1 Sinais e sintomas Diarreia muito forte (como água de arroz), acompanhada por vómitos e dores de barriga. Muitas pessoas podem apanhar em pouco tempo e espalhar a doença em casa ou no bairro. 14.2 Complicações Deshidratação muito grave em pouco tempo Pouca urina Grande perda de peso em poucas horas Boca seca Olhos encovados Fontenela depremida no bebé Pele sem elasticidade 14.3 A cólera pode apresentar-se de duas formas: Grave: mata em 24 horas pelo menos metade dos doentes não tratados Menos grave: e também sem sintómas Observação: a perda dos líquidos é muito perigosa: pode matar em pouco tempo se não fazer o tratamento. 14.4 Causas da cólera Falta de higiene Água suja na preparação e conservação dos alimentos Falta de saneamento do meio. Contacto manual com o doente ou portador. 14.5 Modo de transmissão Através das mãos sujas levadas á boca Bebendo água suja Falta de água potável Contaminação da comida Contaminação da água por moscas que passam por sítios sujos e depois vão pousar na nossa comida. 21 Más condições de saneamento do meio, em especial tratamento das fezes humanas 14.6 Conduta perante um doente em casa Dar S.R.O. (soro de rehidratação oral) ou mistura oral caseira. Ir ao hospital ou ao campo de cólera imediatamente 14.7 Prevenção Hígiene individual Cuidar da hígiene pessoal, tomar banho todos os dias com água limpa e sabão. As mãos Lavar as mãos depois de fazer necessidades maiores Lavar as mãos antes e depois de comer. Lavar as mãos antes de preparar qualquer alimento. Lavar as mãos depois de tocar fezes alheias. Cortar as unhas e manté-las limpas. Lavar as mãos depois de tratar o lixo. Água Beber água limpa ou fervida (não deve pôr folhas para reter a água do depósito) Guardar a água em depósitos limpos Tapar o depósito de água Quando uma pessoa quer beber água, deve utilizar um copo limpo para tirar água do recipiente. Não tomar banho nos charcos, nas vales de drenagem ou nas águas do esgoto. Comida Lavar bem as frutas e legumes com água limpa antes de comer Cozer bem os alimentos e tapar a comida Lavar as loiças com água limpa Lavar bem o peito com água limpa ou fervida antes de dar de mamar a criança. Comer alimentos bem preparados e conservados em boas condições de hígiene Comer os alimentos ainda quentes se possível Saneamento do meio Enterrar o lixo e as fezes da criança. Construir e utilizar latrinas (mante-las sempre tapadas e fechadas). 22 CAPÍTULO 15 Dts/Sida DTS: quer dizer: Doenças de Transmissão Sexual que tem cura. Mas há vários tipos de DTS que se manifestam de diferentes maneiras: algumas DTS deixam sinais ou sintomas que sentimos no nosso corpo e outras não deixam sinais. Há pessoas que parecem saudáveis, não apresentam sinais visíveis, mas podem estar infectados. 15.1 Enumeração de algumas DTS: sifilis, gonorrea, corrimentos, úlcera genital, epatite B, entre outras. 15.2 Sintómas das DTS Homens: - Dores e ardor ao urinar - feridas no orgão genital - burbulhas em todo o corpo - urinar líquidos mal cheirosos e branco, corrimento (pús) - comichão nos orgãos genitais Mulheres: - dores de baixo ventre - feridas no orgão genital - corrimentos mal cheirosos de cores diferentes - dores ao manter relações sexuais, acompanhadas com a perca de sangue - burbulhas 15.3 Consequências das DTS: - As DTS, quando não forem tratadas devidamente, podem provocar vários problemas na saúde das pessoas, tais como: esterilidade, deficiências físicas e mentais, com sérios riscos de morte. 15.4 Quando alguém descobre que tem uma DTS, o que deve fazer? - Procurar imediatamente um agente de saúde ou ir ao Posto de Saúde mais próximo e levar o seu parceiro/a, para fazer o tratamento. 15.5 Cuidados: - Deve ter um único parceiro. Deve ter relações com um único parceiro e ser fíel. Deve cumprir com a medicação prescrita pelo Médico Deve usar preservativo 23 NB. Devemos ter cuidado com as pessoas que não apresentam nenhum sinal de DTS, mas elas podem estar infectadas com o virus de Sida. SIDA: Sindroma de ImunoDeficiência Adquirida: isto é a sida. E’ um problema de saúde mundial relativamente recente: todas as nações estão ameaçadas por esta doença que ja matou milhões de pessoas e outro número indeterminado está a ser infectado diariamente em todo o mundo. Neste momento a única arma contra a disseminação do sida é a educação para a saúde. Cada pessoa, em cada país, deve saber como evitar o contágio e a disseminação do vírus do sida. 15.6 Recomendações O sida é uma doença incurável e causada por um vírus que pode ser transmitido por relações sexuais, por sangue contaminado e pelas mães infectadas que o transmitem ao feto ou aos bebés recem-nascidos. Fazer sexo com segurança significa estar certo de que nenhun dos parceiros está contaminado, haver confiança mútua e usando camisa de venus em caso de dúvida. Qualquer injecção com agulha ou seringa não esterilizada é perigosa. As mulheres portadoras do vírus de sida devem evitar a gravidez. Todos os pais devem dizer aos filhos como evitar o sida. 15.7 Os principais sinais desta doença Depois de muitos anos ficar no corpo, o vírus vai começar a fazer estragos ao criar muitos problemas com a saúde; a pessoa vai começar a ter febres altas que não vão passar, a ter diarreia crónica, mais de um mês, com diminuição de peso e relativo emagrecimento até a morte. 15.8 Modos de transmissão Quando manter relações sexuais com uma pessoa infectada. Quando ter contacto de sangue de uma pessoa contaminada (transfusão de sangue). Transmissão de uma pessoa grávida contaminada para o seu bebé. Utilizar material não esterilizado (láminas, seringas, agulhas, facas e outros materiais cortantes). A relaxão homosexual também apresenta riscos de contaminação. 15.9 Modos de não transmissão • • • O sida não se transmite por beijar uma pessoa infectada O sida não se transmite por aperto de mãos O sida não se transmite por picada de mosquito 24 • • O sida não se transmite por comer nos mesmos pratos, copos ou talheres, ou até dormir na mesma cama com os mesmos lençois O sida não se transmite pelo uso comum da latrina 15.10 Procedimentos da família perante um doente com sida • • • A pessoa com sida convive com a sua família, não ha risco: o sida não se transmite de qualquer maneira de uma pessoa para outra. Um doente com sida precisa de ser tratado com carinho e acompanhado nos momentos mais difícieis. A família deve saber que o sida não tem cura, a situação deste doente agrava-se todos os dias mas a família não o abandone, acompanha-o sempre com carinho até a fase terminal. 15.11 Prevenção Fazer relações sexuais com a sua mulher ou seu marido. Usar sempre o presevativo quando fazer relações sexuais ocasionais. Utilizar a sua própria lámina e agulha quando vai ao curandeiro ou quando vai fazer tatuagem. 25 CAPÍTULO 16 Dez pontos chavez da saúde da Mãe e do Bebé 1. A saúde das mulheres e das crianças pode melhorar significativamente se os intervalos entre os partos for pelo menos dois anos; se a gravidez for evitada até aos 18 anos; se elas se limitarem apenas a seis partos. 2. Para reduzir os riscos durante a gravidez, todas as mulheres grávidas devem receber cuidados pre-natais de um profissional de saúde e todos os partos devem ser assistidos por uma pessoa capacitada. 3. Durante o primeiro mês de vida a criança deve-se alimentar exclusivamente com leite materno, que é o alimento mais completo para esse período. A partir de quatro meses as crianças necessitam de outros alimentos além de leite materno. 4. As crianças com menos de 5 anos têm necessidades nutricionais especiais; precisam comer de 5 a 6 vezes ao dia, e os alimentos devem ser especialmente enriquecidos com legumes, assados e pequenas quantidades de gorduras ou óleo. 5. A diarreia pode matar, por uma perda excessiva de líquidos do corpo da criança. Assim, quando a criança tem fezes líquidas é preciso dar-lhe grandes quantidades de líquidos para beber: leite materno, papinhas, soupas, souro caseiro, ou uma bebida especial chamada, S.R.O. (Soro de Reidratação Oral). Se a doença for mais grave do que o normal, a criança deve receber cuidados hospitalares. 6. A vacinação ou imunização protége contra diversas doenças que podem impedir o desenvolvimento normal duma criança, incapacitá-la e matá-la. A criança deve receber a série completa de vacinas durante o seu primeiro ano de vida. Todas as mulheres em idade fértil devem ser vacinadas contra o tétano. 7. A maioria das constipações e tosses melhoram por si sós. Mas se uma criança com tosse estiver a respirar mais rapidamente que o normal, isso significa que ela pode estar gravemente doente e é fundamental levá-la a um Centro de Saúde. Uma criança com tosse ou constipação precisa de ajuda para se alimentar bem e beber uma grande quantidade de líquidos. 8. Muitas doenças são causadas por germes (parasitas), que penetram pela boca através dos alimentos e das mãos sujas. Isso pode ser evitado com o uso das latrinas, lavando as mãos com água e sabão depois de defecar e antes da confeição ou ingestão dos alimentos, mantendo limpos os alimentos e a água para beber. 9. As doenças atrasam o crescimento duma criança; após duma doença a criança precisa duma refeição suplementar todos os dias, durante uma semana, para recuperar o peso perdido. 10. Uma criança saudável cresce, aumenta de peso e tamanho, principalmente durante os primeiros anos de vida. Por isso desde o nascimento até os três anos, ela deve ser pesada todos os meses, devendo o seu peso ser registado no cartão de nascimento. Se uma criança não aumentar de peso durante um mês, alguma coisa está errada, devendo dirigir-se ao Posto de Saúde. 26 CAPÍTULO 17 Animação É o acto de revelar um facto real duma forma directa, gesticulando muito forte e activo. Condições necessarias para uma boa animação Ouvir bem Ver bem Perceber bem Ouvir bem: Falar em frente do público claro e muito forte com voz muito activa. Pedir o silêncio antes de começar com a sessão. Ver bem: É muito importante que o animador mostre bem as imagens ao público. Perceber bem: Introduzir e aprender o tema, fazer repetir algumas mensagens importantes faladas durante a palestra. Fazer participar o público e procurar saber se tem dúvidas. Animador Animador: é a pessoa escolhida pelas estruturas locais para estar em contacto com a comunidade, educando e auscultando o problema da área, juntos aos régulos, nfumos, mwenes, líderes comunitários, matronas e secretários dos bairros. Metodos de educação para saúde Participação activa da população a fim de estimular a discussão e a troca de experiências. Discussão Conversa individual Demostração do album seriado Dramatização Reuniões. Como estimular a participação Começar uma actividade com perguntas aos participantes. Dar uma tarefa ao grupo ou a uma pessoa e fazer repetir o conteúdo. Factores que contribuem para má comunicação Barulho, muito sol na cabeça, muito frio e escuridão 27 Factores que contribuem para uma boa comunicação A comunição eficaz é a base das relações entre os homens. O animador e a comunidade quando falamos e gesticulamos estaremos a comunicar-nos uns aos outros e motivar uns aos outros. Disponibilidade As mulheres devem ir à comunidade bem vestidas, e com roupa tipicamente da comunidade e ser simples. Usar capulana e não ir pintada. Os Homens irem simples e não usar fatos de gala Característica dum bom animador Saber valorizar o património cultural existente na comunidade. Mostrar simplicidade Ter boas relações Ser dinámico e flexível Adaptar-se facilmente com os uso e costumes da comunidade Ser impulsionador/incentivador Ser simpático Ser sincero Ser respeitoso Motivador Educador Imparcial e transparente Assíduo e pontual Exemplar Paciente Ser comunicativo (saber falar e ouvir) Respeitar as idéias de uma população comunitária Ter noções de gênero Mediador e facilitador Ser modesto Ser cooperativo e solidário Ter amor pelo trabalho que faz, e ser fiel a comunidade Apresentação do animador Eu sou da Kulima e o meu nome é ___________ Vim para trabalhar nesta comunidade por um tempo Hoje falaremos do tema _________ Não sei se me permitem… Sim/ Não? A resposta não, marque outra hora e data. A resposta sim, começa com o trabalho. 28 Horários para o campo Entrada 6.00 horas - Saida 16.00 horas (a concordar com os hábitos locais) e pode ser variável dependendo das circunstâncias de modo, de tempo e lugar. As formações no mínimo devem durar 45 minutos, e no máximo devem durar 60 minutos. As palestras no mínimo devem durar 25 minutos, máximo devem durar 40 minutos. Meta diária de formações e períodos. De manha: 2 formacões; na tarde: 2 formações, sendo no total 4 formações por dia. Palestras: 2 de manha e 2 na tarde, num total 4 palestras Palestras porta a porta: 10 casas por dia, sendo 5 de manha e 5 na tarde, ou mais, dependendo da flexibilidade de cada promotor. Locais adequados para palestras Centros e postos de saúde Escolas (nos intervalos maiores) Mercados Fontanários Igrejas nos tempos dos cultos Reuniões dos regulados Casas, porta a porta Nas sessões das vacinas Locais adequados para a formação - Sede Casa do responsável do Grupo voluntário Casa do regulo ou secretário Tarefas de um supervisor 1- Contacto com a Administração do Distrito: apresentar a Ong e as suas actividades 2- Contacto com a Direcção Distrital de Saúde para apresentar a credencial do programa 29 3- Contacto com a Direcção Distrital de Educação para forteceler a parceria na implementação dos programas nas escolas 4- Programar os Seminários, organizar e convidar um responsável provincial da EPS, o coordenador provincial do programa EPS da Kulima, o Administrador do Distrito e algumas figuras destacadas do Distrito - Contacto directo com a direcção provincial da Kulima - Supervisar as actividades dos animadores - Substituir o animador quando estiver doente ou ausente por férias 5- Reunir-se com os animadores 1 vez por mês para fazer o balanço mensal das actividadades, elaborar o relatório mensal e perspectivar as actividades do mês seguinte. 6- Contacto com as outras ONG's que fazem o mesmo programa no Distrito. 7- A escolha das zonas deve ser feita pela saúde, junto ao supervisor. 8- Os relatórios mensais devem ser enviados á Kulima. Relatórios mensais Relatórios trimestrais Relatórios semestrais. Os Relatorios devem ser narrativos e estatísticos. 9- Dar nome aos grupos voluntários e quantidades de pessoas necessárias para o efeito. 10- Entrega de relatório trimestral á direcção distrital de saúde; o técnico de educação para saúde comunitária deve fazer visitas trimestrais às comunidades onde decorrem as actividades da E.P.S./Kulima, junto ao supervisor. Tarefas do animador • • • • • • • • O animador deve estar actualizado sobre o tema que vai dar. Ser capaz de notar as difilculdades do grupo. O animador deve ver as condições do sítio onde vai dar a palestra. Adaptar-se ao meio ambiente da zona. As palestras ou formações devem ser de qualidade não em quantidade. O animador deve avaliar o seu próprio trabalho. O animador tem a obrigação de dormir na localidade se o tempo não permitir para o regresso. O animador deve ter uma ligação extrema com os régulos e líderes comunitários para facilitar a multiplicação de informação. Supervisor: Velar as actividades dos animadores. 30 Animador: Velar as actividades dos grupos voluntários e os satélites. Satelites: Ajudam os animadores em alargar as comunidades e o raio das actividades. Grupos voluntários: são os que garantem a sustentabilidade do projecto após a retirada da organização ou o término do contracto. CAPÍTULO 18 Programa nacional de saneamento a baixo custo. Mais higiene é mais saúde. Deitar o lixo na cova Não esquecer de tapar as latrinas Não urinar em volta da árvore Não montuar lixo em volta da casa Não fazer necessidades maiores ao ar livre Para lembrar: Usaste a latrina melhorada? Tapaste a latrina depois de a usar? Lavaste as mãos depois de usar a casa de banho? Lavaste as mãos antes e depois de comer? Conservaste a latrina limpa? Latrinas melhoradas é higiene Evita as moscas Construção de latrinas melhoradas é mais seguro, dura muitos anos e é mais barato. CAPÍTULO 19 CRESCIMENTO INFANTIL A subalimentação e as infecções impedem o crescimento físico e o desenvolvimento mental de milhões de crianças no mundo. As sete recomendacções básicas de saúde podem ajudar os pais a evitar a mã nutrição infantil mesmo nas comunidades de baixo rendimento. Alguns pais não têm possibilidades de alimentar os seus filhos de maneira adequada devido á seca, fome, guerra ou pobreza. Apenas há acção política e economica, geralmente envolvendo reformas agrárias e investimentos na produção de alimentos, para os pobres e pelos pobres resolver este problema. 31 Mas os países em desenvolvimento nem se quer plantam e ganham o suficiente para dar ás crianças uma dieta adequada. Entretanto é necessário que saibam quais são as necessidades especiais que a criança requere e que tenham o apoio da comunidade, das ongs, das outras instituições e do governo para pôr esses conhecimentos em prática. Recomendações básicas 19.1 Desde o nascimento até os 3 anos de idade a criança deve ser pesado regularmente, e se não aumentar de peso durante um mês significa que alguma coisa está errada. O aumento de peso mensal e regular é o sinal mais importante da saúde, e do desenvolvimento total da criança. Se a criança não aumenta de peso os agentes de saúde devem tomar alguma medida, junto aos pais. A criança pode não estar a desenvolver-se devido a alguma doença, por deficiência de alimentação ou por falta de alimentação. A criança é suficientemente alimentada quando toma 5, ou mais vezes, alimentos durante o dia, que são compostos de poucos alimentos ricos a energía (pequena quantidades de oleo ou gorduras devem ser acrescentadas). A criança que adoece com frequência necessita de cuidados médicos: quando está doente ela recusa-se alimentar, então deve-se insistir e dar alimentos suplementares para recuperar as perdas. Se os alimentos e a água são conservados limpos e a criança tem vermes (parasitas), ela necessita de desparasitante, adquirido no centro de saúde. A criança que fica muito tempo sozinha precisa de amor, atenção e estímulo. 19.2 O uso exclusivo do leite materno é o melhor alimento para as crianças durante os primeiros quatro ás seis meses de vida. 19.3 Por volta dos quatro á seis meses, a criança necessita de outros alimentos, juntamente com o leite materno O bebé deve mamar antes de receber qualquer outro alimento para que a mãe tenha mais leite por um período maior. As verduras e legumes fervidos, descascados e amassados devem ser acrescentados á papinha do bebé ou outros alimentos pelo menos uma vez por dia. Quanto mais váriada foi a alimentação do bebé é melhor. 19.4 A criança com menos de três anos de idade necessita de uma quantidade extra de gorduras ou oleo, adicionado á comida normal da família. 19.5 A criança com menos de três anos de idade necessita de cinco ou seis refecções diárias. 19.6 Todas as crianças necessitam de alimentos ricos em vitamina A 32 Anualmente mais de duzentas crianças ficam cegas por falta de vitamina A no organismo. A vitamina A também protégé contra outras doenças como a diarreia e a gripe, deve portanto fazer parte da dieta diária da criança. A vitamina A encontra-se no leite materno, nos vegetais (com folhas verdes escuras) e nas laranjas, ou frutas e legumes amarelos como: cenoura, papaia e manga. Quando a criança está com diarreia ou sarampo perde a vitamina A, que pode ser reposta por uma alimentação mais frequente e dando-se á criança mais frutas, legumes e verduras. 19.7 Após uma doença a criança necessita de refeições extras para recuperar o peso perdido É importante proteger o crescimento de uma criança evitando doenças. Para isso é preciso: alimentar a criança com leite durante os primeiros 4-6 meses de vida; apartir de então introduzir outros alimentos e continuar com o leite materno. Completar todas as vacinas antes do bebé ter um ano de vida. Usar sempre latrinas e manter as mãos, os alimentos e a cozinha limpas, e usar sempre água limpa e potável. CAPÍTULO 20 DESENVOLVIMENTO INFANTIL Os bebés aprendem rapidamente, desde o momento do nascimento. No final do segundo ano de vida, a maior parte do crescimento do cerebro humano já está completa. Os primeiros anos são fundamentais para o desenvolvimento do comportamento e da personalidade. As sete recomendações básicas podem ajudar os pais a garantir que os filhos cresçam felizes, seguros e com um comportamento adequado e a criar as condições necessárias para que a criança tenha um bom aproveitamento escolar. 20.1 Os bebés aprendem rapidamente desde o nascimento até aos dois anos de idade, quando a maior parte do cerebro humano já está completa. Para ter um bom crescimento mental a criança precisa mais do amor e da atenção dos adultos. Os cincos sentidos do bebé: visão, olfacto, audição, paladar e o tacto. Estão todos activos desde o momento do nascimento quando o bebé começa aprender sobre o mundo. Desde que nascem todas as crianças sentem necessidades de serem tocadas, abraçadas, acariciadas, de que as pessoas falem com elas, de ver rostos e expressões famíliares, de houvir vozes famíliares e de perceber que as pessoas lhe 33 respondem. As crianças também precisam de coisas novas e interesantes para olhar, houvir, prestar atenção, segurar e brincar. Este é o início de aprendizagem. Vozes humanas são a coisa mais importante para um bebé houvir; rostos humanos são a coisa mais importante para o bebé olhar; os bebés não devem ficar sozinhos durante um longo período de tempo. Uma criança que recebe boa alimentação e cuidado com a saúde, mas também recebe bastante amor e atenção e que pode brincar da maneira adequada, terá um bom desenvolvimento mental tão bom como o seu desenvolvimento físico. 20.2 Brincar é muito importante para o desenvolvimento da criança; brincando exercita a mente e o corpo, aprende lições básicas sobre o mundo. Os pais podem ajudar a criança a brincar. Brincando com objectos simples e imitando o mundo dos adultos, a criança começa aprender sobre o mundo ao seu redor, brincar também ajuda a desenvolver a sua linguagem, o raciocinio e a organização. A criança aprende através de experimentação, comparando os resultados, fazendo perguntas, propondo novos desafios a se mesmo e encontrando maneiras de conseguir bons resultados. Brincar constroi conhecimento, experiência e ajuda em curiosidade, controlo e confiança. Os pais devem ajudar nas brincadeiras e na aprendizagem da criança arranjando objectos com os quais ela possa brincar e sugerindo coisas novas para a criança tentar fazer. Mas os pais não devem controlar ou diminuir exageradamente a brincadeira da criança: devem observar de perto e acompanhar suas ideias ou seus desejos. Quando uma criança pequena insiste em fazer uma coisa sozinha, os pais devem ter paciência desde que seja protegida do perigo: tentar fazer algo novo e difícil é um passo necessário para o desenvolvimento da criança, mesmo que isso signifique uma frustração. Um pouca de frustração ajuda a criança a aprender e a dominar novas habilidades. Frustração demais pode ser desestimulante e dá á criança, uma sensação de fracasso. Os pais são quem pode julgar quando se deve oferecer ajuda, e quando se deve deixar que a criança encontra as suas próprias soluções. A criança adora vestir-se e fingir que é outra pessoa – mãe, pai, professor, médico ou uma personagem imaginária; este tipo de brincadeira também é muito importante: ajuda a criança a intender e a aceitar a maneira de ser de outras pessoas. Ajuda também a desenvolver a imaginação, os pais devem estimular essas brincadeiras de “faz de conta” dando á ciança roupas e chapeus velhos, bolsas, colares ou pedaços de tecidos para brincar e vestir. As vezes a criança precisa de brincar sozinha, mas as vezes precisa de brincar com os adultos: eles devem portanto falar com a criança. Repetir os sons, cantar, fazer músicas, versos e jogos infantis, tudo isto é fundamental para a felicidade da criança e para que o seu crescimento e desenvolvimento sejam normais. 20.3 A criança aprende a comportar-se imitando o comportamento das pessoas que estão mais perto dela. 34 Se os adultos ou crianças mais velhos serem agressivos ela também fica agressiva, se as pessoas ao redor dela tratar ela com carinho, ela também fica carinhosa e vai-se comportar da maneira do seu habitate. A criança de 4 anos é naturalmente egoista. Aprendere a dividir e ter considerações com as outras é um processo gradual; o comportamento egoista e insensato é normal para crianças pequenas, pois elas são imaturas física e emocionalmente: a medida que vão crescendo, as crianças aprendem a serem desprendidas e razoavel desde que as outras pessoas também sejam desprendidas e razoavel com elas. As crianças aprendem a tratar as outras da maneira como foram tratadas. 20.4 As crianças pequenas choram facilmente, ficam zangadas e assustadas. E’preciso ter paciência, compreenção e tolerância em relação ás emoções das crianças para ajudar-lhe a crescer feliz, seguras e com um comportamento adequado. As crianças pequenas as vezes parecem mentir, porque não conseguem ver a diferência entre o mundo real e o mundo da sua imaginação. Quando uma criança faz algo de errado ou inaceitável, ela deve ser repreendida com firmeza, mas calmamente, para que entenda que esse não é o comportamento correcto. Devem ser dadas explicações simples e razoaveis. A criança lembra-se de explicações e regras dadas por adultos que ela ama e a quem quere agradar. Aos poucos ela aceita esses exemplos e explicações como bases para as suas próprias acções. E’ desta maneira que a criança adquire a consciência e a compreenção da diferência entre o certo e o errado. Chorar é a maneira que a criança pequena tem para dizer que alguma coisa está errada. Ela pode estar com fome ou cansada, com dores ou qualquer desconforto, com calor ou com frio, ou pode estar assustada ou quer que peguem no colo e abracem: não se deve ignorar o choro. A criança pequena supera os seus medos rapidamente desde que tenha a certeza de que a sua casa é segura, e de que é amada e protegida pelos pais e pelos outros parentes adultos. 20.5 A criança precisa de aprovação e estímulo constante: os castigos físicos são prejudiciais para o desenvolvimento da criança. Portanto, é importante que os pais deêm atenção aos comportamentos positivos e que demostrem satisfação e aprovação. Esta é uma maneira muito mais eficaz de ensinar a uma criança a comportar-se adequadamente do que os gritos, as críticas e as punições constantes. Os castigos físicos são prejudiciais para a criança e fazem com que ela se torna mais propensa a crescer agindo de maneira insensata e violenta com as outras pessoas. Também podem tornar a criança medrosa e isto pode destruir o desejo natural que a criança tem de agradar e de aprender com os seus pais e professores. 20.6 As condições para um bom aproveitamento escolar podem ser criadas pelos pais nos primeiros anos de vida da criança. 35 Durante os primeiros anos de vida os pais podem ajudar a criar as condições para que a criança tenha um bom aproveitamento escolar. Desde o nascimento, uma criança que se sente amada e segura e cujos comportamentos positivos são reforçados sentirá mais facilimente o desejo e a confiança necessária a uma boa aprendizagem. Os pais também podem ajudar a criança aprendendo e brincando: todas as crianças precisam de materias simples com as quais possam brincar de modo que haja sempre alguma coisa para fazer ou para explorar, a cada nova fase do seu desenvolvimento. E isto não precisa de custar muito caro. Por exemplo: água, areia, caixas de papelão, blocos de madeira, objectos domésticos que não apresentam o perigo, objectos coloridos, uma bola, ou muitos brinquedos tradicionais são tão bons como os brinquedos caros comprados nas lojas. Sempre que seja possível e seguro, deve permitir-se que a criança tome as suas decisões: ela aprende melhor apartir dos seus próprios erros. Os pais devem tentar orientar mas não controlar a brincadeira da criança. Os programas da cresce e da pre-escola podem ajudar a preparar a criança para que tenha um bom aproveitamento escolar desde que garantam muito cuidado e atenção e uma grande variedade de actividades que envolvem brincadeira para ajudar a criança a desenvolver habilidades. Pressionar exageradamente a criança para que estude e tenha um rendimento escolar não é um procedimento util. Ensinar cedo demais a ler, a escrever, e a contar é mesma coisa que tentar construir a parte superior do edifício antes da base. Assim tal como uma construção, a capacidade de aprendizagem da criança cresce por andares, sendo cada andar construido sobre o anterior. A criança aprenderá melhor se os seus pais e os professores lhe derem a oportunidade de aprender aquilo que é apropriado a cada etapa. Agir desta maneira exige habilidade e paciência, significa observar cuidadosamente e perceber quando é que a criança está a ficar frustrada ou aborrecida. E significa criar novas oportunidades e apenas o tipo certo de novos desafios e interesses de modo que a criança possa continuar com o processo de aprendizagem. Aprender a falar e a compreender a lingua é uma das tarefas mais dificil, mais importante, mais complicadas que a criança pequena deve enfrentar. As crianças aprendem a falar em diferentes idades. Em geral começam a falar por volta de um ano de idade. Estímulos e pratica durante estes seis primeiros ano são factores mais importantes para o sucesso da criança no processo de aprendizagem de falar, ler e escrever e para um bom desempenho escolar. Não há qualquer diferênça entre as necessidades físicas, mentais e emocionais de meninos e meninas. Ambos têm as mesmas necessidades de brincar e a mesma capacidade para todos os tipos de aprendizagem, ambos têm a mesma necessidade de amor e de aprovação. 20.7 O pai e a mãe são os melhores observadores do desenvolvimento da criança. Portanto todos os pais devem conhecer os sinais que indicam que uma criança não está a realizar progressos normais e que alguma coisa pode estar errada. O QUE A SUA CRIANÇA FAZ AOS TRÊS MESES? Segura a cabeça 36 Vira a cabeça em direcção á cores e luzes brilhantes Movimenta os olhos em direcção ás sons altos Fecha as duas mãos em forma de punho Mexe os braços e as pernas, chuta e sorrí (da pontapés) Faz ruídos baixos O QUE A SUA CRIANÇA FAZ AOS SEIS MESES? Mantém-se sentada com apoio Levanta pelos braços,e se ajuda com o corpo Segura e transfere objectos de uma mão para outra Vira a cabeça em direcção á voz e aos objectos sonoros O QUE A SUA CRIANÇA FAZ AOS DOZE MESES? Senta-se sem apoio Gatinha Fica em pé com apoio Segura objectos com o polegar e um dedo Obedece a ordem simples Manifesta afeição Fala duas ou três palavras O QUE A SUA CRIANÇA FAZ AOS DOIS ANOS? Fala duas ou três frases Reconhece pessoas, objectos e famíliares Carrega um objecto em quanto anda Repete palavras ditas por outras pessoas Alimenta-se sozinha Identifica cabelo, ouvido, nariz, apontando com o dedo O QUE A SUA CRIANÇA FAZ AOS QUATRO ANOS? Equilibra-se só com um pé Faz jogos simples com outras crianças Faz perguntas Responde ás perguntas simples Manifesta diferentes emoções Lava as mãos sozinha Indica as seis cores fundamentais O QUE A SUA CRIANÇA FAZ AOS CINCO ANOS? Fala claramente 37 Veste sem ajuda Copia um circulo, um quadrado, um triangulo Conta de cinco a dez objectos 38 CAPÍTULO 21 TÉCNICAS DE PRIMEIROS SOCORROS Condições materiais para o tratamento de feridas: Tesoura, fita adesiva, ligaduras, pensos, pano limpo e algodão água e sabão, violeta de genciana, tintura iodine; Como fazer Colocar o ferido na posição que lhe for mais comodo Descubrir por completo a parte ferida, lavar as mãos Se houver pelos ou cabelos a volta da ferida, rapar Proceder á limpeza da ferida 1. Lavar a ferida e a pele em volta com água e sabão, arrastando para fora da ferida toda a sujidade e corpos estranhos. 2. Lavar de novo com água fervida ou desinfectada 3. Enxugar com gaze 4. Desinfectar a pele á volta da ferida com tintura de iodine 5. Cobrir a ferida com gaze esterilizada 6. Segurar a gaze com legadura ou triangulo de pano ou adesivo Observações Utilizar sempre material esterilizado e ter todo o material sempre preparado As feridas profundas penetrantes ou extensas devem ser enviadas para o centro de saúde Mudar o penso de três em três dias 21.1 REDUÇÃO E IMOBILIZAÇÃO DE FRACTURAS Perante qualquer fractura de braço ou perna Material: Talas ou jessos Pedaços de esteira, pãus, bambu, algodão ou pano, ligaduras ou lenços triangulares Como fazer 1. Pôr o membro numa posição natural, sem forçar, pedindo a outra pessoa que o ajude a mante-lo nessa posição. 2. Forrar as talas com algodão ou com pano 3. Fixar as talas ao membro utilizando as ligaduras ou lenços triangulares imobilizando as articulações logo acima e logo abaixo da fractura. 4. Existe maneira diferentes de imobilizar os membros fracturados. Observações Se houver uma ferida pela qual os ossos saem para fora (fracturas expostas) não mexer, cobrir com gaze e adesivo e enviar para o centro de saúde. 39 Como fazer uma maca ou padiola Indicações – para o transporte dum doente ou ferido grave Material – cordas, dois paus fortes, dois metros de cumprimento dum cobertor forte. Observações – com uma madeira, com uma porta, com uma escada, com um cobertor e dois paus. Arrastar a maca Abraçar o doente Duas pessoas sãs levar o doente sobre os braços Pôr no colo Levar o doente de costa se tiver perigo de choque ou grave hemorragia, pôr a cabeça mais baixa que as pernas e cobrir o doente com cobertor. se o doente estiver sem consciência ou vomitar, pôr em posição de segurança. Sempre que uma pessoa cair de uma árvore ou leve pancada na coluna, e não possa depois andar ou mexer as pernas, suspeitar de fractura de coluna (uma maca dura e quatro pessoas). Observações: nunca mexer no doente se estiver sozinho e nunca forçar o doente a sentar-se ou andar. As fracturas de coluna podem provocar lesões graves que conduzem á paralesia e mesmo á morte. 21.2 POSIÇÃO DE SEGURANÇA PARA DOENTES NÃO CONSCIENTES Indicações – para qualquer pessoa que perdeu a consciência Como fazer com rapidez, calma e vigilância 1. Ajoelhar-se junto ao doente e puxando pelo ombro ou pela anca 2. Volta-lo para um dos lados 3. O corpo virado para um lado, junto com a cabeça: esta posição salvou a vida de muitas pessoas que de outra maneira teriam morrido sufocados (barriga) Observações – verificar se a boca está livre de vómitos, sangue, ou corpos estranhos, passando um dedo pelo interior da boca. N.B. nunca deixar o doente não consciente deitado de costa. 21.3 RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL Indicações – em todos os casos de asfixia, falta de ar, etrangulamento, afogamento, corpo estranho na garganta, perda de consciência, por brazeiro num quarto fechado ou por gaz. 40 Como fazer 1. 2. 3. 4. 5. Com um dedo retirar o corpo estranho na boca ou garganta Inclinar a cabeça do doente para atraz e apertar o nariz dele Soprar na boca do doente até que o peito dele se levante Fazer uma pequena pausa, inspirar profundamente Soprar novamente. E’preciso continuar muito tempo, se o torax do doente não levantar, pode ser que haja obstruição na garganta. Se o doente for criança soprar delicadamente cobrindo a boca e nariz. 21.4 MASSAGEM CARDÍACA Indicações – Depois de algum tempo de respiração artificial o doente não continua a respirar Como fazer- rapidez, calma e com técnica apropriada 1. Deitar o doente de costas 2. Com as palmas das mãos apoiadas uma sobra outra fazer uma rapida, intensa compressão sobre a metade inferior do peito. Repetir 15-20 vezes com golpes rápidos e executar em seguida duas rápidas respirações boca a boca. 3. Continuar até se observar melhorias no doente, ou então até que haja dúvida da morte. Observações – nas crianças devem fazer-se uma compressão muito menor utilizando apenas dois dedos. 21.5 CUIDAR DE UM DOENTE EM CHOQUE Indicações – Quando se suspeitar que o doente vai entrar em choque, após a hemorragia, dores fortes, fracturas, queimaduras graves, deshidratação grave. Sinais de choque – Entorpecimento mental – Dilatação da pupila – Suor, frio – Palidez – Nauseas – Respiração superficial e frequente – Grande fraqueza – Pulso frequente e fraco Como fazer 1. Analizar qual possa ter sido a causa de choque: se for hemorragia bloquear com um pano ou ligadura, se for queimadura dar a beber líquidos, se for deshidratação fazer rehidratação horal, se for fractura imobilizar com uma tala ou jesso. 41 2. Tomar as medidas anti-choques Colocar o doente em posição anti-choque e cubrir o doente com cobertor e dar a beber chá quente 3. Enviar de urgência para o centro de saúde Observações: o choque é uma situação muito grave provocada por várias causas e naqual se verifica um estado agudo de diminuição da vitalidade do indivíduo e perigo da morte. 21.6 BLOQUEAMENTO DE HEMORRAGIA Indicações – qualquer hemorragia externa: existem as hemorragias arteriais (sangue vermelho, vivo e que sae em jacto intermitente) e as venenosas (sangue mais escuro que sae de forma continua). Material – Geralmente improvisados (gazes ou pano, lenços, garote feito com tubo de borracha ou com tira de pano largo ou com um cinto pequeno, pedaço de madeira). Como fazer (sempre possível no próprio local de acidente e o mais cedo possível). Pequenas hemorragias – fazer um pequeno penso compreensivo sobre a ferida, pôr várias comprensas de gazes ou pano limpo dobrado apertado com uma ligadura ou com a nossa própria mão. Grandes hemorragias 1. Colocar um garote (braço ou perna) ou fazer compressão manual 2. Fazer o penso sobre a ferida 3. Prevenir o estado de choque 4. Enviar de urgência para o centro de saúde Pontos de compressão manual: pescoço, braço, pulso, tornozelo, múscolo acima do joelho Observações: aplicações de garote improvisado. Sempre que aplica um garote, deve fazer-se um apontamento da hora a que ele foi posto. O garote deve ser ligeiramente aliviado de hora a hora nas hemorragia venenosas. Num membro deve levantar o membro para cima e mante-lo nessa posição durante alguns minutos. 21.7 CONDUTA PERANTE FERIDOS DE GUERRA (perigo de hemorragia mortal, choque, tétano ou outras infeções e minas) 1. Parar a hemorragia – se a hemorragia for grave: aplicar garote ou compressão manual; se de menor gravidade: aplicar penso compreensivo. 2. Reanimar o doente se ele não respirar; aplicar a respiração artificial se for necessario e a massagem do coração. 42 3. Cobrir as feridas com gazes e lenços triangulares sem perder muito tempo. 4. Mobilizar o membro atingido por uma tala. 5. Prevenir o choque (deitar o doente ferido com a cabeça mais baixa do que o resto do corpo cobrindo com um cobertor) 6. Enviar de urgência para o centro de saúde ou hospital 21.8 FERIDAS POR BALAS OU ESTILHAÇOS (são sempre perigosas, lesões de orgão profunda, hemorragia interna, tétano, outras infeções) 1. Cubrir imediatamente a ferida com gaze esterilizada ou pano limpo, não tentar explorar a ferida em profundidade, fixar a gaze com adesivo ou ligadura ou pano triangular. 2. Colocar o doente numa maca e cobri-lo com uma manta para prevenir o choque, o doente deve ficar na posição em que se sentir mais comodo deitado ou sentado. 3. Não dar a beber líquidos nem comida. Se o ferido tiver sede, molhar os lábios de vez em quando. 4. Enviar de urgência para o centro de saúde ou hospital. 21.9 MORDEDURA DE CÃO Indicações – Sempre que alguém for mordido por um cão Material: penso, tintura iodine Como fazer – lavar a ferida com água e sabão, desinfectar com tintura iodine e aplicar o penso. 1. Se o cão tiver seguramente a raiva mata-lo e enviar o doente para o hospital (perigo de morte) 2. Se o cão estiver só suspeito de raiva e for capturado não se deve mata-lo mas amarra-lo durante dez dias e observa-lo se apresentar sinais de raiva. Se não apresentar não há perigo. 3. Se não ser possível prender o cão enviar sempre o doente para o centro de saúde. Observações: sinais de raiva – deixar de comer, tornar-se agressivo, babar, não ladrar como habitual e tremer. 21.10 MORDEDURA DE COBRA Indicações – em todos os casos em que a pessoa foi mordida por uma cobra Material – penso, ligadura ou tiras de pano forte, tintura iodine Como fazer – utilizar, sempre que possível, remedios tradicionais 1. Lavar a ferida com água e sabão e desinfectar 2. Se for um membro: colocar uma ligadura apertada mais de maneira que o sangue circule, ao longo de todo o membro 3. Imobilizar o membro atingido 4. Enviar para o centro de saúde 43 CAPÍTULO 22 Módulos de relatórios Relatório narrativo Relatório estatístico Relatório narrativo: é descrever todas as actividades programadas e exercitadas durante um determinado periodo. Relatório Estatístico: é o lançamento de todos os números e respectivos gráficos de avaliação que o projecto preconiza. 44 Módulo narrativo: KULIMA:CHOKWE (organismo para o desenvolvimento socio-economico-integrado) Att: Coodernador provincial do programa Assunto : Relatórios das actividades referentes ao mês de ______ ano ________ A Kulima no distrito de __________, localidade de ______________ tem vindo a desenvolver as actividades da E.P.S junto às comunidades locais, onde tem havido ainda influência das pessoas nas palestras e também nas formações dos grupos voluntários.__________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ _____ Modulo estatístico Ficha 1 Zonas Chilocuane Chidoachine Total Grupo form 4 6 10 Grupo ident 5 7 12 Vol – voluntários For-Formadores Gr-Grupos Ident-Identificados. 45 Temas Malaria Diarreia 2 NºFormações 12 18 30 Nº de valu 36 48 84 PALESTRAS FEITOS PELOS TÉCNICOS DA KULIMA Zona Pop- População Pal- Palestra Vol- Voluntários Trb- Trabalhadores Tema Casa Nº P Nº C Hospital Bomba Mercado Escola Empresa Grupo Coletânia Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº PoP PoP PoP PoP PoP PoP PoP PoP C- Casas Af- Agregado familiar Al- Alunos Soma total- palestra + palestra + palestra = …… 47 Soma total- agregado familiar + trabalhadore + alunos + população= …… participantes Casas = ……. Palestras dos elementos satélites Zonas Chilocuane Chiduachia Temas Malária Diarreia Local Mercado Sede NºPal 1 1 NºPopu 55 43 Total 2 2 2 98 48 Palestras dos elementos voluntários Zona Tema Casa Nº P Nº C Hospital Bomba Mercado Escola Empresa Grupo Coletânia nº Vol. Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº Nº P Nº PoP PoP PoP PoP PoP PoP PoP PoP 49 Supervisões previstas - ……. Data Zona Feitos Não feitos Local Tema N./for N/Pale stras N/Part. Total M-Malária D- Diarreia B-Bilharziose V- Vacina Pf- Planeamento famíliar S- Sida Msr-Maternidade sem risco DTS H- Higiene LMA- Leite Materno e Alimentação C- Colerá TEATRO Data Zona Tema N. Actor TOTAL 50 N. Vol N. Pop. Dur. Min. Ficha 2 KULIMA Ficha de controlo das actividades Supervisor :_________ Distrito :____________ Localidade :_________ Data Zona Tema Ano: ______ Mês: ______ N/for. N/Pal. N/Sup N/Vol N/Sat N/Part N/Casas+ Agregados. / / / / / / / / / Total NB : Positivo : ! Negativo : ! O Coodernador _____________ 51 FICHA 3 KULIMA Anotações e as supervisões Distrito : __________________ Localidade:_________________ Ano: _________ Mês: _________ Crítica______________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ______________________________________________________ Problemas encontrados ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ____________________________________ Soluções possíveis: ______________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ _____________________________________________ Sugestões:___________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ _____________________________________________________ DATA : SUPERVISOR 52 Ficha técnica Kulima Programa EPS Plano de actividades MÊS TAREFA Distrito: Localidade: Aldeia: Ano: EXECUTOR COLABORADOR Data:___/___/_______ SEMANA OBSERVAÇÕES O supervisor do programa _____________________ 53 Ficha 4 KULIMA Plano de actividades mensais Ficha técnica Kulima:_____________ Programa EPS:___________ Plano de actividades:___________ Domingo Segunda Terça Quarta Distrito:__________ Localidade: ________ Aldeia:______________ Ano:____________ Quinta Sexta Sábado Observ. OBS.:_______________________________________________ Comunidades de __________________ Data: ___/___/_____ Supervisor _____________ 54 Resumo dos dados de actividades FORMAÇÃO Temas : ______________________________ Formações feitas:_______________________ Voluntários presentes :___________________ Palestra dos Técnicos da KULIMA Nº de Palestra: __________________ Nº População: ___________________ Temas: ________________________ N.de teatro: _____________________ Número de casas: _________________ Número de agregado famíliar: _______ Satélites Nº de Palestras: _________________ Nº de População: _________________ Tema: ________________________ Número de casas: _________________ Número de agregado famíliar: _______ TOTAL GERAL Palestra dos Grupos voluntários Nº Palestras: ____________________ Nº Voluntários: _________________ NºParticipantes: ________________ Temas: _______________________ Número de casas: _________________ Número de agregados famíliares: ____ temas:_________ N/Form.________ N/Palestras______ N/Popul.________ N/Casas________ N/Agreg.Fam____ N/Animad.______ N/Vol._________ N/peças Teatr.___ N/Super.________ Supervisões: Num._ Número de formações:___________ Nº Voluntários: ________________ Nº Participantes: _______________ Nº Temas: ____________________ N.de teatro: ____________________ GENERO Número de casas: _________________ Número de agregado famíliar: _______ NOÇÕES DE HOMENS: ______ MULHERES:______ Actividades Imprevistas: ________________________________________________ Problemas Encarados: __________________________________________________ Possíveis soluções: ____________________________________________________ Sugestões: ___________________________________________________________ 55 Perspectivas do mês ____________________________________________ seguinte: Maputo aos ___________ de _________________ Supervisor KULIMA Circular nº / Metas a serem alcançadas durante o mês: Supervisor Animador Satélite Grupo voluntário Formações Min =15 Max =20 Min 45 Max=90 Min=________ Max=_______ Min=_________ Max=__________ Animador ___________ Coodernador ___________ 56 Palestras Min =15 Max =20 Min=60 Max=120 Min=45 Max=90 Min=30 Max=60 57 CAPÍTULO 23 Elaboração do material do campo I. 1. Fotocópia-se as folhas A4 ou A3 e pintam-se as figuras ou desenhos com lápis de cor 2. Abrem-se o plástico colante e corta-se na medida de folha A4 ou A3 tendo pequenas arestas. 3. No vértice do plástico colante deverá haver uma separação entre o plástico e o papel, dobrando-o, para facilitar a descartagem. II 1. 2. 3. 4. A mesinha já esposta, começamos com o processo de colagem. Coloca-se a folha na mesa com o verso virado para cima papel nº1 Leva-se a cola de papel e põe-se por cima. Sobrepõe-se a outra folha com o verso virado para baixo, papel nº2 frixiona-se com as mãos e as folhas 1 e 2 colam-se. 5. Separamos o papel colante, colocamos as duas partes da folha 1 e 2 assim, sucessivamente em ordem crescente. 6. Leva-se uma tesourinha e alinha-se os 4 lados da folha. 7. Levamos uma fita cola grossa e transparente, e abrimos. 8. Colocamos duas folhas em cima da mesa plana sendo pagina 1 e 4, e colamos com fita cola ao meio de duas partes sendo: partes pares a esquerda e partes impares a direita. 9. Assim prosegue-se a encadernação do album seriado. 10. Depois de tudo cortamos nos cantos a fita, colamos, embelezamos o nosso trabalho e assim já temos o album seriado feito e podemos dar formações e palestras á comunidade. RESUMO Superfície – Deve ser previamente limpa e seca Colocação – medir a superfície a cobrir, cortar o adesivo nas dimensões pretendidas, contando com uma margem de alguns centímetros; aplicar, levantando pouco a pouco, o papel de suporte. Alisar com as mãos partindo do meio, para retirar bolhas de ar. Se subsistirem as bolhas elimine-as com a ajuda de um alfinete ou agulha. Manutenção – lavar o adesivo ou colante com a ajuda de água e sabão. 58 CAPÍTULO 24 Trabalho comunitário O trabalho comunitário, para ser bem sucedido, necessita duma breve avaliação do nível de conhecimento que a comunidade pode atingir em relação á sua propria vida nos aspectos do meio ambiente. Será um processo de melhoramento gradual de vida das comunidades incidindo nos aspectos como: Definição e sastifação dos interesses da comunidade Definição de estratégias de acção mútua Comunidade como denominadora do processo. Incentivar o espirito participativo na comunidade para o seu benefício. Virá conhecer o que a comunidade quer e como ela quer que se faça dentro dela. Desenvolvimento comunitário É a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida e promover a saúde comunitária pública e a eficiência física e mental através dos esforços organizados da comunidade. Hoje o desenvolvimento comunitário (DC) é visto na óptica de sustentabilidade ecológica e económica, respeito pela cultura e tradições locais e diversidade para uma modernização eficaz. O trabalho comunitário é uma colaboração directa com a comunidade no exercício das tarefas. Avaliação da fomação Metodologi a Visual Logistica M. Bom Bom Suf Med Mau 59 Material usado Total Grafico percentual dos dados anuais 100% 80% 60% 40% 20% Jan Fev Mar Abr Barras de Marcação. 60 Mai Jun Jul ago CAPÍTULO 25 ÁRVORE DE IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ÁRVORE DO PROGRAMA Coodernador do programa Supervisor Animador Satelite Grupo voluntário Comunidade 61 Caminhos para implantação e implementação do programa Ministério Governo Provincial ou Direcção Provincial da Saúde Governo distrital DDS Municipio SESP Vereador da área Secretário Chefe da Zona Lider comunitário Lider comunitário Comunidade grupo alvo Comunidade grupo alvo 62 CAPÍTULO 26 Plano geral de actividades do programa de EPS (O plano deve ser elaborado pelo coordenador, pelo supervisor e pelos animadores) 1. 2. 3. 4. 5. Contácto com os líderes comunitários para explicar o programa Selecção dos candidatos na comunidade (feito por líderes comunitários) Formação – curso de saúde comunitária Candidatos selecionados (aprovados no curso) Fazer o levantamento de base dos dados epidemiológicos - estudo CAP – (Conhecimentos de Atitudes Práticas) 6. Divisão da zona em áreas e distribuição dos animadores 7. Inicio das palestras 8. Identificação dos elementos que vão formar os grupos de voluntários e a respectiva formação. 9. Reciclagem dos animadores (manutenção de routina) 10. Palestras em coletânea (grupos dos animadores) 11. Formar grupos fortes de actividades 12. Formar um grupo teatral 13. Identificar e notificar os doentes para dirigir-se ao posto de saúde mais próximo 14. Fazer visitas domiciliares 15. Mobilizar a camada jovem para a mudança de comportamento 16. Mobilizar e educar as mães sobre os cuidados com crianças menores de 5 anos 17. Elaborar e mobilizar o material suficiente, e eficiente para divulgar as mensagens 18. Traçar novas estratégias para estancar a disseminação das epidemias 19. Em alguns casos divulgar os direitos da criança (se possível) 20. Realizar encontros mensais com a saúde e outros parceiros do ramo junto aos líderes comunitários 21. Realizar encontros amigáveis entre grupos de voluntários e os animadores 22. Fazer supervisões continuas 23. Continuar a consolidar as boas iniciativas 24. Elaborar os relatórios conforme o calendário estabelecido no programa 25. Para avaliar o impacto do projecto é preciso fazer o seguinte: - fazer o estudo inicial: inquérito de levantamento de base; - fazer a avaliação intermédia; - fazer a avaliação final; 26. Elaborar o relatório final do projecto e as perspectivas para o passo seguinte 63 NOTA FINAL Este livro deve ser guardado num lugar com temperatura que varia entre os 0ºc a 30ºc num lugar seco, se não as imagens e as mensagens podem se destruir facilmente. Leia e estude, analize todas estas mensagens de saúde. Ajudem-nos a divulgá-las no seio da sua família, no seu bairro, na sua aldeia, na sua cidade ou em qualquer parte onde estiver. Muito Obrigado a todos os colaboradores! 64 Kulima Organismo Para o Desenvolvimento Sócio Económico Integrado - Moçambique A Kulima, é uma ONG Moçambicana a funcionar desde 1984 no desenvolvimento sócio económico integrado. Estamos particularmente cingidos nas zonas rurais (comunidade de base) em todo território moçambicano. O termo Kulima é muito comum em línguas bantu e significa "lavrar a terra" ou "Cultivar." O nome está directamente relacionado à história da Kulima, que tem sempre trabalhado com as comunidades rurais cujo sustento diário provém da terra. Temos já catalogados 15 anos de experiência em Desenvolvimento Sócio-Económico Integrado, assim como 10 anos de treinamento e apoio ao Movimento Associativo Moçambicano. Já implementamos projectos de desenvolvimento em 7 Províncias do País (Maputo, Gaza, Manica, Inhambane, Sofala, Zambézia, Nampula) e em mais de 30 distritos. A sede da Kulima que se encontra na capital de Moçambique, favorece a ligação entre todas as bases provínciais; assume contudo a dinámica de participação regional, a nível da África Austral e dos Países PALOP. Periodicamente, dependendo dos abjectivos assumidos entramos em coordenação com dinâmicas sociais mundiais, tais como: Bejing (Promoção da mulher), Stocolma (Exploração infantil) e Porto Alegre (Fórum Social Mundial), entre outros. Estamos convictos que um país pobre como Moçambique possui potencial interno para o seu desenvolvimento, e é em base nestas potencialidades, que a Kulima pretende facilitar o desenvolvimento sustentável das comunidades a médio e longo prazo Avenida Karl Marx, 1452, CP 4044, Maputo, Moçambique Tel: +258-1-430665 Fax: +258-1-421510 e-mail: kulima@mail. tropical.co.mz 65