Boletim I n f o r m a t i vo Janeiro 2014 CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE ANGOLA CENTRO DE APOIO EMPRESARIAL INSTITUIÇÃO DE PRESTÍGIO INTERNACIONAL Patrocinado pela Ao serviço da indústria petrolífera, facilitando a participação das micro, pequenas e médias empresas angolanas Fórum sobre Responsabilidade Social Empresarial CCI Lunda Norte “Que Kuia” novo coopera com apoio social Catanga de Cabinda Entre no mundo dos negócios. Publicite no Mensageiro Económico. 2 Boletim Informativo Janeiro 2014 Editorial Continuar o Esforço para Melhor Servir O ano que deixamos para a história, ficou marcado por acções, tais como; a continuidade do processo de disseminação da cultura ética empresarial, a instituição do Centro de Ética de Angola, seminários sobre responsabilidade social das empresas, diálogo social, saúde, higiene e segurança no trabalho, um movimento empresarial que congregou empresários e entidades públicas na partilha de ideias subsidiárias a um ambiente favorável ao desenvolvimento da actividade empresarial. N a vertente das acções tradicionais da CCIA, assina-se a participação na Conferencia anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Encontro de empresários para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, no Oitavo Congresso Mundial das Câmaras de Comércio, na Feira Internacional de Macau, recepção de missões empresariais de vários países e expedição de missões empresariais angolanas para outros países. Com destaque para habitual participação no Encontro Internacional de Negócios do Nordeste – República Federativa do Brasil. No domínio da relação com as instituições públicas, destaca-se a participação nas reuniões do Conselho Nacional de Concertação Social, a emissão e pareceres sobre o Orçamento Geral do Estado e a Reforma Tributária, bem como em conferências realizadas por iniciativa de órgãos do Governo. ples leitura, comentários e incentivo, um ano novo cheio de oportunidades de negócio e de investimentos criativos. Do nosso lado, fica a promessa de continuarmos o esforço para melhor servir. Desejamos a todos quantos nos brindaram com a prestigiosa atenção, mesmo que traduzida pela sim- Director do Departamento de Apoio ao Sector Privado da CCIA José Rodrigues Alentejo Ficha técnica Mensageiro Económico – Boletim informativo mensal da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA). Propriedade CCIA – Largo do Kinaxixe nº 14 – 1º Andar – Caixa Postal, 92 Tels.: +244 222 444 506/526/541 • Fax: +244 222 444 629 • Emails: [email protected], [email protected] • www.cciangola.org Edição: L. Pessôa Lopes - Comunicação e Imagem – Email: [email protected] • Design e Paginação: António Salsinha - www.antoniosalsinha.com Boletim Informativo 3 Janeiro 2014 Destaque Fórum sobre Responsabilidade Social Empresarial Organizado pela Câmara de Comércio e Indústria de Angola, com o objectivo de contribuir para uma cultura de ética nas empresas, participar no combate à pobreza, assegurar o desenvolvimento das empresas públicas e privadas e fortificar as relações empresariais no continente africano, o fórum sobre Responsabilidade Social Empresarial realizou-se em Luanda nos dias 10 e 11 de Dezembro último. 4 Boletim Informativo Janeiro 2014 Destaque Fórum sobre Responsabilidade Social Empresarial A responsabilidade social empresarial é o compromisso permanente dos empresários em adoptar um comportamento ético contribui para o desenvolvimento económico do país, melhora a qualidade de vida dos empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade em si, defendeu-se no encontro. O fórum teve a participação de representantes do Ministério da Administração Pública Trabalho e Segurança Social, sindicalistas da UNTA e de empresas como a Odebrecht, Unicargas, BESA Angola, Jembas e da UNICEF, entre outros. D urante dois dias, mais de uma centena de participantes abordaram vários temas nomeadamente as experiências nas empresas angolanas, a contribuição dos instrumentos internacionais, história, definição, desafios e estratégias para o desenvolvimento sustentável, políticas públicas, parcerias público-privadas em Angola. Discutiram também responsabilidade social nas infra-estruturas, responsabilidade social nas indústrias extractivas, o papel e a responsabilidade das partes envolvidas em relação à dinâmica da responsabilidade social. Boletim Informativo 5 Janeiro 2014 Destaque Pela competitividade empresarial Várias intervenções defenderam a necessidade e importância da responsabilidade social empresarial no desenvolvimento do país. O secretário-geral da CCIA, Tiago Gomes, cuja intervenção se segue: Exmos Senhores, “Um programa de responsabilidade A ntes de mais permitam-me exprimir os meus agradecimentos a Organização Internacional do Trabalho pelo apoio concedido para realização deste seminário e aos presentes pela pronta resposta para participar. social empresarial pode desenvolver actividades criativas, como a incorporação dos conceitos de responsabilidade social à missão da A Câmara de Comércio e Indústria de Angola considera de elevada importância a abordagem do lema Responsabilidade Social Corporativa, porque reconhecemos que desenvolver a cultura de responsabilidade social tem um impacto positivo na criação das "Empresas Cidadãs", necessárias para uma economia, competitiva, desenvolvida e sustentável. “O nosso objectivo é desenvolver a capacidade produtiva das empresas nacionais, principalmente contornar as dificuldades do acesso ao crédito. O projecto que temos em carteira é criar cooperativas de crédito no país”. empresa, divulgação desses conceitos entre os funcionários e prestadores de serviços, estabelecimento de princípios ambientalistas como uso de materiais reciclados e a promoção da diversidade no local de trabalho” Por estas razões, o presente seminário é o número oito de uma série que vimos realizando no qual participaram 238 empresários, em Luanda e várias províncias do País. Estas acções enquadram-se em um amplo projecto de sensibilização para cultura ética nas empresas que nos levou à realização de seminários sobre a matéria e a criação em Maio do corrente ano do Centro de Ética de Angola, órgão que se encarregará de dar continuidade ao processo de sensibilização e apoio técnico para gestão da ética nas empresas, principalmente, a adopção de Códigos de ética. Boletim Informativo 6 Janeiro 2014 Destaque Pela competitividade empresarial Com este programa que constitui uma con- tinua prioridade da CCIA, pretendemos dar a nossa contribuição para a afirmação de um tecido empresarial credível, competitivo e capaz de se assumir como o motor do crescimento e desenvolvimento económico. Exmos Senhores, Outra face do esforço da CCIA no sentido de desenvolver a capacidade competitiva das empresas nacionais, principalmente contornar as dificuldades de acesso ao crédito é o nosso projecto em carteira de criar Cooperativas de Crédito no país, a cultura de responsabilidade social e ética das empresas que integrarão estas organizações será um pilar muito importante para sua eficácia. Exmos Senhores, Temos em consideração a importância da inserção do país no cenário mundial contemporâneo e percebemos as inúmeras transformações de ordem económica, política, social e culturais decorrentes desta inserção e a influência sobre as relações das empresas com os mercados, instituições e a sociedade, razão pela qual exprimimos o nosso desejo de dar continuidade à cooperação com Organização “A responsabilidade social empresarial visa assegurar o desenvolvimento no interior das empresas. O que é um ponto positivo para a sociedade” Internacional do Trabalho no sentido de capacitar as empresas em boas práticas de responsabilidade social corporativa. Assim sendo, esperamos que este seminário seja uma contribuição para que as empresas angolanas consolidem o conhecimento e adoptem práticas que tenham em conta o seguinte: Cumprimento dos deveres e obrigações para com a sociedade em geral. A responsabilidade social como atitude e comportamento empresarial ético e responsável, dever e compromisso da organização assumir uma postura transparente, responsável e ética em suas relações com os seus diversos públicos (governo, clientes, fornecedores, comunidade, etc.) A responsabilidade social como um conjunto de valores que estimulam a auto-estima dos funcionários. A responsabilidade social como estratégia de marketing institucional: O foco na melhoria da imagem institucional da empresa. A responsabilidade social como estratégia de recursos humanos: As acções são focadas nos colaboradores e nos seus dependentes, com o objectivo de satisfazê-los e consequentemente reter seus principais talentos e aumentar a produtividade. A responsabilidade social como estratégia de valorização de produtos/serviços, com o objectivo de comprovar a qualidade dos produtos/serviços e proporciona-lhes o status de "socialmente corretos". A responsabilidade social como exercício de consciência ecológica. Exmos Senhores, Estou convicto de que os ilustres prelectores que intervirão no seminário farão o seu melhor para transmitir-nos os seus conhecimentos sobre os assuntos que enumerei, pelo que antecipadamente exprimo os nossos agradecimentos a eles e aos participantes faço votos de que absorvam o conhecimento com sentido pragmático. Muito obrigado. Boletim Informativo 7 Janeiro 2014 Destaque Pela competitividade empresarial Os representantes do CAEA, da AIA e UNTA-Central Sindical enalteceram os esforços da Câmara de Comércio e Indústria de Angola, bem como a oportunidade do tema para o empresariado e a sociedade angolana. João Gago - Vice-presidente do CAEA - Conselho das Associações Empresariais de Angola A consolidação da cultura de responsabilidade social corporativa é um processo. tégicos do País que se consubstanciam no crescimento, estabilização económica, na criação de empregos, na diversificação e desenvolvimento sustentado. Câmara de Comércio e Indústria de Angola e a OIT estão mais uma vez de parabéns pela organização deste evento e por serem, durante todos estes anos pioneiros em muitas acções que têm beneficiado o empresariado nacional. A consolidação da cultura de responsabilidade Social Corporativa não é um fim em si, trata-se de um processo e por esta razão, aproveito a oportunidade para convidar os presentes a assumir o compromisso de partilhar com a CCIA, o esforço por um sector empresarial consciente com a cidadania e cada vez mais competitivo. A cultura sobre responsabilidade Social em Angola está a crescer, mas as suas práticas precisam de ser consolidadas, por isso, é necessário que as empresas tenham sempre em consideração os princípios e valores éticos na sua gestão o que vai facilitar o alcance dos grandes objectivos estra- Vamos então, assumir uma postura na nossa actividade empresarial que contribua para afirmação da nossa credibilidade, para uso racional do capital humano, dos recursos disponíveis e um aproveitamento do ambiente, para que as próximas gerações possam viver com qualidade. A Boletim Informativo 8 Janeiro 2014 Destaque Pela competitividade empresarial Vice-presidente da AIA- Associação Industrial Angolana O Crescimento económico e novas empresas – a que assistimos hoje – acabam, nas nossas condições concretas, por nos projectarem para o mundo das dificuldades com que a sociedade ainda se depara em termos de conhecimento e de qualidade de vida. Esta conferência anima-nos a encorajar os nossos associados e a classe empresarial a uma participação activa em actos de responsabilidade social. Se o Executivo faz aquilo que se lhe apresenta como pertinente, cabe a outros interventores procurar de forma voluntária e envolvente preencher lacunas que uma acção oficial – por mais bem estruturada que seja – sempre acaba por deixar. Assim nesses espaços e nesses vazios cabe a classe empresarial, entre outras organizações, mas ela em destaque, ter a rara oportunidade de mostrar ser parte da sociedade de bem. Como organismo associativo e privado, esta conferência anima-nos a encorajar os nossos associados e a classe empresarial em geral, numa cada vez mais activa participação em actos de responsabilidade social. Boletim Informativo 9 Janeiro 2014 Destaque Pela competitividade empresarial Marcos Pinto da UNTA - Confederação Sindical A Responsabilidade Social de Empresa deve estar baseada em valores empresariais e ser integrada na estratégia das operações diária da empresa. A Responsabilidade Social de Empresa (SER), antigamente entendia-se como algo que algumas companhias faziam para além das suas actividades centrais. Exemplo: oferecer donativos, como obra de caridade. Hoje a SER é, em geral, entendia como parte integrante da actividade empresarial – significa que as empresas produzem bens e serviços de modo lucrativo, em condições decente, e de modo sustentável. A SER deve estar baseada em valores empresariais e ser integrada na estratégia das operações diária da empresa. No quadro do diálogo e concertação social, os sindicatos devem agendar essa necessidade no sentido de aconselhar os empresários ao exercício dessa prática, tendo em consideração as vantagens que proporciona. CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE ANGOLA Patrocinado pela CENTRO DE APOIO EMPRESARIAL INSTITUIÇÃO DE PRESTÍGIO INTERNACIONAL Ao serviço da indústria petrolífera, facilitando a participação das micro, pequenas e médias empresas angolanas 1.697 empresas registadas 190 certificadas. cerca de 500 oportunidades comerciais criadas 348 contratos no valor de 241.633.229,26 dólares americanos, assinados com a sua ajuda cerca de cinco mil postos de trabalho criados perto de 300 acções de formação realizadas para 3.488 participantes Boletim Informativo 11 Janeiro 2014 Destaque Declaração final defende “empresas cidadãs” O Fórum lembrou aos participantes que a responsabilidade social contribui para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e da estratégia de marketing institucional. Eis a declaração final na íntegra: N o âmbito da parceria entre a Câmara de Comércio e Indústria de Angola e o Bureau Internacional do Trabalho, cientes da importância da Responsabilidade Social Corporativa, como factor de desenvolvimento da cultura de responsabilidade social com impacto positivo na criação de “Empresas Cidadãs”, necessárias para uma economia, competitiva, desenvolvida, sustentável e inserida no cenário global, realizou-se nos dias 10 e 11 de Dezembro de 2013, um fórum sobre o referido tema. O fórum teve como público-alvo as empresas angolanas. As apresentações foram feitas por representantes do Governo, empresas angolanas, e multinacionais, BIT, PNUD, UNICEF, associações patronais e sindicatos dos trabalhadores. Em resultado da abordagem do tema, os participantes declararam o seguinte: Assunção do compromisso de adoptar práticas de responsabilidade social de modo a gerar sinergias com todos os agentes sociais, com vista a contribuírem para o alcance dos grandes objectivos estratégicos do país, nomeadamente, o crescimento, a criação de emprego, a diversificação da economia e a garantia do desenvolvimento sustentado por via da preservação do ambiente. Considerar a importância da inserção competitiva do país no cenário mundial contemporâneo em convergência com transformações de ordem económica, política, social e cultural, decorrentes desta inserção e a influência sobre as relações das empresas com os mercados, instituições e a sociedade, razão pela qual exprimiram o desejo de dar continuidade a cooperação com o BIT no sentido de capacitar as empresas em boas práticas de responsabilidade social corporativa. Acatar as recomendações da OIT contidas na Declaração tripartida sobre as empresas multinacionais e a política social, a Declaração sobre os direitos e princípios fundamentais do trabalho. Ter em conta a responsabilidade social para alcance de objectivos como: a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, a estratégia de marketing institucional, a estratégia de recursos humanos para reter os principais talentos e aumentar a produtividade, a valorização de produtos/serviços, e o exercício de consciência ecológica, A fim de desenvolverem sinergias para um melhor desempenho com base nos princípios e valores éticos, por fim decidem aderir a Rede de Responsabilidade Social das empresas. Nesta óptica a Câmara de Comércio e Indústria de Angola, comprometeu-se a breve trecho, a criar uma Comissão de acompanhamento que será dotada de um plano de Acção que entre outras acções terá como prioridades, a formação dos membros da Comissão e das empresas, a publicação de um guia de boas práticas, a realização de um estudo sobre os desafios e as prioridades da Responsabilidade Social das empresas no contexto angolano. Em relação a criação de emprego para os jovens, a criação de uma plataforma de diálogo das partes integrantes em Angola, fazer abordagens sectoriais para se ter em consideração as respectivas especificidades. Em consequência um apelo foi feito ao Bureau Internacional do Trabalho a fim de acompanhar esse processo. Boletim Informativo 12 Janeiro 2014 Cooperação & solidariedade Câmara da Lunda-Norte coopera com congénere As Câmaras de Comércio e Indústria da Lunda-Norte e da província congolesa do Catanga acordaram, em Lubumbashi, mecanismos para o estabelecimento de parcerias em várias áreas entre empresários de Angola e da República Democrática do Congo. O anúncio foi feito à imprensa, naquela cidade da RDC, pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria da Lunda-Norte, Baptista Muaquesse, que destacou o interesse manifestado pelos empresários do Catanga em cooperar com Angola. Segundo o Jornal de Angola, Baptista Muaquesse, que fez parte de uma delegação chefiada pelo governador da Lunda-Norte, que esteve no Catanga, disse que “a classe empresarial de Lubumbashi é bastante forte e a sua experiência deve ser aproveitada”. A Câmara de Comércio e Indústria da Lunda-Norte, declarou, reuniu com a congénere de Catanga, com quem definiu como prioridade a realização de encontros regulares das duas partes para a promoção de investimentos. Após o encontro de Lubumbashi, os empresários do Catanga solicitaram a Angola investimentos nas áreas de transportes e turismo, bem como a exportação para o Congo democrático de combustível e derivados devido “às grandes carências registada naquele país”. outras áreas de negócio identificadas pelo grupo de empresários angolanos, entre as quais agricultura e pecuária. A região do Catanga, além de ser potencialmente rica em recursos minerais, especialmente diamantes e cobre, tem Os empresários da Lunda-Norte esperam da Câmara de Comércio e Indústria do Catanga investimentos na sua província nas áreas de telecomunicações, desporto e cultura. A concretização dos projectos, disse Baptista Muaquesse, ganha novo impulso com a conclusão das obras de interligação internacional do Caminho-de-Ferro de Benguela, a partir do Lau, entre Angola, RDC e Namíbia. A Câmara de Comércio e Indústria da Lunda-Norte, afirmou, está apostada em fortalecer a capacidade dos empresários para os tornar em parceiros do Governo Provincial na resolução de alguns problemas, entre os quais o do desemprego e os que afectam a juventude. Uma das apostas, referiu, é fazer com os projectos dos pequenos e médios empresários da província consigam financiamento nas instituições bancárias. Baptista Muaquesse anunciou que os empresários vão ser auxiliados na elaboração de projectos económicos rentáveis. Boletim Informativo 13 Janeiro 2014 Formação & Capacitação Empreendedorismo no feminino Com o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Instituto Nacional de Apoio a Pequenas e Médias (INAPEM), 40 mulheres empreendedoras da província do Cunene participaram em no inicio deste ano, em Ondjiva, num seminário de capacitação de mulheres empresárias sobre normas para desenvolver o seu negócio e as ferramentas necessárias para a gestão da actividade económica. D urante cinco dias, as participantes aprenderam matérias como o conceito de género e o poder das mulheres empreendedoras, como desenvolver o seu negócio e outras matérias que permitem um bom desempenho da actividade empresarial. O seminario teve também como objectivo fortalecer a capacidade de actuação das associações no negócio. A presidente da Associação da Mulher Empreendedora no Cunene, Priscila Nande, explicou que o encontro visava ainda capacitar as mulheres empreendedoras sobre noções básicas para melhor gestão da actividade empresarial. Afirmou que a Associação da Mulher Empreendedora no Cunene, criada em 2005, conta com 80 mulheres enqua- dradas em diversas actividades comerciais, aas quaispediu maior dedicação e responsabilidade no aproveitamento das matérias ministradas. Por sua vez, a secretária-geral da Federação das Mulheres Empreendedo- ras de Angola, Henriqueta de Carvalho, sublinhou que o seminário se enquadra num ciclo de formação iniciado em 2013, de modo a incentivar as empreendedoras a ter uma visão ampla e estratégica na gestão dos negócios. Apelou às mulheres empreendedoras da província do Cunene, no sentido de tirarem proveito dos programas criados pelo Executivo angolano, para o desenvolvimento dos seus negócios. “As oportunidades estão a vista, faltando apenas maior dinamismo, apostas e aplicações para a consolidação dos negócios”, disse Henriqueta de Carvalho. Apelou para um melhor aproveitamento “das oportunidades criadas para fortalecimento e apoio dos empreendedores e empresários angolanos em especial as mulheres, através dos programas BUE, Angola Investe e outros, visando o desenvolvimento da actividade empresarial”. Acções do género decorreram igualmente nas províncias de Luanda, Bengo, Uíge, Malanje, Kwanza Sul, Kuando Kubango, Huambo e Huila. Boletim Informativo 14 Janeiro 2014 Formação & Capacitação “Que Kuia” apoio social à mulher C A província de Cabinda vai criar em 2014 o cartão “Que Kuia”, uma forma de assistência social às famílias mais carenciadas, sobretudo aquelas que são A lideradas por mulheres, cujo objectivo é o de facilitar a obtenção da cesta básica. AB D IN D e acordo com a governadora de Cabinda, Aldina da Lomba, para a obtenção do referido cartão, não basta só ser mulher, chefe de família e ter filhos, mas, acrescentou, é preciso que os filhos estejam matriculados nas escolas, tenham o cartão de vacinas em dia e a mulher participe em projectos sociais. Da Lomba falava na abertura de um seminário de dois dias sobre a mulher empreendedora, realizado no final de Dezembroúltimo pela Organização da Mulher Angolana (OMA) e que visou transmitir conhecimentos para a expansão de pequenos negócios. A acção formativa contou com a participação de 65 mulheres empreendedoras dos municípios sede de Cabinda e do interior (Cacongo, Buco-Zau e Belize). Entre as matérias administradas destacam-se as relacionadas com a constituição de empresas, tipos de empresas, vantagens e desvantagens. A acção formativa, que contou com a parceria da Secretaria Provincial de Apoio Empresarial e Investimento Privado, visou transmitir as mulheres que realizam pequenos negócios, conhecimentos sobre como fazer crescer o seu negócio. Da Lomba anunciou também que no âmbito do programa de combate à fome e à pobreza vai ser lançado, em breve, um projecto social denominado “O pão do dia”, uma acção que a OMA já começou a desenvolver com a construção de pequenos depósi- tos, onde grandes padarias vão vender pão a preços acessíveis. Lembrou ainda que existe em Cabinda o programa “ Meu Negócio Minha Vida”, que ajuda a mulher a legalizar, iniciar e a gerir bem um pequeno negócio. Boletim Informativo 15 Janeiro 2014 Mensageiro Provincial Presidente da CCI Huíla elogia combate à pobreza O presidente da Câmara de Comércio e Indústria da Huíla, Ventura Atewa, elogiou, no Lubango, o Programa de Municipal de Desenvolvimento Rural e de Combate à Fome que na sua opinião “está a trazer benefícios relevantes às famílias camponesas na região”. E m entrevista à ANGOP, Ventura Atewa, disse que o programa criado há cinco anos pelo Executivo, é uma das melhores acções, permite às famílias rurais desenvolverem-se com meios próprios. Segundo o presidente da Câmara de Comércio da Huíla, o programa “trouxe maior entrosamento entre a cidade e o campo, com acções como a venda de produtos do campo, assim como a concessão de créditos bancários que abrangem sobretudo famílias camponesas. “Estamos num bom caminho, pois o Governo conseguiu estabelecer a sua meta que visa combater à fome e à pobreza nas comunidades, por isso acredito que o problema da dieta alimentar poderá melhorar de ano para ano”, realçou o responsável. Lembrou que o programa de combate à pobreza permitiu igualmente aumentar o número de escolas, unidades hospitalares, reabilitação das vias de comunicação e aumento da produção agrícola a nível dos 14 municípios da província da Huíla. O responsável afirmou que este programa tem sido referência a nível dos outros países da região da SADC, sendo que os empresários da Namíbia e da África do Sul são informados sobre a atribuição de créditos agrícolas e outros incentivos para aumentar a produção.