FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO ERIKA NAKATA DOS SANTOS CONTRIBUIÇÃO DA AVIFAUNA COMO INDICADOR DA INTEGRIDADE AMBIENTAL NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE HOLAMBRA – SP SÃO PAULO 2014 ERIKA NAKATA DOS SANTOS CONTRIBUIÇÃO DA AVIFAUNA COMO INDICADOR DA INTEGRIDADE AMBIENTAL NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE HOLAMBRA – SP Dissertação apresentada à Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas – EESP – FGV, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Agronegócio. Campo de conhecimento: Agronegócio Orientador: Prof. Dr. Pedro Jacob Christoffoleti SÃO PAULO 2014 Santos, Erika Nakata dos. Contribuição da avifauna como indicador da integridade ambiental na estação experimental de Holambra - SP / Erika Nakata dos Santos. – 2014. 162 f. Orientador: Pedro Jacob Christoffoleti Dissertação (MPAGRO) – Escola de Economia de São Paulo. 1. Proteção ambiental. 2. Agricultura. 3. Estação experimental de Holambra (SP). 4. Ave. 5. Diversidade biológica - Conservação. 6. Impacto ambiental. I.Christoffoleti, Pedro Jacob. II. Dissertação (mestrado) – Escola de Economia de São Paulo. III. Título. CDU 631.117 ERIKA NAKATA DOS SANTOS CONTRIBUIÇÃO DA AVIFAUNA COMO INDICADOR DA INTEGRIDADE AMBIENTAL NA ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DE HOLAMBRA – SP Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Economia da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas – EESP/FGV, como requisito para a obtenção de título de Mestre em Agronegócio. Data de Aprovação: __/__/____ Banca examinadora: __________________________________ Prof. Dr. Pedro J. Christoffoleti (Orientador) EESP – FGV __________________________________ Dra. Rosemarie de S. Oliveira Rodrigues SYNGENTA __________________________________ Profa. Dra. Maurea Nicolleti Flynn UNICAMP Aos meus Pais e meus amores Daniel e Fernando AGRADECIMENTOS Ao prof. Dr. Pedro Jacob Christoffoleti pelo suporte, confiança, foco e orientação. A profa. Dra. Maurea Nicolleti Flynn pela valiosíssima colaboração para este trabalho e a disponibilidade para ajudar sempre. A Dra. Rosemarie de Souza Oliveira Rodrigues pelo auxílio na escolha do tema, sugestões e por tornar possível a publicação destes dados. Ao Msc. Rodrigo Girardi Santiago pelo lindo trabalho de campo, por estar sempre disponível e por compartilhar seu vasto conhecimento na área. Sem seu esforço e profissionalismo este trabalho não seria possível. Ao Msc. Carlos Caressato pela paixão dedicada ao trabalho e à natureza, pelas aulas de filosofia e pela disposição em ajudar. A profa. Dra. Gisela Yuka Shimizu pelo apoio e gentileza. A meus pais e minha irmã, que são meu alicerce. Ao coordenador do curso prof. Dr. Ângelo da Costa Gurgel e ao monitor do curso Alexandre de Angelis, sempre acessíveis e gentis. Aos colegas da MPAGRO 5 pela amizade e companheirismo. A Maria Eugênia Gregoris Pagano pelo incentivo. A todos os colegas da Syngenta que colaboraram na realização deste trabalho, em especial os funcionários da Estação Experimental de Holambra e do departamento de Registro, principalmente Irene, Décio, Ana, Fer, Dani, Paty e Cris pelo suporte quando mais precisei. Em especial ao meu companheiro Fernando e meu filho Daniel que me dão força em todas as minhas atividades, pela compreensão e amor. RESUMO Os agricultores têm o importante papel de alimentar uma população crescente, fornecer matéria prima para inúmeras indústrias e para a geração de energia, tudo de forma saudável e sustentável. Também está nas mãos dos agricultores a grande responsabilidade de manter uma área de preservação em suas propriedades para garantir a qualidade do solo e água e conservação da flora e fauna. O novo código florestal - Lei nº. 12.651 de 25 de maio de 2012 - estabelece que todas as propriedades rurais devem manter áreas de reserva legal e de preservação permanente. A Estação Experimental de Holambra, estudada nesta dissertação, segue a Lei vigente. Esta Estação Experimental é uma pequena propriedade da multinacional Syngenta, localizada no município de Holambra, onde são testados agrotóxicos e sementes para fins de registro e pesquisa. Nesta propriedade são seguidas as boas práticas agrícolas, de tal forma que não ocorram contaminações de solo e água ou erosão. As áreas de preservação são de mata nativa e reflorestamento e são mantidas sem perturbações antrópicas. Foram feitos levantamentos da avifauna nas áreas de preservação permanente e de reserva legal nos anos de 2003, 2005, 2010 e 2013. Os dados de levantamento da avifauna indicaram uma tendência de aumento de diversidade e riqueza específica no decorrer dos anos. Além disso, foi visto um aumento de aves florestais, de cerrado e aquáticas, assim como aves com um perfil menos oportunista e de média sensibilidade às alterações antrópicas. Estes dados indicam uma evolução no índice ambiental da área. Apesar do uso intenso de insumos agrícolas na Estação Experimental, não foram encontradas aves mortas ou com sinais de intoxicação. Além disso, foram encontradas diversas aves de topo da cadeia alimentar, que poderiam estar acumulando toxinas, mas que cresceram em riqueza específica durante os levantamentos. Estes dados demonstram que as atividades da estação experimental não estão impactando a avifauna e que a manutenção e cuidado criterioso da área de preservação e seus arredores podem contribuir para a conservação da biodiversidade local. Palavras Chaves: boas práticas agrícolas, área de preservação, aves ABSTRACT Feeding a growing population is a very important role of farmers, beside that they must also provide raw materials for many industries and ethanol, all in a healthy and sustainable way. Also lies in their hands the great responsibility of maintaining a conservation area on their property to ensure the quality of the soil and water and the conservation of the flora and fauna. The new forest act - Law 12.651 of May 25th, 2012 - states that all farms must maintain areas of preserved natural vegetation. The Holambra Experimental Station - cited in this dissertation - follows the current Brazilian legislation. This Agricultural Experimental Station is a small property located in Holambra city and belongs to the multinational company Syngenta. There pesticides and seeds are tested for future registration or just for research. This property is in accordance with the good agricultural practices so that erosion, soil and water contamination are avoided. The conservation areas, including native vegetation and reforestation areas, are maintained without any anthropogenic activities. Bird survey was made in the conservation areas in this small property in 2003, 2005, 2010 and 2013. The data indicated a trend of increasing diversity and species richness over the years. Moreover, it was seen an increase of forest birds, waterbird and “cerrado” birds, as well as birds with a less opportunistic profile and medium sensitivity to anthropogenic changes. These data indicate a supportive change in the area environmental index .Despite the intense use of agricultural fertilizers and pesticides at the Experimental Station no dead or intoxicated birds were found. In addition, several birds from the top of the food chain, which could accumulate toxins, grew in species richness along the surveys. These data demonstrate that the activities of the Agricultural Experimental Field are not impacting the birds and the careful maintenance of the conservation area and its surroundings can contribute to the conservation of local biodiversity. Key words: good agricultural practices, conservation area, Bird LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Mapa da região de Holambra 24 Figura 2 - Vista aérea da Estação Experimental Syngenta em Holambra – SP e imagens de diferentes paisagens correspondentes aos números identificados na imagem principal. 27 Figura 3 - Foto da área de reflorestamento da Estação Experimental de Holambra 32 Figura 4 - Parte da Planta da Estação Experimental de Holambra 33 Figura 5 - Comparação da riqueza específica da avifauna (nº. total de espécies encontradas) nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013. 41 Figura 6 - Diversidade da avifauna nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013. 42 Figura 7 - Distribuição da avifauna encontrada na estação experimental de Holambra nos quatro anos do levantamento, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. 45 Figura 8 - Distribuição da avifauna encontrada na Estação Experimental de Holambra no levantamento de 2003, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. 46 Figura 9 - Distribuição da avifauna encontrada na Estação Experimental de Holambra no levantamento de 2005, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. 46 Figura 10 - Distribuição da avifauna encontrada na Estação Experimental de Holambra no levantamento de 2010, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. 47 Figura 11 - Distribuição da avifauna encontrada na Estação Experimental de Holambra no levantamento de 2013, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. 47 Figura 12 - Número total de espécies da família Tyrannidae (Ordem Passeriformes) encontradas nos levantamentos da avifauna na Estação Experimental de Holambra em 2003, 2005, 2010 e 2013. 48 Figura 13 - Composição relativa das espécies da avifauna encontradas na Estação Experimental de Holambra nos anos de 2003, 2005, 2010 e 2013, quanto a seus habitats típicos. 49 Figura 14 - Número total de espécies de aves típicas de habitats florestais, cerrado, aquático e generalista, encontradas nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013 na Estação Experimental de Holambra. 49 Figura 15 - Composição relativa das espécies de aves encontradas na Estação Experimental de Holambra nos anos de 2003, 2005, 2010 e 2013, conforme seus hábitos alimentares. 51 Figura 16 – Número total de espécies frugívoras encontradas na Estação Experimental de Holambra nos anos de 2003, 2005, 2010 e 2013. 52 Figura 17- Número total de espécies de aves que ocupam o topo da cadeia alimentar (aves raptoras e carniceiras) encontradas nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013 na Estação Experimental de Holambra 53 Figura 18 - Sensibilidade das espécies de aves encontradas na Estação Experimental de Holambra quanto a modificações de seu habitat nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013. 54 Figura 19 - Histograma mostrando a proporção de espécies em cada grupo ecológico nos levantamentos de 2003(1), 2005(2), 2010(3) e 2013(4) 56 Figura 20 - Distribuição das espécies nos levantamentos da avifauna de 2003, 2005, 2010 e 2013, classificadas quanto ao grau de perturbação sofrido. 57 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Relação entre Índice AMBI, grupo ecológico (G.E.) dominante, e integridade ambiental. ............................................................................................... 40 Tabela 2 - Classificação taxonômica (Ordem e Família), com autoria e data da descrição dos táxons, das aves encontradas na Estação Experimental de Holambra. ................................................................................................................................ 156 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMBI – AZTI Marine Biotic Index CBRO - Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos CEO - Centro de Estudos Ornitológicos CIBio - Comissão Interna de Biossegurança CQB - Certificado de Qualidade em Biossegurança CTNBIO - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança DDT - Dicloro-Difenil-Tricloroetano EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nation IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE-SIDRA – Sistema IBGE de Recuperação Automática SDA – Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária Abastecimento WWF – World Wide Fund for Nature SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO 14 2- REVISÃO DE LITERATURA 17 2.1 Agricultura, ambiente e legislação brasileira 17 2.2 Levantamentos da fauna silvestre 21 3- MATERIAL E MÉTODOS 24 3.1. Descrição do local - Holambra 24 3.2. Descrição da Estação Experimental de Holambra 27 3.3. Levantamento da avifauna 34 4- RESULTADOS E DISCUSSÃO 41 5- CONCLUSÃO 58 REFERÊNCIAS 60 APÊNDICES 68 ANEXOS 161 14 1 - INTRODUÇÃO A boa convivência entre homens e o ambiente em áreas agricultáveis e entorno é primordial para a manutenção da biodiversidade. De acordo com Ricklefs (2003) a chave para a sobrevivência da população humana é a manutenção de uma biosfera sustentável e a conservação dos processos ecológicos responsáveis por sua produtividade. Odum (1988) descreveu que a biosfera é moldada por forças alogênicas, como mudanças climáticas e forças autogênicas, como as atividades de organismos no ecossistema. Estes conceitos reforçam a importância de uma coexistência entre as atividades humanas e a conservação do ambiente. Conservar a fauna silvestre é importante por motivos socioambientais, ecológicos e para a sobrevivência da nossa espécie, mas também pode apresentar vantagens econômicas, visto que algumas espécies se alimentam de pragas agrícolas, outras são importantes para a polinização e produtividade de espécies nativas e agrícolas e, ainda outras promovem a disseminação de sementes de espécies nativas importantes na formação de áreas de preservação que permitem a manutenção de nossos mananciais, solos e clima. O fato é que para conservar o planeta como o conhecemos e a nós mesmos e ainda seguir o Artigo 225 da Constituição Federal de 1988: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo‑se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá‑lo para as presentes e futuras gerações.[...] (BRASIL,1988) 15 é necessário em ambientes agrícolas encontrar um ponto de equilíbrio entre a produção vegetal, a conservação da fauna e flora locais e a qualidade da água. Os agricultores têm a missão de alavancar a produtividade sem aumentar a área agricultável e sem avançar em áreas preservadas, mantendo suas áreas férteis, entregando alimentos saudáveis e matéria prima para inúmeras indústrias, além de auxiliar na geração de combustível e energia. Segundo Food and Agriculture Organization - FAO (2010), em 2050 o planeta terá 9 bilhões de habitantes. A World Wildlife Fund - WWF, usando dados de demanda de recursos naturais de 1961 a 2008, fez uma projeção que mostra que para prover 9 bilhões de pessoas em 2050, serão necessários 2,9 planetas Terra (WWF, 2013). Neste cenário, como alimentar toda a população mundial e ainda assim conservar a diversidade de nossas fauna e flora, e a qualidade de nossas terras e águas? As boas práticas agrícolas podem auxiliar o agricultor nesta missão. Boas práticas agrícolas são tecnologias adotadas para se conseguir um produto final de qualidade através de um processo altamente produtivo e sustentável; isto é, tecnologias eficazes que asseguram a manutenção de nossos recursos naturais, não gerando contaminantes que serão prejudiciais à natureza e permitindo a coexistência com a flora e fauna locais. Consideram-se boas práticas agrícolas atividades como: conservação do solo, controle de erosão, ações para evitar o assoreamento de corpos d’água, uso correto de insumos, destinação correta de resíduos e lixo, conservação de áreas de mananciais e de áreas de conservação da fauna e flora. O código florestal brasileiro – Lei Federal nº. 12.651, de 25 de maio de 2012, prevê que os agricultores devem manter uma área de preservação 16 permanente e também uma área de reserva legal, cujos tamanhos dependem da região do Brasil, características e área da propriedade. Estas áreas de preservação (áreas de preservação permanente e reserva legal) têm o papel de garantir a conservação dos recursos hídricos, da estabilidade geológica e da biodiversidade bem como assegurar o bem-estar das populações humanas. Além disso, as áreas de preservação podem formar corredores ripários importantes para a manutenção da fauna silvestre e da biodiversidade. (BRASIL, 2012) Perturbações antrópicas, como desmatamento ou poluição da água e solo, podem ter impacto maior ou menor na fauna silvestre, dependendo dos níveis de tolerância e sensibilidade de cada espécie e, consequentemente, pode ocorrer uma alteração no equilíbrio dinâmico das comunidades, o que leva à redução da densidade ou até mesmo à extinção de algumas espécies do microbioma. A escolha do levantamento da avifauna como ferramenta de estudo ambiental se deve aos seus hábitos conspícuos, à possibilidade de registro sonoro, à disponibilidade de bibliografia e até mesmo a seu apelo popular. Além disso, este foi o grupo com maior diversidade e abundância encontrado nos levantamentos da fauna silvestre de vertebrados na Estação Experimental de Holambra (SANTIAGO, 2013). Este trabalho tem como objetivo avaliar a possibilidade de uma fazenda de agricultura intensiva manter uma área sustentável de conservação da fauna silvestre, usando como indicador ambiental a avifauna avaliada nos anos de 2003, 2005, 2010 e 2013. 17 2 - REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Agricultura, ambiente e legislação brasileira De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura - FAO seremos mais de 9 bilhões em 2050, e estima-se que a produção agrícola deverá crescer 70% para atender a esta demanda (FAO, 2010). Desde o início da década de 60, a produção de alimentos cresceu aproximadamente 145%; porém, neste mesmo período, o crescimento da área agricultável no planeta aumentou 11% (PRETTY, 2008). Isto se deve em grande parte ao uso de diversas tecnologias, como o emprego de insumos, máquinas agrícolas e sementes mais produtivas. Porém, segundo Parker (2011), para produzir mais alimentos não basta apenas aumentar o uso de tudo que já é usado atualmente. O uso indiscriminado de insumos, por exemplo, pode degradar o ambiente e comprometer outros recursos extremamente importantes para a produção agrícola, como a água e até o clima e, em contrapartida, diminuir a produção a longo prazo. Observa-se que o crescimento da produção agrícola por área tem diminuído ultimamente (CONWAY, 1998). Se não ocorrer um novo salto tecnológico com aumento de produtividade agrícola nas mesmas proporções do aumento da população, a área agricultável teria que aumentar, e este aumento de área ou até 18 mesmo sua manutenção dependerá do seu custo de oportunidade, problemas de desertificação e avanço em áreas atualmente preservadas. Balmford, Green e Scharlemann (2005) fizeram uma projeção que constatava que para atender à demanda de alimento em 2050, considerando-se as 23 culturas mais importantes energeticamente, será necessário aumentar em 23% as áreas agricultáveis em países desenvolvidos. Porém, tornar as áreas atualmente agricultáveis mais produtivas, principalmente em pequenas propriedades de países em desenvolvimento, teria um impacto muito maior na produção de alimentos, assim como no bem estar e renda dos mais pobres (WEGNER e ZWART, 2011). Outras ações importantes também estão sendo discutidas globalmente. Para não ocorrer uma escassez de alimento é sugerida a mudança da dieta de algumas populações e a diminuição do desperdício de alimentos (GODFRAY, 2010). Como forma de intensificar a produção, a FAO (2010) aponta que os agricultores deveriam ter uma abordagem ecossistêmica (ecosystem approach), com o uso criterioso de insumos na época certa para complementar o que a natureza já faz, promovendo a polinização natural das plantas e o uso de predadores naturais no controle de pragas. Segundo De Marco e Coelho (2004) principalmente as áreas de Reservas Legais podem auxiliar no controle de pragas, no aumento da polinização e consequentemente na produtividade de algumas culturas, portanto auxiliando na própria sustentabilidade da atividade agrícola. O papel de manter as áreas de preservação vai além da manutenção dos polinizadores e dos inimigos naturais, e estas áreas são importantes para a manutenção da biodiversidade. Ao diminuir ou extinguir uma área de preservação pode-se desencadear um processo de diminuição e extinção de espécies, com a exacerbação da competição interespécies ou intraespécies por alimento disponível, por exemplo (RICKLEFS, 2003). Além do mais, perde-se um patrimônio genético 19 imensurável, pois neste processo podem-se perder genes que poderiam auxiliar nas curas de doenças e até no próprio aumento de produção de alimentos. As áreas de preservação podem proteger os corpos d’água de assoreamento e contaminações. Silva et al (2011) descrevem que quando há ecossistemas naturais maduros ladeando os corpos d’água, há fixação do carbono e sedimentos, a erosão é mais contida e os fluxos de nutrientes na água de percolação passam por filtragem química e por processos microbiológicos que acarretarão em uma água mais pura e menos turva. Barton e Davies (1993) demonstraram que uma faixa marginal protegida pode diminuir a concentração de herbicidas e piretróides nos cursos d’água em áreas tratadas. Tilman et al. (2002) apontam que estas áreas também podem abrigar parasitoides que auxiliariam no controle de pragas e reduziriam a entrada de plantas daninhas e outras pragas agrícolas. As áreas de florestas sem perturbações podem ajudar a manter ou até aumentar os recursos hídricos, reduzir os gases do efeito estufa, sequestrar carbono da atmosfera, regularizar o clima e facilitar o fluxo gênico de espécies silvestres (SILVA et al., 2011). No Brasil foi aprovado um novo código florestal no ano de 2012, trata-se da Lei nº. 12.651 de 25 de maio de 2012, que estabelece normas para a proteção, exploração, suprimento de matéria prima e controle das áreas florestais. Todas as propriedades rurais e urbanas devem seguir esta Lei. As propriedades rurais brasileiras devem conservar áreas de preservação permanente, que são definidas como áreas perto de cursos d’água naturais ou nascentes, encostas íngremes, topos de morros, restingas, mangues e áreas em altitudes acima de 1800 metros. As propriedades rurais devem também manter áreas de reserva legal que são áreas de cobertura nativa (BRASIL, 2012). 20 Estas áreas devem ser mantidas de forma que haja o mínimo possível de perturbação da fauna e flora, visto que não podem ser exploradas para uso em agricultura intensiva, tais como plantações de soja e milho ou pastagens. Somente em algumas circunstâncias podem ser exploradas economicamente se houver um manejo sustentável da vegetação florestal. O tamanho das áreas de preservação varia de acordo com a sua localização ou características, como a largura dos cursos d’água que margeiam. Ademais, a Lei descreve que para as propriedades rurais cumprirem sua cota de área de preservação é possível recompor estas áreas com reflorestamento de espécies nativas ou com plantio consorciado de espécies exóticas e nativas. As áreas de preservação, mesmo as pequenas, têm importante papel na manutenção da biodiversidade, favorecem os fluxos biológicos, reduzem os efeitos do isolamento da paisagem, evitam erosões de terrenos declivosos e a colmatagem dos rios (BOSCOLO e METZGER, 2011; METZGER, 2010). Mesmo pequenas áreas de preservação são importantes para a avifauna, pois funcionam como “trampolins ecológicos” e possibilitam que aves se desloquem através da paisagem (DEVELEY e PONGILUPPI, 2010). 21 2.2 Levantamentos da fauna silvestre Para saber se as áreas de preservação estão cumprindo o papel de conservação da biodiversidade é importante avaliar um indicador ambiental. Avaliar as variações nas populações de espécies animais, por metodologias adequadas, é um ótimo indicador de desempenho das áreas de preservação (OLMO, 2005). O Brasil é o país com maior riqueza de espécies de vertebrados do mundo, e é o terceiro no ranking de diversidade de aves no mundo (SABINO e PRADO, 2006). O número de espécies de aves catalogadas no Brasil deve aumentar com a intensificação das pesquisas, estando longe ainda de refletir a sua real diversidade (SILVEIRA e OLMOS, 2007). O levantamento da avifauna é, historicamente, apontado como um dos mais eficientes indicadores de qualidade ambiental, visto que as aves, em sua grande maioria, podem ser identificadas por simples observação, possuem hábitos diurnos e possuem maior diversidade que outros vertebrados terrestres (BIODINÂMICA, 2006). Wiens (1989) descreve que a vasta plantação de monoculturas, em geral, afeta a diversidade de espécies de aves. Alterações antrópicas têm afetado significativamente a população de aves no território nacional, algumas espécies de aves se beneficiam das intervenções humanas e outras sofrem processos de extinção (MARINI e GARCIA, 2005). De acordo com um levantamento da avifauna realizado para um Estudo de Impacto Ambiental do Gasoduto da Petrobrás na região de Jacutinga, Holambra, 22 Paulínia, Jaguariúna, Santo Antônio de Posse, Mogi Mirim e Itapira, entre os dias 10 a 13 de fevereiro de 2006 foram encontradas 163 espécies de aves (BIODINÂMICA, 2006). Outro estudo foi realizado na mata de Santa Genebra, em Campinas, que é muito próxima à Estação Experimental de Holambra, onde foram encontradas 134 espécies de aves (ALEIXO e VIELLIARD, 1995). A menor riqueza específica neste caso deve-se à degradação da vegetação e de ser um fragmento isolado, cercado por ocupações urbanas e algumas plantações. Antunes (2007) estudou a avifauna na Fazenda Barreiro Rico, no município de Anhembi/SP e catalogou 198 espécies de aves. Neste trabalho foi possível comparar os dados com um levantamento da década 70, e notou-se que algumas espécies florestais sofreram extinção local, provavelmente devido à degradação da cobertura vegetal e falta de matas ribeirinhas. Trabalhos onde há mais de um levantamento na mesma área permitem demonstrar as alterações na diversidade das aves e criar hipóteses sobre as razões do aumento ou diminuição das espécies encontradas. Além de problemas relacionados ao habitat, as aves podem sofrer outros impactos. A caça e captura para alimentação, por “diversão” (questionável e condenável), para evitar que aves de rapina comam animais domésticos, ou para o cativeiro, podem impactar tanto a presença quanto a quantidade de aves. Espécies frugívoras, devido à sua beleza estética, são muito caçadas, e por isso algumas espécies estão extintas, como a arara-azul-pequena Anodorhynchus glaucus e outras estão ameaçadas de extinção, como o mutum-do-nordeste Mitu mitu e a ararinha azul Cyanopsita spixi (PIZO, 2001). Acidentes como colisões e eletrocussão também podem ocorrer. Sovernigo (2009) estudou o impacto de aerogeradores sobre a avifauna e concluiu que há aerogeradores instalados no país que impactam negativamente a avifauna. Acidentes, neste caso, podem ser evitados com o uso de linhas de transmissão 23 subterrâneas, o uso de aerogeradores mais modernos e a escolha criteriosa do local de instalação dos aerogeradores, evitando locais reconhecidamente de rotas migratórias e de grande presença de aves. Outra ameaça presente é a intoxicação de aves. As aves podem concentrar toxinas assimiladas a partir de plantas tratadas ou presas (roedores, pequenas aves ou insetos) que por sua tenham se alimentado de grãos ou outras partes de planta tratada com agrotóxico. As aves de rapina, no topo da cadeia alimentar, podem acumular uma grande quantidade destas toxinas o que pode levar a morte ou a problemas na procriação, acarretando a um declínio da população (NEWTON, 2010a). Há relatos na literatura de declínio populacional de gaviões, águias e falcões na Europa e na América do Norte devido à morte instantânea de indivíduos por intoxicação, ou no caso do DDT (inseticida organoclorado), por interferência no metabolismo do cálcio, e consequentemente na formação dos ovos, que apresentando cascas menos espessas não suportam o peso dos pais no período de incubação (FOIN Jr, 1976). As características que tornam um agrotóxico preocupante do ponto de vista da intoxicação de pássaros são toxicidade intrínseca, disponibilidade no meio ambiente e a capacidade de bioacumular. Utilizar o levantamento da fauna como indicador para avaliar contaminantes ambientais parece justificável, visto que este dado pode fornecer um resultado confiável sobre a qualidade do habitat (LANDRES, VERNER, THOMAS, 1988). 24 3 - MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Descrição do local - Holambra Holambra é uma cidade do interior paulista que faz divisa com os municípios de Artur Nogueira e Mogi Mirim a norte, Santo Antônio da Posse e Jaguariúna a leste, Jaguariúna e Paulínia a sul e Cosmópolis e Artur Nogueira a oeste. Está localizada a 246 km da capital paulista - São Paulo. Figura 1 - Mapa da região de Holambra Fonte: IBGE (2013) Holambra foi fundada por imigrantes holandeses após a segunda guerra mundial. O nome do município é uma junção de Holanda, América e Brasil. 25 Holambra tornou-se um município emancipado por Lei Estadual nº 7644 em 30 de dezembro de 1991, após um plebiscito onde 98% da população local apoiaram a criação do município de Holambra com território desmembrado dos municípios de Jaguariúna, Cosmópolis, Artur Nogueira e Santo Antônio de Posse. O município possui 65,577 km2 (IBGE, 2013), tem o relevo relativamente plano e a altitude média de 600 m. É uma região drenada pelos rios Jaguari, Camanducaia e Pirapitingui, mas sofre com a escassez de água para todas suas atividades agrícolas, industriais e de consumo (informação verbal)1. A vegetação típica da região é uma transição entre formações de cerrado e floresta estacional semidecídua. Marimon Junior e Haridasan (2005) dizem que o Bioma Cerrado brasileiro ocorre em 15 estados e no Distrito Federal, ocupando uma área de aproximadamente dois milhões de km2, que corresponde a um quarto da superfície do país, além de citar que o cerrado sensu stricto é uma vegetação savânica composta por um estrato arbóreo-arbustivo e outro herbáceo-graminoso. Rodrigues (1999) aponta que a floresta estacional semidecídua é caracterizada por apresentar um dossel irregular, entre 15 e 20 m de altura, com presença de árvores emergentes de até 25-30 m de altura. Nos estratos superiores observa-se a Bombacaceae, predominância de Caesalpiniaceae, algumas famílias Mimosaceae, como Anacardiaceae, Apocynaceae, Fabaceae, Lecythidaceae, Lauraceae entre outras. Abaixo do estrato superior, com até 7 m estão presentes as famílias Meliaceae, Rutaceae, Rubiaceae, Euphorbiaceae, Sapindaceae e Myrtaceae. 1 Informação fornecida por Carlos Caressato, administrador da Estação Experimental de Holambra em novembro/2013. 26 O clima da região, segundo o sistema KOEPPEN é um Cwa, isto é, clima quente, inverno seco, temperatura média de 22° C no mês mais quente e abaixo de 18° C no mês mais frio, além de menos de 30 mm de chuva no mês mais seco. Holambra é conhecida como a cidade das flores e é o maior produtor de flores e plantas ornamentais do Brasil. Todo ano em setembro, no início da primavera, Holambra é visitada por milhares de turistas de todo país devido ao evento Expoflora, a maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina. Neste período são vendidas diversas plantas ornamentais, flores e acessórios para jardim. Há festividades, atrações musicais, danças típicas e gastronomia, tudo com um toque holandês para homenagear os fundadores da cidade. A população tem alto índice de alfabetização e aproximadamente metade está na área rural. Em 2010, a população total do município de Holambra era de 11.299 pessoas (IBGE, 2013). De acordo com dados do IBGE-SIDRA (2013) o município detinha, no ano de 2006, 2.777 ha de lavouras, 672 ha de pastagens, 362 ha de matas e florestas. Em 2012 havia 1.763 ha de culturas temporárias e 1.468 ha de culturas permanentes no município. A agropecuária é uma atividade importante no município; de acordo com um estudo da Azevedo, Mangabeira e Miranda (2001), 67,92% da área total do município é para o uso agrícola, e 13,8% são áreas de vegetação natural. As propriedades rurais na região de Holambra/SP são, em sua maioria, pequenas propriedades que tem como principais atividades as estufas de flores e outras plantas ornamentais, café, cana-de-açúcar, citros, fruticultura, granja e pasto (AZEVEDO, MANGABEIRA e MIRANDA, 2001). 27 3.2. Descrição da Estação Experimental de Holambra Figura 2 - Vista aérea da Estação Experimental Syngenta em Holambra – SP e imagens de diferentes paisagens correspondentes aos números identificados na imagem principal. Fonte: Santiago, 2013, 5p. 28 A área estudada nesta dissertação é a estação experimental da Syngenta localizada em Holambra, coordenadas geográficas 22°38’48.55”S e 47° 5’8.46”O. A Syngenta é uma empresa multinacional do ramo de agronegócios, principalmente agrotóxicos e sementes. Fundada em 2000 da fusão das empresas Zeneca e Novartis, sua matriz está localizada em Basel – Suíça. A Syngenta emprega 1800 funcionários diretamente no Brasil. No momento há 47 funcionários diretos e 22 funcionários terceirizados trabalhando na Estação Experimental de Holambra, incluindo o Instituto Seed Care, a Fábrica Plene, os laboratórios de resistência, os funcionários envolvidos nos testes de produtos e sementes e na própria manutenção da Estação. A Estação Experimental estudada foi estabelecida em Holambra em 1976 para testar produtos da ICI – empresa britânica que se transformou em Zeneca, e finalmente Syngenta. Ela é a única estação experimental da Syngenta localizada na latitude sul do planeta. Estações experimentais são entidades públicas ou privadas que, de acordo com a Instrução Normativa nº. 36, de 24 de novembro de 2009 (BRASIL 2009). Alterada pela Instrução Normativa 42, de 05 de dezembro de 2011 (BRASIL, 2011), possuem credenciamento para a realização de pesquisa e experimentação com agrotóxicos e afins, para posterior submissão de pleitos de registro e alteração, no que concerne à condução e emissão de laudos de eficiência e praticabilidade agronômica, de fitotoxicidade e ensaios de campo para fins de estudo de resíduos. Portanto, uma estação experimental testa produtos agrícolas que ainda não foram registrados para comercialização, mediante autorização prévia dos órgãos públicos competentes. Ademais, uma estação experimental pode servir como uma área de ensino e pesquisa para o aprimoramento das práticas agrícolas. 29 A Estação Experimental de Holambra é credenciada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para realização de laudos de eficiência e praticabilidade agronômica, e ensaios de campo para fins de estudo de resíduos de agrotóxicos e afins, de acordo com Portaria SDA nº 109, de 25/09/1997. Possui CQB – Certificado de Qualidade em Biossegurança válido expedido pela CTNBio e específico para projetos solicitados pela Comissão Interna de Biossegurança – CIBio da própria Syngenta. A Estação Experimental de Holambra é periodicamente fiscalizada pelos órgãos competentes. A área total da estação experimental da Syngenta em Holambra é de 43,98 ha e está dividida em áreas de experimentação, onde são cultivadas culturas anuais e perenes, construções onde funcionam escritórios, laboratórios, galpões e outras benfeitorias, corpos d’água e áreas de mata e reflorestamento. As áreas de mata e reflorestamento contemplam 21,4% da área total. Anualmente são testados na estação experimental de Holambra, em média, 4 novos princípios ativos e aproximadamente 75 novas formulações de agrotóxicos ou novos usos de agrotóxicos já registrados, sempre respeitando a legislação vigente e as normas de segurança. O baixo número de novos princípios ativos testados é devido ao alto custo de desenvolvimento de uma molécula e ao alto padrão de exigências dos órgãos reguladores e da sociedade, que exigem produtos eficazes e de baixa periculosidade para humanos e meio ambiente. A área experimental está dividida em cinco grandes áreas, que estão subdivididas em glebas, sendo 64 no total. Estima-se que em média sejam feitas 5 aplicações de agrotóxicos por ano nas glebas ativas da estação, sendo uma aplicação de herbicida, três aplicações de inseticidas e uma aplicação de fungicida por ano. A área total de teste é de aproximadamente 23 ha; porém, não é totalmente 30 utilizada para testes de agrotóxicos. Esta área também engloba áreas de descanso que são escalonadas conforme a necessidade de descanso da área e a demanda de testes. Por ano são instalados em média 50 ensaios em diversas culturas, sendo que na sua maioria nas culturas anuais de soja, sorgo, milho, arroz, girassol, feijão, amendoim, entre outras, e nas culturas permanentes de café, banana, laranja, uva, entre outras. A carga de agrotóxicos aplicada é estimada em 3,5 a 4,0 kg de ingrediente ativo/ha por ano. Este dado comprova que esta é uma área de agricultura intensiva. Dados de 2009 apontam que no Brasil as propriedades rurais aplicam em média 3,6 kg de ingrediente ativo/ha por ano. (IBGE, 2012) A Estação Experimental de Holambra segue rigoroso padrão de qualidade para executar seus experimentos. Todas as aplicações são feitas por funcionários especializados, que usam EPI (Equipamento de Proteção Individual) completo nas aplicações de agrotóxicos. As doses de teste são respeitadas conforme protocolos avaliados por especialistas. O modo de aplicação adotado é sempre o mais seguro, com equipamentos aferidos, e as aplicações feitas nos horários mais apropriados do dia, de forma a evitar deriva e desperdícios. Os restos da cultura são destruídos e incorporados ao solo. As embalagens de agrotóxicos são armazenadas adequadamente para posteriormente serem encaminhadas para o descarte seguro, conforme exigido na Lei Federal n.º 9.974 de 06 de junho de 2000, que alterou a Lei no. 7.802, de 11 de julho de 1989 (BRASIL, 2000), e no Decreto n.º 4.074 de 04 de janeiro de 2002 (BRASIL, 2002). A Estação Experimental de Holambra também se preocupa com a erosão do solo devido ao uso intensivo. Em alguns locais são plantadas culturas que visam a recuperação do solo e que evitam sua erosão, proporcionando desta forma a rotação de culturas; além disso, curvas de nível e áreas de escoamento com caixas 31 de contenção são feitas para evitar o assoreamento dos corpos d’água e a perda do solo, respeitando assim, as áreas de preservação permanente. São respeitados os vazios sanitários das culturas, estabelecidos pelo governo estadual, e há controle para que pragas não sejam disseminadas para outras áreas agrícolas. A água contaminada que sobra das aplicações é tratada antes de ser reutilizada em pulverizações de manutenção de estradas e aceiros de cerca. A área de preservação permanente da Estação Experimental de Holambra é de aproximadamente 10,45 ha (23,77% da área total da fazenda), englobando as áreas de represas, brejo, mata nativa e reflorestamento. As áreas de reflorestamento foram implantadas nos anos de 1991, 1992, 1993, 1997, 2003 e 2005. As espécies de árvores nativas plantadas nestes reflorestamentos foram Cabreúva, Aroeira Pimenta, Jequitibá vermelho, Paineira, Angico Vermelho, Ipê Salvador Rosa, Canafistula, Jatobá, Guarantã, Jequitibá Branco, Pau-Brasil, PauFerro, Mirandiba, Coração-de-Negro. Outrossim, foram plantadas algumas espécies de árvores frutíferas para atrair mais aves; são elas: Mangostão, Goiabeira, Tamarindo, Azeitona do Ceilão, Manga, Tamarindo, Jabuticabeiras, Amoreira, Acerola, Cajá-manga e Calabura (informação verbal)2. 2 Informação fornecida por Carlos Caressato, administrador da Estação Experimental de Holambra em dezembro/2013. 32 Figura 3 - Foto da área de reflorestamento da Estação Experimental de Holambra Todas as espécies de árvores citadas se adaptaram muito bem às condições da Estação Experimental de Holambra e estão ajudando na formação do dossel. De acordo com a Lei nº. 12.651, de 25 de maio de 2012, 20% (vinte por cento) da área deste imóvel rural deveriam estar cobertos com vegetação nativa, a titulo de Reserva Legal, sem prejuízo das áreas de preservação permanente. Neste caso, as áreas de preservação permanente são as faixas marginais dos cursos d’água natural, de menos de 10 (dez) metros de largura perenes e intermitentes, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 30 (trinta) metros. 33 Figura 4 - Parte da Planta da Estação Experimental de Holambra Fonte: Terradan, 2003 Portanto, a Estação Experimental de Holambra da Syngenta já está de acordo com a legislação vigente, como se pode observar na planta no Anexo A deste trabalho, ou na Figura 4 acima, onde se encontra apenas uma parte da planta e podem ser notadas, em verde, as áreas de mata nativa e reflorestamento. Há dois pequenos riachos intermitentes que correm nos limites norte e sul da propriedade, ambos foram represados para fins de irrigação. A Estação Experimental de Holambra pode ser considerada uma área representativa de pequena propriedade rural, que mantém áreas de conservação conforme a legislação vigente. 34 3.3. Levantamento da avifauna Os levantamentos da fauna silvestre foram feitos nas áreas de preservação nos anos de 2002/2003, 2005, 2010 e 2013 pela empresa Synallaxis Ambiental e antecessoras, cujo biólogo responsável e especialista em aves é o MSc. Rodrigo Girardi Santiago – CRBio 54431/01-D. Este projeto de levantamento visou principalmente a avaliação qualitativa da fauna silvestre, visto que é extremamente difícil mensurar com exatidão a quantidade de indivíduos de uma população numa gama de centenas de espécies. O levantamento da avifauna foi feito de acordo com o método de inventário por busca ativa ao longo de transecções e está de acordo com o descrito por Ribon (2011) e Straube et al (2011). As aves encontradas foram classificados segundo suas frequências em cada visita conforme abaixo: 0 (-) ausente - quando não encontrado no ano do levantamento; 1 (Ra) raro – quando registrado somente uma vez; 2 (Pf) pouco frequente – quando registrado de uma a três vezes; 3 (Fr) frequente – quando registrado mais de três vezes; e 4 (Mf) muito frequente – quando além de registrado várias vezes, também foi encontrado em grandes quantidades. O levantamento de 2002/2003 iniciou-se em agosto de 2002, foi concluído em abril de 2003, e constou de vinte visitas à Estação Experimental de Holambra no 35 período diurno e uma visita no período noturno, em intervalos de 20 dias. Foi explorada toda a área de conservação e até as áreas com construção. Na observação das aves foram utilizados binóculos Samsung 7-15x35 e gravador, e os registros foram feitos durante a caminhada nas áreas amostradas e em pontos de escuta (SALOMÃO e SANTIAGO, 2003). Para facilitar em citações futuras, este levantamento constará somente como levantamento de 2003. No ano de 2005, o levantamento foi feito entre Janeiro de Junho de 2005, englobando dez visitações diurnas e uma visitação noturna. Toda a estação experimental foi visitada. As aves foram identificadas com o auxílio de binóculos e sua vocalização foi eventualmente registrada durante as caminhadas (SANTIAGO, 2005). De 17 de abril de 2010 a 18 de agosto de 2010 foi realizado outro levantamento, desta vez somente nas áreas de preservação permanente, com doze visitas ao local, alternando períodos do dia, mas sempre procurando os horários de maior atividade, como o nascer e o pôr do sol. Foram usados binóculos com zoom de 10 x 25, 50 mm e uma caixa de som portátil de 110 Hz ligada a um Mp3 player para o emprego da técnica de playback, onde foram reproduzidas as vocalizações de todas as espécies oficialmente consideradas ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo (exceto as marinhas) em várias localidades da propriedade, em busca de respostas de indivíduos possivelmente presentes. O uso desta técnica aumenta consideravelmente a chance de encontrar espécies mais tímidas, tranquilas e aves noturnas (BIBBY, JONES e MARSDEN, 1998). 36 Foram percorridos trajetos cruzados, de forma que a distância máxima entre dois pontos de observação fosse de cerca de 50m (SANTIAGO e NASCIMENTO, 2010). Em 2013, o levantamento iniciou-se no dia 27 de julho de 2013 e foi concluído em 05 de outubro de 2013; neste período foram feitas oito visitas às áreas de preservação permanente da Estação Experimental de Holambra. Os registros foram feitos visualmente, enquanto os observadores caminhavam pelos transectos lineares utilizando binóculos Nikon 16 x 50. As aves foram identificadas e para cada espécie foram anotados os números de indivíduos e a sua principal atividade. Quando possível, os registros foram feitos por fotografia, sendo utilizada a câmera Sony Cybershot com 25x de zoom acoplada a uma lente conversora de fator 1,7 x (SANTIAGO, 2013). A vocalização das aves foi utilizada somente como confirmação da identificação, utilizando-se um gravador Panasonic RR-UX551 para gravação e realização de playback e um microfone Yoga HT-81 para o registro das vocalizações. A reprodução das vocalizações também foi feita em diversas localidades da propriedade, da mesma forma que foi feita em 2010. A riqueza e abundância relativa de espécies foram anotadas e posteriormente tabuladas. 37 3.3.1. Análise qualitativa Após a parte de campo do levantamento da avifauna na Estação Experimental e a catalogação das espécies encontradas, as espécies de aves foram identificadas de acordo com a classificação proposta por Sick (1997) e todos os dados foram organizados em planilhas. As espécies encontradas foram analisadas quanto à sensibilidade às alterações ambientais, hábitos alimentares, habitat, tipo de ocorrência (sazonal, migratória, etc.), oportunismos e tipo de ameaça que sofrem e situação das populações. A classificação de sensibilidade às alterações antrópicas segue a lista sugerida por Stotz et al (1996). Dados de hábitos alimentares, habitat, oportunismo e ocorrência e tipo de ameaça estão de acordo com Sick (1997). Para cada espécie de ave encontrada no levantamento, foi verificado se constava da lista do IBAMA “Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção” (BRASIL, 2003) e da lista “Aves ameaçadas de extinção do Estado de São Paulo” (BRESSAN, KIERULFF e SUGIEDA 2009). 38 3.3.2. Análise quantitativa A abundância das aves foi classificada em ausente (-), rara (Ra), pouco frequente (PF), frequente (Fr) e muito frequente (MF). Para a análise estatística dos dados, foram imputadas as seguintes densidades para cada tipo de frequência: Frequência Número de indivíduos MF 10 Fr 5 PF 3 Ra 1 - 0 A diversidade de espécies foi calculada de acordo com o índice de Shannon e Weaver (1949): H’ = - ∑pi(ln pi) onde: pi = proporção da espécie em relação ao número total de espécimes encontradas nos levantamentos. A diversidade é dada por nats/indivíduo. Para uma análise da qualidade ambiental optou-se por aplicar aos dados levantados o índice AMBI através do uso do software disponível em www.azti.es, a partir da derivação de uma série de valores contínuos baseados nas proporções de 39 5 grupo ecológicos nos quais as espécies da avifauna foram alocadas, grupos estes referentes ao grau de oportunismos apresentado por cada táxon, segundo a fórmula: AMBI = [0 x %EG I) + (1,5 x %EG II) + (3 x %EG III) + (4,5 x %EGIV) + (6 x %EG V)]/ 100 Os grupos ecológicos foram caracterizados conforme as características de oportunismo e sensibilidade às alterações atrópicas da avifauna presente nos levantamentos, como segue: a) Grupo Ecológico I (EG I) – espécies não oportunistas e de sensibilidade média às alterações antrópicas; b) Grupo Ecológico II (EG II) – espécies não oportunistas e de sensibilidade baixa às alterações antrópicas; c) Grupo Ecológico III (EG III) – espécies oportunistas e de sensibilidade média às alterações antrópicas; d) Grupo Ecológico IV (EG IV) – espécies oportunistas e de sensibilidade baixa às alterações antrópicas; e) Grupo Ecológico V (EG V) – espécies oportunistas e sinantrópicas. Os dados obtidos nos levantamentos da avifauna foram adaptados, já que o índice AMBI foi inicialmente formulado para avaliação de impacto em ambientes costeiros, usando como indicador ambiental a comunidade bentica (BORJA; FRANCO; PÉREZ, 2000). O software a partir da proporção de indíviduos em cada grupo ecológico fornecea classificação de integridade ambiental, podendo indicar o grau de perturbação de um habitat e sua evolução em cada levantamento. (Tabela 1) 40 Tabela 1 - Relação entre Índice AMBI, grupo ecológico (G.E.) dominante, e integridade ambiental. Índice AMBI G.E. Dominante Integridade Ambiental 0,0 < AMBI ≤ 1,2 I - II Normal 1,2 < AMBI ≤ 3,3 III Levemente impactado Transicional para moderadamente impactado IV-V Moderadamente impactado Transicional para fortemente impactado 3,3 < AMBI ≤ 4,3 4,3 < AMBI ≤ 5,0 5,0 < AMBI ≤ 5,5 5,5 < AMBI ≤ 6,0 V Fortemente impactado 6,0 < AMBI ≤ 7,0 Ausência de vida Extremamente impactado Fonte: Adaptado de Borja, Muxika e Franco, 2003, 11 p. 41 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO Nos quatro levantamentos foram encontradas 173 espécies distintas de aves na estação experimental de Holambra. Veja abaixo a distribuição da riqueza específica da avifauna (Figura 5) Figura 5 - Comparação da riqueza específica da avifauna (nº. total de espécies encontradas) nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013. Em 2005, houve uma queda de 7,8% na riqueza específica, porém em 2010, a riqueza específica voltou a crescer e foi 33,6% maior, comparada a 2005, e 23,3% maior que em 2003. A queda de número de espécies observadas em 2005 pode ser devida à diminuição do período de observação e no número de visitações, que foi metade do número de visitações feitas em 2003. O maior número de espécies foi observado no último levantamento em 2013. Foram cento e sessenta e nove espécies de aves catalogadas, número 6,3% 42 maior que 2010, 42% maior que 2005 e 31% maior que 2003. Apenas três espécies de aves não foram registradas neste levantamento; são elas: Cabeça-seca (Mycteria americana), Papa-lagarta (Coccyzus euleri) e Gavião-bombachinha (Harpagus diodon). Estas são espécies migratórias raras na região. Há registros, por exemplo, da presença da espécie Mycteria americana no sul da Califórnia no período de verão-outono do hemisfério norte (NEWTON, 2010b), junho a novembro aproximadamente, o que coincide com a época do levantamento de 2013. As visitações noturnas que ocorreram em 2003 e 2005 não apresentaram espécies de aves diferentes das aves observadas nos levantamentos de 2010 e 2013, onde foram feitas visitações em períodos como ao nascer e pôr do sol. A diversidade (Figura 6) também foi calculada nos intervalos de tempo avaliados: Figura 6 - Diversidade da avifauna nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013. A diversidade também seguiu a mesma tendência da riqueza específica. No ano de 2013, atingiu o maior valor de diversidade: 7,19, e o menor foi em 2005, com 6,72. A alta riqueza de espécies e diversidade de aves, maior até que a catalogada na mata de Santa Genebra, área de preservação ambiental maior que 43 esta descrita, onde foram encontradas 134 espécies de aves (ALEIXO e VIELLIARD, 1995), pode ser devida aos seguintes fatos: a) Há outras pequenas áreas de preservação na região, que servem como um corredor ripário para as aves; e b) A área de preservação sofre pouca perturbação humana. Além disso, outros fatores que podem contribuir para a diversidade de espécies de aves são: a) Não há pressão de caça; b) Há espécies de árvores frutíferas que atraem aves frugívoras; c) Há um pequeno lago, com presença abundante de peixes que atraem aves piscívoras; e d) Há abundância de outros alimentos, como insetos e sementes. Sobre as pequenas áreas de preservação próximas à Estação Experimental, ressalta-se a importância das propriedades rurais manterem suas áreas de preservação conforme a legislação vigente, garantindo assim a manutenção da riqueza específica e diversidade das aves nesta região. De acordo com Martensen, Pimentel e Metzger (2008) curtas distâncias entre fragmentos permitem a manutenção do número de espécies porque os indivíduos podem usar diferentes fragmentos, ou ocasionalmente fazer movimentos mais longos, assim como possibilita a manutenção de populações marginais através de efeito de recolonização ou resgate. Há também uma preocupação com as grandes áreas de monocultura, como as plantações de cana-de-açúcar, que estão crescendo na região. Áreas de 44 preservação devem estar inseridas nesta paisagem para que a fauna possa se locomover e possibilitando a manutenção da diversidade. Uma lista completa com os nomes científico e vulgar das espécies encontradas nos levantamento da avifauna da Estação Experimental de Holambra em 2003, 2005, 2010 e 2013, assim como fotos dos pássaros estão no Apêndice A deste trabalho. O nome científico das aves está de acordo com a 10º edição da lista de aves do Brasil do CBRO – Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (2011) e os nomes científico e vulgar também estão de acordo com a tabela “Dicionário de nomes em português das aves brasileiras” do Centro de Estudos Ornitológicos – CEO (2010). O Apêndice B mostra uma tabela com as 173 espécies de aves catalogadas e sua distribuição em 21 ordens e 48 famílias. Esta lista de táxons está de acordo com a 10º edição da lista de aves do Brasil do CBRO (2011). Nesta lista também se pode verificar a % de espécies deste grupo, comparado ao total de espécies encontradas. Para melhor visualização, na Figura 7 pode-se observar a distribuição das Ordens encontradas nos quatro levantamentos da avifauna. 45 Figura 7 - Distribuição da avifauna encontrada na estação experimental de Holambra nos quatro anos do levantamento, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. Nota-se que há uma grande variedade de espécies de diferentes ordens. A ordem Passeriformes é a mais abundante no levantamento, sendo também a ordem mais abundante na fauna brasileira e mundial. Nas figuras abaixo seguem uma análise da distribuição das ordens em cada ano do levantamento, com o número de espécies encontradas em 2003 (Figura 8), em 2005 (Figura 9), em 2010 (Figura 10) e em 2013 (Figura 11): 46 Figura 8 - Distribuição da avifauna encontrada na Estação Experimental de Holambra no levantamento de 2003, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. Figura 9 - Distribuição da avifauna encontrada na Estação Experimental de Holambra no levantamento de 2005, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. 47 Figura 10 - Distribuição da avifauna encontrada na Estação Experimental de Holambra no levantamento de 2010, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. Figura 11 - Distribuição da avifauna encontrada na Estação Experimental de Holambra no levantamento de 2013, de acordo com sua classificação taxonômica – Ordem. Percebe-se uma tendência de aumento de espécies, principalmente da Ordem Passeriformes ao longo do tempo. Outras ordens também tiveram aumento de espécies, como por exemplo, a ordem Accipitriformes (falcões e gaviões), Gruiformes (Saracuras) e Pelicaniformes (garças). 48 Considerando a família Tyrannidae dentro da Ordem Passeriformes, houve uma tendência de aumento, como se observa na Figura 12. Figura 12 - Número total de espécies da família Tyrannidae (Ordem Passeriformes) encontradas nos levantamentos da avifauna na Estação Experimental de Holambra em 2003, 2005, 2010 e 2013. De acordo com Sick (1997), a família Tyrannidae tem muitas espécies relacionadas a ambientes florestais, é a maior família de aves no Hemisfério Ocidental e o grupo de aves com maior mobilidade. As espécies de aves foram classificadas quanto a seu habitat. A Figura 13 mostra a distribuição das espécies de aves quanto a seu ambiente típico. 49 Figura 13 - Composição relativa das espécies da avifauna encontradas na Estação Experimental de Holambra nos anos de 2003, 2005, 2010 e 2013, quanto a seus habitats típicos. Percebe-se que houve alterações na composição relativa dos grupos. Na Figura 14 mostra-se a evolução do número de espécies consideradas de habitats aquáticos, florestais e cerrado nos quatro levantamentos. Figura 14 - Número total de espécies de aves típicas de habitats florestais, cerrado, aquático e generalista, encontradas nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013 na Estação Experimental de Holambra. 50 Este dado reforça o comentário feito anteriormente sobre o aumento de aves de habitats florestais e sua possível ligação com a formação da mata das áreas permanentes. O aumento de espécies de aves de ambientes florestais pode indicar que a mata nativa e principalmente as áreas de reflorestamento da Estação Experimental estão se estabelecendo e amadurecendo, transformando estas áreas em um habitat de ambiente florestal mais consistente. O aumento também das aves aquáticas é um bom indicador da qualidade da água, visto que as aves aquáticas são suscetíveis a alterações mínimas do habitat, como poluição, sobrepesca, desmatamento e assoreamento. (RODRIGUES; MICHELIN, 2005) A distribuição das espécies de aves encontradas conforme seu hábito alimentar está ilustrada na Figura 15. 51 Figura 15 - Composição relativa das espécies de aves encontradas na Estação Experimental de Holambra nos anos de 2003, 2005, 2010 e 2013, conforme seus hábitos alimentares. 52 A Figura 15 mostra que há ocorrência de espécies de nível trófico alto, como as aves raptoras (gaviões, corujas e falcões) e carniceiras (urubus). Como estas espécies poderiam acumular toxinas letais sua presença demonstra que a avifauna local não está sendo impactada com as atividades da Estação Experimental de Holambra. Também nota-se uma grande abundância de espécies granívoras, que se alimentam diretamente dos grãos produzidos pelas culturas da Estação Experimental de Holambra. Outro grupo presente é o de aves frugívoras, esta guilda é uma das primeiras a desaparecer de pequenas áreas de conservação (WILLIS, 1979). Na área nota-se que houve um aumento das espécies frugívoras nos últimos levantamentos (Figura 16). Este grupo é muito sensível às perturbações humanas, tamanho da área de preservação e caça (PIZO, 2001). Figura 16 – Número total de espécies frugívoras encontradas na Estação Experimental de Holambra nos anos de 2003, 2005, 2010 e 2013. 53 Espécies insetívoras, que são as mais abundantes na natureza, também foram numerosas, mostrando que há abundância de insetos para sua alimentação e que a aplicação de inseticidas nas áreas adjacentes não deve estar interferindo em sua população. Estas espécies podem estar se alimentando de pragas agrícolas, inclusive pragas agrícolas estudadas na Estação Experimental de Holambra. Além disso, no decorrer do levantamento foi constatado que houve um aumento no número de espécies do topo da cadeia alimentar encontradas (Figura 17). Figura 17- Número total de espécies de aves que ocupam o topo da cadeia alimentar (aves raptoras e carniceiras) encontradas nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013 na Estação Experimental de Holambra Em todos os levantamentos não foram encontradas aves mortas ou com sinais ou vestígios de intoxicação. De acordo com a classificação de Stoltz (1996), a maioria (cento e dezesseis espécies) das aves é considerada de baixa sensibilidade às perturbações ambientais, cinquenta e quatro espécies são de média sensibilidade e três aves são consideradas exóticas (Columba livia – pomba doméstica, Estrilda astrild – bico de lacre e Passer domesticus - pardal), porém conhecendo seus hábitos é possível considerá-las de baixa sensibilidade (Figura 18). 54 Figura 18 - Sensibilidade das espécies de aves encontradas na Estação Experimental de Holambra quanto a modificações de seu habitat nos levantamentos de 2003, 2005, 2010 e 2013. A presença de aves que se adaptam melhor às alterações do ambiente (baixa sensibilidade) pode ser devida ao fato da área de preservação ser pequena, à grande parte da área reflorestada ainda ser jovem e estar em formação e também ao alto impacto da urbanização e das atividades agrícolas na região. Porém, percebeu-se um aumento da frequência de muitas aves consideradas de média sensibilidade durante os anos de levantamento, indicando que a área de preservação na Estação Experimental de Holambra está desempenhando seu papel de atrair e conservar a fauna silvestre local. O uso da técnica de playback não atraiu nenhuma espécie ameaçada de extinção no estado de São Paulo. Nenhuma espécie encontrada no levantamento da avifauna da Estação Experimental de Holambra consta na lista de aves ameaçadas no Estado de São Paulo, de acordo com a Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente N° 3 de 26 de maio de 2003. Porém, a espécie Coccyzus euleri, que apareceu nos levantamentos de 2003 e 2005 na Estação Experimental de Holambra, consta na 55 lista de aves do Estado de São Paulo da CEO (FIGUEIREDO, 2002) como espécie com populações em declínio na área, de acordo com trabalho de Willis e Oniki (1993). Há espécies consideradas raras localmente que foram encontradas nos levantamentos da avifauna na Estação Experimental de Holambra, principalmente no último levantamento, são elas: Amazona aestiva – papagaio verdadeiro, Aramus guaraúna - carão, Leptodon cayannensis – gavião-de-cabeça-cinza, Lanio melanops – tiê-de-topete, Leptopogon amaurocephalus – cabeçudinho e Saltator similis – trinca-ferro-verdadeiro (informação verbal)3. Encontraram-se também diversas espécies que sofrem ameaças do homem em seu habitat; são espécies visadas por caçadores, como a Amazonetta brasiliensis - marreca-pé-vermelho, Cairina moschata - pato-do-mato, Dendrocygna autumnalis - marreca-asa-branca, Crypturellus tataupa - inhabu-chintã e Nothura maculosa – codorna ou espécies visadas para comércio de aves em cativeiro, como Sicalis flaveola – canário-da-terra, Sporophila caerulescens – coleirinha, Sporophila – lineola – bigodinho, Sporophila nigricollis – baiano, Saltator similis – trinca-ferroverdadeiro, Lanio cucullatus – tico-tico-rei, Amazona aestiva – papagaio-verdadeiro, Aratinha leucophthalmus – periquitão-maracanã e Pionus maximiliani – maritaca verde. A presença de todas essas espécies de aves demonstra que esta área é um refúgio para estas espécies. Das 173 espécies encontradas nos levantamento, 61 são consideradas oportunistas; isto é, aves que se adaptam em ambientes com alterações ambientais, e deste grupo 6 espécies são consideradas sinantrópicas; isto é, que se adaptaram a viver próximas às habitações humanas e se beneficiar disto, e que podem até se transformar em pragas e causar danos sociais, econômicos e de saúde pública, como é o caso da pomba-doméstica. 3 Informação fornecida por Rodrigo Girardi Santiago, biólogo especialista em aves, em dezembro/2013. 56 A análise AMBI é feita através da classificação das aves conforme sua sensibilidade às perturbações. O resultado mostra um aumento, ao longo do tempo, de aves de grupos considerados mais sensíveis I e II (Figura 19). Novamente o ano de 2005 (site 2) mostrou um resultado pior que 2003, mas a tendência de melhoria na distribuição de espécies continuou em 2010 (site 3) e 2013 (site 4). Figura 19 - Histograma mostrando a proporção de espécies em cada grupo ecológico nos levantamentos de 2003(1), 2005(2), 2010(3) e 2013(4) Relação entre Índice AMBI, grupo ecológico (G.E.) dominante, e integridade ambiental. Índice AMBI G.E. Dominante Integridade Ambiental 0,0 < AMBI ≤ 1,2 I - II Normal 1,2 < AMBI ≤ 3,3 III Levemente impactado Transicional para moderadamente impactado IV-V Moderadamente impactado Transicional para fortemente impactado 3,3 < AMBI ≤ 4,3 4,3 < AMBI ≤ 5,0 5,0 < AMBI ≤ 5,5 5,5 < AMBI ≤ 6,0 V Fortemente impactado 6,0 < AMBI ≤ 7,0 Ausência de vida Extremamente impactado Fonte: Adaptado de Borja, Muxika e Franco, 2003, 11 p. 57 A integridade ambiental para os quatro períodos analisados (2003, 2005, 2010 e 2013) aponta que se trata de ambiente levemente impactado com tendência de melhoria no decorrer do tempo (Figura 20). Figura 20 - Distribuição das espécies nos levantamentos da avifauna de 2003, 2005, 2010 e 2013, classificadas quanto ao grau de perturbação sofrido. O resultado de 2005 em todos os parâmetros é menos favorável que o de 2003, o que pode ser devido ao menor esforço amostral de 2005. De qualquer forma, nota-se uma tendência de melhoria no perfil da avifauna, caminhando para o estabelecimento de uma comunidade características de ambientes com menos perturbações. 58 5 - CONCLUSÃO Foi observado um aumento da riqueza específica e diversidade na avifauna ao longo dos períodos de levantamento na Estação Experimental de Holambra. O aumento da frequência de aves de média sensibilidade a perturbações de meio ambiente reforça a importância e necessidade de manter esta área de conservação intacta, além de ser um bom indicativo de que as atividades da Estação Experimental de Holambra não estão impactando negativamente na diversidade de aves encontradas nas áreas de preservação. Os dados de levantamento da avifauna mostram uma evolução no perfil das aves que habitam e frequentam esta pequena área de preservação. A área de preservação sofre pouca perturbação humana e parece não ser afetada pelas atividades da Estação Experimental. As boas práticas agrícolas seguidas na Estação Experimental de Holambra contribuem para que a fauna silvestre não sofra efeitos da atividade humana. Ações como o controle da erosão fazem com que os lagos presentes na estação não sofram assoreamento ou poluição, o que reflete na abundância e diversidade de aves aquáticas no local. O alto índice de aves granívoras, que poderiam se intoxicar com grãos tratados na estação experimental, ou aves raptoras que estão no topo da cadeia alimentar, reforça o fato de que as aplicações de insumos na estação experimental não estão influenciando a composição de espécies de aves, sua diversidade e abundância. Recomenda-se que o levantamento da avifauna no local continue para o acompanhamento da sua evolução a longo prazo. Este levantamento poderia ser 59 feito pelo menos a cada três anos, e de preferência na mesma época do ano, para capturar as mesmas aves migratórias e com o mesmo esforço amostral. Além disso, seria interessante o aumento da área de preservação e a verificação da possibilidade de formação de corredores ecológicos para atrair e fixar espécies mais sensíveis a perturbações do meio ambiente, aumentando assim a biodiversidade local e a integridade ambiental. Este trabalho reforça a importância da manutenção das áreas de preservação e da adoção das boas práticas agrícolas, impedindo a poluição e assoreamento de corpos d’água, intoxicação de animais e destruição de habitat para a manutenção da avifauna. Todas as propriedades rurais deveriam se preocupar com suas áreas de preservação, fauna e flora silvestre. A preservação do meio ambiente é uma missão de todos nós, e os agricultores de hoje tem um importante papel na manutenção deste ecossistema, para que futuras gerações possam usufruir de um planeta tão ou mais rico em sua biodiversidade. 60 REFERÊNCIAS ALEIXO, A.; VIELLIARD, J. M. E. Composição e dinâmica da avifauna da mata de Santa Genebra, Campinas, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, v. 12, n. 3, p. 493-511, 1995. ANTUNES, A.Z. Riqueza e dinâmica de aves endêmicas da Mata Atlântica em um fragmento de floresta estacional semidecidual no sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 61-68, 2007. AZEVEDO, E. C. de; MAGABEIRA, J. A. de C.; MIRANDA, J. R. Utilização de sistemas de informações geográficas na análise da sustentabilidade das atividades agrícolas no Município de Holambra-SP. Campinas: Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, 2001. 21 p. (Circular Técnica, 6). 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Acesso em: 01 dez. 2013. 68 APÊNDICES 69 APÊNDICE A - Lista de aves encontradas na Estação Experimental de Holambra ORDEM Accipitriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Buteo Gavião-de-rabo- albicaudatus branco FOTO 2003 2005 2010 2013 PF PF PF Fr PF Fr Fr Fr Accipitridae Elanus leucurus Gavião-peneira 70 ORDEM Accipitriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Harpagus Gavião- diodon bombachinha FOTO 2003 2005 2010 2013 - - Ra - - - Ra Ra Accipitridae Heterospizias meridionalis Gavião-caboclo 71 ORDEM Accipitriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Ictinia plumbea Gavião-sovi Fr Fr Fr Fr Rosthramus Gavião- sociabilis caramujeiro Ra - Ra Ra 2010 2013 Accipitridae 72 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Rupornis magnirostris Accipitriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Gavião-carijó MF MF MF MF - - - PF 2010 2013 Accipitridae Leptodon Gavião-de- cayanensis cabeça-cinza 73 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Caracara plancus Accipitriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Carcará MF MF MF MF Falcão-de-coleira PF PF Fr Fr 2010 2013 Accipitridae Falco femoralis 74 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Falco sparverius Accipitriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Quiri-quiri PF PF PF PF Fr Fr Fr Fr 2010 2013 Accipitridae Milvago Gavião- chimachima carrapateiro 75 ORDEM Anseriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Amazonetta Marreca-pé- brasiliensis vermelho FOTO 2003 2005 2010 2013 MF MF MF MF - - Ra MF Anatidae Cairina moschata Pato-do-mato 76 ORDEM Anseriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Dendrocygna Marreca-asa- autumnalis branca FOTO 2003 2005 2010 2013 Ra - Ra Ra Fr Fr MF PF Anatidae Dendrocygna viduata Irerê 77 ORDEM Apodiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Chaetura Andorinhão-do- meridionalis temporal Streptoprocne Taperuçu-de- zonaris coleira-branca FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr Apodidae 78 ORDEM Apodiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Amazilia Beija-flor-de- fimbriata garganta-verde FOTO 2003 2005 2010 2013 PF PF PF PF Fr Fr Fr Fr Trochilidae Amazilia lactea Beija-flor-depeito-azul 79 ORDEM Apodiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Chlorostilbonluc Besourinho-de- idus bico-vermelho FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr MF MF MF Fr Trochilidae Eupetonema macroura Beija-flor-tesoura 80 ORDEM Apodiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Phaethornis Rabo-branco- pretrei acanelado Heliomaster Bico-reto-de- squamosus banda-branca FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr - - - PF Trochilidae 81 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Hydropsalis parvulus Caprimulgiforme s FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Bacurau-chintã PF - Fr PF Bacurau PF PF PF PF 2010 2013 Caprimulgidae Hydropsalis albicollis 82 ORDEM FAMÍLIA Cariamiformes Cariamidae Cathartiformes Cathartidae ESPÉCIE Cariama cristata Cathartes aura FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Seriema PF PF Ra Ra Ra Ra Fr Fr Urubu-decabeça-vermelha 2010 2013 83 ORDEM FAMÍLIA Cathartiformes Cathartidae Charadriiformes Charadriidae ESPÉCIE POPULAR Coragyps Urubu-de- atratus cabeça-preta Vanellus chilensis FREQUÊNCIA NOME Quero-quero FOTO 2003 2005 2010 2013 MF Fr MF MF MF MF MF MF 84 ORDEM FAMÍLIA Charadriiformes Jacanidae Ciconiiformes Ciconiidae ESPÉCIE Jacana jacana Mycteria americana FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Jaçanã Fr MF MF MF Cabeça-seca - - Ra - 2010 2013 85 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Columba livia Columbiformes FREQUÊNCIA NOME POPULAR Pombadoméstica FOTO 2003 2005 2010 2013 MF MF MF MF Fr Fr PF Ra Columbidae Columbina squammata Fogo-apagou 86 ORDEM Columbiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Columbina Rolinha-caldo- talpacoti de-feijão FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr Columbidae Leptotila rufaxilla Juriti-gemedeira 87 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Leptotila verreauxi Columbiformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Juriti MF MF MF MF Pomba-galega Fr Fr Fr Fr 2010 2013 Columbidae Patagioenas cayennensis 88 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Patagioenas picazuro Columbiformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Pombão MF MF MF MF Pomba-de-bando MF MF MF MF 2010 2013 Columbidae Zenaida auriculata 89 ORDEM Coraciiformes FAMÍLIA ESPÉCIE POPULAR Chloroceryle Martim- amazona pescador-verde Alcedinidae Chloroceryle americana FREQUÊNCIA NOME Martimpescadorpequeno FOTO 2003 2005 2010 2013 90 ORDEM FAMÍLIA Coraciiformes Alcedinidae Cuculiformes Cuculidae ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Megaceryle Martim-pescador- torquata grande Coccyzus euleri Papa-lagarta FOTO 2003 2005 2010 2013 91 ORDEM Cuculiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Crotophaga ani Anu-preto MF MF MF MF Guira guira Anu-branco MF MF MF MF 2010 2013 Cuculidae 92 ORDEM Cuculiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Piaya cayana Alma-de-gato Fr Fr MF MF Tapera naevia Saci PF PF PF Fr 2010 2013 Cuculidae 93 ORDEM FAMÍLIA Galbuliformes Bucconidae Gruiformes Aramidae ESPÉCIE Malacoptila striata Aramus guarauna FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Barbudo-rajado - - Ra Ra Carão - - Ra Ra 2010 2013 94 ORDEM Gruiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Aramides Saracura-três- cajanea potes Aramides Saruacura-do- saracura mato FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr - - Fr Fr Rallidae 95 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Gallinula galeata Gruiformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Frango-d’água Fr Fr Fr Fr Saracura-sanã PF - PF PF 2010 2013 Rallidae Pardirallus nigricans 96 ORDEM FAMÍLIA Coerebidae ESPÉCIE Coereba flaveola FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Cambacica MF PF MF Fr Chupa-dente PF - PF PF 2010 2013 Passeriformes Conopophagidae Conopophaga lineata 97 ORDEM FAMÍLIA Corvidae ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Cyanocorax Gralha-do- cristatellus campo FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr - - Ra Ra Passeriformes Dendrocolaptidae Sittasomus griseicapillus Arapaçu-verde 98 ORDEM FAMÍLIA Dendrocolaptidae ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Lepidocolaptes Arapaçu-do- angustirostris cerrado Ammodramus Tico-tico-do- humeralis campo FOTO 2003 2005 2010 2013 - - - Ra Fr Fr Fr Fr Passeriformes Emberizidae 99 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Sicalis flaveola Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Canário-da-terra Fr PF PF PF Coleirinha Fr Fr Fr Fr 2010 2013 Emberizidae Sporophila caerulescens 100 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Sporophila lineola Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Bigodinho Fr Fr Fr PF Baiano - - PF PF 2010 2013 Emberizidae Sporophila nigricollis 101 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Volatinia jacarina Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Tiziu MF MF MF MF Tico-tico MF MF MF MF 2010 2013 Emberizidae Zonotrichia capensis 102 ORDEM FAMÍLIA Estrildidae ESPÉCIE Estrilda astrild FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Bico-de-lacre Fr Fr Fr Fr Fim-fim Fr PF Fr Fr 2010 2013 Passeriformes Fringilidae Euphonia chlorotica 103 ORDEM Passeriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Automolus Barranqueiro-de- leucophthalmus olho-branco FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr PF Fr Fr Fr Fr Fr Fr Furnariidae Cranioleuca vulpina Arredio-do-rio 104 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Furnarius rufus Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 João-de-barro MF MF MF MF Tiriri Fr - PF PF 2010 2013 Furnariidae Lochmias nematura 105 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Synallaxis frontalis Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Petrim Fr Fr Fr Fr João-teneném Fr Fr Fr Fr 2010 2013 Furnariidae Synallaxis spixi 106 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Synallaxis ruficapilla Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Pichororé - - - Ra Bico-virado-carijó - - Ra Ra 2010 2013 Furnariidae Xenops rutilans 107 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Progne chalybea Passeriformes FREQUÊNCIA NOME POPULAR FOTO 2003 2005 2010 2013 PF PF Fr Fr MF MF MF MF Andorinhadomésticagrande Hirundinidae Pygochelidon cyanoleuca Andorinhadomésticapequena 108 ORDEM FAMÍLIA Hirundinidae ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Stelgidopteryx Andorinha- ruficollis serradora FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr Passeriformes Icteridae Chrysomus ruficapillus Garibaldi 109 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Icterus pyrrhopterus Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Encontro PF Ra PF Fr Chupim MF MF MF Fr 2010 2013 Icteridae Molothrus bonariensis 110 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Pseudoleistes guirahuro Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Chupim-do-brejo - - PF PF - - Ra Ra 2010 2013 Icteridae Sturnella Polícia-inglesa- superciliaris do-sul 111 ORDEM FAMÍLIA Mimidae ESPÉCIE Mimus saturninus FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Sabiá-do-campo MF MF MF MF Pula-pula PF Fr Fr PF 2010 2013 Passeriformes Parulidae Basileuterus culicivorus 112 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Basileuterus flaveolus Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Canário-do-mato - - PF Fr - - PF PF 2010 2013 Parulidae Basileuterus Pula-pula- leucoblepharus assobiador 113 ORDEM Passeriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Basileuterus Pula-pula-de- hypoleucos barriga-branca FOTO 2003 2005 2010 2013 - - PF PF PF PF PF PF Parulidae Geothlypis aequinoctialis Pia-cobra 114 ORDEM FAMÍLIA Passeridae ESPÉCIE Passer domesticus FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Pardal MF MF MF MF Soldadinho - - PF PF 2010 2013 Passeriformes Pipridae Antilophia galeata 115 ORDEM FAMÍLIA Pipridae ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Chiroxiphia Tangará- caudata dançarino Hemitriccus Tachuri- nidipendulus campainha FOTO 2003 2005 2010 2013 - - Ra PF - - PF PF Passeriformes Rhynchocyclidae 116 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Todirostrum cinereum Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Relógio MF Fr Fr Fr Tororó Fr Fr Fr PF 2010 2013 Rhynchocyclidae Poecilotriccus plumbeiceps 117 ORDEM FAMÍLIA Rhynchocyclidae ESPÉCIE Leptopogon amaurocephalus FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Cabeçudo - - - PF Choquinha-lisa PF PF PF PF 2010 2013 Passeriformes Thamnophilidae Dysithamnus mentalis 118 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Thamnophilus caerulescens Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Choca-da-mata Fr Fr Fr Fr Choca-barrada Fr Fr Fr Fr 2010 2013 Thamnophilidae Thamnophilus doliatus 119 ORDEM FAMÍLIA Thamnophilidae ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Thamnophilus Choca-de- ruficapillus chapéu-vermelho Conirostrum Figuinha-de- speciosum rabo-castanho FOTO 2003 2005 2010 2013 - - Ra Ra - - PF Fr Passeriformes Thraupidae 120 ORDEM Passeriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Dacnis cayana Saí-azul - - Fr Fr Nemosia Saíra-de- pileata chapéu-preto PF Fr Fr Fr 2010 2013 Thraupidae 121 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Ramphocelus carbo Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Pipira-vermelha Fr Fr Fr Fr Ra - PF PF 2010 2013 Thraupidae Saltator similis Trinca-ferroverdadeiro 122 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Tachyphonus coronatus Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Tiê-preto - - PF PF Saíra-amarela PF - Fr Fr 2010 2013 Thraupidae Tangara cayana 123 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Tersina viridis Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Saí-andorinha - - PF PF Saí-canário PF Fr PF PF 2010 2013 Thraupidae Thlypopsis sordida 124 ORDEM Passeriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Tangara Sanhaço-do- palmarum coqueiro Tangara Sanhaço- sayaca cinzento FOTO 2003 2005 2010 2013 PF Ra PF PF MF PF MF MF Thraupidae 125 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Lanio cucullatus Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Tico-tico-rei Fr PF Fr Fr Tiê-de-topete - - - PF 2010 2013 Thraupidae Lanio melanops 126 ORDEM FAMÍLIA Troglodytidae ESPÉCIE Troglodytes musculus FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Corruíra MF MF MF MF Sabiá-poca Fr PF Fr Fr 2010 2013 Passeriformes Turdidae Turdus amaurochalinus 127 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Turdus leucomelas Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Sabiá-barranco Fr Fr Fr MF Sabiá-laranjeira Fr Fr Ra Ra 2010 2013 Turdidae Turdus rufiventris 128 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Arundinicola leucocephala Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Freirinha - - Ra Ra Risadinha Fr PF Fr PF 2010 2013 Tyrannidae Camptostoma obsoletum 129 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Lathrotriccus euleri Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Enferrujado - - - PF Chibum - - - PF 2010 2013 Tyrannidae Elaenia chiriquensis 130 ORDEM Passeriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Elaenia Guaracava-de- flavogaster barriga-amarela FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr Fr - PF PF Tyrannidae Empidomonus varius Peitica 131 ORDEM Passeriformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Fluvicola Lavadeira nengeta mascarada FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr - - PF PF Tyrannidae Gubernetes yetapa Tesoura-do-brejo 132 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Hirundinea ferruginia Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Gibão-de-couro - - Ra PF PF PF PF PF 2010 2013 Tyrannidae Knipolegus Maria-preta-de- lophotes penacho 133 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Machetornis rixosa Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Suiriri-cavaleiro Fr Fr Fr Fr Nei-nei Fr Fr Fr Fr 2010 2013 Tyrannidae Megarynchus pitangua 134 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Myiarchus ferox Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Maria-cavaleira Fr PF Fr Fr Bem-te-vi-rajado Fr Fr PF Fr 2010 2013 Tyrannidae Myiodynastes maculatus 135 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Myiozetetes similis Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Bemtevizinho Fr Fr Fr Fr Bem-te-vi MF MF MF MF 2010 2013 Tyrannidae Pitangus sulphuratus 136 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Serpophaga subcristata Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Alegrinho PF - Ra PF Suiriri MF MF Fr Fr 2010 2013 Tyrannidae Tyrannus melancholicus 137 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Tyrannus savana Passeriformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Tesoura MF MF MF Fr Primavera PF PF PF PF 2010 2013 Tyrannidae Xolmis cinereus 138 ORDEM FAMÍLIA Tyrannidae ESPÉCIE Xolmis velatus FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Noivinha-branca - - - Ra Pitiguari PF Fr Fr Fr 2010 2013 Passeriformes Vireonidae Cyclarhis gujanensis 139 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Passeriformes Vireonidae Vireo olivaceus Pelicaniformes Ardeidae Ardea alba FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Juruviara Fr Fr Fr PF Fr Fr Fr PF Garça-brancagrande 2010 2013 140 ORDEM Pelicaniformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Ardea cocoi Garça-moura - - PF PF Bubulcus ibis Garça-vaqueira PF Fr Fr PF 2010 2013 Ardeidae 141 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Butorides striata Pelicaniformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Socozinho Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr PF 2010 2013 Ardeidae Egretta thula Garça-brancapequena 142 ORDEM Pelicaniformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Nycticorax Socó- nycticorax dorminhoco FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr PF - - Ra Ra Ardeidae Tigrisoma lineatum Socó-boi 143 ORDEM FAMÍLIA Pelicaniformes Ardeidae Pelicaniformes Threskiornithidae ESPÉCIE Syrigma sibilatrix Mesembrinibis cayennensis FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Maria-faceira Fr Fr Fr Fr Coró-coró - - PF Fr 2010 2013 144 ORDEM FAMÍLIA Pelicaniformes Threskiornithidae Piciformes Picidae ESPÉCIE Theristicus caudatus Celeus flavescens FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Curicaca - PF - PF Pica-pau-galego - - Ra PF 2010 2013 145 ORDEM Piciformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Colaptes Pica-pau-do- campestris campo FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr Fr Fr Fr PF Picidae Colaptes Pica-pau-verde- melanochloros barrado 146 ORDEM Piciformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Dryocopus Pica-pau-de- lineatus topete-vermelho FOTO 2003 2005 PF Ra Ra PF 2010 2013 PF PF Picidae Melanerpes candidus Pica-pau-branco PF PF 147 ORDEM Piciformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Picumnus Pica-pau-anão- cirratus barrado FOTO 2003 2005 2010 2013 MF Fr Fr Fr Ra PF PF PF Picidae Veniliornis Pica-pauzinho- spilogaster verde-carijó 148 ORDEM FAMÍLIA Picidae ESPÉCIE Veniliornis passerinus FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Picauzinho-anão - - - Ra Tucanuçu PF Ra Fr Fr 2010 2013 Piciformes Ramphastidae Ramphastos toco 149 ORDEM FAMÍLIA Podicipediformes Podicipedidae Psittaciformes Psittacidae ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Tachybatus Mergulhão- dominicus pequeno Amazona Papagaio- aestiva verdadeiro FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr - Fr Fr - - Ra PF 150 ORDEM Psittaciformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME POPULAR Aratinga Periquitão- leucophthalma maracanã FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr PF MF Fr Fr Fr MF MF Psittacidae Forpus xanthopterygius Tuim 151 ORDEM FAMÍLIA ESPÉCIE Pionus maximiliani Psittaciformes FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Maitaca-verde PF Ra Ra Ra - - - PF 2010 2013 Psittacidae Brotogeris chiriri Periquito-deencontroamarelo 152 ORDEM Strigiformes FAMÍLIA ESPÉCIE FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Asio clamator Coruja-orelhuda PF - - Ra Athene Coruja- cunicularia buraqueira MF MF MF MF 2010 2013 Strigidae 153 ORDEM FAMÍLIA Strigiformes Strigidae Suliformes Anhingidae ESPÉCIE POPULAR Megascops Corujinha-do- choliba mato Anhinga anhinga FREQUÊNCIA NOME Biguatinga FOTO 2003 2005 2010 2013 Fr Fr Fr Fr - PF PF Fr 154 ORDEM FAMÍLIA Suliformes Phalacrocoracidae Tinamiforme Tinamidae ESPÉCIE Phalacrocorax brasilianus Crypturellus tataupa FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Biguá Fr Fr Fr PF Inhabu-chintã PF PF Fr PF 2010 2013 155 ORDEM Tinamiforme FAMÍLIA Tinamidae ESPÉCIE Nothura maculosa FREQUÊNCIA NOME FOTO POPULAR 2003 2005 Codorna PF PF 2010 2013 PF PF Legenda: (-) – ausente; (Ra) – raro; (PF) – pouco frequente; (Fr) – frequente; (MF) – muito frequente. Fonte: Adaptado de Santiago, 2013, 61p. Todas as fotos são de autoria do biólogo MSc. Rodrigo Girardi Santiago. Para o uso das fotos entre em contato através do email: [email protected] 156 APÊNDICE B Tabela 2 - Classificação taxonômica (Ordem e Família), com autoria e data da descrição dos táxons, das aves encontradas na Estação Experimental de Holambra. Ordem – Autoria e data da descrição Anseriformes Linnaeus, 1758 Família– Autoria e data da descrição Nº de espécies encontradas % de espécies (Família) % de espécies (Ordem) 2,31 Anatidae - Leach, 1820 4 2,31 Apodidae - Olphe-Galliard, 1887 2 1,16 Apodiformes - Peters, 1940 4,62 Trochilidae - Vigors, 1825 6 3,47 Charadriidae - Leach, 1820 1 0,58 Charadriiformes Huxley, 1867 1,16 Jacanidae - Chenu & Des Murs, 1854 1 0,58 Caprimulgiformes Ridgway, 1881 Caprimulgidae - Vigors, 1825 2 1,16 1,16 Cathartiformes Seebohm, 1890 Cathartidae- Lafresnaye, 1839 2 1,16 1,16 Ciconiiformes Bonaparte, 1854 Ciconiidae - Sundevall, 1836 1 0,58 0,58 157 Ordem – Autoria e data da descrição Família– Autoria e data da descrição Ardeidae - Leach, 1820 Nº de espécies encontradas 8 % de espécies (Família) % de espécies (Ordem) 4,62 Pelicaniformes Sharpe, 1891 5,78 Threskiornithidae - Poche, 1904 2 1,16 Columbiformes Latham, 1790 Columbidae - Leach, 1820 8 4,62 4,62 Coraciiformes - Forbes, 1844 Alcedinidae - Rafinesque, 1815 3 1,73 1,73 Cuculiformes - Wagler, 1830 Cuculidae - Leach, 1820 5 2,89 2,89 Accipitriformes Bonaparte, 1831 Accipitridae - Vigors, 1824 12 6,94 6,94 Galbuliformes Fürbringer, 1888 Bucconidae - Horsfield, 1821 1 0,58 0,58 Aramidae - Bonaparte, 1852 1 0,58 Aramidae - Bonaparte, 1852 1 0,58 Rallidae - Rafinesque, 1815 4 2,31 Cariamidae - Bonaparte, 1850 1 0,58 Gruiformes - Bonaparte, 1854 Cariamiformes Fürbringer, 1888 3,47 0,58 158 Ordem – Autoria e data da descrição Família– Autoria e data da descrição Nº de espécies encontradas % de espécies (Família) Coerebidae - d'Orbigny & Lafresnaye, 1838 1 0,58 Conopophagidae - Sclater & Salvin, 1873 1 0,58 Corvidae - Leach, 1820 1 0,58 Dendrocolaptidae - Gray, 1840 2 1,16 Emberizidae - Vigors, 1825 7 4,05 Estrildidae - Bonaparte, 1850 1 0,58 Furnariidae - Gray, 1840 8 4,62 Fringillidae - Leach, 1820 1 0,58 Hirundinidae - Rafinesque, 1815 3 1,73 Icteridae - Vigors, 1825 5 2,89 Mimidae - Bonaparte, 1853 1 0,58 % de espécies (Ordem) Passeriformes Linnaeus, 1758 49,71 159 Ordem – Autoria e data da descrição Família– Autoria e data da descrição Passeridae - Rafinesque, 1815 Passeriformes Linnaeus, 1758 Nº de espécies encontradas % de espécies (Família) 1 0,58 Parulidae - Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller, Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947 5 2,89 Pipridae - Rafinesque, 1815 2 1,16 Thamnophilidae Swainson, 1824 4 2,31 Thraupidae - Cabanis, 1847 13 7,51 Troglodytidae - Swainson, 1831 1 0,58 Turdidae - Rafinesque, 1815 3 1,73 Tyrannidae - Vigors, 1825 21 12,14 Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907 4 2,31 Vireonidae - Swainson, 1837 1 0,58 % de espécies (Ordem) 160 Ordem – Autoria e data da descrição Família– Autoria e data da descrição Anhingidae - Reichenbach, 1849 Nº de espécies encontradas 1 % de espécies (Família) % de espécies (Ordem) 0,58 Suliformes - Sharpe, 1891 1,16 Phalacrocoracidae Reichenbach, 1849 1 0,58 Picidae - Leach, 1820 8 4,62 Piciformes - Meyer & Wolf, 1810 5,20 Ramphastidae - Vigors, 1825 1 0,58 Podicipediformes Fürbringer, 1888 Podicipedidae - Bonaparte, 1831 1 0,58 0,58 Psittaciformes - Wagler, 1830 Psittacidae - Rafinesque, 1815 5 2,89 2,89 Strigiformes - Wagler, 1830 Strigidae - Leach, 1820 3 1,73 1,73 Tinamiformes - Huxley, 1872 Tinamidae - Gray, 1840 2 1,16 1,16 As informações de táxons estão de acordo com a 10º edição da lista de aves do Brasil da CBRO – Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (2011). 161 ANEXOS 162 ANEXO A – Planta da Estação Experimental da Syngenta em Holambra