nº2 FEVEREIRO 2013 ENCONTRE A SUA CASA EM PORTUGAL EDIÇÃO MOÇAMBIQUE www.mz.vidaimobiliaria.com | Preço de Capa: 50 Meticais | nº 2 FEVEREIRO 2013 www.caixaimobiliario.pt PORTUGAL Moradia – Azeitão € 270.000 São Simão - Azeitão Moradia T6 – Sesimbra Moradia T5 – Cartaxo € 318.000 Valada - Santana - Cartaxo Moradia – Azeitão Apartamento T3 – Tróia € 349.000 Carvalhal - Grândola (Soltróia) Moradia Oeste – Torres Vedras Moradia – Coruche € 258.000 MOÇAMBIQUE A HORA DE APOSTAR NO IMOBILIÁRIO CHEGOU! COMPRAR, ARRENDAR E INVESTIR EM IMÓVEIS CAIXA Foros da Branca - Coruche Apartamento T4 – Sintra MOÇAMBIQUE € 345.000 Cotovia - Sesimbra (Castelo) € 280.000 Casas de Azeitão - Setúbal € 349.000 Ordasqueira - Torres Vedras € 318.000 Quinta da Beloura - Sintra Conheça outras boas oportunidades em www.caixaimobiliario.pt A HORA DE APOSTAR NO IMOBILIÁRIO CHEGOU! 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Na senda da sua vocação lusófona e dos laços com os países africanos, Portugal e as empresas portuguesas que preferem Moçambique para investir podem ter um contributo importante para o desenvolvimento do país, transmitindo e disseminando o know-how adquirido ao longo das últimas duas décadas no imobiliário nacional, e acompanhando, assim, o país num caminho que Portugal já percorreu e para o sucesso do qual poderá ter uma palavra a dizer. A exportação do know-how adquirido ao longo das últimas décadas nos diversos segmen- tos do imobiliário nos quais Portugal já deu provas de qualidade pode ser um bom exemplo das mais-valias que este intercâmbio poderá aportar. Apreender as boas práticas de quem já desenvolveu produtos imobiliários noutros países é um percurso natural de qualquer indústria e Portugal é um parceiro preferencial para Moçambique nesta relação, dada a sua proximidade cultural, linguística e até afectiva. A Vida Imobiliária espera poder estar na vanguarda deste intercâmbio, apresentando o mercado moçambicano na sua área de especialização, nomeadamente imobiliário, construção e obras públicas, disseminando a informação entre todos os players, e servindo de plataforma para que os dois países possam estabelecer relações longas e proveitosas. Há um ano demos os primeiros passos em Moçambique com o lançamento da primeira revista inteiramente dedicada ao país, e que foi distribuída na Tektónica Maputo. Um ano depois, estamos de volta, com uma nova edição, mantendo-nos firmes na aposta neste mercado que é um destino óbvio e confirmado para as empresas portuguesas da fileira da construção e do imobiliário. António Gil Machado Diretor, Vida Imobiliária 3 ÍNDICE VIDAIMOBILIÁRIA Director António Gil Machado [email protected] 3| EDITORIAL 8| VI NEWS Moçambique 18 | EVENTOS Tektónica 2013 20 | OPINIÃO Luís Lima, Presidente da CIMLOP DOSSIER As oportunidades imobiliárias em Moçambique 20 | 22 | Economia moçambicana em rota de crescimento atrai mais investimento 26 | Opinião: António Raposo Subtil João Ricardo Nóbrega 28 | Prime Yield MZ lança estudo sobre o mercado imobiliário moçambicano na Tektónica 34 | Oferta imobiliária está a qualificar-se em Moçambique 39 | O desenvolvimento do mercado imobiliário 40 | A internacionalização consolidada 41 | Afaplan Southern Africa projecta crescimento de 70% para 2013 42 | Mozta Engenharia ganha terreno no mercado moçambicano Edição Susana Ribeiro [email protected] MARKETING & NEW BUSINESS Osvaldo Nogueira [email protected] GESTÃO DE CLIENTES Clara Marcos [email protected] Marta Brandão [email protected] Colaboradores Paula Moreira [email protected] DESIGN GRÁFICO PMD - Design www.pmd.pt Impressão Uniarte Gráfica R. Pinheiro de Campanhã nº 342 4300-414 Porto Assinaturas Clara Marcos Proprietário Imoedições – Publicações Periódicas e Multimédia, Lda. Periodicidade Mensal NIPC 507 037 219 Preço Preço avulso : 50 meticais TIRAGEM 3.000 exemplares Redacção, Administração E Assinaturas – Porto Rua Gonçalo Cristovão, 185 – 6º 4049-012 Porto Tel. 222 085 009 Fax. 222 085 010 Redacção, Administração E Assinaturas – LISBOA Av. Fontes Pereira de Melo nº 6 – 4º andar 1069-106 Lisboa Tel. 21 781 54 10 Fax. 21 781 54 15 Registo nº 115734 da Entidade Reguladora da Comunicação Social 4 Looking for a house in Portugal? Discover the view and the home of your dreams... “VIVA IN PORTUGAL” is a multiplatform concept with the mission of promoting Residential Tourism in Portugal. It includes a web site, communication through national and international press as well as presence in trade events. Find out more on our site vivainportugal.com VINEWS MOÇAMBIQUE Central Térmica da Ncondezi Coal arrancará em 2015 A Ncondezi Coal Company estima arrancar em 2015 com as obras de construção da nova central térmica alimentada a carvão mineral que será erguida na região norte do distrito de Moatize, província de Tete. Em declarações ao matutino Notícias, de Maputo, o director da empresa, David Eshmade disse ainda que a central térmica será construída próxima da mina da companhia e a aproximadamente 95 km da linha de transmissão de energia eléctrica da rede nacional da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB). A Ncondezi Coal Company é detentora de 100% das licenças 804L e 805L conhecidas como Projecto Ncondedzi, no distrito de Moatize, e o empreendimento dispõe de recursos avaliados em 4.700 milhões de toneladas de carvão. A mina de carvão da Ncondezi Coal Company dista cerca de 25 km da linha de caminho-de-ferro de Sena, que termina na vila de Moatize, e nela serão extraídos dois tipos de carvão térmico considerados ideais para os mercados da Ásia e que são comparáveis aos tipos de referência internacional. De olhos no futuro, a empresa está neste momento a analisar quatro rotas para exportar a produção. A estratégia de curto prazo está focada no acesso a um dos dois corredores ferroviários existentes para os portos da Beira e de Nacala para satisfazer a primeira fase de produção. Como opção a longo prazo, David Eshmade disse haver perspectivas para um novo projecto ferro-portuário, dispondo já de um acordo com o grupo Rio Tinto, que está a desenvolver os estudos deste projecto a fim de conseguir escoar o carvão extraído naquela província de Moçambique. Rangel investe 5 milhões de dólares até 2014 O grupo Rangel deu mais um importante passo na sua estratégia de internacionalização e, depois de Angola, chegou agora a Moçambique, onde deverá investir 5 milhões de dólares até 2014 para fomentar a sua entrada neste mercado. A entrada do grupo no país deverá proporcionar 100 novos postos de trabalho até 2015. Os primeiros passos do grupo em território moçambicano foram marcados pela compra da empresa LFP Logística em 2012, actualmente dominada Rangel Moçambique. Para este ano, a empresa prevê inaugurar uma filial em Nacala, bem como arrancar com a construção de um Terminal Logístico em Maputo, o que corresponderá a um investimento na ordem dos 3 milhões de dólares. Eduardo Rangel, presidente do grupo, disse que «até ao final de Março, estaremos a desenvolver um estudo de mercado para um bussiness plan em Moçambique, mês no qual prevemos abrir uma filial a norte, em Nacala, e, em Abril, deveremos avançar com a construção de uma plataforma logística com 4.000 m², em Maputo». Segundo o responsável, a aposta em Moçambique englobará também o desenvolvi- mento de uma rede de distribuição que cubra todo o território moçambicano e a criação de uma outra filial, desta feita na Beira. «Há uma forte necessidade de melhorar e inovar os sistemas de logística no território moçambicano, nomeadamente nos segmentos do retalho alimentar, banca e distribuição de medicamentos”, explica Eduardo Rangel. Por isso, acrescenta, «temos em mãos um plano de desenvolvimento centrado no transporte internacional aéreo, marítimo e terrestre, sobretudo vindo da África do Sul, assim como no desembaraço aduaneiro, gestão de stocks, transportes especiais e na entrega ao cliente final». Grupo Accor anuncia 30 novas unidades em África O grupo hoteleiro Accor tem um plano de expansão em África que prevê a abertura de 30 novos hotéis no continente nos próximos três anos. A informação foi revelada pelo presidente e director geral do grupo, Dennis Hennequin, que falou na cerimónia de inauguração do novo hotel Íbis de Dakar (Senegal). Na ocasião, o responsável falou também da expansão daquela chancela, revelando que «o nosso objec- tivo é passar dos 116 para os 146 hotéis e de oferecer 5.000 novos quartos até 2016». Para 2020, o objectivo é a abertura de mais 35 unidades hoteleiras, revelou a mesma fonte. Actualidade do mercado. Moçambique · Portugal · Angola · Brasil 8 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 www.vidaimobiliaria.com Sauditas constroem a primeira Refinaria de Petróleo do país O Instituto de Gestão de Participações do Estado de Moçambique (IGEPE) e o grupo saudita Radyolla Holding Co. já assinaram o acordo que vai tornar possível a construção da primeira refinaria de petróleo em Moçambique. Em conferência de imprensa, o presidente do IGEPE, a entidade que cuida dos interesses empresariais do Estado moçambicano, Apolinário Panguene, explicou que para já irão ainda ser realizados estudos para a definição do custo e prazos de construção da refinaria. Este empreendimento será instalado na cidade de Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique, que alberga um dos maiores portos de águas profundas do mundo. E, além de fornecer petróleo a Moçambique, a refinaria vai também abastecer países vizinhos. «O IGEPE identificou um conjunto de projetos a serem implementados no país juntamente com outros parceiros e a Radyolla tem a vantagem de ter o músculo financeiro suficiente para nos ajudar a implementar o projeto de refinaria», afirmou Apolinário Panguene. Já o presidente da Radyolla Holding Co., Abdul Aziz, deixou a garantia de que o grupo «vai fazer o melhor na implementação dos projetos com que se comprometeu em Moçambique». União Europeia apoia reordenamento urbano em Chimoio A capital da província de Manica, Chimoio, assinou recentemente um contrato de subvenção com a União Europeia (UE) no valor de 80.400 dólares para financiar o reordenamento dos bairros 16 de Junho e Josina Machel. Este projecto enquadra-se no programa europeu de apoio às autoridades locais e aos actores não estatais, tendo uma duração de dois anos. O acordo foi assinado entre o presidente do município de Chimoio, Raul Conde Marques Adriano e o embaixador da UE em Moçambique, Paul Malin. Em comunicado à imprensa, a UE explica que «com este projecto, a União Europeia pretende apoiar o Conselho Municipal do Chimoio a velar pelo Ordenamento Territorial e Planeamento do Desenvolvimento Urbano, que é uma das missões das autoridades locais». Malin explicou também que a iniciativa inclui a participação dos cidadãos no reordenamento e legalização do território, e terá um impacto muito positivo na vida dos munícipes, contribuindo assim para apoiar a cidade do Chimoio como uma cidade mais aberta, mais equitativa e mais democrática. No documento poder ler-se ainda que «o objectivo desta iniciativa é melhorar as condições de vida dos munícipes da Cidade de Chimoio, especificamente dos residentes dos Bairros 16 de Junho e Josina Machel, assim como de fortalecer a cidadania activa num processo de desenvolvimento local». No âmbito deste processo de reordenamento, proceder-se-á à abertura de vias de acesso, construção de drenagens, poços e latrinas melhoradas, para além da definição de terrenos e atribuição do direito de uso e aproveitamento de terras permitindo assim a sua legalização. É co-financiado pela União Europeia através do programa de apoio aos Actores Não Estatais e Autoridades Locais em Desenvolvimento, representando um investimento de 8,9 milhões de euros. Banco de Moçambique quer mais agências em zonas rurais O governador do Banco de Moçambique lançou o apelo para a abertura de mais dependências bancárias nas zonas rurais do país, considerando que aquelas populações «produzem riqueza, mas carecem do apoio da banca, quer para depósito de poupanças, quer para investimentos». Em declarações à imprensa, Ernesto Gove chamou a atenção para o facto de mais de metade dos 128 distritos moçambicanos não estarem ainda servidos por agências bancárias. A cobertura territorial da rede de serviços e produtos financeiros às zonas rurais – onde vive mais de metade da população – é uma das principais preocupações das autoridades moçambicanas, que apostam no desenvolvimento dessas regiões para combater a pobreza. Nesse sentido, em 2007 o Banco Central de Moçambique lançou um plano de expansão dos bancos e dos serviços financeiros às regiões rurais, integrado no âmbito do plano de ampliação da rede que deu luz verde à abertura de mais de 400 agências bancárias no país. «Ainda que reconheçamos e saudemos o esforço realizado pelas instituições de crédito neste domínio, não restam dúvidas que há muito por realizar», incluindo o desenvolvimento das infra-estruturas básicas, como as redes de transportes, comunicações e energia, disse o Governador, Ernesto Gove. Por isso, em 2012 aquela instituição decidiu estender por mais cinco anos o prazo de validade dos incentivos à ampliação da rede para as zonas rurais. 9 VINEWS MOÇAMBIQUE Hörmann vai reforçar equipa em Moçambique A Hörmann, líder no fabrico e comercialização de portas e automatismos, vai reforçar as suas equipas nos mercados lusófonos onde opera, integrando 30 novos colaboradores em Portugal, Angola e Moçambique até ao próximo mês de Junho. O grupo multinacional alemão procura preencher vagas no departamento de Marketing de Angola e, para a sucursal moçambicana está actualmente, em processo de selecção para contratar um diretor geral. A informação foi confirmada por Henrique Lehrfeld, director geral da empresa em Portugal, que disse que «até ao final do primeiro semestre deveremos integrar até 30 novos colaboradores na Hörmann Portugal, resultado, em grande parte, do nosso forte crescimento em Angola e da nossa recente entrada em Moçambique». Visite a sua nova loja. LIVROS REVISTAS EVENTOS E-BOOKS www.loja.vidaimobiliaria.com 10 C&W Portugal expande actividade para Angola e Moçambique A diversificação da actividade para os dois principais mercados africanos lusófonos, Angola e Moçambique, é um dos objectivos estratégicos da consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) Portugal. Ao longo dos últimos meses, a filial portuguesa do grupo mundial de consultoria imobiliária tem vindo a apostar na diversificação da sua actividade para outras geografias, tendo já desenvolvido estudos de mercado para investidores, promotores e retalhistas em países como Espanha ou em regiões emergentes como a América do Sul e África. E, segundo revelou o director-geral da Cushman & Wakefield, Eric van Leuven, estes trabalhos têm tido mais expressão nos mercados de Angola e Moçambique, onde a empresa ainda não possui escritórios, pelo que a equipa portuguesa tem trabalhado com a filial da África do Sul. Construção de nova barragem arranca este ano na bacia do rio Púnguè A construção da nova barragem de Nhacangara, no rio Púnguè deverá arrancar ainda este ano na província de Manica, revelou o ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba. De acordo com o governante, estão já disponíveis cerca de 80, 3 milhões de dólares – o equivalente a 2.460 milhões de meticais – para o projecto, graças a um financiamento conjunto entre os governos moçambicano e italiano. Esta soma será aplicada na construção da barragem e numa drenagem de águas pluviais na capital do país, empreendimentos que irão contribuir para a redução do impacto das cheias ou inundações ao longo da bacia de Púnguè e em Maputo. Cadmiel Muthemba disse ainda que «estamos neste momento a preparar-nos para selecionar o empreiteiro que vai executar as obras e garantimos que a construção da barragem vai iniciar ainda este ano». VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 Este projecto governamental surge no âmbito de um programa que tem como objectivo aumentar a disponibilidade de água para as cidades da Beira e Dondo, bem como garantir a irrigação de cerca de 5.000 hectares de terras destinadas à agricultura e a regular os caudais daquela bacia no centro do país, de modo a reduzir o risco de enxurradas. Para a implantação do empreendimento, cerca de 400 famílias que se encontram actualmente a residir nas imediações da área abrangida poderão ter de vir a ser movimentadas. Já o novo sistema de drenagem de Maputo tem como objectivo a diminuição do elevado nível freático nos bairros de Maxaquene e Polana Caliço, bem como o impacto da erosão, e poderá implicar retirada de cerca de mais de 200 famílias. Estima-se que o investimento necessário para realojar as cerca de 600 famílias abrangidas por estes projectos galgue os 4,8 milhões de dólares, o equivalente a 131,2 milhões de meticais. Ex-Facim Maputo Arquitectos Autores Arqtº. Frederico Valsassina Arqtº. Ricardo Bak Gordon Arqtº. João Ferreira Nunes Atelier Projectista VGN Architects Lda Os maiores negócios imobiliários do ano foram realizados pela Cushman & Wakefield A Cushman & Wakefield se orgulha de ter sido a empresa de Real Estate que concluiu os maiores negócios do ano no país. Desde a venda do empreendimento ícone de São Paulo, na Av. Paulista, até uma das torres do projeto corporativo mais grandioso da região de Alphaville. Isso é resultado da nossa abrangência global aliada ao entendimento profundo do mercado local. Av. 25 de Setembro 2834 Maputo Moçambique +258 843 0085 10 Consultores: Em seu próximo projeto, conte com a melhor e maior empresa de Rea C O M E R C I A L I Z A Ç Ã O | I N V E S T I M E N T O | S U S T E N TA B Maior empre Fundador anu_vida_vs-CBRE.indd 1 VINEWS MOÇAMBIQUE Turvisa quer um hotel em todas as capitais de província Aeroporto internacional de Maputo vai ganhar complexo imobiliário O Aeroporto Internacional de Maputo vai ganhar um complexo imobiliário, com hotéis e restaurante, revelou o presidente da Aeroportos de Moçambique, Manuel Veterano. As obras deverão arrancar ainda este ano. O projecto de arquitectura já está pronto, estando agora a dar-se início ao projecto de engenharia. De acordo com Manuel Veterano, o objectivo é que os trabalhos de construção possam ter início dentro de alguns meses, ainda em 2013. O responsável escusou-se contudo a revelar qual o valor estimado para este investimento, bem como quem são os parceiros associados à empresa estatal no desenvolvimento do projecto. Promovido pela empresa pública Aeroportos de Moçambique, o complexo imobiliário será construído na área aeroportuária de Mavalane. Manuel Veterano realçou que o objectivo é que a prazo, o Aeroporto Internacional de Maputo possa oferecer a grande maioria dos serviços que se encontram em outros complexos aeroportuários do mundo, em que os passageiros em trânsito não precisam de sair do recinto do aeroporto para se hospedar, por exemplo. O presidente da Aeroportos de Moçambique falou após a adjudicação formal da elaboração do projecto de recuperação da pista principal, da placa de estacionamento, dos caminhos de circulação de pessoal e equipamentos aeroportuários e de toda a sinalização luminosa do Aeroporto Internacional de Maputo. Este projecto foi adjudicado à empresa de consultoria DHV, e a previsão é que possa estar pronto de forma a que as obras tenham início em 2014. 12 Apostada em continuar a crescer em Moçambique, a Turvisa traçou um objectivo ambicioso: «implantar uma unidade hoteleira em todas as capitais de província», disse Margarida Pinheiro, directora-geral dos Girassol Hotels, a marca hoteleira do grupo Visabeira Moçambique. Traçando caminho para atingir este objectivo, a empresa está já a preparar o lançamento do seu próximo grande projecto: um hotel em Tete, que oferecerá 125 quartos, restaurante, ginásio, cabeleireiro e spa. Citada pela imprensa, a responsável explicou que este será «um investimento mais vocacionado para o turismo de negócios, tendo em conta o interesse que a região tem vindo a despertar em termos económicos». Actualmente, a oferta turística da Turvisa «aponta maioritariamente para o turismo de negócios», esclarece Margarida Pinheiro, acrescentando que «Moçambique é um mercado em crescimento atractivo para o investimento estrangeiro e, como tal, uma plataforma deveras interessante para este segmento». No entanto, garante, «o turismo de lazer também é uma aposta da Turvisa, aproveitando as condições únicas que Moçambique oferece». E, um das apostas mais recentes neste segmento é o Girassol Gorongosa Lodge & Safari, situado em pleno Parque Nacional da Gorongosa. Plano de estrutura da cidade de Nampula vai ser actualizado este ano O Plano de Estrutura da cidade de Nampula vai ser alvo de actualização ainda em 2013, anunciou o presidente da autarquia, Castro Namuaca. Para o efeito, foram já endereçados alguns convites ao Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) e à Electricidade Moçambique (EDM), que se deverão juntar a esta iniciativa. Em conferência de imprensa, o autarca reconheceu que o actual Plano de Estrutura da cidade, concebido há mais de dez anos, já se encontra totalmente desajustado da realidade actual, razão pela qual nos últimos três anos tenha sido desenhado um projecto de requalificação dos bairros. Na ocasião admitiu também os problemas relacionados com a ocupação desordenada na cidade, quer para fins de habitação, quer para instalação de infra-estruturas sociais e económicas. Para subsidiar esta estratégia, foram concebidos planos parciais em alguns pontos VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 da cidade, com destaque para Namicopo e Namutequeliua, disse o edil. Além disso, disse Namuaca, neste momento estão em curso obras e edificação de um forte sistema de drenagem na cidade, para permitir o melhor escoamento das águas pluviais. O projecto inicial contemplava duas componentes, sendo a primeira virada para águas pluviais e outra para águas residuais, esta última ainda sem financiamento. Colliers International tem nova parceira na África do Sul A Colliers International, especialista mundial em real estate services, tem uma nova parceira na África do Sul, onde acaba de se associar à Chelsea Manhattan, líder em property consultancy. Nos trâmites desta associação, a Chelsea Manhattan irá integrar-se totalmente na organização, assumindo a nova designação Colliers International. para a Colliers. Este é um mercado emergente no imobiliário comercial e com grandes oportunidades para nós e para os nossos clientes. Esta é mais uma parte do nosso plano para crescer o nosso negócio na EMEA, quer organicamente, através dos nossos mais de 100 escritórios, quer através de fusões e aquisições», afirma Chris McLernon. Com escritórios em Joanesburgo e na Cidade do Cabo, a nova empresa conta com 34 colaboradores, e irá prestar todos os serviços relacionados com a transacção de imóveis comerciais, destacando-se a elevada especialização na consultoria a grandes empresas (blue chip) internacionais. Mike Blair, Director Executivo na Chelsea Manhattan assumirá o cargo de Director Executivo da Colliers International na África do Sul. Por seu turno, Mike Blair acrescenta que «nós somos líderes em property consultancy na África do Sul e sempre tivemos recursos internacionais. Porém, a Colliers International confere-nos uma plataforma internacional que beneficiará, quer os nossos colaboradores, quer os nossos clientes. O nosso atendimento personalizado não se alterará, mas agora teremos acesso a um conhecimento global em todos os sectores do imobiliário, quer através dos 12.300 profissionais da Colliers, em mais de 500 escritórios distribuídos por 62 países». «Enquanto vital ponto de acesso ao continente africano, a África do Sul é um mercado chave Programas-piloto de melhoramento de habitação vão beneficiar mais 900.000 agregados Os programas-pilotos de melhoramento habitacional e de saneamento, em curso desde Julho de 2012 nos municípios de Maputo e Mandlakazi, no Sul de Moçambique, vão ser estendidos a mais 10 distritos, passando a beneficiar outros 900.000 agregados familiares que vivem em condições de extrema pobreza. A informação foi avançada por fonte do Banco Mundial, citada pelo Correio da Manhã. que isso seja possível, a dotação orçamental de 2013 foi aumentada em 0,8% do PIB, com o objectivo de elevar o nível de assistência social para aquele número de beneficiários. Beneficiando cerca de 960.000 habitantes locais, as acções em curso estão a ser co-financiadas pelo Orçamento do Estado moçambicano e pelo Banco Mundial, e estão avaliadas em 1,7 biliões de meticais, o que corresponde ao aumento de cerca de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 em relação ao Orçamento de Estado de 2012. Neste sentido, acrescenta a mesma fonte, está actualmente em curso um trabalho de sensibilização das autoridades governamentais moçambicanas no sentido de cumprirem com os programas assinados com os doadores externos, já que em alguns casos «há incumprimento e eles estão insatisfeitos com isso», sobretudo devido «à lenta implementação de alguns projectos». O apoio externo deverá ser recuperado durante este ano e o próximo, «casa haja progressos de boa-governação e combate à corrupção». Os dez distritos que também vão passar a ser abrangidos por este programa não foram, contudo, revelados. Sabe-se apenas que, para O Banco Mundial explicou que o seu envolvimento neste projecto visa minimizar «as disparidades interprovinciais que permanecem muito elevadas e com tendência a agravar-se no país». Província de Sofala vai ganhar cinco novas fábricas de cimento A província de Sofala vai ganhar cinco novas fábricas de cimento, que representam um investimento globalmente avaliado em 250 milhões de dólares norte-americanos. Estas infra-estruturas serão erguidas nos distritos de Chibabava, Inhaminga e nas cidades da Beira e Dondo, e as obras deverão arrancar ainda este ano. José Ferreira, director provincial da Indústria e Comércio em Sofala, revelou estar já em curso a tramitação dos processos para a implantação dos referidos projectos, os quais irão criar quinhentos postos de trabalho numa primeira fase. Segundo o responsável, caso não hajam constrangimentos no decurso das obras, pelo menos duas das fábricas de cimento poderão entrar em funcionamento até ao final deste ano. Paralelamente às acções ligadas à implantação destas infra-estruturas industriais, estão também em curso os trabalhos para a instalação de um novo forno na fábrica de cimento do Dondo. Actualize todos os dias as últimas novidades do mercado. www.vidaimobiliaria.com 13 VINEWS MOÇAMBIQUE BAD apoia projecto sobre mudanças climáticas em Moçambique O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) acaba de assinar um acordo com o Governo Moçambicano dando luz verde a uma linha de crédito de mais de 14,8 milhões de dólares que viabilizará um projecto que visa a mitigação do efeito das mudanças climáticas e calamidades naturais. Este valor será distribuído em quatro distritos da provincia de Gaza, no sul do país, no «Projecto Moçambique – Gestão Sustentável da Terra e Recursos Hídricos», que compreende as componentes de agricultura, água e desenvolvimento de infra-estruturas, bem como a restauração de habitats naturais e paisagens. De acordo com a nota de imprensa divulgada pelo Ministério da Planificação e Desenvolvimento, na mesma ocasião foi ainda assinado com o BAD um acordo para a doação de pouco mais de 3,1 milhões de dólares por aquela instituição financeira, que serão também aplicados no projecto. Sotecnisol associa-se ao Grupo Entreposto para entrar em Moçambique A Sotecnisol estabeleceu uma parceria com o Grupo Entreposto, criando a SotecnisolEntreposto, detida em partes iguais pelas duas empresas. A nova empresa tem como objectivo o desenvolvimento de actividades nas áreas de coberturas, fachadas e revestimentos, identificadas como «apresentando boas perspectivas de desenvolvimento futuro neste mercado». O objectivo é que a nova empresa possa expandir a sua oferta gradualmente em Moçambique e à medida das necessidades deste mercado, tendo também na mira as áreas da energia renovável, engenharia e materiais. Desta forma, Moçambique torna-se o quinto mercado internacional onde a portuguesa Sotecnisol está presente, depois de Espanha, Itália, Angola e Argélia. Actualmente, a actividade internacional tem um peso de 10% nas contas na empresa, que opera nos sectores da construção, ambiente e energia. Mas, a meta para os próximos meses é elevar para 30% o peso da facturação internacional. José Luis Castro, Presidente da Sotecnisol, diz que «Moçambique é um mercado estratégico Visite a nova loja Reynaers Aluminium marca presença na Tektónica A Reynaers Aluminium vai marcar presença na segunda edição da Tektónica Moçambique, a principal feira profissional para o mercado da construção, imobiliário e segurança, a ter lugar em Maputo entre 28 de Fevereiro e 4 de Março. Esta participação servirá para a empresa apresentar a sua gama de soluções de sustentabilidade dos edifícios, pensadas para o mercado moçambicano, exibindo um stand que vai dispor de várias novidades como o novo sistema de portas CD 45 Pa. Entre outras iniciativas, serão também apresentados os projectos de referência da Reynaers a nível mundial, com foco especial nos grandes projectos executados no mercado Moçambicano. 14 para a Sotecnisol, pelo crescimento económico que vive actualmente e pela necessidade de investimento em infra-estruturas». Por isso, acrescenta, «a parceria com o Grupo Entreposto é uma grande mais-valia, pois trata-se de um grupo forte que opera no país há várias décadas e cuja oferta de produtos é complementar à nossa». Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração Executivo do Grupo Entreposto, Pedro Palhinha, acrescenta que «a parceria com a Sotecnisol para Moçambique permite-nos alargar a nossa oferta de produtos e serviços para novas áres, estratégicas para o futuro deste país». www.loja.vidaimobiliaria.com da Vida Imobiliária Lançado o projecto de um novo hospital na província de Nampula O Gabinete da Primeira-Dama e a FBT IC, empresa especializada na construção de edifícios hospitalares e de educação, lançaram um novo projecto para a construção de um hospital generalista na província de Nampula, no norte de Moçambique. As obras deverão arrancar no próximo mês de Junho, prevendo-se que fiquem concluídas em Dezembro de 2014. João Silva director-geral da FBTIC explicou que o hospital será gerido pelo sector privado e contará com 50 consultórios e 33 especialidades médicas. Oferecerá 45 quartos duplos e 67 individuais, com uma capacidade de internamento para 157 pessoas. VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 A escolha para a construção desta infra-estrutura recaiu sobre a província de Nampula porque esta é uma das províncias mais populosas do país e um ponto de referência na captação de mais investimentos, pelo que se impõe a necessidade de dotá-la com capacidade para responder às necessidades de desenvolvimento, explicou a directora do Gabinete da Primeira-Dama de Moçambique, Flávia Cuareneia. De acordo com esta responsável, o novo hospital terá também uma componente social para atender a população de baixa renda. Projecto «Casa Jovem» atinge 1.000 unidades em Maputo em 2013 O número de casas construídas ao abrigo do Projecto Casa Jovem na cidade de Maputo vai continuar a crescer em 2013, prevendo-se que atinja as 1.000 unidades até ao final deste ano, informou o coordenador do projeto Eric Charas. Anunciado em 2010, o Projecto Casa Jovem tem como objectivo colmatar a ausência de oferta de habitação para os jovens moçambicanos, particularmente em Maputo. No âmbito desta iniciativa estão projectados cerca de 1.800 apartamentos de diversas tipologias, incluindo 144 casas do tipo 1, 624 casas do tipo 2, 608 casas do tipo 3 e 160 casas do tipo 4. Os apartamentos serão distribuídos em 72 prédios de quatro pisos. Além da componente habitacional, o projecto Casa Jovem tem também projectados espaços comerciais multifuncionais, possibilitando abarcar o mais variado conjunto de serviços à disposição dos seus moradores, nomeadamente, supermercados, farmácias, padarias / pastelarias, ginásios, cafés, escritórios, locais de lazer, entre outros. Enquanto isso, decorre a conclusão de um lote de mais de 500 unidades previstas para a primeira fase. Os primeiros imóveis já começam a ser entregues aos proprietários. Segundo a mesma fonte, está também prevista a construção de mais 400 casas do tipo três. E para 2013 está também projectada a construção de 15 residências a um custo subvencionado de 500.000 meticais (cerca de 17.000 dólares) para jornalistas. A construção de habitações para profissionais jovens de comunicação social será o fruto de uma parceria entre a empresa Charas Lda e a Associação para a Preservação da Verdade (APREVE). Segundo a Charas, esta iniciativa tem como objectivo contribuir para que os jovens profissionais da comunicação social sejam capazes de amortizar o valor de uma habitação, de forma faseada, sem comprometer os seus rendimentos. Construção da nova casa do Comité Olímpico de Moçambique prestes a arrancar Os trabalhos de construção do novo edifício que vai albergar o Comité Olímpico de Moçambique deverão arrancar no mês de Março em Maputo, prevê aquele organismo. Além de escritórios, o edifício de 15 andares irá também contar com uma zona comercial. Em declarações recentes à imprensa, o presidente do Comité Olímpico de Moçambique realçou a importância desta infra-estrutura que, garante, não vai só melhorar as condições de trabalho, mas também preparar os atletas nacionais em diferentes modalidades. A cerimónia simbólica do lançamento da primeira pedra da obra teve lugar em Setembro de 2011, aquando da visita do Presidente do Comité Olímpico Internacional, Jacques Rouge. www.vidaimobiliaria.com CPCI dá luz verde a quatro projectos no valor de 23,3 milhões de dólares O Centro de Promoção de Investimentos (CPCI) deu luz verde a quatro novos projectos de investimento para o país que, globalmente, estão orçados em 23,3 milhões de dólares norte americanos e que projectam a criação de 334 novos postos de trabalho para moçambicanos. Estes investimentos dizem respeito aos sectores da construção, serviços e transportes, e irão localizar-se nas províncias de Nampula, Sofala e na cidade de Maputo. Hotel Girassol já chegou à vila do Songo A rede hoteleira Girassol continua a crescer em Moçambique e, depois das unidades de referência em Maputo, Nampula, Lichinga e Gorongosa, já chegou também à vila do Songo, província de Tete. Equipado com uma oferta de 14 quartos – sete singles e sete suítes nas tipologias T1 e T2 – o novo Girassol Songo Hotel já foi visitado pelo Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, que foi recebido por Fernando Nunes, presidente da empresa detentora dos hotéis Girassol, a Visabeira. Actualize todos os dias as últimas novidades do mercado. 15 EVENTOS TEKTÓNICA Tektónica Moçambique está de volta a Maputo Pelo segundo ano consecutivo, a Tektónica Moçambique volta a Maputo. De 25 de Fevereiro a 4 de Março, o Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano vai reunir a fileira da Construção, Obras Públicas e Imobiliário, consolidando o evento como o principal ponto de encontro do sector no país. E, com o objectivo de repetir o sucesso registado em 2012, esta segunda edição do certame aportará várias novidades, como conta o director da área de feiras da AIP – Feiras, Congressos e Eventos, Jorge Oliveira, responsável pela organização. Vida Imobiliária (VI) - Qual o balanço da adesão dos parceiros empresariais à segunda edição da Tektónica Moçambique? Jorge Oliveira (JO) -A 2ª edição da Tektónica Moçambique apresenta uma significativa evolução em relação a 2012. Em primeiro lugar porque alarga o seu leque de abrangência ao ser realizada em simultâneo com a Intercasa Concept Moçambique e porque mais do que triplicou o seu número de expositores. A Tektónica Moçambique é hoje o grande evento moçambicano para o sector da construção, imobiliário, energia, ambiente e segurança e o local de apresentação por excelência dos grandes projectos em curso e perspectivados neste país. A AIP Feiras Congressos e Eventos conta com mais de 20 parceiros na organização da Tektónica Moçambique, de onde se destacam por exemplo: a Câmara de Comércio Moçambique Portugal, a AICEP, IPEX, CTA, FME, CPI, Confederação Empresarial dos Países de Língua Portuguesa, CIMLOP, CIALP. VI - O que podemos esperar da Tektónica, em termos de dimensão? JO -Muito mais do que uma feira, a Tektónica é um projecto dinâmico de aproximação entre empresas e instituições, funcionando como um acelerador na concretização e projectos de negócios. A Tektónica divide-se em 4 grandes pilares. Em primeiro lugar, existirá a exposição em conjunto com a Intercasa Concept Moçambique (com mais de 120 expositores em 2013). Haverão também encontros empresariais nas provín- Tektónica promove acções fora de Maputo A Tektónica Moçambique tem um vasto conjunto de acções importantes em várias cidades para além de Maputo. 26 de Fevereiro Encontro com empresários em Nampula e Nacala 27 de Fevereiro Encontro empresarial na cidade da Beira. Em simultâneo será realizada uma visita de cortesia ao município de Matola. 16 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 28 de Fevereiro Abertura da Tektónica Moçambique seguida da Conferência de Arquitectura e Urbanismo. 1 de Março Fórum da Construção e visita oficial de membros do governo de Portugal e Moçambique. Cerimónia de entrega de prémios. cias, sendo que este ano estaremos em Nampula, em Sofala e no Município de Matola. Estamos também a organizar conferências e workshops, entre os quais destacamos o Fórum da Construção com parceria especial com a FMEFederação Moçambicana de Empreiteiros, a Conferência de Arquitectura e Urbanismo com parceria especial com as Ordens dos Arquitectos de Portugal e Moçambique. E, por último, teremos encontros de negócios e atribuições de prémios – em 2013 apresentamos a primeira edição dos prémios “Cooperação Moçambique Portugal”, “Tektónica Moçambique” e “Intercasa Concept Moçambique”, distinguindo pessoas, empresas e instituições com trabalho relevante no mercado Moçambicano. VI - Quais são os setores de atividade (dentro da esfera da construção e do imobiliário) que estarão representados? JO - A presença das empresas expositoras é muito diversificada, desde as máquinas, ferramentas e equipamentos para a construção, pavimentos e revestimentos, promotores imobiliários, energias renováveis e eficiência energética, tubos e acessórios, isolamentos, espaço banho e cozinha, sanitários, isolamentos, argamassas, sistemas de segurança entre outros. VI - Qual será o peso das empresas nacionais no certame? E em termos de participação internacional, qual o balanço? JO - O peso das empresas portuguesas continua a ser relevante, embora seja cada vez maior a presença de empresas moçambicanas, ou empresas de capital luso-moçambicano. Também pela primeira vez vamos receber empresas de outros países, embora muito poucas, sendo no entanto expectável que já em 2014 esse perfil de empresas também tenha um grande aumento. VI - Existem muitos participantes que sejam repetentes da edição de 2012? JO- Há efectivamente muitas empresas repetentes e sobretudo apraz-nos verificar que algumas das que estiveram connosco em 2012 já se estabeleceram com parcerias em Moçambique. No entanto devido ao exponencial aumento do número de empresas este ano, a grande maioria vai pela primeira vez. A Tektónica Moçambique tem também esse importante papel de abrir as portas do mercado moçambicano sobretudo às PME’s. VI - Que aspetos querem melhorar em relação à primeira edição desta feira, realizada em 2012? E quais as principais novidades? JO - Esta iniciativa organizada pela AIP - FCE encontra-se, conforme referi anteriormente, numa fase de crescimento acelerado, pelo qual nós temos tido o grande cuidado de dotar a Tektónica Moçambique de todas as ferramentas habituais nos certames mais evoluídos. Este mix de capacidade de estimular os encontros empresariais, os negócios e o reconhecimento de quem trabalha arduamente em prol do sector e dos respectivos países, coloca o certame com uma filosofia moderna e positiva capaz de ser uma alavanca importante para as empresas que nos visitam e que aqui apresentam os seus produtos e serviços. Há várias novidades, mas a 1ª edição dos prémios “Cooperação Moçambique Portugal” é seguramente um dos grandes momentos, sendo a sua apresentação no dia 1 de Março perante uma plateia de cerca de 200 empresários e entidades de Portugal e Moçambique. VI - De modo geral, quais são as expetativas da organização em relação a este certame? JO- A Grande expectativa é que a Tektónica Moçambique passe a ser um evento de características nacionais, movimentando empresários de norte a sul de Moçambique nas áreas de referência do certame. Os indicadores de que dispomos tendem a referir que esse objectivo será alcançado já este ano. VI - Quais são, no seu entender, as grandes mais valias aportadas pela realização de um evento deste género para o desenvolvimento do mercado da construção, imobiliário e obras públicas em Moçambique? JO - Uma das grandes preocupações da Tektónica Moçambique é a descentralização, levando o conhecimento a todas as províncias de Moçambique. Recordamos que é nas províncias que está uma importante parte do potencial de desenvolvimento de País. Aproximar e proporcionar trocas de experiências e necessidades entre entidades públicas, construtores, instaladores, comerciantes, arquitectos, engenheiros, outros técnicos qualificados, empresários em geral é o papel central da Tektónica Moçambique. Claro que em todo este processo é importante que a Tektónica Moçambique seja um momento importante na apresentação de novidades para os diferentes sectores envolvidos. VI - Como avalia o mercado da construção e do imobiliário moçambicano, e as oportunidades e desafios que encerra para as empresas que nele queiram apostar? JO- Moçambique é um mercado com tanto potencial, as relações empresariais entre Portugal e Moçambique podem ser impulsionadoras de tantos projectos conjuntos que por vezes é difícil quantificar a dimensão desta oportunidade para os dois países. Mais do que qualquer avaliação sectorial importa referir o trabalho que desenvolvemos junto dos empresários portugueses para apostarem no respeito pela cultura e história de moçambique, pelo conhecimento da sua maneira de estar nos negócios, as suas particularidades e as suas necessidades e anseios. A credibilidade e a correcção é hoje absolutamente fundamental no mundo dos negócios e felizmente os empresários portugueses lidam muito bem com esse conceito. O mercado moçambicano está com grandes projectos na área das infra-estruturas, impulsionados sobretudo pelas áreas da energia e minas. A rede de transportes, as telecomunicações, enfim, todo este desenvolvimento terá uma repercussão em cadeia que facilmente atinge o sector imobiliário quer para habitação, escritórios ou para o comércio e industria. Por fim parece-me importante frisar que as empresas que queiram trabalhar no mercado moçambicano, devem ter uma perspectiva de médio prazo e incorporar nesse desiderato os seus melhores quadros de recursos humanos. Quinzena Empresarial Moçambique Portugal Em 2013, a Tektónica Moçambique está integrada no âmbito da Quinzena Empresarial Moçambique Portugal, uma iniciativa da AIP – Feiras, Congressos e Eventos, e que vai decorrer de 25 de Fevereiro a 7 de Março. O número de empresas envolvidas nesta missão empresarial ronda as 250. Jorge Oliveira, director da área de feiras da AIP, comenta que esta «é uma feliz coincidência, pois foi possível à AIP organizar este fórum alargado a sectores tão importantes como a Construção, o Imobiliário, Energia, Decoração, Hotelaria e Restauração, Agro Alimentar e Distribuição Alimentar». Esta iniciativa irá contribuir para «mostrar de uma vez por todas o muito que Portugal e Moçambique têm a ganhar com esta parceria cada vez mais forte. A grandeza que esta quinzena já atinge dá mais força a empresas, entidades oficiais e organizações como a AIP a continuar este trabalho de trazer à tona novas oportunidades de investimento, de negócio e de coesão empresarial», considera. 17 OPINIÃO CIMLOP Luís Lima Presidente da CIMLOP - Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Português Investimento imobiliário promove desenvolvimento Económico Especialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmam que Moçambique é um dos 10 países do mundo que mais cresceu na última década. Só em 2012, este país verificou um crescimento na ordem dos 7,5%, crescimento este essencialmente associado ao início das exportações e carvão e aos fortes desempenhos dos serviços financeiros e de sectores de transportes, comunicações e construção. Para 2013, a projecção de crescimento da produção global no país está na ordem dos 8,6%, sendo que, para a fileira do imobiliário e construção, esta projecção regista um incremento que se situa na ordem dos 5,6%. Com a paz devidamente consolidada no país, que vive também uma estabilidade política e um pleno e normal funcionamento das instituições, estes números ganham uma dimensão ainda mais importante. Esta pujança da economia moçambicana vem assim criar uma dinâmica aparentemente imparável, pelas grandes oportunidades que se apresentam e que têm sido alvo de grande interesse por parte de grandes, médios e pequenos investidores, nomeadamente vindos de países de Língua Oficial Portuguesa. De facto, Moçambique tem vindo a consolidar a sua posição junto dos mais diversos destinos de investimento e o sector do imobiliário e da construção, é um dos sectores em que os investidores mais procuram apostar. Neste sentido, a Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), a que presido, tem vindo a desenvolver um papel importante, na promoção do conhecimento cruzado e complementado pela formação profissional especifica nos espaços que dela possam beneficiar, por parcerias comerciais entre as organizações que 18 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 integram a CIMLOP e pela sensibilização dos poderes para as vantagens de aproximação das regras que tutelam os diferentes mercados, especialmente quando vocacionadas para fomentar a transparência de uma atividade económica que visa o desenvolvimento sustentado dos países. Não podemos esquecer que o crescimento do mercado imobiliário está directamente relacionado com a economia dos países, e que o incremento desta fileira em Moçambique representa desenvolvimento. Recordo que, há cerca de um ano, quando a minha presença na I Tektónica Moçambique, a maior feira profissional de Construção, Imobiliário, Energia, Ambiente e Segurança de Moçambique, fiquei particularmente impressionado com as oportunidades que o país tem para oferecer, especialmente no espaço da lusofonia, onde o país se inscreve e onde as oportunidades de investimento podem ser mais eficazes para todas as partes. No que diz respeito aos países de Língua Oficial Portuguesa, a língua em comum é uma vantagem inegável e um elemento facilitador para quem pretende estabelecer parcerias, garantindo assim que se ergam as pontes culturais necessárias a toda a cooperação no domínio dos negócios. No entanto, apesar desta inegável vantagem, as oportunidades que hoje se abrem no país exigem, de quem as procura, muita transparência e muito trabalho, que deverá ser levado a cabo com um espirito aberto à constituição de parcerias com empresas locais, que garantam um conhecimento específico da própria realidade do país. É deste modo que se poderá cimentar pontes e unir interesses que conjuguem a vontade de investir com a necessidade de desenvolvimento do país. PONTE ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA EM CAIA SOBRE O RIO ZAMBEZE NOVA PONTE DE TETE SOBRE O RIO ZAMBEZE SHOPPING DE TETE EDIFÍCIO EPSILON 24 EM MAPUTO SEDE DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA EM MAPUTO SEDE DO BANCO ÚNICO EM MAPUTO EDIFÍCIO ESCOM BRAZZAVILLE NO CONGO CONJUNTO HABITACIONAL NAS BARREIRAS EM MAPUTO PONTE MAPUTO-KATEMBE, MASTERPLAN DA KATEMBE E ESTRADA ATÉ PONTA DO OURO DESDE 1973 A PROJECTAR UM MUNDO MELHOR NA VANGUARDA DA ENGENHARIA BETAR Projectos Prediais Projectos de Obras de Arte Av. Elias Garcia 53 – 2º Esq., 1000-148 Lisboa. Portugal +351 217 826 110 www.betar.pt Projectos Viários BTR.AO Projectos de Infra-Estruturas Gestão de Obras de Arte R. Kwamne NKrumah 31 1ºD, Maianga, Luanda. Angola + 244 943 525 033 www. betar.pt Estudos de Impacto Ambiental e Social MZ BETAR Inspencção de Obras de Arte Estudos de Viabilidade Técnica e Económica TORRE MARAVILHA EM LUANDA Planeamento e Fiscalização de Obras 4 EDIFÍCIOS SKY CENTER EM LUANDA Av. 25 de Setembro 1509, 4º – 5, Maputo. Moçambique +258 21 30 20 80 www. betar.pt Dossier As oportunidades imobiliárias em Moçambique 20 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 Desfrutando de um período de estabilidade macroeconómica, Moçambique assume-se agora como uma das principais plataformas de investimento internacional em África. De acordo com os dados mais recentes, nos próximos dez anos o país deverá receber investimentos na casa dos 80.000 milhões de dólares, e que irão contribuir para que o seu PIB possa mesmo superar o de Angola. O bom momento económico – que os especialistas antevêem continuar nos próximos anos – abre todo um mundo de oportunidades para os sectores da construção, obras públicas e imobiliário neste país, ainda muito carenciado de infra-estruturas básicas, de saneamento, energia, transporte, habitação, entre vários outros. Há ainda um longo caminho a percorrer para melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos moçambicanos, mas os primeiros passos já estão a ser dados. E, este panorama económico oferece inúmeras oportunidades às empresas que operam nas esferas da construção e do imobiliário, as quais, se espera, venham a ter um papel decisivo neste plano de desenvolvimento de Moçambique, inclusivamente assumindo-se como importantes fontes na produção de riqueza para o país. Vista do Hotel Polana © Aleutia 21 DossiER Especial Moçambique Economia moçambicana em crescimento atrai mais investimento Nos últimos anos, a economia moçambicana tem estado em plena rota de crescimento, atraindo um número crescente de investidores internacionais e oferecendo inúmeras oportunidades às empresas que operam nos sectores da construção e do imobiliário. Atravessando um período de estabilidade macro-económica, ao longo da última década o PIB moçambicano registou um crescimento médio de 7%, segundo dados da AICEP. E, neste clima de crescimento, os investimentos públicos e privados são cada vez mais frequentes, estimando-se que, só na área da energia, infra-estruturas e sector mineiro, estes devam superar os 90.000 milhões de dólares ao longo dos próximos dez anos. Sem estarem restringidos à capital, Maputo, estes investimentos estendem-se também a outras regiões como a Beira, Tete, Nampula ou Pemba, e envolverão um conjunto vasto de oportunidades nas áreas da construção e obras públicas, da energia, das máquinas e equipamentos, da habitação e turismo, da logística, dos serviços às empresas, da agricultura e produtos de consumo. Desde 2003 até aos dias de hoje, Moçambique foi o 14º país africano com maior capacidade de atracção de Investimento Directo Estrangeiro (IDE). E, a África do Sul destaca-se como o país que mais projectos de IDE efectuou em Moçambique, seguindo-se Portugal, o Reino Unido, a Índia e o Brasil. Moçambique é uma das cinco economias que mais cresce até 2015 Detentor de uma das maiores reservas mundiais de gás natural e de carvão, o país deverá tornar-se numa das principais referências mundiais do sector energético nos próximos anos, podendo mesmo vir a bater-se com Angola no que toca ao PIB, considera a consultora SPTEC Advisory, uma referência internacional na indústria energética. E, no período entre 2011 e 2015, Moçambique deverá destacar-se como uma das cinco economias que mais terá crescido a nível mundial, com o crescimento real do PIB a aproximar-se dos 8%, segundo dados do BES Research. O Governo moçambicano prevê que a economia nacional cresça até 8,4% em 2013, com uma taxa de inflação média anual inferior a 7,5%, enquanto as exportações deverão crescer 14% em termos homólogos, Moçambique Capital: Maputo População (milhões): 22,5 (2012) Tempo: GMT +2 Tipo de Governo: República Unitária Lingua Oficial: Português Área: 744.9 mil Km2 Moeda: Metical (MZN) Religião: Maioritariamente cristã (católicos 24%), muçulmanos (18%) Fonte: FMI, Banco Mundial, COSEC, World Economic Forum, Global Heritage, Commonwealth 22 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 para os 3.558 milhões de dólares, de acordo com Plano Económico Social (PES). Durante a apresentação do documento, o primeiro-ministro, Alberto Vaquina, sublinhou que «o Plano Económico e Social e o Orçamento do Estado para 2013 têm em vista dar continuidade à materialização das aspirações do nosso povo, no âmbito do cumprimento do Programa Quinquenal do Governo para o período 2010-2014». No seu plano, o Governo prevê ainda constituir Reservas Internacionais Líquidas (RIL) no valor de 281 milhões de dólares, elevando o saldo para 2.791 milhões de dólares, o equivalente a 4,8 meses de importações de bens e serviços não factoriais. Cobertura da rede das instituições financeiras, distribuição provincial, 2012 (Junho) Balcões em Funcionamento Balcões Autorizados Maputo CIdade 169 177 Maputo Província 48 53 Nampula 47 57 Desempenho económico superou as expectativas em 2012 Sofala 45 46 Tete 30 34 No decurso da sessão de apresentação do PES, o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiúba Cuereneia, disse ainda que o desempenho da economia moçambicana superou as expectativas em 2012, com a taxa de inflação a manter-se controlada e o metical, a moeda nacional, a manter-se estável relativamente ao rand da África do Sul e o dólar dos Estados Unidos. «A estabilidade do metical contribuiu para a redução do nível geral de preços dos principais produtos de consumo no país», salientou. Até ao passado mês de Setembro, o governo deu luz verde a 264 projectos de investimento no país, avaliados globalmente em 2.700 milhões de dólares, os quais, conjugados com iniciativas nacionais de financiamento à actividade económica resultaram na criação de cerca de 113.000 novos postos de trabalho. O ministro Aiuba Cuereneia disse ainda que as reservas internacionais líquidas de Moçambique atingiam os 2.664 milhões de dólares no final de Outubro de 2012, valor suficiente para cobrir cinco meses de importações de bens e serviços. Gaza 30 33 Ihnambane 29 29 Manica 23 27 Zambézia 21 23 Cabo Delgado 14 15 Niassa 10 11 Sector das Obras Públicas e Construção Civil deverá crescer 5,6% em 2013 As projecções económicas favoráveis deixam antever inúmeras oportunidades para as empresas que operam nas esferas da construção e do imobiliário. E, de facto, as previsões governamentais apontam para um crescimento na ordem dos 5,6% nos sectores das obras públicas e construção civil em 2013, impulsionado pelos investimentos em curso na área das infra-estruturas. O aumento da rede escolar, sanitária e eléctrica, bem como a construção e reabilitação de estradas, pontes e fontes de abastecimento Províncias Fonte: Banco de Moçambique, KPMG, Espírito Santo Research de água continuarão a ser prioridades da acção do Governo em 2013. «Continuaremos a promover a construção de habitação condigna, adquirir medicamentos para a assistência das populações nas unidades sanitárias, assegurar a promoção, progressão, mudança de carreira e o cumprimento de outros direitos dos funcionários públicos», afirmou o primeiro-ministro durante a apresentação do PES. Expansão da actividade bancária continua a ser uma prioridade A expansão da actividade bancária no país continua a ser uma prioridade do Banco de Moçambique. Entre 2007 e Junho de 2012 o número de distritos com agências bancárias passou de 27 para 58, sendo que actualmente se encontram em funcionamento 466 balcões bancários no país, estando autorizados 504. No presente são 18 as instituições financeiras que integram o sistema financeiro moçambicano, embora 80% do volume de negócios esteja concentrado na actividade dos quatro maiores bancos. Localização estratégica faz do país uma das principais portas de entrada na SADC Geograficamente, Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica a nível da SADC (South African Development Community), e assume-se como uma das principais portas de entrada na região. O PIB da África Austral atinge actualmente cerca de 700.000 milhões de dólares, reunin- do 300 milhões de consumidores. Neste sentido, o investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional, conclui o BES Research. O ambiente de negócios em Moçambique coloca o país na 18ª posição entre os 46 países da África Subsahariana no indicador Doing Business 2012 (o 5º na protecção ao investidor), situando-se actualmente na 139ª posição entre os 183 países avaliados. E, no ranking de liberdade económica Indexo of Economic Freedom 2012, Moçambique situou-se no 15ª lugar entre os países da África Subsahariana. 23 DossiER Especial Moçambique Indicadores Macro-Económicos 2010 2011 2012 (E) 2013 (E) 2014 (E) PIB Preços Correntes EUR mil milhões 7,1 9,2 10,9 11,8 13,3 PIB taxa de crescimento real Percentagem 6,8 7,1 6,7 7,2 7,8 Taxa de inflação Percentagem 12,7 10,4 7,2 5,6 5,6 Taxa de Câmbio EUR / MZN 45,5 40,4 35,5 35,5 35,5 Balança Corrente Percentagem do PIB - 11,7 - 13,0 - 12,7 - 12,4 - 11,9 Saldo Orçamental Percentagem do PIB - 4,0 - 4,9 - 6,3 - 6,0 - 5,6 (E) - Estimativa Fonte: BES Research, FMI, Bloomberg Ambiente de Negócios, 2012 Facilidade de Fazer Negócios (Doing Business 2012 Ranking) O maior banco do país é o Banco Internacional de Moçambique (BIM), detido pelo grupo português BCP e pelo Tesouro Moçambicano. Este é banco com a maior quota do mercado em volume de negócios, cerca de 40%, liderando também no que se refere aos activos totais e à vertente do crédito. Na lista dos maiores bancos moçambicanos, o segundo lugar é ocupado pelo Banco Comercial e de Investimento (BCI) – detido pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos (51%) e BPI (30%) – e pelo sul-africano Standard Bank, ambos com uma quota em volume de negócios acima de 15%. Quer o BIM, quer o BCI se encontram no top 100 dos maiores bancos de África, ocupando a 77ª e a 99ª posição, sendo o Standard Bank Group o maior grupo bancário de todo o continente. O português BES, através da sua participada BES África, detém 25,1% do capital do Moza Banco (embora a Moçambique Capitais, de investidores moçambicanos, se mantenha a acionista maioritária, com 50,4% do capital). Em 2011 foi lançado o Banco Único, pelos grupos portugueses Visabeira e Amorim (Gevisar SGPS – 62%). Também o Banco Nacional de Investimentos conta com uma participação de 49,5% do Estado português. 24 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 139/ 183 Protecção dos Investidores 46/183 Comércio Transfronteiriço 136/186 Cumprimento de Contratos 131/183 Liberdade Económica (Economic Freedom 2012 Ranking) 108 / 179 Competitividade (Global Competitiveness Index 2011-2012 Ranking) 133 / 142 Requerimentos Básicos 133 / 142 Infra-estruturas 123 / 142 Instituições 105 / 142 Potenciadores de Eficiência 129 / 142 Inovação e Sofisticação 115 / 142 Cosec (Risk Group) Classificação de 1 (risco menor) a 7 (risco maior) 6 Standard & Poor’s (Rating) Classificação de AAA (menor risco) a D (risco maior, default) Dívida longo prazo em moeda local B+ Dívida longo prazo em moeda estrangeira B+ Outlook Estável Fonte: BES Research, FMI, Banco Mundial, COSEC, World Economic Forum, Global Heritage, Commonwealth DossiER Especial Moçambique António Raposo Subtil João Ricardo Nóbrega Sócios da Raposo Subtil e Associados - Sociedade de Advogados, RL Fundos de Investimento Imobiliário em Moçambique: Um aposta de Futuro! O quadro legal dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) em Moçambique vem previsto e regulado no Decreto nº 54/99 de 8 de Setembro, (entretanto alterado pelo Decreto nº 36/2005, de 29 de Agosto) representando este Diploma um importante avanço no âmbito de Mercado de Capitais, ao criar um instrumento financeiro com enorme potencialidade para contribuir activamente no desenvolvimento económico de Moçambique. Da análise do referido regime jurídico, e pese embora a, ainda, escassa regulamentação, são evidentes as semelhanças com o enquadramento legal dos FII em Portugal, nomeadamente, a nível da: (i) natureza - enquanto patrimónios autónomos e sem personalidade jurídica, pertencentes a um ou mais participantes; (ii) representação - a administração dos FII é levada a cabo por uma entidade gestora, que actua no interesse exclusivo dos participantes; (iii) Constituição - está sujeita a um procedimento promovido pela entidade gestora e à autorização de uma entidade supervisora; (iv) Segregação de responsabilidades - separação nítida entre os patrimónios do FII, dos investidores e da entidade gestora. Não obstante a existência de elementos estruturais idênticos, existem manifestas diferenças entre os regimes jurídicos em causa, sendo de destacar, a proibição genérica dos FII, em Moçambique, contraírem financiamento (salvo por 120 dias, seguidos ou interpolados, num período de um ano e com um limite de até 10% do valor global da carteira) e, ainda, estão expressamente vedados de adquirir quaisquer bens objecto de garantias reais. De sublinhar que esta limitação legal acarreta uma diferença substancial ao nível do Funding deste tipo de veículos, designadamente no que respeita à aquisição e desenvolvi- 26 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 mento de projectos imobiliários. Em Portugal, para além do auto financiamento por via de aumentos de capital, é ainda reconhecido aos FII o direito de recorrer ao financiamento externo, maxime, empréstimos bancários. Por outro lado, em Moçambique, apenas é admitida a constituição de FII Fechados ou Abertos, sendo que, em Portugal, para além daqueles, há a possibilidade de constituição de FII mistos, existindo, ainda, um regime específico para os chamados FII "sectoriais" (Florestais, Reabilitação Urbana e Arrendamento Habitacional). De salientar, ainda, que em termos de Supervisão, compete ao Banco de Moçambique a fiscalização do disposto na lei e na regulamentação aplicável em matéria de FII, sendo que, em Portugal, tal função se encontra atribuída à CMVM. Com a manutenção dos indicadores de crescimento da economia e, em particular, no sector imobiliário, estamos em crer que Moçambique poderá beneficiar das vantagens inerentes ao investimento em FII, os quais, para além de uma forma segura de reserva e captação de valor, permitem, em momentos de expansão, uma maior e eficiente canalização de investimento por parte dos agentes económicos, com particular destaque para os investidores estrangeiros. Acresce que os FII concorrem, sem sombra de dúvida, para um acréscimo de credibilidade, transparência e segurança no ambiente dos mercados de capitais e imobiliário, solidificando as bases para um desenvolvimento sustentado. Neste contexto, chamamos à colação a meta que o Executivo Moçambicano estabeleceu para o quinquénio 2010-2014, relativamente à construção de 100.000 habitações em todo o país, desafio este que constitui, em N/ entendimento, uma oportunidade válida e eficaz para este tipo de Instrumentos ajudarem a resolver o déficit habitacional do país, por via de modelos de sustentabilidade financeira alternativos, em que os FII assumem um papel primordial. DossiER Especial Moçambique Prime Yield MZ lança estudo sobre o mercado imobiliário moçambicano na Tektónica Pelo segundo ano consecutivo a Prime Yield MZ, lança o seu Estudo de Mercado Imobiliário Moçambique 2013 na Tektónica Moçambique, um documento que analisa os sectores da Habitação, Escritórios, Turismo e Retalho em Maputo. Presente neste mercado, a empresa presta serviços de consultadoria e avaliação imobiliária, estando já preparada para dar resposta às mais recentes necessidades das empresas que operam em Moçambique, incluindo a avaliação de imóveis e outros activos tangíveis. Daniela Costa, do Departamento de Research da Prime Yield MZ, avança as principais conclusões deste estudo e comenta a actividade da empresa no mercado moçambicano. Vida Imobiliária (VI) – A Prime Yield alargou a sua internacionalização também a Moçambique. Porque é que decidiram apostar neste país? Daniela Costa (DC) – A internacionalização é um dos caminhos possíveis para a susten- 28 tabilidade das empresas, tendo em conta a actual conjuntura económica em Portugal. Moçambique é um dos países africanos que, com o crescimento económico registado nos últimos anos, tem vindo a despertar grande interesse em players nacionais e internacionais, que desejam investir no país. Caracteriza-se por um grande potencial e VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 oportunidades de negócio por explorar, nos mais diversos sectores de atividade, nomeadamente, no mercado imobiliário. Depois de Portugal, Angola, Brasil e Cabo Verde, a Prime Yield decidiu expandir a sua actividade a Moçambique, prestando apoio a todas as empresas que desejam realizar investimentos imobiliários neste mercado. VI – Qual a mais-valia que a Prime Yield oferece aos seus clientes em Moçambique? DC- Em todos os mercados em que actua, a Prime Yield recorre aos standards preconizados pelo RICS (Royal Institution of Chartered Surveyors) e veiculados pelas normas de avaliação contidas no Red Book. Adopta critérios e métodos de trabalho que vão permitir ao potencial investidor ter uma análise comum e comparável nos vários países. O nosso know-how no domínio da consultoria imobiliária e a forte presença neste país permite dar a conhecer, aos nossos clientes, a realidade do mercado moçambicano, garantindo uma tomada de decisão sustentada, apoiada em informação de valores de mercado e critérios adequados às características dos activos. Além disso, ao prestarmos serviços de Consultoria e Estudos de Viabilidade Económico-Financeira, assumimos um papel preponderante na tomada de decisão de um potencial investimento, analisamos diferentes cenários alternativos, e recomendamos produtos imobiliários que se ajustem à realidade do mercado. Por outro lado, é importante frisar que estamos sempre na vanguarda para dar uma resposta rápida e consistente aos nossos clientes, com uma adequação dos nossos serviços a todas as necessidades que possam emergir em cada país. VI – Em que medida é que conseguem adequar esses serviços? Como é que isso se está a traduzir em Moçambique? DC – Por exemplo, no âmbito da definição de um quadro normativo que permita efectuar correções e actualizações monetárias no balanço das empresas moçambicanas, encontra-se agora em fase de aprovação a proposta de decreto que aprova pelo Conselho de Ministros o regulamento de reavaliação dos activos tangíveis. Esta lei permite às empresas refletirem o valor de mercado dos imóveis nos seus balanços, por forma a obterem um valor patrimonial actualizado, de acordo com a atual realidade económica do país. A Prime Yield MZ está preparada para dar resposta imediata aos seus clientes nesta área, capitalizando o know how que tem desenvolvido em Portugal. Como empresa especializada, fornecemos serviços de avaliação de: a) imóveis afectos ao património das empresas assente em valores de mercado, b) maquinaria e equipamento, c) das próprias empresas. Fonte: Prime Yield MZ Mercado Imobiliário Moçambicano tem grande potencial de crescimento VI – Como é que a performance da economia tem influenciado a captação de investimento? DC - A economia moçambicana registou nos últimos tempos um crescimento médio em torno dos 8%. Em 2012, fruto do desempenho positivo de um conjunto de sectores de atividade - agricultura, indústria, transportes e serviços, o crescimento registou-se em torno dos 7,5%. Destaca-se o sector mineiro, que depois de um período de estagnação, com a vinda de produtores de relevância mundial (p.e. brasileira Vale), tem assistido a um crescimento muito significativo. Segundo o Doing Business 2013, Moçambique posicionou-se no lugar 146 do ranking, registando como principais dificuldades iniciar negócios, o agravamento das dificuldades de acesso ao crédito e a resolução de insolvências. Os projetos de investimento directo estrangeiro aprovados pelo CPI em 2012 concentraram-se na agricultura, banca, construção civil e turismo. As previsões da economia foram revistas em alta, prevendo-se para o presente ano, segundo o FMI, um crescimento em torno dos 8,4%, consubstanciado na recuperação e estabilização do desempenho da economia mundial e da tendência crescente dos fluxos de investimento directo estrangeiro, sobretudo dos sectores dos transportes e infra-estruturas. VI – E em relação ao mercado imobiliário? DC – Em relação ao mercado imobiliário, Moçambique apresenta um grande potencial de crescimento nos próximos anos, impulsionado por um conjunto de variáveis, destacando: aumento do poder de compra da classe média; a chegada de expatriados e, consequentemente procura de produtos imobiliários; uma procura actualmente superior à oferta; a garantia de margens de rentabilidades significativas; e os projetos estruturantes previstos. 29 DossiER Especial Moçambique Para além disso, com o desenvolvimento dos diversos sectores da economia, o mercado imobiliário continuará a oferecer oportunidades nos vários segmentos (habitação, escritórios, retalho, hotelaria, indústria & logística). Actualmente, os principais investimentos imobiliários estão concentrados em Maputo, mas com o aumento do investimento e a aposta na melhoria das infra-estruturas (p.e. acessibilidades, meios de transporte), outras zonas, como as regiões de Tete, Pemba, Inhassoro, começaram a ser alvo de interesse para o investimento imobiliário e a sua atractividade tenderá a crescer. Estas regiões caracterizam-se pelas suas potencialidades, nomeadamente, ao nível de recursos naturais, reservas de gás, carvão e do sector do turismo. Um bom planeamento das infra-estruturas, legislação equilibrada, estabilidade política, integração da população, formação e qualificação de quadros, são factores determinantes para a afirmação de Moçambique como foco de atração do investimento estrangeiro. A garantia do efeito multiplicador da economia, o surgimento de meios de financiamento bancário, e a operacionalização de instrumentos, serão determinantes para impulsionar o mercado imobiliário moçambicano. VI – No que respeita à habitação, como é que se caracteriza o mercado imobiliário em Maputo? Qual o nível médio de preços? DC - Em Maputo, a oferta de projectos imobiliários residenciais dirige-se, essencialmente, ao segmento médio/alto, além do mercado internacional (quadros de expatriados), que é um nicho já com um peso significativo. Este sector continua a ser muito marcado por um desequilíbrio entre a oferta e o que é a realidade da procura. A oferta está localizada nas principais avenidas das zonas de Polana Cimento A e B, Costa do Sol e Sommerschield; e a Avenida Julius Nyerere destaca-se como a localização de referência em termos de valores prime no segmento residencial. Em termos médios, o valor unitário da habitação em Maputo fixa-se em 2.600 USD/m². Na zona de Polana Cimento A, o valor unitário médio nos apartamentos regista-se em 3.100 USD/m². VI – Que peso tem o arrendamento neste mercado? DC - O arrendamento encontra-se bastante activo, face à opção de compra dos imóveis, sobretudo devido ao acesso limitado ao financiamento bancário, que é ainda uma das principais restrições no país. Uma maior abertura do sistema 30 Fonte: Prime Yield MZ bancário no financiamento ao sector imobiliário residencial, especialmente na vertente de aquisição, será um fator decisivo para dar um novo impulso ao mercado imobiliário moçambicano. VI – Como é que se está a desenvolver o mercado de escritórios, tendo em conta que o país atrai cada vez mais empresas estrangeiras? DC - O interesse económico que o país desperta em players nacionais e internacionais tem motivado uma elevada procura, o que, face à oferta existente, se traduz numa taxa desocupação muito baixa. Contudo, tendo em conta a oferta de escritórios que se encontra em construção e em pipeline, torna-se fundamental que os players que pretendam entrar no mercado avancem para uma análise da viabilidade económico-financeira do activo, por forma a VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 rentabilizá-lo. Em fase de conclusão encontram-se os edifícios JAT 5.2 e 5.3, localizados na zona do Bairro Central C, na Avenida Presidente Carmona. Está ainda previsto o desenvolvimento do empreendimento JAT VI, composto por 3 edifícios de escritórios, 1 hotel e torre de habitação; entre outros projectos. A zona da baixa, principalmente a Avenida 25 de Setembro, é o Central Business District (CBD) da cidade, concentrando as principais localizações de escritórios. O valor unitário médio por m² no mercado de escritórios situa-se em 2.400 USD/m², com uma renda prime em torno dos 30 USD/m². A Avenida 24 de Julho regista valores ligeiramente inferiores face a esta zona prime, mas ainda acima do restante mercado. VI – E o Turismo, um dos sectores com maior projeção internacional? DC - O desenvolvimento do país, dos seus recursos naturais, culturais e históricos; as taxas E STR ATÉ GIA E MARKETING I MOB ILIÁR IO O livro é uma compilação das matérias ministradas na pós graduação e mestrado em Gestão e Avaliação Imobiliária do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, na disciplina com o mesmo nome, por onde já passaram muitos dos bons profissionais do sector imobiliário. GE ST ÃO D E ACTIV O S IMOB IL IÁRIO S A Gestão de Activos Imobiliários é uma actividade recente em Portugal, afirmando a sua importância com o desenvolvimento dos fundos de investimento imobiliário a partir do início dos anos 90. FACIL ITY MANAG EMENT “Este livro de “Facility Management, uma nova realidade na Gestão de Edifícios” tem o objetivo de levar o mais longe possível um estudo que congrega conceitos de gestão e engenharia, provando que todos os temas e ciências se tocam entre eles.” Fernando Manuel de Almeida Santos – Presidente do Conselho Diretivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros. Adquira já estes ou outros livros em formato e-book na sua nova loja. www.loja.vidaimobiliaria.com DossiER Especial Moçambique de ocupação que, em alguns casos, chegam a atingir os 100%; e as previsões positivas dos principais indicadores turísticos; demonstram a potencialidade de investimento que este segmento oferece. Por seu turno, Maputo tem registado um aumento da entrada de turistas, que, segundo as últimas previsões, deverá manter-se nos próximos anos. Na cidade, o segmento corporate é o principal nicho de mercado, mas o Ministério do Turismo está apostado em aumentar a captação de turistas no segmento de lazer. A oferta hoteleira de Maputo, com a Avenida Julius Nyerere a destacar-se como a localização de referência, integra, actualmente em funcionamento, cinco hotéis de 5 estrelas e seis de 4 estrelas, além de diversos hotéis de 3 estrelas, guest houses e aparthotel. As taxas de ocupação, nos hotéis de cinco e quatro estrelas, fixaram-se em 73% e 82%, respetivamente. Os preços médios praticados nos estabelecimentos hoteleiros em Maputo variam de 144 USD nos de 3 estrelas a 312 USD nos de 5 estrelas. VI – Como é que se caracteriza atualmente o segmento de retalho e que oportunidades apresenta num país em que a economia está a despontar? Fonte: Prime Yield MZ DC - O mercado de retalho em Maputo caracteriza-se por uma oferta ainda muito incipiente, principalmente se considerarmos os padrões de qualidade internacional. O comércio de rua é ainda muito dominante, mas é muito fragmentado, com grande dispersão pela cidade. Os conjuntos comerciais, nos diferentes formatos, são ainda escassos, existindo 4 centros comerciais, 4 retail parks e 3 galerias comerciais, o que tem influenciado, em alta, os valores médios praticados neste tipo de produto imobiliário. Este é um mercado com grande potencial de crescimento, especialmente para o desenvolvimento do formato de centro comercial, na medida em que o país atravessa uma fase de crescimento económico, o que tem incrementado o poder de compra. Além disso, a base de consumidores domésticos e internacionais tem vindo a aumentar com o crescimento populacional sentido e o aumento do número de expatriados, não encontrando oferta suficiente para dar resposta às suas necessidades de consumo. Fonte: Prime Yield MZ 32 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 DossiER Especial Moçambique Oferta imobiliária está a qualificar-se em Moçambique Acompanhando o fulgor da economia, o mercado imobiliário moçambicano está a despertar um interesse crescente por parte dos investidores. Na calha, estão projectos que prometem revolucionar em termos urbanísticos, e que contribuem decisivamente para a qualificação da oferta disponível e para a melhoria das condições de vida. No segmento terciário, as oportunidades são várias. Com a instalação de multinacionais e a chegada e criação de novas empresas no país, aumentam as necessidades de espaços empresariais e de escritórios. No caso de Moçambique, com a extração de minérios a assumir-se como uma das grandes fontes de riqueza, o sector dos transportes e logística é um dos que mais terá de se desenvolver, oferecendo outra janela de oportunidades. E, no futuro, espera-se que também o sector do comércio comece a revelar uma maior atractividade, à medida que o poder de compra local for aumentando. O turismo é outra das janelas de oportunidade que se abre ao sector imobiliário, não só no segmento de negócios, mas também no aproveitamento do imenso manancial de recursos naturais que conferem ao país condições únicas para que se torne numa das principais plataformas de turismo de lazer do oceano Índico. E, num país onde uma grande parcela da população ainda vive em condições de grande pobreza, a aposta na melhoria das condições da sua qualidade de vida é uma das prioridades assumidas pelo Executivo, abrindo caminho a que também se invista na melhoria do parque habitacional, gerando-se aí um manancial de oportunidades para o imobiliário e a construção. De habitação a turismo, de serviços a escritórios e retalho, passando pelos projectos de uso misto, conheça alguns dos mais emblemáticos empreendimentos que vão nascer em todo país nos próximos anos. Maputo Bay Waterfront Maputo Bay Waterfront Mesmo na Baixa da capital moçambicana, no recinto da ex-Facim (Feira Internacional de Maputo), o Maputo Bay Waterfront promete revolucionar a paisagem urbana, não só pelo carácter inovador e pelas empresas e residentes que quer atrair, mas também porque consistirá num autêntico lifting a toda aquela frente costeira, que se encontrava em declínio. Trata-se de um dos maiores projectos imobiliários em desenvolvimento no país, não só pela área de intervenção – estendendo-se por 83.000 m² -, mas também pelo valor global que será investido na sua concretização, e que deverá atingir os 1.162 milhões de dólares. Detido e promovido pela sociedade Costellation, de capitais privados moçambicanos, este projecto de uso misto já está em fase de desenvolvimento, prevendo-se que seja construído ao longo de cinco fases durante os próximos dez anos. No seu programa está prevista a construção de dois hotéis de cinco e três estrelas, edifícios de escritórios, habitação, galerias comerciais e parques de estacionamento, enquadrados por várias zonas verdes e espaços de fruição ao ar livre. Sector habitacional oferece inúmeras oportunidades Em Moçambique, a melhoria das condições de habitabilidade é uma das prioridades do Executivo, e uma das áreas que oferece mais oportunidades de investimento às empresas na área da construção e do imobiliário. «Quem se lançar na habitação para a classe média e baixa ficará surpreendido pela quantidade de demanda e a capaci- 34 dade que existe», afirmou recentemente o ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba. Na ocasião, o governante deixou o apelo ao sector da construção civil para que seja reforçado o investimento no desenvolvimento do mercado habitacional, com especial incidência para a faixa direcionada VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 para a classe média baixa, constituída sobretudo por jovens que têm «capacidade para arrendar e comprar casa». O ministro realçou que «grande parte dos jovens precisa de sair da casa dos pais para construir o seu lar e família, mas a habitação constitui um grande entrave. Por isso, esta área é uma grande prioridade para nós». Novos edifícios do Banco de Moçambique Novos edifícios do Banco de Moçambique Em Maputo, já estão a decorrer as obras que vão dar origem aos dois novos edifícios do Banco de Moçambique, localizados na Baixa. Tendo arrancado em Junho de 2011, a construção implicou o encerramento de uma das quatro faixas da Avenida Samora Machel, por razões de segurança. Os trabalhos deverão ficar concluídos em 2014. A empreitada consiste na construção de dois edifícios. Um deles, com 30 andares, destina-se a uso de escritórios, ao passo que o outro terá «apenas» 19 andares e será polivalente, incluindo um silo auto com capacidade para 800 viaturas, restaurantes, salas de reuniões, ginásios e vários outros serviços. O valor do investimento envolvido neste projecto não foi revelado. Complexo imobiliário do Aeroporto Internacional de Maputo Dentro de alguns meses deverão arrancar os trabalhos de construção do novo complexo imobiliário que irá servir o Aeroporto Internacional de Maputo, no qual nascerão novos hotéis e restaurante. O objectivo, diz o presidente da Aeroportos de Moçambique, é que a prazo aquela infra-estrutura aeroportuária possa oferecer a grande maioria dos serviços que se encontram em outros aeroportos do mundo, nos quais os passageiros em trânsito não precisam de sair do recinto para se hospedar, por exemplo. As obras na área aeroportuária de Mavalane deverão arrancar ainda em 2013, o projecto de arquitectura já está concluído e está agora em curso o projecto de engenharia, disse ainda Manuel Veterano, em declarações à imprensa. O projecto é promovido pela empresa pública Aeroportos de Moçambique, que não revelou o valor do investimento envolvido no projecto, nem quem serão os parceiros associados no seu desenvolvimento. Torres Maxaquene Torres Maxaquene Também para a Baixa da capital, a Oriental K Real Estate vai desenvolver as Torres Maxaquene, que «pretendem ser um marco arquitectónico de Maputo do século XXI», diz a empresa. Vocacionado para uso misto, este projecto será multifuncional e constituirá mais uma âncora de atracção para aquela zona, disponibilizando uma área total de construção de 82.300 m² destinados a comércio, habitação e serviços. Projecto Casa Jovem vai disponibilizar 1.800 casas De iniciativa governamental, o projecto Casa Jovem tem como principal objectivo «proporcionar habitação de qualidade a preço acessível à comunidade de jovens profissionais com idade inferior a 40 anos», refere fonte oficial. Situado em Maputo, no bairro Costa do Sol, este projecto consiste na construção de mais de 1.800 apartamentos nas tipologias T1 a T4, incluindo 144 casas do tipo 1, 624 casas do tipo 2, 608 casas do tipo 3 e 160 casas do tipo 4. Os apartamentos serão distribuídos em 72 prédios de quatro pisos. Além da componente habitacional, o projecto Casa Jovem tem também projectados espaços comerciais multifuncionais, possibilitando abarcar o mais variado conjunto de serviços à disposição dos seus moradores, nomeadamente, supermercados, farmácias, padarias / pastelarias, ginásios, cafés, escritórios, locais de lazer, entre outros. As vendas dos apartamentos arrancaram em 2010, com preços a partir dos 25.000 dólares, e os primeiros imóveis já começam a ser entregues aos proprietários. De acordo com as previsões do coordenador do projecto, Eric Charas, o projecto deverá atingir as 1.000 unidades até ao final deste ano. Entretanto, decorre a conclusão de um lote de mais de 500 unidades previstas para a primeira fase. E para 2013 está também projectada a construção de 15 residências a um custo subvencionado de 500.000 meticais (cerca de 17.000 dólares) para jornalistas. A construção de habitações para profissionais jovens de comunicação social será o fruto de uma parceria entre a empresa Charas Lda e a Associação para a Preservação da Verdade (APREVE). 35 DossiER Especial Moçambique Edifício Pott mento estimado de 110 milhões de dólares e a construção de um arranha-céus com 47 andares, o maior do pais. Destes, 32 pisos destinam-se a uso de escritórios, cinco para estacionamento e os restantes serão ocupados por retalho e um heliporto. Polana Twin Towers Edifício Pott O Edifício Pott é outro dos investimentos que a Oriental K tem em carteira para a cidade de Maputo. Localizado entre as avenidas 25 de Setembro e Samora Machel, a via que dá acesso ao Conselho Municipal de Maputo, este projecto resulta da reconversão de um palácio do século XIX - que actualmente se encontra em avançado estado de degradação, mas que apresenta uma fachada com importância do ponto de vista arquitectónico – num complexo moderno de edifícios. Uma vez construído, o novo complexo multiusos irá oferecer 23.883 m² de escritórios, habitação e comércio, incluindo ainda um hotel. Maputo Plaza Promovido pela Tricos Imobiliária, o Maputo Plaza localiza-se em plena Avenida 24 de Julho. Com uma área total de construção a rondar os 13.930 m², este projecto multifuncional englobará oferta de habitação, comércio e escritórios e deverá ficar concluído em 2013. Maputo Business Tower O Maputo Business Tower é outro dos colossos imobiliários que estão previstos para a Baixa de Maputo, envolvendo um investi- 36 Polana Twin Towers Maputo Business Tower A construção deste empreendimento já está a decorrer, estando a empreitada a cargo da Soares da Costa, prevendo-se que fique concluído até ao final do ano. A promoção é da responsabilidade do Grupo Green Point, em parceria com a empresa pública Correios de Moçambique, cuja participação se traduz na concessão do espaço onde está a ser edificado, passando depois a ser detentora do património após a conclusão das obras. Delegação do Banco Central de Moçambique em Nampula Também a delegação do Banco Central de Moçambique na cidade de Nampula vai ganhar uma nova casa. A empreitada, no valor de 17,3 milhões de dólares já foi entregue à construtora Aníbal Oliveira Cristina (AOC), que prevê a entrega da obra no final de 2014. O contrato de empreitada prevê a entrega de um edifício de escritórios com quatro pisos e uma área de 5.200 m². VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 As Polana Twin Towers é outros dos projectos que vai rasgar os céus de Maputo, erguendo-se por uma altura de 140 metros. Projectado para a zona alta da marginal de Maputo, o empreendimento destina-se a uso misto, compreendendo oferta residencial e de serviços em 34 andares. O projecto é da responsabilidade da FEMA – Ferreira & Machado. Sede do Comité Olímpico de Moçambique Sede do Comité Olimpico de Moçambique Os trabalhos de construção do novo edifício que vai albergar o Comité Olímpico de Moçambique deverão arrancar no mês de Março em Maputo, prevê aquele organismo. Além de escritórios, o edifício de 15 andares irá também contar com uma zona comercial, que irá ocupar cerca de três andares e que tem como objectivo contribuir para a sustentabilidade financeira do projecto. Em declarações recentes à imprensa, o presidente do Comité Olímpico de Moçambique realçou a importância desta infra-estrutura que, garante, não vai só melhorar as condições de trabalho, mas também preparar os atletas nacionais em diferentes modalidades. Edifício 24 A Imovisa (do grupo Visabeira) é a promotora responsável pelo Edifício 24, situado no centro de Maputo e num dos mais importantes pontos da cidade, no cruzamento da avenida 24 de Julho com a Avenida Salvador Allende e a Rua Dr. Almeida Ribeiro. De uso misto, este edifício integra funções comerciais (25 lojas com áreas a partir dos 48 m²), espaços de escritórios e habitação, e está já em fase de conclusão e, segundo os promotores, tem já vendidos todos os flats da sua oferta residencial. Erguendo-se com 10 pisos acima do solo, inclui ainda dois pisos subterrâneos para estacionamento. As lojas localizam-se no piso térreo e no piso 1 encontram-se as sobrelojas, a esplanada e o jardim. Os pisos 2 a 4 destina-se a uso de escritórios, ao passo que os pisos 5 a 9 são ocupados por habitação, com apartamentos nas tipologias T2, T3 e duplex T5, todos com estacionamento subterrâneo. Na cobertura do edifício, o equivalente ao piso 10, encontra-se a área de lazer, que inclui piscinas, ginásio, um salão de festas, um salão de jogos, uma zona aberta protegida por pérgo- la de sombra e um terraço com sombra para as piscinas. O projecto da arquitectura é da autoria da José Forjaz Arquitectos. Gethesemane Village Condomínio A CPI deu luz verde a um projecto de 100 milhões de dólares a ser desenvolvido pelo grupo moçambicano Gethesemane na zona de Maputo, e que prevê a construção de 700 moradias e um espaço comercial com 125 lojas, uma clínica, serviços, campos de golfe, entre outros. O designado Gethesemane Village Condomínio e o centro comercial irão ficar localizados no posto administrativo de Mandevo-Imaputo, em Namaacha. DossiER Especial Moçambique Cidadela de Matola Cidadela de Matola McCormick Property Development e da SIF, um consórcio moçambicano. Este projeto imobiliário vai permitir que a cidade de Matola passe a contar com um centro comercial, numa área de 46.000 m², com lojas, restaurantes, cabeleireiros e outros serviços; além de um centro de saúde e SPA, hotel e centro de conferências, escritórios, lojas especializadas para a venda de automóveis e serviços relacionados, restaurantes, e um complexo governamental de quatro edifícios com vários departamentos do Governo da província de Maputo e um para o Concelho Municipal de Matola, bem como um centro cultural, museu e a futura praça Samora Machel. O consórcio que concebeu este projeto tem a seu cargo a construção do centro comercial, com cerca de 110 a 120 lojas, do edifício do Governo da Província de Maputo, da zona residencial e de escritórios e do ginásio, num investimento estimado em 180 milhões de dólares, sendo que o mercado local será convidado no sentido de desenvolver o remanescente. As obras do centro comercial deverão ficar concluídas até 2014. Turismo será um dos grandes pilares do desenvolvimento económico Para o terreno das antigas instalações do Centro Emissor da Rádio Moçambique está previsto o desenvolvimento da nova Cidadela de Matola, num investimento de aproximadamente 200 milhões de dólares. A promoção estará a cargo da Public Investment Corporation, um fundo de investimento da África do Sul especializado exclusivamente no setor público, e que inclui entre os seus clientes o maior fundo de pensões sul-africano, e que contará com a participação da empresa sul-africana Em contra-ciclo com a situação vivida na Europa, 2013 será um ano em que a economia moçambicana voltará a crescer a bom ritmo, fruto da dinâmica empresarial e de investimento que se vive no país. E, «o turismo está definido como um dos grandes pilares para o desenvolvimento económico de Moçambique», lembra Margarida Pinheiro, directora-geral dos Girassol Hotels, a marca hoteleira do grupo Visabeira Moçambique. Citada pela imprensa, a responsável lembra que «a dinâmica económica que se vive em Moçambique atrai cada vez mais turistas, interessados não só nas possibilidades de investimento que o país oferece, mas também em conhecer o país assim que tenham oportunidade». Em 2011, este mercado foi responsável por receitas de aproximadamente 230 milhões de dólares, correspondentes à entrada de praticamente dois milhões de turistas no país. Dado o potencial desta área para a criação de riqueza, ao longo dos últimos anos, têm sido feitos esforços acrescidos para a continuação do desenvolvimento e promoção do turismo moçambicano. Mas, existe ainda muito trabalho por desenvolver para fomentar o crescimento ainda mais rápido do sector, e que passa, por exemplo, pela implementação de medidas que diminuam o custo das ligações aéreas, mas também pelo investimento em novas unidades turísticas. Projecto residencial de Intaka custará 440 milhões de dólares Até 2014 deverão ficar concluídas as 5.000 novas casas previstas para Intaka, no município da Matola, no sul Moçambique. De iniciativa Estatal, este projecto é liderado pelo Fundo para Fomento de Habitação (FFH), em parceria com a empresa chinesa Henan Guoji Imobiliária Limitada, num investimento de cerca de 12.000 38 VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 milhões de meticais (cerca de 440 milhões de dólares). Além da componente residencial, este projecto prevê também o desenvolvimento de outro tipo de infra-estruturas sociais, incluindo sistemas de abastecimento de água, energia eléctrica, saneamento, escolas, unidade sanitária, vias de acesso e um centro comercial. O desenvolvimento do mercado imobiliário A forte pujança da economia moçambicana tem vindo a acentuar a procura de produtos imobiliários, o que provoca um crescente desajustamento com a oferta disponível, o que continuará a justificar a elevada dinâmica na realização de promoções imobiliárias e no arrendamento habitacional, industrial, comercial e de serviços, bem como na prestação de serviços imobiliários especializados. O direito de uso e aproveitamento da terra, consagrado na Lei das Terras, confere aos seus titulares os direitos de gozo e fruição. É esta a base em que assenta a promoção imobiliária. As formas de aquisição deste direito, por ocupação ou por autorização, permitem o gozo e a fruição sobre certa área de terreno e sobre o espaço aéreo correspondente, desde que não integrado no domínio público. A concessão de títulos de autorização são atribuídas pelo período fixado na Autorização de Investimento que não pode exceder os 50 anos e que é renovável. Os titulares deste direito podem constituir hipotecas e transmitir o edificado (infra-estruturas, construções e benfeitorias), através de escritura pública precedida da autorização da entidade estatal concedente. A constituição, modificação, transmissão e extinção daquele direito são factos sujeitos a registo na Conservatória do Registo Predial e no Cadastro Nacional de Terras. O Regulamento do Solo Urbano prevê ainda, para aplicação nas zonas urbanas, a criação de outros mecanismos de atribuição de direito de uso e aproveitamento da terra, nomeadamente, por sorteio, por hasta pública e por negociação particular. A nível do arrendamento, destaca-se o regime de arrendamento de imóveis por entidades privadas, com o prazo máximo de 30 anos, renovando-se, sucessivamente, por períodos iguais ao de duração inicial, sendo limitados ao prazo de um ano se o prazo de duração inicial for superior. A resolução do contrato por incumprimento tem que ser decretada judicialmente e, quando fundada em incumprimento do arrendatário, tem que ser com um dos fundamentos previstos na lei, nomeadamente, por falta de pagamento da renda, por utilização para fim diverso do previsto e por conservar o locado encerrado por mais de um ano. No arrendamento para habitação a cessação do contrato por iniciativa do senhorio está bastante limitada. Nos arrendamentos não habitacionais o arrendatário pode, quando o contrato cesse por caducidade ou por o senhorio impedir a sua renovação, ter direito a uma compensação que é fixada judicialmente mas que não pode exceder o quíntuplo da renda anual. De forma genérica, são estes os princípios legais em que continuará a assentar o desenvolvimento imobiliário a que se assiste em Moçambique, com tendência para um crescimento cada vez mais acentuado. Edifício Millennium Park · Av. Salvador Allende, 1097 - 13º · Maputo - Moçambique +258 840 727 209 · [email protected] · www.eca-moz.com DossiER Especial Moçambique BETAR em África A internacionalização consolidada A internacionalização do Grupo de Engenharia Betar consolidou-se recentemente com a abertura de empresas em Angola e Moçambique, corolário de uma longa e experiente trajectória na elaboração de projectos para o continente africano que remonta à década de 1990. A vocação internacional do Grupo de Engenharia Betar, nascida na década de 1990, intensificou-se sobretudo em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Brasil a partir de 2000, através da prestação de serviços de projecto de engenharia, numa primeira fase no domínio das Fundações e Estruturas de Edifícios e Pontes. Mais tarde, passou a englobar as Instalações Hidráulicas e a Geologia e Geotecnia. Por outro lado, e num alargamento da oferta de competências, acresce o serviço de coordenação de todos os projectos de Engenharia, recorrendo a parcerias com prestigiados gabinetes para as Instalações Especiais. Fruto do volume de trabalho desenvolvido em Angola e Moçambique, ao longo dos últimos dez anos, e da necessidade de promover o apoio local ao desenvolvimento dos projectos e à prestação da assistência técnica às obras, o Grupo Betar expandiu-se com a abertura de duas empresas: a BTR.AO, com sede em Luanda, Angola, e a MZ Betar, com sede em Maputo, Moçambique. No âmbito dos projectos de maior impacte para Moçambique salientem-se a Ponte de Katembe, com estudo prévio concluído, o Masterplan de Katembe, também concluído, bem como a estrada que liga Maputo à Ponta do Ouro, concluído o projecto-base. Em Maputo estão em curso projectos de execução de Engenharia Civil (Fundações e Estruturas e Instalações Hidráulicas) e Coordenação dos projectos das especialidades do Edifício Sede do Banco Comercial de Investimento; está quase concluída a obra do edifício Epsilon 24, de uso misto, com mais de 30.000 m² de área bruta de construção; e foram elaborados os projectos de execução de Engenharia Civil do Conjunto Habitacional Bainha. Ainda em Moçambique, a Betar elaborou os projectos de execução de Engenharia Civil e Coordenação dos projectos das especialidades do Shopping de Tete, edifício de uso misto numa área de construção de 22.900 m². Por outro lado, a Betar foi adjudica- 40 Shopping de Tete, em Moçambique, edifício de uso misto (retail, clínica médica e escritórios), numa área de construção de 22.900 m2 tária do Estudo de Inspecção e Elaboração do Projecto de Reparação de 10 pontes localizadas nas Linhas de caminho-de-ferro de Ressano Garcia e Goba. As obras de construção da nova ponte de Tete e acessos imediatos decorrem a bom ritmo. Ambas as empresas sediadas em África – BTR. AO e MZ Betar – têm origem na empresa-mãe Betar Estudos e Projectos de Estabilidade, Lda, fundada em 1973, cuja principal actividade consistiu na prestação de serviços para o sector da Construção Civil e Obras Públicas. Remonta a Janeiro de 1988 a constituição de uma outra empresa, Betar Consultores, Lda, com o objectivo de criar um sector autónomo para as obras-de-arte, túneis e estruturas especiais. Na década de 1990, complementando o domínio da Engenharia Civil, o Grupo autonomizou um sector dedicado aos projectos de Hidráulica. Na senda da complementaridade disciplinar e diversificação da oferta, em 2009 o Grupo Betar adquiriu a empresa Geotest, Consultores Geotécnicos e Estruturais, Lda, alargando a actividade à geologia e geotecnia. Em Agosto daquele ano, num reforço da presença em Moçambique, visando a internacionalização e diversificação do Grupo, é fundada a Beta, Engenharia Gestão e Ambiente, Lda., sediada em Maputo, dedicada, desde então, a projectos, estudos, trabalhos de consultoria na área do Ambiente. VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2 Ponte Maputo-Katembe, incluindo Masterplan da Katembe e estrada até Ponta do Ouro Graças ao exigente processo de obtenção da Certificação de Qualidade de acordo com a norma ISO 9001, concretizado em 2007, o Grupo Betar aplicou um critério de uniformização a procedimentos implementados ao longo do tempo, garantindo uma homogeneidade de processos organizativos, maior produtividade e controlo. Nome de referência no panorama da Engenharia Civil Portuguesa, mercê das competências científicas comprovadas ao longo de quarenta anos de actividade, o Grupo Betar conserva desde a génese uma aposta firme na inovação e na criatividade, fomentadas pelo dinamismo empresarial e pela formação contínua dos seus quadros. Garante da solidez institucional é também a postura profissional de encarar todos os projectos como desafios, procurando sempre a satisfação dos objectivos, no respeito pela qualidade, cumprimento de prazos e orçamentos. Afaplan Southern Africa projecta crescimento de 70% para 2013 Criada em 2012 com o objetivo de apostar no mercado moçambicano e, a partir daí, expandir para outras geografias da África Austral, a Afaplan Southern África prevê um crescimento anual de 70% para 2013, revela fonte da administração. Especialista na área de planeamento e gestão de projectos, desde 2006 que a portuguesa Afaplan tem vindo a desenvolver e intensificar o seu processo de internacionalização. E, Brasil, Moçambique, Cabo Verde, Roménia e Itália são mercados onde a empresa está actualmente representada. 2011 foi o ano de aposta no mercado Moçambicano, não só porque a Afaplan já tinha tido uma experiência em 2001 com a remodelação do Hotel Turismo, mas também porque Moçambique já se apresentava como um mercado em franco crescimento na área da construção. E, logo nesse ano, a empresa ganhou o seu primeiro serviço com a Fiscalização da Reabilitação da avenida Julius Nyerere em Maputo, uma obra do Conselho Municipal de Maputo e financiada pelo Banco Mundial. No início de 2012 é criada a Afaplan Southern Africa, Lda., uma empresa de direito moçambicano, não só com a perspectiva de apostar neste mercado como em toda a Africa Austral. E, ao apostar na criação da nova empresa a Afaplan mobilizou para a sua liderança um dos seus Directores de Produção, o Engenheiro Carlos Gonçalves que faz parte dos quadros há 13 anos. «Moçambique representa actualmente um dos países com maior crescimento e com carências a nível de infra-estruturas, pelo que as perspectivas futuras passam pelo desenvolvimento de projectos a este nível (ferrovias, rodovias, barragens, infra-estruturas hidráulicas, energia, para além de edifícios), sectores onde a Afaplan apresenta know-how de referência e de apoio aos clientes, quer em Portugal quer nos países onde se implantou», explica fonte da Administração da empresa. Para 2013, os objectivos já estão traçados. Além de prever a formação e integração na equipa de quadros Moçambicanos, para este ano a Afaplan Southern Africa projecta uma facturação da ordem dos 12.000.000 MT, num crescimento de aproximadamente 70% relativamente a 2012. E o objectivo é garantir um crescimento de dois dígitos nos próximos cinco anos. junto dos projectos do futuro Rua do Parque, nº49 - 1º - Sommerschield | Maputo | Moçambique +258 826 652 017 | www.afaplan.pt DossiER Especial Moçambique Mozta Engenharia ganha terreno no mercado moçambicano Dois anos após a sua criação, a Mozta Engenharia faz um balanço positivo da atividade no mercado moçambicano. Colocando a «competência ao serviço da engenharia», a empresa conta já no seu portfólio com alguns projectos emblemáticos. A Mozta Engenharia Lda é uma empresa de engenharia civil que oferece um leque de serviços que abrange as vertentes de coordenação e gestão de projecto / fiscalização de empreitadas. Desde a sua constituição, em 2011, que a empresa apostou na implementação de «uma estratégia focalizada na satisfação do cliente e num modelo de gestão flexível, descentralizado e autónomo, por forma a aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestados e a interacção com os seus clientes, tirando partido da competência, da especialização, da inovação e do desenvolvimento das novas tecnologias», conta fonte oficial da administração da empresa. As actividades principais abrangem todas as especializações da engenharia civil, estando a em- presa vocacionada fundamentalmente para a gestão da qualidade de empreendimento, acompanhamento, controlo e coordenação e fiscalização de obras. Além disso, refere a mesma fonte, a Mozta «tem um sistema estrutural apoiado na qualidade e em meios tecnológicos, permanentemente actualizados ao serviço de uma equipa plenamente motivada e informada». O método de trabalho da MOZTA é «interactivo, fazendo simbiose do conhecimento e das necessidades específicas de cada projecto com a experiência acumulada no acompanhamento da construção de obras», garante a administração. E, conta com uma equipa de «profissionais altamente qualifica- dos, com experiência e capacidade para identificar problemas, avaliar riscos envolvidos e conceber soluções inovadoras e sustentáveis», remata. Volvidos os dois primeiros anos após a sua constituição a MOZTA, já conta no seu portfolio com alguns projectos emblemáticos a decorrer em Moçambique, nomeadamente a construção do Edifício Sede do Banco de Moçambique, assim como a construção do Museu das Pescas, entre outros, entre vários outros. No iPad, iPhone ou no Computador A atualidade imobiliária em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique Por apenas 49,99€ DIGITAL Ao assinar a Vida Imobiliária, poderá dispor da informação mais qualificada, rigorosa, atual e completa sobre o mercado imobiliário. Os temas mais pertinentes do setor, dossiês temáticos com cobertura exaustiva, as opiniões dos profissionais e especialistas mais prestigiados, ao seu alcance através de um leque diversificado de suportes. Escolha a opção que mais lhe convém: Digital, Regular ou Corporate. : Assine já om biliaria.c o im a id .v www.loja Revista em Papel Vida Imobiliária Portugal (10 edições / ano) Revista para iPad e iPhone Vida Imobiliária Portugal, Brasil, Angola e Moçambique Acesso completo ao Website Vida Imobiliária Portugal , Brasil, Angola e Moçambique em PDF no Website www.vidaimobiliaria.com Acesso a todas VINews em PDF REGUL AR ANUAL ANUAL x 1 1 3 3 Exemplar Exemplar Exemplares Exemplares 3 3 10 10 1 Utilizador 1 Utilizador 1 Utilizador Almoços-Conferência Convite para Almoços-Conferência VI x Voucher para utilizar na Loja VI na aquisição de livros x Presença no website www.imoprofissionais.com Oferta de um fim de semana num Hotel de luxo * TRIENAL CORPOR ATE ANUAL TRIENAL Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores 3 3 10 10 Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores 3 3 10 10 Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores 1 2 2 3 Participante Participantes Participantes Participantes 20€ 30€ 30€ 50€ Para compras superiores a 30€ Para compras superiores a 40€ Para compras superiores a 40€ Para compras superiores a 60€ √ √ √ √ √ x x x x √ €49,99 €94 €220 €150 €320 Angola | R. Rainha Ginga, 147 – 2º | Luanda | Telefone: +244 922 40 91 91 | www.vidaimobiliariaangola.com Portugal | Rua Gonçalo Cristovão nº 185 – 6º | 4049-012 Porto | Telefone: +351 222 08 5009 | www.vidaimobiliaria.com nº2 FEVEREIRO 2013 ENCONTRE A SUA CASA EM PORTUGAL EDIÇÃO MOÇAMBIQUE www.mz.vidaimobiliaria.com | Preço de Capa: 50 Meticais | nº 2 FEVEREIRO 2013 www.caixaimobiliario.pt PORTUGAL Moradia – Azeitão € 270.000 São Simão - Azeitão Moradia T6 – Sesimbra Moradia T5 – Cartaxo € 318.000 Valada - Santana - Cartaxo Moradia – Azeitão Apartamento T3 – Tróia € 349.000 Carvalhal - Grândola (Soltróia) Moradia Oeste – Torres Vedras Moradia – Coruche € 258.000 MOÇAMBIQUE A HORA DE APOSTAR NO IMOBILIÁRIO CHEGOU! 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