Primeira geração moderna
A Semana de Arte Moderna de 1922
marcou a inserção de valores
modernistas na arte brasileira. As
inovações foram temáticas, como
valorização do nacionalismo, a busca
pela imagem de homem brasileiro, de
homem popular, em manifestações
místicas e festivas, no trabalho, na
expressão de sua sensualidade e sua
miséria.
Artistas que não participaram da
Semana de Arte de 1922, mas são
considerados modernos.
Tarsila do Amaral e o Antropofágico
Manifesto
Nas décadas de 1920 e 1930 do
século XX, durante o movimento
antropofágico, os artistas Mário de
Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de
Andrade, etc., trabalharam a ideia de
construir uma cultura genuinamente
brasileira, digerindo aquilo que era
exportado pelas grandes potências
culturais, como a Europa e os EUA, e
reconstruindo a identidade nacional.
Os movimentos culturais da época
propunham definir a cultura como algo
heterogêneo, repleto de diversidade e
com uma, identidade enraizada,
revelando, dessa forma, muitas
possibilidades.
Fotografia que inspirou tela "A Negra", de Tarsila do
Amaral
• O nome do manifesto
recuperava a crença
indígena: os índios
antropófagos comiam o
inimigo, supondo que
assim estavam
assimilando suas
qualidades.
• A ideia do manifesto
surgiu quando Tarsila do
Amaral, para presentear
o então marido Oswald
de Andrade, deu-lhe
como presente de
aniversário a tela
Abaporu (aba = homem;
poru = que come).
• A eminente obra de
Tarsila do Amaral é a
obra de arte brasileira
mais valorizada, custou
em torno de 1,5 milhões
de dólares e foi
adquirida pelo
colecionador argentino
Eduardo Costantini,
está exposta no Museu
de Arte LatinoAmericano de Buenos
Aires – MALBA.
• Na tela Abaporu, Tarsila do
Amaral valorizou o trabalho
braçal (pés, mãos e corpo
grandes) e desvalorizou a
trabalho mental (cabeça
pequena). O trabalho braçal
era o tipo de trabalho mais
valorizado no Brasil na
época. A composição
homem, sol e cacto
remetem à vida dos
nordestinos, um homem
sentado descansando
debaixo de um sol
escaldante do Sertão
nordestino. O cacto em si,
representa a caatinga,
vegetação típica do semiárido do Nordeste.
AMARAL, Tarsila do.
Abaporu, óleo sobre
tela, 85 x 73cm. 1928.
Oswaldo Goeldi
Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza
madeira como matriz e possibilita a reprodução da
imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado.
É um processo muito parecido com um carimbo.
É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda
de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se
pretende imprimir. Após este procedimento, usa-se um
rolo de borracha embebida em tinta, tocando só as partes
elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão
em alto relevo em papel ou pano especial, que fica
impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as
suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo
(linoleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além
de variações dentro da técnica, como a xilogravura de
topo.
Oswaldo Goeldi, [GATO E PEIXE], sem título, circa 1955, assinada
xilogravura a cores, prova do artista, 20,5 x 28,5cm
Coleção Marilu Cunha Campos dos Santos
Candido Portinari
CANDIDO PORTINARI, Criança Morta, (1944
Óleo s/ tela, 176 x 190 cm.
Col. Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand São Paulo,
Brasil
O lavrador de Café 1934(?)1939
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Tarsila do Amaral e o Antropofágico Manifesto