nº2 FEVEREIRO 2013
ENCONTRE A SUA CASA
EM PORTUGAL
EDIÇÃO MOÇAMBIQUE
www.mz.vidaimobiliaria.com | Preço de Capa: 50 Meticais | nº 2 FEVEREIRO 2013
www.caixaimobiliario.pt
PORTUGAL
Moradia – Azeitão
€ 270.000
São Simão - Azeitão
Moradia T6 – Sesimbra
Moradia T5 – Cartaxo
€ 318.000
Valada - Santana - Cartaxo
Moradia – Azeitão
Apartamento T3 – Tróia
€ 349.000
Carvalhal - Grândola (Soltróia)
Moradia Oeste – Torres Vedras
Moradia – Coruche
€ 258.000
MOÇAMBIQUE A HORA DE APOSTAR NO IMOBILIÁRIO CHEGOU!
COMPRAR, ARRENDAR
E INVESTIR EM
IMÓVEIS CAIXA
Foros da Branca - Coruche
Apartamento T4 – Sintra
MOÇAMBIQUE
€ 345.000
Cotovia - Sesimbra (Castelo)
€ 280.000
Casas de Azeitão - Setúbal
€ 349.000
Ordasqueira - Torres Vedras
€ 318.000
Quinta da Beloura - Sintra
Conheça outras boas oportunidades em www.caixaimobiliario.pt
A HORA DE APOSTAR
NO IMOBILIÁRIO CHEGOU!
Crescimento económico impulsiona investimento na Construção,
Obras, Públicas & Imobiliário
TEKTÓNICA está de regresso a Maputo em 2013
www.cgd.pt
No iPad, iPhone ou no Computador
A atualidade imobiliária em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique
Por apenas 49,99€
DIGITAL
Ao assinar a Vida Imobiliária, poderá
dispor da informação mais qualificada,
rigorosa, atual e completa sobre o
mercado imobiliário.
Os temas mais pertinentes do setor, dossiês
temáticos com cobertura exaustiva, as
opiniões dos profissionais e especialistas mais
prestigiados, ao seu alcance através de um
leque diversificado de suportes.
Escolha a opção que mais lhe convém: Digital,
Regular ou Corporate.
:
Assine já
om
biliaria.c
o
im
a
id
.v
www.loja
Revista em Papel
Vida Imobiliária Portugal
(10 edições / ano)
Revista para iPad e iPhone
Vida Imobiliária Portugal, Brasil,
Angola e Moçambique
Acesso completo ao Website
Vida Imobiliária Portugal , Brasil,
Angola e Moçambique em PDF no
Website www.vidaimobiliaria.com
Acesso a todas VINews
em PDF
REGUL AR
ANUAL
ANUAL
x
1
1
3
3
Exemplar
Exemplar
Exemplares
Exemplares
3
3
10
10
1
Utilizador
1
Utilizador
1
Utilizador
Almoços-Conferência
Convite para Almoços-Conferência VI
x
Voucher
para utilizar na Loja VI na aquisição
de livros
x
Presença no website
www.imoprofissionais.com
Oferta de um fim de semana
num Hotel de luxo *
TRIENAL
CORPOR ATE
ANUAL
TRIENAL
Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores
3
3
10
10
Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores
3
3
10
10
Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores
1
2
2
3
Participante
Participantes
Participantes
Participantes
20€
30€
30€
50€
Para compras
superiores a 30€
Para compras
superiores a 40€
Para compras
superiores a 40€
Para compras
superiores a 60€
√
√
√
√
√
x
x
x
x
√
€49,99
€94
€220
€150
€320
Angola | R. Rainha Ginga, 147 – 2º | Luanda | Telefone: +244 922 40 91 91 | www.vidaimobiliariaangola.com
Portugal | Rua Gonçalo Cristovão nº 185 – 6º | 4049-012 Porto | Telefone: +351 222 08 5009 | www.vidaimobiliaria.com
EDITORIAL
De olhos postos no futuro
Moçambique é um país irmão de Portugal e as
enormes potencialidades que oferece a nível
económico, imobiliário, turístico, e mesmo a
nível de recursos naturais, têm atraído cada vez
mais portugueses, que escolhem o país para
trabalhar, fazer negócios, habitar ou visitar.
O país, que tem vindo a sentir um fulgor económico admirável, desempenha um papel
estratégico no mapa de investimento internacional, especialmente no eixo lusófono, e atrai
cada vez mais investidores internacionais, com
os quais poderá também capitalizar experiência e know-how.
Na senda da sua vocação lusófona e dos laços
com os países africanos, Portugal e as empresas
portuguesas que preferem Moçambique para
investir podem ter um contributo importante
para o desenvolvimento do país, transmitindo e disseminando o know-how adquirido ao
longo das últimas duas décadas no imobiliário
nacional, e acompanhando, assim, o país num
caminho que Portugal já percorreu e para o sucesso do qual poderá ter uma palavra a dizer.
A exportação do know-how adquirido ao longo das últimas décadas nos diversos segmen-
tos do imobiliário nos quais Portugal já deu
provas de qualidade pode ser um bom exemplo das mais-valias que este intercâmbio poderá aportar. Apreender as boas práticas de quem
já desenvolveu produtos imobiliários noutros
países é um percurso natural de qualquer indústria e Portugal é um parceiro preferencial
para Moçambique nesta relação, dada a sua
proximidade cultural, linguística e até afectiva.
A Vida Imobiliária espera poder estar na vanguarda deste intercâmbio, apresentando o
mercado moçambicano na sua área de especialização, nomeadamente imobiliário, construção e obras públicas, disseminando a informação entre todos os players, e servindo
de plataforma para que os dois países possam
estabelecer relações longas e proveitosas.
Há um ano demos os primeiros passos em
Moçambique com o lançamento da primeira
revista inteiramente dedicada ao país, e que foi
distribuída na Tektónica Maputo. Um ano depois, estamos de volta, com uma nova edição,
mantendo-nos firmes na aposta neste mercado que é um destino óbvio e confirmado para
as empresas portuguesas da fileira da construção e do imobiliário.
António Gil Machado
Diretor, Vida Imobiliária
3
ÍNDICE
VIDAIMOBILIÁRIA
Director
António Gil Machado
[email protected]
3|
EDITORIAL
8|
VI NEWS
Moçambique
18 |
EVENTOS
Tektónica 2013
20 |
OPINIÃO
Luís Lima, Presidente da CIMLOP
DOSSIER As oportunidades imobiliárias
em Moçambique
20 |
22 |
Economia moçambicana em rota de crescimento
atrai mais investimento
26 |
Opinião: António Raposo Subtil
João Ricardo Nóbrega
28 |
Prime Yield MZ lança estudo sobre o mercado
imobiliário moçambicano na Tektónica
34 |
Oferta imobiliária está a qualificar-se em Moçambique
39 |
O desenvolvimento do mercado imobiliário
40 |
A internacionalização consolidada
41 |
Afaplan Southern Africa projecta crescimento
de 70% para 2013
42 |
Mozta Engenharia ganha terreno
no mercado moçambicano
Edição
Susana Ribeiro
[email protected]
MARKETING & NEW BUSINESS
Osvaldo Nogueira
[email protected]
GESTÃO DE CLIENTES
Clara Marcos
[email protected]
Marta Brandão
[email protected]
Colaboradores
Paula Moreira
[email protected]
DESIGN GRÁFICO
PMD - Design
www.pmd.pt
Impressão
Uniarte Gráfica
R. Pinheiro de Campanhã nº 342
4300-414 Porto
Assinaturas
Clara Marcos
Proprietário
Imoedições – Publicações Periódicas
e Multimédia, Lda.
Periodicidade
Mensal
NIPC
507 037 219
Preço
Preço avulso : 50 meticais
TIRAGEM
3.000 exemplares
Redacção, Administração
E Assinaturas – Porto
Rua Gonçalo Cristovão, 185 – 6º
4049-012 Porto
Tel. 222 085 009
Fax. 222 085 010
Redacção, Administração
E Assinaturas – LISBOA
Av. Fontes Pereira de Melo nº 6 – 4º andar
1069-106 Lisboa
Tel. 21 781 54 10
Fax. 21 781 54 15
Registo nº 115734 da Entidade
Reguladora da Comunicação Social
4
Looking for a house
in Portugal?
Discover the view and the home of your dreams...
“VIVA IN PORTUGAL” is a multiplatform concept with the
mission of promoting Residential Tourism in Portugal.
It includes a web site, communication through national and
international press as well as presence in trade events.
Find out more on our site vivainportugal.com
VINEWS
MOÇAMBIQUE
Central Térmica
da Ncondezi Coal
arrancará em 2015
A Ncondezi Coal Company estima arrancar em 2015 com as obras de construção
da nova central térmica alimentada a
carvão mineral que será erguida na região norte do distrito de Moatize, província de Tete.
Em declarações ao matutino Notícias, de
Maputo, o director da empresa, David
Eshmade disse ainda que a central térmica será construída próxima da mina da
companhia e a aproximadamente 95 km
da linha de transmissão de energia eléctrica da rede nacional da Hidroeléctrica
de Cahora Bassa (HCB).
A Ncondezi Coal Company é detentora de
100% das licenças 804L e 805L conhecidas como Projecto Ncondedzi, no distrito
de Moatize, e o empreendimento dispõe
de recursos avaliados em 4.700 milhões
de toneladas de carvão. A mina de carvão
da Ncondezi Coal Company dista cerca de
25 km da linha de caminho-de-ferro de
Sena, que termina na vila de Moatize, e
nela serão extraídos dois tipos de carvão
térmico considerados ideais para os mercados da Ásia e que são comparáveis aos
tipos de referência internacional.
De olhos no futuro, a empresa está neste
momento a analisar quatro rotas para exportar a produção. A estratégia de curto
prazo está focada no acesso a um dos dois
corredores ferroviários existentes para os
portos da Beira e de Nacala para satisfazer
a primeira fase de produção. Como opção a longo prazo, David Eshmade disse
haver perspectivas para um novo projecto ferro-portuário, dispondo já de um
acordo com o grupo Rio Tinto, que está a
desenvolver os estudos deste projecto a
fim de conseguir escoar o carvão extraído
naquela província de Moçambique.
Rangel investe 5 milhões de dólares até 2014
O grupo Rangel deu mais um importante passo
na sua estratégia de internacionalização e, depois de Angola, chegou agora a Moçambique,
onde deverá investir 5 milhões de dólares até
2014 para fomentar a sua entrada neste mercado. A entrada do grupo no país deverá proporcionar 100 novos postos de trabalho até 2015.
Os primeiros passos do grupo em território
moçambicano foram marcados pela compra
da empresa LFP Logística em 2012, actualmente dominada Rangel Moçambique. Para este
ano, a empresa prevê inaugurar uma filial em
Nacala, bem como arrancar com a construção
de um Terminal Logístico em Maputo, o que
corresponderá a um investimento na ordem
dos 3 milhões de dólares.
Eduardo Rangel, presidente do grupo, disse que
«até ao final de Março, estaremos a desenvolver
um estudo de mercado para um bussiness plan em
Moçambique, mês no qual prevemos abrir uma
filial a norte, em Nacala, e, em Abril, deveremos
avançar com a construção de uma plataforma logística com 4.000 m², em Maputo».
Segundo o responsável, a aposta em
Moçambique englobará também o desenvolvi-
mento de uma rede de distribuição que cubra
todo o território moçambicano e a criação de
uma outra filial, desta feita na Beira.
«Há uma forte necessidade de melhorar e inovar
os sistemas de logística no território moçambicano, nomeadamente nos segmentos do retalho alimentar, banca e distribuição de medicamentos”,
explica Eduardo Rangel. Por isso, acrescenta,
«temos em mãos um plano de desenvolvimento
centrado no transporte internacional aéreo, marítimo e terrestre, sobretudo vindo da África do Sul,
assim como no desembaraço aduaneiro, gestão
de stocks, transportes especiais e na entrega ao
cliente final».
Grupo Accor anuncia 30 novas unidades em África
O grupo hoteleiro Accor tem um plano de
expansão em África que prevê a abertura de
30 novos hotéis no continente nos próximos
três anos.
A informação foi revelada pelo presidente e
director geral do grupo, Dennis Hennequin,
que falou na cerimónia de inauguração do
novo hotel Íbis de Dakar (Senegal). Na ocasião,
o responsável falou também da expansão daquela chancela, revelando que «o nosso objec-
tivo é passar dos 116 para os 146 hotéis e de oferecer 5.000 novos quartos até 2016». Para 2020,
o objectivo é a abertura de mais 35 unidades
hoteleiras, revelou a mesma fonte.
Actualidade do mercado. Moçambique · Portugal · Angola · Brasil
8
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
www.vidaimobiliaria.com
Sauditas constroem a primeira Refinaria
de Petróleo do país
O Instituto de Gestão de Participações do
Estado de Moçambique (IGEPE) e o grupo saudita Radyolla Holding Co. já assinaram o acordo
que vai tornar possível a construção da primeira
refinaria de petróleo em Moçambique.
Em conferência de imprensa, o presidente do
IGEPE, a entidade que cuida dos interesses empresariais do Estado moçambicano, Apolinário
Panguene, explicou que para já irão ainda ser
realizados estudos para a definição do custo e
prazos de construção da refinaria.
Este empreendimento será instalado na cidade de Nacala, província de Nampula, norte de
Moçambique, que alberga um dos maiores portos de águas profundas do mundo. E, além de
fornecer petróleo a Moçambique, a refinaria vai
também abastecer países vizinhos.
«O IGEPE identificou um conjunto de projetos a
serem implementados no país juntamente com
outros parceiros e a Radyolla tem a vantagem
de ter o músculo financeiro suficiente para nos
ajudar a implementar o projeto de refinaria»,
afirmou Apolinário Panguene. Já o presidente
da Radyolla Holding Co., Abdul Aziz, deixou a
garantia de que o grupo «vai fazer o melhor na
implementação dos projetos com que se comprometeu em Moçambique».
União Europeia apoia reordenamento
urbano em Chimoio
A capital da província de Manica, Chimoio, assinou recentemente um contrato de subvenção
com a União Europeia (UE) no valor de 80.400
dólares para financiar o reordenamento dos
bairros 16 de Junho e Josina Machel.
Este projecto enquadra-se no programa europeu de apoio às autoridades locais e aos actores não estatais, tendo uma duração de dois
anos. O acordo foi assinado entre o presidente
do município de Chimoio, Raul Conde Marques
Adriano e o embaixador da UE em Moçambique,
Paul Malin. Em comunicado à imprensa, a
UE explica que «com este projecto, a União
Europeia pretende apoiar o Conselho Municipal
do Chimoio a velar pelo Ordenamento Territorial
e Planeamento do Desenvolvimento Urbano,
que é uma das missões das autoridades locais».
Malin explicou também que a iniciativa inclui a
participação dos cidadãos no reordenamento
e legalização do território, e terá um impacto
muito positivo na vida dos munícipes, contribuindo assim para apoiar a cidade do Chimoio
como uma cidade mais aberta, mais equitativa
e mais democrática.
No documento poder ler-se ainda que «o objectivo desta iniciativa é melhorar as condições
de vida dos munícipes da Cidade de Chimoio,
especificamente dos residentes dos Bairros 16
de Junho e Josina Machel, assim como de fortalecer a cidadania activa num processo de desenvolvimento local».
No âmbito deste processo de reordenamento, proceder-se-á à abertura de vias de acesso,
construção de drenagens, poços e latrinas melhoradas, para além da definição de terrenos e
atribuição do direito de uso e aproveitamento
de terras permitindo assim a sua legalização.
É co-financiado pela União Europeia através do
programa de apoio aos Actores Não Estatais e
Autoridades Locais em Desenvolvimento, representando um investimento de 8,9 milhões
de euros.
Banco de
Moçambique quer
mais agências em
zonas rurais
O governador do Banco de
Moçambique lançou o apelo para a
abertura de mais dependências bancárias nas zonas rurais do país, considerando que aquelas populações
«produzem riqueza, mas carecem do
apoio da banca, quer para depósito de
poupanças, quer para investimentos».
Em declarações à imprensa, Ernesto
Gove chamou a atenção para o facto
de mais de metade dos 128 distritos
moçambicanos não estarem ainda
servidos por agências bancárias.
A cobertura territorial da rede de serviços e produtos financeiros às zonas
rurais – onde vive mais de metade
da população – é uma das principais
preocupações das autoridades moçambicanas, que apostam no desenvolvimento dessas regiões para combater a pobreza.
Nesse sentido, em 2007 o Banco
Central de Moçambique lançou um
plano de expansão dos bancos e dos
serviços financeiros às regiões rurais,
integrado no âmbito do plano de
ampliação da rede que deu luz verde
à abertura de mais de 400 agências
bancárias no país.
«Ainda que reconheçamos e saudemos
o esforço realizado pelas instituições
de crédito neste domínio, não restam
dúvidas que há muito por realizar», incluindo o desenvolvimento das infra-estruturas básicas, como as redes de
transportes, comunicações e energia,
disse o Governador, Ernesto Gove.
Por isso, em 2012 aquela instituição
decidiu estender por mais cinco anos
o prazo de validade dos incentivos
à ampliação da rede para as zonas
rurais.
9
VINEWS
MOÇAMBIQUE
Hörmann vai
reforçar equipa
em Moçambique
A Hörmann, líder no fabrico e comercialização de portas e automatismos,
vai reforçar as suas equipas nos mercados lusófonos onde opera, integrando
30 novos colaboradores em Portugal,
Angola e Moçambique até ao próximo
mês de Junho.
O grupo multinacional alemão procura
preencher vagas no departamento de
Marketing de Angola e, para a sucursal
moçambicana está actualmente, em
processo de selecção para contratar um
diretor geral.
A informação foi confirmada por Henrique
Lehrfeld, director geral da empresa em
Portugal, que disse que «até ao final do
primeiro semestre deveremos integrar
até 30 novos colaboradores na Hörmann
Portugal, resultado, em grande parte, do
nosso forte crescimento em Angola e da
nossa recente entrada em Moçambique».
Visite a sua
nova loja.
LIVROS REVISTAS
EVENTOS E-BOOKS
www.loja.vidaimobiliaria.com
10
C&W Portugal expande actividade para Angola
e Moçambique
A diversificação da actividade para os dois principais mercados africanos lusófonos, Angola e
Moçambique, é um dos objectivos estratégicos
da consultora imobiliária Cushman & Wakefield
(C&W) Portugal.
Ao longo dos últimos meses, a filial portuguesa do grupo mundial de consultoria imobiliária
tem vindo a apostar na diversificação da sua
actividade para outras geografias, tendo já desenvolvido estudos de mercado para investidores, promotores e retalhistas em países como
Espanha ou em regiões emergentes como a
América do Sul e África.
E, segundo revelou o director-geral da
Cushman & Wakefield, Eric van Leuven, estes
trabalhos têm tido mais expressão nos mercados de Angola e Moçambique, onde a empresa ainda não possui escritórios, pelo que
a equipa portuguesa tem trabalhado com a
filial da África do Sul.
Construção de nova barragem arranca este ano
na bacia do rio Púnguè
A construção da nova barragem de Nhacangara,
no rio Púnguè deverá arrancar ainda este
ano na província de Manica, revelou o ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel
Muthemba.
De acordo com o governante, estão já disponíveis cerca de 80, 3 milhões de dólares – o equivalente a 2.460 milhões de meticais – para o
projecto, graças a um financiamento conjunto
entre os governos moçambicano e italiano. Esta
soma será aplicada na construção da barragem
e numa drenagem de águas pluviais na capital do país, empreendimentos que irão contribuir para a redução do impacto das cheias ou
inundações ao longo da bacia de Púnguè e em
Maputo.
Cadmiel Muthemba disse ainda que «estamos
neste momento a preparar-nos para selecionar
o empreiteiro que vai executar as obras e garantimos que a construção da barragem vai iniciar
ainda este ano».
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
Este projecto governamental surge no âmbito de um programa que tem como objectivo
aumentar a disponibilidade de água para as
cidades da Beira e Dondo, bem como garantir
a irrigação de cerca de 5.000 hectares de terras
destinadas à agricultura e a regular os caudais
daquela bacia no centro do país, de modo a reduzir o risco de enxurradas.
Para a implantação do empreendimento, cerca
de 400 famílias que se encontram actualmente
a residir nas imediações da área abrangida poderão ter de vir a ser movimentadas. Já o novo
sistema de drenagem de Maputo tem como objectivo a diminuição do elevado nível freático
nos bairros de Maxaquene e Polana Caliço, bem
como o impacto da erosão, e poderá implicar
retirada de cerca de mais de 200 famílias.
Estima-se que o investimento necessário para
realojar as cerca de 600 famílias abrangidas por
estes projectos galgue os 4,8 milhões de dólares, o equivalente a 131,2 milhões de meticais.
Ex-Facim
Maputo
Arquitectos Autores
Arqtº. Frederico Valsassina
Arqtº. Ricardo Bak Gordon
Arqtº. João Ferreira Nunes
Atelier Projectista
VGN Architects Lda
Os maiores negócios
imobiliários do ano
foram realizados pela
Cushman & Wakefield
A Cushman & Wakefield se orgulha de ter sido a empresa de Real Estate que concluiu os maiores
negócios do ano no país. Desde a venda do empreendimento ícone de São Paulo, na Av. Paulista,
até uma das torres do projeto corporativo mais grandioso da região de Alphaville. Isso é resultado
da nossa abrangência global aliada ao entendimento profundo do mercado local.
Av. 25 de Setembro 2834
Maputo
Moçambique
+258 843 0085 10
Consultores:
Em seu próximo projeto, conte com a melhor e maior empresa de Rea
C O M E R C I A L I Z A Ç Ã O | I N V E S T I M E N T O | S U S T E N TA B
Maior empre
Fundador
anu_vida_vs-CBRE.indd 1
VINEWS
MOÇAMBIQUE
Turvisa quer um hotel em todas as capitais
de província
Aeroporto
internacional de
Maputo vai ganhar
complexo imobiliário
O Aeroporto Internacional de Maputo vai
ganhar um complexo imobiliário, com
hotéis e restaurante, revelou o presidente
da Aeroportos de Moçambique, Manuel
Veterano. As obras deverão arrancar ainda este ano.
O projecto de arquitectura já está pronto,
estando agora a dar-se início ao projecto
de engenharia. De acordo com Manuel
Veterano, o objectivo é que os trabalhos
de construção possam ter início dentro
de alguns meses, ainda em 2013. O responsável escusou-se contudo a revelar
qual o valor estimado para este investimento, bem como quem são os parceiros
associados à empresa estatal no desenvolvimento do projecto.
Promovido pela empresa pública
Aeroportos de Moçambique, o complexo
imobiliário será construído na área aeroportuária de Mavalane. Manuel Veterano
realçou que o objectivo é que a prazo, o
Aeroporto Internacional de Maputo possa oferecer a grande maioria dos serviços
que se encontram em outros complexos
aeroportuários do mundo, em que os
passageiros em trânsito não precisam de
sair do recinto do aeroporto para se hospedar, por exemplo.
O presidente da Aeroportos de
Moçambique falou após a adjudicação
formal da elaboração do projecto de recuperação da pista principal, da placa de
estacionamento, dos caminhos de circulação de pessoal e equipamentos aeroportuários e de toda a sinalização luminosa do Aeroporto Internacional de Maputo.
Este projecto foi adjudicado à empresa de
consultoria DHV, e a previsão é que possa
estar pronto de forma a que as obras tenham início em 2014.
12
Apostada em continuar a crescer em
Moçambique, a Turvisa traçou um objectivo ambicioso: «implantar uma unidade hoteleira em todas as capitais de província», disse
Margarida Pinheiro, directora-geral dos Girassol
Hotels, a marca hoteleira do grupo Visabeira
Moçambique.
Traçando caminho para atingir este objectivo,
a empresa está já a preparar o lançamento do
seu próximo grande projecto: um hotel em
Tete, que oferecerá 125 quartos, restaurante,
ginásio, cabeleireiro e spa. Citada pela imprensa, a responsável explicou que este será «um investimento mais vocacionado para o turismo de
negócios, tendo em conta o interesse que a região
tem vindo a despertar em termos económicos».
Actualmente, a oferta turística da Turvisa
«aponta maioritariamente para o turismo de
negócios», esclarece Margarida Pinheiro, acrescentando que «Moçambique é um mercado em
crescimento atractivo para o investimento estrangeiro e, como tal, uma plataforma deveras interessante para este segmento».
No entanto, garante, «o turismo de lazer também
é uma aposta da Turvisa, aproveitando as condições únicas que Moçambique oferece». E, um
das apostas mais recentes neste segmento é o
Girassol Gorongosa Lodge & Safari, situado em
pleno Parque Nacional da Gorongosa.
Plano de estrutura da cidade de Nampula vai ser
actualizado este ano
O Plano de Estrutura da cidade de Nampula
vai ser alvo de actualização ainda em 2013,
anunciou o presidente da autarquia, Castro
Namuaca. Para o efeito, foram já endereçados
alguns convites ao Fundo de Investimento
e Património do Abastecimento de Água
(FIPAG) e à Electricidade Moçambique (EDM),
que se deverão juntar a esta iniciativa.
Em conferência de imprensa, o autarca reconheceu que o actual Plano de Estrutura
da cidade, concebido há mais de dez anos,
já se encontra totalmente desajustado da
realidade actual, razão pela qual nos últimos três anos tenha sido desenhado um
projecto de requalificação dos bairros. Na
ocasião admitiu também os problemas relacionados com a ocupação desordenada
na cidade, quer para fins de habitação, quer
para instalação de infra-estruturas sociais e
económicas.
Para subsidiar esta estratégia, foram concebidos planos parciais em alguns pontos
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
da cidade, com destaque para Namicopo e
Namutequeliua, disse o edil.
Além disso, disse Namuaca, neste momento
estão em curso obras e edificação de um forte
sistema de drenagem na cidade, para permitir o melhor escoamento das águas pluviais.
O projecto inicial contemplava duas componentes, sendo a primeira virada para águas
pluviais e outra para águas residuais, esta última ainda sem financiamento.
Colliers International tem nova parceira
na África do Sul
A Colliers International, especialista mundial
em real estate services, tem uma nova parceira na África do Sul, onde acaba de se associar à Chelsea Manhattan, líder em property
consultancy. Nos trâmites desta associação, a
Chelsea Manhattan irá integrar-se totalmente
na organização, assumindo
a nova designação Colliers
International.
para a Colliers. Este é um mercado emergente
no imobiliário comercial e com grandes oportunidades para nós e para os nossos clientes.
Esta é mais uma parte do nosso plano para
crescer o nosso negócio na EMEA, quer organicamente, através dos nossos mais de 100 escritórios, quer através de fusões
e aquisições», afirma Chris
McLernon.
Com
escritórios
em
Joanesburgo e na Cidade do
Cabo, a nova empresa conta
com 34 colaboradores, e irá
prestar todos os serviços relacionados com a transacção de imóveis comerciais, destacando-se a
elevada especialização na consultoria a grandes
empresas (blue chip) internacionais. Mike Blair,
Director Executivo na Chelsea Manhattan assumirá o cargo de Director Executivo da Colliers
International na África do Sul.
Por seu turno, Mike Blair
acrescenta que «nós somos
líderes em property consultancy na África do Sul e sempre tivemos recursos internacionais. Porém, a
Colliers International confere-nos uma plataforma internacional que beneficiará, quer os
nossos colaboradores, quer os nossos clientes.
O nosso atendimento personalizado não se alterará, mas agora teremos acesso a um conhecimento global em todos os sectores do imobiliário, quer através dos 12.300 profissionais da
Colliers, em mais de 500 escritórios distribuídos
por 62 países».
«Enquanto vital ponto de acesso ao continente
africano, a África do Sul é um mercado chave
Programas-piloto de melhoramento de habitação
vão beneficiar mais 900.000 agregados
Os programas-pilotos de melhoramento habitacional e de saneamento, em curso desde
Julho de 2012 nos municípios de Maputo e
Mandlakazi, no Sul de Moçambique, vão ser
estendidos a mais 10 distritos, passando a
beneficiar outros 900.000 agregados familiares que vivem em condições de extrema
pobreza. A informação foi avançada por fonte do Banco Mundial, citada pelo Correio da
Manhã.
que isso seja possível, a dotação orçamental
de 2013 foi aumentada em 0,8% do PIB, com o
objectivo de elevar o nível de assistência social
para aquele número de beneficiários.
Beneficiando cerca de 960.000 habitantes locais, as acções em curso estão a ser co-financiadas pelo Orçamento do Estado moçambicano
e pelo Banco Mundial, e estão avaliadas em
1,7 biliões de meticais, o que corresponde ao
aumento de cerca de 0,3% do Produto Interno
Bruto (PIB) de 2013 em relação ao Orçamento
de Estado de 2012.
Neste sentido, acrescenta a mesma fonte,
está actualmente em curso um trabalho de
sensibilização das autoridades governamentais moçambicanas no sentido de cumprirem
com os programas assinados com os doadores externos, já que em alguns casos «há
incumprimento e eles estão insatisfeitos com
isso», sobretudo devido «à lenta implementação de alguns projectos». O apoio externo
deverá ser recuperado durante este ano e o
próximo, «casa haja progressos de boa-governação e combate à corrupção».
Os dez distritos que também vão passar a ser
abrangidos por este programa não foram,
contudo, revelados. Sabe-se apenas que, para
O Banco Mundial explicou que o seu envolvimento neste projecto visa minimizar «as disparidades interprovinciais que permanecem
muito elevadas e com tendência a agravar-se
no país».
Província de Sofala
vai ganhar cinco
novas fábricas
de cimento
A província de Sofala vai ganhar cinco novas fábricas de cimento, que
representam um investimento globalmente avaliado em 250 milhões de
dólares norte-americanos. Estas infra-estruturas serão erguidas nos distritos
de Chibabava, Inhaminga e nas cidades
da Beira e Dondo, e as obras deverão arrancar ainda este ano.
José Ferreira, director provincial da
Indústria e Comércio em Sofala, revelou
estar já em curso a tramitação dos processos para a implantação dos referidos
projectos, os quais irão criar quinhentos
postos de trabalho numa primeira fase.
Segundo o responsável, caso não hajam constrangimentos no decurso das
obras, pelo menos duas das fábricas de
cimento poderão entrar em funcionamento até ao final deste ano.
Paralelamente às acções ligadas à implantação destas infra-estruturas industriais, estão também em curso os trabalhos para a instalação de um novo forno
na fábrica de cimento do Dondo.
Actualize todos os dias
as últimas novidades
do mercado.
www.vidaimobiliaria.com
13
VINEWS
MOÇAMBIQUE
BAD apoia projecto
sobre mudanças
climáticas em
Moçambique
O Banco Africano de Desenvolvimento
(BAD) acaba de assinar um acordo com
o Governo Moçambicano dando luz
verde a uma linha de crédito de mais de
14,8 milhões de dólares que viabilizará
um projecto que visa a mitigação do
efeito das mudanças climáticas e calamidades naturais.
Este valor será distribuído em quatro
distritos da provincia de Gaza, no sul do
país, no «Projecto Moçambique – Gestão
Sustentável da Terra e Recursos Hídricos»,
que compreende as componentes de
agricultura, água e desenvolvimento de
infra-estruturas, bem como a restauração de habitats naturais e paisagens.
De acordo com a nota de imprensa divulgada pelo Ministério da Planificação
e Desenvolvimento, na mesma ocasião
foi ainda assinado com o BAD um acordo para a doação de pouco mais de 3,1
milhões de dólares por aquela instituição financeira, que serão também aplicados no projecto.
Sotecnisol associa-se ao Grupo Entreposto
para entrar em Moçambique
A Sotecnisol estabeleceu uma parceria com
o Grupo Entreposto, criando a SotecnisolEntreposto, detida em partes iguais pelas duas
empresas. A nova empresa tem como objectivo
o desenvolvimento de actividades nas áreas de
coberturas, fachadas e revestimentos, identificadas como «apresentando boas perspectivas
de desenvolvimento futuro neste mercado».
O objectivo é que a nova empresa possa expandir
a sua oferta gradualmente em Moçambique e à
medida das necessidades deste mercado, tendo
também na mira as áreas da energia renovável,
engenharia e materiais.
Desta forma, Moçambique torna-se o quinto mercado internacional onde a portuguesa
Sotecnisol está presente, depois de Espanha,
Itália, Angola e Argélia. Actualmente, a actividade internacional tem um peso de 10% nas
contas na empresa, que opera nos sectores da
construção, ambiente e energia. Mas, a meta
para os próximos meses é elevar para 30% o
peso da facturação internacional.
José Luis Castro, Presidente da Sotecnisol, diz
que «Moçambique é um mercado estratégico
Visite a nova loja
Reynaers Aluminium
marca presença
na Tektónica
A Reynaers Aluminium vai marcar presença na segunda edição da Tektónica
Moçambique, a principal feira profissional para o mercado da construção, imobiliário e segurança, a ter lugar em Maputo
entre 28 de Fevereiro e 4 de Março.
Esta participação servirá para a empresa
apresentar a sua gama de soluções de
sustentabilidade dos edifícios, pensadas
para o mercado moçambicano, exibindo
um stand que vai dispor de várias novidades como o novo sistema de portas CD 45
Pa. Entre outras iniciativas, serão também
apresentados os projectos de referência
da Reynaers a nível mundial, com foco especial nos grandes projectos executados
no mercado Moçambicano.
14
para a Sotecnisol, pelo crescimento económico que vive actualmente e pela necessidade
de investimento em infra-estruturas». Por isso,
acrescenta, «a parceria com o Grupo Entreposto
é uma grande mais-valia, pois trata-se de um
grupo forte que opera no país há várias décadas e cuja oferta de produtos é complementar
à nossa».
Por seu turno, o presidente do Conselho de
Administração Executivo do Grupo Entreposto,
Pedro Palhinha, acrescenta que «a parceria com a
Sotecnisol para Moçambique permite-nos alargar
a nossa oferta de produtos e serviços para novas
áres, estratégicas para o futuro deste país».
www.loja.vidaimobiliaria.com
da Vida Imobiliária
Lançado o projecto de um novo hospital
na província de Nampula
O Gabinete da Primeira-Dama e a FBT IC, empresa especializada na construção de edifícios
hospitalares e de educação, lançaram um novo
projecto para a construção de um hospital generalista na província de Nampula, no norte
de Moçambique. As obras deverão arrancar no
próximo mês de Junho, prevendo-se que fiquem
concluídas em Dezembro de 2014.
João Silva director-geral da FBTIC explicou
que o hospital será gerido pelo sector privado
e contará com 50 consultórios e 33 especialidades médicas. Oferecerá 45 quartos duplos e
67 individuais, com uma capacidade de internamento para 157 pessoas.
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
A escolha para a construção desta infra-estrutura recaiu sobre a província de Nampula
porque esta é uma das províncias mais populosas do país e um ponto de referência na
captação de mais investimentos, pelo que se
impõe a necessidade de dotá-la com capacidade para responder às necessidades de
desenvolvimento, explicou a directora do
Gabinete da Primeira-Dama de Moçambique,
Flávia Cuareneia.
De acordo com esta responsável, o novo hospital terá também uma componente social para
atender a população de baixa renda.
Projecto «Casa Jovem» atinge 1.000 unidades
em Maputo em 2013
O número de casas construídas ao abrigo do
Projecto Casa Jovem na cidade de Maputo
vai continuar a crescer em 2013, prevendo-se
que atinja as 1.000 unidades até ao final deste
ano, informou o coordenador do projeto Eric
Charas.
Anunciado em 2010, o Projecto Casa Jovem
tem como objectivo colmatar a ausência de
oferta de habitação para os jovens moçambicanos, particularmente em Maputo. No âmbito desta iniciativa estão projectados cerca de
1.800 apartamentos de diversas tipologias, incluindo 144 casas do tipo 1, 624 casas do tipo
2, 608 casas do tipo 3 e 160 casas do tipo 4. Os
apartamentos serão distribuídos em 72 prédios
de quatro pisos.
Além da componente habitacional, o projecto
Casa Jovem tem também projectados espaços comerciais multifuncionais, possibilitando abarcar o
mais variado conjunto de serviços à disposição
dos seus moradores, nomeadamente, supermercados, farmácias, padarias / pastelarias, ginásios,
cafés, escritórios, locais de lazer, entre outros.
Enquanto isso, decorre a conclusão de um lote
de mais de 500 unidades previstas para a primeira fase. Os primeiros imóveis já começam a
ser entregues aos proprietários. Segundo a mesma fonte, está também prevista a construção de
mais 400 casas do tipo três.
E para 2013 está também projectada a construção de 15 residências a um custo subvencionado de 500.000 meticais (cerca de 17.000
dólares) para jornalistas. A construção de habitações para profissionais jovens de comunicação social será o fruto de uma parceria entre
a empresa Charas Lda e a Associação para a
Preservação da Verdade (APREVE).
Segundo a Charas, esta iniciativa tem como
objectivo contribuir para que os jovens profissionais da comunicação social sejam capazes de amortizar o valor de uma habitação,
de forma faseada, sem comprometer os seus
rendimentos.
Construção da nova casa do Comité Olímpico
de Moçambique prestes a arrancar
Os trabalhos de construção do novo edifício que vai albergar o Comité Olímpico de
Moçambique deverão arrancar no mês de
Março em Maputo, prevê aquele organismo.
Além de escritórios, o edifício de 15 andares
irá também contar com uma zona comercial.
Em declarações recentes à imprensa, o presidente do Comité Olímpico de Moçambique realçou a importância desta infra-estrutura que,
garante, não vai só melhorar as condições de
trabalho, mas também preparar os atletas nacionais em diferentes modalidades.
A cerimónia simbólica do lançamento da primeira pedra da obra teve lugar em Setembro
de 2011, aquando da visita do Presidente
do Comité Olímpico Internacional, Jacques
Rouge.
www.vidaimobiliaria.com
CPCI dá luz verde
a quatro projectos
no valor de 23,3
milhões de dólares
O Centro de Promoção de Investimentos
(CPCI) deu luz verde a quatro novos projectos de investimento para o país que,
globalmente, estão orçados em 23,3 milhões de dólares norte americanos e que
projectam a criação de 334 novos postos
de trabalho para moçambicanos. Estes
investimentos dizem respeito aos sectores da construção, serviços e transportes, e irão localizar-se nas províncias de
Nampula, Sofala e na cidade de Maputo.
Hotel Girassol
já chegou à vila
do Songo
A rede hoteleira Girassol continua a
crescer em Moçambique e, depois das
unidades de referência em Maputo,
Nampula, Lichinga e Gorongosa, já chegou também à vila do Songo, província
de Tete.
Equipado com uma oferta de 14 quartos – sete singles e sete suítes nas tipologias T1 e T2 – o novo Girassol Songo
Hotel já foi visitado pelo Presidente da
República de Moçambique, Armando
Guebuza, que foi recebido por Fernando
Nunes, presidente da empresa detentora dos hotéis Girassol, a Visabeira.
Actualize todos os dias
as últimas novidades do mercado.
15
EVENTOS
TEKTÓNICA
Tektónica Moçambique
está de volta a Maputo
Pelo segundo ano consecutivo, a Tektónica Moçambique volta a Maputo. De
25 de Fevereiro a 4 de Março, o Centro Internacional de Conferências Joaquim
Chissano vai reunir a fileira da Construção, Obras Públicas e Imobiliário,
consolidando o evento como o principal ponto de encontro do sector no país.
E, com o objectivo de repetir o sucesso registado em 2012, esta segunda
edição do certame aportará várias novidades, como conta o director da
área de feiras da AIP – Feiras, Congressos e Eventos, Jorge Oliveira, responsável pela organização.
Vida Imobiliária (VI) - Qual o balanço da adesão dos
parceiros empresariais à segunda edição da Tektónica
Moçambique?
Jorge Oliveira (JO) -A 2ª edição da Tektónica Moçambique apresenta
uma significativa evolução em relação a 2012. Em primeiro lugar porque alarga o seu leque de abrangência ao ser realizada em simultâneo
com a Intercasa Concept Moçambique e porque mais do que triplicou o seu número de expositores. A Tektónica Moçambique é hoje o
grande evento moçambicano para o sector da construção, imobiliário,
energia, ambiente e segurança e o local de apresentação por excelência dos grandes projectos em curso e perspectivados neste país. A AIP
Feiras Congressos e Eventos conta com mais de 20 parceiros na organização da Tektónica Moçambique, de onde se destacam por exemplo: a Câmara de Comércio Moçambique Portugal, a AICEP, IPEX, CTA,
FME, CPI, Confederação Empresarial dos Países de Língua Portuguesa,
CIMLOP, CIALP.
VI - O que podemos esperar da Tektónica, em termos
de dimensão?
JO -Muito mais do que uma feira, a Tektónica é um projecto dinâmico de
aproximação entre empresas e instituições, funcionando como um acelerador na concretização e projectos de negócios.
A Tektónica divide-se em 4 grandes pilares. Em primeiro lugar, existirá a exposição em conjunto com a Intercasa Concept Moçambique (com mais de 120
expositores em 2013). Haverão também encontros empresariais nas provín-
Tektónica promove acções fora de Maputo
A Tektónica Moçambique tem um vasto conjunto de acções importantes em várias cidades para além de Maputo.
26 de Fevereiro
Encontro com empresários em Nampula e Nacala
27 de Fevereiro
Encontro empresarial na cidade da Beira. Em simultâneo será
realizada uma visita de cortesia ao município de Matola.
16
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
28 de Fevereiro
Abertura da Tektónica Moçambique seguida da Conferência de
Arquitectura e Urbanismo.
1 de Março
Fórum da Construção e visita oficial de membros do governo de
Portugal e Moçambique. Cerimónia de entrega de prémios.
cias, sendo que este ano estaremos em Nampula, em Sofala e no Município
de Matola. Estamos também a organizar conferências e workshops, entre os
quais destacamos o Fórum da Construção com parceria especial com a FMEFederação Moçambicana de Empreiteiros, a Conferência de Arquitectura
e Urbanismo com parceria especial com as Ordens dos Arquitectos de
Portugal e Moçambique. E, por último, teremos encontros de negócios e atribuições de prémios – em 2013 apresentamos a primeira edição dos prémios
“Cooperação Moçambique Portugal”, “Tektónica Moçambique” e “Intercasa
Concept Moçambique”, distinguindo pessoas, empresas e instituições com
trabalho relevante no mercado Moçambicano.
VI - Quais são os setores de atividade (dentro da esfera da
construção e do imobiliário) que estarão representados?
JO - A presença das empresas expositoras é muito diversificada, desde as
máquinas, ferramentas e equipamentos para a construção, pavimentos e revestimentos, promotores imobiliários, energias renováveis e eficiência energética, tubos e acessórios, isolamentos, espaço banho e cozinha, sanitários,
isolamentos, argamassas, sistemas de segurança entre outros.
VI - Qual será o peso das empresas nacionais no certame? E
em termos de participação internacional, qual o balanço?
JO - O peso das empresas portuguesas continua a ser relevante, embora seja
cada vez maior a presença de empresas moçambicanas, ou empresas de capital luso-moçambicano. Também pela primeira vez vamos receber empresas
de outros países, embora muito poucas, sendo no entanto expectável que já
em 2014 esse perfil de empresas também tenha um grande aumento.
VI - Existem muitos participantes que sejam repetentes
da edição de 2012?
JO- Há efectivamente muitas empresas repetentes e sobretudo apraz-nos
verificar que algumas das que estiveram connosco em 2012 já se estabeleceram com parcerias em Moçambique. No entanto devido ao exponencial
aumento do número de empresas este ano, a grande maioria vai pela primeira vez. A Tektónica Moçambique tem também esse importante papel de
abrir as portas do mercado moçambicano sobretudo às PME’s.
VI - Que aspetos querem melhorar em relação à primeira
edição desta feira, realizada em 2012? E quais as
principais novidades?
JO - Esta iniciativa organizada pela AIP - FCE encontra-se, conforme referi anteriormente, numa fase de crescimento acelerado, pelo qual nós temos tido
o grande cuidado de dotar a Tektónica Moçambique de todas as ferramentas
habituais nos certames mais evoluídos. Este mix de capacidade de estimular
os encontros empresariais, os negócios e o reconhecimento de quem trabalha
arduamente em prol do sector e dos respectivos países, coloca o certame com
uma filosofia moderna e positiva capaz de ser uma alavanca importante para as
empresas que nos visitam e que aqui apresentam os seus produtos e serviços.
Há várias novidades, mas a 1ª edição dos prémios “Cooperação Moçambique
Portugal” é seguramente um dos grandes momentos, sendo a sua apresentação no dia 1 de Março perante uma plateia de cerca de 200 empresários e
entidades de Portugal e Moçambique.
VI - De modo geral, quais são as expetativas
da organização em relação a este certame?
JO- A Grande expectativa é que a Tektónica Moçambique passe a ser um
evento de características nacionais, movimentando empresários de norte a
sul de Moçambique nas áreas de referência do certame. Os indicadores de
que dispomos tendem a referir que esse objectivo será alcançado já este ano.
VI - Quais são, no seu entender, as grandes mais valias
aportadas pela realização de um evento deste género
para o desenvolvimento do mercado da construção,
imobiliário e obras públicas em Moçambique?
JO - Uma das grandes preocupações da Tektónica Moçambique é a descentralização, levando o conhecimento a todas as províncias de Moçambique.
Recordamos que é nas províncias que está uma importante parte do potencial de desenvolvimento de País. Aproximar e proporcionar trocas de
experiências e necessidades entre entidades públicas, construtores, instaladores, comerciantes, arquitectos, engenheiros, outros técnicos qualificados,
empresários em geral é o papel central da Tektónica Moçambique.
Claro que em todo este processo é importante que a Tektónica Moçambique
seja um momento importante na apresentação de novidades para os diferentes sectores envolvidos.
VI - Como avalia o mercado da construção e do
imobiliário moçambicano, e as oportunidades e desafios
que encerra para as empresas que nele queiram apostar?
JO- Moçambique é um mercado com tanto potencial, as relações empresariais entre Portugal e Moçambique podem ser impulsionadoras de tantos
projectos conjuntos que por vezes é difícil quantificar a dimensão desta
oportunidade para os dois países. Mais do que qualquer avaliação sectorial
importa referir o trabalho que desenvolvemos junto dos empresários portugueses para apostarem no respeito pela cultura e história de moçambique,
pelo conhecimento da sua maneira de estar nos negócios, as suas particularidades e as suas necessidades e anseios. A credibilidade e a correcção é
hoje absolutamente fundamental no mundo dos negócios e felizmente os
empresários portugueses lidam muito bem com esse conceito.
O mercado moçambicano está com grandes projectos na área das infra-estruturas, impulsionados sobretudo pelas áreas da energia e minas. A rede
de transportes, as telecomunicações, enfim, todo este desenvolvimento
terá uma repercussão em cadeia que facilmente atinge o sector imobiliário
quer para habitação, escritórios ou para o comércio e industria. Por fim parece-me importante frisar que as empresas que queiram trabalhar no mercado moçambicano, devem ter uma perspectiva de médio prazo e incorporar
nesse desiderato os seus melhores quadros de recursos humanos.
Quinzena Empresarial
Moçambique Portugal
Em 2013, a Tektónica Moçambique está integrada no âmbito da
Quinzena Empresarial Moçambique Portugal, uma iniciativa da
AIP – Feiras, Congressos e Eventos, e que vai decorrer de 25 de
Fevereiro a 7 de Março. O número de empresas envolvidas nesta
missão empresarial ronda as 250.
Jorge Oliveira, director da área de feiras da AIP, comenta que esta
«é uma feliz coincidência, pois foi possível à AIP organizar este
fórum alargado a sectores tão importantes como a Construção,
o Imobiliário, Energia, Decoração, Hotelaria e Restauração, Agro
Alimentar e Distribuição Alimentar».
Esta iniciativa irá contribuir para «mostrar de uma vez por todas o
muito que Portugal e Moçambique têm a ganhar com esta parceria cada vez mais forte. A grandeza que esta quinzena já atinge dá
mais força a empresas, entidades oficiais e organizações como a AIP
a continuar este trabalho de trazer à tona novas oportunidades de
investimento, de negócio e de coesão empresarial», considera.
17
OPINIÃO
CIMLOP
Luís Lima
Presidente da CIMLOP - Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Português
Investimento imobiliário
promove desenvolvimento
Económico
Especialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmam que
Moçambique é um dos 10 países do mundo que mais cresceu na última
década. Só em 2012, este país verificou um crescimento na ordem dos
7,5%, crescimento este essencialmente associado ao início das exportações e carvão e aos fortes desempenhos dos serviços financeiros e de
sectores de transportes, comunicações e construção.
Para 2013, a projecção de crescimento da produção global no país está
na ordem dos 8,6%, sendo que, para a fileira do imobiliário e construção,
esta projecção regista um incremento que se situa na ordem dos 5,6%.
Com a paz devidamente consolidada no país, que vive também uma estabilidade política e um pleno e normal funcionamento das instituições,
estes números ganham uma dimensão ainda mais importante. Esta pujança da economia moçambicana vem assim criar uma dinâmica aparentemente imparável, pelas grandes oportunidades que se apresentam
e que têm sido alvo de grande interesse por parte de grandes, médios
e pequenos investidores, nomeadamente vindos de países de Língua
Oficial Portuguesa.
De facto, Moçambique tem vindo a consolidar a sua posição junto
dos mais diversos destinos de investimento e o sector do imobiliário
e da construção, é um dos sectores em que os investidores mais procuram apostar.
Neste sentido, a Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua
Oficial Portuguesa (CIMLOP), a que presido, tem vindo a desenvolver
um papel importante, na promoção do conhecimento cruzado e complementado pela formação profissional especifica nos espaços que dela
possam beneficiar, por parcerias comerciais entre as organizações que
18
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
integram a CIMLOP e pela sensibilização dos poderes para as vantagens
de aproximação das regras que tutelam os diferentes mercados, especialmente quando vocacionadas para fomentar a transparência de uma
atividade económica que visa o desenvolvimento sustentado dos países.
Não podemos esquecer que o crescimento do mercado imobiliário está
directamente relacionado com a economia dos países, e que o incremento desta fileira em Moçambique representa desenvolvimento.
Recordo que, há cerca de um ano, quando a minha presença na I Tektónica
Moçambique, a maior feira profissional de Construção, Imobiliário,
Energia, Ambiente e Segurança de Moçambique, fiquei particularmente
impressionado com as oportunidades que o país tem para oferecer, especialmente no espaço da lusofonia, onde o país se inscreve e onde as oportunidades de investimento podem ser mais eficazes para todas as partes.
No que diz respeito aos países de Língua Oficial Portuguesa, a língua em
comum é uma vantagem inegável e um elemento facilitador para quem
pretende estabelecer parcerias, garantindo assim que se ergam as pontes culturais necessárias a toda a cooperação no domínio dos negócios.
No entanto, apesar desta inegável vantagem, as oportunidades que hoje
se abrem no país exigem, de quem as procura, muita transparência e
muito trabalho, que deverá ser levado a cabo com um espirito aberto à
constituição de parcerias com empresas locais, que garantam um conhecimento específico da própria realidade do país.
É deste modo que se poderá cimentar pontes e unir interesses que conjuguem a vontade de investir com a necessidade de desenvolvimento
do país.
PONTE ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA
EM CAIA SOBRE O RIO ZAMBEZE
NOVA PONTE DE TETE
SOBRE O RIO ZAMBEZE
SHOPPING
DE TETE
EDIFÍCIO EPSILON 24
EM MAPUTO
SEDE DO MINISTÉRIO
DA AGRICULTURA EM MAPUTO
SEDE DO BANCO ÚNICO
EM MAPUTO
EDIFÍCIO ESCOM BRAZZAVILLE
NO CONGO
CONJUNTO HABITACIONAL
NAS BARREIRAS EM MAPUTO
PONTE MAPUTO-KATEMBE,
MASTERPLAN DA KATEMBE E ESTRADA ATÉ PONTA DO OURO
DESDE 1973 A PROJECTAR UM MUNDO MELHOR
NA VANGUARDA DA ENGENHARIA
BETAR
Projectos Prediais
Projectos de Obras de Arte
Av. Elias Garcia 53 – 2º Esq.,
1000-148 Lisboa. Portugal
+351 217 826 110
www.betar.pt
Projectos Viários
BTR.AO
Projectos de Infra-Estruturas
Gestão de Obras de Arte
R. Kwamne NKrumah 31 1ºD,
Maianga, Luanda. Angola
+ 244 943 525 033
www. betar.pt
Estudos de Impacto Ambiental e Social
MZ BETAR
Inspencção de Obras de Arte
Estudos de Viabilidade Técnica e Económica
TORRE MARAVILHA EM LUANDA
Planeamento e Fiscalização de Obras
4 EDIFÍCIOS SKY CENTER EM LUANDA
Av. 25 de Setembro 1509, 4º – 5,
Maputo. Moçambique
+258 21 30 20 80
www. betar.pt
Dossier
As oportunidades
imobiliárias
em Moçambique
20
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
Desfrutando de um período de estabilidade macroeconómica, Moçambique assume-se agora
como uma das principais plataformas de investimento internacional em África. De acordo com
os dados mais recentes, nos próximos dez anos o país deverá receber investimentos na casa
dos 80.000 milhões de dólares, e que irão contribuir para que o seu PIB possa mesmo superar
o de Angola.
O bom momento económico – que os especialistas antevêem continuar nos próximos anos
– abre todo um mundo de oportunidades para os sectores da construção, obras públicas e
imobiliário neste país, ainda muito carenciado de infra-estruturas básicas, de saneamento,
energia, transporte, habitação, entre vários outros.
Há ainda um longo caminho a percorrer para melhorar a qualidade de vida de todos os
cidadãos moçambicanos, mas os primeiros passos já estão a ser dados.
E, este panorama económico oferece inúmeras oportunidades às empresas que operam nas
esferas da construção e do imobiliário, as quais, se espera, venham a ter um papel decisivo
neste plano de desenvolvimento de Moçambique, inclusivamente assumindo-se como
importantes fontes na produção de riqueza para o país.
Vista do Hotel Polana © Aleutia
21
DossiER Especial Moçambique
Economia moçambicana
em crescimento atrai mais
investimento
Nos últimos anos, a economia moçambicana tem estado em plena rota de
crescimento, atraindo um número crescente de investidores internacionais
e oferecendo inúmeras oportunidades às empresas que operam nos
sectores da construção e do imobiliário.
Atravessando um período de estabilidade macro-económica, ao longo da última década o PIB moçambicano registou um crescimento
médio de 7%, segundo dados da AICEP. E, neste clima de crescimento,
os investimentos públicos e privados são cada vez mais frequentes,
estimando-se que, só na área da energia, infra-estruturas e sector mineiro, estes devam superar os 90.000 milhões de dólares ao longo dos
próximos dez anos.
Sem estarem restringidos à capital, Maputo, estes investimentos estendem-se também a outras regiões como a Beira, Tete, Nampula ou
Pemba, e envolverão um conjunto vasto de oportunidades nas áreas
da construção e obras públicas, da energia, das máquinas e equipamentos, da habitação e turismo, da logística, dos serviços às empresas, da agricultura e produtos de consumo.
Desde 2003 até aos dias de hoje, Moçambique foi o 14º país africano com maior capacidade de atracção de Investimento Directo
Estrangeiro (IDE). E, a África do Sul destaca-se como o país que mais
projectos de IDE efectuou em Moçambique, seguindo-se Portugal, o
Reino Unido, a Índia e o Brasil.
Moçambique é uma das cinco economias
que mais cresce até 2015
Detentor de uma das maiores reservas mundiais de gás natural e de
carvão, o país deverá tornar-se numa das principais referências mundiais do sector energético nos próximos anos, podendo mesmo vir a
bater-se com Angola no que toca ao PIB, considera a consultora SPTEC
Advisory, uma referência internacional na indústria energética. E, no
período entre 2011 e 2015, Moçambique deverá destacar-se como
uma das cinco economias que mais terá crescido a nível mundial, com
o crescimento real do PIB a aproximar-se dos 8%, segundo dados do
BES Research.
O Governo moçambicano prevê que a economia nacional cresça até
8,4% em 2013, com uma taxa de inflação média anual inferior a 7,5%,
enquanto as exportações deverão crescer 14% em termos homólogos,
Moçambique
Capital: Maputo
População (milhões): 22,5 (2012)
Tempo: GMT +2
Tipo de Governo: República Unitária
Lingua Oficial: Português
Área: 744.9 mil Km2
Moeda: Metical (MZN)
Religião: Maioritariamente cristã (católicos 24%),
muçulmanos (18%)
Fonte: FMI, Banco Mundial, COSEC, World Economic Forum, Global Heritage, Commonwealth
22
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
para os 3.558 milhões de dólares, de acordo com Plano Económico
Social (PES). Durante a apresentação do documento, o primeiro-ministro, Alberto Vaquina, sublinhou que «o Plano Económico e Social e o
Orçamento do Estado para 2013 têm em vista dar continuidade à materialização das aspirações do nosso povo, no âmbito do cumprimento do
Programa Quinquenal do Governo para o período 2010-2014».
No seu plano, o Governo prevê ainda constituir Reservas Internacionais
Líquidas (RIL) no valor de 281 milhões de dólares, elevando o saldo
para 2.791 milhões de dólares, o equivalente a 4,8 meses de importações de bens e serviços não factoriais.
Cobertura da rede das instituições financeiras,
distribuição provincial, 2012 (Junho)
Balcões em
Funcionamento
Balcões
Autorizados
Maputo CIdade
169
177
Maputo Província
48
53
Nampula
47
57
Desempenho económico superou
as expectativas em 2012
Sofala
45
46
Tete
30
34
No decurso da sessão de apresentação do PES, o ministro da
Planificação e Desenvolvimento, Aiúba Cuereneia, disse ainda que o
desempenho da economia moçambicana superou as expectativas em
2012, com a taxa de inflação a manter-se controlada e o metical, a moeda nacional, a manter-se estável relativamente ao rand da África do
Sul e o dólar dos Estados Unidos. «A estabilidade do metical contribuiu
para a redução do nível geral de preços dos principais produtos de
consumo no país», salientou.
Até ao passado mês de Setembro, o governo deu luz verde a 264 projectos de investimento no país, avaliados globalmente em 2.700 milhões de dólares, os quais, conjugados com iniciativas nacionais de
financiamento à actividade económica resultaram na criação de cerca
de 113.000 novos postos de trabalho.
O ministro Aiuba Cuereneia disse ainda que as reservas internacionais
líquidas de Moçambique atingiam os 2.664 milhões de dólares no final de Outubro de 2012, valor suficiente para cobrir cinco meses de
importações de bens e serviços.
Gaza
30
33
Ihnambane
29
29
Manica
23
27
Zambézia
21
23
Cabo Delgado
14
15
Niassa
10
11
Sector das Obras Públicas e Construção Civil
deverá crescer 5,6% em 2013
As projecções económicas favoráveis deixam antever inúmeras oportunidades para as empresas que operam nas esferas da construção e
do imobiliário. E, de facto, as previsões governamentais apontam para
um crescimento na ordem dos 5,6% nos sectores das obras públicas e
construção civil em 2013, impulsionado pelos investimentos em curso
na área das infra-estruturas.
O aumento da rede escolar, sanitária e eléctrica, bem como a construção e reabilitação de estradas, pontes e fontes de abastecimento
Províncias
Fonte: Banco de Moçambique, KPMG, Espírito Santo Research
de água continuarão a ser prioridades da acção do Governo em 2013.
«Continuaremos a promover a construção de habitação condigna, adquirir medicamentos para a assistência das populações nas unidades
sanitárias, assegurar a promoção, progressão, mudança de carreira e o
cumprimento de outros direitos dos funcionários públicos», afirmou o
primeiro-ministro durante a apresentação do PES.
Expansão da actividade bancária continua
a ser uma prioridade
A expansão da actividade bancária no país continua a ser uma prioridade do Banco de Moçambique. Entre 2007 e Junho de 2012 o número de distritos com agências bancárias passou de 27 para 58, sendo
que actualmente se encontram em funcionamento 466 balcões bancários no país, estando autorizados 504.
No presente são 18 as instituições financeiras que integram o sistema
financeiro moçambicano, embora 80% do volume de negócios esteja
concentrado na actividade dos quatro maiores bancos.
Localização estratégica faz do país uma das principais portas
de entrada na SADC
Geograficamente, Moçambique encontra-se localizado numa zona estratégica a nível da SADC (South African Development
Community), e assume-se como uma das
principais portas de entrada na região.
O PIB da África Austral atinge actualmente
cerca de 700.000 milhões de dólares, reunin-
do 300 milhões de consumidores. Neste sentido, o investimento realizado em Moçambique
encontra no país condições ideais para penetrar facilmente no mercado regional, conclui o
BES Research.
O ambiente de negócios em Moçambique coloca o país na 18ª posição entre os 46 países
da África Subsahariana no indicador Doing
Business 2012 (o 5º na protecção ao investidor), situando-se actualmente na 139ª posição
entre os 183 países avaliados. E, no ranking
de liberdade económica Indexo of Economic
Freedom 2012, Moçambique situou-se no 15ª
lugar entre os países da África Subsahariana.
23
DossiER Especial Moçambique
Indicadores Macro-Económicos
2010
2011
2012 (E)
2013 (E)
2014 (E)
PIB
Preços Correntes
EUR mil milhões
7,1
9,2
10,9
11,8
13,3
PIB taxa de crescimento real
Percentagem
6,8
7,1
6,7
7,2
7,8
Taxa de inflação
Percentagem
12,7
10,4
7,2
5,6
5,6
Taxa de Câmbio
EUR / MZN
45,5
40,4
35,5
35,5
35,5
Balança Corrente
Percentagem do PIB
- 11,7
- 13,0
- 12,7
- 12,4
- 11,9
Saldo Orçamental
Percentagem do PIB
- 4,0
- 4,9
- 6,3
- 6,0
- 5,6
(E) - Estimativa Fonte: BES Research, FMI, Bloomberg
Ambiente de Negócios, 2012
Facilidade de Fazer Negócios
(Doing Business 2012 Ranking)
O maior banco do país é o Banco Internacional de Moçambique (BIM),
detido pelo grupo português BCP e pelo Tesouro Moçambicano. Este
é banco com a maior quota do mercado em volume de negócios, cerca de 40%, liderando também no que se refere aos activos totais e à
vertente do crédito.
Na lista dos maiores bancos moçambicanos, o segundo lugar é ocupado pelo Banco Comercial e de Investimento (BCI) – detido pelo
Grupo Caixa Geral de Depósitos (51%) e BPI (30%) – e pelo sul-africano Standard Bank, ambos com uma quota em volume de negócios
acima de 15%.
Quer o BIM, quer o BCI se encontram no top 100 dos maiores bancos
de África, ocupando a 77ª e a 99ª posição, sendo o Standard Bank
Group o maior grupo bancário de todo o continente.
O português BES, através da sua participada BES África, detém 25,1%
do capital do Moza Banco (embora a Moçambique Capitais, de investidores moçambicanos, se mantenha a acionista maioritária, com
50,4% do capital). Em 2011 foi lançado o Banco Único, pelos grupos
portugueses Visabeira e Amorim (Gevisar SGPS – 62%). Também o
Banco Nacional de Investimentos conta com uma participação de
49,5% do Estado português.
24
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
139/ 183
Protecção dos Investidores
46/183
Comércio Transfronteiriço
136/186
Cumprimento de Contratos
131/183
Liberdade Económica
(Economic Freedom 2012 Ranking)
108 / 179
Competitividade
(Global Competitiveness Index 2011-2012 Ranking)
133 / 142
Requerimentos Básicos
133 / 142
Infra-estruturas
123 / 142
Instituições
105 / 142
Potenciadores de Eficiência
129 / 142
Inovação e Sofisticação
115 / 142
Cosec (Risk Group)
Classificação de 1 (risco menor) a 7 (risco maior)
6
Standard & Poor’s (Rating)
Classificação de AAA (menor risco) a D (risco maior, default)
Dívida longo prazo em moeda local
B+
Dívida longo prazo em moeda estrangeira
B+
Outlook
Estável
Fonte: BES Research, FMI, Banco Mundial, COSEC, World Economic Forum,
Global Heritage, Commonwealth
DossiER Especial Moçambique
António Raposo Subtil
João Ricardo Nóbrega
Sócios da Raposo Subtil e Associados - Sociedade de Advogados, RL
Fundos de Investimento
Imobiliário em Moçambique:
Um aposta de Futuro!
O quadro legal dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) em
Moçambique vem previsto e regulado no Decreto nº 54/99 de 8 de
Setembro, (entretanto alterado pelo Decreto nº 36/2005, de 29 de
Agosto) representando este Diploma um importante avanço no âmbito de Mercado de Capitais, ao criar um instrumento financeiro com
enorme potencialidade para contribuir activamente no desenvolvimento económico de Moçambique.
Da análise do referido regime jurídico, e pese embora a, ainda, escassa
regulamentação, são evidentes as semelhanças com o enquadramento legal dos FII em Portugal, nomeadamente, a nível da:
(i) natureza - enquanto patrimónios autónomos e sem personalidade
jurídica, pertencentes a um ou mais participantes;
(ii) representação - a administração dos FII é levada a cabo por uma
entidade gestora, que actua no interesse exclusivo dos participantes;
(iii) Constituição - está sujeita a um procedimento promovido pela entidade gestora e à autorização de uma entidade supervisora;
(iv) Segregação de responsabilidades - separação nítida entre os patrimónios do FII, dos investidores e da entidade gestora.
Não obstante a existência de elementos estruturais idênticos, existem
manifestas diferenças entre os regimes jurídicos em causa, sendo de
destacar, a proibição genérica dos FII, em Moçambique, contraírem
financiamento (salvo por 120 dias, seguidos ou interpolados, num
período de um ano e com um limite de até 10% do valor global da
carteira) e, ainda, estão expressamente vedados de adquirir quaisquer
bens objecto de garantias reais. De sublinhar que esta limitação legal
acarreta uma diferença substancial ao nível do Funding deste tipo de
veículos, designadamente no que respeita à aquisição e desenvolvi-
26
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
mento de projectos imobiliários. Em Portugal, para além do auto financiamento por via de aumentos de capital, é ainda reconhecido aos
FII o direito de recorrer ao financiamento externo, maxime, empréstimos bancários.
Por outro lado, em Moçambique, apenas é admitida a constituição de
FII Fechados ou Abertos, sendo que, em Portugal, para além daqueles, há a possibilidade de constituição de FII mistos, existindo, ainda,
um regime específico para os chamados FII "sectoriais" (Florestais,
Reabilitação Urbana e Arrendamento Habitacional). De salientar, ainda, que em termos de Supervisão, compete ao Banco de Moçambique
a fiscalização do disposto na lei e na regulamentação aplicável em
matéria de FII, sendo que, em Portugal, tal função se encontra atribuída à CMVM.
Com a manutenção dos indicadores de crescimento da economia e,
em particular, no sector imobiliário, estamos em crer que Moçambique
poderá beneficiar das vantagens inerentes ao investimento em FII, os
quais, para além de uma forma segura de reserva e captação de valor,
permitem, em momentos de expansão, uma maior e eficiente canalização de investimento por parte dos agentes económicos, com particular destaque para os investidores estrangeiros.
Acresce que os FII concorrem, sem sombra de dúvida, para um acréscimo de credibilidade, transparência e segurança no ambiente dos
mercados de capitais e imobiliário, solidificando as bases para um
desenvolvimento sustentado. Neste contexto, chamamos à colação a
meta que o Executivo Moçambicano estabeleceu para o quinquénio
2010-2014, relativamente à construção de 100.000 habitações em todo
o país, desafio este que constitui, em N/ entendimento, uma oportunidade válida e eficaz para este tipo de Instrumentos ajudarem a resolver
o déficit habitacional do país, por via de modelos de sustentabilidade
financeira alternativos, em que os FII assumem um papel primordial.
DossiER Especial Moçambique
Prime Yield MZ lança estudo
sobre o mercado imobiliário
moçambicano na Tektónica
Pelo segundo ano consecutivo a Prime Yield MZ, lança o seu Estudo de Mercado
Imobiliário Moçambique 2013 na Tektónica Moçambique, um documento que analisa
os sectores da Habitação, Escritórios, Turismo e Retalho em Maputo. Presente
neste mercado, a empresa presta serviços de consultadoria e avaliação imobiliária,
estando já preparada para dar resposta às mais recentes necessidades das empresas
que operam em Moçambique, incluindo a avaliação de imóveis e outros activos
tangíveis. Daniela Costa, do Departamento de Research da Prime Yield MZ, avança as
principais conclusões deste estudo e comenta a actividade da empresa no mercado
moçambicano.
Vida Imobiliária (VI) – A Prime Yield
alargou a sua internacionalização
também a Moçambique. Porque
é que decidiram apostar neste
país?
Daniela Costa (DC) – A internacionalização
é um dos caminhos possíveis para a susten-
28
tabilidade das empresas, tendo em conta a
actual conjuntura económica em Portugal.
Moçambique é um dos países africanos
que, com o crescimento económico registado nos últimos anos, tem vindo a despertar
grande interesse em players nacionais e internacionais, que desejam investir no país.
Caracteriza-se por um grande potencial e
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
oportunidades de negócio por explorar, nos
mais diversos sectores de atividade, nomeadamente, no mercado imobiliário. Depois
de Portugal, Angola, Brasil e Cabo Verde, a
Prime Yield decidiu expandir a sua actividade
a Moçambique, prestando apoio a todas as
empresas que desejam realizar investimentos
imobiliários neste mercado.
VI – Qual a mais-valia que a Prime
Yield oferece aos seus clientes em
Moçambique?
DC- Em todos os mercados em que actua, a
Prime Yield recorre aos standards preconizados
pelo RICS (Royal Institution of Chartered Surveyors)
e veiculados pelas normas de avaliação contidas
no Red Book. Adopta critérios e métodos de trabalho que vão permitir ao potencial investidor
ter uma análise comum e comparável nos vários
países. O nosso know-how no domínio da consultoria imobiliária e a forte presença neste país
permite dar a conhecer, aos nossos clientes, a
realidade do mercado moçambicano, garantindo uma tomada de decisão sustentada, apoiada
em informação de valores de mercado e critérios
adequados às características dos activos. Além
disso, ao prestarmos serviços de Consultoria e
Estudos de Viabilidade Económico-Financeira,
assumimos um papel preponderante na tomada de decisão de um potencial investimento,
analisamos diferentes cenários alternativos, e
recomendamos produtos imobiliários que se
ajustem à realidade do mercado. Por outro lado,
é importante frisar que estamos sempre na vanguarda para dar uma resposta rápida e consistente aos nossos clientes, com uma adequação
dos nossos serviços a todas as necessidades que
possam emergir em cada país.
VI – Em que medida é que
conseguem adequar esses
serviços? Como é que isso se está a
traduzir em Moçambique?
DC – Por exemplo, no âmbito da definição de
um quadro normativo que permita efectuar
correções e actualizações monetárias no balanço das empresas moçambicanas, encontra-se agora em fase de aprovação a proposta de
decreto que aprova pelo Conselho de Ministros
o regulamento de reavaliação dos activos tangíveis. Esta lei permite às empresas refletirem o
valor de mercado dos imóveis nos seus balanços, por forma a obterem um valor patrimonial
actualizado, de acordo com a atual realidade
económica do país. A Prime Yield MZ está preparada para dar resposta imediata aos seus
clientes nesta área, capitalizando o know how
que tem desenvolvido em Portugal. Como empresa especializada, fornecemos serviços de
avaliação de: a) imóveis afectos ao património
das empresas assente em valores de mercado,
b) maquinaria e equipamento, c) das próprias
empresas.
Fonte: Prime Yield MZ
Mercado Imobiliário
Moçambicano tem grande
potencial de crescimento
VI – Como é que a performance
da economia tem influenciado a
captação de investimento?
DC - A economia moçambicana registou nos
últimos tempos um crescimento médio em
torno dos 8%. Em 2012, fruto do desempenho
positivo de um conjunto de sectores de atividade - agricultura, indústria, transportes e serviços, o crescimento registou-se em torno dos
7,5%. Destaca-se o sector mineiro, que depois
de um período de estagnação, com a vinda de
produtores de relevância mundial (p.e. brasileira Vale), tem assistido a um crescimento muito
significativo. Segundo o Doing Business 2013,
Moçambique posicionou-se no lugar 146 do
ranking, registando como principais dificuldades iniciar negócios, o agravamento das dificuldades de acesso ao crédito e a resolução de insolvências. Os projetos de investimento directo
estrangeiro aprovados pelo CPI em 2012 concentraram-se na agricultura, banca, construção
civil e turismo. As previsões da economia foram
revistas em alta, prevendo-se para o presente
ano, segundo o FMI, um crescimento em torno dos 8,4%, consubstanciado na recuperação
e estabilização do desempenho da economia
mundial e da tendência crescente dos fluxos
de investimento directo estrangeiro, sobretudo
dos sectores dos transportes e infra-estruturas.
VI – E em relação ao mercado
imobiliário?
DC – Em relação ao mercado imobiliário,
Moçambique apresenta um grande potencial
de crescimento nos próximos anos, impulsionado por um conjunto de variáveis, destacando:
aumento do poder de compra da classe média;
a chegada de expatriados e, consequentemente procura de produtos imobiliários; uma procura actualmente superior à oferta; a garantia
de margens de rentabilidades significativas; e
os projetos estruturantes previstos.
29
DossiER Especial Moçambique
Para além disso, com o desenvolvimento dos diversos sectores da economia, o mercado imobiliário
continuará a oferecer oportunidades nos vários
segmentos (habitação, escritórios, retalho, hotelaria, indústria & logística). Actualmente, os principais
investimentos imobiliários estão concentrados em
Maputo, mas com o aumento do investimento e a
aposta na melhoria das infra-estruturas (p.e. acessibilidades, meios de transporte), outras zonas,
como as regiões de Tete, Pemba, Inhassoro, começaram a ser alvo de interesse para o investimento
imobiliário e a sua atractividade tenderá a crescer.
Estas regiões caracterizam-se pelas suas potencialidades, nomeadamente, ao nível de recursos
naturais, reservas de gás, carvão e do sector do
turismo. Um bom planeamento das infra-estruturas, legislação equilibrada, estabilidade política,
integração da população, formação e qualificação
de quadros, são factores determinantes para a afirmação de Moçambique como foco de atração do
investimento estrangeiro. A garantia do efeito multiplicador da economia, o surgimento de meios de
financiamento bancário, e a operacionalização de
instrumentos, serão determinantes para impulsionar o mercado imobiliário moçambicano.
VI – No que respeita à habitação,
como é que se caracteriza o
mercado imobiliário em Maputo?
Qual o nível médio de preços?
DC - Em Maputo, a oferta de projectos imobiliários residenciais dirige-se, essencialmente, ao
segmento médio/alto, além do mercado internacional (quadros de expatriados), que é um nicho
já com um peso significativo. Este sector continua a ser muito marcado por um desequilíbrio
entre a oferta e o que é a realidade da procura.
A oferta está localizada nas principais avenidas
das zonas de Polana Cimento A e B, Costa do Sol
e Sommerschield; e a Avenida Julius Nyerere destaca-se como a localização de referência em termos de valores prime no segmento residencial.
Em termos médios, o valor unitário da habitação
em Maputo fixa-se em 2.600 USD/m². Na zona
de Polana Cimento A, o valor unitário médio nos
apartamentos regista-se em 3.100 USD/m².
VI – Que peso tem o arrendamento
neste mercado?
DC - O arrendamento encontra-se bastante activo, face à opção de compra dos imóveis, sobretudo devido ao acesso limitado ao financiamento
bancário, que é ainda uma das principais restrições no país. Uma maior abertura do sistema
30
Fonte: Prime Yield MZ
bancário no financiamento ao sector imobiliário
residencial, especialmente na vertente de aquisição, será um fator decisivo para dar um novo
impulso ao mercado imobiliário moçambicano.
VI – Como é que se está a
desenvolver o mercado de
escritórios, tendo em conta que o
país atrai cada vez mais empresas
estrangeiras?
DC - O interesse económico que o país desperta em players nacionais e internacionais tem
motivado uma elevada procura, o que, face à
oferta existente, se traduz numa taxa desocupação muito baixa. Contudo, tendo em conta a
oferta de escritórios que se encontra em construção e em pipeline, torna-se fundamental
que os players que pretendam entrar no mercado avancem para uma análise da viabilidade
económico-financeira do activo, por forma a
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
rentabilizá-lo. Em fase de conclusão encontram-se os edifícios JAT 5.2 e 5.3, localizados na
zona do Bairro Central C, na Avenida Presidente
Carmona. Está ainda previsto o desenvolvimento do empreendimento JAT VI, composto por 3
edifícios de escritórios, 1 hotel e torre de habitação; entre outros projectos.
A zona da baixa, principalmente a Avenida 25
de Setembro, é o Central Business District (CBD)
da cidade, concentrando as principais localizações de escritórios. O valor unitário médio por
m² no mercado de escritórios situa-se em 2.400
USD/m², com uma renda prime em torno dos
30 USD/m². A Avenida 24 de Julho regista valores ligeiramente inferiores face a esta zona
prime, mas ainda acima do restante mercado.
VI – E o Turismo, um dos sectores
com maior projeção internacional?
DC - O desenvolvimento do país, dos seus recursos naturais, culturais e históricos; as taxas
E STR ATÉ GIA E MARKETING
I MOB ILIÁR IO
O livro é uma compilação das matérias ministradas na pós
graduação e mestrado em Gestão e Avaliação Imobiliária
do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, na
disciplina com o mesmo nome, por onde já passaram
muitos dos bons profissionais do sector imobiliário.
GE ST ÃO D E ACTIV O S
IMOB IL IÁRIO S
A Gestão de Activos Imobiliários é uma actividade
recente em Portugal, afirmando a sua importância
com o desenvolvimento dos fundos de investimento
imobiliário a partir do início dos anos 90.
FACIL ITY MANAG EMENT
“Este livro de “Facility Management, uma nova
realidade na Gestão de Edifícios” tem o objetivo de
levar o mais longe possível um estudo que congrega
conceitos de gestão e engenharia, provando que todos
os temas e ciências se tocam entre eles.” Fernando
Manuel de Almeida Santos – Presidente do Conselho
Diretivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros.
Adquira já estes ou outros livros
em formato e-book na sua nova loja.
www.loja.vidaimobiliaria.com
DossiER Especial Moçambique
de ocupação que, em alguns casos, chegam
a atingir os 100%; e as previsões positivas dos
principais indicadores turísticos; demonstram
a potencialidade de investimento que este
segmento oferece. Por seu turno, Maputo tem
registado um aumento da entrada de turistas, que, segundo as últimas previsões, deverá
manter-se nos próximos anos. Na cidade, o segmento corporate é o principal nicho de mercado, mas o Ministério do Turismo está apostado
em aumentar a captação de turistas no segmento de lazer. A oferta hoteleira de Maputo, com
a Avenida Julius Nyerere a destacar-se como a
localização de referência, integra, actualmente
em funcionamento, cinco hotéis de 5 estrelas e
seis de 4 estrelas, além de diversos hotéis de 3
estrelas, guest houses e aparthotel. As taxas de
ocupação, nos hotéis de cinco e quatro estrelas,
fixaram-se em 73% e 82%, respetivamente. Os
preços médios praticados nos estabelecimentos
hoteleiros em Maputo variam de 144 USD nos
de 3 estrelas a 312 USD nos de 5 estrelas.
VI – Como é que se caracteriza
atualmente o segmento de retalho
e que oportunidades apresenta
num país em que a economia está
a despontar?
Fonte: Prime Yield MZ
DC - O mercado de retalho em Maputo caracteriza-se por uma oferta ainda muito incipiente, principalmente se considerarmos
os padrões de qualidade internacional. O comércio de rua é ainda muito dominante, mas
é muito fragmentado, com grande dispersão
pela cidade. Os conjuntos comerciais, nos diferentes formatos, são ainda escassos, existindo
4 centros comerciais, 4 retail parks e 3 galerias
comerciais, o que tem influenciado, em alta, os
valores médios praticados neste tipo de produto imobiliário.
Este é um mercado com grande potencial de
crescimento, especialmente para o desenvolvimento do formato de centro comercial, na
medida em que o país atravessa uma fase de
crescimento económico, o que tem incrementado o poder de compra. Além disso, a base
de consumidores domésticos e internacionais
tem vindo a aumentar com o crescimento populacional sentido e o aumento do número
de expatriados, não encontrando oferta suficiente para dar resposta às suas necessidades
de consumo.
Fonte: Prime Yield MZ
32
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
DossiER Especial Moçambique
Oferta imobiliária está a
qualificar-se em Moçambique
Acompanhando o fulgor da economia, o mercado imobiliário moçambicano está
a despertar um interesse crescente por parte dos investidores. Na calha, estão
projectos que prometem revolucionar em termos urbanísticos, e que contribuem
decisivamente para a qualificação da oferta disponível e para a melhoria das
condições de vida.
No segmento terciário, as oportunidades são
várias. Com a instalação de multinacionais e a
chegada e criação de novas empresas no país,
aumentam as necessidades de espaços empresariais e de escritórios. No caso de Moçambique,
com a extração de minérios a assumir-se como
uma das grandes fontes de riqueza, o sector dos
transportes e logística é um dos que mais terá de
se desenvolver, oferecendo outra janela de oportunidades. E, no futuro, espera-se que também o
sector do comércio comece a revelar uma maior
atractividade, à medida que o poder de compra
local for aumentando.
O turismo é outra das janelas de oportunidade
que se abre ao sector imobiliário, não só no segmento de negócios, mas também no aproveitamento do imenso manancial de recursos naturais
que conferem ao país condições únicas para que
se torne numa das principais plataformas de turismo de lazer do oceano Índico.
E, num país onde uma grande parcela da população ainda vive em condições de grande pobreza,
a aposta na melhoria das condições da sua qualidade de vida é uma das prioridades assumidas
pelo Executivo, abrindo caminho a que também
se invista na melhoria do parque habitacional,
gerando-se aí um manancial de oportunidades
para o imobiliário e a construção.
De habitação a turismo, de serviços a escritórios
e retalho, passando pelos projectos de uso misto,
conheça alguns dos mais emblemáticos empreendimentos que vão nascer em todo país nos
próximos anos.
Maputo Bay Waterfront
Maputo Bay Waterfront
Mesmo na Baixa da capital moçambicana,
no recinto da ex-Facim (Feira Internacional
de Maputo), o Maputo Bay Waterfront promete revolucionar a paisagem urbana, não
só pelo carácter inovador e pelas empresas e
residentes que quer atrair, mas também porque consistirá num autêntico lifting a toda
aquela frente costeira, que se encontrava em
declínio.
Trata-se de um dos maiores projectos imobiliários em desenvolvimento no país, não
só pela área de intervenção – estendendo-se por 83.000 m² -, mas também pelo valor
global que será investido na sua concretização, e que deverá atingir os 1.162 milhões de
dólares.
Detido e promovido pela sociedade
Costellation, de capitais privados moçambicanos, este projecto de uso misto já está em
fase de desenvolvimento, prevendo-se que
seja construído ao longo de cinco fases durante os próximos dez anos.
No seu programa está prevista a construção de dois hotéis de cinco e três estrelas,
edifícios de escritórios, habitação, galerias
comerciais e parques de estacionamento,
enquadrados por várias zonas verdes e espaços de fruição ao ar livre.
Sector habitacional oferece inúmeras oportunidades
Em Moçambique, a melhoria das condições
de habitabilidade é uma das prioridades
do Executivo, e uma das áreas que oferece mais oportunidades de investimento às
empresas na área da construção e do imobiliário. «Quem se lançar na habitação para
a classe média e baixa ficará surpreendido
pela quantidade de demanda e a capaci-
34
dade que existe», afirmou recentemente
o ministro das Obras Públicas e Habitação,
Cadmiel Muthemba.
Na ocasião, o governante deixou o apelo
ao sector da construção civil para que seja
reforçado o investimento no desenvolvimento do mercado habitacional, com especial incidência para a faixa direcionada
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
para a classe média baixa, constituída sobretudo por jovens que têm «capacidade
para arrendar e comprar casa». O ministro
realçou que «grande parte dos jovens precisa de sair da casa dos pais para construir o
seu lar e família, mas a habitação constitui
um grande entrave. Por isso, esta área é uma
grande prioridade para nós».
Novos edifícios do Banco
de Moçambique
Novos edifícios do Banco de Moçambique
Em Maputo, já estão a decorrer as obras que vão
dar origem aos dois novos edifícios do Banco de
Moçambique, localizados na Baixa. Tendo arrancado em Junho de 2011, a construção implicou
o encerramento de uma das quatro faixas da
Avenida Samora Machel, por razões de segurança.
Os trabalhos deverão ficar concluídos em 2014.
A empreitada consiste na construção de dois
edifícios. Um deles, com 30 andares, destina-se a uso de escritórios, ao passo que o outro
terá «apenas» 19 andares e será polivalente,
incluindo um silo auto com capacidade para
800 viaturas, restaurantes, salas de reuniões,
ginásios e vários outros serviços.
O valor do investimento envolvido neste projecto não foi revelado.
Complexo imobiliário
do Aeroporto Internacional
de Maputo
Dentro de alguns meses deverão arrancar
os trabalhos de construção do novo complexo imobiliário que irá servir o Aeroporto
Internacional de Maputo, no qual nascerão
novos hotéis e restaurante. O objectivo, diz o
presidente da Aeroportos de Moçambique, é
que a prazo aquela infra-estrutura aeroportuária possa oferecer a grande maioria dos serviços que se encontram em outros aeroportos do mundo, nos quais os passageiros em
trânsito não precisam de sair do recinto para
se hospedar, por exemplo.
As obras na área aeroportuária de Mavalane
deverão arrancar ainda em 2013, o projecto
de arquitectura já está concluído e está agora em curso o projecto de engenharia, disse
ainda Manuel Veterano, em declarações à
imprensa.
O projecto é promovido pela empresa pública Aeroportos de Moçambique, que não revelou o valor do investimento envolvido no
projecto, nem quem serão os parceiros associados no seu desenvolvimento.
Torres Maxaquene
Torres Maxaquene
Também para a Baixa da capital, a Oriental K Real
Estate vai desenvolver as Torres Maxaquene,
que «pretendem ser um marco arquitectónico de Maputo do século XXI», diz a empresa.
Vocacionado para uso misto, este projecto será
multifuncional e constituirá mais uma âncora
de atracção para aquela zona, disponibilizando
uma área total de construção de 82.300 m² destinados a comércio, habitação e serviços.
Projecto Casa Jovem vai disponibilizar 1.800 casas
De iniciativa governamental, o projecto Casa Jovem tem como
principal objectivo «proporcionar habitação de qualidade a preço acessível à comunidade de jovens profissionais com idade inferior a 40 anos», refere fonte oficial. Situado em Maputo, no
bairro Costa do Sol, este projecto consiste na construção de
mais de 1.800 apartamentos nas tipologias T1 a T4, incluindo
144 casas do tipo 1, 624 casas do tipo 2, 608 casas do tipo 3 e
160 casas do tipo 4. Os apartamentos serão distribuídos em 72
prédios de quatro pisos.
Além da componente habitacional, o projecto Casa Jovem tem também projectados espaços comerciais multifuncionais, possibilitando
abarcar o mais variado conjunto de serviços à disposição dos seus
moradores, nomeadamente, supermercados, farmácias, padarias /
pastelarias, ginásios, cafés, escritórios, locais de lazer, entre outros.
As vendas dos apartamentos arrancaram em 2010, com preços a
partir dos 25.000 dólares, e os primeiros imóveis já começam a ser
entregues aos proprietários.
De acordo com as previsões do coordenador do projecto, Eric
Charas, o projecto deverá atingir as 1.000 unidades até ao final
deste ano. Entretanto, decorre a conclusão de um lote de mais de
500 unidades previstas para a primeira fase.
E para 2013 está também projectada a construção de 15 residências a um custo subvencionado de 500.000 meticais (cerca
de 17.000 dólares) para jornalistas. A construção de habitações
para profissionais jovens de comunicação social será o fruto de
uma parceria entre a empresa Charas Lda e a Associação para a
Preservação da Verdade (APREVE).
35
DossiER Especial Moçambique
Edifício Pott
mento estimado de 110 milhões de dólares
e a construção de um arranha-céus com 47
andares, o maior do pais. Destes, 32 pisos
destinam-se a uso de escritórios, cinco para
estacionamento e os restantes serão ocupados por retalho e um heliporto.
Polana Twin Towers
Edifício Pott
O Edifício Pott é outro dos investimentos
que a Oriental K tem em carteira para a cidade de Maputo. Localizado entre as avenidas 25 de Setembro e Samora Machel, a
via que dá acesso ao Conselho Municipal de
Maputo, este projecto resulta da reconversão de um palácio do século XIX - que actualmente se encontra em avançado estado
de degradação, mas que apresenta uma fachada com importância do ponto de vista
arquitectónico – num complexo moderno
de edifícios.
Uma vez construído, o novo complexo multiusos irá oferecer 23.883 m² de escritórios,
habitação e comércio, incluindo ainda um
hotel.
Maputo Plaza
Promovido pela Tricos Imobiliária, o Maputo
Plaza localiza-se em plena Avenida 24 de
Julho. Com uma área total de construção a
rondar os 13.930 m², este projecto multifuncional englobará oferta de habitação, comércio e escritórios e deverá ficar concluído em
2013.
Maputo Business Tower
O Maputo Business Tower é outro dos colossos imobiliários que estão previstos para
a Baixa de Maputo, envolvendo um investi-
36
Polana Twin Towers
Maputo Business Tower
A construção deste empreendimento já
está a decorrer, estando a empreitada a cargo da Soares da Costa, prevendo-se que fique concluído até ao final do ano. A promoção é da responsabilidade do Grupo Green
Point, em parceria com a empresa pública
Correios de Moçambique, cuja participação se traduz na concessão do espaço onde
está a ser edificado, passando depois a ser
detentora do património após a conclusão
das obras.
Delegação do Banco Central
de Moçambique em Nampula
Também a delegação do Banco Central de
Moçambique na cidade de Nampula vai ganhar uma nova casa. A empreitada, no valor
de 17,3 milhões de dólares já foi entregue à
construtora Aníbal Oliveira Cristina (AOC),
que prevê a entrega da obra no final de 2014.
O contrato de empreitada prevê a entrega de
um edifício de escritórios com quatro pisos e
uma área de 5.200 m².
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
As Polana Twin Towers é outros dos projectos
que vai rasgar os céus de Maputo, erguendo-se por uma altura de 140 metros. Projectado
para a zona alta da marginal de Maputo, o
empreendimento destina-se a uso misto,
compreendendo oferta residencial e de serviços em 34 andares. O projecto é da responsabilidade da FEMA – Ferreira & Machado.
Sede do Comité Olímpico
de Moçambique
Sede do Comité Olimpico de Moçambique
Os trabalhos de construção do novo edifício que vai albergar o Comité Olímpico de
Moçambique deverão arrancar no mês de
Março em Maputo, prevê aquele organismo.
Além de escritórios, o edifício de 15 andares
irá também contar com uma zona comercial,
que irá ocupar cerca de três andares e que
tem como objectivo contribuir para a sustentabilidade financeira do projecto.
Em declarações recentes à imprensa, o presidente do Comité Olímpico de Moçambique
realçou a importância desta infra-estrutura que, garante, não vai só melhorar as
condições de trabalho, mas também preparar os atletas nacionais em diferentes
modalidades.
Edifício 24
A Imovisa (do grupo Visabeira) é a promotora
responsável pelo Edifício 24, situado no centro de Maputo e num dos mais importantes
pontos da cidade, no cruzamento da avenida
24 de Julho com a Avenida Salvador Allende
e a Rua Dr. Almeida Ribeiro.
De uso misto, este edifício integra funções
comerciais (25 lojas com áreas a partir dos
48 m²), espaços de escritórios e habitação, e
está já em fase de conclusão e, segundo os
promotores, tem já vendidos todos os flats da
sua oferta residencial.
Erguendo-se com 10 pisos acima do solo, inclui ainda dois pisos subterrâneos para estacionamento. As lojas localizam-se no piso térreo e no piso 1 encontram-se as sobrelojas, a
esplanada e o jardim. Os pisos 2 a 4 destina-se a uso de escritórios, ao passo que os pisos
5 a 9 são ocupados por habitação, com apartamentos nas tipologias T2, T3 e duplex T5,
todos com estacionamento subterrâneo. Na
cobertura do edifício, o equivalente ao piso
10, encontra-se a área de lazer, que inclui piscinas, ginásio, um salão de festas, um salão de
jogos, uma zona aberta protegida por pérgo-
la de sombra e um terraço com sombra para
as piscinas.
O projecto da arquitectura é da autoria da
José Forjaz Arquitectos.
Gethesemane Village Condomínio
A CPI deu luz verde a um projecto de 100
milhões de dólares a ser desenvolvido pelo
grupo moçambicano Gethesemane na
zona de Maputo, e que prevê a construção
de 700 moradias e um espaço comercial
com 125 lojas, uma clínica, serviços, campos de golfe, entre outros. O designado
Gethesemane Village Condomínio e o centro comercial irão ficar localizados no posto administrativo de Mandevo-Imaputo,
em Namaacha.
DossiER Especial Moçambique
Cidadela de Matola
Cidadela de Matola
McCormick Property Development e da SIF,
um consórcio moçambicano.
Este projeto imobiliário vai permitir que a cidade de Matola passe a contar com um centro
comercial, numa área de 46.000 m², com lojas,
restaurantes, cabeleireiros e outros serviços;
além de um centro de saúde e SPA, hotel e centro de conferências, escritórios, lojas especializadas para a venda de automóveis e serviços
relacionados, restaurantes, e um complexo
governamental de quatro edifícios com vários
departamentos do Governo da província de
Maputo e um para o Concelho Municipal de
Matola, bem como um centro cultural, museu
e a futura praça Samora Machel.
O consórcio que concebeu este projeto tem a
seu cargo a construção do centro comercial, com
cerca de 110 a 120 lojas, do edifício do Governo
da Província de Maputo, da zona residencial e
de escritórios e do ginásio, num investimento
estimado em 180 milhões de dólares, sendo que
o mercado local será convidado no sentido de
desenvolver o remanescente. As obras do centro
comercial deverão ficar concluídas até 2014.
Turismo será um dos grandes pilares
do desenvolvimento económico
Para o terreno das antigas instalações do
Centro Emissor da Rádio Moçambique está
previsto o desenvolvimento da nova Cidadela
de Matola, num investimento de aproximadamente 200 milhões de dólares. A promoção estará a cargo da Public Investment Corporation,
um fundo de investimento da África do Sul
especializado exclusivamente no setor público, e que inclui entre os seus clientes o maior
fundo de pensões sul-africano, e que contará
com a participação da empresa sul-africana
Em contra-ciclo com a situação vivida na Europa, 2013 será um ano em que a economia
moçambicana voltará a crescer a bom ritmo, fruto da dinâmica empresarial e de investimento que se vive no país. E, «o turismo está definido como um dos grandes pilares para o
desenvolvimento económico de Moçambique», lembra Margarida Pinheiro, directora-geral
dos Girassol Hotels, a marca hoteleira do grupo Visabeira Moçambique.
Citada pela imprensa, a responsável lembra que «a dinâmica económica que se vive em
Moçambique atrai cada vez mais turistas, interessados não só nas possibilidades de investimento que o país oferece, mas também em conhecer o país assim que tenham oportunidade».
Em 2011, este mercado foi responsável por receitas de aproximadamente 230 milhões de dólares, correspondentes à entrada de praticamente dois milhões de turistas no país. Dado o potencial desta área para a criação de riqueza, ao longo dos
últimos anos, têm sido feitos esforços acrescidos para a continuação do desenvolvimento e promoção do turismo moçambicano. Mas, existe ainda muito trabalho por
desenvolver para fomentar o crescimento ainda mais rápido do sector, e que passa,
por exemplo, pela implementação de medidas que diminuam o custo das ligações
aéreas, mas também pelo investimento em novas unidades turísticas.
Projecto residencial de Intaka custará 440 milhões de dólares
Até 2014 deverão ficar concluídas as 5.000 novas casas previstas
para Intaka, no município da Matola, no sul Moçambique. De iniciativa Estatal, este projecto é liderado pelo Fundo para Fomento
de Habitação (FFH), em parceria com a empresa chinesa Henan
Guoji Imobiliária Limitada, num investimento de cerca de 12.000
38
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
milhões de meticais (cerca de 440 milhões de dólares). Além da
componente residencial, este projecto prevê também o desenvolvimento de outro tipo de infra-estruturas sociais, incluindo sistemas de abastecimento de água, energia eléctrica, saneamento,
escolas, unidade sanitária, vias de acesso e um centro comercial.
O desenvolvimento
do mercado imobiliário
A forte pujança da economia moçambicana tem
vindo a acentuar a procura de produtos imobiliários, o que provoca um crescente desajustamento
com a oferta disponível, o que continuará a justificar a elevada dinâmica na realização de promoções imobiliárias e no arrendamento habitacional,
industrial, comercial e de serviços, bem como na
prestação de serviços imobiliários especializados.
O direito de uso e aproveitamento da terra, consagrado na Lei das Terras, confere aos seus titulares os direitos de gozo e fruição. É esta a base em
que assenta a promoção imobiliária. As formas de
aquisição deste direito, por ocupação ou por autorização, permitem o gozo e a fruição sobre certa
área de terreno e sobre o espaço aéreo correspondente, desde que não integrado no domínio
público.
A concessão de títulos de autorização são atribuídas pelo período fixado na Autorização de
Investimento que não pode exceder os 50 anos e
que é renovável.
Os titulares deste direito podem constituir hipotecas e transmitir o edificado (infra-estruturas,
construções e benfeitorias), através de escritura
pública precedida da autorização da entidade
estatal concedente. A constituição, modificação, transmissão e extinção daquele direito são
factos sujeitos a registo na Conservatória do
Registo Predial e no Cadastro Nacional de Terras.
O Regulamento do Solo Urbano prevê ainda,
para aplicação nas zonas urbanas, a criação de
outros mecanismos de atribuição de direito de
uso e aproveitamento da terra, nomeadamente,
por sorteio, por hasta pública e por negociação
particular.
A nível do arrendamento, destaca-se o regime
de arrendamento de imóveis por entidades
privadas, com o prazo máximo de 30 anos,
renovando-se, sucessivamente, por períodos
iguais ao de duração inicial, sendo limitados ao
prazo de um ano se o prazo de duração inicial
for superior.
A resolução do contrato por incumprimento tem
que ser decretada judicialmente e, quando fundada em incumprimento do arrendatário, tem
que ser com um dos fundamentos previstos na
lei, nomeadamente, por falta de pagamento da
renda, por utilização para fim diverso do previsto
e por conservar o locado encerrado por mais de
um ano.
No arrendamento para habitação a cessação do
contrato por iniciativa do senhorio está bastante
limitada. Nos arrendamentos não habitacionais
o arrendatário pode, quando o contrato cesse
por caducidade ou por o senhorio impedir a sua
renovação, ter direito a uma compensação que é
fixada judicialmente mas que não pode exceder
o quíntuplo da renda anual.
De forma genérica, são estes os princípios legais
em que continuará a assentar o desenvolvimento imobiliário a que se assiste em Moçambique,
com tendência para um crescimento cada vez
mais acentuado.
Edifício Millennium Park · Av. Salvador Allende, 1097 - 13º · Maputo - Moçambique
+258 840 727 209 · [email protected] · www.eca-moz.com
DossiER Especial Moçambique
BETAR em África
A internacionalização consolidada
A internacionalização do Grupo de Engenharia Betar consolidou-se recentemente
com a abertura de empresas em Angola e Moçambique, corolário de uma longa e
experiente trajectória na elaboração de projectos para o continente africano que
remonta à década de 1990.
A vocação internacional do Grupo de Engenharia
Betar, nascida na década de 1990, intensificou-se sobretudo em Angola, Moçambique, Cabo
Verde e Brasil a partir de 2000, através da prestação de serviços de projecto de engenharia,
numa primeira fase no domínio das Fundações
e Estruturas de Edifícios e Pontes. Mais tarde,
passou a englobar as Instalações Hidráulicas e
a Geologia e Geotecnia. Por outro lado, e num
alargamento da oferta de competências, acresce o serviço de coordenação de todos os projectos de Engenharia, recorrendo a parcerias
com prestigiados gabinetes para as Instalações
Especiais.
Fruto do volume de trabalho desenvolvido em
Angola e Moçambique, ao longo dos últimos
dez anos, e da necessidade de promover o
apoio local ao desenvolvimento dos projectos
e à prestação da assistência técnica às obras,
o Grupo Betar expandiu-se com a abertura de
duas empresas: a BTR.AO, com sede em Luanda,
Angola, e a MZ Betar, com sede em Maputo,
Moçambique.
No âmbito dos projectos de maior impacte para Moçambique salientem-se a Ponte
de Katembe, com estudo prévio concluído,
o Masterplan de Katembe, também concluído, bem como a estrada que liga Maputo à
Ponta do Ouro, concluído o projecto-base. Em
Maputo estão em curso projectos de execução
de Engenharia Civil (Fundações e Estruturas e
Instalações Hidráulicas) e Coordenação dos projectos das especialidades do Edifício Sede do
Banco Comercial de Investimento; está quase
concluída a obra do edifício Epsilon 24, de uso
misto, com mais de 30.000 m² de área bruta de
construção; e foram elaborados os projectos
de execução de Engenharia Civil do Conjunto
Habitacional Bainha. Ainda em Moçambique,
a Betar elaborou os projectos de execução de
Engenharia Civil e Coordenação dos projectos
das especialidades do Shopping de Tete, edifício de uso misto numa área de construção de
22.900 m². Por outro lado, a Betar foi adjudica-
40
Shopping de Tete, em Moçambique, edifício de uso misto (retail, clínica
médica e escritórios), numa área de construção de 22.900 m2
tária do Estudo de Inspecção e Elaboração do
Projecto de Reparação de 10 pontes localizadas
nas Linhas de caminho-de-ferro de Ressano
Garcia e Goba. As obras de construção da nova
ponte de Tete e acessos imediatos decorrem a
bom ritmo.
Ambas as empresas sediadas em África – BTR.
AO e MZ Betar – têm origem na empresa-mãe
Betar Estudos e Projectos de Estabilidade, Lda,
fundada em 1973, cuja principal actividade consistiu na prestação de serviços para o sector da
Construção Civil e Obras Públicas.
Remonta a Janeiro de 1988 a constituição de
uma outra empresa, Betar Consultores, Lda, com
o objectivo de criar um sector autónomo para as
obras-de-arte, túneis e estruturas especiais. Na
década de 1990, complementando o domínio
da Engenharia Civil, o Grupo autonomizou um
sector dedicado aos projectos de Hidráulica.
Na senda da complementaridade disciplinar
e diversificação da oferta, em 2009 o Grupo
Betar adquiriu a empresa Geotest, Consultores
Geotécnicos e Estruturais, Lda, alargando a actividade à geologia e geotecnia.
Em Agosto daquele ano, num reforço da presença em Moçambique, visando a internacionalização e diversificação do Grupo, é fundada
a Beta, Engenharia Gestão e Ambiente, Lda.,
sediada em Maputo, dedicada, desde então, a
projectos, estudos, trabalhos de consultoria na
área do Ambiente.
VIDAIMOBILIÁRIA EDIÇÃO 2
Ponte Maputo-Katembe, incluindo
Masterplan da Katembe e estrada até
Ponta do Ouro
Graças ao exigente processo de obtenção da
Certificação de Qualidade de acordo com a norma ISO 9001, concretizado em 2007, o Grupo
Betar aplicou um critério de uniformização a
procedimentos implementados ao longo do
tempo, garantindo uma homogeneidade de
processos organizativos, maior produtividade e
controlo.
Nome de referência no panorama da Engenharia
Civil Portuguesa, mercê das competências científicas comprovadas ao longo de quarenta anos
de actividade, o Grupo Betar conserva desde a
génese uma aposta firme na inovação e na criatividade, fomentadas pelo dinamismo empresarial e pela formação contínua dos seus quadros.
Garante da solidez institucional é também a
postura profissional de encarar todos os projectos como desafios, procurando sempre a satisfação dos objectivos, no respeito pela qualidade,
cumprimento de prazos e orçamentos.
Afaplan Southern Africa projecta
crescimento de 70% para 2013
Criada em 2012 com o objetivo de apostar no mercado moçambicano e, a partir
daí, expandir para outras geografias da África Austral, a Afaplan Southern África
prevê um crescimento anual de 70% para 2013, revela fonte da administração.
Especialista na área de planeamento e gestão
de projectos, desde 2006 que a portuguesa
Afaplan tem vindo a desenvolver e intensificar
o seu processo de internacionalização. E, Brasil,
Moçambique, Cabo Verde, Roménia e Itália são
mercados onde a empresa está actualmente
representada.
2011 foi o ano de aposta no mercado
Moçambicano, não só porque a Afaplan já tinha tido uma experiência em 2001 com a remodelação do Hotel Turismo, mas também
porque Moçambique já se apresentava como
um mercado em franco crescimento na área da
construção. E, logo nesse ano, a empresa ganhou o seu primeiro serviço com a Fiscalização
da Reabilitação da avenida Julius Nyerere em
Maputo, uma obra do Conselho Municipal de
Maputo e financiada pelo Banco Mundial.
No início de 2012 é criada a Afaplan Southern
Africa, Lda., uma empresa de direito moçambicano, não só com a perspectiva de apostar
neste mercado como em toda a Africa Austral.
E, ao apostar na criação da nova empresa a
Afaplan mobilizou para a sua liderança um dos
seus Directores de Produção, o Engenheiro
Carlos Gonçalves que faz parte dos quadros há
13 anos.
«Moçambique representa actualmente um dos
países com maior crescimento e com carências a
nível de infra-estruturas, pelo que as perspectivas
futuras passam pelo desenvolvimento de projectos a este nível (ferrovias, rodovias, barragens,
infra-estruturas hidráulicas, energia, para além
de edifícios), sectores onde a Afaplan apresenta
know-how de referência e de apoio aos clientes,
quer em Portugal quer nos países onde se implantou», explica fonte da Administração da
empresa.
Para 2013, os objectivos já estão traçados. Além
de prever a formação e integração na equipa de
quadros Moçambicanos, para este ano a Afaplan
Southern Africa projecta uma facturação da ordem dos 12.000.000 MT, num crescimento de
aproximadamente 70% relativamente a 2012. E
o objectivo é garantir um crescimento de dois
dígitos nos próximos cinco anos.
junto dos projectos do futuro
Rua do Parque, nº49 - 1º - Sommerschield | Maputo | Moçambique
+258 826 652 017 | www.afaplan.pt
DossiER Especial Moçambique
Mozta Engenharia ganha terreno
no mercado moçambicano
Dois anos após a sua criação, a Mozta Engenharia faz um balanço positivo da
atividade no mercado moçambicano. Colocando a «competência ao serviço da
engenharia», a empresa conta já no seu portfólio com alguns projectos emblemáticos.
A Mozta Engenharia Lda é uma empresa de engenharia civil que oferece um leque de serviços que
abrange as vertentes de coordenação e gestão de
projecto / fiscalização de empreitadas.
Desde a sua constituição, em 2011, que a empresa apostou na implementação de «uma estratégia
focalizada na satisfação do cliente e num modelo de
gestão flexível, descentralizado e autónomo, por forma a aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestados
e a interacção com os seus clientes, tirando partido
da competência, da especialização, da inovação e
do desenvolvimento das novas tecnologias», conta
fonte oficial da administração da empresa.
As actividades principais abrangem todas as especializações da engenharia civil, estando a em-
presa vocacionada fundamentalmente para a
gestão da qualidade de empreendimento, acompanhamento, controlo e coordenação e fiscalização de obras.
Além disso, refere a mesma fonte, a Mozta «tem
um sistema estrutural apoiado na qualidade e em
meios tecnológicos, permanentemente actualizados ao serviço de uma equipa plenamente motivada e informada».
O método de trabalho da MOZTA é «interactivo,
fazendo simbiose do conhecimento e das necessidades específicas de cada projecto com a experiência
acumulada no acompanhamento da construção
de obras», garante a administração. E, conta com
uma equipa de «profissionais altamente qualifica-
dos, com experiência e capacidade para identificar
problemas, avaliar riscos envolvidos e conceber soluções inovadoras e sustentáveis», remata.
Volvidos os dois primeiros anos após a sua constituição a MOZTA, já conta no seu portfolio com
alguns projectos emblemáticos a decorrer em
Moçambique, nomeadamente a construção do
Edifício Sede do Banco de Moçambique, assim
como a construção do Museu das Pescas, entre
outros, entre vários outros.
No iPad, iPhone ou no Computador
A atualidade imobiliária em Portugal, Brasil, Angola e Moçambique
Por apenas 49,99€
DIGITAL
Ao assinar a Vida Imobiliária, poderá
dispor da informação mais qualificada,
rigorosa, atual e completa sobre o
mercado imobiliário.
Os temas mais pertinentes do setor, dossiês
temáticos com cobertura exaustiva, as
opiniões dos profissionais e especialistas mais
prestigiados, ao seu alcance através de um
leque diversificado de suportes.
Escolha a opção que mais lhe convém: Digital,
Regular ou Corporate.
:
Assine já
om
biliaria.c
o
im
a
id
.v
www.loja
Revista em Papel
Vida Imobiliária Portugal
(10 edições / ano)
Revista para iPad e iPhone
Vida Imobiliária Portugal, Brasil,
Angola e Moçambique
Acesso completo ao Website
Vida Imobiliária Portugal , Brasil,
Angola e Moçambique em PDF no
Website www.vidaimobiliaria.com
Acesso a todas VINews
em PDF
REGUL AR
ANUAL
ANUAL
x
1
1
3
3
Exemplar
Exemplar
Exemplares
Exemplares
3
3
10
10
1
Utilizador
1
Utilizador
1
Utilizador
Almoços-Conferência
Convite para Almoços-Conferência VI
x
Voucher
para utilizar na Loja VI na aquisição
de livros
x
Presença no website
www.imoprofissionais.com
Oferta de um fim de semana
num Hotel de luxo *
TRIENAL
CORPOR ATE
ANUAL
TRIENAL
Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores
3
3
10
10
Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores
3
3
10
10
Utilizadores Utilizadores Utilizadores Utilizadores
1
2
2
3
Participante
Participantes
Participantes
Participantes
20€
30€
30€
50€
Para compras
superiores a 30€
Para compras
superiores a 40€
Para compras
superiores a 40€
Para compras
superiores a 60€
√
√
√
√
√
x
x
x
x
√
€49,99
€94
€220
€150
€320
Angola | R. Rainha Ginga, 147 – 2º | Luanda | Telefone: +244 922 40 91 91 | www.vidaimobiliariaangola.com
Portugal | Rua Gonçalo Cristovão nº 185 – 6º | 4049-012 Porto | Telefone: +351 222 08 5009 | www.vidaimobiliaria.com
nº2 FEVEREIRO 2013
ENCONTRE A SUA CASA
EM PORTUGAL
EDIÇÃO MOÇAMBIQUE
www.mz.vidaimobiliaria.com | Preço de Capa: 50 Meticais | nº 2 FEVEREIRO 2013
www.caixaimobiliario.pt
PORTUGAL
Moradia – Azeitão
€ 270.000
São Simão - Azeitão
Moradia T6 – Sesimbra
Moradia T5 – Cartaxo
€ 318.000
Valada - Santana - Cartaxo
Moradia – Azeitão
Apartamento T3 – Tróia
€ 349.000
Carvalhal - Grândola (Soltróia)
Moradia Oeste – Torres Vedras
Moradia – Coruche
€ 258.000
MOÇAMBIQUE A HORA DE APOSTAR NO IMOBILIÁRIO CHEGOU!
COMPRAR, ARRENDAR
E INVESTIR EM
IMÓVEIS CAIXA
Foros da Branca - Coruche
Apartamento T4 – Sintra
MOÇAMBIQUE
€ 345.000
Cotovia - Sesimbra (Castelo)
€ 280.000
Casas de Azeitão - Setúbal
€ 349.000
Ordasqueira - Torres Vedras
€ 318.000
Quinta da Beloura - Sintra
Conheça outras boas oportunidades em www.caixaimobiliario.pt
A HORA DE APOSTAR
NO IMOBILIÁRIO CHEGOU!
Crescimento económico impulsiona investimento na Construção,
Obras, Públicas & Imobiliário
TEKTÓNICA está de regresso a Maputo em 2013
www.cgd.pt
Download

dossier especial moçambique